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APS- PENAS E MEDIDAS ALTERNATIVAS NOME: LETICIA GIBELLI RA:6725261 TURMA:003203B02 PROFESSOR: CAUÊ NOGUEIRA Primeiramente, analisando a denúncia referente a comissão Interamericana de Direitos Humanos no caso ao Trinidad e Tobago, refere-se ao julgamento e condenação por homicídio doloso em Trinidad e Tobago, ao passo que, de acordo com a Lei de Crimes Contra a Pessoa, era prescrita a pena de morte como a única sentença aplicável ao crime de homicídio doloso. Sendo assim, o julgamento cita também alguns dos condenados, e os processos que tramitam durante muito tempo por conta da falta de assistência jurídica e especializada que deveria ter para os réus. Importante ressaltar a relação referente às condições dos detentos, em que havia superlotação e falta de higiene. E das pessoas envolvidas neste caso, trinta estavam detidas nas prisões de Trinidad e Tobago, enquanto aguardavam a execução judicial por enforcamento. Com isso, a corte teve o entendimento de que os prisioneiros viviam a constante ameaça de serem mortos e em péssimas condições humanas, vivendo constantemente aterrorizados por um longo período de tempo, o que resultava em depressão, privação de sono, ansiedade, angústia, dentre outros problemas danosos. Por esta razão, a corte julgou que tais situações sofridas pelos prisioneiros constituíam tratamento cruel, degradante e desumano, com plena violação ao Artigo 5º da CADH. Portanto, de acordo com as situações fáticas, o relatório da CIDH apresentou possíveis violações aos seguintes dispositivos da Convenção Americana de Direitos Humanos (CADH): artigo 1 (obrigação de respeitar direitos); artigo 2 (dever de adotar disposições de direito interno); artigo 4 (direito à vida); artigo 5 (direito à integridade pessoal); artigo 7 (direito à liberdade pessoal); e, por fim, artigo 8 (garantias judiciais) e artigo 25 (proteção judicial). Entretanto, podemos entender que o processo penal deve ser público, salvo no que for necessário para preservar os interesses da justiça. A demanda proposta pela Comissão Interamericana diante da Corte Interamericana visa, nesse aspecto, interferir no julgamento interno das supostas vítimas, em especial para que a pena de morte não seja a solução final nos seus casos perante a jurisdição penal interna, mas que elas possam ter a opção de solicitar institutos como a anistia, o perdão, ou ate mesmo a comutação das respectivas penas, bem como rediscutir violação de direitos em virtude da demora no processamento dos casos em um prazo razoável, além de indicar a necessidade de realização de um julgamento justo. Além disso, segundo o Artigo 25° CADH, fala que toda pessoa tem direito a um recurso simples e rápido ou a qualquer outro recurso efetivo, perante os juízes ou tribunais competentes, que a proteja contra atos que violem seus direitos fundamentais reconhecidos pela Constituição, pela lei ou pela presente Convenção, mesmo quando tal violação seja cometida por pessoas que estejam atuando no exercício de suas funções oficiais. Os Estados comprometem-se a assegurar que a autoridade competente prevista pelo sistema legal do Estado decida sobre os direitos de toda pessoa que interpuser tal recurso, a desenvolver as possibilidades de recurso judicial, e a assegurar o cumprimento, pelas autoridades competentes, de toda decisão em que se tenha considerado procedente o recurso. Importante ressaltar, que a Corte IDH considerou que, à luz do artigo 4 da CADH, é extremamente grave quando o maior patrimônio jurídico, que é a vida humana, está em risco e constitui arbitrariedade nos termos do artigo 4 e 1 da Convenção, ao se referir à aplicação automática e genérica da pena de morte a partir da Lei de Crimes contra a Pessoa, de 1925. Pontuou, ainda, que as circunstâncias específicas do acusado ou as circunstâncias específicas do crime não são consideradas, de acordo com a legislação apresentada. Podemos também analisar, o caso que o estado é responsável pela violação dos direitos do senhor Mohammed estipulados nos Artigos 7 e 5 da Convenção Americana, por conta da demora do seu julgamento, em que privou ele de fazer o uso do devido processo legal e suas garantias constitucionais . Conforme o artigo 7, toda pessoa presa, detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, à presença de um juiz ou outra autoridade autorizada por lei a exercer funções judiciais e tem o direito de ser julgada em prazo razoável ou de ser posta em liberdade, sem prejuízo de que prossiga o processo. Sua liberdade pode ser condicionada a garantias que assegurem o seu comparecimento em base no Artigo 7 da Convenção Americana dos Direitos Humanos. Diante desse fatos exposto, analisamos que a Trinidad e Tobago, onde se encontrava diversos detentos, cumprindo suas penas e esperando a sentença, foi denunciado pela corte americana de direito internacional humano, pois as condições que esses detentos estavam levando era desumana, sendo assim ferindo alguns princípios como os artigo 5 e 7, e entre os outros. No entanto, a última supervisão de cumprimento de sentença da Corte IDH sobre o caso, em 2003, decretou que, apesar de ter denunciado a CADH, o Estado não pode deixar de cumprir obrigações originadas da sentença aqui analisada.Contudo, de acordo com a Anistia Internacional, no ano de 2017, nove pessoas foram condenadas à morte em Trinidad e Tobago, enquanto que outras quarenta e duas estavam a um passo de serem condenadas à morte nesse mesmo ano, o Estado de Trinidad e Tobago, portanto, continua a não cumprir as obrigações impostas pela Corte IDH na presente sentença.
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