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Módulo 3 - Assistência social na prática - Políticas Públicas de Assistência Social

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3Módulo
Políticas Públicas
de Assistência Social
Políticas Públicas Setorias
Enap, 2021
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Desenvolvimento Profissional
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Desenvolvimento Profissional
Conteudista 
Mariana de Sousa Machado Neris (Conteudista, 2021).
1. Unidade 1 – Principais programas da assistência social .................................5
2. Unidade 2 – Benefícios da assistência social .................................................. 11
3. Unidade 3 – Serviços socioassistenciais tipificados .......................................14
4. Unidade 4 – Oportunidades de projetos socioassistenciais .........................16
5. Unidade 5 – Parcerias com organizações da sociedade civil.........................18
4. Referências ......................................................................................................... 23
Sumário
4Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 5
 Módulo
Assistência social
na prática3
1. Unidade 1 – Principais programas da assistência social
Objetivo de aprendizagem:
Ao final desta unidade, você será capaz de caracterizar os objetivos da Política Ao final 
desta unidade, você será capaz de detalhar os principais programas relacionados ao 
campo socioassistencial e sua relação com a gestão municipal. 
Na prática, a assistência social é conhecida a partir das suas provisões, das suas 
entregas, dos seus benefícios voltados diretamente à população. Apesar do senso 
comum assim a consolidar (a partir da concretização do direito), é fundamental nos 
lembrarmos de que há elementos invisíveis que estruturam esse sistema protetivo, 
que é organizado, descentralizado, que distribui responsabilidades entre os entes, 
compromissos entre poder público e sociedade civil, e é regido por critérios 
republicanos e universais de participação e controle social.
 Agora convidamos você a conhecer alguns dos principais programas, serviços, 
projetos e benefícios que traduzem a proteção socioassistencial a famílias e 
indivíduos em situação de vulnerabilidade e risco.
Principais programas na assistência social
 Você já deve ter ouvido falar em programas, certo? Na assistência social, os 
programas são conhecidos por integrarem a rede SUAS de forma complementar 
aos serviços. Em teoria, os programas são ações que possuem início, meio e fim, 
e tendem a responder a objetivos claramente definidos, em geral, voltados ao 
enfrentamento da pobreza, de práticas violadoras de direitos, ou mesmo de 
promoção da autonomia e da participação social.
6Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
A LOAS, em seu artigo 24, define os programas de assistência 
social:
“Art. 24. Os programas de assistência social compreendem ações 
integradas e complementares com objetivos, tempo e área de 
abrangência definidos para qualificar, incentivar e melhorar os 
benefícios e os serviços assistenciais.
§ 1º Os programas de que trata este artigo serão definidos pelos 
respectivos Conselhos de Assistência Social, obedecidos os 
objetivos e princípios que regem esta lei, com prioridade para a 
inserção profissional e social.
§ 2o Os programas voltados para o idoso e a integração da pessoa 
com deficiência serão devidamente articulados com o benefício 
de prestação continuada estabelecido no art. 20 desta Lei. 
São programas importantes para a assistência social:
a) Programa Bolsa Família – PBF: é um programa de complementação de renda 
a famílias em situação de pobreza e extrema pobreza. O objetivo é proporcionar 
segurança alimentar e nutricional, segurança de renda, de autonomia, de 
sobrevivência a riscos, combate à pobreza e à privação. Além disso, o PBF promove 
o acesso à rede de serviços públicos, como saúde, educação, segurança alimentar e 
assistência social.
Por meio do Cadastro Único dos Programas Sociais (CadÚnico), 
um sistema informatizado que coleta as informações prestadas 
pelo agente público que o opera, é feito o registro da família. A 
partir dessas informações, é realizada a avaliação de composição 
da renda e de outros fatores de vulnerabilidade que podem 
indicar o encaminhamento para algum serviço de proteção do 
SUAS ou de outras políticas setoriais. O Centro de Referência 
da Assistência Social (CRAS), ou outra unidade no município ou 
Distrito Federal que realize o CadÚnico, presta atendimento e 
informações à família, que receberá em sua residência um cartão 
para saque do benefício mensalmente, sem intermediários, por 
depósito bancário realizado em cartão magnético fornecido pela 
Caixa Econômica Federal.
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 7
Para permanecer no PBF, a família deve cumprir algumas 
condicionalidades, isto é, deve possuir o perfil de renda 
permanência, cumprir as metas de saúde e de educação e manter 
o seu cadastro sempre atualizado.
São atendidas pelo Programa Bolsa Família quase 14 milhões de 
famílias com os seguintes patamares de renda (Fonte: BRASIL, 
2021): 
– todas as famílias com renda por pessoa de até R$ 89,00 mensais 
(famílias em situação de extrema pobreza);
– famílias com renda por pessoa entre R$ 89,01 e R$ 178,00 mensais, 
desde que tenham crianças ou adolescentes de 0 a 17 anos 
(famílias em situação de pobreza com crianças e adolescentes).
b) Programa Criança Feliz – PCF: de caráter intersetorial, tem a finalidade de promover 
o desenvolvimento integral das crianças na primeira infância, considerando sua 
família e seu contexto de vida. Sua principal ação é a realização de visitas domiciliares 
diretamente na residência da família incluída no programa. Essas visitas fortalecem 
os vínculos e as competências da família para o cuidado das crianças, além de 
promoverem intervenções singulares, pertinentes a cada realidade. Para aderir ao 
Programa Criança Feliz, acesse: https://aplicacoes.mds.gov.br/snas/termoaceite/
crianca_feliz_2016/index.php
De acordo com informações do Ministério da Cidadania, o 
Programa Criança Feliz está presente em todas as unidades da 
federação, em aproximadamente 1.000 municípios (2021). São 
público prioritário do programa: gestantes, crianças de até 3 (três) 
anos e suas famílias beneficiárias do Bolsa Família; crianças de 
até 6 (seis) anos e suas famílias beneficiárias do BPC; e crianças 
de até 6 (seis) anos afastadas do convívio familiar em razão da 
aplicação de medida protetiva prevista no Estatuto da Criança e 
do Adolescente.
O investimento na primeira infância tem base em estudos 
científicos que levaram James Heckman à premiação do Nobel de 
Economia. Segundo o pesquisador, o investimento na primeira 
infância é uma estratégia eficaz para o crescimento econômico. 
Isso porque, na etapa entre o nascimento e os cinco anos de idade, 
o cérebro se desenvolve rapidamente e é mais maleável. Assim, 
https://aplicacoes.mds.gov.br/snas/termoaceite/crianca_feliz_2016/index.php
https://aplicacoes.mds.gov.br/snas/termoaceite/crianca_feliz_2016/index.php
8Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
é mais fácil incentivar habilidades cognitivas e de personalidade 
necessárias ao sucesso na escola, na saúde, na carreira e na vida.
c) Programa BPC na escola: tem como objetivo a inclusão e a permanência na escola 
de crianças com deficiência beneficiárias do Benefício de Prestação Continuada 
(BPC), em idade escolar. Por meio de ações intersetoriais envolvendo a União, os 
estados, os municípios e o Distrito Federal, é possível identificar barreiras que 
impedem ou dificultam o acesso e a permanência de crianças e adolescentes com 
deficiência na escola.
Podem ser encontradas barreiras físicas, de comunicação, 
como a ausência de acessibilidade (uma rampa, um programa 
de computador, um intérprete de libras, entre outros), como 
também barreiras atitudinais, ou seja, a própria família ou a 
criança não acredita que seja capaz deaprender e de se socializar 
na escola.
Com esse diagnóstico, obtido por meio de questionário aplicado 
pela assistência social em visitas à residência dos beneficiários, 
são acionadas as demais políticas setoriais com vistas à superação 
dos fatores que levam à exclusão educacional. 
d) Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – Peti: de caráter intersetorial, 
tem como objetivo contribuir para a retirada de crianças e adolescentes com idade 
inferior a 16 anos em situação de trabalho, ressalvada a condição de aprendiz, a 
partir de 14 anos. 
Campanha do Dia Mundial contra o Trabalho Infantil
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 9
Cabe ressaltar que houve um redesenho metodológico do 
programa, no qual as conhecidas “jornadas ampliadas” 
foram substituídas por acesso aos Serviços de Convivência 
e Fortalecimento de Vínculos (SCFV). Além disso, as famílias 
passaram a integrar o Serviço de Proteção Especializado a Famílias 
e Indivíduos (PAEFI), ofertados pelos Centros de Referência 
Especializados de Assistência Social, com vistas a um atendimento 
especializado e contínuo. A bolsa-Peti, o componente de renda 
que era transferido às famílias por ocasião da exploração do 
trabalho infantil, foi extinta, e o acesso ao componente de renda 
para a família ocorre por intermédio do Programa Bolsa Família.
O Observatório da Prevenção e da Erradicação do Trabalho 
Infantil traz informações detalhadas sobre o tema por município: 
https://smartlabbr.org/trabalhoinfantil.
O Brasil ratificou a Convenção 182 da OIT, que trata das piores 
formas de trabalho infantil, e, em 2008, divulgou a lista das piores 
formas de trabalho infantil – Lista TIP, com o detalhamento de 93 
formas de trabalho que prejudicam o desenvolvimento infantil. 
Entre as piores formas, são destacadas as quatro mais graves:
I - todas as formas de escravidão ou práticas análogas, tais como 
venda ou tráfico, cativeiro ou sujeição por dívida, servidão, 
trabalho forçado ou obrigatório;
II - a utilização, demanda, oferta, tráfico ou aliciamento para 
fins de exploração sexual comercial, produção de pornografia ou 
atuações pornográficas;
III - a utilização, recrutamento e oferta de adolescente para outras 
atividades ilícitas, particularmente para a produção e tráfico de 
drogas; e
IV - o recrutamento forçado ou compulsório de adolescente para 
ser utilizado em conflitos armados. 
https://smartlabbr.org/trabalhoinfantil
10Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
É compromisso de todo gestor combater todas as formas de 
trabalho infantil, sejam elas leves ou graves, igualmente danosas 
para o desenvolvimento infantil. As exceções são os trabalhos 
realizados a partir dos 16 anos, ou aos 14, dentro de programas 
regulares de aprendizagem, desde que não sejam perigosos ou 
degradantes para os adolescentes. Em seu município, desenvolva 
campanhas, mobilizações, capacitações, entre outras iniciativas, 
que proporcionem essa mudança de cultura.
e) Programa Nacional de Capacitação do SUAS – Capacita SUAS: integra a Política 
Nacional de Educação Permanente do SUAS e objetiva promover a capacitação 
de profissionais que atuam diretamente nos territórios. É coordenado em âmbito 
nacional pelo Ministério da Cidadania em parceria com os governos estaduais por 
meio da rede de Instituições de Ensino Superior. Visa a oportunizar a gestores, 
trabalhadores e conselheiros da assistência social o acesso à qualificação, aos 
conhecimentos, aos conteúdos atualizados, desenvolvendo habilidades e atitudes 
essenciais ao desempenho de suas atribuições.
f) Programa Acessuas Trabalho: visa a promover a integração dos usuários da 
assistência social no mundo do trabalho, a partir da mobilização e do encaminhamento 
para cursos de qualificação profissional e inclusão produtiva. São prioritários para 
ingresso no Acessuas populações urbanas em situação de vulnerabilidade e risco 
social, residentes em municípios integrantes do Programa, com idade mínima de 16 
anos, com prioridade para usuários de serviços, projetos, programas de transferência 
de renda e benefícios socioassistenciais.
Para mais informações sobre o Acessuas Trabalho, acesse: http://
www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/brasil_sem_miseria/
Acessuas.pdf.
Ações da gestão municipal na assistência social – programas 
Todos os programas nacionais divulgados anteriormente dispõem de abrangência 
municipal. Cada qual com suas regras específicas e finalidades e com a dimensão de 
fortalecer e apoiar a oferta de serviços continuados.
http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/brasil_sem_miseria/Acessuas.pdf
http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/brasil_sem_miseria/Acessuas.pdf
http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/brasil_sem_miseria/Acessuas.pdf
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 11
Os programas nacionais não inviabilizam a criação de programas 
de abrangência local ou regional. O que deve ser observado, além 
do caráter complementar, é a sua relação de convergência com 
os princípios e as diretrizes do SUAS.
Por exemplo, há programas de complementação de renda por meio da destinação de 
cartões de alimentação para pessoas em situação de baixa renda em determinadas 
cidades. Há ainda outros tipos de programa que visam a apoiar populações e grupos 
populacionais tradicionais específicos, que devem ser regulamentados de forma 
local, como o programa de atenção às marisqueiras, o programa de assessoramento 
e prevenção de violações de direitos no campo, entre outros. 
2. Unidade 2 – Benefícios da assistência social
Objetivo de aprendizagem:
Ao final desta unidade, você será capaz de detalhar benefícios socioassistenciais e 
sua relação com a gestão municipal. 
Olá, Prefeito! Olá, Prefeita! Vocês com certeza já ouviram falar no BPC-LOAS, certo? 
Pois então, esse é um benefício assistencial, integrante da proteção social básica 
do SUAS. Os benefícios surgem como direito constitucional, classificados como 
benefícios continuados ou benefícios eventuais, com finalidades e abrangência 
distintas. Podem ser concedidos em forma de pecúnia, ou seja, em valores 
monetários, ou entregues na forma de serviços e bens.
Vamos assistir agora à entrevista que Mariana Neris, assistente social e atual 
Secretária Nacional de Proteção Global do MMFDH, fez com o Diretor de Benefícios 
do Ministério da Cidadania, André Rodrigues Veras. Eles conversaram sobre os 
tipos de benefícios na assistência social, suas diferenças e como acessá-los no seu 
município. Acompanhem!
Vídeo 3 - Benefícios na assistência social
 https://cdn.evg.gov.br/cursos/490_EVG/videos/modulo03_video04.mp4
https://cdn.evg.gov.br/cursos/490_EVG/videos/modulo03_video04.mp4
12Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Embora seja operacionalizado pelo Instituto Nacional do 
Seguro Social (INSS), o BPC é um benefício assistencial – e não 
previdenciário – de natureza não contributiva, ou seja, não há 
exigência de contribuição por parte do beneficiário.
Uma característica do BPC é o aspecto compensatório em 
virtude das vulnerabilidades agravadas pela deficiência ou 
idade avançada que possam influenciar no grau de autonomia 
ou de participação na vida social. Tais barreiras podem ser tão 
determinantes para a vida dessas pessoas que o risco de não 
sobrevivência se torna elevado sem esse suporte de renda.
O requerimento do BPC é realizado nas Agências da Previdência 
Social (APS) ou pelos canais de atendimento do INSS: pelo telefone 
135 (ligação gratuita) ou pelo site ou aplicativo de celular (Meu 
INSS): https://meu.inss.gov.br/central/#/login.
O BPC é reconhecido nacional e internacionalmente como 
uma importante conquista de direitos no campo da proteção 
social no Brasil. Esse benefício apresenta-se como uma solução 
vital para os beneficiários e suas famílias, em grande medida, 
por proporcionar ao conjunto familiar segurança de renda e 
de sobrevivência. É por meio desse benefício que se garante o 
consumo de bens básicos de alimentação,acesso a tratamentos 
de saúde, custeio de moradia, entre outros, além de se constituir 
como uma estratégia de fortalecimento de vínculos familiares, 
evitando o abandono e a violência doméstica. 
Assista ao vídeo institucional sobre o BPC, com tradução para 
Libras.
Embora seja operacionalizado pelo Instituto Nacional do 
Seguro Social (INSS), o BPC é um benefício assistencial – e não 
https://meu.inss.gov.br/central/#/login
https://www.youtube.com/watch?v=YbHmljEtGb0
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 13
previdenciário – de natureza não contributiva, ou seja, não há 
exigência de contribuição por parte do beneficiário.
O BPC não gera renda apenas para a família, mas promove também o desenvolvimento 
econômico em seu município. A renda do benefício gera consumo, o que movimenta 
o comércio local. Portanto, apoie e incentive as ações voltadas à qualidade de vida 
de idosos e de pessoas com deficiência em seu município!
A regulamentação dos benefícios eventuais e a organização 
do atendimento aos beneficiários são responsabilidade dos 
municípios e do Distrito Federal, os quais devem observar os 
critérios e prazos estabelecidos pelos respectivos Conselhos 
de Assistência Social. Os estados são responsáveis pelo 
cofinanciamento dos benefícios eventuais e pelo apoio técnico 
junto aos municípios. 
Para solicitar o benefício eventual, o cidadão deve procurar 
as unidades da assistência social no município ou no Distrito 
Federal. A oferta desses benefícios também pode ocorrer por 
meio de identificação de indivíduos e famílias em situação 
de vulnerabilidade nos atendimentos feitos pelas equipes da 
assistência social. 
• E o que não são benefícios eventuais?
Não são benefícios eventuais as provisões que visam a atender a vulnerabilidades 
cotidianas, previsíveis, e também os itens sob a responsabilidade de outras políticas 
sociais, como saúde, educação, habitação, segurança alimentar e nutricional e 
outras políticas setoriais. Dessa forma, respostas continuadas a situações cotidianas 
e previsíveis ou de outras políticas devem ser planejadas e encaminhadas para 
suas respectivas políticas, uma vez que os benefícios eventuais devem ser restritos 
somente às respostas da assistência social para situações excepcionais.
Vale ressaltar, nessa direção, a Resolução CNAS nº 39, de 9 de dezembro de 2010, que 
dispõe expressamente que órteses, próteses (aparelhos ortopédicos e dentaduras, 
por exemplo), cadeiras de rodas, muletas, óculos, medicamentos, pagamento de 
exames médicos, apoio financeiro para tratamento de saúde fora do município, 
transporte de doentes, leites e dietas de prescrição especial, fraldas descartáveis, 
bem como outros itens, não são benefícios eventuais.
14Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
3. Unidade 3 – Serviços socioassistenciais tipificados
Objetivo de aprendizagem:
Ao final desta unidade, você será capaz de caracterizar os serviços socioassistenciais 
tipificados pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS).
É muito importante que se compreendam as diferenças de serviços na assistência 
social, porque possuem objetivos e características distintas. Os serviços são 
diferenciados entre de proteção social básica e de proteção social especial (média 
e alta complexidades). Vamos assistir ao vídeo que aborda a tipificação nacional de 
serviços socioassistenciais caracterizando cada serviço? 
Vídeo 4 - Tipificação nacional de serviços socioassistenciais caracterizando cada 
serviço
 https://cdn.evg.gov.br/cursos/490_EVG/videos/modulo03_video04.mp4
A atenção na proteção social especial tem como objetivo principal 
contribuir para a prevenção de agravamentos e potencialização 
de recursos para a reparação de situações que envolvam 
risco pessoal e social, violência, fragilização e rompimento 
de vínculos familiares, comunitários e/ou sociais. Entre as 
situações abordadas, encontram-se: violência física, psicológica 
e negligência; abandono; violência sexual; situação de rua; 
trabalho infantil; cumprimento de medidas socioeducativas em 
meio aberto; afastamento do convívio familiar, entre outras.
O Centro de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS) é definido 
como “a unidade pública de abrangência e gestão municipal, estadual ou regional, 
destinada à prestação de serviços a indivíduos e famílias que se encontram em 
situação de risco pessoal ou social, por violação de direitos ou contingência, que 
demandam intervenções especializadas da proteção social especial”. Com interface 
com as demais políticas públicas, tem função de articulação, coordenação e oferta 
de serviços, programas, projetos e benefícios da assistência social.
São usuários do Serviço de Proteção e Atendimento Especializado 
a Famílias e Indivíduos (PAEFI): famílias e indivíduos que por 
https://cdn.evg.gov.br/cursos/490_EVG/videos/modulo03_video04.mp4
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 15
ocorrência de: violência física, psicológica e negligência; violência 
sexual: abuso e/ou exploração sexual; afastamento do convívio 
familiar devido à aplicação de medidas socioeducativas ou medidas 
de proteção; tráfico de pessoas; situação de rua e mendicância; 
abandono; vivência de trabalho infantil; discriminação em 
decorrência da orientação sexual e/ou raça/etnia; outras formas 
de violação de direitos decorrentes de discriminação/submissões 
a situações que provocam danos e agravos à sua condição de vida 
e os impedem de usufruir autonomia e bem-estar. 
 
Ações da gestão municipal na assistência social – serviços
Agora que você conhece as previsões de serviços tipificados na assistência social, é 
possível realizar uma gestão que tenha como prioridade a manutenção, a qualificação, 
a estruturação e o fortalecimento dessa rede protetiva. Você, Prefeito, já deve ter 
conhecimento sobre as estruturas de oferta existentes em seu município. Se ainda 
não conhece, pode conhecer todas as unidades e serviços ofertados por meio de 
consulta ao Relatório de Informações Sociais de seu município, por meio deste link 
https://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/RIv3/geral/index.php.
É essencial que as informações e os dados sobre os serviços e unidades de atendimento, 
sejam elas públicas ou executadas por entidades da rede socioassistencial, estejam 
atualizadas no Cadastro das Unidades do SUAS (CADSUAS).
https://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/RIv3/geral/index.php
16Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
IGDSUAS 
Outro aspecto de grande relevância para a sua gestão é a oportunidade de demonstrar 
uma boa execução dessas ofertas por meio de informações prestadas no Censo SUAS. 
Com o preenchimento de formulários específicos sobre as unidades prestadoras 
de serviços, é possível estabelecer indicadores que sinalizam a qualidade da oferta 
realizada. São esses indicadores que compõem o Índice de Gestão Descentralizada 
do SUAS (IGDSUAS), que sinalizam o percentual de desempenho da gestão na 
implementação, execução e monitoramento dos serviços, programas, projetos e 
benefícios de assistência social, bem como na articulação intersetorial. Ao mesmo 
tempo, visa a incentivar a obtenção de resultados positivos na gestão e o alcance de 
patamares de qualidade do sistema.
De acordo com o desempenho obtido no município, é estabelecido um valor de 
referência para repasse por meio da modalidade fundo a fundo a título de incentivo 
para o aprimoramento da gestão do SUAS em âmbito local.
O IGDSUAS é um índice que varia de 0 (zero) a 1 (um). Quanto 
mais próximo de 1 estiver o índice, melhor será o desempenho da 
gestão e maior poderá ser o valor do apoio financeiro repassado 
aos entes como forma de incentivo ao aprimoramento da gestão, 
respeitando o teto orçamentário e financeiro. As variáveis 
selecionadas para composição do índice apontam aos gestores 
quais aspectos da gestão precisam ser melhorados, e o repasse 
visa a recompensar os esforços realizados por cada município, DF 
e estado no alcance dos resultados.Acesse o caderno do IGDSUAS para mais informações.
4. Unidade 4 – Oportunidades de projetos socioassistenciais
Objetivo de aprendizagem:
Ao final desta unidade, você será capaz de reconhecer oportunidades de projetos na 
área da assistência social e ações municipais relacionadas.
Os projetos na assistência social possuem natureza não continuada e existem para 
fortalecer serviços, programas e benefícios. A LOAS define, no art. 25, os projetos 
de enfrentamento da pobreza como a instituição de investimento econômico-social 
nos grupos populares, buscando subsidiar, financeira e tecnicamente, iniciativas que 
lhes garantam meios, capacidade produtiva e de gestão para melhoria das condições 
https://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/Cadernos/Caderno_IGDSUAS.pdf
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 17
gerais de subsistência, elevação do padrão da qualidade de vida, preservação do 
meio ambiente e sua organização social. 
Os projetos mais comuns são os convênios ou parcerias, firmados entre entes 
públicos e entidades privadas, para a realização de um serviço ou uma atividade de 
assessoramento à gestão. Esses projetos podem prever a contratação de serviços 
de terceiros para capacitação ou desenvolvimento de alguma atividade técnica 
especializada, que não é coberta por funções de gestão administrativa, por exemplo.
Entre os projetos realizados pelo governo federal, podemos 
exemplificar o Projeto da Operação Acolhida, em Roraima, que 
consiste no acolhimento e apoio à interiorização de imigrantes 
venezuelanos que ingressam ao Brasil em busca de refúgio ou 
assistência humanitária. 
Conheça a estratégia que já transformou a vida de 50 mil 
refugiados e migrantes venezuelanos no Brasil
Há ainda os projetos de enfrentamento às situações de emergência ou de calamidades 
públicas, que se dedicam a prover, de forma imediata, necessidades básicas de 
sobrevivência, como a implantação de abrigos emergenciais e a proteção integral 
de pessoas desalojadas ou desabrigadas. Em contextos de emergência ou estado 
de calamidade pública, o governo federal pode disponibilizar recursos por meio de 
transferências fundo a fundo para a estruturação de respostas rápidas e pontuais 
nos territórios.
Outras iniciativas de projetos podem ser firmadas por meio de editais de chamamento 
público para parcerias locais, seguindo o regramento do MROSC, para execução de 
fomento ou colaboração em âmbito municipal.
Entenda o MROSC - Marco Regulatório das Organizações da 
Sociedade Civil: Lei 13.019/2014 
Há projetos de estruturação da rede socioassistencial que são 
realizados de forma a qualificar ofertas já existentes ou inovar 
em algum aspecto. Um exemplo disso é a modernização de 
computadores para o Serviço de Convivência e Fortalecimento 
de Vínculos ou para o Programa Bolsa Família. Ambos os projetos 
https://www.acnur.org/portugues/2021/04/20/conheca-a-estrategia-que-ja-transformou-a-vida-de-50-mil-refugiados-e-migrantes-venezuelanos-no-brasil/
https://www.acnur.org/portugues/2021/04/20/conheca-a-estrategia-que-ja-transformou-a-vida-de-50-mil-refugiados-e-migrantes-venezuelanos-no-brasil/
https://antigo.plataformamaisbrasil.gov.br/noticias/entenda-o-mrosc-marco-regulatorio-das-organizacoes-da-sociedade-civil-lei-13-019-2014
https://antigo.plataformamaisbrasil.gov.br/noticias/entenda-o-mrosc-marco-regulatorio-das-organizacoes-da-sociedade-civil-lei-13-019-2014
18Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
visam a adquirir novos equipamentos em substituição aos itens 
defasados, com o objetivo de aprimorar programas existentes.
Projetos de mobilização para enfrentamento de situações 
específicas são comuns, como de arrecadação de agasalhos e 
cobertores, em determinada época do ano, para serem doados 
a pessoas em situação de rua. Embora pareça uma ação social 
realizada por voluntariado ou assistencialismo, esse projeto 
deve integrar as ofertas do SUAS em complementaridade aos 
serviços continuados, com critérios de distribuição baseados em 
parâmetros democráticos e participativos.
A aquisição de um veículo adaptado para uma APAE, que presta o 
Serviço de Proteção Especial para pessoas com deficiência, idosas 
e suas famílias, pode ser um projeto inovador. Outros exemplos 
de projeto: a aquisição de materiais de consumo, a contratação 
de serviços (pessoa física ou jurídica), entre outros. As obras 
de construção, ampliação, reforma, adaptação e adequação de 
unidades de oferta também são exemplos de projetos a serem 
desenvolvidos no SUAS. 
Em geral, projetos socioassistenciais são realizados de forma articulada com outras 
políticas públicas, na interseção de abrangência. Projetos que integram saúde, 
trabalho, habitação, emprego e renda, mobilidade urbana, esporte, lazer, segurança 
pública, são alguns exemplos.
Cofinanciados com recursos federais e municipais/estaduais/distritais, os projetos 
realizam-se de acordo com os critérios e procedimentos estabelecidos na NOB/
SUAS e PNAS/SUAS. Normalmente, os projetos são cofinanciados com recursos 
provenientes de emendas parlamentares.
5. Unidade 5 – Parcerias com organizações da sociedade civil
Objetivo de aprendizagem:
Ao final desta unidade, você será capaz de reconhecer os procedimentos de realização 
de parcerias com organizações da sociedade civil.
São muito diversificadas as oportunidades de atuação na assistência social. Não é 
apenas o poder público que possui atuação junto à questão social. A sociedade civil 
também tem um espaço de atuação. 
Os serviços, os programas e os projetos de assistência social no SUAS podem ser 
realizados por meio de organizações governamentais ou não governamentais.
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 19
Organizações governamentais
As secretarias e fundações a serviço do poder público que 
promovem a gestão pública do SUAS, que prestam serviços de 
proteção social básica e de proteção social especial nos municípios, 
nos estados e no Distrito Federal, que realizam a gestão 
orçamentária e financeira dos fundos, a gestão administrativa 
dos Conselhos e Comissões Intergestores, entre outras. Exemplos 
disso são os CRAS e os CREAS, unidades públicas administradas 
por representantes das Prefeituras ou dos Governos de Estado.
Organizações não governamentais
Também de interesse público, mas de natureza privada. 
Dentro desse grupo, há unidades que possuem em sua missão 
institucional o interesse lucrativo e há outras que não possuem. 
Estas são denominadas de Organizações da Sociedade Civil sem 
fins lucrativos (OSCs) ou entidades sociais.
As OSCs existem por iniciativa da sociedade há muito mais 
tempo do que o SUAS. Elas já sofreram diversas reformulações 
e hoje estão estruturadas sob um regramento normativo que 
lhes assegura direitos decorrentes de ações desenvolvidas para 
a sociedade de forma integrada aos sistemas protetivos públicos. 
Esse regramento foi recentemente consolidado no Marco 
Regulatório das Organizações da Sociedade Civil – MROSC (Lei 
nº 13.019/2014), que contém a normatização de parcerias que o 
poder público pode realizar com essas entidades. 
 A assistência social dispõe de três camadas de reconhecimento das OSCs, as quais 
lhes posicionam em status diferentes para acesso a direitos e também deveres 
distintos. O infográfico a seguir apresenta essas diferenças.
Principais direitos acessados por organizações da sociedade civil no SUAS, por 
20Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
nível de reconhecimento:
Inscrição no Conselho de Assistência Social municipal, estadual 
ou do Distrito Federal:
Consiste no registro de suas previsões estatutárias, seu 
relatório de atividades e plano de ação, em conformidade com 
os regramentos definidos localmente. Essa etapa é decisiva na 
caracterização da natureza da entidade, pois é o Conselho quem 
analisa o pedido à luz dos normativos do SUAS e quem aprova 
(ou não) o pedido de inscrição. De posse da inscrição como 
oficialmente de assistência social,a OSC pode prosseguir com a 
oferta de serviços ou programas e, ainda, caso deseje, participar 
de decisões colegiadas no Conselho, mediante apresentação de 
candidato que represente a instituição para cumprimento de 
mandato eleitoral no Conselho, previsto para ocorrer a cada dois 
anos. Independentemente de participação ativa no Conselho, é 
importante destacar que todas as organizações inscritas estão 
sujeitas ao controle social por parte dos Conselhos. Isso quer 
dizer que poderão receber visitas, ser acompanhadas, fiscalizadas 
e, eventualmente, poderão receber recomendações para 
adequações de suas ofertas em conformidade com as normativas 
nacionais.
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 21
Cadastro Nacional de Entidades (CNEAS):
Preenchido pelo gestor da assistência social municipal a partir 
de informações fornecidas pela OSC, tendo como pré-requisito a 
inscrição no Conselho. Nesse nível de reconhecimento, a entidade 
amplia sua forma de participação no SUAS. Uma vez cadastrada, 
está apta a pleitear as oportunidades de parcerias para a prestação 
de serviços ou programas afins à sua atividade principal. O acesso 
ao cadastro ocorre em sistema informatizado do governo federal, 
mediante preenchimento de login e senha a ser disponibilizada 
pelo Ministério da Cidadania. Essa senha é pessoal e intransferível. 
O CNEAS é uma exigência normativa para uma entidade receber 
recursos provenientes de emenda parlamentar. Só é importante 
destacar que o recurso não é repassado diretamente à entidade, 
mas na modalidade fundo a fundo, isto é, do Fundo Nacional de 
Assistência Social diretamente ao Fundo de Assistência Social do 
Município ou do Distrito Federal. Com esse modelo, cabe ao gestor 
local celebrar uma parceria (convênio, fomento ou colaboração) 
com a entidade, seguindo os normativos previstos no Marco 
Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC) para 
execução do serviço ou programa, e então realizar o repasse 
devido.
Certificado de Entidades Beneficentes de Assistência Social 
(CEBAS):
Conhecido como certificado de filantropia, esse certificado é 
emitido pelo governo federal para entidades não governamentais 
que possuam atuação na assistência social, na educação ou na 
saúde (a entidade pode ter atuação em uma ou mais áreas). Caso a 
entidade exerça atuação em mais de uma área, ela deverá solicitar 
a sua certificação na área em que tiver maior gasto. Ou seja, se 
for um hospital que tenha uma creche pequena, a certificação 
deverá ser realizada pelo Ministério da Saúde. Se a organização 
for uma universidade com um pequeno ambulatório médico 
para atendimento comunitário, deverá procurar o Ministério da 
Educação. Por fim, se a entidade atuar principalmente em algum 
22Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública
serviço ou programa de assessoramento na assistência social, 
deverá solicitar a certificação para o Ministério da Cidadania. Esse 
certificado tem duração de dois anos e pode ser renovado mediante 
atualização de informações e avaliação do respectivo Ministério. 
Com essa certificação, a entidade pode pleitear junto à Receita 
Federal do Brasil isenções de impostos que oneram a sua folha 
de pagamento, o que representa uma forma de financiamento 
indireto da União perante a entidade. Uma vez certificada por um 
dos ministérios, não é necessário o ateste de outro ministério: a 
cobertura das isenções atinge a toda a entidade. Ou seja, se ela for 
mista, a certificação terá efeito sobre todas as áreas de atuação. 
Para maiores informações sobre o preenchimento do CNEAS, 
acesse: http://mds.gov.br/assuntos/assistencia-social/entidade-
de-assistencia-social/cadastro-nacional-de-entidades-de-
assistencia-social-2013-cneas.
O Certificado de Entidades Beneficentes de Assistência Social 
(CEBAS), conhecido como Certificado de Filantropia, embora 
tenha o nome beneficente e remeta, ao menos no senso comum, 
à filantropia, é uma forma de reconhecimento público do Estado 
Brasileiro perante a atuação de entidades da sociedade civil na 
provisão de direitos essenciais à população, tais como o direito 
à saúde, o direito à educação e o direito à assistência social. Por 
isso, é importante que você, gestor, apoie as entidades de seu 
território com iniciativas do tipo:
- Estruturação dos conselhos de assistência social para que estes 
realizem as inscrições das entidades de forma satisfatória, como 
a garantia de espaço físico para as atividades, de profissionais, 
insumos, recursos para realização de visitas de avaliação e 
fiscalização, apoio na realização de reuniões ordinárias, apoio no 
processo eleitoral de conselheiros representantes da sociedade 
civil, apoio à participação social, entre outras ações.
- Apoio na prestação dessas ofertas das entidades, na regularização 
documental, na inclusão dos profissionais em programas de 
educação permanente do SUAS de sua cidade, na divulgação 
de oportunidades de editais de chamamento público para 
oportunidades de financiamento, entre outros;
http://mds.gov.br/assuntos/assistencia-social/entidade-de-assistencia-social/cadastro-nacional-de-entidades-de-assistencia-social-2013-cneas
http://mds.gov.br/assuntos/assistencia-social/entidade-de-assistencia-social/cadastro-nacional-de-entidades-de-assistencia-social-2013-cneas
http://mds.gov.br/assuntos/assistencia-social/entidade-de-assistencia-social/cadastro-nacional-de-entidades-de-assistencia-social-2013-cneas
Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 23
- Preenchimento das informações da entidade nos sistemas de 
informação do SUAS, a exemplo do CNEAS, do Censo SUAS, do 
CadSUAS.
- Fomento a parcerias que envolvam repasses de recursos, 
incluindo o apoio técnico para que as entidades possam gerir 
adequadamente os recursos, em conformidade com as normativas 
e em cumprimento às suas atividades finalísticas.
- Estímulo à participação dessas organizações no planejamento 
e na avaliação de programas, projetos, serviços e benefícios do 
SUAS.
4. Referências
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de Assistência Social. Norma Operacional Básica NOB/SUAS. Brasília: CNAS, 2005.
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Decreto nº6.481, de 12 de junho de 2008. Regulamenta os artigos 3º, alínea “d”, e 
4º da Convenção 182 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que trata da 
proibição das piores formas de trabalho infantil e ação imediata para sua eliminação, 
aprovada pelo Decreto Legislativo no 178, de 14 de dezembro de 1999, e promulgada 
pelo Decreto no 3.597, de 12 de setembro de 2000, e dá outras providências. Brasília: 
Presidência da República, 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
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BRASIL. Presidência da República. Secretaria-Geral. Subchefia para Assuntos Jurídicos. 
Lei nº13.019, de 31 de julho de 2014. Estabelece o regime jurídico das parcerias 
entre a administração pública e as organizações da sociedade civil, em regime de 
mútua cooperação, para a consecução de finalidades de interesse público e recíproco, 
mediante a execução de atividades ou de projetos previamente estabelecidos em 
planos de trabalho inseridos em termos de colaboração, em termos de fomento ou em 
acordos de cooperação; define diretrizes para a política de fomento, de colaboração 
e de cooperação com organizações da sociedade civil; e altera as Leis nºs 8.429, de 2 
de junho de 1992, e 9.790, de 23 de março de 1999. Brasília: Presidência da República,
2014. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/
l13019. htm. Acesso em: 4 out. 2021

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