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Rezemos pelas almas do purgator - Comunidade Cancao Nova

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Prefácio
O Catecismo da Igreja Católica ensina-nos que: “Os que morrem
na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente
purificados, embora tenham garantida a sua salvação eterna,
passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obter a
santidade necessária para entrar na alegria do Céu” (CIC 1030).
Quando tomei consciência dessa verdade e de que as almas do
purgatório nada podem fazer por elas mesmas, o meu coração
encheu-se de compaixão e eu logo adotei o nobre e justo costume
cristão de rezar pelas almas.
Compreendi que a homenagem e a ajuda mais valiosa que
podemos prestar às almas do purgatório é “oferecer sufrágio em seu
favor, em especial o sacrifício eucarístico, a fim de que, purificadas,
elas possam chegar à visão beatífica de Deus” (cf. CIC 1032).
Portanto, rezemos pelas pobres almas, porque é vontade de Deus
que elas dependam de nós. Rezemos pelas almas e façamos dessa
obra de misericórdia um programa de vida.
VANÚSIA DO ESPÍRITO SANTO CERQUEIRA
Comunidade Canção Nova
A realidade do purgatório
“Todo aquele que o Pai me dá virá a mim, e o que vem a mim eu não lançarei fora,
porque eu desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele
que me enviou. E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca
nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia. Esta é a
vontade do meu Pai: quem vê o Filho e nele crê tenha a vida eterna. E eu o
ressuscitarei no último dia” (Jo 6,37-40).
É necessário entender que a realidade do purgatório é
consequência da infinita misericórdia de Deus, que vai além de
todos os nossos limites, além desta terra. Na eternidade nós
também somos objetos da misericórdia de Deus.
A existência do purgatório é indicada na própria Palavra de Deus,
ainda no Antigo Testamento, no livro da Sabedoria. Pena que os
nossos irmãos evangélicos não tenham entre os seus escritos
canônicos esse livro. Ele nos diz claramente:
As almas dos justos, porém, estão na mão de Deus, e nenhum tormento os atingirá.
Aos olhos dos insensatos parecem ter morrido; sua saída do mundo foi considerada
uma desgraça e sua partida do meio de nós, uma destruição, mas eles estão na
paz. Aos olhos humanos parecem ter sido castigados, mas sua esperança é cheia
de imortalidade. Tendo sofrido leves correções, serão cumulados de grandes bens,
porque Deus os pôs à prova e os achou dignos de si. Provou-os como se prova o
ouro na fornalha, e aceitou-os como ofertas de holocausto; no tempo do seu
julgamento hão de brilhar, como centelhas que correm no meio do canavial (Sb 3, 1-
7).
Algumas traduções bíblicas trazem, em vez de “Ele os provou
como ouro na fornalha”, “Ele os provou como ouro no crisol”. Crisol
é um recipiente no qual o ouro é purificado. No Céu só entra quem
estiver completamente puro. Daí a pergunta: quem de nós
conseguirá estar totalmente purificado quando for encontrar-se com
o Senhor face a face? Quem de nós não precisará passar por esse
crisol?
Aliás, esta é uma grande graça: a possibilidade de sermos
purificados, depois da morte, das muitas pequenas impurezas que
levaremos conosco. Essa possibilidade de uma purificação após a
morte, essa maravilhosa chance que a infinita misericórdia nos
concede é a realidade sobrenatural que chamamos de purgatório.
O Catecismo da Igreja Católica no parágrafo 1030 nos afirma
claramente essa doutrina:
“Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente
purificados, embora tenham garantida a sua salvação eterna, passam, após sua
morte, por uma purificação, a fim de obterem a santidade necessária para entrarem
na alegria do Céu”.
E para ficar mais clara a nossa compreensão, o próprio Catecismo
faz uma citação de São Gregório no parágrafo 1031:
No que concerne a certas faltas leves, deve-se crer que existe antes do juízo um
fogo purificador, segundo o que afirma aquele que é a Verdade, dizendo que, se
alguém tiver cometido uma blasfêmia contra o Espírito Santo, não lhe será perdoada
nem no presente século nem no século futuro (Mt 12,31). Desta afirmação podemos
deduzir que certas faltas podem ser perdoadas no século presente, ao passo que
outras, no século futuro (São Gregório Magno, Dial. 4,39).
O próprio São Francisco de Assis dizia que não entraria no Céu
sem passar pelo purgatório. Ele precisaria da misericórdia de Deus.
Imaginava que depois da morte precisaria passar por uma longa
purificação. Por isso, ele queria morrer mártir, porque o martírio faz
a pessoa voltar à inocência batismal, purifica-a completamente e a
leva direto para o Céu. Sua purificação é o próprio martírio, por isso
o mártir não necessita de outro tipo de purificação.
Se São Francisco de Assis achava que iria passar por um duro
purgatório, imagine nós!
Deus usa de misericórdia para conosco. Ele nos dá a chance de,
mesmo depois da morte, ser purificados pelos infinitos méritos de
Nosso Senhor Jesus Cristo.
Impressionante é que desde o Antigo Testamento acreditava-se na
possibilidade de uma purificação depois da morte. Muitas vezes
somos criticados por rezar pelos mortos (é claro que nós não
rezamos para eles, mas pedimos a Deus por eles), mas precisamos
fazê-lo, porque aqueles que foram para o purgatório não podem
fazer mais nada por si; o tempo da misericórdia terminou e agora
entraram na dimensão da divina justiça. Por não estarem prontos
para entrar no Céu, precisam passar pelo purgatório. Precisam
passar pelo “crisol” e receber as orações da Igreja. Eles dependem
de nossas orações e sacrifícios, e, principalmente, que ofereçamos
a eles a renovação do único sacrifício de Jesus em cada Missa.
Desde os primeiros tempos, a Igreja honrou a memória dos mortos
e ofereceu sufrágios em seu favor, em especial o sacrifício
eucarístico, a fim de que, purificados, eles possam chegar à visão
beatífica de Deus. A Igreja recomenda também as esmolas, as
indulgências e as obras de penitência em favor dos mortos:
Levemos-lhe socorro e celebremos a sua memória. Se os filhos de Jó foram
purificados pelos sacrifícios de seu pai, por que duvidar que as nossas oferendas
em favor dos mortos lhes leva alguma consolação? Não hesitemos em socorrer os
que partiram e em oferecer as nossas orações por eles (São João Crisóstomo).
A realidade e a doutrina do purgatório são delineadas com muita
clareza no segundo livro dos Macabeus. Pena também que os
nossos irmãos evangélicos não tenham em suas Bíblias esse livro.
Não tendo os livros históricos dos Macabeus e o livro da Sabedoria,
eles se privam das bases bíblicas a respeito da existência do
purgatório.
O exército de Judas Macabeu foi para a batalha, guerreou e
venceu:
Tendo depois reunido seu exército, Judas atingiu a cidade de Odolam. Chegado o
sétimo dia, purificaram-se conforme o costume, e ali mesmo celebraram o sábado.
No dia seguinte, como a tarefa era urgente, os homens de Judas foram recolher os
corpos dos que tinham morrido na batalha, a fim de sepultá-los ao lado dos
parentes, nos túmulos de seus antepassados. Foi então que encontraram debaixo
das roupas dos que tinham sucumbido, objetos consagrados aos ídolos de Jâmnia,
coisa que a Lei proíbe aos judeus (2Mc 12, 38-40).
No ardor da luta, por cobiça, alguns judeus acabaram se
apossando de objetos de ouro e prata que se encontravam juntos
aos corpos vencidos, mas que eram consagrados aos ídolos. Deus
os havia proibido de fazer isso; não deviam tomar como despojos os
ídolos dos pagãos, mas, por fraqueza, eles os pegaram.
Quando trouxeram para Judas Macabeu todos aqueles ídolos, ele
ficou muito pesaroso, mas, ao mesmo tempo, viu que aqueles
judeus eram homens de Deus que haviam caído em tentação.
Estavam batalhando por Deus e foram dignos Dele, tanto que deram
a vida por Ele, mas, por fraqueza, haviam caído em tentação.
Ficou evidente a todos a razão pela qual os soldados haviam
perecido. Eles morreram porque haviam pecado fazendo aquilo que
lhes era proibido:
Foi então que encontraram, debaixo das roupas dos que tinham sucumbido, objetos
consagrados aos ídolos de Jâmnia, coisa que a Lei proíbe aos judeus.Então ficou
claro, para todos, que foi por isso que eles morreram. Mas todos louvaram a
maneira de agir do Senhor, justo Juiz, que torna manifestas as coisas escondidas. E
puseram-se em oração, pedindo que o pecado cometido fosse completamente
cancelado. Quanto ao valente Judas, exortou o povo a se conservar sem pecado,
pois tinham visto com os próprios olhos o que acontecera por causa do pecado dos
que haviam sido mortos. Depois, tendo organizado uma coleta individual, que
chegou perto de duas mil dracmas de prata, enviou-as a Jerusalém, a fim de que se
oferecesse um sacrifício pelo pecado: agiu assim, pensando muito bem e
nobremente sobre a ressurreição (2Mc 12, 40-43).
Judas mandou oferecer um sacrifício pelos mortos que,
infelizmente, haviam caído em tentação e pecado. Mais adiante, a
Palavra revela que se ele não acreditasse na ressurreição, teria sido
supérfluo rezar pelos mortos:
De fato, se ele não tivesse esperança na ressurreição dos que tinham morrido na
batalha, seria supérfluo e vão orar pelos mortos. Mas, considerando que um ótimo
dom da graça de Deus está reservado para os que adormecem piedosamente na
morte, era santo e piedoso o seu modo de pensar. Eis por que mandou fazer o
sacrifício expiatório pelos falecidos, a fim de que fossem absolvidos do seu pecado
(2Mc 12,44-46).
Ele mandou que se oferecesse um sacrifício expiatório por aqueles
mortos, para que fossem absolvidos de seus pecados.
Portanto, ficam claras, ainda no Antigo Testamento, no livro dos
Macabeus, a realidade do purgatório e a possibilidade de as
pessoas serem absolvidas de suas faltas, após a morte, pelos
infinitos méritos de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Os sacrifícios antigos foram substituídos pelo grande e único
sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo, que é renovado em cada
Missa. Por isso, desde o começo da Igreja, já se oferecia o santo
sacrifício da Missa em expiação dos pecados daqueles que haviam
morrido.
Retomo aqui a doutrina claramente apresentada pelo Catecismo
da Igreja Católica no parágrafo 1030:
Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente
purificados, embora tenham garantida sua salvação eterna, passam, após sua
morte, por uma purificação, a fim de obter a santidade necessária para entrar na
alegria do Céu.
A verdade do purgatório é doutrina bíblica. Essa doutrina foi
também estudada por vários Concílios Ecumênicos, como nos
mostra o parágrafo 1031 do Catecismo:
A Igreja denomina Purgatório esta purificação final dos eleitos, que é completamente
distinta do castigo dos condenados. A Igreja formulou a doutrina da fé relativa ao
Purgatório sobretudo no Concílio de Florença e de Trento. Fazendo referência a
certos textos da Escritura, a tradição da Igreja fala de um fogo purificador.
Quanto tempo faz que você não reza pelos seus falecidos? Muitas
pessoas choram, mas não rezam. Quanto tempo faz que você não
manda celebrar Missa pelos seus mortos? Quanto tempo faz que
você não pensa na existência do purgatório, nessa linda
possibilidade de, após a morte, sermos purificados dos nossos
pecados?
Purgatório vem do latim ‘purgare’, que significa purificar.
Purgatório, portanto, é a possibilidade de purificação que Deus nos
concede, após a nossa morte, por causa dos méritos de Cristo. Para
essa purificação acontecer, os mortos precisam passar por
sofrimentos sensíveis comparados ao fogo.
Os santos dizem que o fogo do purgatório é semelhante ao do
inferno, com a diferença de que este último é para os condenados,
portanto, para o tormento deles. O fogo do purgatório, porém, é para
os que se salvaram, mas não estão ainda totalmente purificados. O
fogo do purgatório torna-se para eles purificação e redenção. As
almas sofrem terrivelmente, mas como o ouro que passa pela
purificação.
O ouro, para ser purificado, deve ser submetido a uma
temperatura altíssima. Só assim as impurezas se separam dele e o
deixam puro. E é assim que acontece com todos os que passam
pelo purgatório: são purificados pelo fogo.
Você está completamente purificado para se apresentar diante do
Senhor, justo juiz? Você já fez suficiente penitência pelos seus
pecados? Já reparou as consequências desastrosas deles? Já
reconstruiu aquilo que seus pecados acabaram destruindo na vida
de seus irmãos?
É claro que Deus perdoa as nossas faltas, mas fique atento a esta
comparação: caso você entre na casa de alguém e destrua móveis,
roupas, coloque fogo em tudo, depois arrependa-se e peça perdão,
se a pessoa aceitar, perdoado você estará. Porém, a casa já foi
destruída e precisará ser refeita. Você necessitava do perdão, mas
agora deverá ajudar o dono da casa a restaurar o que foi destruído.
Quando vivemos situação semelhante diante de Deus, temos
muito mais responsabilidade ainda, porque as consequências dos
nossos pecados são muito maiores e atingem pessoas e não coisas.
Os pecados que cometemos contra a castidade, por exemplo,
causam grandes prejuízos a pessoas. E quanta gente sofreu, ficou
marcada, enveredou por caminhos errados por coisas que fizemos!
Quantas meninas jogadas, desiludidas com a vida por causa de
homens! E isso fica assim mesmo? É claro que Deus perdoa, mas
há uma parte que cabe a nós. É preciso fazer o reparo. Assim como
a pessoa que destruiu a casa de alguém é agora responsável por
reconstruí-la, somos responsáveis pela reconstrução daquilo que
nossos pecados destruíram.
Para Deus precisamos fazer grande penitência. É necessário
praticar muitas coisas boas para tentar reparar o mal que fizemos
aos nossos irmãos, à Igreja, à sociedade... ao mundo!
Pode ser que você não consiga mais refazer aquela menina ou
aquele rapaz de quem você abusou sexualmente. Talvez não
consiga fazer mais nada, porque já perdeu o contato. Mas isso não
pode ficar assim. Você precisa fazer algo muito especial, porque
prejudicou alguém que é filho de Deus.
E se você, em vez de entrar na casa de alguém, tivesse entrado,
por exemplo, no museu do Ipiranga, em São Paulo, onde há muitas
riquezas e um patrimônio nacional? Imagine se num gesto de
loucura você destruísse e colocasse fogo em tudo. Destruiria assim
um patrimônio nacional!
Já o nosso pecado destrói um patrimônio da humanidade: pessoas
que são filhas de Deus.
Como ficam essas injustiças que cometemos quando saímos por
aí falando mal dos outros, caluniando, mentindo, contando o que
não devíamos contar? Como ficam a honra e o nome das pessoas?
Nós também, como pais, cometemos muitos erros. Quantas
marcas ocasionamos nos nossos filhos com o nosso procedimento?
Muitas vezes batemos neles só porque estávamos bravos e irritados
com outras coisas. Não controlamos nosso temperamento e
descontamos nossa frustração neles! Quantos pais alcoólatras
arrasaram a vida dos filhos, das esposas e de sua família! Todas
essas coisas vão ficar por isso mesmo? Não! Um patrimônio foi
lesado. Nós nos convertemos, fomos perdoados, mas a situação
não pode ficar assim. É preciso reconstruir. É preciso reparar, de
alguma forma, o que destruímos.
Um caso exemplar de justiça é o que um juiz de direito de uma
comarca costumava fazer com os jovens que, em arruaças,
depredavam telefones, jardins, praças, monumentos e outros bens
públicos. Ele os punia fazendo com que nas horas extras, depois do
trabalho e dos estudos, e especialmente nos fins de semana, eles
trabalhassem duramente nesses lugares da cidade que haviam
depredado.
Que beleza seria se essa prática se espalhasse por todas as
cidades do Brasil!
Deus não é menos justo do que o juiz daquela cidade. Às vezes
pensamos que Deus é “trouxa”, mas as coisas não podem ficar
como estão. É exatamente aí que percebemos a grande
misericórdia Dele naquilo que a Igreja chama de indulgência.
Certamente, mesmo que você se penitenciasse a vida inteira, não
conseguiria reparar os danos que cometeu ao “patrimônio da
humanidade”; os filhos e as filhas de Deus que você lesou.
É por isso que Deus, em sua imensa bondade e misericórdia, nos
dá a possibilidade das indulgências.
Todas as nossas orações, boas obras, todos os méritos dos santosque já estão nos céus, os méritos da Santíssima Virgem e
especialmente os méritos infinitos de Nosso Senhor Jesus Cristo
ficam como que depositados no “tesouro da Igreja”, e ela, que
recebeu do Senhor o poder de ligar e desligar na Terra e no Céu,
pode retirar desse tesouro os méritos que não temos, para saldar a
dívida pelas consequências dos pecados que cometemos, e não
somos capazes de pagar inteiramente.
É mais uma consequência da infinita misericórdia de Deus para
conosco.
Suponhamos que um rapaz tenha depredado telefones públicos,
vidraças de bancos, jardins, casas particulares. Ainda que ele
trabalhasse muitos anos fazendo horas extras, não conseguiria
pagar todo o prejuízo que causou. Então, a mãe daquele rapaz com
algumas senhoras da cidade tomam a iniciativa de coletar dinheiro
para pagar o que ele não conseguirá com seu trabalho. O dinheiro
arrecadado pelas senhoras vai para as mãos do juiz, que o usará na
reparação daquilo que o rapaz depredou e destruiu.
Quanto custa um rapaz que, abusado sexualmente quando era
menino, torna-se um homossexual, envolve-se com drogas,
bebidas, enfim, leva uma vida toda estragada? Quanto custa uma
menina deflorada pelo namorado que, irresponsavelmente, a
engana e depois a larga grávida? Mesmo que o namorado assuma
a criança (e assumir não é somente dar o nome e a mesada), como
é que fica a vida da garota? E a educação da criança criada sem
pai? E se essa menina, depois de enganada, se perde na vida e, por
causa de sua carência afetiva, começa a se entregar para qualquer
um?
Quantas horas extras custaria isso? Não há hora extra que pague,
porque é a vida de filhos de Deus.
Imagine se alguém saísse por aí falando mal de você, contando
mentiras a seu respeito, levantando calúnias. Você deixaria sua
honra ser jogada ao vento? Qual é o preço que esse mentiroso,
caluniador desleal, precisa pagar para restaurar a sua honra?
Na verdade não há dinheiro que pague! Por isso tudo, chegamos a
uma importante conclusão: só com uma vida inteira de busca
contínua de santidade é que conseguiremos tentar reparar os
estragos que fizemos com nossas loucuras e nossos pecados.
Todos nós precisamos bater no peito e dizer: “Minha culpa, minha
tão grande culpa!”, pelas barbaridades que cometemos durante toda
a nossa vida!
É claro que Jesus nos perdoa, mas reparar as consequências dos
nossos pecados cabe a nós. Só conseguiremos reparar tudo aquilo
que de mal fizemos pela santidade de nossa vida. Somente
enchendo os cofres da Igreja de santidade é que conseguiremos
reparar.
Portanto, ou santos ou nada! Sejamos sinceros, se Francisco de
Assis se achava tão pecador, como é que nós vamos nos sentir
diante do Senhor, o Justo e Santo?
Veja, a realidade do purgatório, a possibilidade que Deus nos
concede de expiar as consequências dos nossos pecados, após a
morte, é resultado da infinita misericórdia divina, que sabe que não
podemos reparar os danos que nossos pecados causaram durante
a nossa vida.
Rezemos:
Obrigado, Senhor, porque queres a misericórdia!
Obrigado, Senhor, porque disseste: “Essa é a vontade do meu Pai,
que não se perca nenhum daqueles que Ele me deu”.
Que bom, Jesus, que o Senhor veio para exercer a misericórdia:
que ninguém se perca, mas, pelo contrário, que todos sejam
ressuscitados. Tu queres a minha ressurreição, por isso eu preciso
corresponder com santidade.
Nós só podemos ser santos! Eu preciso ser santo! Senhor, eu
quero ser santo diante da tua misericórdia.
Quando olhamos para todos os santos que estão no Céu, quando
vemos a Igreja padecente no purgatório e olhamos para a nossa
própria vida, por sermos Igreja militante, Igreja combatente,
sentimos que precisamos ser santos.
Então, derrama, Senhor, sobre a nossa vida o teu Espírito de
santidade. Jesus, enche-nos com o teu Espírito Santo. Batiza-nos
com teu Espírito Santo, para que sigamos firmemente nos caminhos
da santidade, porque temos muito para reparar e refazer. Somente
com muita santidade é que conseguiremos reparar, em parte, o mal
cometido.
Obrigado, Senhor, porque queres a misericórdia e não o sacrifício.
Derrama sobre nós o teu Espírito Santo, encha-nos com o Espírito
Santo, para que tenhamos vida nova. Que sejamos cada vez mais
santos, porque tu és santo.
Doutrina sobre o purgatório
Ao contrário do que muitos pensam, o purgatório não é um lugar,
mas um estado. As almas precisam de purificação, porque a Palavra
de Deus diz que “não entrará (no Céu) nada de profano nem
ninguém que pratique abominações e mentiras, mas unicamente
aqueles cujos nomes estão inscritos no livro da vida” (cf. Ap 21,27).
No purgatório, a alma enxerga a tibieza em que viveu na Terra,
sente profundo arrependimento de seus pecados e rejeita as
paixões do mundo a que estava apegada. A alma sente sede de
Deus, amor intenso e vontade de estar na sua presença. Ela sofre
por ter sido negligente e por não estar ainda na companhia do
Senhor.
O que sofrem as almas do purgatório?
Elas sofrem de mil maneiras diferentes. Há tantos “tipos” de
purgatório quantas são as almas. Cada alma sente nostalgia de
Deus e esta é a mais lancinante dor. Além disso, cada alma é
corrigida naquilo e por aquilo que a fez pecar.
As almas querem purificar-se no purgatório como o ouro no
cadinho. Podemos imaginar uma jovem indo despenteada a uma
festa e com roupas sujas? A alma que está no lugar de purificação
tem uma imagem tão fulgurante de Deus, que lhe apareceu numa
beleza, numa pureza tão esplêndidas, tão deslumbrantes, que todas
as forças do Céu não conseguiriam movê-la para apresentar-se
diante de Deus até que subsista nela a mínima mancha. Somente
uma alma luminosa, perfeita, ousa ir ao encontro da luz eterna e da
perfeição divina para contemplar Deus face a face.
Quais os pecados mais severamente punidos no purgatório?
Os pecados contra a caridade: maledicência, calúnia, rancor,
querelas provocadas pela ambição e pela inveja são severamente
punidos no outro mundo. Cuidemos para não criticar ou rir de
alguém, isso prejudica gravemente nossa alma.
Quantas vezes as pessoas lamentam-se que não são ajudadas
nem um pouco pelos jovens. Mas aos jovens não ocorre que
poderiam ajudar o vizinho necessitado. Esquecem-se que as obras
de caridade têm a maior recompensa no Céu.
Uma palavra pode matar ou curar. O amor cobre uma multidão de
pecados. Tenhamos caridade, sobretudo com nossos inimigos.
Sermos bons com quem nos faz o bem é coisa que os pagãos
também fazem, diz Cristo. Mas fazer o bem àqueles que têm por
nós sentimentos hostis, eis a verdadeira atitude cristã; isso é o que
o Salvador nos pede.
Esmolas em sufrágio das almas
A mais valiosa forma de socorro aos mortos é a esmola, que
apaga o fogo do purgatório. Dai esmola ao pobre em sufrágio das
almas benditas. As lágrimas que vossas esmolas enxugarem, o
alívio que tiverdes dado aos que padecem fome, sede e frio serão
alívio no purgatório para as almas sofredoras. É uma dupla caridade
socorrer os pobres por amor às almas. Tal atitude beneficia os vivos
e os mortos.
Contam piedosos autores esta parábola tão expressiva: um
homem tinha três amigos. Dois lhe eram muito queridos. O terceiro
nem tanto assim. Um dia, o homem foi acusado e levado ao Tribunal
de Justiça. Chamaram os amigos para o defender.
O primeiro recusou-se. Tinha negócios e família, era impossível! O
segundo foi até a porta do Tribunal e o deixou. O terceiro o
acompanhou sempre fiel, defendeu-o com ardor, deu testemunho de
sua inocência e salvou o acusado do castigo.
Assim, o homem tem neste mundo três amigos: o dinheiro, os
parentes e as boas obras. O dinheiro o abandona na morte,
quando há de comparecer no Tribunal da Justiça de Deus. Os
parentes o levam até a beira da sepultura, o deixam e o esquecem
depois. O terceiro amigo – as boas obras, a caridade praticada, as
obras de misericórdia, tudo quanto o homem fez de bom neste
mundo – só ele o acompanha e o defende no Tribunal da Justiça de
Deus.
A esmola, disse o arcanjo Rafael a Tobias, livra da morte: “Ela
apaga os pecados e faz encontrar a misericórdiae a vida eterna”
(Tb 12,9).
O tesouro da Igreja: as indulgências
Na Igreja muito antiga, nos primeiros séculos, a absolvição dos
pecados só era concedida a quem se submetesse a pesadas
penitências, aplicadas aos fiéis para extinguir os resquícios do
pecado e as más inclinações que este deixa na alma do pecador.
Obviamente, não bastava que o pecador se penitenciasse, mas
era necessário trazer no coração um grande desejo de não pecar e
um profundo amor por Deus. Entretanto, algumas pessoas não
tinham condições de se submeter a penitências austeras, em
consequência de sua pouca saúde. Por isso, a Igreja suavizou as
penitências com o passar do tempo.
Na época em que os cristãos eram martirizados, chegavam a ficar
muitos dias presos, aguardando sua execução. Então, alguns
penitentes pediam a eles que escrevessem uma carta ao bispo,
solicitando a comutação da penitência daqueles pecadores. O bispo
absolvia os penitentes, e os méritos dos sofrimentos dos mártires
eram transferidos para os pecadores.
Assim, os bispos determinaram que ao realizar certas obras, os
penitentes poderiam receber a remissão das penas dos pecados já
absolvidos.
Deus perdoa os pecados que seus filhos cometem, mas restam as
penas que precisam ser remidas.
Indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida aos pecados já
perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e
determinadas condições, alcança por meio da Igreja, a qual, como dispensadora da
redenção, distribui e aplica, com autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e
dos Santos (Indulgentiarum Doctrina, norma I).
Exemplo concreto:
Pode acontecer que ao jogar bola com seus amigos, um garoto
chute-a com muita força e quebre a janela de alguma casa. O dono
da casa perdoa o garoto, mas precisa consertar a janela.
Não basta que o menino seja perdoado, é preciso reparar o erro
cometido.
Há pessoas que pagam suas penas durante sua vida e há aquelas
que o fazem no purgatório.
A revelação divina nos ensina que os pecados acarretam como consequência penas
infligidas pela santidade e justiça divina, penas que devem ser pagas ou neste
mundo, mediante os sofrimentos, dificuldades e tristezas desta vida e sobretudo
mediante a morte, ou então no século futuro. (Papa Paulo VI, Indulgentiarum
Doctrina, II).
Santa Madalena de Pazzi aproveitava quantas indulgências podia
ganhar pelos mortos. Um dia, apareceu-lhe uma das irmãs que
pouco depois de falecer veio agradecer-lhe. Nosso Senhor lhe
revelou que aquela alma deveria ter longo purgatório, mas se livrou
em tão pouco tempo, graças às indulgências que a santa havia
lucrado pela falecida.
Devemos sempre oferecer o sacrifício da Santa Missa aos santos,
e Deus, que conhece todos, saberá a quem direcionar as
recompensas, sem perder nenhuma!
A Via-sacra também é fonte de indulgências e uma das mais ricas
práticas de piedade. Logo, devemos percorrer, tanto quanto
possível, essas estações santificadas pelo sofrimento de Jesus, que
se tornarão fontes de refrigério e de libertação para as almas.
Santa Teresa também viu a alma de uma religiosa de vida muito
simples subir ao Céu, logo depois de sua morte. E como Teresa
revelasse grande surpresa com isso, Nosso Senhor lhe disse que
aquela religiosa sempre teve grande respeito pelas indulgências da
Igreja e sempre se esforçou para ganhar o maior número possível
delas.
É salutar rezar pelos mortos, pedindo em oração a Deus que lhes
dê o descanso e a paz eterna. É o mínimo que podemos fazer por
aqueles que já não podem fazer nada por si mesmos.
“Se as almas nos escapam é porque não pagamos o seu preço em
sofrimento!” dizia São Pio de Pietrelcina.
Os que hoje se encontram mortos nos ensinaram muitas coisas
durante a vida. Vivemos unidos a eles em comunhão e devemos ter
em mente que, mesmo após a morte, essa comunhão com os
santos não se extingue, mas se amplia ainda mais.
Não há razão para que a Igreja, que pode transferir os méritos dos vivos, não possa
também transferi-los aos mortos, pois Santo Agostinho ensina que as almas dos que
morreram na amizade de Deus não são separadas da Igreja (Santo Tomás de
Aquino).
Nossos sacrifícios
O sofrimento vivido com a prece tem uma eficácia extraordinária
para obter de Deus todas as graças. “Aliviemos as almas do
purgatório com tudo o que nos penaliza, porque Deus tem cuidado
em aplicar aos mortos os méritos dos vivos”, dizia São João
Crisóstomo.
Por aqueles que amais, sacrificai o que tendes de mais caro. Sacrificai-vos a vós
mesmos. Ah, vejo essas almas felizes elevarem-se para o Céu, nas asas de nossos
sacrifícios, de nossa austeridade e sofrimento (Padre Belioux).
O padre Jacques Monfort, SJ, escreveu um livro sobre a caridade
para com as almas, e fê-lo imprimir em Colônia, por Guilherme
Freysisen. Tempos depois, ele recebeu uma carta do editor
narrando que seu filho e sua esposa haviam adoecido gravemente.
Os médicos já tinham perdido as esperanças e pensavam nos
funerais.
Fui à Igreja e prometi distribuir cem exemplares do citado livro entre os padres, a fim
de lhes lembrar quanto se devem interessar pelos falecidos. No mesmo dia os
doentes tiveram melhoras acentuadas e poucos dias depois estavam perfeitamente
curados, a ponto de irem à Igreja para agradecer a Deus por tanta misericórdia.
Histórias interessantes sobre o purgatório
O pelotão de almas
O padre Luiz Monaci era fervoroso devoto das almas. Viajando por
uma estrada infestada de perigosos assaltantes, ia recitando o
rosário pelas almas do purgatório. Ao avistar de longe o sacerdote
sozinho, um grupo de bandidos se preparou para o assaltar. Qual
não foi o espanto quando vieram e ouviram um pelotão de soldados
que marchavam ao lado do padre. Aterrorizados se esconderam,
enquanto o padre caminhava tranquilamente. Tempos depois,
encontrando-o numa hospedaria, os bandidos indagaram-lhe sobre
os soldados que o seguiam. Padre Monaci respondeu: “Meus filhos,
eu ando sozinho; só tenho um companheiro: meu rosário, que recito
pelas santas almas”. “Pois bem”, confessaram, “essas almas vos
salvaram. Somos bandidos e estávamos prontos para vos despojar
e matar. Cremos que as almas vos salvaram da morte”.
Uma discussão importante
São Luiz Bertrão, dominicano, celebrava frequentemente a Santa
Missa pela conversão dos pecadores, e raramente o fazia pelas
almas do purgatório.
Um dos irmãos da Ordem lhe perguntou por que assim procedia.
O santo respondeu:
“Ora, meu irmão, as almas do purgatório têm já garantida a
salvação eterna e os pecadores, coitados, estão expostos à eterna
condenação do inferno”.
“Sim, é verdade” – respondeu o irmão –, “mas suponhamos que
dois pobres vos peçam esmola. Um é estropiado e paralítico,
absolutamente incapaz de se mover por si, logo, não pode trabalhar.
O outro, pelo contrário, é moço, forte, está na miséria e implora a
vossa caridade. A quem dará de preferência a vossa esmola?”
“Ao que não pode trabalhar”, respondeu o santo.
“Pois bem, meu caro padre, as almas do purgatório estão nesse
caso. Nada podem fazer por si mesmas. Para elas acabou o tempo
da penitência e do mérito da oração e das boas obras. Dependem
de nós, da nossa caridade. O pecador neste mundo pode trabalhar
para sua salvação, tem os meios e a graça à sua disposição. Não
vos parece, meu padre, que as almas do purgatório sejam mais
necessitadas das nossas orações que os pecadores?”
São Luiz Bertrão meditou seriamente sobre as razões do irmão e
dali em diante continuou a orar pelos pecadores, mas com maior
força para as pobres almas do purgatório.
Realmente, neste mundo o pecador pode trabalhar por sua
salvação e abusar da graça. É como um pobre que necessita de
esmola, mas porque não trabalha. As almas são os pobres sem
ninguém por elas. Não podem mais lutar nem fazer por merecer
como nós. Para elas passou o tempo de lucrar. Estão entregues à
Divina Justiça.
Todavia, nessa matéria só Deus pode julgar.
Santo Tomás de Aquino é enfático: “Os sufrágios pelos mortos são
mais agradáveis a Deus que os que fazemos pelos vivos, porqueaqueles se acham em mais prementes necessidades e não podem
se valer a si mesmos”.
Os santos que tiveram contato com o purgatório em revelações
particulares puderam nos dizer o quanto sentiram a necessidade de
orar, sofrer e sufragar, por todas as maneiras, as pobres almas
sofredoras. Não cometamos o erro de abandonar a oração pelas
almas, sob o pretexto de que os pecadores têm mais necessidades
e estão arriscados à condenação eterna.
Orações pelos mortos
O Papa João Paulo II, no dia de finados de 1997 disse: “A tradição
da Igreja exortou sempre a rezar pelos mortos. O fundamento da
oração de sufrágio encontra-se na comunhão do Corpo Místico [...].
Por conseguinte, recomenda a visita aos cemitérios, o adorno dos
sepulcros e o sufrágio, como testemunho de esperança confiante,
apesar dos sofrimentos pela separação dos entes queridos” (LR, n.
45, de 10/11/91).
Novena das almas
Eterno Pai, eu vos ofereço o preciosismo sangue, as santas
chagas e todos os méritos da Paixão e Morte de Jesus e as
lágrimas e as dores de sua Mãe Santíssima, pedindo-vos alívio para
as almas do purgatório.
Nossa Senhora do Carmo, protetora das almas, rogai por elas.
E vós, almas santas e benditas, ide perante Deus apresentar a
minha súplica (fazer o pedido). Amém.
Terço do amor
No início, reza-se:
1 Pai-Nosso, 1 Ave-Maria e o Credo.
Nas contas grandes, reza-se:
Doce Coração de Jesus, sede meu amor!
Doce Coração de Maria, sede minha salvação!
Nas contas pequenas, reza-se:
Jesus, Maria, eu vos amo! Salvai almas!
Ao final, reza-se três vezes:
Sagrado Coração de Jesus, fazei que eu vos ame cada vez mais.
Terço pelas almas
No início, reza-se:
1 Pai-Nosso, 1 Ave-Maria e o Credo.
Primeiro Mistério
Senhor Jesus, derramai sobre as almas dos sacerdotes e
religiosos as riquezas da vossa infinita misericórdia (Dez vezes).
Após cada Mistério, dizer:
Dai-lhes, Senhor, o eterno descanso, que a luz perpétua as
ilumine.
Segundo Mistério
Senhor Jesus, derramai sobre as almas mais devotas de Nossa
Senhora as riquezas da vossa infinita misericórdia (Dez vezes).
Terceiro Mistério
Senhor Jesus, derramai sobre as almas dos nossos parentes,
amigos e benfeitores as riquezas da vossa infinita misericórdia (Dez
vezes).
Quarto Mistério
Senhor Jesus, derramai sobre as almas de todos os fiéis defuntos
as riquezas da vossa infinita misericórdia (Dez vezes).
Quinto Mistério
Senhor Jesus, derramai sobre as almas de todos os fiéis defuntos
as riquezas da vossa infinita misericórdia (Dez vezes).
Salve-Rainha.
Oração
Ó Deus, Criador e Redentor dos vossos fiéis, dai aos vossos filhos
e filhas a remissão de todos os pecados, a fim de que obtenham
com nossas súplicas o perdão que sempre desejaram. Por nosso
Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Amém.
Terço das almas
Nas contas grandes, reza-se:
Meu Jesus misericordioso, meu Deus, creio em vós porque sois a
mesma verdade. Espero em vós porque sois fiel às vossas
promessas. Amo-vos porque sois infinitamente bom e amável.
Nas três contas próximas à cruz, reza-se:
Meu bom Jesus, não me deixeis morrer sem receber os últimos
sacramentos.
Nas dezenas, reza-se:
Doce coração de Maria, sede a minha salvação.
Observação: este terço que se reza em cinco minutos tem trinta
mil dias de indulgência aplicáveis às almas do purgatório. É um
verdadeiro tesouro.
Oração pelas almas do purgatório
Senhor Jesus, dignai-vos, pelo sangue precioso que derramastes
no Jardim das Oliveiras, socorrer e livrar as almas do purgatório,
principalmente a mais desamparada. Levai-a hoje para o céu, a fim
de que, unida aos anjos e à vossa Mãe Santíssima, ela vos bendiga
para sempre. Amém.
..Senhor Jesus, pelo sangue precioso que derramastes durante
vossa flagelação, dignai-vos socorrer e livrar as almas do purgatório,
principalmente a que em vida me fez mais benefícios. Levai-a hoje
para o Céu, a fim de que, unida aos anjos e à vossa Mãe
Santíssima, ela vos bendiga para sempre. Amém.
.Senhor Jesus, pelo sangue precioso que derramastes durante
vossa coroação de espinhos, dignai-vos socorrer e livrar as almas
do purgatório, principalmente a que mais amou a Santíssima
Virgem. Levai-a hoje para o céu, a fim de que unida aos anjos e à
vossa Mãe Santíssima, ela vos bendiga para sempre. Amém.
Senhor Jesus, pelo sangue precioso que derramastes carregando
vossa cruz, dignai-vos socorrer e livrar as almas do purgatório,
principalmente a que sofre pelos maus exemplos que lhe dei. Levai-
a hoje para o Céu, a fim de que unida aos anjos e à vossa Mãe
Santíssima, ela vos bendiga para sempre. Amém.
.Senhor Jesus, pelos merecimentos do sangue precioso contido no
cálice que apresentastes a vossos apóstolos depois da ceia, dignai-
vos socorrer e livrar as almas do purgatório, principalmente a que foi
mais fervorosa com o Santíssimo Sacramento do Altar. Levai-a hoje
para o céu, a fim de que unida aos Anjos e à vossa Mãe Santíssima
ela vos bendiga para sempre. Amém.
.Senhor Jesus, pelos méritos do sangue precioso que emanou de
vossas chagas, dignai-vos socorrer e livrar as almas do purgatório,
principalmente aquela a quem me confiastes na Terra. Levai-a hoje
para o céu, a fim de que unida aos anjos e à vossa Mãe Santíssima,
ela vos bendiga para sempre. Amém.
.Senhor Jesus, pelos méritos do sangue precioso que saiu do
vosso Sagrado Coração, dignai-vos socorrer e livrar as almas do
purgatório, principalmente a que mais propagou o culto do vosso
Sacratíssimo Coração. Levai-a hoje para o céu, a fim de que unida
aos anjos e à vossa Mãe Santíssima, ela vos bendiga para sempre.
Amém.
Senhor Jesus, pelos merecimentos de vossa adorável resignação
sobre a Cruz, dignai-vos socorrer e livrar as almas do purgatório,
principalmente a que mais padece por minha causa. Levai-a hoje
para o Céu, a fim de que unida aos anjos e à vossa Mãe
Santíssima, ela vos bendiga para sempre. Amém.
Senhor Jesus, pelos méritos das lágrimas que a Santa Virgem
derramou aos pés de vossa Cruz, dignai-vos socorrer e livrar as
almas do purgatório, principalmente a que vos é mais cara. Levai-a
hoje para o Céu, a fim de que, unida aos anjos e à vossa Mãe
Santíssima, ela vos bendiga para sempre. Amém.
Ladainha pelas almas do purgatório
Senhor, tende piedade de nós!
Cristo, tende piedade de nós!
Senhor, tende piedade de nós!
Jesus Cristo, ouvi-nos!
Jesus Cristo, atendei-nos!
Pai Celeste, verdadeiro Deus, tende piedade das almas do
purgatório!
Filho, Redentor do mundo, verdadeiro Deus, tende piedade das
almas do purgatório!
Espírito Santo, verdadeiro Deus, tende piedade das almas do
purgatório!
Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade das
almas do purgatório!
Santa Maria, rogai pelas almas do purgatório!
Santa Mãe de Deus, rogai pelas almas do purgatório!
Santa Virgem das virgens,
São Miguel,
Santos Anjos e Arcanjos,
Coro dos Espíritos Bem-Aventurados,
São João Batista,
São José,
Santos Patriarcas e santos Profetas,
São Pedro,
São Paulo,
São João,
Santos Apóstolos e santos Evangelistas,
Santo Estevão,
São Lourenço,
Santos Mártires,
São Gregório,
Santo Ambrósio,
Santo Agostinho,
São Jerônimo,
Santos Pontífices e santos Confessores,
Santos Doutores,
Santos Sacerdotes e santos Levitas,
Santos Frades e santos Eremitas,
Santas Virgens e santas Viúvas,
Vós todos, santos amigos de Deus,
Sede-nos propício, perdoai-lhes, Senhor!
Sede-nos propício, ouvi-nos, Senhor!
De seus sofrimentos, livrai-as, Senhor!
Da vossa cólera, livrai-as, Senhor!
Da severidade da vossa justiça, livrai-as, Senhor!
Do remorso da consciência, livrai-as, Senhor!
Das tristes trevas que as cercam,
Dos prantos e gemidos,
Pela vossa encarnação,
Pelo vosso nascimento,
Pelo vosso doce nome,
Pela vossa profunda humildade,
Pela vossa obediência,
Pelo vosso infinito amor,
Pela vossa agonia e vossos sofrimentos,
Pela vossa paixão e vossa santa cruz,
Pela vossa santa ressurreição,
Pela vossa admirável ascensão,
Pela vinda do Espírito Santo consolador,
No dia do julgamento,
Ainda que sejamos pecadores, nós vos pedimos, ouvi-nos,
Senhor!
Vós que perdoastes aospecadores e salvastes o bom ladrão, nós
vos pedimos, ouvi-nos, Senhor!
Vós que nos salvais por misericórdia, nós vos pedimos, ouvi-nos,
Senhor!
Vós que tendes as chaves da morte e do inferno, nós vos
pedimos,
Dignai-vos livrar das chamas nossos parentes, amigos e
benfeitores, nós vos pedimos,
Dignai-vos salvar todas as almas que gemem longe de vós, nós
vos pedimos,
Dignai-vos ter piedade daqueles que não têm intercessores neste
mundo, nós vos pedimos,
Dignai-vos admiti-las no número de vossos eleitos, nós vos
pedimos,
Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, dai-lhes o
descanso eterno!
(3 vezes)
Oração
Ó Deus, Criador e Redentor de todos os fiéis, concedei às almas
de vossos servos e de vossas servas a remissão de todos os
pecados, a fim de que, pelas humildes orações da vossa Igreja, eles
obtenham o perdão que sempre desejaram. É o que vos pedimos
por elas, ó Jesus, que viveis e reinais por todos os séculos. Amém!
Meditação sobre a morte
Quem se lembrará de nós alguns anos após a nossa morte?
Talvez uma lembrança vaga, uma evocação de saudade muito
apagada. E como somos orgulhosos hoje! Tanto nos fere e magoa
um esquecimento mesmo involuntário! Felizes os que se desiludem
e se desapegam das amizades e vanglórias da Terra antes que
chegue a mestra e doutora da vida – a morte!
Como se compadecem todos dos enfermos! Que carinho e
solicitude e mil sacrifícios em torno do leito de um pobre doente que
geme! Porém, veio a morte. Pranto, homenagens sentidas, flores,
túmulos, necrológios, e... esquecimento. Hoje, afastam a ideia da
morte como se fossemos todos imortais. É mister esquecer os
mortos, deixá-los no túmulo, evitar essa preocupação doentia da
morte e da eternidade.
Morreu... acabou-se! Vamos rir, vamos dançar e cantar. Deixemos
que a vida corra alegre e feliz. Não pensemos mais na morte e
muito menos em mortos. Não é assim que fala e age o mundo louco
e materialista de hoje?
Ai! Como são esquecidos os mortos! O materialismo estúpido não
compreende nem a beleza, nem a consolação do culto à memória
dos mortos como o tem a Igreja Católica. Para nós, eles não
morreram, mudaram a condição da vida: Vita mutatur, non tollitur! –
A vida não é tirada, mas transformada.
Na sepultura não se acha para sempre o homem. Cremos no que
dizemos cada dia no Credo: Eu creio na ressurreição da carne e
creio na vida eterna.
A piedade para com os mortos é um ato de fé na vida eterna, uma
doce certeza de que nossos mortos queridos não estão perdidos
para sempre ao nosso amor. Havemos de encontrá-los um dia no
seio de Deus! Como é doce consolar e belo crer na imortalidade e
esperar a vida eterna!
Pois se cremos na vida eterna, cremos no purgatório. E se cremos
no purgatório, oremos pelos nossos mortos.
Requiem aeternam dona eis Domine! – Dai-lhes, Senhor, o
descanso eterno!
Não sabemos então que é de nosso próprio interesse orar pelos
mortos?
Um dia também iremos para a eternidade e nas chamas do
purgatório acharemos tudo quanto tivermos feito na Terra dos
mortos. Vamos, pois, no mês dos mortos: celebrar Missas, rezar
rosários, dar esmolas, fazer penitências, orações fervorosas pelos
nossos mortos queridos!
“Como são esquecidos os mortos!”, exclamava Santo Agostinho. E
no entanto, acrescenta São Francisco de Sales, em vida eles nos
amaram tanto e (quem sabe?) estão no purgatório por nossa
causa...
Nos funerais, lágrimas, soluços e flores. Depois, um túmulo e o
esquecimento... Como são esquecidos os mortos!
Combatamos estas duas causas do esquecimento dos mortos: a
presunção, que diz: estão no céu, e comodamente não nos
interessamos em sufragá-los mais, e a falta de uma fé bem viva no
tormento do purgatório.
Deveres sagrados e esquecidos
Nossos deveres para com os mortos são sagrados. É um ato justo
e carinhoso sufragar os defuntos. Não bastam lágrimas, flores,
coroas, homenagens póstumas. Tudo isso é mais consolo para os
vivos que alívio para os mortos, dizia Santo Agostinho.
Devemos, pois, socorrer os defuntos:
1-Em razão do parentesco e do sangue;
2- Por gratidão, aos benfeitores nossos;
3- Por justiça;
4- Por caridade.
Próximos mais próximos de nós, dizia São Francisco de Sales,
naturalmente são nossos pais. Não nos esqueçamos das almas de
um pai querido, de uma saudosa mãe. Foram tão carinhosos e se
sacrificaram por nós! Não estarão talvez no purgatório? Nosso amor
filial os canonizou logo depois da morte e os colocou no céu! Ah! E
talvez gemam e sofram no purgatório. Estão salvos, é verdade, no
seio de Deus, entre as santas almas, porém, são terríveis os
sofrimentos do purgatório.
Práticas devotas
Existem muitos modos de sufragar as almas. Em especial, a
segunda-feira é o dia da semana escolhido para os fiéis oferecerem
sacrifícios a Deus e fazerem algum tipo de penitência na intenção
das almas. Pode-se dar esmola, visitar os doentes, ir ao cemitério
para rezar, acender uma vela benta e rezar o rosário por aqueles
que aguardam ansiosos o momento de ver a face de Deus, sem
deixar, é claro, de comungar na intenção das almas do purgatório. A
comunhão é de suma importância.
É importante esclarecer que a vela, considerada por muitos,
instrumento de superstição, serve para lembrar a luz que os mortos
esperam no Céu. Cristo é a luz do mundo. A liturgia diz muitas
vezes: “Que a luz perpétua resplandeça para eles”. Contudo, velas
acesas de nada adiantam sem oração para os mortos. É válido
acendê-las, mas é preferível queimar menos velas e rezar mais.
Nossa Senhora prometeu que “tirará logo do purgatório os que
rezarem o rosário (terço) ou usarem o escapulário do Carmo, desde
que observados os requisitos para o seu uso”.
De acordo com informações equivocadas que estão pregando
sobre o escapulário de Nossa Senhora do Carmo, inventam, sem
nenhum fundamento, escapulário de Santo Antônio, de Santo
Expedito, de Santa Rita. Esses não têm valor espiritual ou
comparação alguma com o de Nossa Senhora do Carmo.
Pensamentos consoladores
A maioria dos que temem o purgatório é muito mais por interesse e amor de si
mesmo que pelo interesse de Deus. Por isso, só falam das penas daquele lugar e
nunca da felicidade e da paz que desfrutam as almas que lá estão. É verdade que
os sofrimentos são extremos e as mais terríveis dores desta vida não se podem
comparar a eles, mas também as satisfações interiores são tais e tantas que
nenhuma prosperidade nem alegria da Terra a elas se podem igualar. Se é uma
espécie de inferno quanto à dor, é um paraíso quanto à doçura que a caridade
difunde no coração... Feliz estado, mais a Deus que a si próprias, com um amor
simples, puro e desinteressado (São Francisco Sales).
Todos os tormentos que o furor dos perseguidores e dos demônios inventou contra
os mártires jamais alcançarão a intensidade dos que padecem as almas em tal lugar
de expiação (São Boaventura, Santo Tomás, Santo Ambrósio e São João
Crisóstomo).
O juízo infundado é como que cultivado no coração, traduzindo-se em palavras de
críticas. E torna-se ainda mais grave, na medida em que, roubando a honra das
pessoas atingidas, realiza um verdadeiro homicídio; e mesmo muito mais grave que
o do corpo. A morte da honra das pessoas é uma verdadeira traição, semelhante à
de Caim, que matou, pelas costas, o seu irmão Abel (Mamma Carmela).
O Santo Papa João Paulo II, sobre o purgatório, em algumas de
suas encíclicas, disse-nos:
A Igreja do Céu, a Igreja da Terra e a Igreja do purgatório estão misteriosamente
unidas nessa cooperação com Cristo para reconciliar o mundo com Deus” (RP 12).
“Numa misteriosa troca de dons, eles (padecentes) intercedem por nós (Rm 8,26;
2Cor 12,1-4) e nós oferecemos por eles a nossa oração de sufrágio (RP 31).
Aliviemos as almas do purgatório, aliviemo-las por tudo o que nos penaliza, porque
Deus tem cuidado em aplicar aos mortos os méritos dos vivos (São João
Crisóstomo).
Poupai vossas lágrimas pelos defuntos e dai-lhes mais orações (São João
Crisóstomo).
Não vos poderia narrar tantos testemunhos encontrados na vida dos santos pelos
quais se provam claramente asvantagens da oração que se fazem pelos defuntos!
Não é em vão que se reza pelos mortos! (São João Damasceno).
Quando quero obter com segurança uma graça, recorro às almas padecentes e a
graça que suplico sempre me é concedida (Santa Catarina de Bolonha).
Se soubéssemos quão grande é o poder das santas almas do purgatório e quantas
graças podemos alcançar por sua intercessão, não seriam elas tão esquecidas
(Cura d’Ars).
O que nós lhe dermos em sufrágio se muda em graças para nós e o haveremos de
achar depois da morte (Santo Ambrósio).
As almas dos mortos podem se interessar pelos vivos ainda que ignorem o seu
estado, assim como os vivos podem se interessar pelas almas. As almas do
purgatório podem conhecer as necessidades dos vivos pelas almas que partem
deste mundo, ou pelos anjos (Santo Tomás).
Tudo quanto peço a Deus pela intercessão das almas do purgatório me é concedido
(Santa Teresa).
A Eucaristia é um sacramento de descanso e paz para os defuntos e ao mesmo
tempo um banquete (Santo Ambrósio).
Que a caridade te leve a comungar, porque nada há tão eficaz para proporcionar
descanso aos que padecem no purgatório (São Boaventura).
Não é por lágrimas que se socorre um defunto, mas pelas orações e palas esmolas.
Não deixais de assistir os mortos, rezando por eles (São Cirilo).
Ó Sangue precioso de Jesus Cristo! Piedade, Senhor! Misericórdia! Livrai as almas
da prisão de fogo! (Santa Madalena de Pazzi).
No purgatório as almas estão perfeitamente conformadas com a vontade de Deus.
Só querem o que Deus quer. Se lhe fosse aberto o Paraíso, prefeririam precipitar-se
no inferno a apresentar-se manchadas diante de Deus (São Francisco de Sales).
Não deixemos de socorrer os que partiram, e ofereçamos as nossas orações por
eles (São João Crisóstomo).
O grande doutor da Igreja São Francisco de Sales (1567 – 1655)
tem um ensinamento maravilhoso sobre o purgatório. Ele ensinava,
já na Idade Média, que “é preciso tirar mais consolação do que
temor do pensamento do purgatório”. Eis o que ele nos diz:
As almas ali vivem uma contínua união com Deus.
Estão perfeitamente conformadas com a vontade de Deus. só querem o que Deus
quer.
Purificam-se voluntária e amorosamente, porque é assim que Deus quer.
Querem permanecer na forma que agradar a Deus e por todo o tempo que for da
vontade Dele.
São invencíveis na prova e não podem ter um movimento sequer de impaciência
nem cometer nenhuma imperfeição.
Amam mais a Deus do que a si próprias, com amor simples, puro e desinteressado.
São consoladas pelos anjos.
Estão certas de sua salvação, com uma esperança inigualável.
Suas amarguras são aliviadas por uma paz profunda.
Se é infernal a dor que sofrem, a caridade derrama-lhes no coração inefável ternura;
a caridade que é mais forte do que a morte e mais poderosa que o inferno.
Devocionário a São Pio de Pietrelcina
Comunidade Canção Nova
9788576777427
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Padre Pio é uma inestimável riqueza para a história da Igreja e um
valioso exemplo de virtude para nós, cristão. Destacou-se em sua
vida a acolhida, a direção espiritual e especialmente a administração
do sacramento da Penitência. Celebrava a Santa Missa com grande
amor e devoção, de modo que todos os que dela participavam
ficavam extremamente sensibilizados e apaixonados por Jesus.
Recebeu os estigmas de Cristo e o dom da bilocação e teve enorme
intimidade com os santos anjos. Em virtude de sua recente
canonização, não são muitas as orações conhecidas aprovadas
pela Igreja. Trazemos aqui as principais orações, juntamente com a
fascinante biografia deste santo que marcou história.
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30 minutos para mudar o seu dia
Mendes, Márcio
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As orações neste livro são poderosas em Deus, capazes de
derrubar as barreiras que nos afastam Dele. Elas nos ajudarão
muito naqueles dias difíceis em que nem sequer sabemos por onde
começar a rezar. Contudo, você verá que pouco a pouco o Espírito
Santo vai conduzir você a personalizar sempre mais cada uma
delas. A oração é simples, mas é poderosa para mudar qualquer
vida. Coisas muito boas nascerão desse momento diário com o
Senhor. Tudo pode acontecer quando Deus é envolvido na causa, e
você mesmo constatará isso. O Espírito Santo quer lhe mostrar que
existe uma maneira muito mais cheia de amor e mais realizadora de
se viver. Trata-se de um mergulho no amor de Deus que nos cura e
salva. Quanto mais você se entregar, mais experimentará a graça
de Deus purificar, libertar e curar seu coração. Você receberá
fortalecimento e proteção. Mas, o melhor de tudo é que Deus lhe
dará uma efusão do Espírito Santo tão grande que mudará toda a
sua vida. Você sentirá crescer a cada dia em seu interior uma paz e
uma força que nunca havia imaginado ser possível.
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Famílias edificadas no Senhor
Alessio, Padre Alexandre
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Neste livro, Pe. Alexandre nos leva a refletir sobre o significado da
família, especialmente da família cristã, uma instituição tão humana
quanto divina, concebida pelo matrimônio. Ela é o nosso primeiro
referencial, de onde são transmitidos nossos valores, princípios,
ideais, e principalmente a nossa fé. Por outro lado, a família é uma
instituição que está sendo cada vez mais enfraquecida. O inimigo
tem investido fortemente na sua dissolução. Por isso urge que
falemos sobre ela e que a defendamos bravamente. Embora a
família realize-se entre seres humanos, excede nossas
competências, de tal modo que devemos nos colocar como
receptores deste dom e nos tornarmos seus zelosos guardiões. A
família deve ser edificada no Senhor, pois, assim, romperá as visões
mundanas, percebendo a vida com os óculos da fé e trilhando os
seus caminhos com os passos da fé. O livro Famílias edificadas no
Senhor, não pretende ser um manual de teologia da família. O
objetivo é, com uma linguagem muito simples, falar de família, das
coisas de família, a fim de promovê-la, não deixando que ela nos
seja roubada, pois é um grande dom de Deus a nós, transmitindo,
assim, a sua imagem às futuras gerações.
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Jovem, o caminho se faz caminhando
Dunga
9788576775270
178 páginas
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"Caminhante, não há caminho; o caminho se faz caminhando -
desde que caminhemos com nosso Deus.” Ao ler este comentário
na introdução do livro dos Números, na Bíblia, o autor, Dunga,
percebeu que a cada passo em nossa vida, a cada decisão, queda,
vitória ou derrota, escrevemos uma história que testemunhará, ou
não, que Jesus Cristo vive. Os fatos e as palavras que em Deus
experimentamos serão setas indicando o caminho a ser seguido. E
o caminho é Jesus. Revisada, atualizada e com um capítulo inédito,
esta nova edição de Jovem, o caminho se faz caminhando nos
mostra que a cura para nossa vida é a alma saciada por Deus.
Integre essa nova geração de jovens que acreditam na infinitude do
amor do Pai e que vivem, dia após dia, Seus ensinamentos e Seus
projetos. Pois a sede de Deus faz brotar em nós uma procura
interior, que nos conduz, invariavelmente, a Ele. E, para alcançá-Lo,
basta caminhar, seguindo a rota que Jesus Cristo lhe indicará.
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#minisermão
Almeida, João Carlos
9788588727991
166 páginas
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Uma palavra breve e certeira pode ser a chave para abrir a porta de
uma situaçãodifícil e aparentemente insuperável. Cada
#minisermão deste livro foi longamente refletido, testado na vida,
essencializado de longos discursos. É aquele remédio que esconde,
na fragilidade da pílula, um mar de pesquisa e tecnologia. Na
verdade, complicar é muito simples. O complicado é simplificar,
mantendo escondida a complexidade. É como o relógio. Você olha e
simplesmente vê as horas, sem precisar mais do que uma fração de
segundo. Não precisa fazer longos cálculos, utilizando grandes
computadores. Simples assim é uma frase de no máximo 140
caracteres e que esconde um mar de sabedoria fundamentado na
Palavra de Deus. Isto é a Palavra certa... para as horas incertas.
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	Folha de rosto
	Créditos
	Prefácio
	A realidade do purgatório
	Doutrina sobre o purgatório
	O que sofrem as almas do purgatório?
	Quais os pecados mais severamente punidos no purgatório?
	Esmolas em sufrágio das almas
	O tesouro da Igreja: as indulgências
	Nossos sacrifícios
	Histórias interessantes sobre o purgatório
	O pelotão de almas
	Uma discussão importante
	Orações pelos mortos
	Novena das almas
	Terço do amor
	Terço pelas almas
	Terço das almas
	Oração pelas almas do purgatório
	Ladainha pelas almas do purgatório
	Meditação sobre a morte
	Deveres sagrados e esquecidos
	Práticas devotas
	Pensamentos consoladores

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