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UM OLHAR NO PROCESSO DE INCLUSÃO NAS ESCOLAS 
REGULARES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado ao curso de Pós- 
Graduação em Educação Especial do CESAP – 
Centro de Estudos Avançados e Pesquisa como 
requisito parcial para obtenção de nota 
 
 
 
 
 
VITÓRIA 
 2022 
 
 
Projeto de Ensino: UM OLHAR NO PROCESSO DE 
INCLUSÃO NAS ESCOLAS REGULARES. 2022. 24 Páginas Projeto 
de ensino apresentado como requisito para Pós-graduação–. CESAP, 
Vitória-Es, 2022. 
RESUMO 
O tema deste Projeto de Ensino abrange muitos os desafios entre o discurso e 
a ação de todos aqueles que estão envolvidos com a temática da educação inclusiva, 
tornando-se, essa, de grande importância na proposição de ações e medidas que 
possam assegurar os direitos, a melhoria da qualidade da educação, entre outras 
 
 
possibilidades, das pessoas com necessidades especiais. Neste sentido, faz-se 
necessária uma tomada de atitudes a um movimento que seja de transformação das 
dificuldades enfrentadas, especialmente das crianças, para que se possa reverter o 
percurso de exclusão no espaço educacional. É importante favorecer um ambiente que 
possa favorecer para além do desenvolvimento afetivo, cognitivo e social, tornando a 
inclusão em um processo constante que precisa ser continuamente pensado, refletido 
e adaptado e que de fato atenda de forma específica ao educando com necessidades 
educativas especiais. 
Palavras-chave: Desafios- Ações- Transformações - Continuamente. 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO......................................................................................... 4 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................... 5 
2.1 HISTÓRIA DO PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR ............... 5 
2.2 Período de 1854 a 1993 - Iniciativas Oficiais e Particulares 
Isoladas de Âmbito Nacional ......................................................................... 7 
2.3 Políticas Públicas Da Educação Inclusiva ................................ 11 
2.4 A Ldb Em Atendimento À Pessoa Com Necessidades 
Educativas Especiais (P.N.E.E.) .................................................................. 15 
3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO 18 
3.1 Tema e linha de pesquisa ............................................................ 18 
3.3 Problematização ........................................................................... 18 
3.4 Objetivos ........................................................................................ 19 
3.5 Conteúdos ..................................................................................... 19 
3.6 Processo de desenvolvimento ................................................... 19 
3.7 Tempo para a realização do projeto ........................................... 21 
3.8 Recursos humanos e materiais .................................................. 22 
3.9 Avaliação ....................................................................................... 20 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................. 20 
REFERÊNCIAS ........................................................................................ 22 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O presente artigo foi desenvolvido com pessoas com necessidades educativas 
especiais, precisa ter um olhar mais específico com as adaptações necessárias e a 
escola necessita estar amparada e preparada para prestar um atendimento de 
qualidade, seja no que tange a adequação do ambiente físico ou na qualificação dos 
profissionais da educação, ou ainda no planejamento do currículo e das ações a serem 
desenvolvidas. O ambiente escolar deve seguir os padrões das diretrizes educativas 
que visem uma educação de igualdade perante todos os indivíduos e à sociedade. 
A garantia de uma educação de qualidade para todos implica, dentre outros 
fatores, um redimensionamento da escola no que consiste não somente na aceitação, 
mas também na valorização das diferenças. Esta valorização se efetua pelo resgate 
dos valores culturais, os que fortalecem identidade individual e coletiva, bem como pelo 
respeito ao ato de aprender e de construir. Então, a Educação Inclusiva, diferentemente 
da Educação Tradicional, na qual todos os alunos é que precisavam se adaptar a ela, 
chega estabelecendo um novo modelo onde a escola é que precisa se adaptar às 
necessidades e especificidades do aluno, buscando além de sua permanência na 
escola, o seu máximo desenvolvimento. Ou seja, na educação inclusiva, uma escola 
deve se preparar para enfrentar o desafio de oferecer uma educação com qualidade 
para todos os seus alunos. 
Considerando que, cada aluno numa escola, apresenta características próprias 
e um conjunto de valores e informações que os tornam únicos e especiais, constituindo 
uma diversidade de interesses e ritmos de aprendizagem, o desafio da escola hoje é 
trabalhar com essa diversidade na tentativa de construir um novo conceito do processo 
ensino e aprendizagem, eliminando definitivamente o seu caráter segregacionista, de 
modo que sejam incluídos neste processo todos que dele, por direito, são sujeitos. 
Neste sentido, a educação inclusiva deve priorizar o aluno, os recursos 
necessários ainda um desenvolvimento educacional satisfatório, tendo um 
planejamento pedagógico com metodologias e que atenda suas reais especificidades. 
É preciso também, desenvolver alternativas que estabeleçam e garantam uma 
participação efetiva e democrática dos alunos independentes de sua deficiência em 
 
 
uma parceria com a equipe de trabalho da escola e da família destes alunos que fazem 
parte da escola em um todo. 
Assim, a escola favorece, sem dúvida, um ambiente de socialização, de 
aprendizagem e de respeito que objetiva compreender que o direito de manter uma 
vida social e educacional com a mesma qualidade é direito de qualquer cidadão, seja 
especial ou não, e ainda de buscar por alternativas que minimizem as dificuldades 
encontradas durante o percurso em suas práticas educativas do/no espaço escolar. 
 
 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
 
2.1 HISTÓRIA DO PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR 
De acordo com a história da educação, até o século 
XVIII, grande parte das noções a respeito da deficiência era 
basicamente ligada a misticismo e ocultismo, havendo pouca 
base científica para o desenvolvimento de noções realísticas 
(MAZZOTA 2005, p.16). 
 
Somente quando em um determinado momento histórico (século XIX) a 
sociedade apresentou condições materiais mais favoráveis, é que determinadas 
pessoas, leigos ou profissionais, com deficiência ou não, despontaram como 
líderes da sociedade em que viviam, para sensibilizar, organizar medidas para o 
atendimento a seus pares também com deficiências. Uma realidade vivida nesse 
século. 
 
Essas pessoas, como representantes dos interesses e 
necessidades das pessoas com deficiência, ou com elas 
identificadas, abriam espaço nas mais variadas áreas para a 
construção de conhecimentos e de alternativas para uma melhor 
condição de vida de tais pessoas (MAZZOTA, 2005, p.27). 
De acordo com Mazzotta (1999), já no século XIX, inspirados em experiências 
concretizadas na Europa e Estados Unidos iniciou-se no Brasil à organização de 
serviços para atendimento a cegos, surdos, deficientes mentais e deficientes físicos. 
Durante um século, tais providências caracterizaram-se como iniciativas oficiais e 
particulares isolados, refletindo o interesse de alguns educadores pelo atendimento 
educacional dos portadores de deficiências. Inspirados em experiências concretizadas 
na Europa e Estados Unidos, alguns brasileiros iniciaram, já no século XIX, a 
organização de serviços para atendimento a cegos, surdos, pessoas com deficiências 
 
 
mentais e físicas. 
Durante muito tempo tais atendimentos caracterizavam-se como 
iniciativas oficiais e particulares isolados, refletindo o interessede alguns educadores pelo atendimento educacional dessas 
pessoas com deficiência (MAZOTTA, 2005, p.27). 
 
No final dos anos 50 e início da década de 60 do século XX, é que ocorre 
a inclusão da Educação Especial na política educacional brasileira. Até 1950 
havia quarenta estabelecimentos de ensino comum mantidos pelo poder público 
e que prestavam algum tipo de atendimento escolar especial a sujeitos com 
deficiência mental. Outros catorze estabelecimentos de ensino comum, dos 
quais um federal, nove estaduais e quatro particulares, atendiam também alunos 
com outras deficiências. No mesmo período, três instituições especializadas 
atendiam alunos com deficiência mental e outras oito dedicavam-se à educação 
de alunos com outras deficiências e em 1947 o Instituto Benjamin Constant, 
juntamente com a Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro, realizou o 
primeiro Curso de Especialização de professores na Didática de Cegos. (Id, 
p.33). 
 
Outras instituições foram fundadas até meados do século XX. No entanto, 
são destacadas apenas algumas, para marcar a trajetória da institucionalização 
e atendimento à diferença, sinalizando, inicialmente, o atendimento médico às 
pessoas com deficiência/necessidades educacionais especiais. A educação das 
pessoas com deficiência/necessidades educacionais especiais, durante muito 
tempo não se apresentava interessante à economia, ou como aspecto 
indispensável ao desenvolvimento do país. No entanto, a inclusão da “educação 
de deficientes”, da “educação dos excepcionais” ou da “educação especial” na 
política educacional brasileira ocorreu somente no final dos anos 50 e no início 
da década de 60 do século XX. 
Logo depois, foram destacados dois períodos na evolução da 
educação especial no Brasil “marcados pela natureza e abrangência das 
ações desencadeadas para a educação dos portadores de deficiência, 
que são iniciativas oficiais e particulares isoladas e iniciativas oficiais de 
âmbito nacional”. (Mazzotta, p.27, 1999) 
 
 
 
 
2.2 Período de 1854 a 1993 - Iniciativas Oficiais e 
Particulares Isoladas de Âmbito Nacional 
Entende-se que A educação especial no Brasil teve início em 
1854. Nesta data Dom Pedro II fundou através do Decreto Imperial nº. 
1.428, na cidade do Rio de Janeiro, o Imperial Instituto dos Meninos 
Cegos. Três anos depois, Dom Pedro II, pela Lei nº. 839 de 1857 
fundaram também no Rio de Janeiro, o Imperial Instituto dos Surdos-
mudos. Ainda no Segundo Império, em 1874, o Hospital Estadual de 
Salvador, na Bahia, iniciou assistência médica-pedagógica aos 
deficientes (Mazzotta, 1999). 
No começo do século XX surgem alguns indicadores o interesse da sociedade 
em relação à educação de portadores de deficiência. Até 1950 havia quarenta 
estabelecimentos de ensino regular mantido pelo poder púbico, que prestavam algum 
tipo de atendimento escolar especial a deficientes mentais. Havia quatorze deles que 
atendiam alunos com outras deficiências. Três instituições especializadas no mesmo 
período, (uma estadual e duas particulares) atendiam deficientes mentais e outras oito 
(três estaduais e cinco particulares) dedicavam-se à educação de outros deficientes. 
Estas e outras circunstâncias tiveram uma grande importância e adquiriram o seu 
funcionamento com desempenho no seu papel, na evolução da educação especial em 
algumas instituições de ensino e especializada. 
No segundo período, Mazzotta (1999), apresenta que houve a ação 
governamental, com evidência no final dos anos cinquenta, quando a educação 
especial participou da política educacional brasileira. Procurou-se dar valor às 
propostas oficiais relativas à política, proporcionando o atendimento educacional aos 
excepcionais, ou seja, foi explicitamente assumido pelo governo federal, com a criação 
de campanhas especificamente aos portadores de necessidades especiais. 
Em 1961, a Educação Especial, destaca-se, de início, a Lei nº. 4.024/61, 
constando em dois artigos específicos. Nesse sentido, Mazzotta aponta que a 
educação de excepcionais, dispõe: 
 Art. 89º - [...] há o 
compromisso explícito dos poderes públicos de dispensar 
tratamento e especial mediante bolsa de estudos, empréstimos 
e subvenções a toda iniciativa privada, relativa à educação de 
excepcionais, considerada eficiente pelos Conselhos Estaduais 
de Educação (Mazzotta, 1999, p.68). 
A Lei nº. 5.692/71, posteriormente alterada pela Lei nº. 7.044/82 sem, contudo 
modificar o artigo referente à educação especial, consta nas diretrizes e bases do 
 
 
ensino de 1º e 2º graus; reafirma Mazzotta: 
 Art. 9º - Assegura tratamento especial aos alunos que 
apresentam deficiências físicas ou mentais, os que se encontre 
em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os 
superdotados de conformidade com o que os Conselhos 
Estaduais de Educação, definirem (Mazzotta, 1999, p.69). 
 
Após a aprovação dessa Lei, numerosas ações passaram a se 
desenvolver com vistas à implantação das novas diretrizes e bases para o ensino 
de 1º e 2º graus. Em 1973, foi criado pelo Decreto nº. 72. 425, o CENESP (Centro 
Nacional de Educação Especial), com a finalidade de promover em todo território 
nacional, a expansão e melhoria do atendimento aos excepcionais. Esse órgão 
foi, em 1986, na secretaria de Educação Especial-SEESPE, através do decreto 
nº. 93.613/86. No final de 1992, houve outra reorganização dos ministérios e na 
nova estrutura, reapareceu a Secretaria de Educação Especial – SEESP. A partir 
deste momento, surgem indicadores da busca de interpretação da Educação 
especial como modalidade de ensino. 
Para tal, é importante lembrar que a educação especial: 
 [...] não deve ser 
entendida como simples instância preparadora para o ensino 
comum, embora se deseje que o maior número possível dos 
alunos dele possa se beneficiar (Mazzotta, p.200,1999). 
 
Em Chauí, apud Patto, a escola de fato inclusiva é, 
 
A escola que esclarece, a partir da própria experiência 
dos dominados. Numa sociedade dividida, essa consciência é 
dividida, nem inteiramente lúcida, nem inteiramente alienada, ela 
é contraditória, o que deixa espaço para a reflexão que se nutre 
da própria contradição. (CHAUÍ, 1981, apud PATTO, 2008, p.34) 
 
Numa gama de complexidade quanto às questões que envolvem a escola 
e a educação ditas “inclusivas”, é preciso refletir para se compreender a 
sociedade, o sujeito e a educação que se tem e qual a educação que se quer. 
As mudanças são absolutamente necessárias, mas a reestruturação das 
instituições não deve ser apenas uma tarefa técnica, depende de mudanças de 
atitudes, de compromisso e disposição e de ações coletivamente. Não bastam 
apenas experiências isoladas de inclusão, pois a tarefa educativa 
transformadora é muito maior e está condicionada pelas determinações no modo 
de se produzir a própria riqueza material. E a essência do trabalho requer 
parcerias, o coletivo atuando em prol dos mesmos objetivos. 
 
 
 
Das muitas tarefas importantes da prática educativa-crítica, uma das mais 
importantes é a de propiciar condições em que o educando, nas relações uns 
com os outros. Também assumir-se como ser social e histórico como ser 
pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos capaz de 
ter raiva porque é capaz de amar. Através de um trabalho coletivo e direcionado 
à apropriação do conhecimento, pois assim cada sujeito com ou sem deficiência 
será capaz de refletir sobre a sua condição individual inserido na sociedade que 
mesmo se posicionando no ato de inclusão, ainda exclui de muitas formas. 
 
O atendimento às pessoas com deficiência/necessidades especiais, de 
acordo com a história, constata-se que a preocupação com o ensino de 
conteúdos escolares ainda é recente. Na perspectiva da inclusão, a escola tem 
se preocupa não apenas com a convivência, com as trocas de experiências,mas 
também e, principalmente, com o aprendizado dos conteúdos científicos 
necessários e valorizados pela sociedade atual, que trabalha o tempo todo com 
informação e requer, cada vez mais conhecimento. E para tal, as possibilidades 
e oportunidades precisam ser garantidas de forma igualitária para todos, levando 
em conta as especificidades do aluno que necessita de um atendimento a partir 
de suas necessidades. 
 
 Mantoan (2004), aponta que a Inclusão de alunos com necessidades 
educacionais especiais é um movimento que tem sido muito polemizado por 
diferentes segmentos, mas essa inserção nada mais é do que garantir o direito 
constitucional que todos independentes de suas necessidades, têm a uma 
educação de qualidade, e que a Inclusão vai depender da capacidade de 
lidarmos com a diversidade e as diferenças. De modo geral, as escolas têm 
conhecimento das leis acerca da inclusão bem como da obrigatoriedade da 
garantia de vaga para os alunos com necessidades educacionais especiais, no 
entanto apontam alguns entraves pelo fato de não haver a sustentação 
necessária, como por exemplo, a ausência de definições mais estruturais acerca 
da educação especial e dos suportes necessários a sua implementação. 
Ainda é preciso pensar na realidade das condições de trabalho e os limites 
da formação profissional, o número elevado de alunos por turma, a rede física 
 
 
inadequada, o despreparo para ensinar "alunos especiais". Ainda cabe ressaltar 
que para o processo de inclusão se efetuar não basta a garantia apenas na 
legislação, mas demanda modificações profundas e importantes no sistema de 
ensino. Essas mudanças levam em conta o contexto socioeconômico, além de 
serem gradativas, planejadas e contínuas para garantir uma educação de ótima 
qualidade. Por outro lado, o processo de Inclusão já está posto e não se trata de 
desativar o que está funcionando, mas na busca de alternativas e formas de 
articulações que possibilitem esse novo modo de ver e pensar a escola. Além 
disso, a educação inclusiva favorece não só o aluno com necessidades 
educacionais especiais, mas, também os demais alunos que passam a adquirir 
atitudes de respeito e compreensão pelas diferenças, além de juntos receberem 
uma metodologia de ensino diferenciada e da disposição de maiores recursos, 
que é garantido na legislação. Tudo isso passa por um grande processo de 
transformação da sociedade em geral. 
 
 Mantoan diz, ainda, que em relação as transformações, 
 
Sempre existe a possibilidade de as pessoas se transformarem, 
mudarem suas práticas de vida, enxergarem de outros ângulos 
o mesmo objeto/situações, conseguirem ultrapassar obstáculos 
que julgam intransponíveis, sentirem-se capazes de realizar o 
que tanto temiam serem movidas por novas paixões... Essa 
transformação move o mundo, modifica-o, torna-o diferente, 
porque passamos a enxergá-lo e a vivê-lo de outro modo, que 
vai atingi-lo concretamente e mudá-lo, ainda que aos poucos e 
parcialmente. (MANTOAN, 2003, p. 6) 
 
Dessa forma, o trabalho pedagógico de qualidade contribui para a 
formação de cada sujeito, como ser histórico e social, sendo de fundamental 
importância a realização de uma ação pedagógica que promova a efetiva 
aprendizagem dos conteúdos científicos pelo aluno, pois o fato de ele frequentar 
a escola comum e conviver com outras pessoas não são suficientes para suprir 
suas necessidades especiais. Ele precisa de ser incluído socialmente, e cabe a 
escola transmitir o conhecimento historicamente produzido e que deve ser 
apropriado por todos os alunos de forma indiferenciada. É nesse sentido que a 
inclusão social está ligada à garantia de que os direitos destes alunos possam 
ser respeitados e assegurados. 
 
 
 
Para tal, a política de inclusão de alunos que apresentam necessidades 
educacionais especiais na rede regular de ensino não consiste apenas na 
permanência física desses alunos junto aos demais educandos, mas representa 
uma revisão das concepções e paradigmas existentes, bem como desenvolver 
o potencial dessas pessoas, respeitando suas diferenças e atendendo de fato 
suas reais necessidades. 
 
Ainda a diversidade deve ser respeitada e valorizada entre os alunos e 
todos os profissionais envolvidos no processo. Daí a importância do papel da 
escola em definir atividades e procedimentos de relações, que envolvam alunos, 
funcionários, corpo docente, comunidade escolar e gestores, para que possibilite 
espaços inclusivos, de acessibilidade, para que todos possam fazer parte de um 
todo, isto é, que as atividades possam atender os alunos em geral, com 
condições para os alunos com necessidades especiais. 
 
2.3 Políticas Públicas Da Educação Inclusiva 
 
 As pessoas deficientes têm direito a tratamento médico, psicológico e 
funcional, inclusive aparelhos protéticos e ortodônticos, a reabilitação 
profissional, a assistência, ao aconselhamento, serviços de locomoção 
e outros serviços que lhes possibilitarão desenvolver suas capacidades 
e habilidades ao máximo e aceleração no processo de sua integração 
ou reintegração social (SASSAKI. 2002, p. 28). 
Assim, não só a garantia do acesso, mas também à permanência na escola, e 
todo apoio necessário, deve ser assegurado às pessoas deficientes. A inclusão tem 
que ser vista como uma melhoria da instrução. Como parte de um debate mais amplo 
destinado a superar discursos e práticas de exclusão, assumindo de fato uma 
educação que seja para todos. 
A ONU, em um relatório da Cúpula Mundial relata o conceito de sociedade 
inclusiva em documentos da Declaração de Copenhague sobre Desenvolvimento 
Social em que a, 
 [...] Sociedade inclusiva precisa ser baseada no respeito de todos direitos 
humanos e liberdade fundamentais, diversidade, cultural e religiosa, 
justiça social e a vigência dos direitos (SASSAKI, 2001, p.166 e 167). 
Tais documentos referem-se às expressões “para todos”, para responder às 
 
 
necessidades educativas fundamentais, e informar à população em geral, através das 
declarações, em que se fortaleça a luta pelos direitos das crianças com necessidades 
especiais. A importância da Educação é assim reconhecida, por envolver todas as 
dimensões do ser humano. A preocupação é de que a garantia e o acesso sejam 
respeitados e com condições necessárias para todas elas. Em 1994, a UNESCO, 
registrou na Declaração de Salamanca o termo Sociedade Inclusiva definida como, 
 [...] uma sociedade que se empenha para acolher as diferenças de todos 
os seus membros. Isto significa que temos que focalizar nossos 
esforços não mais em adaptar as pessoas à sociedade, mas sim, a 
sociedade às pessoas (SASSAKI, 2002, p.166). 
A Declaração tem por objetivo é o de promover a educação para todos, 
analisando as mudanças fundamentais de políticas necessárias para favorecer uma 
educação de integração, que possa possibilitar um atendimento às crianças com 
necessidades especiais no ensino regular. As escolas, em geral, devem se preocupar 
com um investimento social que considere as crianças como sujeitos de direitos, 
cidadãos em processo de desenvolvimento. É nesse contexto que para além das 
escolas, há de se pensar nas responsabilidades dos governos. Em Sassaki, em relação 
as obrigações dos governos está o de, 
 [...] adotar em suas leis e políticas o princípio da educação inclusiva, 
matriculando todas as crianças nas escolas comuns, a menos que haja 
razões de força maior para não fazê-lo, [...] desenvolver projetos e 
demonstração e estimular intercâmbios com países que tenham 
experiência com escolas inclusivas, [...] investir maior esforço em 
estratégias de identificação e esforço e intervenção precoce, bem como 
em aspectos profissionais da educação inclusiva. (SASSAKI, 2002, p. 
120). 
Ainda, a Declaraçãode Salamanca continua em outros parágrafos sobre a 
Educação Inclusiva enfatizando de forma bem clara e urgentemente que, 
 Há um emergente consenso de que 
as crianças e jovens com necessidades educacionais especiais 
devem ser incluídas nos planos educativos feitos para a maioria 
das crianças. Isto levou ao conceito de escola inclusiva. O 
desafio para uma escola inclusiva é o de desenvolver uma 
pedagogia centrada no aluno, uma pedagogia capaz de educar 
com sucesso todos os alunos, incluindo aqueles com 
deficiências e desvantagens severas. 
 A experiência em muitos países 
demonstra a integração das crianças e jovens com 
necessidades educacionais especiais é mais bem atingida 
dentro de escolas inclusivas que atendem todas as crianças na 
comunidade, [...] Enquanto as escolas inclusivas oferecem 
ambientes favoráveis para se conseguir oportunidades iguais e 
participação plenas, seu sucesso exige um esforço conjunto, 
 
 
não somente de professores e funcionários da escola, como 
também de aluno, pais, famílias e voluntários. 
 O princípio fundamental da escola 
inclusiva consiste em que todas as pessoas devem aprender 
juntos, onde quer que isto seja possível, não importa quais 
dificuldades ou diferenças elas possam ter. Escolas inclusivas 
precisam reconhecer e responder às necessidades 
diversificadas de seus alunos, acomodando os diferentes estilos 
e ritmo de aprendizagem e assegurando educação de qualidade 
para todos mediante currículos apropriados, mudanças 
organizacionais, estratégias de ensino, uso de recursos e 
parcerias com suas comunidades. (DECLARAÇÃO DE 
SALAMANCA, apud SASSAKI, 2002, p. 120). 
Todas as abordagens estão centradas em uma educação para todas as pessoas 
de qualquer condição econômica, seja em qual escola esteja estudando. O importante 
é ter esse olhar mais específico e tão necessário para a oferta de uma educação de 
qualidade. 
No documento da Conferência Mundial de Educação para todos, está posto da 
garantia de todas as pessoas independentemente de suas diferenças particulares, 
promovendo oportunidades para pessoas com deficiência para que sejam partes 
integrantes do sistema educativo, dando acesso à escolaridade, com o objetivo de 
promover a adaptação da pessoa ao seu meio social. Para que isso ocorra, é 
necessário considerar que todas as crianças de ambos os sexos, 
 Tenham direitos fundamental à educação e que a ela deve ser dada à 
oportunidade de obter e manter um nível aceitável de conhecimento; 
Cada criança tem características, interesses, capacidades e 
necessidades de aprendizado que lhes são próprios; os sistemas 
devem ser projetados e os programas ampliados de modo que tenha 
em vista toda a gama de dessas diferentes características e 
necessidades; (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, p. 10, 1994). 
Ainda sobre o desenvolvimento de escolas inclusivas, Sassaki, aponta de 
acordo com a mesma declaração destaca, ainda que: 
 O desenvolvimento de escolas inclusivas como meio eficaz de se 
conseguir educação para todos precisa ser reconhecido como uma 
política-chave do governo e ter um lugar de destaque no plano de 
desenvolvimento de uma nação [...] Conquanto as comunidades devam 
desempenhar um papel essencial no desenvolvimento de escolas 
inclusivas, o apoio e estímulo do governo são também primordiais na 
busca de soluções eficazes e variáveis. [...] pode ser realístico começar 
apoiando aquelas escolas que desejem promover educação inclusiva e 
deslanchar projetos-piloto em algumas regiões a fim de se adquirir a 
necessária perícia para expansão e a generalização progressiva. Na 
generalização da Educação Inclusiva, o nível de apoio e a perícia terão 
que ser compatíveis com a natureza da demanda (SASSAKI, 2002, 
p.41,121). 
 
 
Nesse sentido, fortemente o texto aponta que as pessoas com necessidades 
educativas especiais devem ter acesso ás escolas comuns que deverão ser integradas 
sendo capaz de atender a essas necessidades. Em relação à inclusão, pressupõe-se 
que todos, sem exceção, devem participar em escolas regulares, e ter um trabalho 
pedagógico que sirva a todos, sem que haja discriminação qualquer indivíduo. Esse 
trabalho propõe caminhos de interação intensa e continuada entre as instituições de 
ensinos regulares que devem promover em suas práticas de educação todos os 
cuidados necessários; na integração observando os aspectos físicos, emocionais, 
cognitivos, linguísticos, sociais e afetivos da criança, fazendo com que elas tenham um 
desenvolvimento total em seu processo de aprendizagem, e de inclusão de fato. 
Durante a Assembleia Geral da ONU, em 1996, foi aprovado o documento 
“Normas Sobre Equiparação as de Oportunidades para Pessoas com Deficiência’, que 
diz que as autoridades da educação comum são responsáveis pela educação de 
pessoas com deficiência em ambientes integrados. Ainda apresentam nele que as 
autoridades devem garantir que a educação de pessoas com deficiência seja uma parte 
integrante do planejamento educacional nacional, do desenvolvimento currículo e da 
organização escolar, cabendo as responsabilidades e o cumprimento das mesmas. 
[...] A educação em escolas comuns pressupõe a provisão de 
intérprete e outros serviços e apoio adequados. Serviços adequados de 
acessibilidade e de apoio, projetados para atender às necessidades de 
pessoas com diferentes deficiências, devem ser prestados. (SASSAKI, 
2001, p.119). 
Fica claro que, nesta perspectiva, todas as crianças com necessidades 
educativas especiais terão o direito de participar e se relacionar com outras crianças 
ditas “normais” em uma sociedade e inclusiva. No entanto, é preciso buscar conhecer 
nossos direitos e os fazer valer. 
Mantoan (2003), enfatiza que reconstruir os fundamentos de escola de 
qualidade para todos, remete-se em questões específicas relacionadas ao 
conhecimento e a aprendizagem, que sejam considerados que o ato de educar supõe 
intenções, representações que tem do papel da escola, do professor, do aluno, 
conforme os paradigmas que os sustentam. A autora ainda relata que a escola inclusiva 
exige mudanças de paradigmas, que podem ser definidos como modelos, exemplos 
abstratos que se materializam de modo imperfeito no mundo concreto. 
 
 
A Convenção da Guatemala (1999), promulgada no Brasil pelo Decreto nº 
3.956/2001, afirma que as pessoas com deficiência têm os mesmos direitos humanos 
e liberdades fundamentais que as demais pessoas, definindo como discriminação com 
base na deficiência, toda diferenciação ou exclusão que possa impedir ou anular o 
exercício dos direitos humanos e de suas liberdades fundamentais. 
Esse Decreto tem importante repercussão na educação, exigindo uma 
reinterpretação da educação especial, compreendida no contexto da diferenciação 
adotada para promover a eliminação das barreiras que impedem o acesso à 
escolarização. Na perspectiva da educação inclusiva, a Resolução CNE/CP nº1/2002, 
que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores 
da Educação Básica, define que as instituições de ensino superior devem prever em 
sua organização curricular formação docente voltada para a atenção à diversidade e 
que contemple conhecimentos sobre as especificidades dos alunos com necessidades 
educacionais especiais. 
 
2.4 A Ldb Em Atendimento À Pessoa Com Necessidades 
Educativas Especiais (P.N.E.E.) 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional- LDB – 9394/96 é uma 
ferramenta de grande valia, pois a organização e os direitos das crianças especiais 
ficaram explícitos, dando maior ênfase à necessidade do olhar educacional. Seu 
conteúdo tem um capítulo com quatro artigos específicos sobre o tema, além de outras 
citações que vão ao encontro das necessidades daqueles, que lutampor uma escola 
inclusiva. Isso requer que todos conheçam os direitos e deveres acerca do atendimento 
especializado. 
Art. 2º. A educação é dever da família e do Estado, 
inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de 
solidariedade humana, tem por finalidade o pleno 
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da 
cidadania e sua qualificação para o trabalho. (LDB) 
Neste, conseguimos entender a importância da responsabilidade do estado e da 
família, para que esteja ciente dos seus deveres, isto fica incumbindo tanto para 
crianças “normais”, quanto para aquelas com deficiência. E, que sejam de fato 
assegurados que os direitos sejam garantidos. Assim, estabelece, em seu artigo, que 
os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organiza-
 
 
se e adaptar aos educandos com necessidades educativas especiais para uma 
educação de qualidade. 
Lopes (1999), aponta que a especialização do atendimento educacional, a 
autorrealização pessoal do educador precisa acontecer. Isso está expresso no art. 3º, 
que deve atender a dignidade da pessoa humana. 
Art. 3º. O ensino será ministrado com base nos seguintes 
princípios: 
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na 
escola; 
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a 
cultura, o pensamento, a arte e o saber; 
III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; 
IV – respeito à liberdade e apreço à tolerância; 
V – coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; 
VI – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
VII – valorização do profissional da educação escolar; 
VIII – gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei 
e da legislação dos sistemas de ensino; 
IX – garantia de padrão de qualidade; 
X - valorização da experiência extraescolar; 
XI – vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as 
práticas sociais. (LDB) 
Ainda, define sobre a educação especial, 
Art. 58. Entende-se por Educação Especial, para os efeitos 
desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida 
preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos 
portadores de necessidades especiais. 
 1º. Haverá, quando necessário, serviços de apoio 
especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da 
clientela de Educação Especial. 
2º. O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou 
serviços especializados, sempre que, em função das condições 
específicas dos alunos, não for possível a sua integração na classes 
comuns de ensino regular. 
3. A oferta de Educação Especial, dever constitucional do 
Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a 
educação infantil. 
 
 
Art. 59. Deverá ser assegurado pelos sistemas de ensino aos 
educandos com necessidades especiais: 
I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e 
organização específica, para atender às suas necessidades; 
II – terminalidade específica para aqueles que não puderem 
atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em 
virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo 
o programa escolar para os superdotados; 
III – professores com especialização adequadas em nível médio 
ou superior, para atendimento especializado, bem com professores do 
ensino regular capacitado para a integração desses educandos nas 
classes comuns; 
IV – educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva 
integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para 
os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, 
mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para 
aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artísticas, 
intelectual ou psicomotora. 
V – acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais 
suplementares disponíveis para o respectivo nível de o ensino regular. 
O Art. 59, refere-se à organização específica da educação especial, ressaltando 
que para atender a esses alunos em virtude de qualquer deficiência, mas para isso os 
currículos, métodos, técnicas e de recursos educativos diferenciados. Nesta 
sistematização de parâmetros, devem estar adaptadas a essas crianças. O programa 
conclui adequar o programa escolar para contemplar os superdotados, na aceleração 
de estudos, quando for o caso, conforme o inciso I e II. 
O artigo, também assegura o “acesso igualitário” dos alunos com necessidades 
especiais, aos programas sociais, os que forem feitos no ensino regular. 
Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino 
estabelecerão critérios de caracterização da instituições privadas sem 
fins lucrativos, especializados e com atuação exclusiva em Educação 
Especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo poder público. 
A LDB no Art. 60, defere aos órgãos normativos dos sistemas de ensino, o 
estabelecimento de critérios relativos as instituições privadas, sem fins lucrativos, pra 
que possam receber apoio técnico e financeiro pelo Poder Público. Por exemplo, 
algumas instituições como as APAES, a PESTALOZZI, os programas adotados pelo 
governo e outros. 
 
 
 
 
 
3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO 
 
3.1 Tema e linha de pesquisa 
 
A temática de práticas inclusivas representam uma evolução das ideias 
acerca da Educação Especial. Muito se tem falado sobre o processo de inclusão, 
mas é na integração que insere o sujeito na escola por meio de uma adaptação 
do ambiente escolar já estruturado, e que implica a inclusão escolar em um 
redimensionamento de estruturas físicas da escola, de atitudes e percepções 
dos educadores, adaptações curriculares, dentre outros. 
 
3.2 Justificativa 
Promover a inclusão significa, sobretudo, uma mudança de postura e de olhar 
acerca da deficiência. Implica em quebra de paradigmas, em reformulação do sistema 
de ensino para a conquista de uma educação de qualidade, na qual, o acesso, o 
atendimento adequado e a permanência sejam garantidos a todos os alunos, 
independentemente de suas diferenças e necessidades. As práticas pedagógicas 
eficazes e apropriadas às deficiências são imprescindíveis para a evolução dos alunos, 
e isso o professor só consegue planejar e desenvolver quando recebe o referencial 
teórico e a assessoria pedagógica adequados. A escola comum pode ser considerada 
inclusiva quando reconhece e respeita as diferenças dos alunos mediante seu 
processo educativo, buscando a participação e o avanço de todos adotando novas 
práticas pedagógicas. É sabido que as práticas pedagógicas vão além das escolas e 
das salas de aula. Porém para termos uma escola comum inclusiva, saber os direitos 
e reivindicá-los torna-se a ferramenta crucial para tal mudança educacional. 
 
3.3 Problematização 
A educação inclusiva problematiza as práticas educacionais hegemônicas 
e passa a utilizar conceitos interligados a diferença como possibilidade de 
compreender a relação e/outro na constituição da identidade e subjetividade do 
sujeito. Tal concepção defende o conhecimento e a convivência com a diferença 
como promotoras de uma ultrapassagem das práticas rotuladoras, 
 
 
classificatórias da aprendizagem e dos preconceitos historicamente construídos 
em relação à pessoa com deficiência. O que requer uma revisão na definição e 
conceituação da função da escola, da concepção do conhecimento, do ensino e 
da aprendizagem, uma vez que a nova concepção define as ações educacionais 
que interferem diretamente no percurso escolar do aluno e na sua constituição 
como sujeito 
3.4 Objetivos 
Este projeto de Ensino apresenta como objetivo geral: mostrar e refletir 
sobre o desafio da educação inclusiva em sala de aula com alunos inclusivos e 
comuns, bem como as dificuldades encontradas pelos professores frente essa 
problematização, ministrar aulas na perspectiva da educação inclusiva, sem a 
capacitação em serviço. Tendo-se em vista que; os benefícios da inclusão, não 
é só para a escola pública,mas para toda a sociedade. 
 
3.5 Conteúdos 
• Identificar os desafios dos professores em serviço, nas séries iniciais, 
quanto à prática de ensino e o desempenho dos alunos inclusos e comuns em 
sala de aula, na perspectiva da Educação Inclusiva 
• Verificar dificuldades encontradas pelos professores para ministrar os 
mesmos conteúdos para a turma toda, e fazer com que todos aprendam. 
 • Incluir em salas de aula convencionais crianças com alguma dificuldade 
ou deficiência. 
3.6 Processo de desenvolvimento 
Vamos desenvolver atividades voltado a Arte e educação para incluir as 
crianças especiais, nosso objetivo e desenvolver atividades na disciplina de 
Artes que permitam que os alunos regulares e os especiais possam interagir 
juntos, vamos proporciona experiências sensórias, motoras e cognitivas, com 
objetivo a beneficiar o desenvolvimento escolar através da exploração da zona 
proximal dessas crianças. Vamos fazer boneco de argila para discutir as partes 
do corpo. Os professores e estagiários ficamos atentos para auxiliar os alunos 
com dificuldade motora ou visual, assim orientando-os para conseguir construir 
seu boneco como os outros alunos. 
 
 
2 etapa: vamos ensinar sobre os sentidos do corpo, com o objetivo de 
ensinar a criança os cinco sentidos, permitindo que elas construam seu 
conhecimento sobre os órgãos do sentido e suas funções de forma prática e 
lúdica. Para cada sentido vamos fazer uma atividade diferente que permita ao 
aluno identificar seus sentidos. Procuramos diversificar as atividades para alunos 
com deficiência auditiva (sons agudos e graves), visual (objetos tridimensionais 
e com texturas diferentes), incluindo-os nas atividades propostas. 
 
3.9 Avaliação 
Incluir os alunos com NEE nas séries iniciais em sala de aula e em todos 
os segmentos é uma forma de aceitá-los como eles são. Sem importa qual tipo 
de deficiência eles tem, o que importa é eles ter oportunidades para que se 
sintam bem e motivados. As dificuldades e desafios são enormes tanto para a 
escola (direção, orientação e professores) quanto para os alunos. 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
O projeto proposto na escolar com alunos com necessidades educativas 
especiais requer além do processo estrutural e legal; requer a certeza de que 
essas crianças estão inseridas e como também às leis que viabilizam o 
desempenho do trabalho pedagógico está acontecendo. 
Se tratando das leis, as já existentes, observei que muitas delas estão de 
acordo com as especificidades dos alunos com necessidades especiais. O 
problema é que em algumas escolas ainda não estão apropriadas conforme a lei 
para receberem esses alunos 
. Existem poucos investimentos, tornando, com isso, o exercício 
profissional desqualificado. Com esta visão é fato acreditar que devem ser 
tomadas medidas tanto éticas, quanto mais enérgicas na política de Educação 
Inclusiva, no que tange a formação dos professores, culminando no seu estímulo 
e crescimento profissional. 
O professor deve trabalhar de forma que o aluno não se sinta inferior aos 
demais colegas. Fazendo com que o aluno construa e desenvolva o seu 
conhecimento e participe coletivamente do seu convívio escolar. Dar-se conta 
destes sentimentos é um grande desafio, tão grande quanto procurar as 
soluções que garantam o bem estar das crianças com necessidades especiais 
 
 
e, ao mesmo tempo, assegurar aos educadores de que estão agindo de forma 
consciente. 
O professor, enquanto profissional com mais proximidade das crianças, 
precisa estar plenamente consciente de que a criança com deficiências tem 
necessidade de pensar e descrever fatos de acordo com suas próprias 
experiências e sensações, em vez de ser obrigada a memorizar. Isto significa 
que a criança com necessidade educativa especial necessita de um ensino que 
esteja baseado em seu cotidiano, no que mais se aproxima de suas vivências 
cotidianas. Isto exige do professor um comportamento mais ativo, inovador e 
flexível. Ele precisa estar atento não só às necessidades de todas as crianças 
ditas “normais”, mas também às necessidades da criança com deficiência. É 
preciso estar mas envolvido na possibilidade de desenvolvimento de todos os 
alunos. 
Incluir uma criança com deficiência envolve muitos e variados aspectos, 
que necessitam de constante observação e de acompanhamento cuidadoso, 
para o qual os educadores terão de se preparar adequadamente. Na medida em 
que a orientação inclusiva implica um ensino adaptado às diferenças e às 
necessidades individuais, os educadores precisam estar habilitados para atuar 
de forma competente junto aos alunos inseridos, nos vários níveis de ensino. 
Assim, torna-se importante que os professores sejam instrumentalizados a fim 
de atender às peculiaridades apresentadas pelos alunos. 
Deste modo o processo de inclusão é amplo, com transformações 
pequenas e grandes, tanto em ambientes físicos, como na sociedade, onde as 
pessoas sofrem marginalizações desde suas raízes históricas, seja pela classe 
social que ocupa, pela sua condição étnica ou pela orientação sexual, e para 
tentar mudar essa realidade é necessária uma junção de esforços tanto daqueles 
que desenvolvem e aplicam as políticas públicas como de todas as pessoas que 
compõem o universo social. 
Assim para se ter uma educação inclusiva precisamos de uma 
transformação profunda na estrutura, na organização e na compreensão que 
poderemos vir a ter sobre as relações sociais de modo geral, onde a exclusão 
realmente não mais ocorra. E, para isso, através de condições humanas e 
materiais reais criados no ambiente escolar, será uma partida inicial se pensar e 
exercer uma prática pedagógica que seja de fato inclusiva para todos. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
SASSAKI, Romeu Kazumi. Incluindo pessoas com deficiência psicossocial – 
Parte 2. Revista Reação, ano XIV, n. 79, mar./abr. 2011, p.12-
19._____________. Inclusão Construindo uma Sociedade para Todos, 4º ed. 
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Declaração e Programa de Ação da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento 
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DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO. LEI Nº 5 692, de 11 de agosto de 
1971.____________Decreto nº 72.425, de 3 de Julho de 1973. 
 
	SUMÁRIO
	1 INTRODUÇÃO
	2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
	2.1 HISTÓRIA DO PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR
	2.2 Período de 1854 a 1993 - Iniciativas Oficiais e Particulares Isoladas de Âmbito Nacional
	2.3 Políticas Públicas Da Educação Inclusiva
	2.4 A Ldb Em Atendimento À Pessoa Com Necessidades Educativas Especiais (P.N.E.E.)
	3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO
	3.1 Tema e linha de pesquisa
	3.3 Problematização
	3.4 Objetivos
	3.5 Conteúdos
	3.6 Processo de desenvolvimento
	3.9 Avaliação
	4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
	REFERÊNCIAS

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