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MICORBIOLOGIA → TEMPERATURA Os microrganismo são classificados em três grupos de acordos com as suas preferências de temperatura: PSICRÓFILOS: crescem em temperaturas baixas. Mão causam problema na preservação de alimentos. Concentração elevada de ácidos graxos insaturados garantindo fluidez na membrana plasmática. Geralmente crescem em torno de -10º e 10º. Máxima de crescimento: 4º. MESÓFILOS: crescem em temperaturas moderadas. São os microrganismos mais comuns. Patogênica ao homem e animais. Crescem em torno de 10º e 49º. Máxima de crescimento: 39º. TERMÓFILOS: crescem em altas temperaturas. Organização tridimensional das proteínas permite a manutenção da estrutura adequada para sua ação em elevadas temperaturas. Crescem em torno de 40º e 70º. Máxima de crescimento: 60º Os endofilosporos formados por bactérias termófilas são anormalmente resistentes à temperatura e podem sobreviver ao tratamento térmico aplicado nos alimentos enlatados. Não são consideradas um risco à saúde. Ainda podemos encontrar as bactérias psicotróficas. Essas bactérias podem crescer a 0ºC, tem temperaturas ótimas de crescimento mais elevadas, geralmente de 20º a 30ºC, e não pode crescer em temperaturas acima de 40ºC. São mais comuns que os psicrófilos. Prováveis a serem encontrados na deterioração de alimentos em baixa temperatura, pois crescem em temperaturas utilizadas nos refrigeradores. Bactérias Hipertermófilos ou Termófilos extremos: alguns microrganismos membros das Arquibactérias tem temperatura ótima de crescimento de 80ºC ou mais. Cada espécie cresce em uma temperatura mínima, ótima e máxima específica. Temperatura mínima de crescimento: é a menor temperatura na qual a espécie pode crescer. Membrana como gel; processos de transporte lentos, impedindo o crescimento. Temperatura ótima de crescimento: temperatura na qual essa espécie cresce melhor. Reações enzimáticas em velocidade máxima. Temperatura máxima de crescimento: é a maior temperatura no qual o crescimento é possível. Desnaturação proteica, colapso da membrana, lise térmica. Acima da temperatura ótima, a velocidade de crescimento pode decair rapidamente, podendo significar que a temperatura elevada inativou os sistemas enzimáticos da célula. → Ph A maioria das bactérias crescem melhor em uma faixa estreia de pH perto da neutralidade, entre pH 6,5 e 7,5. A alcalinidade também inibe o crescimento microbiano, mas raramente é utilizada para preservar alimentos. Algumas bactérias tem afinidade pelo meio ácidos, elas são chamadas de: Acidófilas: são resistentes a acidez. Bactérias cultivadas em laboratório: Produzem ácidos de interferem em seu próprio crescimento. A neutralização desses ácidos para manter o pH apropriado é feito com o uso de tampões químicos, peptonas e aminoácidos e sais de fosfato – exibi seu efeito tampão na faixa de pH de crescimento da maioria das bactérias, fornecendo fósforo como nutriente essencial. → Pressão osmótica A pressão osmótica elevada tem como efeito remover a água necessária para a célula. A água atravessa a membrana celular para o meio mais concentrado. A perda osmótica de água causa uma plasmólise ou encolhimento do citoplasma A importância desse fenômeno é que o crescimento da célula é inibido assim que a membrana plasmática se separa da parede celular. OBS: não há morte celular, apenas a inibição do seu crescimento. Existem três classificações em relação a pressão osmótica e as bactérias: HALOFÍLICO FACULTATIVO: são mais comuns e não necessitam de altas concentrações salinas para crescerem; são capazes de crescerem em concentrações que inibem o crescimento de outros organismos; algumas espécies podem tolerar 15% de sal HALOFÍLICO OBRIGATÓRIO: adaptaram-se bem às altas concentrações de sais, que esses se tornaram necessários para o seu crescimento. HALOFÍLICO EXTREMOS: são tão adaptados a concentrações elevadas de sais que acabam de fato requerendo sua presença para que ocorra seu crescimento. A maioria dos microrganismos deve ser cultivada em meio constituído quase que somente de água. Ágar é utilizado para solidificar os meios de cultura normalmente é de 1,5%. ALTAS CONCENTRAÇÕES → pode inibir o crescimento de algumas bactérias. Se a pressão osmótica é anormalmente baixa, a água tende a entrar na célula em vez de sair. Alguns microrganismos que tem uma parede celular frágil, podem ser lisados caso isso aconteça. → nutrição Estruturas bacterianas → Arquitetura → Diferentes macromoléculas. Precursores das macromoléculas podem ser retirados do meio ambiente ou ser sintetizados pelas bactérias a partir de compostos ainda mais simples → Escolha dependente da disponibilidade do composto no meio e da capacidade de síntese de MO. → A digestão das bactérias é por meio extracelular. Elas liberam enzimas que digerem os macronutrientes em micronutrientes e absorvem as micromoléculas. Já nas bactérias gram-negativas, a digestão ocorre no periplasma, porém também é feita no meio extracelular. PRINCIPIO GERAL DA ENCOMONIA CELULAR! → Carbono Presente na maioria das substâncias que compõe as células. É o esqueleto estrutural da matéria prima. Quimio-heterotróficos → obtêm maior parte do seu carbono de sua fonte de energia – proteínas carboidratos e lipídeos. Quimioautotróficos e fotoautotróficos → derivam seu carbono do dióxido de carbono. → nitrogênio Componentes de proteínas, ácidos nucléicos, além de vitaminas e outros compostos celulares. Constitui cerca de 14% do peso seco de uma bactéria. → Enxofre Faz parte dos AA: cisteína e metionina; de vitaminas e grupos prostéticos. Fontes naturais importantes de enxofre incluem íon sulfato, o sulfeto de hidrogênio e os AA contendo enxofre. → FÓSFORO É essencial para a síntese de ácidos nucléicos e dos fosfolipídeos de membrana. Encontrado também nas ligações de energia do ATP. → OXIGÊNIO Pode ser indispensável, letal ou inócuo para as bactérias, o que permite classifica-las em: AERÓBICOS OBRIGATÓRIOS: utilizam oxigênio para a produção de energia, como as do gênero Acinetobacter (bactérias do solo). MICROAERÓFILAS: necessitam de baixos teores de oxigênio, como Campylobacter jejuni. ANAERÓBICOS OBRIGÁTORIOS: apresentam mecanismos que as capacitem a utilizar o oxigênio quando disponível, mas desenvolvem-se também em sua ausência. EX: Escherichia coli ANAERÓBICOS OBRIGATÓRIOS: incapazes de utilizar o oxigênio molecular para produção de energia. Não toleram o oxigênio. EX: Clostridium tetani, bactéria produtora de potente toxina que só se desenvolve em tecidos necrosados carentes de oxigênio. OBS: a anaeróbica obrigatória não suporta o oxigênio porque não contém o conjunto de enzimas que transformam os produtos tóxicos, que se formam mediante o metabolismo do oxigênio dentro da célula, em produtos não tóxicos. O oxigênio pode ser convertido/sofrer ação das seguintes enzimas: Superóxido-dismutase: neutraliza os radicais superóxidos produzidos pelas bactérias anaeróbicas obrigatórias, quando estão na presença de oxigênio. Catalase: converte peroxido de hidrogênio em H2O + Oxigênio. Peroxidase: converte o peroxido, porém não produz oxigênio, apenas forma H20. Essas formas toxicas do oxigênio são um coponente essencial de uma das mais importantes defesas do corpo contra patógenos, a fagocitose. Bactérias microaerófilas: elas são aeróbicas, ou seja, requerem o oxigênio. Porém, crescem somente em concentrações de oxigênio inferiores à do ar. Essa tolerância limitada talvez seja devido a sua sensibilidade aos radicais superóxidose peróxidos que são produzidos em concentrações letais sob condições ricas em oxigênio. Bactérias aeróbicas e facultativas → O oxigênio entra. AS ENZIMAS NÃO BARRAM O OXIGÊNIO. → Dentro da célula pode acontecer essa reações químicas, transformar o O2 em produtos tóxicos para a célula (ex: peroxido de hidrogênio, radicais livres e etc). → Na presença desses radicais livres, provoca dano ao DNA, acelera o metabolismo celular, as nossas células perecem mais rápidos. → Para evitar isso, essas bactérias aeróbicas e anaeróbica facultativas, produzem superóxido- dismutase, peroxidase e catalase. Que vão converter esses produtos tóxicos em produtos NÃO tóxicos. → RELEMBRANDO: Degradam produtos tóxicos produzidos a partir do metabolismo do O2. BACTÉRIAS ANAERÓBICAS OBRIGATÓRIAS → biofilmes Essa bactéria é residente no nosso organismo e vive em simbiose (associação benéfica) conosco. Porém, as vezes através de um evento chamado transferência horizontal de genes, processo em que um microrganismos transfere material genético para outra célula, bactérias que não são patogênicas passam a ser patogênicas podendo assim causar doenças ao hospedeiro. Quando a Escherichia coli são capazes de causar doença no intestino, são chamadas de Escherichia coli diarreiogênicas ou DECs. As DECssão classificadas em seis tipos, um deles é chamado de Escherichia coli enteropatogênica, que causa diarreia em crianças com idade inferior a 5 anos. Essa bactéria é capaz de formar biofilmes tanto em superfícies abióticas quanto em células mantidas no laboratório. São sistemas biológicos. Organizadas em uma comunidade funcional coordenada. São fixados em superfícies como pedras, dente humano ou membrana mucosa. A comunidade pode ser de uma única espécie ou de grupos diversos de microrganismos. Dentro da comunidade pode ocorrer o compartilhamento de nutrientes. São protegidas de fatores danosos do ambiente como a dissecação, os antibióticos e o sistema imune corporal, devido a sua organização de estarem bem agrupadas e a capa proteica que liberam. Microrganismos nos biofilmes podem trabalhar em cooperação para desenvolver tarefas complexas. São elementos essenciais para o funcionamento adequado aos sistemas de tratamento de resíduo. São mais resistentes a microbicidas. 70% das infecções bacterianas envolve biofilmes. PREVENÇÃO DE BIOFILMES Uso de antimicrobianos sobre as superfícies em que os biofilmes podem se formar. Ação da lactoferrina que pode inibir a formação de biofilmes. Uso de substâncias que podem bloquear sinais químicos dos microrganismos essenciais para a formação de biofilmes. Apesar da grande variedade metabólica apresentada pelas bactérias, é possível agrupá- las em apenas quatro categorias: 1. AUTOTRÓFICO FOTOLITOTRÓFICO: utilizam CO2 como única fonte de carbono e energia luminosa para gerar ATP. 2. AUTOTRÓFICO QUIMIOLITOTRÓFICO: utilizam C02 como única fonte de carbono mas obtém ATP por oxidação dos substratos inorgânicos. 3. HETEROTRÓFICO FOTORGANOTRÓFICO: usam compostos orgânicos, mesmo quando fixam CO2 e produzem ATP a partir de energia luminosa. 4. HETEROTRÓFICO QUIMIORGANOTRÓFICO: usam compostos orgânicos como fonte de carbono e produzem ATP pela oxidação de substratos orgânicos. → meio de cultura Microrganismos induzidos em meio de cultura para iniciar o crescimento são chamados de inóculo. Critérios que o meio de cultura deve apresentar para cultivo de microrganismos de interesse: Conter nutrientes adequados para o microrganismos especifico. Conter uma quantidade de água suficiente, um pH apropriado e um nível conveniente de oxigênio ou talvez nenhum. O meio deve ser estéril – não conter microrganismos vivos. A cultura deve ser incubada em temperatura apropriada. MEIO SELETIVO E MEIO DIFERENCIAL MEIO SELETIVO: São elaborados para impedir o crescimento de bactérias indesejáveis e favorecer o crescimento dos microrganismos de interesse. Por exemplo, o ágar sulfeto de bismuto é um meio utilizado para isolar a bactéria da tifoide, a gram-negativa Salmonella typhi, a partir das fezes. O sulfato de bismuto inibe as bactérias gram-negativas e a maioria das bactérias gram-positivas. O ágar Sabouraud dextrose, com pH de 5,6 é utilizado para isolar os fungos eu dominam a maioria das bactérias neste pH. MEIO DIFERENCIAL: facilitam a diferenciação de colônias de um microrganismo desejado em relação a outras colônias crescendo na mesma placa. De maneira similar, culturas puras de microrganismos tem reações identificáveis com meios diferenciais em tubos ou placas. O ágar sangue (que contém hemácias) é um meio utilizado com frequência pelos microbiologistas para identificar espécies bacterianas que destroem hemácias. Essas espécies como o, Streptococcus pyogenes, a bactéria que causa infecção da garganta, mostram um anel claro ao redor de suas colônias (beta-hemólise), onde elas tem lisadas as hemácias circulantes. Utilizado para a identificação de microrganismos, meios sólidos com composição química adequada para evidenciar uma característica bioquímica. EX: MacConkey Ágar para isolamento de coliformes, patógenos intestinais na água produtos derivados do leite e espécimes biológicos. MEIO DE CULTURA PURA → MEIOS DE CULTIVO INDICADORES Meios líquidos, com a mesma função dos diferenciais, servem para evidenciar uma característica bioquímica, mas não para separar as colônias positivas e as negativas. O pH do meio é ajustado antes de autoclavar. → MEIOS DE CULTIVO O crescimento de bactérias num meio líquido identifica-se por: Turvação do meio. Formação de uma película na sua superfície. Aparecimento de sedimento. O crescimento de bactérias num meio sólido identifica-se por: Aparecimento de colônias. → REPRODUÇÃO BACTERIANA Crescimento: aumento do protoplasma celular pela síntese de ácidos nucléicos, proteínas, polissacarídeos e lipídeos; e absorção de água e eletrólitos. Termina na divisão celular. Multiplicação: resposta necessária à pressão de crescimento. MODO DE REPRODUÇÃO: Cissiparidade: formação de um septo equatorial na região do mesossomo e divisão da célula-mãe, em duas células filhas. ”Cocos” → qualquer direção, “Bacilos e espirilos” → sentido transversal. Célula mãe → bipartição → células-filhas. Brotamento: formam uma pequena região inicial de crescimento (broto) que vai se alargando até atingir um tamanho similar ao da célula parental, e então se separa dela. Conjugação bacteriana → CURVA DE CRESCIMENTO BACTERIANO Estudos de crescimento são feitos essencialmente em meios líquidos e as considerações que seguem são válidas para essas condições. Quando uma determinada bactéria é semeada num meio liquido de composição apropriada e incubada em temperatura adequada, o seu crescimento segue uma curva definida e característica. FASE LAG Ocorre quando as células são transferidas de um meio para o outro ou de um ambiente pra o outro. Ocorre pouca ou nenhuma divisão celular. É um período de intensa atividade metabólica, envolvendo principalmente a síntese de enzimas e várias moléculas. FASE EXPONENCIAL OU LOG As células estão se dividindo a uma taxa geométrica constante até atingir o número máximo de crescimento. É o momento de maior atividade metabólica. FASE ESTACIONÁRIA Há decréscimo na taxa de divisão celular. O número de células em divisão é proporcional ao número de células mortas. Redução na velocidade de reprodução. A causa da interrupção do crescimentoexponencial não é sempre clara. O esgotamento dos nutrientes, o acumulo de resíduos e mudanças no pH danosas a célula, podem ser os motivos da interrupção do crescimento log. FASE DE MORTE OU DECLÍNIO Quando as condições se tornam fortemente improprias para o crescimento. Continua até que a população tenha diminuído para uma pequena fração da população da fase anterior ou morte totalmente. → medida direta do crescimento bacteriano O crescimento de populações microbianas pode ser medido de diversas maneiras: Através do número de células. Através da massa total da população, que muitas vezes é proporcional ao número de células. → CONTROLE DO DESENVOLVIMENTO MICROBIANO Pela utilização métodos físicas e químicos, que podem eliminar totalmente os microrganismos ou apenas reduzir ou inibir o crescimento microbiano, dependendo do objetivo e necessidade. Muitos métodos consistem na alteração e controla dos fatores que promovem o crescimento microbiano. TERMINOLOGIA DO CONTROLE BACTERIANO Esterilização: destruição de todas as formas de vida, incluindo endósporo (autoclave, estufa). Esterilização comercial: tratamento térmico suficiente para matar formas vegetativas de vida inclusive endósporo. Porém, alguns endósporos de determinadas espécies termófilas, podem sobreviver, mas não irão germinar. Desinfecção: reduzir ou inibir o crescimento microbiano em uma superfície ou alimento/água. Antissepsia: -------------------------------- --------------------------- em tecidos vivos. Assepsia: métodos que permite manter um ser vivo ou objeto isento de microrganismos (estéril). Degerminação: remoção mecânica, em vez de morte, da maioria dos microrganismos de uma área limitada (limpeza da pele antes da injeção). → Ações dos agentes de controle microbiano Alteração na permeabilidade da membrana: alteração de componentes lipídicos e proteicos. Alteração na parede celular: redução da capacidade de resistência dos microrganismos. Danos Às proteínas funcionais (desnaturação) e ácidos nucléicos: interferência na replicação do DNA e RNA e na síntese proteica. → TRANSCRIÇÃO → TRADUÇÃO → REPLICAÇÃO → INIBIÇÃO DA PAREDE CELULAR PENICLINA Inibidor da síntese da parede celular. Previne a síntese de peptideoglicanos intactos; consequentemente, a parede celular fica enfraquecida, e a célula sofre lise. Somente células que estejam crescendo ativamente são afetadas por esses antibióticos Nas bactérias gram-positivas: afetem os aminoácidos que promovem estabilidade a parede e síntese proteica. Nas bactérias gram-negativas é necessário usar um medicamento que afete os lipopolissacarideos para desestabilizar a membrana externa. → Outras ações dos antimicrobianos Dano à membrana plasmática. Inibição da síntese de ácidos nucléicos. Inibição da síntese de metabolitos essenciais. → métodos físicos de controle CALOR Mata os microrganismos pela desnaturação de suas enzimas (desnaturação proteica). ESTERILIZAÇÃO POR CALOR ÚMIDO Provoca desnaturação proteica. Requer temperaturas mais elevadas que a da agua fervente. Autoclave mais eficiente – utiliza vapor de pressão na obtenção de altas temperaturas. PASTEURIZAÇÃO Reduz o número de microrganismos, prolongando a qualidade aos alimentos.
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