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3Módulo Políticas Públicas de Assistência Social Políticas Públicas Setorias Enap, 2021 Fundação Escola Nacional de Administração Pública Diretoria de Desenvolvimento Profissional SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF Fundação Escola Nacional de Administração Pública Diretoria de Desenvolvimento Profissional Conteudista Mariana de Sousa Machado Neris (Conteudista, 2021). 1. Unidade 1 – Principais programas da assistência social .................................5 2. Unidade 2 – Benefícios da assistência social .................................................. 11 3. Unidade 3 – Serviços socioassistenciais tipificados .......................................14 4. Unidade 4 – Oportunidades de projetos socioassistenciais .........................16 5. Unidade 5 – Parcerias com organizações da sociedade civil.........................18 4. Referências ......................................................................................................... 23 Sumário 4Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 5 Módulo Assistência social na prática3 1. Unidade 1 – Principais programas da assistência social Objetivo de aprendizagem: Ao final desta unidade, você será capaz de caracterizar os objetivos da Política Ao final desta unidade, você será capaz de detalhar os principais programas relacionados ao campo socioassistencial e sua relação com a gestão municipal. Na prática, a assistência social é conhecida a partir das suas provisões, das suas entregas, dos seus benefícios voltados diretamente à população. Apesar do senso comum assim a consolidar (a partir da concretização do direito), é fundamental nos lembrarmos de que há elementos invisíveis que estruturam esse sistema protetivo, que é organizado, descentralizado, que distribui responsabilidades entre os entes, compromissos entre poder público e sociedade civil, e é regido por critérios republicanos e universais de participação e controle social. Agora convidamos você a conhecer alguns dos principais programas, serviços, projetos e benefícios que traduzem a proteção socioassistencial a famílias e indivíduos em situação de vulnerabilidade e risco. Principais programas na assistência social Você já deve ter ouvido falar em programas, certo? Na assistência social, os programas são conhecidos por integrarem a rede SUAS de forma complementar aos serviços. Em teoria, os programas são ações que possuem início, meio e fim, e tendem a responder a objetivos claramente definidos, em geral, voltados ao enfrentamento da pobreza, de práticas violadoras de direitos, ou mesmo de promoção da autonomia e da participação social. 6Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública A LOAS, em seu artigo 24, define os programas de assistência social: “Art. 24. Os programas de assistência social compreendem ações integradas e complementares com objetivos, tempo e área de abrangência definidos para qualificar, incentivar e melhorar os benefícios e os serviços assistenciais. § 1º Os programas de que trata este artigo serão definidos pelos respectivos Conselhos de Assistência Social, obedecidos os objetivos e princípios que regem esta lei, com prioridade para a inserção profissional e social. § 2o Os programas voltados para o idoso e a integração da pessoa com deficiência serão devidamente articulados com o benefício de prestação continuada estabelecido no art. 20 desta Lei. São programas importantes para a assistência social: a) Programa Bolsa Família – PBF: é um programa de complementação de renda a famílias em situação de pobreza e extrema pobreza. O objetivo é proporcionar segurança alimentar e nutricional, segurança de renda, de autonomia, de sobrevivência a riscos, combate à pobreza e à privação. Além disso, o PBF promove o acesso à rede de serviços públicos, como saúde, educação, segurança alimentar e assistência social. Por meio do Cadastro Único dos Programas Sociais (CadÚnico), um sistema informatizado que coleta as informações prestadas pelo agente público que o opera, é feito o registro da família. A partir dessas informações, é realizada a avaliação de composição da renda e de outros fatores de vulnerabilidade que podem indicar o encaminhamento para algum serviço de proteção do SUAS ou de outras políticas setoriais. O Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), ou outra unidade no município ou Distrito Federal que realize o CadÚnico, presta atendimento e informações à família, que receberá em sua residência um cartão para saque do benefício mensalmente, sem intermediários, por depósito bancário realizado em cartão magnético fornecido pela Caixa Econômica Federal. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 7 Para permanecer no PBF, a família deve cumprir algumas condicionalidades, isto é, deve possuir o perfil de renda permanência, cumprir as metas de saúde e de educação e manter o seu cadastro sempre atualizado. São atendidas pelo Programa Bolsa Família quase 14 milhões de famílias com os seguintes patamares de renda (Fonte: BRASIL, 2021): – todas as famílias com renda por pessoa de até R$ 89,00 mensais (famílias em situação de extrema pobreza); – famílias com renda por pessoa entre R$ 89,01 e R$ 178,00 mensais, desde que tenham crianças ou adolescentes de 0 a 17 anos (famílias em situação de pobreza com crianças e adolescentes). b) Programa Criança Feliz – PCF: de caráter intersetorial, tem a finalidade de promover o desenvolvimento integral das crianças na primeira infância, considerando sua família e seu contexto de vida. Sua principal ação é a realização de visitas domiciliares diretamente na residência da família incluída no programa. Essas visitas fortalecem os vínculos e as competências da família para o cuidado das crianças, além de promoverem intervenções singulares, pertinentes a cada realidade. Para aderir ao Programa Criança Feliz, acesse: https://aplicacoes.mds.gov.br/snas/termoaceite/ crianca_feliz_2016/index.php De acordo com informações do Ministério da Cidadania, o Programa Criança Feliz está presente em todas as unidades da federação, em aproximadamente 1.000 municípios (2021). São público prioritário do programa: gestantes, crianças de até 3 (três) anos e suas famílias beneficiárias do Bolsa Família; crianças de até 6 (seis) anos e suas famílias beneficiárias do BPC; e crianças de até 6 (seis) anos afastadas do convívio familiar em razão da aplicação de medida protetiva prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente. O investimento na primeira infância tem base em estudos científicos que levaram James Heckman à premiação do Nobel de Economia. Segundo o pesquisador, o investimento na primeira infância é uma estratégia eficaz para o crescimento econômico. Isso porque, na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade, o cérebro se desenvolve rapidamente e é mais maleável. Assim, https://aplicacoes.mds.gov.br/snas/termoaceite/crianca_feliz_2016/index.php https://aplicacoes.mds.gov.br/snas/termoaceite/crianca_feliz_2016/index.php 8Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública é mais fácil incentivar habilidades cognitivas e de personalidade necessárias ao sucesso na escola, na saúde, na carreira e na vida. c) Programa BPC na escola: tem como objetivo a inclusão e a permanência na escola de crianças com deficiência beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada (BPC), em idade escolar. Por meio de ações intersetoriais envolvendo a União, os estados, os municípios e o Distrito Federal, é possível identificar barreiras que impedem ou dificultam o acesso e a permanência de crianças e adolescentes com deficiência na escola. Podem ser encontradas barreiras físicas, de comunicação, como a ausência de acessibilidade (uma rampa, um programa de computador, um intérprete de libras, entre outros), como também barreiras atitudinais, ou seja, a própria família ou a criança não acredita que seja capaz deaprender e de se socializar na escola. Com esse diagnóstico, obtido por meio de questionário aplicado pela assistência social em visitas à residência dos beneficiários, são acionadas as demais políticas setoriais com vistas à superação dos fatores que levam à exclusão educacional. d) Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – Peti: de caráter intersetorial, tem como objetivo contribuir para a retirada de crianças e adolescentes com idade inferior a 16 anos em situação de trabalho, ressalvada a condição de aprendiz, a partir de 14 anos. Campanha do Dia Mundial contra o Trabalho Infantil Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 9 Cabe ressaltar que houve um redesenho metodológico do programa, no qual as conhecidas “jornadas ampliadas” foram substituídas por acesso aos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV). Além disso, as famílias passaram a integrar o Serviço de Proteção Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI), ofertados pelos Centros de Referência Especializados de Assistência Social, com vistas a um atendimento especializado e contínuo. A bolsa-Peti, o componente de renda que era transferido às famílias por ocasião da exploração do trabalho infantil, foi extinta, e o acesso ao componente de renda para a família ocorre por intermédio do Programa Bolsa Família. O Observatório da Prevenção e da Erradicação do Trabalho Infantil traz informações detalhadas sobre o tema por município: https://smartlabbr.org/trabalhoinfantil. O Brasil ratificou a Convenção 182 da OIT, que trata das piores formas de trabalho infantil, e, em 2008, divulgou a lista das piores formas de trabalho infantil – Lista TIP, com o detalhamento de 93 formas de trabalho que prejudicam o desenvolvimento infantil. Entre as piores formas, são destacadas as quatro mais graves: I - todas as formas de escravidão ou práticas análogas, tais como venda ou tráfico, cativeiro ou sujeição por dívida, servidão, trabalho forçado ou obrigatório; II - a utilização, demanda, oferta, tráfico ou aliciamento para fins de exploração sexual comercial, produção de pornografia ou atuações pornográficas; III - a utilização, recrutamento e oferta de adolescente para outras atividades ilícitas, particularmente para a produção e tráfico de drogas; e IV - o recrutamento forçado ou compulsório de adolescente para ser utilizado em conflitos armados. https://smartlabbr.org/trabalhoinfantil 10Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública É compromisso de todo gestor combater todas as formas de trabalho infantil, sejam elas leves ou graves, igualmente danosas para o desenvolvimento infantil. As exceções são os trabalhos realizados a partir dos 16 anos, ou aos 14, dentro de programas regulares de aprendizagem, desde que não sejam perigosos ou degradantes para os adolescentes. Em seu município, desenvolva campanhas, mobilizações, capacitações, entre outras iniciativas, que proporcionem essa mudança de cultura. e) Programa Nacional de Capacitação do SUAS – Capacita SUAS: integra a Política Nacional de Educação Permanente do SUAS e objetiva promover a capacitação de profissionais que atuam diretamente nos territórios. É coordenado em âmbito nacional pelo Ministério da Cidadania em parceria com os governos estaduais por meio da rede de Instituições de Ensino Superior. Visa a oportunizar a gestores, trabalhadores e conselheiros da assistência social o acesso à qualificação, aos conhecimentos, aos conteúdos atualizados, desenvolvendo habilidades e atitudes essenciais ao desempenho de suas atribuições. f) Programa Acessuas Trabalho: visa a promover a integração dos usuários da assistência social no mundo do trabalho, a partir da mobilização e do encaminhamento para cursos de qualificação profissional e inclusão produtiva. São prioritários para ingresso no Acessuas populações urbanas em situação de vulnerabilidade e risco social, residentes em municípios integrantes do Programa, com idade mínima de 16 anos, com prioridade para usuários de serviços, projetos, programas de transferência de renda e benefícios socioassistenciais. Para mais informações sobre o Acessuas Trabalho, acesse: http:// www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/brasil_sem_miseria/ Acessuas.pdf. Ações da gestão municipal na assistência social – programas Todos os programas nacionais divulgados anteriormente dispõem de abrangência municipal. Cada qual com suas regras específicas e finalidades e com a dimensão de fortalecer e apoiar a oferta de serviços continuados. http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/brasil_sem_miseria/Acessuas.pdf http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/brasil_sem_miseria/Acessuas.pdf http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/brasil_sem_miseria/Acessuas.pdf Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 11 Os programas nacionais não inviabilizam a criação de programas de abrangência local ou regional. O que deve ser observado, além do caráter complementar, é a sua relação de convergência com os princípios e as diretrizes do SUAS. Por exemplo, há programas de complementação de renda por meio da destinação de cartões de alimentação para pessoas em situação de baixa renda em determinadas cidades. Há ainda outros tipos de programa que visam a apoiar populações e grupos populacionais tradicionais específicos, que devem ser regulamentados de forma local, como o programa de atenção às marisqueiras, o programa de assessoramento e prevenção de violações de direitos no campo, entre outros. 2. Unidade 2 – Benefícios da assistência social Objetivo de aprendizagem: Ao final desta unidade, você será capaz de detalhar benefícios socioassistenciais e sua relação com a gestão municipal. Olá, Prefeito! Olá, Prefeita! Vocês com certeza já ouviram falar no BPC-LOAS, certo? Pois então, esse é um benefício assistencial, integrante da proteção social básica do SUAS. Os benefícios surgem como direito constitucional, classificados como benefícios continuados ou benefícios eventuais, com finalidades e abrangência distintas. Podem ser concedidos em forma de pecúnia, ou seja, em valores monetários, ou entregues na forma de serviços e bens. Vamos assistir agora à entrevista que Mariana Neris, assistente social e atual Secretária Nacional de Proteção Global do MMFDH, fez com o Diretor de Benefícios do Ministério da Cidadania, André Rodrigues Veras. Eles conversaram sobre os tipos de benefícios na assistência social, suas diferenças e como acessá-los no seu município. Acompanhem! Vídeo 3 - Benefícios na assistência social https://cdn.evg.gov.br/cursos/490_EVG/videos/modulo03_video04.mp4 https://cdn.evg.gov.br/cursos/490_EVG/videos/modulo03_video04.mp4 12Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública Embora seja operacionalizado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o BPC é um benefício assistencial – e não previdenciário – de natureza não contributiva, ou seja, não há exigência de contribuição por parte do beneficiário. Uma característica do BPC é o aspecto compensatório em virtude das vulnerabilidades agravadas pela deficiência ou idade avançada que possam influenciar no grau de autonomia ou de participação na vida social. Tais barreiras podem ser tão determinantes para a vida dessas pessoas que o risco de não sobrevivência se torna elevado sem esse suporte de renda. O requerimento do BPC é realizado nas Agências da Previdência Social (APS) ou pelos canais de atendimento do INSS: pelo telefone 135 (ligação gratuita) ou pelo site ou aplicativo de celular (Meu INSS): https://meu.inss.gov.br/central/#/login. O BPC é reconhecido nacional e internacionalmente como uma importante conquista de direitos no campo da proteção social no Brasil. Esse benefício apresenta-se como uma solução vital para os beneficiários e suas famílias, em grande medida, por proporcionar ao conjunto familiar segurança de renda e de sobrevivência. É por meio desse benefício que se garante o consumo de bens básicos de alimentação,acesso a tratamentos de saúde, custeio de moradia, entre outros, além de se constituir como uma estratégia de fortalecimento de vínculos familiares, evitando o abandono e a violência doméstica. Assista ao vídeo institucional sobre o BPC, com tradução para Libras. Embora seja operacionalizado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o BPC é um benefício assistencial – e não https://meu.inss.gov.br/central/#/login https://www.youtube.com/watch?v=YbHmljEtGb0 Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 13 previdenciário – de natureza não contributiva, ou seja, não há exigência de contribuição por parte do beneficiário. O BPC não gera renda apenas para a família, mas promove também o desenvolvimento econômico em seu município. A renda do benefício gera consumo, o que movimenta o comércio local. Portanto, apoie e incentive as ações voltadas à qualidade de vida de idosos e de pessoas com deficiência em seu município! A regulamentação dos benefícios eventuais e a organização do atendimento aos beneficiários são responsabilidade dos municípios e do Distrito Federal, os quais devem observar os critérios e prazos estabelecidos pelos respectivos Conselhos de Assistência Social. Os estados são responsáveis pelo cofinanciamento dos benefícios eventuais e pelo apoio técnico junto aos municípios. Para solicitar o benefício eventual, o cidadão deve procurar as unidades da assistência social no município ou no Distrito Federal. A oferta desses benefícios também pode ocorrer por meio de identificação de indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade nos atendimentos feitos pelas equipes da assistência social. • E o que não são benefícios eventuais? Não são benefícios eventuais as provisões que visam a atender a vulnerabilidades cotidianas, previsíveis, e também os itens sob a responsabilidade de outras políticas sociais, como saúde, educação, habitação, segurança alimentar e nutricional e outras políticas setoriais. Dessa forma, respostas continuadas a situações cotidianas e previsíveis ou de outras políticas devem ser planejadas e encaminhadas para suas respectivas políticas, uma vez que os benefícios eventuais devem ser restritos somente às respostas da assistência social para situações excepcionais. Vale ressaltar, nessa direção, a Resolução CNAS nº 39, de 9 de dezembro de 2010, que dispõe expressamente que órteses, próteses (aparelhos ortopédicos e dentaduras, por exemplo), cadeiras de rodas, muletas, óculos, medicamentos, pagamento de exames médicos, apoio financeiro para tratamento de saúde fora do município, transporte de doentes, leites e dietas de prescrição especial, fraldas descartáveis, bem como outros itens, não são benefícios eventuais. 14Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 3. Unidade 3 – Serviços socioassistenciais tipificados Objetivo de aprendizagem: Ao final desta unidade, você será capaz de caracterizar os serviços socioassistenciais tipificados pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS). É muito importante que se compreendam as diferenças de serviços na assistência social, porque possuem objetivos e características distintas. Os serviços são diferenciados entre de proteção social básica e de proteção social especial (média e alta complexidades). Vamos assistir ao vídeo que aborda a tipificação nacional de serviços socioassistenciais caracterizando cada serviço? Vídeo 4 - Tipificação nacional de serviços socioassistenciais caracterizando cada serviço https://cdn.evg.gov.br/cursos/490_EVG/videos/modulo03_video04.mp4 A atenção na proteção social especial tem como objetivo principal contribuir para a prevenção de agravamentos e potencialização de recursos para a reparação de situações que envolvam risco pessoal e social, violência, fragilização e rompimento de vínculos familiares, comunitários e/ou sociais. Entre as situações abordadas, encontram-se: violência física, psicológica e negligência; abandono; violência sexual; situação de rua; trabalho infantil; cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto; afastamento do convívio familiar, entre outras. O Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS) é definido como “a unidade pública de abrangência e gestão municipal, estadual ou regional, destinada à prestação de serviços a indivíduos e famílias que se encontram em situação de risco pessoal ou social, por violação de direitos ou contingência, que demandam intervenções especializadas da proteção social especial”. Com interface com as demais políticas públicas, tem função de articulação, coordenação e oferta de serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social. São usuários do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI): famílias e indivíduos que por https://cdn.evg.gov.br/cursos/490_EVG/videos/modulo03_video04.mp4 Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 15 ocorrência de: violência física, psicológica e negligência; violência sexual: abuso e/ou exploração sexual; afastamento do convívio familiar devido à aplicação de medidas socioeducativas ou medidas de proteção; tráfico de pessoas; situação de rua e mendicância; abandono; vivência de trabalho infantil; discriminação em decorrência da orientação sexual e/ou raça/etnia; outras formas de violação de direitos decorrentes de discriminação/submissões a situações que provocam danos e agravos à sua condição de vida e os impedem de usufruir autonomia e bem-estar. Ações da gestão municipal na assistência social – serviços Agora que você conhece as previsões de serviços tipificados na assistência social, é possível realizar uma gestão que tenha como prioridade a manutenção, a qualificação, a estruturação e o fortalecimento dessa rede protetiva. Você, Prefeito, já deve ter conhecimento sobre as estruturas de oferta existentes em seu município. Se ainda não conhece, pode conhecer todas as unidades e serviços ofertados por meio de consulta ao Relatório de Informações Sociais de seu município, por meio deste link https://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/RIv3/geral/index.php. É essencial que as informações e os dados sobre os serviços e unidades de atendimento, sejam elas públicas ou executadas por entidades da rede socioassistencial, estejam atualizadas no Cadastro das Unidades do SUAS (CADSUAS). https://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/RIv3/geral/index.php 16Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública IGDSUAS Outro aspecto de grande relevância para a sua gestão é a oportunidade de demonstrar uma boa execução dessas ofertas por meio de informações prestadas no Censo SUAS. Com o preenchimento de formulários específicos sobre as unidades prestadoras de serviços, é possível estabelecer indicadores que sinalizam a qualidade da oferta realizada. São esses indicadores que compõem o Índice de Gestão Descentralizada do SUAS (IGDSUAS), que sinalizam o percentual de desempenho da gestão na implementação, execução e monitoramento dos serviços, programas, projetos e benefícios de assistência social, bem como na articulação intersetorial. Ao mesmo tempo, visa a incentivar a obtenção de resultados positivos na gestão e o alcance de patamares de qualidade do sistema. De acordo com o desempenho obtido no município, é estabelecido um valor de referência para repasse por meio da modalidade fundo a fundo a título de incentivo para o aprimoramento da gestão do SUAS em âmbito local. O IGDSUAS é um índice que varia de 0 (zero) a 1 (um). Quanto mais próximo de 1 estiver o índice, melhor será o desempenho da gestão e maior poderá ser o valor do apoio financeiro repassado aos entes como forma de incentivo ao aprimoramento da gestão, respeitando o teto orçamentário e financeiro. As variáveis selecionadas para composição do índice apontam aos gestores quais aspectos da gestão precisam ser melhorados, e o repasse visa a recompensar os esforços realizados por cada município, DF e estado no alcance dos resultados.Acesse o caderno do IGDSUAS para mais informações. 4. Unidade 4 – Oportunidades de projetos socioassistenciais Objetivo de aprendizagem: Ao final desta unidade, você será capaz de reconhecer oportunidades de projetos na área da assistência social e ações municipais relacionadas. Os projetos na assistência social possuem natureza não continuada e existem para fortalecer serviços, programas e benefícios. A LOAS define, no art. 25, os projetos de enfrentamento da pobreza como a instituição de investimento econômico-social nos grupos populares, buscando subsidiar, financeira e tecnicamente, iniciativas que lhes garantam meios, capacidade produtiva e de gestão para melhoria das condições https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/Caderno_IGDSUAS.pdf Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 17 gerais de subsistência, elevação do padrão da qualidade de vida, preservação do meio ambiente e sua organização social. Os projetos mais comuns são os convênios ou parcerias, firmados entre entes públicos e entidades privadas, para a realização de um serviço ou uma atividade de assessoramento à gestão. Esses projetos podem prever a contratação de serviços de terceiros para capacitação ou desenvolvimento de alguma atividade técnica especializada, que não é coberta por funções de gestão administrativa, por exemplo. Entre os projetos realizados pelo governo federal, podemos exemplificar o Projeto da Operação Acolhida, em Roraima, que consiste no acolhimento e apoio à interiorização de imigrantes venezuelanos que ingressam ao Brasil em busca de refúgio ou assistência humanitária. Conheça a estratégia que já transformou a vida de 50 mil refugiados e migrantes venezuelanos no Brasil Há ainda os projetos de enfrentamento às situações de emergência ou de calamidades públicas, que se dedicam a prover, de forma imediata, necessidades básicas de sobrevivência, como a implantação de abrigos emergenciais e a proteção integral de pessoas desalojadas ou desabrigadas. Em contextos de emergência ou estado de calamidade pública, o governo federal pode disponibilizar recursos por meio de transferências fundo a fundo para a estruturação de respostas rápidas e pontuais nos territórios. Outras iniciativas de projetos podem ser firmadas por meio de editais de chamamento público para parcerias locais, seguindo o regramento do MROSC, para execução de fomento ou colaboração em âmbito municipal. Entenda o MROSC - Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil: Lei 13.019/2014 Há projetos de estruturação da rede socioassistencial que são realizados de forma a qualificar ofertas já existentes ou inovar em algum aspecto. Um exemplo disso é a modernização de computadores para o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos ou para o Programa Bolsa Família. Ambos os projetos https://www.acnur.org/portugues/2021/04/20/conheca-a-estrategia-que-ja-transformou-a-vida-de-50-mil-refugiados-e-migrantes-venezuelanos-no-brasil/ https://www.acnur.org/portugues/2021/04/20/conheca-a-estrategia-que-ja-transformou-a-vida-de-50-mil-refugiados-e-migrantes-venezuelanos-no-brasil/ https://antigo.plataformamaisbrasil.gov.br/noticias/entenda-o-mrosc-marco-regulatorio-das-organizacoes-da-sociedade-civil-lei-13-019-2014 https://antigo.plataformamaisbrasil.gov.br/noticias/entenda-o-mrosc-marco-regulatorio-das-organizacoes-da-sociedade-civil-lei-13-019-2014 18Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública visam a adquirir novos equipamentos em substituição aos itens defasados, com o objetivo de aprimorar programas existentes. Projetos de mobilização para enfrentamento de situações específicas são comuns, como de arrecadação de agasalhos e cobertores, em determinada época do ano, para serem doados a pessoas em situação de rua. Embora pareça uma ação social realizada por voluntariado ou assistencialismo, esse projeto deve integrar as ofertas do SUAS em complementaridade aos serviços continuados, com critérios de distribuição baseados em parâmetros democráticos e participativos. A aquisição de um veículo adaptado para uma APAE, que presta o Serviço de Proteção Especial para pessoas com deficiência, idosas e suas famílias, pode ser um projeto inovador. Outros exemplos de projeto: a aquisição de materiais de consumo, a contratação de serviços (pessoa física ou jurídica), entre outros. As obras de construção, ampliação, reforma, adaptação e adequação de unidades de oferta também são exemplos de projetos a serem desenvolvidos no SUAS. Em geral, projetos socioassistenciais são realizados de forma articulada com outras políticas públicas, na interseção de abrangência. Projetos que integram saúde, trabalho, habitação, emprego e renda, mobilidade urbana, esporte, lazer, segurança pública, são alguns exemplos. Cofinanciados com recursos federais e municipais/estaduais/distritais, os projetos realizam-se de acordo com os critérios e procedimentos estabelecidos na NOB/ SUAS e PNAS/SUAS. Normalmente, os projetos são cofinanciados com recursos provenientes de emendas parlamentares. 5. Unidade 5 – Parcerias com organizações da sociedade civil Objetivo de aprendizagem: Ao final desta unidade, você será capaz de reconhecer os procedimentos de realização de parcerias com organizações da sociedade civil. São muito diversificadas as oportunidades de atuação na assistência social. Não é apenas o poder público que possui atuação junto à questão social. A sociedade civil também tem um espaço de atuação. Os serviços, os programas e os projetos de assistência social no SUAS podem ser realizados por meio de organizações governamentais ou não governamentais. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 19 Organizações governamentais As secretarias e fundações a serviço do poder público que promovem a gestão pública do SUAS, que prestam serviços de proteção social básica e de proteção social especial nos municípios, nos estados e no Distrito Federal, que realizam a gestão orçamentária e financeira dos fundos, a gestão administrativa dos Conselhos e Comissões Intergestores, entre outras. Exemplos disso são os CRAS e os CREAS, unidades públicas administradas por representantes das Prefeituras ou dos Governos de Estado. Organizações não governamentais Também de interesse público, mas de natureza privada. Dentro desse grupo, há unidades que possuem em sua missão institucional o interesse lucrativo e há outras que não possuem. Estas são denominadas de Organizações da Sociedade Civil sem fins lucrativos (OSCs) ou entidades sociais. As OSCs existem por iniciativa da sociedade há muito mais tempo do que o SUAS. Elas já sofreram diversas reformulações e hoje estão estruturadas sob um regramento normativo que lhes assegura direitos decorrentes de ações desenvolvidas para a sociedade de forma integrada aos sistemas protetivos públicos. Esse regramento foi recentemente consolidado no Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil – MROSC (Lei nº 13.019/2014), que contém a normatização de parcerias que o poder público pode realizar com essas entidades. A assistência social dispõe de três camadas de reconhecimento das OSCs, as quais lhes posicionam em status diferentes para acesso a direitos e também deveres distintos. O infográfico a seguir apresenta essas diferenças. Principais direitos acessados por organizações da sociedade civil no SUAS, por 20Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública nível de reconhecimento: Inscrição no Conselho de Assistência Social municipal, estadual ou do Distrito Federal: Consiste no registro de suas previsões estatutárias, seu relatório de atividades e plano de ação, em conformidade com os regramentos definidos localmente. Essa etapa é decisiva na caracterização da natureza da entidade, pois é o Conselho quem analisa o pedido à luz dos normativos do SUAS e quem aprova (ou não) o pedido de inscrição. De posse da inscrição como oficialmente de assistência social,a OSC pode prosseguir com a oferta de serviços ou programas e, ainda, caso deseje, participar de decisões colegiadas no Conselho, mediante apresentação de candidato que represente a instituição para cumprimento de mandato eleitoral no Conselho, previsto para ocorrer a cada dois anos. Independentemente de participação ativa no Conselho, é importante destacar que todas as organizações inscritas estão sujeitas ao controle social por parte dos Conselhos. Isso quer dizer que poderão receber visitas, ser acompanhadas, fiscalizadas e, eventualmente, poderão receber recomendações para adequações de suas ofertas em conformidade com as normativas nacionais. Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 21 Cadastro Nacional de Entidades (CNEAS): Preenchido pelo gestor da assistência social municipal a partir de informações fornecidas pela OSC, tendo como pré-requisito a inscrição no Conselho. Nesse nível de reconhecimento, a entidade amplia sua forma de participação no SUAS. Uma vez cadastrada, está apta a pleitear as oportunidades de parcerias para a prestação de serviços ou programas afins à sua atividade principal. O acesso ao cadastro ocorre em sistema informatizado do governo federal, mediante preenchimento de login e senha a ser disponibilizada pelo Ministério da Cidadania. Essa senha é pessoal e intransferível. O CNEAS é uma exigência normativa para uma entidade receber recursos provenientes de emenda parlamentar. Só é importante destacar que o recurso não é repassado diretamente à entidade, mas na modalidade fundo a fundo, isto é, do Fundo Nacional de Assistência Social diretamente ao Fundo de Assistência Social do Município ou do Distrito Federal. Com esse modelo, cabe ao gestor local celebrar uma parceria (convênio, fomento ou colaboração) com a entidade, seguindo os normativos previstos no Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC) para execução do serviço ou programa, e então realizar o repasse devido. Certificado de Entidades Beneficentes de Assistência Social (CEBAS): Conhecido como certificado de filantropia, esse certificado é emitido pelo governo federal para entidades não governamentais que possuam atuação na assistência social, na educação ou na saúde (a entidade pode ter atuação em uma ou mais áreas). Caso a entidade exerça atuação em mais de uma área, ela deverá solicitar a sua certificação na área em que tiver maior gasto. Ou seja, se for um hospital que tenha uma creche pequena, a certificação deverá ser realizada pelo Ministério da Saúde. Se a organização for uma universidade com um pequeno ambulatório médico para atendimento comunitário, deverá procurar o Ministério da Educação. Por fim, se a entidade atuar principalmente em algum 22Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública serviço ou programa de assessoramento na assistência social, deverá solicitar a certificação para o Ministério da Cidadania. Esse certificado tem duração de dois anos e pode ser renovado mediante atualização de informações e avaliação do respectivo Ministério. Com essa certificação, a entidade pode pleitear junto à Receita Federal do Brasil isenções de impostos que oneram a sua folha de pagamento, o que representa uma forma de financiamento indireto da União perante a entidade. Uma vez certificada por um dos ministérios, não é necessário o ateste de outro ministério: a cobertura das isenções atinge a toda a entidade. Ou seja, se ela for mista, a certificação terá efeito sobre todas as áreas de atuação. Para maiores informações sobre o preenchimento do CNEAS, acesse: http://mds.gov.br/assuntos/assistencia-social/entidade- de-assistencia-social/cadastro-nacional-de-entidades-de- assistencia-social-2013-cneas. O Certificado de Entidades Beneficentes de Assistência Social (CEBAS), conhecido como Certificado de Filantropia, embora tenha o nome beneficente e remeta, ao menos no senso comum, à filantropia, é uma forma de reconhecimento público do Estado Brasileiro perante a atuação de entidades da sociedade civil na provisão de direitos essenciais à população, tais como o direito à saúde, o direito à educação e o direito à assistência social. Por isso, é importante que você, gestor, apoie as entidades de seu território com iniciativas do tipo: - Estruturação dos conselhos de assistência social para que estes realizem as inscrições das entidades de forma satisfatória, como a garantia de espaço físico para as atividades, de profissionais, insumos, recursos para realização de visitas de avaliação e fiscalização, apoio na realização de reuniões ordinárias, apoio no processo eleitoral de conselheiros representantes da sociedade civil, apoio à participação social, entre outras ações. - Apoio na prestação dessas ofertas das entidades, na regularização documental, na inclusão dos profissionais em programas de educação permanente do SUAS de sua cidade, na divulgação de oportunidades de editais de chamamento público para oportunidades de financiamento, entre outros; http://mds.gov.br/assuntos/assistencia-social/entidade-de-assistencia-social/cadastro-nacional-de-entidades-de-assistencia-social-2013-cneas http://mds.gov.br/assuntos/assistencia-social/entidade-de-assistencia-social/cadastro-nacional-de-entidades-de-assistencia-social-2013-cneas http://mds.gov.br/assuntos/assistencia-social/entidade-de-assistencia-social/cadastro-nacional-de-entidades-de-assistencia-social-2013-cneas Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 23 - Preenchimento das informações da entidade nos sistemas de informação do SUAS, a exemplo do CNEAS, do Censo SUAS, do CadSUAS. - Fomento a parcerias que envolvam repasses de recursos, incluindo o apoio técnico para que as entidades possam gerir adequadamente os recursos, em conformidade com as normativas e em cumprimento às suas atividades finalísticas. - Estímulo à participação dessas organizações no planejamento e na avaliação de programas, projetos, serviços e benefícios do SUAS. 4. Referências BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social. Norma Operacional Básica NOB/SUAS. Brasília: CNAS, 2005. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social. Política Nacional de Assistência Social PNAS / 2004, Norma Operacional Básica NOB/SUAS. Brasília: MDS, 2005. Disponível em: http://www. mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Normativas/PNAS2004.pdf. Acesso em: 4 out. 2021. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Conselho Nacional de Assistência Social. Resolução CNAS nº 33, de 12 de setembro de 2012. Aprova a Norma Operacional Básica do Sistema Único de Assistência Social - NOB/SUAS. Brasília: CNAS, 2012. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social. Política Nacional de Educação Permanente do SUAS – PNEP/ SUAS. 1. ed. Brasília: MDS, 2013. BRASIL. 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Acesso em: 4 out. 2021. 26Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 1993. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8742.htm. Acesso em: 4 out. 2021. BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 2003. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.741.htm. Acesso em: 4 out. 2021. CAMARANO, A. A. (org.). Muito além dos 60. Rio de Janeiro: Ipea, 1999. CAMARANO, A. A.; MELLO, J. L.; KANSO, S. Famílias brasileiras: mudanças e continuidade. In: Situação social brasileira. Brasília: Ipea, 2009. pp. 27-44. CAMARANO, A. A. (org.). 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Estabelece o regime jurídico das parcerias entre a administração pública e as organizações da sociedade civil, em regime de mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco, mediante a execução de atividades ou de projetos previamente estabelecidos em planos de trabalho inseridos em termos de colaboração, em termos de fomento ou em acordos de cooperação; define diretrizes para a política de fomento, de colaboração e de cooperação com organizações da sociedade civil; e altera as Leis nºs 8.429, de 2 de junho de 1992, e 9.790, de 23 de março de 1999. Brasília: Presidência da República, 2014. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/ l13019. htm. Acesso em: 4 out. 2021
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