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O que é a discalculia trabalho escrito

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Discalculia: o que é?
A discalculia vem do grego (δισ, má) e do latim (calculare, contar), formando assim o “mal contar“. O termo tem alguns sinônimos técnicos, como Transtorno Específico das Habilidades Aritméticas, definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1993 e Transtorno Específico de Aprendizagem com Comprometimento em Matemática pelo American Psychiatry Association (APA) em 2014.
Os três termos, ainda que com alguns detalhes usados para justificar as diferenças, têm a base em comum: a dificuldade do sujeito em realizar operações básicas como adição, subtração, multiplicação e divisão, além de manifestar falhas pedagógicas que envolvem problemas numéricos.
Outro ponto que pode estar presente em alguns casos são as disfunções na produção numérica. Ou seja, a dificuldade em ler, escrever e/ou contar os números, bem como memorizá-los e ter compreensão de fatos numéricos.
Ademais, a capacidade de automatização do processamento numérico também costuma aparecer com prejuízo, aparecendo por meio da lentidão para a execução de tarefas ainda que a capacidade de numerosidade em si permaneça preservada (Butterworth, Varma, & Laurillard, 2011).
Crianças com discalculia, muitas vezes, não conseguem entender quantidades ou conceitos como o maior e o menor. Além disso, elas podem ter dificuldade em entender que o número 5 é o mesmo que a palavra cinco. Isso é chamado de comprometimento do sentido numérico.
Definição de discalculia
É um transtorno específico do desenvolvimento, de base biológica, que afeta profundamente o processo de aprendizagem de matemáticas e aritmética. Muitas vezes foi definida como "dislexia da matemática". 
O distúrbio não depende do nível de inteligência da criança e dos métodos pedagógicos usados. A dificuldade está centrada ao redor da habilidade para interpretar símbolos numéricos e operações aritméticas como adição, subtração, multiplicação e divisão. Uma criança com discalculia confundirá números e signos e não será capaz de fazer cálculos mentais ou trabalhar com ideias abstratas. 
Essas crianças têm dificuldade para realizar exercícios ou o dever de casa.
A definição de discalculia é a disfunção de conexões neurais que processam a linguagem numérica, dificultando a aquisição e processamento de informação numérica.
Como afeta o cérebro a discalculia?
A dislexia aparece como uma disfunção neuronal no sulco intraparietalneuronal do cérebro. Esta disfunção desenvolve um padrão de déficit cognitivo que geralmente apresenta déficits em habilidades como:
· Foco (concentração): habilidade relacionada ao padrão de déficit cognitivo vinculado à dislexia. O déficit estrutural nessas conexões de redes neurais também está relacionado à inibição, que afeta a agudeza mental, dificultando para a criança a aprendizagem de matemáticas.
· Atenção dividida: esta habilidade é importante porque permite a multifunção. As crianças com transtornos na área das matemáticas apresentam problemas ao responder a um estímulo porque não são capazes de focar e se distraem com os estímulos irrelevantes, se cansando com facilidade.
· Memória operacional: esta habilidade cognitiva faz alusão ao armazenamento temporário e à capacidade para manipular as informações para completar tarefas complexas. Algumas dificuldades pode ser o problema para seguir direções, com o esquecimento das indicações e tarefas, pouca motivação, memórias incompletas, se distrair com facilidade, não lembrar dos números e demorar para fazer aritmética mental.
· Memória de curto prazo: a capacidade para reter pequenas quantidades de informação durante um período curto de tempo. Este déficit mental explica a incapacidade para realizar tarefas mentais. Os problemas aparecem ao calcular ou tentar fazer problemas matemáticos. Isto também está relacionado à incapacidade para lembrar dos números ou das tabuadas de multiplicar.
· Nomeação: implica a incapacidade para lembrar de uma palavra ou número e usá-los posteriormente. As crianças com discalculia têm dificuldade para lembrar dos números porque sua capacidade para processar informações é deficiente.
· Planejamento: os baixos níveis nesta capacidade cognitiva implicam ter dificuldades na área de planejamento e compreender os números e exercícios. Esta incapacidade para antecipar acontecimentos impossibilita os estudantes de completar um exercício corretamente.
· Velocidade de processamento: corresponde ao tempo que nosso cérebro leva para receber uma informação (um número, uma equação matemática, um problema…), entendê-la e respondê-la. As crianças que não têm dificuldade completam este processo de forma rápida e automática, enquanto as crianças com discalculia precisam de mais tempo e energia para processar a informação.
Tratamento para a discalculia
O tratamento mais eficaz para a discalculia, tal como no caso da dislexia, é um diagnóstico precoce. Quanto antes o problema é identificado, antes a criança que sofre esse transtorno vai aprender a usar as ferramentas necessárias para ajudá-las a se adaptar aos novos processos de aprendizagem, além de que vaõ ter menos probabilidade de sofrer atrasos na área da educação, menos problemas de autoestima e outros transtornos mais sérios.
Causas da discalculia
Qual é a causa da discalculia?
Existem várias investigações na área da neuroimagiologia. Esta técnica segue uma imagem ao vivo da atividade cerebral e do sistema nervoso central. Graças a essas representações, podemos ver que o déficit nas conexões neurais associados à discalculia é encontrado especificamente na área cerebral responsável pelo processamento numérico, que está localizado no lobo parietal do cérebro. Além disso, outras áreas como o córtex pré-frontal, o córtex cingulado, a parte de trás do lobo posterior e várias regiões subcorticais também constituem o funcionamento adequado das habilidades matemáticas ou de aritmética.
A discalculia ocorre devido a uma condição congênita, indicando que tem um componente genético. Normalmente, um dos progenitores da criança também tem dificuldade para aprender matemática.
Algumas das causas da discalculia correspondem a:
· Déficit cognitivo na representação numérica
: isto é uma disfunção neural que impossibilita a correta representação mental dos números. Faz a decodificação numérica mais difícil e afeta a compreensão do significado de tarefas ou problemas de matemática.
· Déficit cognitivo que impede a capacidade de armazenamento de informação no cérebro: 
As crianças com discalculia mostram uma disfunção em uma conexão neural específica que as impossibilita de acessar as informações numéricas. Suas redes de conexão neural usam rotas alternativas que uma pessoa que não tem o transtorno não usa. Existem outras possíveis causas relacionadas à dislexia. Algumas possíveis causas são os transtornos cerebrais neurobiológicos, as insuficiências de maturação neurológicas, as alterações psicomotoras e incluso os problemas de memória relacionados ao ambiente, tais como a exposição da mãe ao álcool, a medicamentos no útero ou os nascimentos prematuros.
Características e sintomas da discalculia
O transtorno de discalculia possui uma ampla rede de dificuldades associadas às matemáticas, e suas características e sintomas variarão dependendo da idade de cada criança. Os sintomas podem estar combinados e ser apresentados de forma diversa em cada caso. Começa a ser mais perceptível durante os primeiros anos de ensino escolar, quando a criança começa a desenvolver as habilidades de aprendizagem de matemáticas e continua durante a infância, adolescência e mesmo a fase adulta.
À medida que as crianças crescem, suas dificuldades se tornam mais evidentes. Por isso, é importante procurar ajuda desde o início. O mais importante nos casos de discalculia é a identificação precoce e, por esta razão, os pais e professores deveriam estar alerta para detectar as dificuldades e sintomas o antes possível.
Quanto antes seja possível oferecer a essas crianças as ferramentas de tratamento necessárias para ajudá-las a se adaptar à escola, elas terão mais probabilidadesde melhorar seus recursos mentais e estratégias de aprendizagem.
Sintomas da discalculia em crianças em idade pré-escolar:
· Dificuldade para aprender a contar.
· Problemas associados à compreensão de números.
· Incapacidade para classificar e medir: É difícil associar um número com uma situação da vida real. Por exemplo, vincular o número "2" à possibilidade de ter 2 balas, 2 livros, 2 pratos, etc.
· Problemas para reconhecer símbolos associados aos números, por exemplo, incapacidade para associar o “4” ao conceito de “quatro”.
· Erros de ortografia dos números quando são escritos ou copiados.
· Símbolos incorretos: por exemplo, confundir o 9 com o 6 ou o 3 com o 8.
· Inverter os números durante a escrita: Escrever os números invertidos.
· Erros de sons: Confundir números que soam similares, como "dois" e "três"
· Sintomas na ordem ou sequência dos números: Repetir um número duas vezes ou mais.
· Quando pedimos para uma criança com discalculia contar até 5 e parar, muitas vezes ela não percebe o limite quando chega ao 5 e continua contando.
· Omissão é muito comum. A criança vai esquecer com frequência um ou mais números de uma série.
· Sintomas relacionados à sequência: outra característica da discalculia acontece quando pedimos para uma criança contar a partir do 4, por exemplo. Ela não é capaz de iniciar desde esse número e, em lugar disso, deve dizer a sequência completa escrevendo ou dizendo os números prévios para si mesmo ou si mesma.
· Dificuldade para classificar objetos por formato e tamanho.
Sintomas da discalculia em crianças de idade de ensino primário :
· Problemas para reconhecer os símbolos matemáticos: as crianças confundem o signo + com - e não podem usar esses ou outros símbolos corretamente.
· Incapacidade para aprender ou lembrar estruturas matemáticas básicas, como 1+2=3.
· Não são capazes de reconhecer palavras como “mais de” ou “menos de”.
· Usam com frequência os dedos para contar.
· Dificuldade para aprender ou lembrar o procedimento ou as normas para os problemas simples tendem a ignorar passos e/ou não compreendem bem o exercício.
· Elas iniciam os problemas na ordem errada. Por exemplo, ao somar ou subtrair começam pela direita ao invés de pela esquerda.
· Têm dificuldade para alinhar os problemas: por exemplo, se há um problema de soma horizontal, elas não sabem como realizá-lo em vertical. Podemos ver outro exemplo deste sintoma ao multiplicar, quando as crianças têm dificuldade para alinhar as colunas de números (derivadas) na coluna correspondente, ou quando dividem, escrevem o quociente e colocam o primeiro número na direita e depois na esquerda, invertendo a resposta.
· Outra característica muito comum são os problemas para somar ou subtrair, isso acontece porque os estudantes com discalculia não compreendem bem as séries numéricas ou os decimais.
· Problemas de raciocínio: um erro bastante frequente é que a resposta ao subtrair é maior do que os números originais.
· Dificuldade para realizar contas básicas na mente.
· Elas não compreendem os problemas falados ou ditados.
 Não entendem a ideia principal do problema. Não são capazes de visualizar toda a informação que ouvem e têm dificuldade para desenhar imagens.
· Sintomas relacionados ao processo de raciocínio nos problemas matemáticos: o déficit de representação mental impede as crianças relacionar conceitos e não sabem como diferenciar as informações mais ou menos importantes. Elas têm dificuldades especialmente quando o problema inclui mais de um passo.
· Elas geralmente têm dificuldades mais gerais, como os problemas para dizer a hora e com frequência se perdem facilmente porque tendem a ter pouca orientação.
Sintomas da discalculia em crianças com idade de ensino secundário:
· Elas têm dificuldade para aplicar ideias matemáticas no dia a dia. Por exemplo, estimar quanto vão gastar em total, fazer uma alteração, criar um orçamento, etc.
· Problemas para medir variáveis, por exemplo, calcular quanto são 500 gr de arroz, 250 ml de leite ou 1/3 kg de farinha, etc.
· Pouca orientação ou desorientação, elas têm dificuldade para seguir indicações e com frequência se perdem.
· Se sentem inseguras para resolver equações matemáticas básicas e têm pouca criatividade com os números. Não entendem as diferentes fórmulas ou maneiras de resolver o mesmo problema.
· Dificuldade para entender gráficos, representações numéricas ou mapas.
· Aparentemente não são bons motoristas porque não calculam bem a velocidade ou a distância.
Também é importante mencionar que nem todas as crianças que apresentam dificuldades para fazer equações matemáticas têm discalculia, sendo essencial identificar a frequência dos sintomas. Além disso, a discalculia nem sempre está relacionada às equações matemáticas, pois as crianças também podem ter dificuldades com atividades cotidianas ou jogos comuns.
Tipos de discalculia
Embora os sintomas da discalculia são geralmente comuns nos diferentes tipos de dislexia, ela normalmente apresenta 5 tipos principais.
· Discalculia verbal: este tipo de discalculia é caracterizada pela dificuldade para nomear e compreender os conceitos matemáticos apresentados verbalmente. As crianças com esse tipo de discalculia são capazes de ler ou escrever os números, mas têm dificuldade para reconhecê-los quando são ditados verbalmente.
· Discalculia practognóstica: este tipo de discalculia é caracterizada pela dificuldade para traduzir um conceito matemático abstrato a um conceito real. As crianças com esse tipo de discalculia são capazes de entender conceitos matemáticos mas têm dificuldade para ouvir, comparar e manipular equações matemáticas.
· Discalculia léxica: problemas para ler e entender símbolos matemáticos e números, além de expressões e equações matemáticas. Uma criança com discalculia léxica pode entender os conceitos quando são falados, mas têm dificuldade para escrevê-los e entendê-los.
· Discalculia gráfica: dificuldade para escrever símbolos matemáticos. Uma criança com esse tipo de discalculia é capaz de entender os conceitos matemáticos, mas não tem a capacidade para ler, escrever ou usar os símbolos matemáticos corretos.
· Discalculia ideognóstica: dificuldade para realizar operações mentais sem usar os números para solucionar problemas matemáticos e entender os conceitos da matemática. É possível que a criança também tenha dificuldade para lembrar dos conceitos matemáticos após a sua aprendizagem.
· Discalculia operacional: este tipo de discalculia aparece como uma dificuldade para completar operações matemáticas escritas ou verbais. Uma pessoa com discalculia operacional será capaz de entender os números e as relações entre eles, mas terá dificuldade para manipular números e símbolos matemáticos no processo de cálculo.
Jogos familiares para vencer a discalculia
A discalculia não é fácil de diagnosticar e a maioria das escolas não possuem nenhum tipo de sistema de detecção precoce para identificar este transtorno na sala de aula e ajudar as crianças a obter as ferramentas que precisam. Por isso, a maioria das vezes são os pais e as famílias os que devem estar alerta e identificar os primeiros sintomas.
Uma vez obtido o diagnóstico, é importante motivar seu filho e mostrar que pode ter sucesso com paciência, prática e esforço. É necessário lembrar-lhes que possuem outras capacidades e saber que a discalculia não tem porque afetar engativamente o trabalho dele. Por isso, é muito importante trabalhar conjunatmente em casa. Ajudará a visualizar os deveres de matemáticas e proporcionará o tempo necessário para entender o exercício. Aqui vamos oferecer alguns jogos e atividades divertidos para toda a família se divertir em casa enquanto você combate a discalculia:
· Cozinhar juntos: Vocês vão consultar a receita que vão cozinhar e se perguntar quem vai ser responsável pelos ingredientes necessários. Por exemplo, precisamos de 1/5 kg de lentilhas, 3 cenouras, 2 cebolas, 6 pedaços de carne… devemos cortar os vegetais em 5 pedaços...
· Jogar com o tempo: Diga para a criança que é responsável de comunicarquanto é o tempo correto, comemore o bom trabalho, a responsabilidade e a "boa dupla" que vocês fazem juntos.
· Vá ao supermercado: Deixe ela te ajudar a fazer a compra, vocês podem jogar a ser o responsável pelas coisas que devem ser compradas, identificar o que e quantas coisas estão na lista e deixar a criança buscá-las por si mesma.
· Faça perguntas sobre os preços: Se você quiser poupar, quantos iogurtes deveriam comprar, os que custam 1,00 R$ ou os que custam 1,30 R$? Comemore a boa “poupança” que fizeram juntos.
· Jogue a adivinhar as quantidades: Faça pequenos montinhos de pedras, ervilhas ou moedas e adivinhe qual tem mais e qual tem menos. Você também pode adivinhar quantas pedras há no montinho. Conte elas conjuntamente e quem mais se aproximar, ganha.
· Jogue a contar alguma coisa: Conte, por exemplo, os carros vermelhos que passam, o número de pessoas com sapatos brancos, cuantos degraus você subiu...
· Encontrar números: À medida que você vai caminhando, você pode jogar a “encontrar números”, sugerindo o número "7" e procurar juntos o número nas ruas, nas chapas das matrículas, etc.
· Jogue a lembrar dos números de telefone: Por exemplo, você tem que telefonar para sua avó e perguntar para a criança se lembra dos três primeiros números e você diz o resto. Telefonem juntos e se a criança lembrar, comemore.
· Deixe ela te ajudar a distribuir as coisas: Há quatro pessoas, como podemos cortar um bolo em quatro porções iguais?
· Jogue a pôr a mesa: Ponha os pratos, os talheres, os copos, os guardanapos e o pão. Certifique-se de que a criança percebe a importância de que cada pessoa tenha um serviço.
· Jogue ao jogo das lojas: Imagine que a criança é um atendente e deve escolher entre todos os produtos que você tem em casa para vendê-los em "sua loja". Devem etiquetar e dar um preço para cada um. Depois, você será o cliente. Com este jogo, você vai praticar a quantidade, a soma, a subtração e mesmo gerenciar o dinheiro. É uma forma divertida de passar tempo com a família e aprender juntos.
O transtorno de discalculia está vinculado à dislexia, pois ambos são genéticos e apresentam déficits cognitivos comuns que dificultam o aprendizado da leitura e da matemática.
O diagnóstico do aluno com discalculia pode ser notado já na pré-escola, quando ainda estar aparecendo alguns sinais do distúrbio, quando a criança apresenta dificuldade em responder às relações matemáticas, tais como: igual e diferente, maior menor. Mas ainda é cedo para um diagnóstico preciso. É só a partir dos sete ou oito anos, com a introdução dos símbolos específicos da matemática e das operações básicas, que os sintomas se tornam mais visíveis.
É importante chegar a um diagnóstico o mais rapidamente para iniciar as intervenções adequadas. O diagnóstico deve ser feito por uma equipe multidisciplinar – Neurologista, Psicopedagogo, Fonoaudiólogo, Psicólogo – para um encaminhamento correto.
Não devemos ignorar que a participação da família e da escola é fundamental no reconhecimento dos sinais de dificuldades.
Deve-se ter muito cuidado ao fazer um pré-diagnostico de uma criança com suspeita de discalculia, pois podemos estar cometendo um erro muito serio, bem como estar rotulando essa criança a um distúrbio que ela não tem, condenando um aluno para o resto de sua vida.
Um fator muito importante é fazer a eliminação de suspeita de outros distúrbios tais como: acalculia é a total falta de habilidade para desenvolver qualquer tarefa matemática, que geralmente indica um dano cerebral. Esse problema afeta a criança a aprender os princípios básicos da contagem.
Intervenções Psicopedagógicas
O tratamento é efeito de forma minuciosa, em que o Psicopedagogo é o protagonista dessa longa e árdua caminhada. A participação de outros profissionais é vista como uma valiosa participação tornando os trabalhos muito mais significativos. Entre eles o acompanhamento de neurologista, de um psicólogo, de um terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo e a família. O paciente deve estar inteiramente disposto a aceitar o problema e o seu tratamento que dispõe de muitos custos.
Idealmente, os transtornos de aprendizagem devem ser tratados a partir de um conceito multidisciplinar, biopsicossocial. A avaliação deve ser abrangente e considerar todos os possíveis fatores que possam estar contribuindo para o problema. O cerne do atendimento é psicopedagógico, mas outros profissionais podem contribuir de forma significativa.
O médico neurologista, por exemplo, pode excluir e/ou tratar fatores agravantes, tais como transtornos de ansiedade, depressão hiperatividade, epilepsia etc.
As intervenções psicológicas desempenham um papel importante no diagnóstico do potencial intelectual, perfil neuropsicológico bem como diagnóstico e tratamento de fatores motivacionais e afetivos correlatos, como a baixa autoestima, depressão, insegurança, baixa resistência a frustração.
Outros profissionais, como fonoaudiólogas e terapeutas ocupacionais podem contribuir significativamente no atendimento de dificuldades da linguagem e/ou da coordenação motora, atenção etc. O ideal é que o plano de tratamento seja formulado de forma colaborativa entre a criança, os pais, as educadoras e os demais profissionais.
Uma Avaliação Neuropsicológica permite reconhecer os pontos fortes e fracos das crianças contribuindo para o planejamento das estratégias mais eficazes de intervenção.
O tratamento deve focalizar os níveis orgânicos, educacionais e psicológicos. Apesar de o tratamento ser multidisciplinar, nem todas as intervenções devem ser realizas simultaneamente. O tratamento é implementado em longo prazo e envolve um custo enorme em termos de recursos de trabalho e tempo, emocionais, financeiros etc.
Devem ser estabelecidas prioridades, de comum acordo entre os envolvidos. Nenhum tratamento será eficaz se não for aceito pelo cliente principal que é a criança. É preciso considerar também e fazer bom uso dos recursos disponíveis na comunidade.
Pode-se perceber que o tratamento da discalculia é composto por profissionais tanto na área educacional e também de profissionais da área da saúde. Assim, é notória a gravidade e a importância de se conhecer e saber lidar com a discalculia que é cada vez mais presente e cada vez menos difundida.
A ansiedade e a depressão podem estar presentes nos transtornos de aprendizagem, sempre se deve avaliar a importância desses componentes no agravamento dos problemas com a matemática.
O prognóstico dos alunos com discalculia depende de variáveis tais como: severidade do transtorno, grau de deficiência da criança na execução de provas neuropsicológicas, prontidão para iniciar o tratamento e a cooperação dos pais como coadjuvantes do tratamento.
Quando as crianças com discalculia não recebem tratamento de intervenção Psicopedagógica e Psicológica acabam apresentando vários comprometimentos em seu desenvolvimento:
1) contribui para a redução da escolarização profissional e da qualificação profissional;
2) afeta o bem-estar do indivíduo e da família, causando estresse, desmoralizando a criança, diminuído sua auto-estima, a motivação para o estudo e podendo ser um fator que contribui para formas de transtornos mentais;
3) a frustração associada às dificuldades crônicas de aprendizagem associa-se ao surgimento de comportamentos desadaptativos do tipo desobediência, agressividade e comportamentos anti-sociais.
De um modo geral, a educação matemática insuficiente compromete o funcionamento do indivíduo na vida cotidiana e social, sendo um dos principais fatores associados com desemprego e renda inferior.
Quanto mais precoce for o diagnóstico, o professor juntamente com a equipe multidisciplinar poderá atuar como minimizadores dos sintomas que a discalculia manifesta.
Sendo assim, a criança com discalculia passa a ter um novo desenvolvimento nas suas práticas educacionais, com menos dificuldades, com um maior desempenho escolar, conforto e acima de tudo proporcionar uma vida cada vez mais próxima da normalidade.
Não se pode apenas pensar em diagnosticar a criança, deve-setambém analisar qual é o melhor tratamento e esse deve ser feito de forma sistemática com uma equipe multidisciplinar preparada com total apoio, confiança e com qualificação profissional.
É comum que as crianças tenham dificuldades com a matemática em algum momento da vida, mas para aquelas com discalculia, trata-se de um distúrbio de aprendizagem.
Os alunos com discalculia têm dificuldades com a matemática que afetam a sua aprendizagem e auto estima, caso o distúrbio não seja abordado no planejamento das aulas. É importante ajudar esses alunos a superar seus desafios e se sentirem confiantes para aprender.
Os alunos com discalculia têm dificuldade para processar informações relacionadas a números, operações, memorização e compreensão de conceitos matemáticos. Dessa forma, é importante que os professores os ajudem a compreender a matemática, tornando a aprendizagem de conceitos abstratos o mais concreta possível. 
Estratégias para trabalhar o aluno com discalculia
Fale ou escreva 
Para o aluno com discalculia, com dificuldade em compreender conceitos matemáticos e os números, quando o professor fala em voz alta ou escreve o problema apresentado, facilita que o aluno veja as relações entre os elementos. Essa simples ação o ajuda a organizar informações e visualizar soluções.
Desenhe 
Desenhar também ajuda os alunos com discalculia, mais visuais, a ver as relações e a compreender os conceitos. Os alunos também podem desenhar imagens sobre o conteúdo apresentado que ajudam na compreensão do problema e revelam maneiras de resolvê-lo.
Divida as tarefas em etapas
Os alunos com discalculia podem se sentir sobrecarregados ao serem apresentados a um conceito ou problema complexo, especialmente se for baseado em conhecimentos prévios, que podem não ter retido. Dividir uma tarefa em etapas e trabalhar com uma de cada vez ajuda o aluno a se concentrar, enxergar as conexões e evita a sobrecarga.
Use objetos
Relacionar a matemática com os aspectos práticos da vida diária ajuda os alunos com discalculia a entender os conceitos e a enxergar as relações entre os números. Usar objetos que os alunos podem manipular, como copos de medição e réguas, ajuda a tornar os conceitos matemáticos menos abstratos.
Revise 
Como os alunos com discalculia têm dificuldade para reter informações relacionadas à matemática, fica difícil aprender novas habilidades que se baseiam em anteriores. Aulas de revisão ajudam a manter as informações atualizadas e aplicáveis ​​à próxima tarefa. Criar referências escritas ou desenhadas, como cartões ou diagramas, ajuda nas revisões.
Assim como outros distúrbios, a discalculia afeta a aprendizagem do aluno. Por isso é importante desenvolver estratégias concretas, para facilitar o entendimento do mundo abstrato da matemática, com pistas visuais, verbais e objetos.
Como fornecer suporte ao aluno com discalculia
Aulas de reforço
As crianças com discalculia podem se beneficiar de aulas de reforço para se manterem atualizadas nas aulas de matemática, nos deveres de casa e nas provas. 
Um tutor de matemática, com experiência em trabalhar com alunos com dificuldades de aprendizagem, pode ajudar a criança com discalculia a aprender os conceitos de matemática de uma maneira mais eficaz. Além disso, as aulas de reforço permitem que ela pratique suas habilidades matemáticas sem pressão e no seu tempo.
Ferramentas e tecnologia 
Usar ferramentas como calculadora, lápis (para poder apagar!), papel milimetrado para manter as colunas e os números em linha reta, podem ser muito útil em sala de aula. Existem aplicativos e jogos que permitem que as crianças pratiquem habilidades de matemática de forma divertida e podem ser grandes aliados na aprendizagem.
Adaptações em sala de aula
Para trabalhar o aluno com discalculia é importante que sejam realizadas algumas adaptações em sala de aula, como permitir o uso da calculadora; fornece tempo extra para realizar atividades e dar suporte para superação dos desafios.
Controle da ansiedade
Crianças com discalculia, muitas vezes, sentem ansiedade quando precisam fazer uma tarefa de matemática, especialmente dever de casa ou prova. Elas podem ficar tão ansiosas a ponto de não conseguirem se concentrar por estarem preocupadas em não se saírem bem.
A ansiedade não é exclusiva de crianças com discalculia, mas é comum entre crianças com dificuldades com a matemática. Para ajudá-las é preciso ensinar-lhes estratégias de controle da ansiedade, já que a medida que elas aprendem a controlá-la, se tornam mais capazes de absorver as informações.
Fortalecimento da autoestima
A criança com discalculia, pode se sentir frustrada ou envergonhada quando solicitada a fazer tarefas que são difíceis para ela. No entanto, esse sentimento também pode surgir nas atividades do dia-a-dia, ao jogar jogos de tabuleiro, ver as horas no relógio, entre outras. 
Dessa forma, é preciso dar um suporte emocional ao aluno além das estratégias para aprendizagem. Conversar com a criança sobre as dificuldades que a discalculia pode causar pode ajudá-la a compreender as causas de suas dificuldades.
Considerações Finais
A discalculia é uma má formação neurológica que provoca transtornos na aprendizagem de tudo o que se relaciona a números, como fazer operações matemáticas, fazer classificações, dificuldade em entender os conceitos matemáticos, a aplicação da matemática no cotidiano e na sequenciação numérica. Acredita-se que a causa dessa má formação pode ser genética, neurobiológica ou epidemiológica.
Normalmente, crianças e qualquer outra pessoa que possui tal distúrbio apresentam sinais como dificuldade com tabuadas, ordens numéricas, dificuldades em posicionar os números em folha de papel, dificuldade em somar, subtrair, multiplicar e dividir, dificuldade em memorizar cálculos e fórmulas, dificuldade em distinguir os símbolos matemáticos, dificuldade em compreender os termos utilizados.
Algumas das dificuldades ainda existentes em pessoas com discalculia é também caracterizada na dislexia, distúrbio que apresenta dificuldade em ler, escrever e soletrar, pois a pessoa com necessidade educativa especial possui dificuldade em interpretar o enunciado dos exercícios e dos conceitos matemáticos.
A discalculia já pode ser notada a partir da pré-escola, quando a criança tende a ter dificuldades em compreender os termos já utilizados, como igual, diferente, porém somente após a introdução de símbolos e conceitos mais específicos é que o problema se acentua e sim já pode ser diagnosticado. 
Existem métodos que podem facilitar a vida dessas pessoas quando necessitam da matemática. Para melhorar o seu desempenho, o professor deve permitir que o indivíduo utilize tabuada, calculadora, cadernos quadriculados e elaborar exercícios e provas com enunciados mais claros e diretos. Ainda pode estimular o indivíduo passando trabalhos de casa com exercícios repetitivos e cumulativos.
O diagnóstico da discalculia deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar, composta, por exemplo, por neuropediatra, psicólogo, psicopedagogo e fonoaudiólogo. Tais profissionais serão capazes de avaliar e examinar diversos aspectos da criança. Dessa forma, uma série de exames e testes específicos são feitos para o diagnóstico.
Sobre o tratamento para discalculia, a abordagem é basicamente um conjunto de atividades para discalculia. Como não há remédios, a abordagem terapêutica deve envolver toda a comunidade ao redor da criança.
Ou seja: pais, familiares, escola, amigos, professores e profissionais; todos devem ter consciência de que este processo exige paciência, esforço e disponibilidade. Com esse suporte, a criança poderá ser capacitada para enfrenar os seus próprios desafios. O intuito de atividades para discalculia é ajudar na compreensão numérica da criança. Dessa forma, uma boa dica é usar jogos e brincadeiras por obterem mais engajamento e tornarem o clima mais descontraído.
Se a criança gosta de pintar, é possível brincar com as tintas para que elas consigam contar as cores, por exemplo. Outra alternativa é apostar em objetospara aumentar a noção de cálculos matemáticos.
A terapia também exerce um papel fundamental. O psicólogo (que pode ser feito online) trabalha o autoconhecimento das crianças e o entendimento de seu próprio transtorno. Esse trabalho ajuda a manter a autoestima e a persistência da criança diante dos seus desafios.
Vale acrescentar que esse déficit no aprendizado pode se agravar com bullying, problemas de socialização, entre outras consequências. Por isso é tão importante oferecer apoio emocional e psicológico às crianças com discalculia. É fundamental para sua formação e também no convívio com o distúrbio.
Por ser um transtorno permanente, a pessoa precisa desenvolver seus meios de lidar com as dificuldades, criando estratégias para lidar com todas as situações que envolvam a matemática ao longo de sua vida.
Referências
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