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Produção e Consumo na Sociologia da Comunicação

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Profa. Dra. Neusa Meirelles
UNIDADE II
Sociologia da
Comunicação
 As relações entre os dois segmentos de produção e consumo são exploradas pela SC, 
mantendo foco nas práticas envolvidas, sobretudo na divulgação dessas práticas. Assim, 
interessa examinar como se faz o consumo e quais relações ele mantém com a produção. 
Inversamente, como a produção de um bem ou serviço antecipa o seu consumo, embora não 
seja possível explorar aqui todas as facetas dessa questão, por exemplo: como é possível 
direcionar um produto ou serviço desconhecido para um público conhecido ou supostamente 
conhecido: a resposta imediata seria sim, mas como seria feito esse direcionamento? (Não 
responda pelas tais “necessidades”, porque essa é uma ótima palavra para dizer nada). 
 Foram criadas imagens ou representações, tanto para o público 
quanto para o produto, e que certo saber de comunicação 
associou a construção simbólica do produto ou serviço à 
construção simbólica do público; essa associação será o 
conteúdo da comunicação. 
SC e a produção e consumo material e simbólico
 Quanto à modalidade da mensagem, ela poderá variar em texto, imagem, som etc., embora 
cada uma delas com peculiaridades. Houve aqui uma construção simbólica, da materialidade 
do produto e do serviço, assim como do público, e ambas as construções são socialmente 
orientadas, ou seja, apoiam-se em padrões, valores e expectativas sociais, mas nem sempre 
as já existentes na sociedade em foco, uma vez que o apelo simbólico da “novidade” é 
grande. Todavia, produzir implica em certa antecipação do consumo, portanto em previsão 
de demanda, racionalidade nos processos, recursos etc. 
 Como se dá esse processo que antecipa o consumo? 
 Ele implica antecipar, prever e projetar uma dada tendência de 
comportamento social; portanto é a sociedade, com todas as 
suas contradições e complexidades, que oferece base para 
essa antecipação, considerando o presente e possíveis 
tendências de futuro, local e global. 
Comunicação e representação
 Discutir a peculiar articulação entre as duas dimensões da existência social, a material e a 
simbólica, presentes nas práticas sociais de produção e de consumo, como se pudessem ser 
separadas, o que não é verdadeiro: as duas dimensões são sempre associadas na 
existência social, em todo caso podem ser apontados 4 momentos.
 produção material para consumo material e o consumo material da produção material;
 produção material para consumo simbólico e o consumo material da produção simbólica; 
 produção simbólica para consumo material e o consumo simbólico da produção material; 
 produção simbólica para consumo simbólico e o consumo 
simbólico da produção simbólica (aqui um item fundamental é a 
produção e “consumo” de bens simbólicos na educação e 
ambiente virtual).
Comunicação e a articulação material e simbólica
 Antonil (1982), escrevendo do século XVIII, descreve os tipos de açúcar obtidos nos 
engenhos e os classifica em relação à cor e à consistência: “Do branco há fino, há redondo e 
há baixo; e todos estes são açúcares machos. O fino é mais alvo, mais fechado e de maior 
peso, e tal é ordinariamente a primeira parte, que chamam cara da forma. O redondo é 
algum tanto menos alvo, e menos fechado; e tal é comumente o da segunda parte da forma; 
e digo comumente porque não é esta regra infalível, podendo acontecer que a cara de 
algumas formas seja menos alva, e menos fechada que a segunda parte de outra forma. 
 O baixo é ainda menos alvo e quase trigueiro na cor; e ainda 
que seja fechado e forte, contudo, por ter menos alvura, 
chama-se baixo ou inferior. [...] É necessário falar de várias 
castas de açúcar, que separadamente se encaixam, porque 
também nesta droga há sua nobreza, há casta vil, há mistura” 
(ANTONIL, 1982, p. 136).
Um exemplo de representação simbólica do açúcar brasileiro para 
consumidor europeu
 Os paulistas emprestaram o seu item de consumo alimentar mais típico, a partir dos anos 
1950: a pizza, a uma certa forma de conversa política. “Tudo deu em pizza” é expressão 
corrente na mídia, que toma uma prática alimentar (produção e consumo material) por uma 
prática política de acordos, conciliações e de privilégios, cujo objetivo é material, na maioria 
dos casos. Essa prática é corrente na instância que se situa no “avesso” da ordem política 
brasileira, mas ela a caracteriza. 
 A pizza é redonda, ao contrário da italiana original, que é 
retangular, (seria a versão das elites brasileiras para a Távola 
Redonda, do Rei Arthur? (não deve ser). A pizza é qualificada 
pela espessura da massa e variedade quase infinita de 
coberturas (que muitos paulistas chamam de “recheio”, não se 
sabe por quê). 
 É costume nos grupos maiores dividir a conta, assim como se 
passa na “pizza política” na qual todos os envolvidos dividem o 
sigilo em torno dos fatos, e todos se fartam de impunidade...
Produto material para representação simbólica de práticas culturais: a Pizza
Para ele a vida cotidiana se passa em um “mundo de objetos”, uma vivência peculiar, na qual 
os indivíduos se conduzem de modo mais ou menos inconsciente. Os problemas levantados 
dizem respeito “aos processos pelos quais as pessoas entram em relação com eles [os 
objetos] e da sistemática das condutas e das relações humanas que disso resulta” 
(BAUDRILLARD, 1997, p. 11). Consolidou-se a tendência de relacionamento com as coisas, 
cada vez mais ampliada, atingindo níveis profundos do comportamento. Essa tendência pode 
ser observada quando se pensa em estilo e em design:
 Baudrillard aponta algumas implicações desses conceitos, especialmente do primeiro, 
na produção material e respectivo consumo. Enquanto a produção material resultava do 
trabalho artesanal, o “estilo” consistia na concepção e produção de objetos, o que lhes
conferia valor de uso. Eram “modelos” que poderiam até ser 
copiados. A destinação desses objetos conferia-lhes valor 
estético e social: a cópia dos objetos da nobreza pela burguesia 
foi uma das raízes da cultura de consumo, e do que se vai 
entender por ‘estilo’. Hoje, para diferenciar, instituiu-se a 
“customização”: é o consumidor (consumer inglês) que introduz 
um traço diferenciador no produto em série.
Baudrillard e o mundo dos objetos
 Por exemplo, a produção de ambientes tem sentido social de recorrer ao passado, ou a 
outras culturas, em busca do exótico e do autêntico para demonstrar, ao mesmo tempo, 
refinamento e poder aquisitivo. Introduzir, no ambiente contemporâneo, objetos artesanais 
tem a mesma finalidade, originando um setor de “produção artesanal” em escala comercial: 
no Brasil, incluem-se nesse mercado a cestaria do Maranhão e de Sergipe, os objetos de 
conchas de Santarém, de penas da Amazônia, a tecelagem em algodão do Vale do São 
Francisco, panelas do Espírito Santo, alguns tapetes artesanais de Minas e as colchas de 
“fuxico” baianas formam um segmento especial, visto apresentarem nuanças que respondem 
por estilos das artesãs, aproximando-se da arte. O consumo simbólico está no envolvimento 
no “clima” e na “personalidade do ambiente.”
A produção material para consumo simbólico e o consumo material da 
produção simbólica
 O espaço onde se concretiza esse “consumo-desfrute” é psicológico e cultural. Por isso, a 
sensação de “estilo” (e de riqueza) pode ser alcançada com os móveis do shopping da 
esquina, ou da feira de antiguidades, e pelo mesmo motivo podem ser produzidos nas 
revistas, “ambientes modernos para pessoas descoladas”, em geral solteiras e sem filhos. 
A produção material torna disponíveis os objetos e equipamentos para que o desfrute 
(consumo) aconteça, mas para que ele se concretize, será necessário reconstruir no plano 
simbólico, cultural e social os sentidos dos objetos e daquilo que os equipamentos permitem. 
 Enfim, embora a vida contemporânea possa ser considerada 
como instaurada em um mundo de objetos, ela não se dána 
relação com os objetos, mas por meio das relações sociais 
simbólicas estabelecidas entre pessoas, objetos e 
equipamentos, conforme a cultura e ao longo da história.
O consumo “desfrute”
 Um produto, bem ou serviço, deverá ser falado, mostrado para o consumidor, de um modo a 
estabelecer uma relação de significação, portanto simbólica, entre o consumidor e o produto, 
bem ou serviço. Às vezes a comunicação se faz pela falsa ausência de um emissor; em 
outros casos, um suposto emissor aparece, como se dele partisse a mensagem. A questão 
central não diz respeito à construção da comunicação, mas às bases da construção 
(simbólica) criada para o produto, bem ou serviço, pela comunicação, lembrando que essa 
articulação é sempre uma mediação simbólica. A produção simbólica de um bem, produto ou 
serviço implica em integrá-lo na sociedade e cultura, articulando peculiaridades presentes no 
momento histórico às peculiaridades do produto. 
Produção simbólica para consumo material e o consumo simbólico da 
produção material
 Nessa construção é fundamental preservar a diferença social entre os que adquirem o 
produto e o “resto”, uma vez que é da diferença social que se alimenta o consumo, e por 
consequência a produção. Contudo, a “diferença” não se restringe à posse do produto, mas 
à felicidade que ele proporciona. E aqui está a chave da produção simbólica para o consumo 
material: são as diferenças mínimas que fazem a grande diferença, ou seja, “a diferença está 
no detalhe”. Meticulosa, a produção simbólica insere um desvio no código das diferenças 
para sinalizar aquilo que representa “o” diferencial de um produto, bem ou serviço. Esse 
detalhe pode ser uma costura em uma roupa, o tratamento servil do gerente de conta para 
sua cliente “personalidade”, como também pode ser uma cor ou a marca discreta. 
 Fundamental é não ser ostensivo, “menos é mais”, afirmou o 
figurinista de sucesso (Calvin Klein), reiterando nos brancos e 
beges. O detalhe reconstrói o estilo nos circuitos de elites, por 
isso ele “agrega valor”, como dizem os marqueteiros, e 
realmente torna um produto inacessível para todos.
As diferenças e a felicidade
 Segundo Baudrillard “é o pensamento mágico que governa o consumo, é uma mentalidade 
sensível ao miraculoso que rege a vida cotidiana” (BAUDRILLARD, 2003 p. 23), essa 
felicidade anunciada pelo consumo, e que se concretiza como “liberdade” de escolha no 
cotidiano, ainda que seja ilusória, é vivida como tal, pois “ninguém a vive como 
alienação”...Mas de onde vem essa felicidade? Seria da liberdade usufruída com o 
consumo? Não; os comerciais são claros elucidando a questão: nenhum deles anuncia a 
felicidade, mas a diferença em relação aos demais consumidores; ao mesmo tempo, a 
aquisição de um objeto amplia e diversifica as faltas ou carências, não apazigua, mas renova 
o desejo, estabelece um “mais ainda”, sempre colocado à frente. 
 Mas esse prazer é ao mesmo tempo uma recusa à fruição: o 
prazer está na demonstração da posse do carro, portanto no 
espetáculo para o outro (sociedade) de uma felicidade que 
ambos, ele e os outros, e até o espectador da TV, reconhecem 
ilusória, mas não o admitiriam nem sob tortura. Caso o 
fizessem seria desmanchado o encanto e a ilusão 
(assim como se está fazendo agora).
Consumo e pensamento mágico
 A produção simbólica reproduz o código social, uma vez que ele é assumido como a 
expressão da vida social contemporânea. Evidentemente que há aqui uma dimensão 
ideológica, a ser comentada posteriormente, mas esse não é o ponto, a questão central 
reside em reconstruir produtos, bens e serviços por esse código, o do consumo, no qual a 
liberdade reside na escolha de produtos disponíveis, a igualdade na produção de diferenças, 
e a fraternidade na competição. Os três valores que sinalizam a sociedade burguesa foram 
redefinidos, mas não deixam de permanecer, para justificar a oferta incessante de novos 
produtos, bens e serviços, e alimentar a produção.
Produção simbólica
É necessário e importante tornar um produto material um bem simbólico para o consumidor? 
Escolha a alternativa correta.
a) Importante sim, porque estimula o consumo.
b) Não é necessário, o consumidor sempre vai consumir, até minhoca...
c) Sim e não: depende do produto: um livro (objeto) vai ser adquirido se houver um sentido, 
ainda que seja só para enfeite.
d) Todo produto vai ser consumido. Se houver uma justificativa 
razoável, afinal, consumo é racionalidade.
e) É necessário apenas para os produtos não desejados, 
como remédios.
Interatividade
É necessário e importante tornar um produto material um bem simbólico para o consumidor? 
Escolha a alternativa correta.
a) Importante sim, porque estimula o consumo.
b) Não é necessário, o consumidor sempre vai consumir, até minhoca...
c) Sim e não: depende do produto: um livro (objeto) vai ser adquirido se houver um sentido, 
ainda que seja só para enfeite.
d) Todo produto vai ser consumido. Se houver uma justificativa 
razoável, afinal, consumo é racionalidade.
e) É necessário apenas para os produtos não desejados, 
como remédios.
Resposta
 Há três aspectos fundamentais a serem comentados: a) a produção da cultura e práticas sociais 
nos meios de comunicação e em certa modalidade de literatura; b) o papel na formação e 
disseminação de práticas sociais articuladas a essa produção, (ambos os aspectos relacionados 
ao que se entende por produto cultural); c) a produção simbólica virtual de material educativo on-
line e nas redes sociais, Facebook, chats e fóruns. O primeiro aspecto decorre da lógica 
econômica e social da produção e consumo na ordem capitalista. Nesse sentido, toma-se a 
produção simbólica no âmbito da representação material. (objetos)
 Essa condição empresta às ideias discurso (elaboração simbólica) 
de um conteúdo (tema, assunto, história, música, notícia, evento 
etc.), uma dada materialidade (estatuto), que vai se refletir nas 
condições abertas para sua elaboração, notadamente 
remuneração de trabalho, custos etc. A produção simbólica 
considerada como produto será intencionalmente elaborada para 
um público, e a ele destinada. Esse produto será colocado no 
mercado para pessoas que irão consumi-lo, apesar de esse 
consumo ser a apropriação, pelo público de um conteúdo de ideias 
comunicado. 
Produção simbólica para consumo simbólico e o consumo simbólico da 
produção simbólica
 Um produto cultural é sempre uma simbolização, uma comunicação, em distintas 
modalidades de discurso, mas ele se apresenta ao público como unidade na programação 
(conteúdo) dos meios de comunicação, ou em suporte material, pelo qual o público o nomeia 
e reconhece. Essa apresentação material é importante também na valorização do produto. A 
estética (aspecto) de um produto pode ser condicionante para sua aquisição pelo 
consumidor, assim como as características “internas”, específicas do conteúdo, como a 
modalidade de discurso, linguagem utilizada etc. 
 Livros, revistas, exposições de arte, concertos, shows e 
espetáculos são produtos culturais, ou podem ser produzidos 
como tal, mas entre eles há profundas diferenças: entre um 
livro (papel impresso) e um e-book (apresentação virtual) há 
profunda diferença de meio, embora seja o mesmo conteúdo, 
no que respeita à elaboração simbólica: o livro de Antonil antes 
utilizado como exemplo foi obtido na internet, ou seja, uma 
apresentação virtual, mas que preservou o texto original de sua 
publicação no Brasil.
Produto Cultural
 A comunicação em sociedade implica “interposição” de um saber especializado em 
comunicação entre emissor e receptor. Essa situação condiciona o modo como é construída 
a mensagem, por texto e imagem sem movimento (imprensa), pelo discurso sonoro, som e 
música (rádio), imagem sem movimento (fotografia), pelo som, música, imagem, imagem 
com movimento e também texto (cinema, TV, internet), além de influir noconteúdo da própria 
mensagem. Nessas condições, a produção simbólica intencional se torna, ela própria, um 
produto, que deve atender a certas especificações e ser dirigido a um público 
relativamente específico. 
 Dessa perspectiva, as questões anteriormente tratadas na 
discussão de indústria cultural retornam, todavia agora 
inseridas nas práticas de produção (simbólica) para consumo, o 
que significa reconhecer na intencionalidade, a racionalidade 
econômica que a preside, e na destinação, a eficiência de um 
saber prático de “combinação” entre “coisas e ideias”, 
instaurando novos sentidos, seja para “cada coisa”, como para 
a “ideia” a ela associada.
Produção simbólica e interposição
 A adequação de um produto cultural ao público (e vice-versa) é um problema enfrentado 
pelos profissionais de comunicação, uma vez que implica levar em conta o conteúdo, meio 
utilizado, finalidade a ser atingida com a comunicação, além de todos os critérios econômicos 
e financeiros que cercam a produção de um bem na ordem capitalista. Considerando a 
delimitação de público por características de potenciais consumidores, e a tendência do 
mercado de individualizar a relação produção consumo (customização), instauram-se no 
âmbito da produção simbólica para consumo simbólico, duas tendências conflitantes: de um 
lado, é forçoso delimitar públicos preferenciais para determinados programas, ou mesmo 
elaborá-los de acordo com os interesses pressupostos e linguagem desses públicos (na 
verdade potenciais consumidores para produtos anunciados nos intervalos); 
de outro lado, tornou-se fundamental criar mecanismos de 
individualização, ou seja, utilizar mecanismos de interatividade, 
permitindo que o consumidor “participe da programação”, e 
opine “pois sua opinião é muito importante”. 
Adequação de um produto ao público 
 Como a produção simbólica é sempre comunicação, seja qual for a modalidade focalizada, 
ela se apresenta como linguagem (discurso), e como tal, exerce uma modalidade de poder 
especial, não violento, mas eficaz: por ela se constrói o mundo e o outro. “O poder simbólico, 
como poder de constituir o dado pela enunciação, de fazer ver e fazer crer, de confirmar ou 
de transformar a visão do mundo, e deste modo, a ação sobre o mundo [...] só se exerce se 
for reconhecido, quer dizer, ignorado como arbitrário [...] o que faz o poder das palavras [...] é 
a crença na legitimidade das palavras e daquele que as pronuncia, crença cuja produção não 
é da competência das palavras” (BOURDIEU, 1989, p.15). 
 Bourdieu toca em questões das mais relevantes na área de 
comunicação: considerando-se que parte da produção simbólica 
tem por finalidade fazer ver e fazer crer ao consumidor um 
conteúdo elaborado intencionalmente, vale questionar as 
condições que esse público tem para submeter o conteúdo da 
recepção a uma apreciação crítica e, principalmente, qual é o 
conteúdo considerado “adequado” para aquele público.
Poder da produção simbólica: o discurso
 No Brasil, a partir da Ditadura Militar, instalou-se outra ordem de prioridades na educação: da 
formação bacharelesca e humanista, passou-se para uma formação técnica, voltada para o 
mercado de trabalho. Os estudos de História foram relegados, e em geral ministrados como 
uma sequência de eventos (antecedentes e consequências para serem decorados, e 
odiados por crianças e adolescentes). Era uma história que não focalizava a população 
brasileira, nem sua memória, muito menos a latino-americana; o foco se concentrava na 
história europeia e americana do norte, e realizava “saltos”, evitando certos momentos 
“complexos”. 
 Passada a ditadura militar, a escola pública não foi 
aperfeiçoada, embora nos programas de algumas escolas 
tenham sido inseridos temas que são relevantes, como 
cidadania e meio ambiente; mas ainda não foi inserido 
conteúdo relativo à história latino-americana e africana.
(continua) 
Produção simbólica da cultura: 
educação, poder e o discurso de convencimento
 O “repertório” disponível para os jovens apresenta carências de formação, o que afeta 
principalmente as condições efetivas para apreciação da produção simbólica cultural, e para 
constituir uma demanda de novos produtos. Importante assinalar que segmentos dessa 
mesma população, nas favelas e periferias, tornaram-se produtores culturais autônomos, 
processo significativo para a cultura brasileira.
Produção simbólica da cultura: 
educação, poder e o discurso de convencimento (continuação)
 Como a produção simbólica tem por finalidade fazer ver e fazer crer ao consumidor um 
conteúdo elaborado intencionalmente, ela constrói a situação vivida a partir de alguma 
perspectiva ideológica, político-partidária, religiosa, estética ou de interesses conjunturais. 
Ela é apresentada por meio de um discurso, que pode ser publicitário, informativo, técnico-
explicativo, interpretativo ou quaisquer combinações. O discurso não é um convite à 
manifestação, mas provoca uma “disposição de mobilização intencional” no público, que 
poderá se expressar na forma de uma dada ação, por exemplo, no consumo, na formação de 
uma “opinião pública”, de um “consenso”, na forma de uma aceitação obediente ou de uma 
indiferença desencantada com a política, essa última um risco para a democracia. 
A construção elaborada pode ser verdadeira ou não, em realidade 
não importa seu grau de veracidade, mas importa isto sim, que ela 
pareça verdadeira aos que são afetados por ela, e isto porque eles 
mantêm com a realidade, tal como foi construída, certos vínculos 
supostamente concretos, e mesmo que sejam imaginários, podem 
ser tomados como reais. A análise desse discurso de 
sensibilização é importante, especialmente quando o conteúdo 
elaborado desse modo é apresentado como “informação”. 
As bases da produção simbólica
 O discurso de convencimento sensibiliza e mobiliza, especialmente por imagens, mas o 
convencimento pode apelar para a razão e entendimento, então se apresenta como 
“científico”, ou ainda remeter aos valores sociais e políticos esposados por uma população, 
em dado momento de sua história. O mais frequente, contudo, é ser um discurso que apela 
para a desrazão da emoção, para uma merecida felicidade, para o desejo de um futuro 
melhor, ou para o medo de um futuro incerto, construído pelo próprio discurso 
como assustador. 
O discurso de convencimento
 Em alguns casos, opera-se um recorte sobre aquilo que seria necessário dizer, considerando 
aquilo que é possível dizer. Os critérios de possibilidade têm origem em várias instâncias, 
principalmente nas condições em que se processa o trabalho de produção simbólica. Foram 
essas possibilidades que Adorno e Horkheimer discutiram em relação à indústria cultural. 
Concepções políticas e ideológicas (até partidárias) transitam nesse campo, imprimem ao 
conteúdo, antes mesmo de ser elaborado, ainda como roteiro, os “pontos” importantes a 
serem mencionados.
 Trata-se de sensibilizar o receptor, induzindo-lhe atitudes, ou disponibilidade para a ação, ou 
ainda lhe oferecendo modelos de ação compatíveis com o conteúdo elaborado. 
 Nos dois casos, tanto as práticas quanto os modelos são 
reforçados no próprio discurso pelo emprego de valorações em 
curso na sociedade.
Na produção simbólica, o que é necessário dizer e o que é possível dizer
 A produção realizada em redes sociais, ou a elas destinada, ou comunidades virtuais, grupos 
de WhatsApp e assemelhados apresenta várias clivagens, por exemplo, explorando a 
produção das comunidades REA, dos Recursos Educacionais Abertos, analisando a 
produção dos Grupos de Pesquisa em EAD, registrados no CNPq. Fazendo levantamento 
das revistas acadêmicas brasileiras existentes etc. Na verdade, as redes sociais, no caso 
específico do Facebook, permitem um palco para exposição dos sujeitos, e respectiva vida 
privada; há nessa postura certo risco, contudo, parece que “anunciarsegredos se converteu 
numa estratégia eficiente para garantir visibilidade e popularidade” (COUTO, E. 2014, p.60). 
Todavia, uma conclusão do autor deve ser levada a sério, como recomendação:
 “Na era das conexões as pessoas aprendem trabalhando em 
conjunto, colaborando umas com as outras, com os 
professores e também entre si. A colaboração está se tornando 
o foco de uma outra pedagogia focada na participação, na 
interação, complexa, dinâmica, multidirecional e muito mais 
criativa” (COUTO, op. cit. p. 62).
Produção simbólica virtual para consumo simbólico virtual
 Um outro campo peculiar da produção simbólica é constituído pelos games, fascinante 
combinação de ficção, imaginário, poderes e desejos, que acenam com vitória estratégica, 
desde que seja mantido compromisso com objetivos, além de outros valores e práticas 
sociais contemporâneas. Enfim, um game como o Lol (League of Legends) consiste na mais 
completa recriação de um espaço social, mas em realidade virtual, combinando 
possibilidades e riscos, determinação e recursos. 
Os games, produção simbólica
O que significa dizer que a produção simbólica na indústria cultural tem por finalidade fazer ver, 
e fazer crer ao consumidor o conteúdo elaborado? Escolha abaixo a alternativa correta.
a) Quer dizer que as empresas de comunicação constroem as notícias com uma 
certa intencionalidade.
b) Quer dizer que a situação construída na TV, Jornais e Revistas nunca é verdadeira.
c) Quer dizer que uma situação construída de alguma perspectiva ideológica é diferente de a 
mesma situação construída de uma perspectiva religiosa. 
d) Quer dizer que TV, Jornais e Revistas sempre escolhem notícias segundo seus interesses.
e) Quer dizer que as empresas de comunicação defendem 
posicionamento político-partidário e religioso, afora os 
interesses econômicos conjunturais.
Interatividade
O que significa dizer que a produção simbólica na indústria cultural tem por finalidade fazer ver, 
e fazer crer ao consumidor o conteúdo elaborado? Escolha abaixo a alternativa correta.
a) Quer dizer que as empresas de comunicação constroem as notícias com uma 
certa intencionalidade.
b) Quer dizer que a situação construída na TV, Jornais e Revistas nunca é verdadeira.
c) Quer dizer que uma situação construída de alguma perspectiva ideológica é diferente de a 
mesma situação construída de uma perspectiva religiosa. 
d) Quer dizer que TV, Jornais e Revistas sempre escolhem notícias segundo seus interesses.
e) Quer dizer que as empresas de comunicação defendem 
posicionamento político-partidário e religioso, afora os 
interesses econômicos conjunturais.
Resposta
Na verdade, já faz algum tempo que os jogos eletrônicos deixaram de ser simplesmente um 
divertimento: tornaram-se um esporte (eSports), constam na grade de disciplinas de cursos 
universitários, abrangem campos de saber distintos (informática, design, programação, dentre 
outros), são jogados em grupos (times), que disputam campeonatos regionais, nacionais e 
internacionais, e no Brasil, estão associados a clubes de futebol tradicionais, como o 
Flamengo, do Rio de Janeiro. Apesar daqueles que entendem por esporte apenas os 
tradicionais, os eSports têm apresentado crescimento exponencial em todo globo. Essa visão 
otimista consta em post do Diretor Global de eSports sobre o futuro dos eSports de LoL (John 
Needham. 2019 08/27):
Os jogos eletrônicos
 A sociabilidade contemporânea implica tendência de estetização do eu ou do self, orientada 
pelas valorações correntes na sociedade e, de modo especial, valorações aceitas pelas 
comunidades virtuais e grupos de WhatsApp. Nas duas situações as pessoas se identificam 
pelo telefone (WhatsApp) e foto, ou pela foto e perfil (Facebook e outras redes). No momento 
em que essa “produção” está sendo realizada a imagem do “eu”, então sujeito de sua própria 
produção, passa por recursos tecnológicos de “correção”, como o Photoshop, disponível 
inclusive em versão gratuita. Essa imagem do “eu” corrigido torna-se um produto como outro 
qualquer, por isso a importância do sorriso de sucesso, ou das notícias associadas, 
especialmente durante ou após as férias. 
 É interessante pensar que o questionamento: “quem sou eu?” 
que na vida real não tem resposta fácil, nas redes sociais é 
rapidamente respondido, a partir de algumas indicações de 
preferência, as reconhecíveis pelos “seguidores”, ou usuários 
das redes. Assim o sujeito se faz produto de si, e se oferta para 
o outro, talvez não seguindo apenas os critérios do outro, mas 
provavelmente em correspondência às preferências e 
expectativas desse outro.
Construção do sujeito e do outro no espaço virtual
 Na medida em que as diferenciações sociais emergem de processos endógenos (internos) à 
formação social, cabe à SC estudar quais são os pressupostos e características adotados na 
construção, e nela implicados, tanto no que se refere ao produto resultante desse trabalho, 
quanto no que respeita aos elementos tecnológicos e recursos mobilizados nessa produção. 
Nas peças publicitárias, especialmente nos comerciais televisivos, as semelhanças são 
projetadas de supostas características do público consumidor. Nesse sentido, o produto 
adquire a dimensão social conveniente para que o público, consumidor preferencial, com ele 
se identifique, ainda que essa “identificação” possa ser ilusória. Todavia, esse procedimento 
não se aplica a outros produtos culturais como cinema, TV, internet etc. 
 Assim, será preciso recorrer a “imagens sociais” de 
semelhanças e diferenças utilizadas nesses meios para 
analisar o processo de construção, considerando ainda as 
distintas modalidades de discurso: texto, imagem, som, e nas 
três modalidades articuladas. 
A construção do social, semelhanças e diferenças
Mesmo os brasileiros que não moram em São Paulo ou no Rio devem ter imagens 
contrastantes dessas duas metrópoles brasileiras construídas em letras da música popular: 
 Rio de Janeiro, “Cidade Maravilhosa”, foi caracterizada pela beleza da paisagem, muito sol, 
praia, amor, samba e carnaval, cenário natural de uma vida descontraída, espaço onde 
transitam malandros sensuais e belas mulatas, garotas douradas e os jovens alegres, 
despreocupados. Em décadas mais recentes, acrescentou-se a essa imagem uma outra, de 
violência nas favelas e “arrastões” nas praias, mas, mesmo assim, a cidade aonde surgiu a 
bossa nova parece manter sempre a imagem idílica registrada nas letras de música: 
“Rio que mora no mar [...] que sorri de tudo”... (MENESCAL & BÔSCOLI, 1998).
(continua)
Exemplos de construção simbólica: duas metrópoles: Rio de Janeiro
 São Paulo, ao contrário, cidade que foi sendo construída como cenário frio, céu nublado e 
garoa, cidade masculina, de homens comprometidos com a produção industrial capitalista, 
uma “selva de pedra” de empresários – os novos bandeirantes desbravadores –, e de 
trabalhadores responsáveis, apressados e ambiciosos. 
 Uma Rádio Paulista abre sua programação com um trecho da Sinfonia a São Paulo (Billy 
Blanco, 1974), mais ou menos assim “Vam’bora, vam’bora, tá na hora, vam’bora”, uma 
referência direta à pressa e à “deselegância discreta” das meninas paulistanas, como diz 
Caetano Veloso (1978) em Sampa, uma ode à cidade que é o “avesso do avesso”. 
Exemplos de construção simbólica: duas metrópoles: São Paulo
 O elemento central na construção das semelhanças, e das diferenças, é a elaboração, ou a 
recorrência a um “espelho” de apreciações reiteradas para uma coletividade, permitindo a 
cada integrante nele se reconhecer, ou se projetar, ainda que nele não se visualize 
individualmente. Esse “espelho” reflete a construção de uma identidade social, e um estágio, 
ou momento no “reconhecimento de si”, como percepção do sujeito de si, de seus gostos, 
preferências, atitudes, valores, corpo etc. Como o sujeito receptor se percebe em meio dos 
outros, e em meio da sociedade em geral,resulta em um reconhecimento de si (identidade) 
que encontra receptividade ou “repercussão” nos outros. 
Essa dinâmica dá origem a um sentimento de “pertencimento”, de 
acolhimento, reforçado pelas semelhanças entre indivíduos do 
mesmo grupo, como foi discutido por autores como Stuart Hall, 
Giddens e Bauman, favorecendo a dimensão “inclusiva” (ou 
excludente) desse processo de identidade. 
Da construção simbólica à identidade social, ao reconhecimento de si
 A construção de uma “identidade” social no jogo da semelhança e diferença é um processo 
complexo, que engendra pluralidade e ilusões no cotidiano e nas construções da mídia. O 
jogo entre semelhança e diferença, entre o geral e o específico, é utilizado na construção da 
identidade social como processo que se instaura de fora, dando origem a modelos de 
comportamento e de aparência necessários (ou assim considerados) para o exercício 
profissional, ou para a inserção na ordem do trabalho. Um exemplo é o modelo do 
“executivo”, outro o do “operário” etc. São construções às quais se podem denominar por 
“subjetividades”, no sentido em que moldam sujeitos para o desempenho de atividades 
econômicas, segundo exigências dessa mesma ordem econômica. 
 Por exemplo, os “executivos” são construídos (produzidos) de 
terno, gravata, vestimenta que, nas raras mulheres, só exclui a 
gravata, e em geral são “brancos”; operários estão sempre 
sorridentes, nos macacões azuis, e em geral são “brancos”, 
mas não loiros. 
Construção de identidades
 Na verdade, o “espelho” da identidade social brasileira se apresenta fragmentado: cada 
fragmento é uma parte de uma identidade em mosaico que caracteriza a sociedade 
brasileira: nele estão todos projetados, os gaúchos e amazonenses, cariocas e paulistas, 
acreanos e pernambucanos em uma “mistura” organizada, sabe-se lá por quem. Todos falam 
a mesma língua, mas palavras são incompreensíveis para alguns, enquanto que para outros, 
elas são cotidianas: a propósito, você leitor, sabe o que é pilcha (a roupa tradicional 
gaúcha)? Em São Paulo dizer que se “está na pindaíba” é estar “a nenhum”, como dizem os 
cariocas, estar pobre, mas em Roraima é pescar com vara. E assim muitos são os dizeres 
que diferenciam, no detalhe, a grande semelhança projetada pelo mosaico. 
 É evidente que a mídia constitui um agente poderoso na 
construção desse mosaico, dela foram extraídos alguns dos 
exemplos citados. Todavia não bastam as palavras escritas 
para a construção da semelhança e diferenças: é fundamental 
associar o modo de dizer, a sonoridade, sobretudo evitando 
que todo nordestino fale com acento “nordestino global”, ou 
com o “carioquês” igualmente global.
Identidades e espelho
 Em toda forma de convívio cotidiano a distância social aparece antes da palavra, com o 
enquadramento do olhar, então a comunicação se estabelece de uma estranha forma pelo 
incomunicável, a comunicação da distância, da diferença, entre “quem” é chamado e 
“quem” chama. 
 Desse modo, toda inclusão se transforma em um “convite” para um banquete, no qual, ao 
“convidado” são destinadas as migalhas. A constituição de um espaço social da “exclusão” 
resultou da própria dinâmica social da economia urbana industrial, cuja incapacidade de 
absorção do fator trabalho produziu um contingente excedente de “sobras”, ou de 
“reserva inútil”. 
 Portanto, ao ritmo do enriquecimento das elites, cresciam os 
segmentos sociais das “sobras”, na verdade, complementares 
aos primeiros.
(continua)
A diferença: a báscula exclusão / inclusão...
 Essa gênese, comum aos dois segmentos da ordem social, os inseridos na ordem 
econômica e social da sociedade de consumo, em posição de privilégio, e os excedentes 
dessa ordem, e que foram constituindo “as sobras” do sistema, resulta na apontada 
“complementaridade”: o espaço de exclusão social de certo modo garante a preservação dos 
privilégios da inclusão. 
 Consequentemente, todo programa de “inclusão”, se ao ritmo e profundidade necessários, 
tenderá a comprometer o sistema que ainda hoje articula os dois segmentos. 
 Essa realidade perversa da exclusão social fundamenta a 
construção do conteúdo incomunicável da comunicação entre 
os dois segmentos: a diferença.
A diferença: a báscula exclusão / inclusão...
A produção do “comum partilhado” da cultura implica ressignificações, inovações, eventuais 
rupturas e acomodações. Por isso, a construção dessa “produção” deve refletir nitidamente a 
articulação entre significações correntes na cultura e as novas que vão sendo instaladas, ao 
ritmo de processos sociais mais profundos presentes na formação social, além das inovações 
dos padrões tecnológicos de produção e de recepção. Como afirma Bakhtin: 
 “Os novos aspectos da existência, que foram integrados no círculo do interesse social, que 
se tornaram objetos da fala e da emoção humana, não coexistem pacificamente com os 
elementos que se integraram à existência antes deles; pelo contrário, entram em luta com 
eles, submetem-nos a uma reavaliação, fazem-nos mudar de lugar no interior da unidade do 
horizonte apreciativo. 
 Essa evolução dialética reflete-se na evolução semântica. Uma 
nova significação se descobre na antiga e através da antiga, 
mas a fim de entrar em contradição com ela e de reconstruí-la”. 
(BAKHTIN, 2002, p.136).
A produção do comum partilhado e a integração do novo
 As construções das diferenças sociais em imagem e texto constituem expressão particular 
das mediações da sensibilidade na expressão de Barbero (2001). Nas dobras desta 
comunicação estão presentes modelos culturais e estereótipos de natureza diversa, 
conteúdos e sentidos assumidos para produzi-los, bem como concepções ideológicas, 
opções políticas e estéticas de seus realizadores. Para construir imagens e textos 
incorporando essas dimensões, encontra-se à disposição dos especialistas um arsenal de 
recursos tecnológicos e de espaços virtuais que preservam as imagens produzindo sentidos 
para cada um que com elas se depare na internet. 
 Desse modo, pessoas se tornam personagens de um cenário 
virtual, construído às vezes à revelia, e aquelas pessoas que 
efetivamente têm uma dimensão pública são submetidas a uma 
câmera que as flagra em instantâneos que duram para sempre, 
e que maldosamente servem às comparações do tipo 
“antes e depois”. 
A construção das diferenças sociais 
 O cinema nacional em vários momentos dirigiu as câmeras para os morros, expondo para o 
público de classe média as condições de vida dos segmentos sociais “excluídos”, sobretudo 
favelados, negros e prisioneiros. Uma exposição considerada por muitos como desagradável, 
desnecessária, e mesmo irrelevante. Todavia, construir a imagem desse outro, diferente da 
pretensa uniformidade geral, não é fácil, mas é necessária: na sua “diferença” ele é assunto, 
é consumidor de ampla gama de produtos, e também é eleitor. Construí-lo com atores 
implica em extrair do ator um desempenho especial, e em situá-lo em cenário coerente com 
a experiência cotidiana do espectador, ou com seu repertório. Uma alternativa tem sido a 
preparação de atores, outra consiste em utilizar a comunidade local quando o filme é 
realizado em lugares muito específicos. 
A construção do “diferente” no cinema
O que significa mediação de sensibilidade na produção da imagem do outro? Escolha a 
alternativa correta.
a) Mediação em SC compreende recursos e técnicas para produzir imagens que sejam 
reconhecidas pelo público (o outro).
b) Mediação é articulação de elementos que tornem o produto aceito pelo público (outro).
c) É a prática profissional (fazer um book) de construir o outro como produto.
d) É saber usar recursos tecnológicos para melhorar a imagem do Outro para constar em 
redes sociais.
e) É o emprego de recursos técnicos (digitais ou não) para 
aperfeiçoar a imagem do outro, no sentido positivo ou 
negativo. Dependendo da finalidade do trabalho.Interatividade
O que significa mediação de sensibilidade na produção da imagem do outro? Escolha a 
alternativa correta.
a) Mediação em SC compreende recursos e técnicas para produzir imagens que sejam 
reconhecidas pelo público (o outro).
b) Mediação é articulação de elementos que tornem o produto aceito pelo público (outro).
c) É a prática profissional (fazer um book) de construir o outro como produto.
d) É saber usar recursos tecnológicos para melhorar a imagem do Outro para constar em 
redes sociais.
e) É o emprego de recursos técnicos (digitais ou não) para 
aperfeiçoar a imagem do outro, no sentido positivo ou 
negativo. Dependendo da finalidade do trabalho.
Resposta
 A caracterização da corporeidade é feita no campo da transdiscursividade, de modo que o 
que é possível dizer (ou fazer ver) sobre o corpo percorre “na diagonal” os campos do texto e 
da imagem, articulados entre si, complementando-se, e também se “abrindo” para um 
extenso campo correlato, aquele da vida social, do qual incorporam sentidos, ou no qual 
eventualmente tendem a perdê-los. É fácil entender isso considerando as mudanças que 
incidiram sobre o corpo feminino, reflexo da moda e da liberação da sexualidade. As imagens 
de corpo nas fotos, nos filmes e textos estão inseridas no processo de comunicação social, 
foram produzidas a partir de distintas práticas discursivas e integram a variedade de 
produtos de comunicação ao longo de décadas.
(continua) 
A Construção da corporeidade 1
 As imagens (de atrizes, por exemplo) são “produtos” e manifestam a intencionalidade de 
quem as construiu; mas também nas canções podem ser apontadas algumas tendências na 
produção do corpo do outro, a saber: a) como objeto de desejo, instrumento à disposição de 
quem canta, de seu prazer; b) no devaneio, delírio, paixão e loucura de quem canta, assim 
no corpo do outro residem a “fraqueza” do cantor, seus pecados e vícios. Aquele corpo 
(objeto) é produzido no âmbito de uma ética androcêntrica e de estética dos corpos; c) no 
âmbito das relações de poder, presentes na ordem do trabalho, na sujeição amorosa, e a 
partir de distinções sociais e referências visuais de identidade social.
A Construção da corporeidade 2
 Para Foucault (2001, p. 41) esse “olho” do voyeur é a “figura do ser que não é senão a 
transgressão do seu próprio limite”, mesmo porque, para ele, a sexualidade “aparece como o 
único conteúdo absolutamente universal do interdito” (FOUCAULT, 2001, p. 29). Na verdade, 
o distanciamento entre quem olha e o objeto de seu olhar é fundamental: é por ele que se dá 
a apropriação da privacidade do outro, como se fosse adoração e oferenda, e a sensualidade 
de quem olha é ocultada, solitária e erótica. O olhar que focaliza a mulher é a visão de corpo 
que desperta o próprio erotismo masculino. Outra modalidade de olhar é aquela que “recorta” 
a figura feminina em “áreas de interesse”, produzindo o que se pode designar como um 
“corpo fragmentado” (COSTA, 2003). 
 Um recurso de produção de imagem para cartazes, cenas dos 
filmes, aparecendo nos versos das canções. Essas imagens 
atraem a “mesma” modalidade de olhar carregado de erotismo 
e sensualidade: elas recortam a mulher (mas às vezes, a figura 
masculina) em “partes” de interesse. Não se pode afirmar que 
esse “recortar” seja um “sintoma” da cultura contemporânea, 
dado que é frequente na literatura, e até em textos sagrados 
como o Cântico dos Cânticos (7: 2-6). 
O olho que produz a imagem 
 Os olhares que percorrem com sensibilidade e sutileza o corpo feminino, exploram 
referências, avançam para o interdito, para os limites. Então, a câmera não se torna um 
recurso mecânico para focalizar em detalhe o corpo para o desejo, mas como instrumento de 
olhar, vai surpreendê-lo no detalhe estético de “uma curva, uma linha, eventualmente, uma 
dobra” (FOUCAULT, 2001, p. 370). Por isso ela desliza do corpo para o rosto que “é dotado 
de uma expressividade inigualável” (BALLOGH, 2003, p. 120) e para os olhos que aludem 
sentidos, ainda que simulados. 
(continua)
Olhares e tomadas, o cinema e o corpo feminino
 Em síntese, o olhar que constrói o corpo feminino nas fotos e cartazes de cinema propicia a 
reiteração de elementos eróticos já conhecidos na cultura, com forte apelo para o erotismo 
masculino, o que não impede à mulher exercitar sua sedução estimulando com sutileza seu 
próprio erotismo. Olhares e gestos, especialmente das mãos, são fundamentais na 
composição de um corpo-mensagem. Gestos são imobilizados nas fotos e cartazes traindo a 
intencionalidade, olhares que compõem a intencionalidade, traindo sentidos, ambos se 
oferecem à sensibilidade do reconhecimento pelo olhar do outro, como um caso especial das 
mediações da sensibilidade já mencionadas. É nessa relação sutil que se instala uma 
corporeidade de fragmentos de interesse. 
Olhares e tomadas, o cinema e o corpo feminino
 A produção dos corpos evidentemente reflete tendências estéticas e políticas em curso na 
sociedade nacional e fora dela, bem como concepções de identidade nacional. Aquele que a 
produz está afetado por tais tendências e seu trabalho aparece como resultante da mediação 
simbólica entre a realidade (que se lhe apresenta sob a forma de objeto) e sua postura 
estética, ideológica para se apropriar daquele recorte de realidade e reapresentá-lo em seu 
trabalho na forma de expressão escolhida. 
 O desenvolvimento dos meios e tecnologias de comunicação 
ampliou as possibilidades e saberes para o artista gráfico, e 
hoje ele não se limita a uma realidade factual ou imaginária, ele 
opera em uma realidade virtual, e não somente com elementos 
virtuais, mas combina, articula o virtual com o material, trabalha 
com sons e com imagens, que são existentes ou criadas por 
ele, com textos, falas ou ambos. 
 Ele continua a realizar mediações simbólicas entre o que 
concebe, como arte, e o que sua produção deve ser para que 
seja reconhecida em sociedade. 
Produção de corpos nos cartazes publicitários, de eventos etc.
 A divulgação de modos de entender a realidade e a vida implica na construção de verdades 
sobre o cotidiano, ou mesmo a construção do cotidiano com valores estéticos, éticos e 
políticos que, em conjunto, permitam emprestar sentido para o passado e traçar rumos para 
o futuro. A aceitação desses “modos de entender” se dá no plano das ideias e das práticas 
dos indivíduos e, dependendo da dimensão, no plano das ideias dos grupos sociais em 
relação, ou mais ainda, dos padrões de sociabilidade. É evidente a dimensão política e 
ideológica dessa divulgação de “modos de entender a realidade e a vida”, não se situa como 
questionamento, mas como “verdade dada”. Ora, verdades dadas ou reveladas são de 
natureza religiosa, elas não refletem as práticas e valores humanos, que são passíveis de 
erros, de interesses. 
 As verdades políticas, e o próprio conhecimento, pressupõem 
atitude crítica e reflexão. Em uma frase, pode-se dizer que se 
apropriar da resposta correta não é conhecimento, é 
informação; conhecimento e formação implicam capacitação 
para fazer perguntas, formular hipóteses e buscar 
respostas válidas. 
A construção do cotidiano e da política para exposição
 Existe a premissa de que, nos regimes representativos, no Legislativo se dão as discussões 
livres pelos representantes legítimos do povo, das quais resultarão as leis que atendem às 
solicitações do mesmo povo. Mas as opiniões (e interesses) mesmo ali são diferentes, e até 
mesmo opostas, por isso a designação de “públicos” é mais coerente com a realidade. 
 Todavia, na maior parte da história brasileira, esses públicos não se formaram, mesmo 
porque esse é um processo de raízes urbanas, e o Brasil foi durante séculos uma sociedade 
com a economia enraizada na agricultura de exportação, nas grandes fazendas e no 
mandonismo dos proprietários rurais e seus agentes urbanos. 
Pensamento crítico reflexivoe o mandonismo
 Dois contingentes sociais se sobressaem no cenário político brasileiro dos anos 1930 e 1940: 
ambos vão mudar a política brasileira, mas de formas distintas: a população, sobretudo, 
urbana, passa a pressionar os centros de poder e se constitui em sujeito coletivo, presente 
na sociedade civil em organizações coletivas, sindicatos e partidos, embora esse “poder 
constituinte” tenha sido desbancado com a “Polaca”, a Carta de 1937. Esse povo, então 
representado na Constituinte desbancada, era uma população urbana, medianamente 
informada sobre eleições, partidos e política, católica majoritariamente, e favorável aos 
governos fortes, que impõem a ordem e os bons costumes. 
 A essa população, que constitui parcela significativa do que se 
reconhece vulgarmente como “povo brasileiro”, Foucault utiliza a 
palavra plebe para designar “aquele alvo constante e 
constantemente mudo dos dispositivos de poder” (Foucault, 
2003, p. 244), mas ele mesmo considera o termo inadequado. 
Em português, essa palavra adquire sentidos preconceituosos, 
que a tornam inaceitável.
Os segmentos sociais presentes na política brasileira 1
 O outro grupo que emerge é constituído pelos militares, os quais intervêm manu militari na 
vida social e política do país, exploram as contradições da oligarquia e contribuem 
decididamente para sua desagregação. Todavia não se afastam do poder civil, como seria 
de se esperar. Findo o processo revolucionário, os militares permanecem na arena política, 
como indivíduos ou em grupos que participam dos acordos e coalisões, e em face do risco 
de guerra se aproximam dos favoráveis à industrialização e das políticas voltadas para 
mercado interno, portanto favoráveis à expansão do capitalismo industrial. Outro papel 
significativo desempenhado pelos militares residiu na base de suporte ao governante, o que 
facilitou a decretação do estado de exceção em 1937.
Os segmentos sociais presentes na política brasileira 2
 No panorama político que sucedeu à 2ª Guerra o mundo se dividiu entre duas potências: 
USA e URSS, no Brasil, a figura de Getúlio Vargas volta a ganhar força, como “pai” dos 
trabalhadores, nacionalista etc. Formou-se um processo de vínculo político acima do partido, 
com a figura do líder, no caso Getúlio, figura que se tornou mártir do nacionalismo brasileiro, 
sob a violenta oposição de outro populista, Carlos Lacerda, o corvo. Esse processo esteve 
na base da projeção política de Juscelino, Jânio Quadros, Ademar de Barros, cada um com 
seu estilo. A didatura civil militar não teve líderes populistas, (apesar de Figueredo), mas nas 
lutas pela redemocratização vários nomes ensaiaram o mesmo feito: Tancredo Neves, o 
proseador da política, articulador mineiro; Collor, o guerreiro jovem, esportista, caçador de 
marajás, poderoso, e depois Lula, um ex- líder metalúrgico e depois popular.
 As redes sociais estão substituindo os comícios, mas o atual 
presidente parece usar de recursos dos populistas do passado, 
só que mais sofisticado: um populismo virtual. O populismo é 
um processo político centrado na fala e na imagem do líder, um 
discurso simples, direto, com respostas claras para as 
questões que o próprio orador faz. Um pouco de controvérsia 
“apimenta” o que foi dito, e que, aliás, não precisa ser verdade.
Populismo
 É interessante observar quando jovens de hoje se referem ao passado político, as palavras 
ainda são atropeladas, um efeito da mídia, talvez, mas de qualquer forma, jovens 
denominam guerrilheiro por terrorista, reforma por revolução, socialismo por comunismo, 
revolução por guerra, e insistem em denominar o que foi um golpe, seguido de ditadura, por 
revolução. Quanto aos problemas sociais e econômicos que motivaram a trajetória da 
militância política dos universitários, eles continuam presentes, e são discutidos, integram as 
políticas públicas e pautas de governo, contudo são mais amplos e profundos do que eram, 
quando prenunciados, há mais de 40 anos. 
 A vivência da política é a faceta do cotidiano que Baudrillard 
(1985) considera em desaparecimento: ao discutir as maiorias 
silenciosas, ele as considera os grandes contingentes sociais 
das democracias contemporâneas, para os quais a instância 
política se explicita e se expõe nos meios de comunicação, 
especialmente pela TV. Nessas democracias, o vínculo entre 
contingentes sociais e a instância política perdeu especificidade 
e envolvimento. 
Ditadura, política e desinteresse
 Em face da complexidade da esfera política atual, os meios de comunicação e as redes 
sociais parecem espaços privilegiados para o debate político, na medida em que permitam a 
circulação de informações, notícias e rumores. Os meios massivos, em articulação com as 
redes, permitem construir (ou destruir) imagens políticas, muitas vezes bastando uma foto, 
uma expressão ou frase infeliz. A mídia realiza uma produção da realidade, ela constrói uma 
realidade para divulgação para um público, uma construção que não é isenta, porque isso é 
impossível. Cabe a ela informar sobre acontecimentos, produzir e divulgar produtos para 
consumo, dentre eles a cultura, também elaborada como produto, em programas de 
televisão, filmes, sites, blogs etc. 
Com essa finalidade são desenvolvidas inúmeras pesquisas “de 
opinião”, as quais partem de hipóteses sobre o “perfil” do 
público, cujo resultado aparece nos canais da TV aberta e paga. 
Não é papel da mídia “conscientizar” o público: esse é um 
processo do sujeito, implica que ele examine as condições do 
vivido e alternativas que se projetam para o futuro, além das 
práticas possíveis (práxis): um movimento do pensamento 
crítico reflexivo, tão necessário.
Construção da realidade, pensamento reflexivo, análise e “conscientização”
Qual a relação entre pensamento analítico, crítico reflexivo e conscientização? Escolha a 
alternativa correta.
a) A modalidade de pensamento analítico, crítico e reflexivo não está relacionada à 
conscientização, porque o processo de conscientização depende de informação e de 
alguém que conscientize.
b) Conscientizar é um verbo, indica ação, mas voltada para o sujeito (conscientizar-se), para 
esse movimento de se tornar ciente de ideias e situações, a modalidade de pensamento 
crítico reflexivo é fundamental.
c) O sujeito que está treinado para usar o pensamento crítico 
reflexivo pode conscientizar o outro, ou treinar o outro nessa 
modalidade de pensamento.
d) Nenhuma relação: são dois campos distintos, a consciência 
das coisas e a análise crítica das coisas e ideias.
e) Para fazer um exame de consciência, antes da comunhão, é 
preciso pensar, analisar os comportamentos etc. A relação é 
essa.
Interatividade
Qual a relação entre pensamento analítico, crítico reflexivo e conscientização? Escolha a 
alternativa correta.
a) A modalidade de pensamento analítico, crítico e reflexivo não está relacionada à 
conscientização, porque o processo de conscientização depende de informação e de 
alguém que conscientize.
b) Conscientizar é um verbo, indica ação, mas voltada para o sujeito (conscientizar-se), para 
esse movimento de se tornar ciente de ideias e situações, a modalidade de pensamento 
crítico reflexivo é fundamental.
c) O sujeito que está treinado para usar o pensamento crítico 
reflexivo pode conscientizar o outro, ou treinar o outro nessa 
modalidade de pensamento.
d) Nenhuma relação: são dois campos distintos, a consciência 
das coisas e a análise crítica das coisas e ideias.
e) Para fazer um exame de consciência, antes da comunhão, é 
preciso pensar, analisar os comportamentos etc. A relação é 
essa.
Resposta
 ANTONIL, A. Cultura e opulência do Brasil. São Paulo: Edusp, 1982.
 BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec/ Anna Blume 2002.
 BALLOGH, A. Quanto mais quente melhor: erotismo, celuloide e sedução. In: LYRA, B.; SANTANA, G. 
(Org.) Corpo e Mídia. São Paulo, Arte & Ciência,2003.
 BAUDRILLARD, J. O sistema dos objetos. São Paulo: Perspectiva, 1997.
 BAUDRILLARD, J. A sociedade de consumo. Lisboa: Edições 70, 2003.
 BOURDIEU, P. O poder simbólico. Lisboa: Difel, 1989.
 COSTA, N. Corporeidade em cartazes do cinema nacional. Mesa Materialidades e desmaterialidades
da imagem. Seminário Imagem e Cultura Contemporânea, GP Forma, Imagem e Corpo, Universidade 
Paulista, out. 2003.
Referências bibliográficas
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subjetividades nas redes sociais digitais. (PPED-UFBA) p. 47-66 In PORTO, Cristiane e SANTOS 
Edmea (Organizadoras). Facebook e educação: publicar, curtir, compartilhar/ Cristiane Porto; 
Edmea Santos– Campina Grande: EDUEPB, 2014.
 FOUCAULT, Michel. Ditos e escritos, Vol. III, p. 29. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001.
 MENESCAL, R.; BOSCOLI, R. Rio. Intérprete: Wanda Sa e Roberto Menescal. In: Estrada 
Tókyio-Rio. Rio de Janeiro: Albatroz, 1998. CD. Faixa 11.
Referências bibliográficas
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