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PROVA 01 – RESUMO – TERAPIA GÊNICA Introdução à Terapia Gênica Terapia gênica: (Friedmann, 1972) estratégia para tratar, curar ou prevenir uma doença mediante a substituição de genes defeituosos ou produção de certos genes. * Introdução de um material genético novo nas céls de um indivíduo com o objetivo de produzir um benefício terapêutico. A natureza química dos medicamentos: * terapias baseadas em ácidos nucleicos: MEDICAMENTO ALVO EFEITOS Como o material genético é introduzido nas céls do indivíduo? * Vírus; *Plasmídeos; * Estruturas sintéticas - Oligonucleotídeos antisenso (fitas curtas de DNA complementares ao mRNA alvo), RNA-aptâmeros (molécs de RNA modificadas que apresentam estruturas 3D capazes de se ligar a ptns-alvo por alta afinidade), RNAi (RNA que guia complexos enzimáticos até o mRNA alvo). Aplicações da terapia gênica * Fase de testes para definir segurança do uso do medicamento proposto: - Pré-clínica: testes in vitro e em animais; - Clínica: - Fase I: pacientes normais para avaliar efeitos colaterais; - Fase II: pacientes selecionados para avaliar efeitos terapêuticos e taxa de dosagem; - Fase III: ampla amostragem de pacientes selecionados, para averiguar segurança e eficácia. - Farmacovigilância: Fase IV, com o produto comercializado, mas sob observação. Introdução aos ácidos nucleicos Vida: caracterizada por metabolismo, crescimento, habilidade de reproduzir e de responder a estímulos. * Para passar a vida adiante: necessário saber armazenar, recuperar e traduzir as informações genéticas contidas nas células; * As informações genéticas estão contidas nos genes, e são codificadas em proteínas, que executam as suas específicas funções. Tipos de ác. nucleicos: * DNA - Muito estável; - Informação codificada no DNA na forma de nucleotídeos: pentose + base nitrogenada + grupamento fosfato - Pentose: desoxirribose (tem uma OH a menos na posição 2’); - Bases nitrogenadas: - Purinas: dois anéis (A,G) - Pirimidinas: 1 anel (C,T,U). - Polimerização do DNA: ligação de nucleotídeos - Ligações de hidrogênio: ligações não-covalentes que permitem anelamento (ligação de nucleotídeos de duas sequências complementares de DNA) e hibridização (ligação entre oligonucleotídeos e sequências de DNA/RNA complementares, como os primers) - A –T: duas pontes; C-G: três pontes - A ligação pode ser rompida por desnaturação, renaturação e reanelamento. - Ligações fosfodiéster: ligam nucleotídeos de uma mesma cadeia, formando um polímero linear >> Ligação covalente entre um grupo fosfato (5’) de um nucleotídeo e um OH (3’) de outro - A ligação pode ser rompida (ex. por enzimas de restrição) ou formada (ex. por ligases) - Dupla hélice do DNA - Fendas: menor e maior; permitem interação de ptns com sequências específicas do DNA; - TATA box-binding proteins se ligam na fenda menor >> transcrição; - A cada dez bases, uma volta completa; giros no sentido horário. *Genes e RNA: sequências específicas de nucleotídeos que codificam ptns/RNAs - Genes que codificam ptns (estruturais) >> transcritos em mRNA; - Genes que codificam RNA >> transcritos em tRNA, rRNA, miRNA. - Leitura de genes: códons. Replicação Replicação: manutenção da “ordem celular” >> vigilância e reparo; duplicação durante divisão celular. * A replicação deve ocorrer antes de a célula produzir as céls filhas geneticamente idênticas * Cópia do genoma com acurácia altíssima, mesmo a uma elevada velocidade; - Necessários mecanismos complexos envolvendo ptns para: - copiar o DNA; - evitar mutações. * Cada fita da dupla hélice >> sequência complementar à outra fita >> pode atuar como molde para uma nova fita; - Replicação semiconservativa = fita antiga como molde para uma fita nova. Maquinaria de replicação * DNApol: a enzima que sintetizará a nova fita de DNA a partir do molde da fita antiga; permanece associada ao DNA, movendo-se ao longo da fita durante replicação. Obs.: Porque 5’ >> 3’ é a direção da síntese da nova fita: - No processo de polimerização: quebra de ATP (ataque nucleofílico) libera energia na ligação fosfodiéster >> combustível de ligação para novo nucleotídeo. - 1ª esterificação: quando o grupamento fosfato se liga ao açúcar; - 2ª esterificação: forma a ligação fosfodiéster durante a polimerização de cada nucleotídeo da fita de DNA. - Para a DNApol agir: a dupla fita precisa estar aberta; apenas altas temperaturas fornecem energia térmica para separação das fitas. - Para resolver: ação de outras ptns! * Ptns iniciadoras/helicases: ligam-se ao DNA nas origens de replicação presentes em vários pontos (contêm muito A-T >> apenas duas ligações de hidrogênio); quebram as pontes de hidrogênio e começam a abrir a fita, formando a forquilha de replicação (“bolha”). - Atraem outras ptns de replicação; - Forquilha assimétrica: as fitas novas correm sobre os moldes que estão em direções opostas; - fita molde 3’ >> 5’ forma fita nova na direção 5’ >> 3’; - fita molde 5’ >> 3’ forma fita nova na direção 5’ >> 3’ de forma descontínua (fragmentos de Okasaki: fita nova atrasada). * DNAlig: une fragmentos de Okasaki para formar a fita contínua; * DNAprim: RNApol que forma o início para replicação - Vários primers (RNAs curtos) na fita atrasada; - Nucleotídeos de RNA são depois removidos e substituídos por DNA por enzimas de DNApol de reparo. * Sliding clamp: forma um anel ao redor do DNA e mantém a DNApol atada ao molde durante a síntese das novas fitas >> evita escorregões; * Clamp loader: hidrolisa ATP quando forma cada grampo ao redor do DNA. * Telomerase: faz transcrição reversa de molde de RNA, para adicionar múltiplas sequências repetitivas de DNA na extremidade 3’ do molde; a DNApol usa esses telômeros para sintetizar a fita atrasada. Aumento/queda da expressão gênica Genes, canais iônicos, RNA Ác. nucleicos
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