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Produtos apícolas

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Cera de abelha 
 RTIQ IN SDA 3 de 2001  secretada e 
modelada por abelhas para a formação 
dos favos nas colmeias. 
 Produto bem plástica, de coloração 
amarelo clara/palha e fusível (modelável 
em temperatura elevada). 
 Inicialmente tem a coloração clara e 
escurece com o tempo devido a deposição 
de pólen, presença de larvas em 
desenvolvimento, presença de secreções 
e impregnação do mel  se for 
comercializada a cera pode passar por 
tratamento para voltar a cor clara. 
 Os alvéolos e o opérculo da colmeia são 
formados pela cera. 
 A cera bruta não possui purificação, tem a 
coloração amarelo escura, plástica, odor 
de mel e firme. 
 A cera branca é descolorida por processos 
químicos, é frágil e sem traços de mel. 
 O principal intuito da cera das abelhas é 
para fazer a renovação dos quadros da 
colmeia  a cera deve ser insolúvel em 
água (produto inerte), com ponto de fusão 
entre 61 e 65ºC e ausência de 
Paenibacillus larvae. 
 Não pode ter Paenibacillus larvae  está 
bactéria faz com que a cera da colmeia 
fique escura e não tenha um bom 
desenvolvimento da colmeia, 
comprometendo o desenvolvimento larval. 
o Importante fazer um controle de 
qualidade da cera, evitar passar a 
bactéria de uma caixa para outra e 
fazer o tratamento de 
branqueamento da cera para 
promover a redução da 
contaminação bacteriana. 
 Além da renovação dos quadros a cera 
pode ser comercializada como cera 
depilatória, pomada modeladora de 
cabelo, cera para uso em superfície 
(conservar a madeira) e revestimento 
alimentar principalmente para fruta 
(comestível, biodegradável e auxilia na 
preservação do alimento). 
Pólen 
 RTIQ IN SDA 3 de 2001  Transportado 
pelas operarias campeiras quando as 
mesmas vão buscar o néctar. 
 Servem de alimento proteico para as 
larvas e para a rainha e é um importante 
substrato para a geleia real  as abelhas 
se adaptaram para carrear pólen. 
 Ao chegarem nas colmeias as abelhas 
deixam cair as bolotas de pólen na entrada 
 as bolotas de pólen caem em uma caixa 
e serão recolhidas quando houver a 
manutenção da caixa. 
 Um dos objetivos é recolher e vender o 
pólen  o consumo do pólen é 
recomendado porque é um produto rico em 
aminoácidos e proteínas. 
 As bolotas de pólen são super instáveis e 
perecíveis  por isso as coletas devem 
ser constantes. 
 O rendimento é pequeno (produto nobre), 
precisa ter o armazenamento refrigerado, 
inicialmente deve ser congelado abaixo de 
20ºC por 48 horas para eliminar os fungos 
e larvas de traças e desidratado a 42ºC 
para redução da umidade (se a 
temperatura for alta demais as bolotas de 
pólen de desconfiguram), umidade final é 
de até 4% e é muito importante fazer a 
limpeza do pólen. 
o A contaminação por fungos e larvas 
de traças podem causar 
comprometimento sensorial, 
deterioração e descaracterização 
do produto. 
Geleia real 
 RTIQ IN SDA 3 de 2001  Produto da 
secreção do sistema glandular cefálico das 
abelhas. 
 Toda larva recebe geleia real por 3 dias e 
a rainha recebe geleia real por toda a vida. 
 
 Em escala industrial é colocado na colmeia 
alvéolos maiores em pontos altos e 
médios, com larvas e pequenas 
quantidades de geleia real para simular um 
alvéolo da abelha rainha, para que mais 
geleia real seja depositada pelas abelhas 
nesses alvéolos. 
o Deve-se colocar em pontos altos 
para que a abelha rainha não passe 
para a parte superior e deposite 
larvas nos alvéolos. 
o Rendimento é menor do que o 
rendimento do mel  maior valor 
agregado. 
 O foco dele é principalmente nutricional  
produto altamente nutritivo, proteico, nobre 
(alto valor agregado) e úmido (alta 
atividade de água)  possui maior 
predisposição para o crescimento de 
bactérias (ambiente favorável). 
o Deve-se ter uma maior 
preocupação com a manipulação e 
com o ambiente para evitar a 
contaminação da geleia real. 
o A tolerância é zero para coliformes 
a 45º e Salmonella sp. porque é um 
produto muito perecível e muito 
nobre. 
o Os fungos possuem maior 
tolerância porque são mais difíceis 
de controlar dentro das condições 
da geleia real e porque não 
necessariamente representam um 
erro humano. 
 
Própolis 
 O própolis é produzido pela seiva da planta 
ferida (uma resina), que é transformado 
pelas abelhas e usado para recobrir as 
abelhas que morreram dentro da colmeia, 
além de reparar buracos na colmeia  
impede a contaminação da colmeia. 
o O própolis conserva as abelhas 
mortas, evitando que a 
decomposição se espalhe pela 
colmeia. 
 O própolis mais comum tem uma 
coloração amarronzada (não tem uma 
plantação especifica)  própolis verde e 
vermelho são mais caros. 
 O própolis vermelho (própolis dos 
manguezais de Alagoas) e o própolis verde 
(Minas Gerais) tem maior valor agregado 
porque tem a cor mais intensa que indica 
tem maiores quantidades do princípio ativo 
do própolis  quanto mais vibrante for a 
cor do própolis melhor ele é. 
o A coloração está relacionada com a 
vegetação nativa. 
 As pessoas podem fazer cortes 
estratégicos em plantas como Dalbergia 
ecastophyllum (planta especifica de 
manguezais) e Alecrim do campo (para 
própolis verde) próximo das caixas para 
facilitar a coleta das resinas pelas abelhas. 
 Para coleta do própolis pode-se ter caixas 
com entrada especifica para coleta de 
própolis ou fazer uma abertura na caixa, 
normalmente entre a colmeia e a 
melgueira para que as abelhas entendam 
que é necessário tampar (abelhas 
produzem o própolis para tampar a 
abertura). 
 Após coletado deve-se ter cuidado com a 
contaminação do própolis por pelos devido 
ao valor agregado ao própolis  o própolis 
passa por uma peneira para reduzir 
sujidades, um funcionário vai fazendo a 
retirada de sujidades com uma pinça 
porque quanto mais limpo mais bem 
vendido é o própolis. 
 O própolis passa por uma categorização  
verde musgo inteiro é o que possui maior 
valor agregado, seguido do verde escuro 
inteiro e por último os própolis em 
fragmento. 
o Verde mais claro é separado do 
verde mais escuro. 
o Peças inteiras são separadas das 
peças fragmentadas. 
 Normalmente o que é destinado para a 
produção de extrato é o própolis 
fragmentado. 
 O própolis inteiro normalmente é 
exportado ou destinado para indústrias de 
dermocosméticos  uso mais nobre. 
 O própolis inteiro possui maior resistência 
sendo indicado armazenar embalado em 
plástico e refrigerado  com o passar do 
tempo o própolis oxida e fica mais escuro 
 quanto mais escuro menor o valor 
agregado. 
 O própolis é interessante para a saúde as 
garganta porque possui ação 
antibacteriana. 
 Quanto mais diversificada for a florada que 
as abelhas tem acesso (florada silvestre), 
mais nobre será o própolis. 
 A cor intensa do própolis também está 
relacionado com o parasitismo natural, 
com frequência, da planta. 
 As vantagens do consumo de própolis está 
relacionada com o seu teor de flavonoides 
 compostos bioativos desejáveis que 
possui propriedades antioxidantes e anti-
inflamatórias. 
o Quanto mais brilhante e mais viva 
for a cor do própolis, maior o teor de 
flavonoides e quanto mais escura 
menor o teor de flavonoides. 
o Teor de flavorizantes: 
 Baixo  0,5 a 1% (própolis 
marrom) 
 Médio  1 a 2% (própolis 
verde) 
 Alto  >2,0% (própolis 
vermelho) 
 No extrato deve ter >0,25% de própolis e 
<70% de álcool neutro (álcool de cereais). 
 Quanto maior o teor de flavorizantes, mais 
concentrado é o própolis  maior o 
rendimento industrial, mais viva é a cor e 
maior o valor agregado. 
Apitoxina 
 RTIQ IN SDA 3 de 2001  Produto obtido 
a partir as secreções das glândulas 
abdominais da abelha. 
 Coloca uma placa que fica dando choques 
leves nas abelhas  ao tomar o choque a 
abelha pica a placa e libera a apitoxina e a 
grande parte não tem perda doabdômen. 
 A apitoxina seca e no final raspa o pó que 
fica no fundo da placa. 
 Ao picar a placa as abelhas liberam 
ferormônio, as demais abelhas ao 
perceberem o “perigo” se juntam para picar 
a placa e tentar combate-la  maior coleta 
da apitoxina. 
 Possui ação anti-inflamatória e analgésica 
 usada para produção de 
dermocosméticos  não é comestível.

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