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APS Direito Penal

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FMU 
AGATHA MENDONÇA AMBRÓSIO
ANA PAULA MENEZES CAMPOS- RA: 6454783 
JEMIMA CATTANI
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA (APS)
PENAS E MEDIDAS ALTERNATIVAS
São Paulo, SP.
2021
Tendo em vista a condenação de Trinidad y Tobago, pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, no caso Hilaire, Constantine y Benjamin, devido à aplicação da pena de morte, examine a relação dessa com a violação aos artigos 4, 5, 7, 8 e 25 da Convenção Americana de Direitos Humanos. Isto é, a relação entre a aplicação da pena de morte, o direito à liberdade, as condições do cárcere retratadas no caso e o devido processo legal. Essa APS deve ser entregue com o máximo de quinze laudas.
Introdução 
Foi ordenado pela corte Interamericana a acumulação de processos contra o Estado de Trinidad y Tobago pela conduta deles em relação aos casos que eram partes: Hilaire, Constantine, Benjamin e outros. Pois eles consideraram que estes casos tinham objetos essencialmente iguais no sentido de que todos eles se referiam à imposição de “pena de morte” como uma pena obrigatória para todos os que cometeram delito de tipo homicídio doloso.
 Apontando então as situações de violações decorrentes de cada caso em sua individualidade, mas que todos se passam nas mesmas circunstâncias em que fere os artigos da Convenção Americana dos Direitos Humanos. A Comissão Interamericana também pesou muito sobre o fato de que Trinidad y Tobago violaram totalmente alguns direitos garantidos pela CADH, direitos esses que foram aceitos por todos os Estados partes. Sem especificar ainda alguns dos muitos não respeitados por eles, o que pode se dar como base e que foi um direito altamente violado e que a partir deste decorre os demais: o Art. 1 da Convenção Americana onde ele existe ali para garantir que todos os estados partes venham se comprometer a respeitar os direitos e liberdades ali reconhecidos para função de exercício pleno e livre para garantia de toda a pessoa que esteja sujeita à jurisdição.
 A violação deles foi contra o respeito efetivo dos direitos de supostas 32 vítimas ao não permitir o cumprimento da norma que resguarda o direito de todas as pessoas condenadas à morte buscar a chance de solicitar anistia, indulto e comutação da pena sendo que estes recursos podem ser concedidos em todos os casos, e nem mesmo pode se concretizar a execução da pena de morte se ainda estiver pendente o pedido, então negar esse direito é terrivelmente errado. Assim como também a grave violação do direito de obtenção de um julgamento justo e em prazo razoável que afetou 24 das supostas vítimas do presente caso e as prejudicou com vários fatores em atrasos no processo penal. 
Sendo que é necessário haver a celeridade do processo firmada e respeitada para trazer então a finalidade esperada do devido processo legal. Uma vez que isso é interferido, há desencontros por não adotar as medidas legislativas ou outras formas que possam ser necessárias para o cumprimento do que o estado promete aos cidadãos quanto à obrigação e garantia da efetividade de seus direitos. Ressaltando que houve violação dos direitos que são protegidos pela Convenção Americana em razão do tratamento e das condições de detenção em que 21 das supostas vítimas foram submetidas durante o processo penal. Existe uma norma para prever o devido respeito à dignidade inerente ao ser humano, com isso prevendo que haja uma separação do processado e do condenado, para que através do mesmo se obtenham o tratamento adequado para ambos os lados. 
Assim como houve falta de consideração com a obrigação de respeito para com a pena que algumas vítimas receberam, pena essa que se destinou a submeter às vítimas a uma reforma e reabilitação social, por mais que os condenados tenham sido sentenciados com pena privativa de liberdade isso não os isenta de receber a readaptação social, bem pelo contrário a Convenção Americana os garante isso. 
Então o sofrimento com a falta de imparcialidade no processamento dos julgamentos que certamente levaram às suas condenações, não deveria ser algo praticado pelo ordenamento jurídico que é onde toda pessoa deveria buscar a confiança de que mesmo culpada ou não, ela teria a chance de obter a presunção de sua inocência até que viesse se provar o contrário. Além de que também houve prejuízo para a efetivação dos direitos de 11 das supostas vítimas, pois não ocorreu prestação de assistência jurídica eficaz e muito menos de modo que pudesse ajuizar ações constitucionais para a proteção de seus respectivos direitos, agindo assim em contrário com a Convenção Americana, pois ela assegura que toda pessoa venha ter direito a um recurso simples e rápido perante um juiz ou tribunal competente ou a qualquer outro recurso efetivo de modo que venha os proteger contra os atos que violem seus direito fundamentais reconhecidos pela constituição.
De acordo com o artigo 4 da Convenção Americana de Direitos Humanos, é assegurado a todos o Direito à vida, isto inclui não ser condenado a pena de morte, devendo esta ser aplicada somente em casos de maior gravidade.
Todavia, no Estado de Trinidad e Tobago, tal direito foi bastante desrespeitado, haja vista que trinta e duas pessoas foram condenadas a pena de morte por enforcamento, pena esta que segundo o artigo supracitado só pode ser aplicada em casos mais graves nos países que já a adotam como sentença. Assim, houve o desrespeito para com a vida destas pessoas, pois foram sentenciadas de forma arbitrária e tratadas como seres sem distinção. 
Ademais, sabe-se que tal procedimento apresentou falhas graves por não adaptar sua legislação, a Lei de Crimes contra a Pessoa, vigente no Estado desde 3 de abril de 1925, que não consente que, se tratando de homicídio doloso, algum tribunal analise individualmente as condições do réu. Sendo essas o grau de participação no delito, a real motivação e as chances de nova inclusão social. Apresentando também falta de transparência e não inclusão das vítimas no processo.
Destarte, o ocorrido no Estado de Trinidad e Tobago foi um claro exemplo do descumprimento das leis, haja vista que artigos da Convenção Americana dos Direitos Humanos foram ignorados e descumpridos, causando uma punição desumana e desajustada.
Além do mais, não houve assistência jurídica efetiva para as vítimas, a fim de que pudessem recorrer à anistia, ao indulto ou à comutação da pena em tempo, havendo um atraso não justificado.
Deste modo, com base na Convenção Americana, é possível dizer que tal “pena de morte obrigatória” é conflitante com os meios de preservação dos direitos humanos mais elementares. Além de que, com a interpretação de órgãos supervisores internos e internacionais, como a Corte Interamericana, a pena de morte deve se sujeitar a condições rigorosas de monitoria e revisão pelos tribunais internos de hierarquia superior.
Portanto, com base na violação do artigo 4, em suas partes 1 e 2, pelo Estado de Trinidade e Tobago entende-se que há necessidade imprescindível de se fiscalizar com mais vigor a execução ou não do devido processo legal, isto é, completo acesso à Justiça e às garantias positivadas, para que não mais ocorram tamanhas falhas e injustiças.
Além disso, sabe-se também que situações de extrema miséria e indignas ao ser humano, e até mesmo a qualquer ser vivo, foram vivenciadas nos presídios pelas vinte e uma vítimas condenadas a pena de morte no Estado de Trinidad e Tobago. Todavia, o artigo 5 da Convenção Americana de direitos Humanos assegura que mesmo aqueles que estão privados de sua liberdade devem ser tratados com respeito. 
Desta maneira, durante a prisão preventiva das vítimas muitas delas tiveram de dormir em pé ou sentadas, pela aglomeração dentro da prisão, além de uma série de condições anti-higiênicas e lamentáveis que foram relatadas, dentre elas a falta de higiene básica, falta de luz solar e ventilação. Condições que facilitam a proliferação de bactérias, vírus, fungos e outros microrganismos causadores de doenças. 
Igualmente, a negligência de atendimento médico e odontológico, as carênciasde atividades físicas e de recreação não eram faltas raras, acontecendo com bastante frequência. 
Ademais, houve relatos de confinamento solitário por longos períodos, o que já foi comprovado por peritos e pesquisadores da saúde mental, que afeta o psicológico humano em pessoas sem doenças mentais e agrava casos já diagnosticados. Infelizmente, sabe-se que com todos esses tratamentos repugnantes, obteve-se violação do artigo 5.1 e 5.2, tendo em vista que o Estado não ofereceu condições que garantissem o direito à integridade humana aos acusados. 
Outrossim, dentre as 32 vítimas pode-se citar especificamente o caso de Francis Mansingh, que mesmo antes de seu julgamento, foi aprisionado juntamente com pessoas já condenadas. Destarte, tem-se uma violação do artigo 5.4, que garante que os processados fiquem separados dos condenados.
Violações dos Artigos 7, 8 e 25 e a Importância do Devido Processo Legal.
 
Os artigos 7, 8 e 25 trazem em seu corpo importantes garantias para que as pessoas tenham seus direitos à justiça e um julgamento justo preservados.
 No tribunal de Trinidad e Tobago não é considerada as circunstâncias e características do crime de homicídio intencional, isto é, não é considerado o grau de participação no ato criminoso nem o ‘que pode ter motivado esse comportamento, também não é considerado o grau de culpabilidade, nem atenuantes ou agravantes nos casos de homicídio intencional. Também não se considera se pena de morte é realmente adequada no caso de acordo com suas circunstâncias e particularidades.
 Isso transforma essa penalidade em uma sanção injusta e desumana, a pena de morte deve estar sempre sujeita a uma análise sobre os fatos, sobre características dos fatos e grau de culpabilidade do agente, só assim pode-se ter um julgamento justo com as garantias judiciais e requisitos processuais rigorosos. 
 A comissão observou que para Narine Sookla (caso nº12.152) foi negado a possibilidade de fazer ligações telefônicas e contratar assistência jurídica em 6 ocasiões, ele não recebeu nenhuma assistência até o momento antes do inquérito preliminar, realizado a seis meses após sua prisão.
 Para Keon Thomas Processo (nº 11.853) especificamente durante o recurso levantado pelo acusado o advogado nomeado pelo Estado para o representar, informou ao tribunal de apelação que em seu conceito esse apelo não poderia ser infundado, como consequência disso Keon dispensou os serviços do advogado e solicitou a oportunidade de receber assistência jurídica de outro advogado ou assumir sua própria defesa. O tribunal de recursos rejeitou o pedido e Keon Thomas, e ele permaneceu com o mesmo advogado que tinha rejeitado
O Art. 8.2(d) e 8.2(e) e Art.25 da Convenção foram aqui violado, isso por que o Estado de Trinidad e Tobago não forneceu assistência jurídica aos envolvidos, embora ela deva estar disponível para todas as pessoas que precisem apresentar ações em Trinidad e Tobago, não é de costume o Estado conceder a assistência jurídica necessária e nem garantir os direitos daqueles que se encontram condenados por crime de homicídio doloso, que logo certamente serão condenados a pena de morte, sem chances de se defender ou de ser assistido por um defensor de sua escolha e no caso de Narine Sookia foi cerceado o seu direito de se comunicar livremente com seu advogado, indo contra em totalidade o Art. 8.2 alínea d, que expressa que todo condenado tem o direito de se comunicar livremente e com seu defensor, e de ser assistido por um defensor de sua escolha.
O Estado tem obrigação de fornecer assistência jurídica a todas as pessoas que desejam promover ação constitucional e em casos de pessoas condenadas à morte esta obrigação é ainda mais necessária. 
 Além disso, também à outra violação, pois houve um atraso nos julgamentos de recurso, isso porque o advogado que está presente no julgamento normalmente não é o mesmo que intervém no procedimento do recurso, isto produz um atraso adicional uma vez que o segundo advogado não sabe o ‘que aconteceu na primeira etapa do processo.
 A comissão também observou que houve atrasos injustificados, e nenhum deles foi resolvido em menos de quatro anos, isso levando em conta o tempo decorrido entre a prisão e a sentença no recurso. Alguns dos acusados estavam na prisão antes de serem trazidos a julgamento, por cerca de 7 anos entre a detenção e a resolução de seus recursos. Portanto houve atrasos de doze anos aproximadamente entre a detenção e recursos. 
 Isto produz um atraso injustificado e um grande espaço tempo entre a detenção e sentença em recurso. E no direito previsto pela CADH toda pessoa tem direito a ser ouvida com as devidas garantias dentro de um prazo razoável.
 Nestes casos o Estado tem o fardo de provar os fatos que justifiquem esse atraso, porém Trinidad e Tobago não ofereceram nenhum fato que justificasse o atraso durante o processo.
 A seção 4 da Constituição de Trinidad Tobago garante um julgamento justo, não rápido ou dentro de um prazo razoável, por isso o atraso prolongado não infringe a constituição, mas deve ser levado em conta pelo juiz. 
Em adição o Estado de Trinidad e Tobago não reconhece o direito das pessoas serem julgadas dentro de um período razoável, isso fere gravemente o Art. 25 CAPUT onde diz que “Toda pessoa tem direito a um recurso simples e rápido ou a qualquer outro recurso efetivo, perante os juízos ou tribunais competente”, e art. 8 CAPUT: “Toda pessoa tem direito a ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável.” Também fere o Art.7.5: Toda pessoa detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, à presença de um juiz ou outra autoridade autorizada pela lei a exercer funções judiciais e tem direito a ser julgada dentro de um prazo razoável ou a ser posta em liberdade, sem prejuízo de que prossiga o processo. Sua liberdade pode ser condicionada a garantias que assegurem o seu comparecimento em juízo.
A jurisprudência internacional estabelece que poderia ser anulada a sentença dada em um julgamento em que havia atrasos injustificados. 
Por fim, o Art.25 e Art.8 são essenciais e trazem claras referências ao devido processo legal, que existe para garantir o cumprimento de todas as etapas de um processo e previstas em lei e assegurando todas as garantias constitucionais, de modo que se obtenha a validez e eficácia do processo. Ele nos traz princípios onde resguarda que sejam analisados os direitos das partes, a um julgamento a ampla defesa, contraditório e todos os princípios do devido processo legal.
Além disso, trata também de proteção e garantias judiciais, isto é, protege os direitos fundamentais reconhecidos pela constituição, pela lei ou pela presente Convenção, e garantir os devidos direitos em um processo.

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