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• Dentro das proteínas do leite as caseínas representam 80%, sendo a mais importante → αs1-caseína, αs2-caseína, β-caseína e ĸ-casína. • Dentro das proteínas do soro se encontram as α-lactoalbumina, β-lactoglobulinas, imunoglobulinas e albumina sérica bovina. Estrutura das proteínas • As proteínas são formadas por um conjunto de aminoácidos. • Na medida que as proteínas vão sofrendo mudança nas estruturas dos aminoácidos, ficando mais complexa → mais propensas a desnaturação. • Desnaturação → perda da forma proteína com consequentemente perda funcional. o A caseína não sofre desnaturação → porque possui estrutura primária e secundária, possui muita prolina (gás nobre que interage muito pouco com demais estruturas), não forma pontes de sulfeto entre ela → não perdem a funcionalidade durante o tratamento térmico. o Proteínas do soro se desnaturam e perdem a função ao passar pelo tratamento térmico. Caseína • Várias submicelas (ĸ-caseína, α-caseína e β- caseína) de caseínas juntas foram a micela de caseína → a micela de caseína é uma partícula anfipática (tem uma porção hidrofóbica e uma porção hidrofílica) encontrada no leite desnaturado. o As micelas de caseína possuem ĸ- caseínas que possui cadeias protrundentes que permitem que a micela de caseína fique em uma dispersão coloidal no leite sem se aglomerarem (formar o queijo). o ĸ-caseína é a única micela hidrofílica (devido a presença dos glicomacropeptídeo – GMP) e possui carga negativa devido a abundancia dos ac. aspártico e ac. glutâmico na ponta das micelas. o Alfa-caseína e beta-caseína são hidrofílicas. • Entre as submicelas hidrofílicas possui interações hidrofóbicas que quando bem unidas formam pontes de cálcio extremamente fortes, entretanto as submicelas hidrofóbicas (ĸ- caseínas) não conseguem interagir com o cálcio e formar pontes (micelas não interagem com outras micelas). Ponto isoelétrico da caseína • A caseína tem mais cargas negativas do que cargas positivas (naturalmente mais se repelem do que se atraem) → na medida que o leite é acidificado (+ ac. lático que liberam H+) o ponto isoelétrico da caseína é atingido e uma caseína começa a interagir com a outra (porque as cargas estão equivalentes) fazendo com que o leite coagule. o A caseína natural do leite tem o pH entre 6,6 a 6,8 o Ponto isoelétrico da caseína é pH 4,6. • Quando o leite fica em temperatura ambiente (>10ºC), a microbiota do leite começa a se multiplicar, fermentam a lactose a ac. lático e acidificam o leite. o Ocorre quando o processo de armazenamento da fazenda ou transporte é realizado de forma incorreta → compromete o beneficiamento do leite → para realizar o tratamento térmico, o leite deve ter estabilidade térmica. • A diferença do leite com instabilidade térmica para o leite fermentado e iogurte é o controle do processo de coagulação ácida. o Durante a coagulação ácida não vai ter a quebra de todas as pontes de cálcio, não havendo a coagulação completa das proteínas (não haverá formação de massa) Coagulação enzimática • O leite tem enzimas (quimiosina e renina) que quebram cirurgicamente a relação entre o aminoácido 105 e o aminoácido 106 das cadeias protrundentes, separando as porções hidrofílicas (106-169) deixando a caseína toda hidrofóbica e aumentando a sensibilidade ao cálcio → porções hidrofóbicas irão se juntar e coagular o leite. o A micela de caseína totalmente hidrofóbica é chamada de “para-k- caseína” o A para-ĸ-caseína possui maior afinidade com o cálcio e quando começa a se ligar ao cálcio e formar pontes de cálcio são chamadas de “para- ĸ-caseinato de cálcio”. o A coagulação enzimática proporciona a união definitiva das micelas hidrofóbicas e formação de uma massa coagulada. Desnaturação proteica • A caseína não desnatura, mas as proteínas do soro (β-lactoalbuminas) se desnaturam com o tratamento térmico (ultra pasteurização ou UAT, parteurização simples não causa desnaturação) → perde funcionalidade, mas não perde valor nutricional. • Com tratamentos térmicos mais severos as proteínas do soro se desnaturam (se desenovelam), sendo capaz de se ligar as cadeias protrundentes da ĸ-caseína e as indisponibilizam → ponto isoelétrico é atingido mais rapidamente porque muitas cadeias protrundentes estarão tampadas. o Para a produção de iogurte o leite deve passar por uma pasteurização agressiva para favorecer o alcance do ponto isoelétrico mais facilmente → desnaturação das proteínas do soro é interessante para a produção do iogurte. o Não é interessante para a produção de queijo porque as cadeias protrundentes estarão tampadas, fazendo com que as micelas de caseína não consigam se juntar e formar a massa → para produção de queijo o leite deve passar pela pasteurização lenta. User Realce
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