Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UM OLHAR NO PROCESSO DE INCLUSÃO NAS ESCOLAS REGULARES Trabalho apresentado ao curso de Pós- Graduação em Educação Especial do CESAP – Centro de Estudos Avançados e Pesquisa como requisito parcial para obtenção de nota VITÓRIA 2022 Projeto de Ensino: UM OLHAR NO PROCESSO DE INCLUSÃO NAS ESCOLAS REGULARES. 2022. 24 Páginas Projeto de ensino apresentado como requisito para Pós-graduação–. CESAP, Vitória-Es, 2022. RESUMO O tema deste Projeto de Ensino abrange muitos os desafios entre o discurso e a ação de todos aqueles que estão envolvidos com a temática da educação inclusiva, tornando-se, essa, de grande importância na proposição de ações e medidas que possam assegurar os direitos, a melhoria da qualidade da educação, entre outras possibilidades, das pessoas com necessidades especiais. Neste sentido, faz-se necessária uma tomada de atitudes a um movimento que seja de transformação das dificuldades enfrentadas, especialmente das crianças, para que se possa reverter o percurso de exclusão no espaço educacional. É importante favorecer um ambiente que possa favorecer para além do desenvolvimento afetivo, cognitivo e social, tornando a inclusão em um processo constante que precisa ser continuamente pensado, refletido e adaptado e que de fato atenda de forma específica ao educando com necessidades educativas especiais. Palavras-chave: Desafios- Ações- Transformações - Continuamente. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO......................................................................................... 4 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................... 5 2.1 HISTÓRIA DO PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR ............... 5 2.2 Período de 1854 a 1993 - Iniciativas Oficiais e Particulares Isoladas de Âmbito Nacional ......................................................................... 7 2.3 Políticas Públicas Da Educação Inclusiva ................................ 11 2.4 A Ldb Em Atendimento À Pessoa Com Necessidades Educativas Especiais (P.N.E.E.) .................................................................. 15 3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO 18 3.1 Tema e linha de pesquisa ............................................................ 18 3.3 Problematização ........................................................................... 18 3.4 Objetivos ........................................................................................ 19 3.5 Conteúdos ..................................................................................... 19 3.6 Processo de desenvolvimento ................................................... 19 3.7 Tempo para a realização do projeto ........................................... 21 3.8 Recursos humanos e materiais .................................................. 22 3.9 Avaliação ....................................................................................... 20 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................. 20 REFERÊNCIAS ........................................................................................ 22 1 INTRODUÇÃO O presente artigo foi desenvolvido com pessoas com necessidades educativas especiais, precisa ter um olhar mais específico com as adaptações necessárias e a escola necessita estar amparada e preparada para prestar um atendimento de qualidade, seja no que tange a adequação do ambiente físico ou na qualificação dos profissionais da educação, ou ainda no planejamento do currículo e das ações a serem desenvolvidas. O ambiente escolar deve seguir os padrões das diretrizes educativas que visem uma educação de igualdade perante todos os indivíduos e à sociedade. A garantia de uma educação de qualidade para todos implica, dentre outros fatores, um redimensionamento da escola no que consiste não somente na aceitação, mas também na valorização das diferenças. Esta valorização se efetua pelo resgate dos valores culturais, os que fortalecem identidade individual e coletiva, bem como pelo respeito ao ato de aprender e de construir. Então, a Educação Inclusiva, diferentemente da Educação Tradicional, na qual todos os alunos é que precisavam se adaptar a ela, chega estabelecendo um novo modelo onde a escola é que precisa se adaptar às necessidades e especificidades do aluno, buscando além de sua permanência na escola, o seu máximo desenvolvimento. Ou seja, na educação inclusiva, uma escola deve se preparar para enfrentar o desafio de oferecer uma educação com qualidade para todos os seus alunos. Considerando que, cada aluno numa escola, apresenta características próprias e um conjunto de valores e informações que os tornam únicos e especiais, constituindo uma diversidade de interesses e ritmos de aprendizagem, o desafio da escola hoje é trabalhar com essa diversidade na tentativa de construir um novo conceito do processo ensino e aprendizagem, eliminando definitivamente o seu caráter segregacionista, de modo que sejam incluídos neste processo todos que dele, por direito, são sujeitos. Neste sentido, a educação inclusiva deve priorizar o aluno, os recursos necessários ainda um desenvolvimento educacional satisfatório, tendo um planejamento pedagógico com metodologias e que atenda suas reais especificidades. É preciso também, desenvolver alternativas que estabeleçam e garantam uma participação efetiva e democrática dos alunos independentes de sua deficiência em uma parceria com a equipe de trabalho da escola e da família destes alunos que fazem parte da escola em um todo. Assim, a escola favorece, sem dúvida, um ambiente de socialização, de aprendizagem e de respeito que objetiva compreender que o direito de manter uma vida social e educacional com a mesma qualidade é direito de qualquer cidadão, seja especial ou não, e ainda de buscar por alternativas que minimizem as dificuldades encontradas durante o percurso em suas práticas educativas do/no espaço escolar. 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 HISTÓRIA DO PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR De acordo com a história da educação, até o século XVIII, grande parte das noções a respeito da deficiência era basicamente ligada a misticismo e ocultismo, havendo pouca base científica para o desenvolvimento de noções realísticas (MAZZOTA 2005, p.16). Somente quando em um determinado momento histórico (século XIX) a sociedade apresentou condições materiais mais favoráveis, é que determinadas pessoas, leigos ou profissionais, com deficiência ou não, despontaram como líderes da sociedade em que viviam, para sensibilizar, organizar medidas para o atendimento a seus pares também com deficiências. Uma realidade vivida nesse século. Essas pessoas, como representantes dos interesses e necessidades das pessoas com deficiência, ou com elas identificadas, abriam espaço nas mais variadas áreas para a construção de conhecimentos e de alternativas para uma melhor condição de vida de tais pessoas (MAZZOTA, 2005, p.27). De acordo com Mazzotta (1999), já no século XIX, inspirados em experiências concretizadas na Europa e Estados Unidos iniciou-se no Brasil à organização de serviços para atendimento a cegos, surdos, deficientes mentais e deficientes físicos. Durante um século, tais providências caracterizaram-se como iniciativas oficiais e particulares isolados, refletindo o interesse de alguns educadores pelo atendimento educacional dos portadores de deficiências. Inspirados em experiências concretizadas na Europa e Estados Unidos, alguns brasileiros iniciaram, já no século XIX, a organização de serviços para atendimento a cegos, surdos, pessoas com deficiências mentais e físicas. Durante muito tempo tais atendimentos caracterizavam-se como iniciativas oficiais e particulares isolados, refletindo o interessede alguns educadores pelo atendimento educacional dessas pessoas com deficiência (MAZOTTA, 2005, p.27). No final dos anos 50 e início da década de 60 do século XX, é que ocorre a inclusão da Educação Especial na política educacional brasileira. Até 1950 havia quarenta estabelecimentos de ensino comum mantidos pelo poder público e que prestavam algum tipo de atendimento escolar especial a sujeitos com deficiência mental. Outros catorze estabelecimentos de ensino comum, dos quais um federal, nove estaduais e quatro particulares, atendiam também alunos com outras deficiências. No mesmo período, três instituições especializadas atendiam alunos com deficiência mental e outras oito dedicavam-se à educação de alunos com outras deficiências e em 1947 o Instituto Benjamin Constant, juntamente com a Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro, realizou o primeiro Curso de Especialização de professores na Didática de Cegos. (Id, p.33). Outras instituições foram fundadas até meados do século XX. No entanto, são destacadas apenas algumas, para marcar a trajetória da institucionalização e atendimento à diferença, sinalizando, inicialmente, o atendimento médico às pessoas com deficiência/necessidades educacionais especiais. A educação das pessoas com deficiência/necessidades educacionais especiais, durante muito tempo não se apresentava interessante à economia, ou como aspecto indispensável ao desenvolvimento do país. No entanto, a inclusão da “educação de deficientes”, da “educação dos excepcionais” ou da “educação especial” na política educacional brasileira ocorreu somente no final dos anos 50 e no início da década de 60 do século XX. Logo depois, foram destacados dois períodos na evolução da educação especial no Brasil “marcados pela natureza e abrangência das ações desencadeadas para a educação dos portadores de deficiência, que são iniciativas oficiais e particulares isoladas e iniciativas oficiais de âmbito nacional”. (Mazzotta, p.27, 1999) 2.2 Período de 1854 a 1993 - Iniciativas Oficiais e Particulares Isoladas de Âmbito Nacional Entende-se que A educação especial no Brasil teve início em 1854. Nesta data Dom Pedro II fundou através do Decreto Imperial nº. 1.428, na cidade do Rio de Janeiro, o Imperial Instituto dos Meninos Cegos. Três anos depois, Dom Pedro II, pela Lei nº. 839 de 1857 fundaram também no Rio de Janeiro, o Imperial Instituto dos Surdos- mudos. Ainda no Segundo Império, em 1874, o Hospital Estadual de Salvador, na Bahia, iniciou assistência médica-pedagógica aos deficientes (Mazzotta, 1999). No começo do século XX surgem alguns indicadores o interesse da sociedade em relação à educação de portadores de deficiência. Até 1950 havia quarenta estabelecimentos de ensino regular mantido pelo poder púbico, que prestavam algum tipo de atendimento escolar especial a deficientes mentais. Havia quatorze deles que atendiam alunos com outras deficiências. Três instituições especializadas no mesmo período, (uma estadual e duas particulares) atendiam deficientes mentais e outras oito (três estaduais e cinco particulares) dedicavam-se à educação de outros deficientes. Estas e outras circunstâncias tiveram uma grande importância e adquiriram o seu funcionamento com desempenho no seu papel, na evolução da educação especial em algumas instituições de ensino e especializada. No segundo período, Mazzotta (1999), apresenta que houve a ação governamental, com evidência no final dos anos cinquenta, quando a educação especial participou da política educacional brasileira. Procurou-se dar valor às propostas oficiais relativas à política, proporcionando o atendimento educacional aos excepcionais, ou seja, foi explicitamente assumido pelo governo federal, com a criação de campanhas especificamente aos portadores de necessidades especiais. Em 1961, a Educação Especial, destaca-se, de início, a Lei nº. 4.024/61, constando em dois artigos específicos. Nesse sentido, Mazzotta aponta que a educação de excepcionais, dispõe: Art. 89º - [...] há o compromisso explícito dos poderes públicos de dispensar tratamento e especial mediante bolsa de estudos, empréstimos e subvenções a toda iniciativa privada, relativa à educação de excepcionais, considerada eficiente pelos Conselhos Estaduais de Educação (Mazzotta, 1999, p.68). A Lei nº. 5.692/71, posteriormente alterada pela Lei nº. 7.044/82 sem, contudo modificar o artigo referente à educação especial, consta nas diretrizes e bases do ensino de 1º e 2º graus; reafirma Mazzotta: Art. 9º - Assegura tratamento especial aos alunos que apresentam deficiências físicas ou mentais, os que se encontre em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os superdotados de conformidade com o que os Conselhos Estaduais de Educação, definirem (Mazzotta, 1999, p.69). Após a aprovação dessa Lei, numerosas ações passaram a se desenvolver com vistas à implantação das novas diretrizes e bases para o ensino de 1º e 2º graus. Em 1973, foi criado pelo Decreto nº. 72. 425, o CENESP (Centro Nacional de Educação Especial), com a finalidade de promover em todo território nacional, a expansão e melhoria do atendimento aos excepcionais. Esse órgão foi, em 1986, na secretaria de Educação Especial-SEESPE, através do decreto nº. 93.613/86. No final de 1992, houve outra reorganização dos ministérios e na nova estrutura, reapareceu a Secretaria de Educação Especial – SEESP. A partir deste momento, surgem indicadores da busca de interpretação da Educação especial como modalidade de ensino. Para tal, é importante lembrar que a educação especial: [...] não deve ser entendida como simples instância preparadora para o ensino comum, embora se deseje que o maior número possível dos alunos dele possa se beneficiar (Mazzotta, p.200,1999). Em Chauí, apud Patto, a escola de fato inclusiva é, A escola que esclarece, a partir da própria experiência dos dominados. Numa sociedade dividida, essa consciência é dividida, nem inteiramente lúcida, nem inteiramente alienada, ela é contraditória, o que deixa espaço para a reflexão que se nutre da própria contradição. (CHAUÍ, 1981, apud PATTO, 2008, p.34) Numa gama de complexidade quanto às questões que envolvem a escola e a educação ditas “inclusivas”, é preciso refletir para se compreender a sociedade, o sujeito e a educação que se tem e qual a educação que se quer. As mudanças são absolutamente necessárias, mas a reestruturação das instituições não deve ser apenas uma tarefa técnica, depende de mudanças de atitudes, de compromisso e disposição e de ações coletivamente. Não bastam apenas experiências isoladas de inclusão, pois a tarefa educativa transformadora é muito maior e está condicionada pelas determinações no modo de se produzir a própria riqueza material. E a essência do trabalho requer parcerias, o coletivo atuando em prol dos mesmos objetivos. Das muitas tarefas importantes da prática educativa-crítica, uma das mais importantes é a de propiciar condições em que o educando, nas relações uns com os outros. Também assumir-se como ser social e histórico como ser pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos capaz de ter raiva porque é capaz de amar. Através de um trabalho coletivo e direcionado à apropriação do conhecimento, pois assim cada sujeito com ou sem deficiência será capaz de refletir sobre a sua condição individual inserido na sociedade que mesmo se posicionando no ato de inclusão, ainda exclui de muitas formas. O atendimento às pessoas com deficiência/necessidades especiais, de acordo com a história, constata-se que a preocupação com o ensino de conteúdos escolares ainda é recente. Na perspectiva da inclusão, a escola tem se preocupa não apenas com a convivência, com as trocas de experiências,mas também e, principalmente, com o aprendizado dos conteúdos científicos necessários e valorizados pela sociedade atual, que trabalha o tempo todo com informação e requer, cada vez mais conhecimento. E para tal, as possibilidades e oportunidades precisam ser garantidas de forma igualitária para todos, levando em conta as especificidades do aluno que necessita de um atendimento a partir de suas necessidades. Mantoan (2004), aponta que a Inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais é um movimento que tem sido muito polemizado por diferentes segmentos, mas essa inserção nada mais é do que garantir o direito constitucional que todos independentes de suas necessidades, têm a uma educação de qualidade, e que a Inclusão vai depender da capacidade de lidarmos com a diversidade e as diferenças. De modo geral, as escolas têm conhecimento das leis acerca da inclusão bem como da obrigatoriedade da garantia de vaga para os alunos com necessidades educacionais especiais, no entanto apontam alguns entraves pelo fato de não haver a sustentação necessária, como por exemplo, a ausência de definições mais estruturais acerca da educação especial e dos suportes necessários a sua implementação. Ainda é preciso pensar na realidade das condições de trabalho e os limites da formação profissional, o número elevado de alunos por turma, a rede física inadequada, o despreparo para ensinar "alunos especiais". Ainda cabe ressaltar que para o processo de inclusão se efetuar não basta a garantia apenas na legislação, mas demanda modificações profundas e importantes no sistema de ensino. Essas mudanças levam em conta o contexto socioeconômico, além de serem gradativas, planejadas e contínuas para garantir uma educação de ótima qualidade. Por outro lado, o processo de Inclusão já está posto e não se trata de desativar o que está funcionando, mas na busca de alternativas e formas de articulações que possibilitem esse novo modo de ver e pensar a escola. Além disso, a educação inclusiva favorece não só o aluno com necessidades educacionais especiais, mas, também os demais alunos que passam a adquirir atitudes de respeito e compreensão pelas diferenças, além de juntos receberem uma metodologia de ensino diferenciada e da disposição de maiores recursos, que é garantido na legislação. Tudo isso passa por um grande processo de transformação da sociedade em geral. Mantoan diz, ainda, que em relação as transformações, Sempre existe a possibilidade de as pessoas se transformarem, mudarem suas práticas de vida, enxergarem de outros ângulos o mesmo objeto/situações, conseguirem ultrapassar obstáculos que julgam intransponíveis, sentirem-se capazes de realizar o que tanto temiam serem movidas por novas paixões... Essa transformação move o mundo, modifica-o, torna-o diferente, porque passamos a enxergá-lo e a vivê-lo de outro modo, que vai atingi-lo concretamente e mudá-lo, ainda que aos poucos e parcialmente. (MANTOAN, 2003, p. 6) Dessa forma, o trabalho pedagógico de qualidade contribui para a formação de cada sujeito, como ser histórico e social, sendo de fundamental importância a realização de uma ação pedagógica que promova a efetiva aprendizagem dos conteúdos científicos pelo aluno, pois o fato de ele frequentar a escola comum e conviver com outras pessoas não são suficientes para suprir suas necessidades especiais. Ele precisa de ser incluído socialmente, e cabe a escola transmitir o conhecimento historicamente produzido e que deve ser apropriado por todos os alunos de forma indiferenciada. É nesse sentido que a inclusão social está ligada à garantia de que os direitos destes alunos possam ser respeitados e assegurados. Para tal, a política de inclusão de alunos que apresentam necessidades educacionais especiais na rede regular de ensino não consiste apenas na permanência física desses alunos junto aos demais educandos, mas representa uma revisão das concepções e paradigmas existentes, bem como desenvolver o potencial dessas pessoas, respeitando suas diferenças e atendendo de fato suas reais necessidades. Ainda a diversidade deve ser respeitada e valorizada entre os alunos e todos os profissionais envolvidos no processo. Daí a importância do papel da escola em definir atividades e procedimentos de relações, que envolvam alunos, funcionários, corpo docente, comunidade escolar e gestores, para que possibilite espaços inclusivos, de acessibilidade, para que todos possam fazer parte de um todo, isto é, que as atividades possam atender os alunos em geral, com condições para os alunos com necessidades especiais. 2.3 Políticas Públicas Da Educação Inclusiva As pessoas deficientes têm direito a tratamento médico, psicológico e funcional, inclusive aparelhos protéticos e ortodônticos, a reabilitação profissional, a assistência, ao aconselhamento, serviços de locomoção e outros serviços que lhes possibilitarão desenvolver suas capacidades e habilidades ao máximo e aceleração no processo de sua integração ou reintegração social (SASSAKI. 2002, p. 28). Assim, não só a garantia do acesso, mas também à permanência na escola, e todo apoio necessário, deve ser assegurado às pessoas deficientes. A inclusão tem que ser vista como uma melhoria da instrução. Como parte de um debate mais amplo destinado a superar discursos e práticas de exclusão, assumindo de fato uma educação que seja para todos. A ONU, em um relatório da Cúpula Mundial relata o conceito de sociedade inclusiva em documentos da Declaração de Copenhague sobre Desenvolvimento Social em que a, [...] Sociedade inclusiva precisa ser baseada no respeito de todos direitos humanos e liberdade fundamentais, diversidade, cultural e religiosa, justiça social e a vigência dos direitos (SASSAKI, 2001, p.166 e 167). Tais documentos referem-se às expressões “para todos”, para responder às necessidades educativas fundamentais, e informar à população em geral, através das declarações, em que se fortaleça a luta pelos direitos das crianças com necessidades especiais. A importância da Educação é assim reconhecida, por envolver todas as dimensões do ser humano. A preocupação é de que a garantia e o acesso sejam respeitados e com condições necessárias para todas elas. Em 1994, a UNESCO, registrou na Declaração de Salamanca o termo Sociedade Inclusiva definida como, [...] uma sociedade que se empenha para acolher as diferenças de todos os seus membros. Isto significa que temos que focalizar nossos esforços não mais em adaptar as pessoas à sociedade, mas sim, a sociedade às pessoas (SASSAKI, 2002, p.166). A Declaração tem por objetivo é o de promover a educação para todos, analisando as mudanças fundamentais de políticas necessárias para favorecer uma educação de integração, que possa possibilitar um atendimento às crianças com necessidades especiais no ensino regular. As escolas, em geral, devem se preocupar com um investimento social que considere as crianças como sujeitos de direitos, cidadãos em processo de desenvolvimento. É nesse contexto que para além das escolas, há de se pensar nas responsabilidades dos governos. Em Sassaki, em relação as obrigações dos governos está o de, [...] adotar em suas leis e políticas o princípio da educação inclusiva, matriculando todas as crianças nas escolas comuns, a menos que haja razões de força maior para não fazê-lo, [...] desenvolver projetos e demonstração e estimular intercâmbios com países que tenham experiência com escolas inclusivas, [...] investir maior esforço em estratégias de identificação e esforço e intervenção precoce, bem como em aspectos profissionais da educação inclusiva. (SASSAKI, 2002, p. 120). Ainda, a Declaraçãode Salamanca continua em outros parágrafos sobre a Educação Inclusiva enfatizando de forma bem clara e urgentemente que, Há um emergente consenso de que as crianças e jovens com necessidades educacionais especiais devem ser incluídas nos planos educativos feitos para a maioria das crianças. Isto levou ao conceito de escola inclusiva. O desafio para uma escola inclusiva é o de desenvolver uma pedagogia centrada no aluno, uma pedagogia capaz de educar com sucesso todos os alunos, incluindo aqueles com deficiências e desvantagens severas. A experiência em muitos países demonstra a integração das crianças e jovens com necessidades educacionais especiais é mais bem atingida dentro de escolas inclusivas que atendem todas as crianças na comunidade, [...] Enquanto as escolas inclusivas oferecem ambientes favoráveis para se conseguir oportunidades iguais e participação plenas, seu sucesso exige um esforço conjunto, não somente de professores e funcionários da escola, como também de aluno, pais, famílias e voluntários. O princípio fundamental da escola inclusiva consiste em que todas as pessoas devem aprender juntos, onde quer que isto seja possível, não importa quais dificuldades ou diferenças elas possam ter. Escolas inclusivas precisam reconhecer e responder às necessidades diversificadas de seus alunos, acomodando os diferentes estilos e ritmo de aprendizagem e assegurando educação de qualidade para todos mediante currículos apropriados, mudanças organizacionais, estratégias de ensino, uso de recursos e parcerias com suas comunidades. (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, apud SASSAKI, 2002, p. 120). Todas as abordagens estão centradas em uma educação para todas as pessoas de qualquer condição econômica, seja em qual escola esteja estudando. O importante é ter esse olhar mais específico e tão necessário para a oferta de uma educação de qualidade. No documento da Conferência Mundial de Educação para todos, está posto da garantia de todas as pessoas independentemente de suas diferenças particulares, promovendo oportunidades para pessoas com deficiência para que sejam partes integrantes do sistema educativo, dando acesso à escolaridade, com o objetivo de promover a adaptação da pessoa ao seu meio social. Para que isso ocorra, é necessário considerar que todas as crianças de ambos os sexos, Tenham direitos fundamental à educação e que a ela deve ser dada à oportunidade de obter e manter um nível aceitável de conhecimento; Cada criança tem características, interesses, capacidades e necessidades de aprendizado que lhes são próprios; os sistemas devem ser projetados e os programas ampliados de modo que tenha em vista toda a gama de dessas diferentes características e necessidades; (DECLARAÇÃO DE SALAMANCA, p. 10, 1994). Ainda sobre o desenvolvimento de escolas inclusivas, Sassaki, aponta de acordo com a mesma declaração destaca, ainda que: O desenvolvimento de escolas inclusivas como meio eficaz de se conseguir educação para todos precisa ser reconhecido como uma política-chave do governo e ter um lugar de destaque no plano de desenvolvimento de uma nação [...] Conquanto as comunidades devam desempenhar um papel essencial no desenvolvimento de escolas inclusivas, o apoio e estímulo do governo são também primordiais na busca de soluções eficazes e variáveis. [...] pode ser realístico começar apoiando aquelas escolas que desejem promover educação inclusiva e deslanchar projetos-piloto em algumas regiões a fim de se adquirir a necessária perícia para expansão e a generalização progressiva. Na generalização da Educação Inclusiva, o nível de apoio e a perícia terão que ser compatíveis com a natureza da demanda (SASSAKI, 2002, p.41,121). Nesse sentido, fortemente o texto aponta que as pessoas com necessidades educativas especiais devem ter acesso ás escolas comuns que deverão ser integradas sendo capaz de atender a essas necessidades. Em relação à inclusão, pressupõe-se que todos, sem exceção, devem participar em escolas regulares, e ter um trabalho pedagógico que sirva a todos, sem que haja discriminação qualquer indivíduo. Esse trabalho propõe caminhos de interação intensa e continuada entre as instituições de ensinos regulares que devem promover em suas práticas de educação todos os cuidados necessários; na integração observando os aspectos físicos, emocionais, cognitivos, linguísticos, sociais e afetivos da criança, fazendo com que elas tenham um desenvolvimento total em seu processo de aprendizagem, e de inclusão de fato. Durante a Assembleia Geral da ONU, em 1996, foi aprovado o documento “Normas Sobre Equiparação as de Oportunidades para Pessoas com Deficiência’, que diz que as autoridades da educação comum são responsáveis pela educação de pessoas com deficiência em ambientes integrados. Ainda apresentam nele que as autoridades devem garantir que a educação de pessoas com deficiência seja uma parte integrante do planejamento educacional nacional, do desenvolvimento currículo e da organização escolar, cabendo as responsabilidades e o cumprimento das mesmas. [...] A educação em escolas comuns pressupõe a provisão de intérprete e outros serviços e apoio adequados. Serviços adequados de acessibilidade e de apoio, projetados para atender às necessidades de pessoas com diferentes deficiências, devem ser prestados. (SASSAKI, 2001, p.119). Fica claro que, nesta perspectiva, todas as crianças com necessidades educativas especiais terão o direito de participar e se relacionar com outras crianças ditas “normais” em uma sociedade e inclusiva. No entanto, é preciso buscar conhecer nossos direitos e os fazer valer. Mantoan (2003), enfatiza que reconstruir os fundamentos de escola de qualidade para todos, remete-se em questões específicas relacionadas ao conhecimento e a aprendizagem, que sejam considerados que o ato de educar supõe intenções, representações que tem do papel da escola, do professor, do aluno, conforme os paradigmas que os sustentam. A autora ainda relata que a escola inclusiva exige mudanças de paradigmas, que podem ser definidos como modelos, exemplos abstratos que se materializam de modo imperfeito no mundo concreto. A Convenção da Guatemala (1999), promulgada no Brasil pelo Decreto nº 3.956/2001, afirma que as pessoas com deficiência têm os mesmos direitos humanos e liberdades fundamentais que as demais pessoas, definindo como discriminação com base na deficiência, toda diferenciação ou exclusão que possa impedir ou anular o exercício dos direitos humanos e de suas liberdades fundamentais. Esse Decreto tem importante repercussão na educação, exigindo uma reinterpretação da educação especial, compreendida no contexto da diferenciação adotada para promover a eliminação das barreiras que impedem o acesso à escolarização. Na perspectiva da educação inclusiva, a Resolução CNE/CP nº1/2002, que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, define que as instituições de ensino superior devem prever em sua organização curricular formação docente voltada para a atenção à diversidade e que contemple conhecimentos sobre as especificidades dos alunos com necessidades educacionais especiais. 2.4 A Ldb Em Atendimento À Pessoa Com Necessidades Educativas Especiais (P.N.E.E.) A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional- LDB – 9394/96 é uma ferramenta de grande valia, pois a organização e os direitos das crianças especiais ficaram explícitos, dando maior ênfase à necessidade do olhar educacional. Seu conteúdo tem um capítulo com quatro artigos específicos sobre o tema, além de outras citações que vão ao encontro das necessidades daqueles, que lutampor uma escola inclusiva. Isso requer que todos conheçam os direitos e deveres acerca do atendimento especializado. Art. 2º. A educação é dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (LDB) Neste, conseguimos entender a importância da responsabilidade do estado e da família, para que esteja ciente dos seus deveres, isto fica incumbindo tanto para crianças “normais”, quanto para aquelas com deficiência. E, que sejam de fato assegurados que os direitos sejam garantidos. Assim, estabelece, em seu artigo, que os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organiza- se e adaptar aos educandos com necessidades educativas especiais para uma educação de qualidade. Lopes (1999), aponta que a especialização do atendimento educacional, a autorrealização pessoal do educador precisa acontecer. Isso está expresso no art. 3º, que deve atender a dignidade da pessoa humana. Art. 3º. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; IV – respeito à liberdade e apreço à tolerância; V – coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII – valorização do profissional da educação escolar; VIII – gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos sistemas de ensino; IX – garantia de padrão de qualidade; X - valorização da experiência extraescolar; XI – vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. (LDB) Ainda, define sobre a educação especial, Art. 58. Entende-se por Educação Especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais. 1º. Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de Educação Especial. 2º. O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração na classes comuns de ensino regular. 3. A oferta de Educação Especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil. Art. 59. Deverá ser assegurado pelos sistemas de ensino aos educandos com necessidades especiais: I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específica, para atender às suas necessidades; II – terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados; III – professores com especialização adequadas em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem com professores do ensino regular capacitado para a integração desses educandos nas classes comuns; IV – educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artísticas, intelectual ou psicomotora. V – acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares disponíveis para o respectivo nível de o ensino regular. O Art. 59, refere-se à organização específica da educação especial, ressaltando que para atender a esses alunos em virtude de qualquer deficiência, mas para isso os currículos, métodos, técnicas e de recursos educativos diferenciados. Nesta sistematização de parâmetros, devem estar adaptadas a essas crianças. O programa conclui adequar o programa escolar para contemplar os superdotados, na aceleração de estudos, quando for o caso, conforme o inciso I e II. O artigo, também assegura o “acesso igualitário” dos alunos com necessidades especiais, aos programas sociais, os que forem feitos no ensino regular. Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios de caracterização da instituições privadas sem fins lucrativos, especializados e com atuação exclusiva em Educação Especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo poder público. A LDB no Art. 60, defere aos órgãos normativos dos sistemas de ensino, o estabelecimento de critérios relativos as instituições privadas, sem fins lucrativos, pra que possam receber apoio técnico e financeiro pelo Poder Público. Por exemplo, algumas instituições como as APAES, a PESTALOZZI, os programas adotados pelo governo e outros. 3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO 3.1 Tema e linha de pesquisa A temática de práticas inclusivas representam uma evolução das ideias acerca da Educação Especial. Muito se tem falado sobre o processo de inclusão, mas é na integração que insere o sujeito na escola por meio de uma adaptação do ambiente escolar já estruturado, e que implica a inclusão escolar em um redimensionamento de estruturas físicas da escola, de atitudes e percepções dos educadores, adaptações curriculares, dentre outros. 3.2 Justificativa Promover a inclusão significa, sobretudo, uma mudança de postura e de olhar acerca da deficiência. Implica em quebra de paradigmas, em reformulação do sistema de ensino para a conquista de uma educação de qualidade, na qual, o acesso, o atendimento adequado e a permanência sejam garantidos a todos os alunos, independentemente de suas diferenças e necessidades. As práticas pedagógicas eficazes e apropriadas às deficiências são imprescindíveis para a evolução dos alunos, e isso o professor só consegue planejar e desenvolver quando recebe o referencial teórico e a assessoria pedagógica adequados. A escola comum pode ser considerada inclusiva quando reconhece e respeita as diferenças dos alunos mediante seu processo educativo, buscando a participação e o avanço de todos adotando novas práticas pedagógicas. É sabido que as práticas pedagógicas vão além das escolas e das salas de aula. Porém para termos uma escola comum inclusiva, saber os direitos e reivindicá-los torna-se a ferramenta crucial para tal mudança educacional. 3.3 Problematização A educação inclusiva problematiza as práticas educacionais hegemônicas e passa a utilizar conceitos interligados a diferença como possibilidade de compreender a relação e/outro na constituição da identidade e subjetividade do sujeito. Tal concepção defende o conhecimento e a convivência com a diferença como promotoras de uma ultrapassagem das práticas rotuladoras, classificatórias da aprendizagem e dos preconceitos historicamente construídos em relação à pessoa com deficiência. O que requer uma revisão na definição e conceituação da função da escola, da concepção do conhecimento, do ensino e da aprendizagem, uma vez que a nova concepção define as ações educacionais que interferem diretamente no percurso escolar do aluno e na sua constituição como sujeito 3.4 Objetivos Este projeto de Ensino apresenta como objetivo geral: mostrar e refletir sobre o desafio da educação inclusiva em sala de aula com alunos inclusivos e comuns, bem como as dificuldades encontradas pelos professores frente essa problematização, ministrar aulas na perspectiva da educação inclusiva, sem a capacitação em serviço. Tendo-se em vista que; os benefícios da inclusão, não é só para a escola pública,mas para toda a sociedade. 3.5 Conteúdos • Identificar os desafios dos professores em serviço, nas séries iniciais, quanto à prática de ensino e o desempenho dos alunos inclusos e comuns em sala de aula, na perspectiva da Educação Inclusiva • Verificar dificuldades encontradas pelos professores para ministrar os mesmos conteúdos para a turma toda, e fazer com que todos aprendam. • Incluir em salas de aula convencionais crianças com alguma dificuldade ou deficiência. 3.6 Processo de desenvolvimento Vamos desenvolver atividades voltado a Arte e educação para incluir as crianças especiais, nosso objetivo e desenvolver atividades na disciplina de Artes que permitam que os alunos regulares e os especiais possam interagir juntos, vamos proporciona experiências sensórias, motoras e cognitivas, com objetivo a beneficiar o desenvolvimento escolar através da exploração da zona proximal dessas crianças. Vamos fazer boneco de argila para discutir as partes do corpo. Os professores e estagiários ficamos atentos para auxiliar os alunos com dificuldade motora ou visual, assim orientando-os para conseguir construir seu boneco como os outros alunos. 2 etapa: vamos ensinar sobre os sentidos do corpo, com o objetivo de ensinar a criança os cinco sentidos, permitindo que elas construam seu conhecimento sobre os órgãos do sentido e suas funções de forma prática e lúdica. Para cada sentido vamos fazer uma atividade diferente que permita ao aluno identificar seus sentidos. Procuramos diversificar as atividades para alunos com deficiência auditiva (sons agudos e graves), visual (objetos tridimensionais e com texturas diferentes), incluindo-os nas atividades propostas. 3.9 Avaliação Incluir os alunos com NEE nas séries iniciais em sala de aula e em todos os segmentos é uma forma de aceitá-los como eles são. Sem importa qual tipo de deficiência eles tem, o que importa é eles ter oportunidades para que se sintam bem e motivados. As dificuldades e desafios são enormes tanto para a escola (direção, orientação e professores) quanto para os alunos. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS O projeto proposto na escolar com alunos com necessidades educativas especiais requer além do processo estrutural e legal; requer a certeza de que essas crianças estão inseridas e como também às leis que viabilizam o desempenho do trabalho pedagógico está acontecendo. Se tratando das leis, as já existentes, observei que muitas delas estão de acordo com as especificidades dos alunos com necessidades especiais. O problema é que em algumas escolas ainda não estão apropriadas conforme a lei para receberem esses alunos . Existem poucos investimentos, tornando, com isso, o exercício profissional desqualificado. Com esta visão é fato acreditar que devem ser tomadas medidas tanto éticas, quanto mais enérgicas na política de Educação Inclusiva, no que tange a formação dos professores, culminando no seu estímulo e crescimento profissional. O professor deve trabalhar de forma que o aluno não se sinta inferior aos demais colegas. Fazendo com que o aluno construa e desenvolva o seu conhecimento e participe coletivamente do seu convívio escolar. Dar-se conta destes sentimentos é um grande desafio, tão grande quanto procurar as soluções que garantam o bem estar das crianças com necessidades especiais e, ao mesmo tempo, assegurar aos educadores de que estão agindo de forma consciente. O professor, enquanto profissional com mais proximidade das crianças, precisa estar plenamente consciente de que a criança com deficiências tem necessidade de pensar e descrever fatos de acordo com suas próprias experiências e sensações, em vez de ser obrigada a memorizar. Isto significa que a criança com necessidade educativa especial necessita de um ensino que esteja baseado em seu cotidiano, no que mais se aproxima de suas vivências cotidianas. Isto exige do professor um comportamento mais ativo, inovador e flexível. Ele precisa estar atento não só às necessidades de todas as crianças ditas “normais”, mas também às necessidades da criança com deficiência. É preciso estar mas envolvido na possibilidade de desenvolvimento de todos os alunos. Incluir uma criança com deficiência envolve muitos e variados aspectos, que necessitam de constante observação e de acompanhamento cuidadoso, para o qual os educadores terão de se preparar adequadamente. Na medida em que a orientação inclusiva implica um ensino adaptado às diferenças e às necessidades individuais, os educadores precisam estar habilitados para atuar de forma competente junto aos alunos inseridos, nos vários níveis de ensino. Assim, torna-se importante que os professores sejam instrumentalizados a fim de atender às peculiaridades apresentadas pelos alunos. Deste modo o processo de inclusão é amplo, com transformações pequenas e grandes, tanto em ambientes físicos, como na sociedade, onde as pessoas sofrem marginalizações desde suas raízes históricas, seja pela classe social que ocupa, pela sua condição étnica ou pela orientação sexual, e para tentar mudar essa realidade é necessária uma junção de esforços tanto daqueles que desenvolvem e aplicam as políticas públicas como de todas as pessoas que compõem o universo social. Assim para se ter uma educação inclusiva precisamos de uma transformação profunda na estrutura, na organização e na compreensão que poderemos vir a ter sobre as relações sociais de modo geral, onde a exclusão realmente não mais ocorra. E, para isso, através de condições humanas e materiais reais criados no ambiente escolar, será uma partida inicial se pensar e exercer uma prática pedagógica que seja de fato inclusiva para todos. REFERÊNCIAS SASSAKI, Romeu Kazumi. Incluindo pessoas com deficiência psicossocial – Parte 2. Revista Reação, ano XIV, n. 79, mar./abr. 2011, p.12- 19._____________. Inclusão Construindo uma Sociedade para Todos, 4º ed. Rio de Janeiro: WVA, 2002. UNESCO. Declaração de Cochabamba: Educação para Todos: cumprindo nossos compromissos, 2001. Declaração e Programa de Ação da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Social - Copenhague -1995. Declaração e Programa de Ação da Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Social - Copenhague -1995. MENDES, G. M., SANTOS, R. A. (orgs.). Deficiência e escolarização: novas perspectivas de análise. São Paulo, Araraquara: Junqueira & Marin, 2008. MANTOAN, Maria Teresa Egler. Inclusão Escolar: o que é? por quê? como fazer? São Paulo: Moderna, 2003. MARTINS, L. A. R. A inclusão escolar do portador da síndrome de Down: o que pensam os educadores? Natal: EDUFRN, 2003. MAZZOTTA, Marcos J.S. educação Especial no Brasil: História e Políticas Públicas. 2º ed, São Paulo: Cortez, 1999. Ministério da Justiça - DECLARAÇÃO DE SALAMANCA E LINHA DE AÇÃO SOBRE NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAIS - Brasília, corde, 1997. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA [UNESCO]. Declaração de Salamanca de princípios, política e prática para as necessidades educativas especiais. Brasília: CORDE, 1994. REVISTA, Nova Escola. 06/99. SANTOS, Helio. A busca de um caminho para o Brasil – a trilha do círculo vicioso. São Paulo: Senac, 2001. BRASIL, Constituição: República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988 BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Brasília, 1996. BRASIL, Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental: Parecer Câmara de Educação de Educação Básica do Conselho Nacional d Educação. Brasília, 22 de dezembro de 1998. BUENO, José Geraldo Silveira. A Inclusão de Alunos Deficientes nas Classes Comuns do Ensino Regular. Temas sobre Desenvolvimento. V.9, nº 54, São Paulo, 1999. BUENO, J. G. S. A educação inclusiva e as novas exigências para formação de professores: algumas considerações. In: BICUDO, M. A. V.; JUNIOR, C. A. da S. (Org.). Formaçãodo educador e avaliação educacional: formação inicial e continuada. São Paulo: Editora da UNESP, 1999. (Seminários e Debates, v.2) CARVALHO, Rosita Edler. Temas em Educação Especial, Rio de Janeiro:WVA, 2000. Congresso Nacional - lei de Diretíizes e Bases da Educação Nacional, 1996. Congresso Nacional -Constituição da República Federativa do Brasil Brasília– Senado Federal,1988 Conselho Nacional de Educação - Câmara de Educação Básica Resolução CNE/CNB n.2 de 11 de setembro de 2001 - Brasília. CHAUÍ, M. de S. Cultura e democracia. O discurso competente e outras falas. São Paulo: Moderna, 1981. APUD,PATTO, Maria Helena de S. Políticas atuais de inclusão escolar: reflexões a partir de um recorte conceitual. p. 25-42. In: BUENO, J. G., DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO. LEI Nº 5 692, de 11 de agosto de 1971.____________Decreto nº 72.425, de 3 de Julho de 1973. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 HISTÓRIA DO PROCESSO DE INCLUSÃO ESCOLAR 2.2 Período de 1854 a 1993 - Iniciativas Oficiais e Particulares Isoladas de Âmbito Nacional 2.3 Políticas Públicas Da Educação Inclusiva 2.4 A Ldb Em Atendimento À Pessoa Com Necessidades Educativas Especiais (P.N.E.E.) 3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO 3.1 Tema e linha de pesquisa 3.3 Problematização 3.4 Objetivos 3.5 Conteúdos 3.6 Processo de desenvolvimento 3.9 Avaliação 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS
Compartilhar