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TERMINOLOGIA NEONATAL

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SAÚDE DA CRIANÇA II UC4 – 
MARIANE KOLANDJIAN 
Terminologia Neonatal 
CAMPANHA, PATRÍCIA DE PADUA A.; BUENO, ARNALDO C. NEONATOLOGIA (SÉRIE PEDIATRIA SOPERJ). BARUERI 
[SP]: EDITORA MANOLE, 2022. 9786555766240. DISPONÍVEL EM: 
HTTPS://INTEGRADA.MINHABIBLIOTECA.COM.BR/#/BOOKS/9786555766240/. ACESSO EM: 18 MAI. 2022. 
Os conceitos aqui apresentados são referendados pela Organização Mundial da Saúde 
(OMS), Academia Americana de Pediatria (AAP), Ministério da Saúde (MS) do Brasil e/ou 
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). 
NOMENCLATURA TÉCNICA NO PERÍODO PERINATAL 
Idade gestacional 
Número de semanas transcorridas entre o 1º dia do último período menstrual normal 
(não o momento presumido de concepção) e a data do parto, independentemente de a 
gestação resultar em nascido vivo ou morte fetal. A duração da gestação é expressa 
em dias ou semanas completas. Assim, a 40ª semana de gestação situa-se entre 280 
dias e menos de 287 dias após o início do último período menstrual. É dita “calculada” 
quando obtida a partir do número de dias entre a data da última menstruação (DUM) e 
a data do nascimento e “estimada” quando obtida pelo exame obstétrico e/ou 
ultrassonográfico gestacional ou pelo exame somático e/ou neurológico do recém-
nascido (RN).1 
Utilizam-se, ainda, os termos “idade cronológica” e “idade corrigida”: 
Idade cronológica: idade da criança a partir do momento de seu nascimento. Expressa em 
horas, dias, semanas, meses ou anos de vida. Durante os primeiros 3 dias recomenda-se 
a indicação em horas (até 72 horas, inclusive).2 
Idade corrigida: idade do pré-termo corrigida para o termo, considerando-se o nascimento 
“ideal” em 40 semanas. Soma-se a idade cronológica após seu nascimento (convertida 
em semanas) com a idade gestacional (IG) ao nascimento (em semanas). Ao completar 
40 semanas, inicia-se a contagem em dias e mantém-se o ajuste até os 2 ou 3 anos, 
conforme a prematuridade ao nascimento.2 
Um exemplo de aplicação desses conceitos seria: IG ao nascer de 32 semanas; idade cronológica 
de 10 dias (1 semana e 3 dias); idade corrigida de 33 semanas e 3 dias. 
 
Períodos da gestação1,2 
1º trimestre: período compreendido entre o 1º dia do período menstrual e a 13ª semana de 
IG. 
2º trimestre: período entre a 13a e a 26ª semanas de gestação. 
3º trimestre: período entre a 26ª semana de gestação e o nascimento. 
SAÚDE DA CRIANÇA II UC4 – 
MARIANE KOLANDJIAN 
Produtos da concepção1,2 
Os produtos da concepção compreendem o ovo, o blastocisto, o embrião, o feto, a mola 
hidatiforme e o coriocarcinoma. O ovo fertilizado transforma-se em blastocisto, que 
depois se transforma em embrião, sendo assim denominado até a 8ª semana de 
gestação. 
Feto: Produto da concepção a partir da 8ª semana de gestação até o nascimento. 
Recém-nascido (RN): produto da concepção, após o nascimento, a partir do momento em 
que é clampeado o cordão umbilical até completar 28 dias de vida. 
 
Conceitos estatísticos3 
Aborto: expulsão ou extração de um embrião ou feto com peso menor que 500 g ou com 
Idade Gestacional abaixo de 20 a 22 semanas ou com comprimento inferior a 25 cm, 
independentemente da presença ou não de sinais vitais. 
 
Coeficiente de mortalidade neonatal (CMN): 
 
 
Coeficiente de mortalidade neonatal precoce (CMNp): 
 
 
Coeficiente de mortalidade neonatal tardia (CMNt): 
 
 
Coeficiente de mortalidade perinatal (CMP): 
 
 
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MARIANE KOLANDJIAN 
Coeficiente de morte materna: 
 
 
Coeficiente de natalidade (CN): 
 
 
Coeficiente de natimortalidade ou de mortalidade fetal (CMF): 
 
 
Mortalidade fetal: divide-se em precoce, intermediária e tardia. 
• Mortalidade fetal precoce: refere-se aos abortos. 
• Mortalidade fetal intermediária: ocorre entre a 20ª e a 28ª semanas de gestação, 
com pesos fetais entre 500 e 1.000 g. 
• Mortalidade fetal tardia: ocorre entre a 28ª semana de gestação e o parto. 
Morte materna: morte de mulher durante a gestação ou até 42 dias após seu término, 
independentemente da duração ou localização da gestação, decorrente de qualquer 
causa relacionada com a gravidez ou agravada por ela ou por medidas tomadas com 
relação a ela, porém não consequente a causas acidentais ou incidentais. Podem ter 
causas obstétricas diretas, resultantes de complicações na gestação, parto e puerpério, 
ou ser decorrentes de intervenções, omissões, tratamento incorreto ou da cadeia de 
eventos resultantes das causas mencionadas. 
Morte neonatal/óbito neonatal: morte ocorrida no período neonatal (28 dias completos de 
vida). 
• Morte neonatal precoce: morte ocorrida em crianças nos primeiros 7 dias de vida 
(168 horas). 
• Morte neonatal tardia: morte ocorrida em crianças com mais de 7 dias e antes de 
28 dias completos de vida. 
SAÚDE DA CRIANÇA II UC4 – 
MARIANE KOLANDJIAN 
Nascido vivo/nativivo (NV): produto de um nascimento (após a expulsão ou extração 
completa do corpo materno) com sinais vitais como respiração, choro, movimentos de 
músculos de contração voluntária, batimento cardíaco ou pulso umbilical. 
Nascimento: completa expulsão ou extração do corpo materno, independentemente de o 
cordão ter sido ligado ou de a placenta estar inserida. Fetos pesando menos de 500 g 
não são considerados nascimentos para fins estatísticos perinatais. Na ausência do 
peso de nascimento, a IG de 20 a 22 semanas completas, assim como o comprimento de 
25 cm (crânio-calcanhar) são considerados equivalentes a 500 g. 
Natimorto: produto de um nascimento sem evidência de vida, em que o óbito do produto 
da concepção ocorreu antes da expulsão ou da extração completa do corpo materno. 
Neomorto: morte após o nascimento, no período neonatal, independentemente do tempo 
de vida (minutos, horas ou dias, completos ou incompletos). 
Óbito fetal: morte do produto da concepção (natimorto) ocorrida antes de sua completa 
expulsão ou extração do organismo materno, independentemente do tempo de 
gestação. A morte é indicada pelo fato de que, após a separação, o feto não apresenta 
qualquer sinal vital. 
Óbito perinatal: óbito do produto da concepção com 28 semanas ou mais, ou de RN com 
menos de 7 dias. 
Período neonatal: período que compreende do nascimento até a idade de 27 dias, 23 horas 
e 59 minutos pós-natal. 
• Período neonatal 1: do nascimento até 23 horas e 59 minutos de vida. 
• Período neonatal 2: do final da 24a hora de vida até 6 dias, 23 horas e 59 minutos. 
• Período neonatal 3: do final do 7º dia de vida até 27 dias, 23 horas e 59 minutos. 
Período perinatal: período compreendido entre 22 semanas completas (154 dias) de 
gestação e 7 dias completos de vida pós-natal. A 10ª revisão da Classificação 
Internacional de Doenças antecipou o início do período perinatal para 22 semanas de 
gestação. 
• Período perinatal 1: da 28ª semana até o 7º dia de vida. Para fins estatísticos, é 
recomendada a utilização desse conceito. 
• Período perinatal 2: da 20ª semana de gestação até o 28º dia de vida. 
Vida ao nascimento: quando o RN respira ou mostra algum outro sinal vital, como 
batimentos cardíacos, pulsação do cordão umbilical ou movimentos efetivos da 
musculatura voluntária. 
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MARIANE KOLANDJIAN 
Classificação do recém-nascido2,4 
De acordo com peso ao nascer (PN): o PN é o primeiro peso do RN obtido após o 
nascimento, preferencialmente na 1ª hora de vida. 
Baixo peso ao nascer (BPN): PN < 2.500 g. 
Muito baixo peso ao nascimento (MBPN): PN < 1.500 g. 
Extremo baixo peso ao nascimento (EBPN): PN < 1.000 g. 
Macrossomia: PN acima do percentil 90 ou superior a 4.000 g. 
De acordo com a IG: 
Pré-termo: IG inferior a 37 semanas. 
• Pré-termo extremo: RN com IG inferior a 28 semanas ou PN inferior a 1.000 g. 
• Pré-termo tardio: RN com IG de 34 semanas a 36 semanas e 6 dias. 
Termo: IG de 37 semanas até 41 semanas e 6 dias (259 a 293 dias). 
Pós-termo: RN com IG igual ou superior a 42 semanas. 
De acordocom a correlação PN × IG: as curvas de percentis correlacionam o PN 
(eixo y) com a IG (eixo x). Em todas as curvas de percentil considera-se o percentil 10 o 
limite inferior e o percentil 90, o limite superior. Portanto, independentemente da 
curva, os limites 10 e 90 são os de referência para a classificação. 
Pequeno para a idade gestacional (PIG): PN abaixo do percentil 10 para a IG. 
• PIG assimétrico: restrição do crescimento durante a fase de hipertrofia celular 
(final da gestação). Apresenta redução mais acentuada no peso, alguma redução 
no comprimento e no perímetro cefálico. 
• PIG simétrico: restrição do crescimento durante a fase de hiperplasia celular 
(início da gestação). Apresenta redução proporcional de peso, comprimento e 
perímetro cefálico. 
Apropriado ou adequado para a idade gestacional (AIG): PN entre os percentis 10 e 90 para a IG. 
Grande para a idade gestacional (GIG): PN acima do percentil 90 para a IG. 
Organização da assistência neonatal 
A infraestrutura para o atendimento integral e humanizado ao RN inclui vários níveis 
de complexidade, como atendimento na sala de parto, alojamento conjunto, unidade de 
cuidados intermediários e intensivos, transporte, acompanhamento ambulatorial e 
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escores de risco para mortalidade. O quantitativo e a distribuição proporcional de 
leitos, para cada uma das unidades, seguem portarias específicas do MS do Brasil. 
As unidades neonatais são divididas de acordo com as necessidades dos cuidados, e 
assim nomeadas:5,6 
Alojamento conjunto (Alcon): unidade do sistema hospitalar destinada a mãe e RN 
saudáveis. É para onde vão logo após o nascimento e permanecem juntos, durante as 
24 horas do dia, até a alta hospitalar. 
Unidade de internação neonatal (UNN): As internações em unidades neonatais (UNN) ocorrem 
quando algum evento foge dessa transição fisiológica da vida intra para a extrauterina 
ou quando algum processo patológico acontece, colocando em risco a vida do recém-
nascido (RN). Engloba a UTIN e a UCINCo, métodos de internação neonatal. 
Unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN): unidade destinada ao tratamento de RN grave, 
caracterizada por alta complexidade. É classificada em níveis I, II e III de acordo com os 
requisitos de humanização, estrutura física, serviços, materiais e equipamentos. 
Unidade de cuidado intermediário neonatal convencional (UCINCo): também conhecida como 
unidade semi-intensiva, é destinada ao tratamento de RN de médio risco, com 
demanda de assistência contínua. Caracteriza-se por menor complexidade do que a 
UTIN. 
Unidade de cuidado intermediário neonatal canguru (UCINCa): unidade cuja infraestrutura física, 
de material e de recursos humanos permite acolher mãe e filho para prática da atenção 
humanizada ao RN de baixo peso. O método utilizado é conhecido como canguru. De 
acordo com critérios específicos para o método, envolve a permanência no mesmo 
ambiente 24 horas por dia até a alta hospitalar. 
Outros termos utilizados frequentemente em neonatologia 
Rede cegonha: estratégia do MS do Brasil que se propõe a garantir boas práticas de 
cuidados a gravidez, parto, nascimento e puerpério, bem como atenção integral à saúde 
da criança com crescimento e desenvolvimento saudáveis, embasada em evidências 
científicas e nos princípios de humanização.7 
Genograma: instrumento que facilita a compreensão mais ampla dos membros da família 
e da forma como se relacionam, assim como retrata graficamente a história e o padrão 
familiar. 
Declaração de Nascido Vivo (DNV): documento padronizado pelo MS, de preenchimento 
obrigatório para todos os nascidos vivos, utilizado para o registro civil de nascimento 
da criança. 
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Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC): traça o perfil dos nascimentos em cada 
hospital, município e Estado, com base em dados informatizados, de modo que 
caracteriza a população e permite identificar prioridades de intervenção.8 
Programa Nacional da Triagem Neonatal (PNTN): programa que inclui testes com metodologia 
de rastreamento, especificamente na população com idade entre 0 a 28 dias de vida, 
visando detectar precocemente diferentes distúrbios. Exemplos: triagem metabólica 
neonatal (teste do pezinho), teste do reflexo vermelho (teste do olhinho), triagem 
auditiva neonatal (teste da orelhinha), teste da oximetria de pulso (teste do 
coraçãozinho).9 
Escores de risco neonatal: os principais escores usados em neonatologia são clinical risk 
index for babies (CRIB) e score for neonatal acute physiology perinatal extension II 
(SNAPPE II). 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
1.American Academy of Pediatrics. Committee on Fetus and Newborn. Nomenclature for duration of 
gestation, birth weight and intra-uterine growth. Pediatrics. 1967;39(6):935-9. 
2.Bertagnon JRD, Segre CAM. Terminologia técnica do período neonatal. In: Segre CAM, Costa HPF. 
Perinatologia: fundamentos e prática. 2.ed. São Paulo: Sarvier; 2009. p.385-9. 
3.Vega CEP. Mortalidade materna e perinatal. In: Segre CAM, Costa HPF. Perinatologia: fundamentos e 
prática. 2.ed. São Paulo: Sarvier; 2009. p.365-80. 
4.Cloherty JP, Eichenwald EC, Hansen AR, Stark AR. Manual de neonatologia. 7.ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan; 2015. 
5.Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n. 2.068, 21 de outubro de 2016. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2016/prt2068_21_10_2016.html. Acesso em: 16/11/2021. 
6.Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n. 930, 10 de maio de 2012. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt0930_10_05_2012.html. Acesso em: 16/11/2021. 
7.Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n. 1.459, 24 de junho de 2011. Disponível em: 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt1459_24_06_2011.html. Acesso em: 16/11/2021. 
8.Brasil. Ministério da Saúde. Portaria n. 116, 11 de fevereiro de 2009. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/svs/2009/prt0116_11_02_2009.html. Acesso em: 16/11/2021. 
9.Brasil. Ministério da Saúde. Programa Nacional da Triagem Neonatal. Disponível em: 
https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/programa-nacional-da-triagem-
neonatal. Acesso em: 16/11/2021.

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