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Política Social II

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Com um conselho composto pelos Ministros de Estado, pelo Secretário Executivo do PCS e 
por 21 membros da sociedade (vinculados ou não a entidades representativas da sociedade civil, 
designados pelo Presidente da República), as competências desse Conselho eram (art. 3°): 
• I - propor e opinar sobre ações prioritárias na área social; 
• II - incentivar na sociedade o desenvolvimento de organizações que realizem, em 
parceria com o governo, o combate à pobreza e à fome; 
• III - incentivar a parceria e a integração entre os órgãos públicos federais, 
estaduais e municipais, visando à complementariedade das ações desenvolvidas; 
• IV - promover campanhas de conscientização da opinião pública para o combate à 
pobreza e à fome, visando à integração de esforços do governo e da sociedade; 
• V - estimular e apoiar a criação de conselhos estaduais e municipais de combate à 
fome e à pobreza; 
• VI - elaborar seu regimento interno. 
Tendo como principais estratégias de ação o estabelecimento de “parcerias”, o estímulo 
à “solidariedade” e a descentralização das ações (que deveriam ser integradas), o Programa 
Comunidade Solidária, de acordo com o discurso governamental do período, seria um novo modo 
de enfrentar a pobreza e exclusão social no Brasil, buscando a participação de todos. Para 
tanto, promove o sentimento de “solidariedade”, mobilizando esforços e estabelecendo 
parcerias com as três esferas de governo (federal, estadual e municipal) e com a sociedade civil 
como um todo. 
Assim, através do PCS, o governo Fernando Henrique “divide” (na verdade repassa) para 
toda a sociedade o compromisso com a melhoria da qualidade de vida da população, com o 
 
 
 
discurso ideológico de que as ações na área da assistência social não podem ser desenvolvidas 
de forma isolada, somente pelo governo, descentralizando as ações para “aproximar” a 
sociedade das atividades a serem desenvolvidas. Desestrutura o conceito de seguridade social 
presente na Constituição e retoma a figura da primeira-dama a frente de políticas assistenciais. 
Mesmo com a promulgação da Constituição Federal de 1988, onde ficou configurada a 
composição da seguridade social brasileira, as políticas sociais não foram efetivadas como 
deveriam. E assim foi com a política de saúde, como veremos na próxima aula.

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