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Sejam bem-vindos! ENGENHARIA CIVIL Fundações Engenharia Civil FUNDAÇÕES Profº Alan de Paula Almeida E-mail_alan.almeida@fmu.br UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHAE MUCURI INSTITUTO DE CIÊNCIA, ENGENHARIAE TECNOLOGIA ENGENHARIACIVIL Prof. Alan de Paula FUNDAÇÕES AULA 07: Dimensionamento de sapatas rígidas Prof. Alan de Paula alan.almeida@fmu.br A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o 5 A tabela apresenta os comprimentos de ancoragem em função do diâmetro, para diferentes classes de concreto, aplicáveis a barras nervuradas, aço CA-50 e em zonas de boa aderência (ângulo das armaduras do pilar à 90 graus em relação à horizontal). Os valores da tabela foram obtidos com as expressões apresentadas na NBR 6118:2003 Tabela: Comprimento de ancoragem em função do diâmetro – NBR 6118:2003 DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS LONGITUDINAIS A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o 1. CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO DAS SAPATAS 1.1 Determinação das dimensões em planta As dimensões em planta das sapatas são definidas basicamente em função da tensão admissível do solo, embora também dependam de outros fatores, como a interferência com as fundações mais próximas. Na grande maioria dos casos as sapatas estão submetidas a cargas excêntricas, especialmente em virtude das ações do vento. Logo, as dimensões em planta devem ser tais que as tensões de compressão máximas no solo - calculadas com as expressões da flexão composta reta ou oblíqua - não superem a tensão admissível do mesmo. A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o 2. CLASSIFICAÇÃO DAS SAPATAS Quanto à rigidez A NBR 6118:2003 classifica as sapatas quanto à rigidez de acordo com as seguintes expressões: Figura: Dimensões típicas em sapatas A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o 2. CLASSIFICAÇÃO DAS SAPATAS 2.1 Sapata flexíveis São de uso mais raro, sendo mais utilizadas em fundações sujeitas a pequenas cargas. Outro fator que determina a escolha por sapatas flexíveis é a resistência do solo. ANDRADE (1989) sugere a utilização de sapatas flexíveis para solos com pressão admissível abaixo de 150kN/m2 (0,15MPa). As sapatas flexíveis apresentam o comportamento estrutural de uma peça fletida, trabalhando à flexão nas duas direções ortogonais. Portanto, as sapatas são dimensionadas ao momento fletor e à força cortante, da mesma forma vista para as lajes maciças. A verificação da punção em sapatas flexíveis é necessária, pois são mais críticas a esse fenômeno quando comparadas às sapatas rígidas. A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o 2. CLASSIFICAÇÃO DAS SAPATAS 2.2 Sapata rígidas São comumente adotadas como elementos de fundações em terrenos que possuem boa resistência em camadas próximas da superfície. Para o dimensionamento das armaduras longitudinais de flexão, utiliza-se o método geral de bielas e tirantes. Alternativamente, as sapatas rígidas podem ser dimensionadas à flexão da mesma forma que as sapatas flexíveis, obtendo-se razoável precisão. As tensões de cisalhamento devem ser verificadas, em particular a ruptura por compressão diagonal do concreto na ligação laje (sapata) – pilar. A verificação da punção é desnecessária, pois a sapata rígida situa-se inteiramente dentro do cone hipotético de punção, não havendo possibilidade física de ocorrência de tal fenômeno. A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o 3. QUANTO A SUA POSIÇÃO 3.1 Sapata isolada Transmitem ações de um único pilar centrado, com seção não alongada. É o tipo de sapata mais frequentemente utilizado. Tais sapatas podem apresentar bases quadradas, retangulares ou circulares, com a altura constante ou variando linearmente entre as faces do pilar à extremidade da base. Figura: Sapatas isoladas A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o 3. QUANTO A SUA POSIÇÃO 3.2 Sapata corrida São empregadas para receber as ações verticais de paredes, muros, ou elementos alongados que transmitem carregamento uniformemente distribuído em uma direção. O dimensionamento deste tipo de sapata é idêntico ao de uma laje armada em uma direção. Por receber ações distribuídas, não é necessária a verificação da punção em sapatas corridas. Figura: Sapata corrida sob carregamento linear distribuído A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o 3. QUANTO A SUA POSIÇÃO 3.3 Sapata associada ou combinada Transmitem as ações de dois ou mais pilares adjacentes. São utilizadas quando não é possível a utilização sapatas isoladas para cada pilar, por estarem muito próximas entre si, o que provocaria a superposição de suas bases (em planta) ou dos bulbos de pressões. Neste caso, convém empregar uma única sapata para receber as ações de dois ou mais pilares. O centro de gravidade da sapata normalmente coincide com o centro de aplicação das cargas dos pilares. Para condições de carregamento uniformes e simétricas, as sapatas associadas resultam em uma sapata corrida simples, de base retangular. Entretanto, quando as cargas dos pilares apresentam diferenças relevantes, a imposição de coincidir o centróide da sapata com o centro das cargas dos pilares conduz ou a uma sapata de base trapezoidal (em planta) ou a sapatas retangulares com balanços livres diferentes (em planta). Usualmente, as sapatas associadas são projetadas com viga de rigidez (enrijecimento), cujo eixo passa pelo centros de cada pilar. A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o 3. QUANTO A SUA POSIÇÃO 3.3 Sapata associada ou combinada Figura: Sapata associada retangular A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o 3. QUANTO A SUA POSIÇÃO 3.4 Sapata com viga de equilíbrio No caso de pilares posicionados junto à divisa do terreno, o momento produzido pelo não alinhamento da ação com a reação deve ser absorvido por uma viga, conhecida como viga de equilíbrio ou viga alavanca, apoiada na sapata junto à divisa e na sapata construída para pilar interno. Portanto, a viga de equilíbrio tem a função de transmitir a carga vertical do pilar para o centro de gravidade da sapata de divisa e, ao mesmo tempo, resistir aos momentos fletores produzidos pela excentricidade da carga do pilar em relação ao centro dessa sapata. A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o 3. QUANTO A SUA POSIÇÃO 3.4 Sapata com viga de equilíbrio Figura : Sapata com viga de equilíbrio A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o 4. SAPATA SOB CARGA CENTRADA Ocorre quando a carga vertical do pilar passa pelo centro de gravidade da sapata. Neste caso, admite-se uma distribuição uniforme e constante das tensões do solo na base da sapata, igual à razão entre a carga vertical e a área da sapata (em planta). Figura: Sapata sob carga centrada A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o 5. DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS LONGITUDINAIS Para calcular as armaduras longitudinais da sapata, define-se, em cada direção ortogonal, uma seção de referência S1 entre as faces do pilar, conforme a figura: Figura: Seções para o cálculo das armaduras longitudinais de flexão A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o 5. DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS LONGITUDINAIS A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o 5. DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS LONGITUDINAIS De acordo com a figura, o problema recai em determinar os momentos solicitantes em balanços de vãos iguais ao balanço livre acrescido de 0,15 vezes a dimensão do pilar na direção analisada. Ou seja, os momentos solicitantes nos engastes (MSda e MSdb) fornecem os momentos para o cálculo das armaduras da sapata. De posse dos momentos solicitantes, as armaduras longitudinais da sapata podem ser calculadas utilizando-se as tabelas clássicas da flexão simples ou ainda por expressões simplificadas, conforme a seguir: A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o 5. DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS LONGITUDINAIS onde d é a altura útil na direção analisada. Os valores calculados devem ser ainda comparados com os valores de armadura mínima recomendados para as lajes, conformeo item 19.3.3.2 da NBR 6118:2003. Apesar da norma fazer distinção entre armaduras positivas e negativas, e de lajes armadas em uma ou duas direções, pode-se admitir, para todos esses casos, uma taxa de armadura mínima igual a 0,15% (em relação a área bruta). As barras longitudinais não devem ter diâmetros superiores 1/8 da espessura da laje (sapata). O espaçamento máximo entre elas não deve ser superior a 20cm nem 2*h, prevalecendo o menores desses dois valores. A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o 21 A tabela apresenta os comprimentos de ancoragem em função do diâmetro, para diferentes classes de concreto, aplicáveis a barras nervuradas, aço CA-50 e em zonas de boa aderência (ângulo das armaduras do pilar à 90 graus em relação à horizontal). Os valores da tabela foram obtidos com as expressões apresentadas na NBR 6118:2003 Tabela: Comprimento de ancoragem em função do diâmetro – NBR 6118:2003 5. DIMENSIONAMENTO DAS ARMADURAS LONGITUDINAIS A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o Sapatas ◼ Sapata Isolada A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o CRITÉRIOS DE DIMENSIONAMENTO DAS SAPATAS Sapata Isolada Quanto à locação em planta, dois requisitos devem ser atendidos: • O centro de gravidade da sapata deve coincidir com o centro de gravidade do pilar central; • Deve-se fazer uma estimativa da área da base, supondo a sapata submetida à carga centrada (sem momentos): A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o Dimensionamento de Sapatas ◼ Dimensionamento como placa ❑ Peças flexíveis ❑ Verificação quanto ao puncionamento ◼ Dimensionamento pelo método das Bielas ❑ Peças rígidas e de grandes dimensões ◼ Ambos os métodos ❑ Pode-se considerar pressões de contato uniformes ❑ Exceto se for rocha A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o Sapatas Rígidas – Mais utilizadas ❑ Ocorre flexão nas duas direções da sapata ❑ As armaduras são uniformemente distribuídas ❑ Há esforços cortantes, mas a ruptura se dá por compressão diagonal A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o ❑ Surgiu a partir de ensaios realizados por Lebelle (1936) ❑ A carga é transferida do pilar para a base da sapata a partir de bielas de concreto comprimido que induzem tensões de tração na base da sapata Método das bielas A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o Método das bielas 27 a) Adotar altura mínima (h) para se ter peça rígida h = dmin + d ' dmin = altura útil da sapata d’ = distância da base da sapata ao centro de gravidade da armadura (adota-se 5cm) 3 min L − l d 3 min B − b d a P mind 1,44 1,96 ck a f Onde = 0,85 A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o Método das bielas b) Determinar os esforços de tração (T) c) Determinar área de aço (As) P(B −b) d M 8d y xT = + d8d x yT = + P(L − l) M yk = 1,61Tx x f As yk = 1,61Ty y f As A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o Projetos de Sapatas ◼ Recomendações ❑ As armaduras devem ser uniformemente distribuídas ao longo das dimensões (L,B) da sapata ❑ 10cm ≤ espaçamento ≤ 20cm ❑ Edificações de baixo porte: ◼ Ferro de 6,3mm com 15cm ❑ Edificações de grande porte: ◼ Ferro de 10mm com 15cm A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o Método das bielas - Exemplo ◼ Dimensionar e detalhar a sapata centrada ❑ P = 3500 kN (permanente) ❑ Mx = 400 kN.m (vento) ❑ My = 100 kN.m (vento) ❑ Pilar = 50cm x 20cm ❑ B = 2,9m x A = 3,20m ❑ Concreto C-25 e fyk = 50 kN/cm² ❑ Ferro de 16mm A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o Método das bielas - Exemplo a) Adotar altura mínima (h) para se ter peça rígida 0,9md min 3,2 − 0,5 → d min 1,96 h = dmin + d '→ h = 0,9 + 0,05→ h = 0,95m 3500 minmin 0,85 25000 d 1,44 → d 0,82m 0,9md 3 min 3 2,9 − 0,2 → d min d = 0,9m A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o Método das bielas - Exemplo b) Determinar os esforços de tração (T) P(B −b) d M 8d y xT = + ) M d8d x yT = + P(L − l 8 0,9 0,9 Tx =1423,61kN x T = 3500(2,9 − 0,2) + 100 yT = 3500(3,2 − 0,5) + 400 8 0,9 0,9 Ty =1756,94kN A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o Método das bielas - Exemplo c) Determinar área de aço (As) = 1,611423,61 = 45,84cm² 50 x Tx =1423,61kN As yT =1756,94kN = 1,611756,94 = 56,57cm² 50 As y 23 ϕ16mm c/ 14cm 29 ϕ16mm c/ 10cm A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o Método das bielas - Exemplo c) Determinar área de aço (As) A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o Método das bielas - Exemplo d) Detalhamento Programa para calculo de fundação FTOOL. A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o Imagine que temos que dimensionar uma sapata para um pilar com seção de 40 cm x 80 cm com uma carga total de 120 toneladas (força), onde a tensão admissível do solo é de 2,3 Kgf/cm² (pressão): Primeiramente, temos que majorar a carga através de um coeficiente de segurança de 1,1, ou seja, consideramos 10% a mais de carga, mas fica a critério de cada projetista : Essa carga extra de 10% é considerada como sendo o peso próprio da sapata. Força = 120 000 kgf * 1,1 = 132000 kgf A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o Temos então: A = 132000 𝑘𝑔𝑓 2,3 𝑘𝑔𝑓 𝑐𝑚² = 57.391,30 𝑐𝑚2 Ou seja, a área da base da sapata deverá ser igual ou maior a 57.391,30 cm² (5,73 m²). 57.391,30 A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o O próximo passo é calcular as dimensões A (lado maior) e B (lado menor) da sapata através das seguintes fórmulas: Onde: B é a menor dimensão da base da sapata (cm); A é a maior dimensão da base da sapata (cm); b° é a menor dimensão da seção do pilar (cm); a° é a maior dimensão da seção do pilar (cm), e; Asapata é a área da base da sapata (calculada no passo anterior). B = (𝑏°−𝑎°) 2 + √ (𝑏°−𝑎°) 4 + Asapata ou A – B = a° - b° ( feito em sala de aula neste método) pilar 80 cm 40 cm A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o B = (𝑏°−𝑎°) 2 + √ (𝑏°−𝑎°) 4 + Asapata B = (40−80) 2 + √ (40−80) 4 + 57.391,30 cm² B = -20 + √57.381,30 = 219,54 cm Adotamos então o valor de 220 cm para B. A – 220 = 80 – 40 A = 260 cm pilar 80 cm 40 cm 260 cm 220 cm Podemos ainda fazer uma conferência da área: 260*220 = 57.200 cm² A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o Com a base calculada, podemos então calcular a altura total e a altura da aba da sapata: H° H h ≥ A – a° 3 = h ≥ 260 – 80 3 = 60 cm de altura total, caso fosse 61,00 arredondar para 65 cm Onde: h é a altura da sapata (cm); A é a maior dimensão da sapata (cm), e; a° é a maior dimensão da seção do pilar (cm) A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o Já a altura da aba da sapata deve ser o maior valor entre: h ≥ A – a° 3 = h° = {≥ 15cm≥ h/3 = 60/3 = 20 cm Onde: h é a altura total da sapata, e; ho é a altura da aba da sapata. 20 cm 60 cm A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o Com as dimensões da sapata definidas, passamos então para a fase de verificações: Ancoragem do pilar (Lb): A armadura longitudinal do pilar deve ser ancorada na sapata, ou seja, a armadura do pilar deve se estender para dentro da sapata conforme a tabela abaixo: A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o Para o nosso exemplo vamos considerar um concreto com Fck de 30 MPa e vamos considerar também que a armadura será de 16 mm e ancorada com ganchos, como no desenho abaixo: Onde: 23 vem da tabela, já que consideramos um Fck de 25 MPa, e; 1,6 é o diâmetro da armadura em cm. Lb = 23 * 1,6 = 36,80 cm A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o Altura útil (d): É a distância entre o topo da sapata e o centro de gravidade da armadura, como no desenho anterior e é calculado da seguinte maneira: d = h – c - ∅𝑐𝑚 2 = d = 60 – 5 - 1,25 2 = d = 54,37 cm Com a ancoragem do pilar(Lb) e a altura útil (d) calculadas, podemos verificar então que: d > Lb 54,37 > 36,80 Caso a ancoragem tivesse um resultado superior à altura útil, deveria-se aumentar o Fck do concreto ou a altura da sapata até d seja maior que Lb. Onde: d é a altura útil (cm); h é a altura total da sapata (cm); c é o cobrimento que, para o nosso exemplo, vamos adotar 5 cm, e; Ø é o diâmetro das barras que, para o nosso exemplo, vamos adotar 1,25 cm (12,5 mm). A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o Método das bielas: O método das bielas é um dos métodos mais utilizados para o dimensionamento de uma sapata. Bielas são vetores de compressão, que transmitem uma força linear de compressão; Tirantes são vetores de tração, que transmitem uma força linear de tração. A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o Método das bielas: Temos que fazer três verificações para garantir a aplicabilidade do método das bielas através das seguintes fórmulas: d ≥ { 1,44 * 𝑃 𝜎𝑎 em que 𝜎𝑎 = 0,85 ∗ 𝐹𝑐𝑘 1,96 𝑎 − 𝑎° 4 e 𝑏 − 𝑏° 4 Onde: d é a altura útil (cm); a é a maior dimensão da sapata (cm); a° é a maior dimensão do pilar (cm); b é a menor dimensão da sapata (cm); b° é a menor dimensão do pilar (cm); P é a carga do pilar (KN), e; fck é a resistência à compressão do concreto (KN/m²). A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o Método das bielas: Temos que fazer três verificações para garantir a aplicabilidade do método das bielas através das seguintes fórmulas: 54,37 ≥ { 1,44 * (√1200 /10841,84) = 54,37 ≥ { 1,44 √0,11 = 0,477 m = 47,70cm Caso alguma das três condições não seja verdadeira, será necessário alterar as dimensões da sapata até que as três condições sejam atendidas. 260 − 80 4 = 45 cm 220 − 40 4 = 45 𝑐𝑚 A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o Método das bielas: Cálculo da armadura: Primeiro devemos calcular as tensões aplicadas em cada direção através das seguintes fórmulas: Tx = 𝑃 ∗( 𝑎 −𝑎°) 8 ∗𝑑 e Ty = 𝑃 ∗( b −b°) 8 ∗𝑑 Onde: Tx é a força de tração na base da sapata na direção X (Kgf); Ty é a força de tração na base da sapata na direção Y (Kgf); P é a carga do pilar (Kgf); a é a maior dimensão da sapata (cm); b é a menor dimensão da sapata (cm); a° é a maior dimensão do pilar (cm); b° é a menor dimensão do pilar (cm), e; d é a altura útil da sapata (54,37 cm). A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o Método das bielas: Cálculo da armadura: Primeiro devemos calcular as tensões aplicadas em cada direção através das seguintes fórmulas: Tx = 132.000 ∗( 260 − 80) 8 ∗54,37 = 23.760.000 434,96 = 54.625,71 Kgf Ty = 𝑃 ∗( 220 − 40) 8 ∗54,37 = 54.625,71 Kgf A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o Método das bielas: Esses resultados serão utilizados para calcular a área de aço: Asx = 1,61 ∗𝑇𝑥 𝐹𝑦𝑘 ( Armadura paralela ao lado a ) Asy = 1,61 ∗𝑇𝑦 𝐹𝑦𝑘 ( Armadura paralela ao lado b ) Onde: Asx é a área de aço na direção x (cm); Asy é a área de aço na direção y (cm); Tx é a força de tração na base da sapata na direção X (Kgf); Ty é a força de tração na base da sapata na direção Y (Kgf), e; Fyk é a resistência à tração do aço (Kgf/cm²). A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o Método das bielas: Fyk é a resistência à tração do aço (Kgf/cm²). Considerar C 50 = 50 kN/cm² A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o Método das bielas: Esses resultados serão utilizados para calcular a área de aço: Asx = 1,61 ∗54.625,71 5000 = 17, 589 cm² Asy = 1,61 ∗54.625,71 5000 = 17, 589 cm² A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o Método das bielas: Com as áreas de aço calculadas, podemos utilizar a seguinte tabela: A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o Método das bielas: Utilizaremos barras de 12,5 mm, como definimos no início. Calculamos a quantidade de barras em cada direção: X = 17,589 1,277 = 13,77 barras ---- 14 barras Y = 17,589 1,277 = 13,77 barras ---- 14 barras A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t oMétodo das bielas: Calculamos o espaçamento entre as barras em cada direção, que deve ficar entre 10 e 20 cm: X = 220(𝑏) – 5 ∗ 2 15 𝑛º 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠 −1 = 15 cm Y = 260(𝑎) – 5 ∗ 2 15 𝑛º 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠 −1 = 17,85 cm igual a 18 cm Resultados: Para a sapata do nosso exemplo temos os seguintes resultados: A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o Método das bielas: Resultados: Para a sapata do nosso exemplo temos os seguintes resultados: X: 14 Ø12,5mm c/15cm Y: 14 Ø12,5mm c/18cm 260 220 210 250 14 N1 ∅ 12,5 𝑐/18 c=210 1 4 N 1 ∅ 1 2 ,5 𝑐/ 1 5 c= 2 5 0 8 0 40 5 cm adotado da forma A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o A u l a 7 D i m e n s i o n a m e n t o
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