Malária- resumo

Prévia do material em texto

Malária 1
🦟
Malária
Agentes etiológicos:
Plasmodium vivax (maior n° de casos no BR)
Associada a casos de recaídas de malária
Plasmodium falciparum
Associada a quadros mais graves
Plasmodium malariae
Plasmodium ovale
Plasmodium knowlesi
Epidemiologia
Maior parte dos casos na Amazônia Legal (99%)
Casos fora da região endêmica: autóctones
Região Amazônica: Sivep-Malária→ Sistesma de Informação de Vigilância 
Epidemiológica da Malária
Extra-Amazonica: todo caso deve ser notificado as autoridades em até 24 horas, 
para que seja registrado no SINAN.
Malária 2
Transmissão
Áreas rurais, como comunidades ribeirinhas, assentamentos, áreas indígenas e 
garimpos, alguns registrados em regiões urbanas.
Inoculação de esporozoítos durante a picada da fêmea do inseto vetor→ 
Anopheles
Pode ocorrer por transfusão de sangue em regiões endêmicas→ menor 
importância epidemiológica
Esporozoítos
Forma alongada
Núcleo e demais organelas de qualquer célula eucarionte.
Classe apicomplexa:
Ciclo assexuado e sexuado
Organelas que compõe o complexo apical: roptrias, micronemas e o 
complexo em si
Parasitas apresentam microtúbulos dispostos em espiral, para que o 
plasmodium tenha movimento giratório e chegue no local, ele libera enzimas 
que estão nas roptrias e nos microenemas e daí ele entra na célula
Malária 3
Ciclo de Vida (pegar foto do esquema)
Esporozoíto→ na glandula salivar, quando a fêmea inocula na corrente 
sanguínea. Essas formas caem na circulação e chegam ao fígado, invadindo 
hepatócitos.
Dentro do hepatócito ele se diferencia em Trofozoítas (formato de anel)
Trofozoita amadurece e o núcleo se fragmenta, sendo que cada um dos 
fragmentos nucleares vão dar origem a um indivíduo
Antes disso, existe o esquizonte→ com muitos núcleos ainda não 
fragmentados.
A partir do rompimento e liberação dos merozoítos entra no estágio do ciclo 
sanguíneo
Rompimento→ entra na circulação e penetram nas hemácias→ 
diferenciação em trofozoíto→ esquizonte→ merozoíto→ adentrarão outras 
hemácias 
A partir do segundo ciclo sanguineo, os merozoítos podem dar origem aos 
gametócitos, masculinos ou femininos 
Malária 4
Mosquito (hospedeiro definitivo) que picar o hospedeiro pode sugar 
gametocitos. O feminino não se altera e se torna um gameta comum, o 
masculino sobre exflagelação, e assim, cada gametócito masculinos 
consegue formar até 8 gametas. Esses gametas irão se unir com o 
gameta feminino para formar um zigoto → oocineto → esse processo 
ocorre no estômago do inseto. 
Oocineto-formato ameboide- consegue se movimentar da parte interna 
do estômgago e chega a parte externa. Na parte externa, forma uma 
parede de polissacarídeo → oocisto
A partir daí, acontece a esporogonia (reprodução assexuada), 
formação de esporozoítos, que irão romper o oocisto e ficam livres na 
circulação do mosquito para que ele migre até a glândula salivar.
Apresentação Clínica
A febre acontece em períodos alternados decorrente do período do ciclo 
sanguíneo. Dentro das hemácias, o parasita consome hemoglobina, que serão 
convertidas em um pigmento amarelo → hemozoína.
Pigmento é tóxico ao hospedeiro→ quando está no meio extracelular→ 
ativação de IL-1, IL-6 e TNF→ picos de febre, já que a hemozoína funciona 
como um pirógeno.
Todos os sintomas são decorrentes dessa fase
Hepatomegalia→ ocorre porque a hemozoína é insolúvel e fica retida no 
fígado, aumentando o seu tamanho.
Anemia→ já que existe a destruição constante de hemácias devido ao 
crescimento exponencial de parasitas
No ciclo do Vivax e do Ovale
Hipnozoítas→ formas latentes presentes nos hepatócitos
Podem ficar assim até um ano.
Causam as recaídas de malária→ infecção volta depois de alguns meses 
mesmo sem novo contato com o Plasmodium
Malária 5
Formas do Parasita
Plasmodium Falciparum
Trofozoítos Jovens
Microscopia: trofozoitos em formato de anel, com uma ou duas cromatinas- 
um ou dois núcleos dentro de uma única hemácia.
Trofozoítos maduros
Parte roxa→ gametócitos
Gametócitos alongados, possui grânulos e tem formato de salsicha
Masculinos→ rosados
Femininos→ azulados
Plasmodium vivax
Sempre um único trofozoíto por hemácia e uma única cromatina
Parasitemia menor
Só adentra a célula se tiver um antígeno de grupo sanguíneo, chamado de 
Duffy
As hemácias jovens geralmente apresentam Duffy. Mas nem todas as 
hemácias possuem esse antígeno. População negra africana não possui esse 
antígeno
Malária 6
Hemácia dos trofozoítos maduros possuem muitos grânulos- granulações de 
Schuffner
Sintomatologia
Paroxismo Malárico
Causados por ruptura de hemácias pelo merozoítos e liberação de hemozoína 
na circulação, ativando citocinas pró-inflamatória, como TNF-A, IL-1 e IL-6, que 
causam febres de até 41°C
Picos febris acontecem a cada 48h→ tempo do ciclo no interior da hemácia
Apenas Plasmodium malariae que demora cerca de 72h.
3 períodos
Calafrios, aproximadamente 20 minutos
Calor
Sudorese intensa
Paciente pode sofrer de anemia, causada pela destruição de hemácias e 
supressão da atividade hematopoiética por citocinas pró inflamatórias
Febre do tipo Terçã
Causada por vivax, falciparum e ovale.
Aparece a da 2 dias. 
Falciuparum causa febre terçã maligna, devido a citoaderência, causada pela 
exposição de antígenos próprios do parasita, que forma protuberância nas 
hemácias. 
 Assim, outras hemácias começam a se aglomerar, formando pequenos 
êmbolos
Malária 7
Pode formar até a malária cerebral
Causa obstrução de pequenos vasos pela adesão dessas hemácias 
parasitadas ao endotélio, podendo levar a um hipóxia tecidual. 
Comum em adultos não imunes, crianças e gestantes.
Sempre tem uma hiperparasitemia
Febre do tipo quartã
Acontece a cada 3 dias
Plasmodium malariae
Além desses sintomas, o paciente pode ter cefaleia, inapetência, cansaço, dor 
muscular, dor nas costas, tremores, palidez, tosse seca, hepatomegalia, 
esplenomegalia, naúseas e vômitos
Existem casos que os picos de febre podem ser a cada 24h, principalmente no 
Plasmodium falciparum
Diagnóstico
Exame clínico
Identifica caso de malária
Não é eficiente, pois precisa-se da espécie para preescrever o remédio correto
Métodos laboratoriais
Gota espessa: teste padrão ouro
3 gotas de sangue
Elas são desemoglobinizadas→ se retira a hemoglina passando água em 
corrente em fluxo lento- e coradas na lâmina
Malária 8
Esfregaço sanguíneo
Melhor para analisar a morfologia
Gota de sangue é estirada e corada
Analisado uma área de menor volume de sangue.
Nesses dois testes, pode-se encontrar as seguintes formas: Plasmodium 
falciparum e Plasmodium vivax.
→ Plasmodium Falciparum: os
esquizontes não são encontrados no
sangue periférico. Podem ser encontrados
mais de um trofozoíto por hemácia. Os
trofozoítas podem apresentar uma ou duas
cromatinas. Os gametócitos são facilmente
identificáveis e apresentam forma de
“salsicha”.
→ Plasmodium vivax: são encontrados
todas as formas no sangue periférico.
Cada hemácia apresenta apenas um
trofozoíto e as hemácias parasitadas
apresentam as granulações de Schuffner.
Teste rápidos
Imunocromatográficos→ observam os antígenos dos plasmócitos
Proteínas PfHRP2 e pLdh
QBC→ mais utilizados em bancos de sangue
Combina a concentração dos parasitas pela centrifugação do sangue nos 
capilares e a coloração dos ácidos nucleicos (DNA e RNA) do parasita pelo 
fluocromo laranjga de acridina.
Malária 9
Método colorimétrico constituído por um capilar com resíduos de alaranja 
de acridina e anticoagulantes que é preenchido com aproximadamente 65 
ul de sangue.
ELISA→ sorológico
PCR→ casos importados e de infecção mista (vivax e falciparum)
Profilaxia
Prevenção do contato com o vetor: telas, mosquiteiro, repelentes e quimioprofilaxia
Combate aos insetos adultos
Combate às formas aquaticas do vetor
Medidas contra o parasito
Tratamento
Quinina: age sobre os trofozoítos, esquizontes e merozoítos
Cloroquina: age sobre as formas sanguíneas, exceto nos gametócitos de 
Plasmodium falcuparum
Quinidina: agesobre os esquizontes hepáticos e sobre os gametócitos.
Primaquina: age sobre as formas hepáticas e sanguíneas
Mefloquina: são usados apenas em situações de profilaxia
Outros: lumefantrina, artemeterm artesunato e clindamicina
Resistência a drogas antimaláricas: mutações espontâneas nos parasitas
Guia Prático da Malária no Brasil→ última atualização foi em 2020
Malária 10