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PÁGINA 1 PÁGINA 2 ORGANIZADORES: VANESSA MARIA FREIRE ABÍLIO MARCOS AURÉLIO VASCONCELOS LIMA JUNIOR AUTORES ANA CAROLINA LOUREIRO GAMA MOTA FERNANDA CAMPOS JÚLIA MAGALHÃES DA COSTA LIMA RACHEL CHRISTINA DE QUEIROZ PINHEIRO VANESSA MARIA FREIRE ABÍLIO CO-AUTORA ARIELLY DE SOUSA LEITÃO PROJETO GRÁFICO NÚCLEO DE PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS (NPI) RAIFF PIMENTEL FÉLIX ALMEIDA R281 Reabilitação Oral / Organizado por Vanessa Maria Freire Abílio, Marcos Aurélio Vasconcelos Lima Junior. Unipê: João Pessoa, 2018. 138p. v. IV Coleção: Manuais Aplicativos em Clínica Odontológica ISBN 978-85-87868-67-1 1. Odontologia. 2. Prótese Total. 3. Reabilitação Oral I. Título. UNIPÊ / BC CDU 616.314-77 COMO MELHOR UTILIZAR ESTE LIVRO: Este e-book foi desenvolvido com intenção de facilitar o acesso à informação. Baixe o arquivo e visualize-o na tela do seu computador ou celular sempre que necessitar. Utilize as setas, as teclas Page Up e Page Down do teclado ou o Scroll do mouse para navegar pelo livro. Não desperdice papel, imprima somente se necessário. 4- INDIVIDUALIZAÇÃO DOS PLANOS DE CERA 7- INSTALAÇÃO E ORIENTAÇÕES PREFACIO As “Diretrizes Curriculares de Odontologia” orientam que a graduação na capacite os futuros profissionais na execução das especialidades de forma integrada. O curso de odontologia do UNIPE decidiu confeccionar 2018.1, manuais aplicativos de algumas especialidades odontológicas visando integrar os conteúdos abordados na graduação. Dentre as especialidades Odontológicas, a Reabilitação Oral, nome utilizado por ser mais abrangente que a ‘Prótese Dentária’, consiste num conjunto de procedimentos clínicos e protéticos, que em conjunto com outras especialidades (endodontia, periodontia, ortodontia, implantodontia, prótese e estética) objetiva restabelecer a saúde bucal e a estética do paciente. Ressalta-se que é uma área específica do conhecimento, exercida por profissional qualificado a executar procedimentos de maior complexidade, com ações eficazes. E para auxiliar aos alunos no entendimento e integração desses saberes, buscou-se o que há de mais atual na literatura, compilar protocolos consagrados em nível mundial. Visto que às várias escolas pode dificultar a adoção de nortes. O manual aplicativo da Reabilitação Oral foi elaborado pela equipe de professores desse componente e alguns alunos aprovados numa seleção, visando à condensação dos conteúdos abordados na graduação, em respeito à literatura científica vigente. E o objetivo foi de facilitar a comunicação entre os docentes e discentes, durante as práticas laboratoriais e/ou atendimentos clínicos, com vistas ao sucesso na aplicabilidade dos conteúdos dessa ciência exercida pelo profissional cirurgião-dentista. O manual é dividido em capítulos que abordam diversos conteúdos que possibilitam à reconstrução de dentes destruídos e/ ou a reposição de dentes ausentes visando à manutenção das funções do sistema estomatognático, proporcionando ao paciente a função, a saúde, o conforto e a estética; desde etapas de planejamento à finalização dos mais diversos procedimentos. Buscou-se utilizar uma linguagem atual e acessível aos alunos, além de imagens para melhor entendimento e a fixação do conteúdo. Nesse manual você irá encontrar assuntos tais como: - diagnóstico, prognóstico, controle e princípios que reagem à oclusão, através da confecção de prótese fixa, da prótese removível parcial ou total e da prótese sobre implantes, incluindo as etapas laboratoriais necessárias à execução desses trabalhos, além da necessidade de manutenção e controle dessa reabilitação. Prof. Laudenice de Lucena Pereira Coordenadora Adjunta do Curso de Graduação em Odontologia – UNIPÊ Especialista em Dentística, Mestre em Diagnóstico Oral e Doutora em Patologia. PÁGINA 5 4- INDIVIDUALIZAÇÃO DOS PLANOS DE CERA 1 - EXAME CLÍNICO 10 - DELINEAMENTO 21 - CIMENTAÇÃO DO RETENTOR INTRARRADICULAR METÁLICO FUNDIDO (RIMF) E ADAPTAÇÃO DO PROVISÓRIO 8 - EXAME CLÍNICO DO PACIENTE EM PPR 18 - DESOBTURAÇÃO DO CONDUTO 19 - CONFECÇÃO DE PROVISÓRIO9 - MOLDAGEM PRELIMINAR OU DE ESTUDO 20 - MODELAÇÃO DO CONDUTO PARA CONFECÇÃO DO NÚCLEO PARTE I- PRÓTESE TOTAL REMOVÍVEL PARTE II- PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL PARTE III- PRÓTESE FIXA 5- REGISTRO INTERMAXILAR, MONTAGEM EM ASA E SELEÇÃO DOS DENTES 2- MOLDAGEM ANATÔMICA 11 - PREPARO DE BOCA 22 - PREPARO PROTÉTICO6- PROVA DOS DENTES E SELEÇÃO DA COR DE GENGIVA 7- INSTALAÇÃO E ORIENTAÇÕES 3- MOLDAGEM FUNCIONAL 12 - MOLDAGEM DE TRABALHO OU FUNCIONAL 23 - MOLDAGEM DO PREPARO 13 - PROVA DA ESTRUTURA METÁLICA 24 - PROVA DO COPING, MOLDAGEM DE TRANSFERÊNCIA E SELEÇÃO DE COR 14 - REGISTRO INTERMAXILAR E SELEÇÃO DOS DENTES 25 - PROVA DA COROA, AJUSTE OCLUSAL E CIMENTAÇÃO 15 -MONTAGEM NO ASA 16 -PROVA DOS DENTES 17 - INSTALAÇÃO E CONTROLE 23 07 57 112 43 96 10049 107 29 12 63 11634 38 17 69 119 73 125 78 131 85 90 92 PÁGINA 6 PARTE I - PRÓTESE TOTAL REMOVÍVEL PÁGINA 7 EXAME CLÍNICO \ANA CAROLINA LOUREIRO GAMA MOTA | RACHEL CHRISTINA DE QUEIROZ PINHEIRO | VANESSA MARIA FREIRE ABÍLIO CAPÍTULO 1 A realização de um correto exame clínico, intra e extra oral, é de suma importância para se ter um bom prognóstico da futura prótese total (PT). É importante avaliarmos o paciente durante a anamnese para integrar a história clínica, médica e odontológica, avaliando a saúde geral do paciente, observando a presença de deficiências nutricionais, de diabetes, estados artríticos, uso de fármacos que comprometam a salivação, pois esse contexto influenciará de forma direta na retenção da futura PT. Durante o exame clínico temos que realizar um minucioso exame visual e palpação, além de solicitar e analisar os exames radiográficos e modelos de estudo, é nesta fase que avaliamos as condições que a PT, quando instalada, terá para trazer conforto ao paciente. • A - Perfil facial • B - Lábios • C - Linha média EXAME EXTRA-ORAL PÁGINA 8 Fig. 1, 2 e 3: Exame extra oral da paciente de frente, perfil e sorrindo. Fig. 4 e 5: Exame intra-oral da maxila e mandíbula. PÁGINA 8 PÁGINA 9 CLASSIFICAR A MUCOSA ORAL: LESÕES QUE ACOMETEM A CAVIDADE BUCAL: SEGUNDO A RESILIÊNCIA: FORMA GERAL DOS MAXILARES 1. Hiperplasias fibrosas inflamatórias 2. Estomatites 3. Úlceras traumáticas 4. Leucoplasia, a eritroplasia e o líquen plano oral • Muito resiliente ou flácida; • Resiliência média; • Pouco resiliente (mucosa dura). • quadrada; • triangular; • ovóide. Fig. 6: A- Rebordo quadrado; B- Rebordo triangular; C- Rebordo ovóide Fonte: http://www.sobreimplantes.com/dentes/pesquisadentes4.asp PÁGINA 10 TAMANHO DOS MAXILARES TAMANHO DOS MAXILARES • grandes; • médios; • pequenos. • Proeminente; • Médio; • Atrófico. Fig. 7: A- Rebordo grande; B- Rebordo médio; C- Rebordo pequeno. Fonte: http://www.sobreimplantes.com/dentes/pesquisadentes4.asp Fig. 8: Tamanho dos rebordos residuais. Fonte: TURANO, 2010. PÁGINA 11 FORMA DOS REBORDOS RESIDUAIS TIPOS DE SALIVA (QUANTO À SECREÇÃO) • Arredondado; • Triangular; • Estrangulado. • Serosa = fina, aquosa. • Mucosa = viscosa, lubrificação dos tecidos. Fig. 9: Forma dos rebordos residuais. Fonte: TURANO, 2010. MEZZOMO, E.; et al. Reabilitação Oral contemporânea. 1ª Ed. São Paulo: Santos, 2006, 873p. RIBEIRO, M. S. Manual de Prótese Total Removível. 1ª Ed. São Paulo: Santos, 2007, 123p. SALVADOR, M. C. G.; VIEIRA, L. F.; DUARTE, A. R. C.; VIANA, R. F. Manual de laboratório Prótese Total. 2ª Ed. São Paulo: Santos, 2007, 126p. TELLES, D. Prótese Total – Convencional e sobre implantes. 1ª reimpressão. São Paulo: Santos, 2010, 492p. TURANO, J. C. TURANO, L. M; TURANO, M V. Fundamento de prótese total. 9ª ed. São Paulo: Santos, 2010. 569p. REFERÊNCIASPÁGINA 12 Tabela 1: Materiais e instrumentais utilizados na moldagem anatômica em PT. MOLDAGEM ANATÔMICA \ANA CAROLINA LOUREIRO GAMA MOTA | RACHEL CHRISTINA DE QUEIROZ PINHEIRO | VANESSA MARIA FREIRE ABÍLIO CAPÍTULO 2 Procedimento que visa reproduzir as características da cavidade bucal do paciente possibilitando a avaliação das inserções musculares que determinarão a zona de selamento periférico e a necessidade ou não da realização de cirurgias pré-protéticas. O modelo obtido é utilizado também para obtenção de uma moldeira individual, posteriormente utilizada para realização da moldagem anatômica. DEFINIÇÃO: Materiais de consumo: Instrumentais: Alginato Moldeira perfurada (Inox ou alumínio) Cera utilidade 2 Cubetas Hipoclorito de sódio a 1% Espátula para alginato Gesso tipo III + gesso comum Medidor de água e pó ( do mesmo fabricante do alginato utilizado) Álcool à 96% Lecron Espátula de gesso Lamparina à álcool Jogo Clínico PÁGINA 13 PROTOCOLO CLÍNICO 1. POSICIONAMENTO DO PACIENTE 2. SELEÇÃO DA MOLDEIRA O dentista deve posicionar o paciente sentado com a cabeça ligeiramente para trás, o ombro do paciente deve estar na altura do cotovelo do dentista, este deverá se posicionar em pé, por trás do paciente. A moldeira selecionada deve cobrir toda a área basal que fará parte da futura prótese de forma livre, sem tocar nenhuma região anatômica, deixando um espaço livre entre a mucosa e a moldeira de 3 a 4mm, dessa forma teremos espessura do material de moldagem para que este apresente resistência ao rasgamento. Em seguida, deve-se individualizar a moldeira, colocando na periferia cera utilidade, proporcionando melhor cópia da anatomia do fundo de sulco, retenção do alginato e evitando a formação de bolhas, bem como o desprendimento entre o alginato e a moldeira. Fig.10: Jogo de moldeiras para moldagem de estudo; 11: prova de moldeira; 12: espaço entre a moldeira e fibromucosa para adaptação de material de material de moldagem. PÁGINA 14 3. INSERÇÃO DA MOLDEIRA 4. DESINFECÇÃO DO MOLDE A moldeira deve ser levada à boca com o paciente e o dentista posicionado corretamente; o cabo da moldeira deve estar centralizado em relação à linha média do paciente. A moldeira deve ser pressionada da região da tuberosidade para a região anterior, com isto o material não escoará para a amígdala do paciente. Quadro 2: Protocolo para desinfecção do molde de alginato. A proporção utilizada de pó/água de alginato para dever ser de 2:2 para o arco inferior e 3:3 para o arco superior, manipulando o material como descrito no Quadro 1. Quadro 1: Manipulação do alginato. MANIPULAÇÃO DO ALGINATO • Proporção de água e pó • Verte-se o pó sobre o líquido • Manipulação vigorosa utilizando-se espátula de plástico por 60 segundos, até que se obtenha uma mistura lisa e homogênea • Preenchimento da moldeira com o material de moldagem no sentido ântero-posterior. DESINFECÇÃO DO MOLDE • Lavagem em água corrente • Borrifar hipoclorito de sódio 1% por 10 minutos • Lavagem com água corrente PÁGINA 15 5. OBTENÇÃO DO MODELO DE ESTUDO 6. PREENCHIMENTO DA GUIA DO LABORATÓRIO Após desinfecção deve-se proceder a secagem e preenchimento do molde com gesso nos primeiros 30 minutos após a moldagem, evitando-se distorções pelo processo de sinérese e embebição. Para preenchimento do molde com gesso pedra tipo III deve-se utilizar a proporção de 100 gramas de pó para cada 30 ml de água, obtendo-se dessa forma o modelo de estudo. O modelo de estudo é encaminhado ao laboratório para confecção de uma moldeira individual em resina acrílica que será utilizada para realização da moldagem funcional. A guia deve ser preenchida conforme o Quadro 3 e enviada ao laboratório junto com os modelos de estudos. Quadro 3: Informações que devem constar na guia do laboratório. Data de saída: / / Data de retorno: / / Nome do Laboratório: Paciente: Aluno (telefone): Professor Orientador: Fase solicitada: Confecção de moldeira individual Obs.: PÁGINA 16 MEZZOMO, E.; et al. Reabilitação Oral contemporânea. 1ª Ed. São Paulo: Santos, 2006, 873p. RIBEIRO, M. S. Manual de Prótese Total Removível. 1ª Ed. São Paulo: Santos, 2007, 123p. SALVADOR, M. C. G.; VIEIRA, L. F.; DUARTE, A. R. C.; VIANA, R. F. Manual de laboratório Prótese Total. 2ª Ed. São Paulo: Santos, 2007, 126p. TELLES, D. Prótese Total – Convencional e sobre implantes. 1ª reimpressão. São Paulo: Santos, 2010, 492p. TURANO, J. C. TURANO, L. M; TURANO, M V. Fundamento de prótese total. 9ª ed. São Paulo: Santos, 2010. 569p. REFERÊNCIAS PÁGINA 17 Tabela 2: Materiais e instrumentais utilizados na moldagem anatômica em PT. MOLDAGEM FUNCIONAL \ANA CAROLINA LOUREIRO GAMA MOTA | RACHEL CHRISTINA DE QUEIROZ PINHEIRO | VANESSA MARIA FREIRE ABÍLIO CAPÍTULO 3 A moldagem funcional objetiva a obtenção de uma cópia precisa das estruturas da cavidade bucal do paciente que proporcionarão retenção e estabilidade à futura prótese total. Para tanto deve-se realizar a cópia da fibromucosa do paciente em repouso, sendo indicada a utilização de uma moldeira individual, confeccionada a partir do modelo de estudo e individualizada para cada paciente. DEFINIÇÃO: Materiais de consumo: Instrumentais: Silicone de adição ou condesação Peça reta + Peça de mão Adesivo universal Jogo clínico Hipoclorito de sódio a 1% Broca de tugstênio (formato em pera) Lápis cópia Disco de carborundum + mandril PÁGINA 18 1. AJUSTE DA MOLDEIRA INDIVIDUAL 2. VEDAMENTO PERIFÉRICO 3. MOLDAGEM PROPRIAMENTE DITA Durante a prova da moldeira individual deve-se deixar livre de compressão a região de inserções musculares e freios, evitando que as margens da futura prótese causem a formação de úlceras ou a quebra do menisco salivar provocando a perda de retenção da prótese. A região de palato mole também deve ser aliviada. Para desgaste da resina acrílica deve-se utilizar broca de tungstênio montada em peça reta. Para individualização da moldeira individual faz-se o vedamento periférico com silicone de adição pesado. Primeiro aplica-se uma fina camada de adesivo para elastômero na borda de um dos lados da moldeira individual, manipula-se o silicone de adição pesado que é aplicado na borda da moldeira, levamos o conjunto à boca do paciente e , neste momento, faz-se movimentos com o a mucosa jugal e o lábio do paciente para melhor copia da anatomia da região de fundo de sulco. A individualização deve ser feita em toda região da moldeira, incluindo a área de selamento posterior. Após individualização da moldeira, aplica-se o adesivo universal para elastômero sobre toda a moldeira individual e o vedamento periférico, após a secagem do adesivo a moldeira deve ser preenchida com silicone de adição leve e o conjunto levado à boca do paciente (Para manipulação da pasta leve do silicone de adição, deve-se, preferencialmente, utilizar pistola para proporção e manipulação automática). Após a presa, procede-se a desinfecção do molde e o preenchimento com gesso pedra especial do tipo IV, o fabricante recomenda para manipulação desse tipo de gesso que se utilize para cada 100 gramas de pó, 24 ml de água. PROTOCOLO CLÍNICO PÁGINA 19 Fig. 13: Modelo de estudo; Fig. 14 e 15: Prova e ajuste da moldeira individual. Fig.16: Moldeiras individuais superior e inferior; Fig.17: Aplicação de adesivo universal para elastômero; Fig. 18 e 19: Moldeiras individualizadas com vedamento periférico. PÁGINA 20 Fig. 20 a 28: Sequência para moldagem funcional utilizando-se pasta leve do silicone de adição. PÁGINA 21 4. DESINFECÇÃO DO MOLDE 5. PREENCHIMENTO DA GUIA DO LABORATÓRIO A desinfecção deve ser feito como descrito no Quadro 4. A guia deve ser preenchida conforme o Quadro 5 e enviada ao laboratório junto com os moldes obtidos na moldagem funcional. Quadro 4: Protocolo para desinfecção do molde de silicone. Quadro 5: Informações que devem constar na guia do laboratório. DESINFECÇÃODO MOLDE • Lavagem em água corrente • Imergir o molde no hipoclorito de sódio 1% por 10 minutos • Lavagem com água corrente Data de saída: / / Data de retorno: / / Nome do Laboratório: Paciente: Aluno (telefone): Professor Orientador: Fase solicitada: Encaixotamento lateral dos moldes para obtenção dos modelos de trabalho. Confecção de base de prova e plano de orientação. Obs.: PÁGINA 22 MEZZOMO, E.; et al. Reabilitação Oral contemporânea. 1ª Ed. São Paulo: Santos, 2006, 873p. RIBEIRO, M. S. Manual de Prótese Total Removível. 1ª Ed. São Paulo: Santos, 2007, 123p. SALVADOR, M. C. G.; VIEIRA, L. F.; DUARTE, A. R. C.; VIANA, R. F. Manual de laboratório Prótese Total. 2ª Ed. São Paulo: Santos, 2007, 126p. TELLES, D. Prótese Total – Convencional e sobre implantes. 1ª reimpressão. São Paulo: Santos, 2010, 492p. TURANO, J. C. TURANO, L. M; TURANO, M V. Fundamento de prótese total. 9ª ed. São Paulo: Santos, 2010. 569p. REFERÊNCIAS PÁGINA 23 Fig. 29: Base de prova e planos de orientação para prótese total superior e inferior. INDIVIDUALIZAÇÃO DOS PLANOS DE CERA \ANA CAROLINA LOUREIRO GAMA MOTA | RACHEL CHRISTINA DE QUEIROZ PINHEIRO | VANESSA MARIA FREIRE ABÍLIO CAPÍTULO 4 As bases de próteses totais e os planos de orientação são utilizados para captação dos registros maxilo- mandibulares, individualização das curvas de Spee e Wilson, reconstrução estética dos tecidos moles, recuperação do suporte labial, DVO e seleção de dentes artificiais. DEFINIÇÃO: PÁGINA 24 Fig. 30: Prova de plano de orientação superior e inferior; Fig. 31: Acréscimo de cera para ajuste de plano de orientação; Fig. 32: Planos de orientação ajustados de acordo com o perfil que esteticamente agrada ao paciente. Tabela 3 : Materiais e instrumentais utilizados para individualização dos planos de cera. Materiais de consumo: Instrumentais: Cera 7 Lamparina à álcool Álcool à 96% Isqueiro ou fósforo Silicone de condensação (denso e catalizador) Espátula para gesso Lecron Compasso de Willis Régua de Fox 1. AJUSTE DO SUPORTE LABIAL Ao inserir o plano de orientação (PO) em boca, observa-se o suporte labial do paciente, este deve estar acompanhando o perfil do paciente, o qual é determinado pela glabela, subnásioe mento. Ao examinarmos o PO em boca, observaremos a projeção do lábio do paciente, caso esteja vestibularizado, dando a impressão de protrusão, remove-se o excesso de cera, caso esteja com a inclinação diminuída, acrescenta-se cera, até que o perfil do paciente esteja harmônico e correspondendo às suas expectativas. PROTOCOLO CLÍNICO PÁGINA 25 2. AJUSTE DA ALTURA INCISAL 3. AJUSTE DAS CURVAS DE COMPENSAÇÃO (LINHA DO SORRISO) Quando o lábio encontra-se em repouso a incisal dos dentes torna-se visível. O quanto a incisal fica perceptível dependerá da idade do paciente. Quanto mais jovem mais superfície incisal deve estar exposta, para pacientes idosos, devemos ajustar o PO para que a incisal fique perceptível em torno de 0,5 a 1,0mm. Com a ajuda da Régua de fox (RF) , observaremos se as curvas de compensação estão corretas. A RF é posicionada sobre o PO possibilitando avaliar lateralmente sua relação com o plano de Camper (Linha que vai do trágus a borda inferior da asa do nariz). Para avaliação do PO frontalmente, a PF deve estar paralelo a linha interpupilar, mostrando que não há inclinações no arco que comprometam estética e função, caso não haja paralelismo em alguma destes planos, faremos os ajustes necessários, com acréscimo ou desgaste de cera. Fig. 33 e 34: Utilização da régua de Fox para ajuste dos planos de orientação. PÁGINA 26 4. AJUSTE DO CORREDOR BUCAL 5. AJUSTE DA DVO DVO= DVR – EFL O paciente ao sorrir deve apresentar um triângulo entre a mucosa jugal e a superfície vestibular dos dentes posteriores equivalente no hemiarco direito e esquerdo. Com a ajuda do compasso de Willis (CW) mede-se o 1/3 inferior da face com o paciente em repouso. Com base nesse valor, chega-se ao valor a ser utilizado para construção da nova dimensão vertical de oclusão (DVO). Sabe-se que o espaço funcional livre deve variar entre 3 e 4 mm e que ele corresponde à diferença entre as medidas da dimensão vertical de repouso (DVR) e dimensão vertical de oclusão (DVO). Para ajuste do PO, plastifica-se a cera, com cuidado para não provocar desconforto ao paciente com o aumento de temperatura, coloca-se a base e PO em boca e pede-se que o paciente oclua com o CW corretamente posicionado (haste sobre o 1/3 médio com a parte fixa abaixo do nariz e a parte móvel abaixo da mandíbula), até a altura da DVO calculada previamente. Fig. 35: Utilização do compasso de Willis para verificação da correta DVO. PÁGINA 27 6. DEMARCAÇÃO DAS LINHAS DE ORIENTAÇÃO LINHA ALTA DO SORRISO LINHA MÉDIA LINHA DO CANINO Delimitamos a linha alta do sorriso no PO pedindo ao paciente para que sorria e delimita-se com a lecron a altura do lábio. A medição desta altura possibilitará a escolha do comprimento ideal dos dentes artificiais a ser utilizados. A linha média fornecerá a posição da face mesial dos dentes 11 e 21, esta linha deve ser delimitada com o dentista de frente para o paciente. Pode-se utilizar como auxiliar para essa medida um fio dental que percorre a linha média da face do paciente. Traçamos uma linha que desce da base do nariz, com esta medida teremos a largura dos dentes artificiais Fig. 36: Marcação da linha alta do sorriso PÁGINA 28 Fig. 37: Marcação da linha média e linha dos caninos MEZZOMO, E.; et al. Reabilitação Oral contemporânea. 1ª Ed. São Paulo: Santos, 2006, 873p. RIBEIRO, M. S. Manual de Prótese Total Removível. 1ª Ed. São Paulo: Santos, 2007, 123p. SALVADOR, M. C. G.; VIEIRA, L. F.; DUARTE, A. R. C.; VIANA, R. F. Manual de laboratório Prótese Total. 2ª Ed. São Paulo: Santos, 2007, 126p. TELLES, D. Prótese Total – Convencional e sobre implantes. 1ª reimpressão. São Paulo: Santos, 2010, 492p. TURANO, J. C. TURANO, L. M; TURANO, M V. Fundamento de prótese total. 9ª ed. São Paulo: Santos, 2010. 569p. REFERÊNCIAS PÁGINA 29 Tabela 4: Materiais e instrumentais utilizados para registro intermaxilar, montagem em ASA e seleção dos dentes. REGISTRO INTERMAXILAR, MONTAGEM EM ASA E SELEÇÃO DOS DENTES \ANA CAROLINA LOUREIRO GAMA MOTA | RACHEL CHRISTINA DE QUEIROZ PINHEIRO | VANESSA MARIA FREIRE ABÍLIO CAPÍTULO 5 É o procedimento que visa fazer o registro da posição da maxila em relação à mandíbula no plano vertical e horizontal. Após ajuste dos planos de orientação, deve-se registrar a posição intermaxilar no PO. Devido à ausência de elementos dentários, deve-se utilizar a posição de relação cêntrica (RC) como referência, visto que esta é a única posição reproduzível em pacientes edêntulos. DEFINIÇÃO: Materiais de consumo: Instrumentais: Silicone de condensação (denso e catalizador) Lecron Gesso comum tipo III Articulador semi-ajustável Fita crepe Arco facial com garfo do mordida Escala de cor (resina acrílica) 2 Placas de montagem PÁGINA 30 1. REGISTRO INTERMAXILAR Para isto fazemos um V no redordo de cera no PO, correspondente ao inferior, com a lecron, manipulamos meia porção do silicone pesado e colocamos sobre a cera. Em seguida, já com o PO superior em boca do paciente, inserimos o PO inferior com o silicone e manipulamos a mandíbula do paciente para a posição de RC, esperamos o material tomar presa e removemos os POs da boca do paciente. PROTOCOLO CLÍNICO Fig. 38 a 40: Registro da posição intermaxilar no PO utilizando-se pasta densa do silicone de condensação. PÁGINA 31 2. MONTAGEM DO ARTICULADOR SEMI-AJUSTÁVEL 3. SELEÇÃO DE DENTES Fig. 41: Montagem do arco facial. Fonte: Cátalogo da Bioart. Fig. 42: Planos de orientação montados em articulador semi-ajustável. As medidas dos dentes (altura, largura) de estoque é determinada de acordo com os ajustes feitos nos planos de orientação, a seleção de cor dos dentes artificiais é feita pelocirurgião dentista baseando-se nas características do paciente como cor da pele, sexo e idade do paciente, os dentes selecionados têm que estar em harmonia com o biotipo do paciente. Existem no mercado várias escalas de cor, é importante que após a seleção de cor o dentista informe ao técnico qual a marca da escala utilizada para que não haja distorções. PÁGINA 32 Quadro 6: Informações que devem constar na guia do laboratório. Figura 43: Catálogos para seleção de dentes artificiais. A guia deve ser preenchida conforme o Quadro 6 e enviada ao laboratório junto com os planos de orientação e modelos de trabalho montados em articulador semi-ajustável. 4. PREENCHIMENTO DA GUIA DO LABORATÓRIO Data de saída: / / Data de retorno: / / Nome do Laboratório: Paciente: Aluno (telefone): Professor Orientador: Fase solicitada: Montagem dos dentes Obs.: PÁGINA 33 MEZZOMO, E.; et al. Reabilitação Oral contemporânea. 1ª Ed. São Paulo: Santos, 2006, 873p. RIBEIRO, M. S. Manual de Prótese Total Removível. 1ª Ed. São Paulo: Santos, 2007, 123p. SALVADOR, M. C. G.; VIEIRA, L. F.; DUARTE, A. R. C.; VIANA, R. F. Manual de laboratório Prótese Total. 2ª Ed. São Paulo: Santos, 2007, 126p. TELLES, D. Prótese Total – Convencional e sobre implantes. 1ª reimpressão. São Paulo: Santos, 2010, 492p. TURANO, J. C. TURANO, L. M; TURANO, M V. Fundamento de prótese total. 9ª ed. São Paulo: Santos, 2010. 569p. REFERÊNCIAS PÁGINA 34 Tabela 5 : Materiais e instrumentais utilizados para prova dos dentes e seleção da cor de gengiva PROVA DOS DENTES E SELEÇÃO DA COR DE GENGIVA \ ANA CAROLINA LOUREIRO GAMA MOTA | RACHEL CHRISTINA DE QUEIROZ PINHEIRO | VANESSA MARIA FREIRE ABÍLIO CAPÍTULO 6 Procedimento que visa avaliar a estética e a relação oclusal, previamente a acrilização da prótese. DEFINIÇÃO: Materiais de consumo: Instrumentais: Cera 7 Lamparina à álcool Álcool à 96% Isqueiro ou fósforo Silicone de condensação (denso e catalizador) Espátula para gesso Escala de cor para gengiva Lecron Compasso de Willis 1. AVALIAÇÃO DA RELAÇÃO OCLUSAL DOS DENTES Verificação da chave de molar, observando também a semelhança da disposição dos dentes dada no articulador. Quando diferenças existirem, devemos repetir todos os passos do trabalho a partir do registro. PROTOCOLO CLÍNICO PÁGINA 35 2. AVALIAÇÃO ESTÉTICA (RECONSTITUIÇÃO FISIONÔMICA) 3. AVALIAÇÃO FONÉTICA Observar: dimensão vertical (DV), verificação da linha média, tamanho dos dentes, suporte labial e corredor bucal 3.1 FONEMAS LINGUODENTAIS (MISSISSIPI, 66) 3.2 TÉRMINO POSTERIOR DA PT SUPERIOR PELO FONEMA: 3.3 DIMENSÃO VERTICAL 3.4 ESPESSURA DA BASE ATENÇÃO • Determinação da posição dos dentes anteriores inferiores pela dificuldade na pronúncia do S, indicando que os dentes estão muito lingualizados. • Fonemas F e V- Incisivos superiores devem tocar suavemente a linha seco/úmida do lábio inferior. • Fonema AH! • Existência de espaço para os fonemas P,B e M • Região anterior do palato pela má pronúncia do T • Região posterior do palato pela dificuldade de pronúncia do G. Se, para o dentista a prótese está dentro dos padrões, está na hora de você entregar um espelho para o paciente e ouvir a opinião dele. É importante que o dentista compreenda que nem sempre o seu padrão de belo corresponde às expectativas do paciente. PÁGINA 36 Fig. 44, 45 e 46: Prótese total superior e inferior com dentes montados. Fig. 47: Sistema STG para seleção de cor de gengiva artificial; Fig. 48: Seleção de cor de gengiva artificial. 4. SELEÇÃO DA COR DA GENGIVA Após ajustes oclusais e aprovação do padrão estético pelo paciente, deve-se proceder à seleção de cor da gengiva artificial a ser utilizada na acrilização. O mercado fornece várias opções de marcas de escalas para seleção de cor de gengiva, deve-se escolher aquela que mais se aproxima da cor natural do paciente e informar ao técnico qual a marca e sistema utilizado na medição de cor para que não haja divergências. PÁGINA 37 5. PREENCHIMENTO DA GUIA DO LABORATÓRIO A guia deve ser preenchida conforme o Quadro 7 e enviada ao laboratório junto com a montagem de dentes e modelos de trabalho. Quadro 7: Informações que devem constar na guia do laboratório. Data de saída: / / Data de retorno: / / Nome do Laboratório: Paciente: Aluno (telefone): Professor Orientador: Fase solicitada: Acrilização. Cor da gengiva: Obs.: MEZZOMO, E.; et al. Reabilitação Oral contemporânea. 1ª Ed. São Paulo: Santos, 2006, 873p. RIBEIRO, M. S. Manual de Prótese Total Removível. 1ª Ed. São Paulo: Santos, 2007, 123p. SALVADOR, M. C. G.; VIEIRA, L. F.; DUARTE, A. R. C.; VIANA, R. F. Manual de laboratório Prótese Total. 2ª Ed. São Paulo: Santos, 2007, 126p. TELLES, D. Prótese Total – Convencional e sobre implantes. 1ª reimpressão. São Paulo: Santos, 2010, 492p. TURANO, J. C. TURANO, L. M; TURANO, M V. Fundamento de prótese total. 9ª ed. São Paulo: Santos, 2010. 569p. REFERÊNCIAS PÁGINA 38 Tabela 5: Materiais e instrumentais utilizados para instalação da PT. INSTALAÇÃO E ORIENTAÇÕES \ ANA CAROLINA LOUREIRO GAMA MOTA | RACHEL CHRISTINA DE QUEIROZ PINHEIRO | VANESSA MARIA FREIRE ABÍLIO CAPÍTULO 7 Procedimento que visa adaptar a prótese total na boca e orientar quanto a utilização e higienização. DEFINIÇÃO: Materiais de consumo: Instrumentais: Papel carbono Peça reta + baixa rotação Broca de tungstênio (formato afilado e formato pera) Pinça Miller 1. AVALIAÇÃO DA PRÓTESE FORA DA BOCA • Observar a presença de bolhas negativas , bem como de sulcos profundos na superfície de resina acrílica; • Observar a presença de bolhas positivas de resina na superfície da prótese; • Observar a presença de superfícies irregulars ou bordas cortantes que possam lesionar a mucosa; • Observar a presença de resquícios de gesso nas superfícies internas e externas das próteses. PROTOCOLO CLÍNICO PÁGINA 39 1. AVALIAÇÃO DA PRÓTESE FORA DA BOCA • Observar as regiões de freios e inserções musculares e bordas da prótese; • Avaliar da área de compressão; • Avaliar da estética e fonética; • Realizar testes de retenção, estabilidade e suporte; • Realizar ajuste e avaliação oclusal; • Polimento após os ajustes. Fig. 49. Avaliação da prótese em boca. PÁGINA 40 Quadro 8: Protocolo para higienização da PT. 3. ORIENTAÇÕES DE USO E HIGIENIZAÇÃO • Orientá-lo quanto a utilização e suas limitações funcionais; • Dieta macia com pedaços pequenos e mastigação bilateral; • Inicialmente haverá uma maior salivação; • Para uma fonética adequada é preciso ler em voz alta e repetir palavras e frases difíceis; • Prevenir sobre o desconforto inicial como alterações gustativas; • Orientar sobre a presença de traumas/lesões na mucosa, língua e bochechas; • Pacientes que apresentam xerostomia precisam usar saliva artificial; • Quando não estiver usando a prótese, colocá-la na água para liberação de monômero residual e impedir a sinérise; • Os retornos são feitos com 8 E 30 DIAS. • A higienização deve ser feita como especificado no Quadro 8. • O paciente não deve dormir com a prótese, à noite deixa-la em um recipiente com água. HIGIENIZAÇÃO DA PRÓTESE • Utilizar escova apropriada para prótese com sabão de coco ou neutro • Colocar a prótese de molho em 300 ml de água com 15ml de hipoclorito de sódio por 20 minutos duas a três vezes por semana. PÁGINA 41 MEZZOMO, E.; et al. Reabilitação Oral contemporânea. 1ª Ed. São Paulo: Santos, 2006, 873p. RIBEIRO, M. S. Manual de Prótese Total Removível. 1ª Ed. São Paulo: Santos, 2007, 123p. SALVADOR, M. C. G.; VIEIRA, L. F.; DUARTE, A. R. C.; VIANA, R. F. Manual de laboratório Prótese Total. 2ª Ed. São Paulo: Santos, 2007, 126p. TELLES, D. Prótese Total – Convencional e sobre implantes. 1ª reimpressão. São Paulo: Santos, 2010, 492p. TURANO, J. C. TURANO, L. M; TURANO, M V. Fundamento de prótese total. 9ª ed. São Paulo: Santos, 2010. 569p. REFERÊNCIAS PÁGINA 42 PARTEII - PRÓTESE PARCIAL REMOVÍVEL\ PÁGINA 43 EXAME CLÍNICO DO PACIENTE EM PPR \ FERNANDA CAMPOS | VANESSA MARIA FREIRE ABÍLIO CAPÍTULO 8 As etapas iniciais de tratamento do paciente candidato ao uso de Próteses Parciais Removíveis (PPR) devem abarcar a anamnese, os exames clínicos extra e intraoral, a análise dos exames complementares (radiografias, por exemplo), tomadas fotográficas e obtenção do modelo de estudo (Quadro 1). Quadro 1: Etapas da avaliação inicial do paciente parcialmente edêndulo. Etapas Objetivos Anamnese Identificar doenças sistêmicas, traçar o perfil psicológico do paciente, presença de parafunção, descobrir sua queixa principal e suas expectativas. Exame extraoral Exame da face analisando-se simetria facial, linha do sorriso, posição dos lábios em repouso. Realizar palpação muscular e articular. Exame intraoral Verificar desvios da normalidade; preencher o odontograma completo; verificar presença de tórus; inspecionar bochechas, língua e gengivas. Anotar as observações na ficha clínica. Exames complementa- res Analisar radiografias periapicais dos dentes que poderão ser pilares; analisar radiografia panorâmica. PÁGINA 44 Fig. 1: Três tomadas fotográficas extrabucais. Etapas Objetivos Fotografias Fazer um protocolo fotográfico inicial e final para fins de documentação, apresentação do caso e persuasão do paciente. Exemplo de protocolo: três tomadas fotográficas extrabucais (sorriso e face: frente e perfil) e cinco tomadas fotográficas intrabucais com afastadores (uma frontal, duas laterais e duas oclusais). (figs 1 e 2) Modelos de estudo Etapa descrita no capítulo seguinte. PÁGINA 45 Fig. 2: Cinco tomadas fotográficas intrabucais com afastadores: uma frontal (A), duas laterais (B e C) e duas oclusais (D e E). PÁGINA 46 Após as etapas inicias e definição da sequência do plano de tratamento, deve-se classificar as arcadas parcialmente edêntulas do paciente seguindo a Classificação de Kennedy (1925), como segue: • Classe I: Área desdentada bilateral localizada distalmente aos dentes naturais (Fig. 3); • Classe II: Área desdentada unilateral localizada posteriormente aos dentes naturais (Fig. 3); • Classe III: Uma área desdentada unilateral com dentes naturais remanescentes tanto posterior como anterior a eles (intercalada aos dentes adjacentes) (Fig. 3); • Classe IV: Área desdentada anterior que envolva a linha média (Fig. 3). Fig. 3: Classe I (A), Classe II (B), Classe III (C) e Classe IV (D). PÁGINA 47 Fig. 4: Classe II, modificação 1 (A); Classe II, modificação 1 (B); Classe II, modificação 2 (C); Classe III, modificação 2 (D). PÁGINA 48 Se houver mais de um espaço protético, o mais posterior deve ser tomado por base para classificação e os demais devem ser inseridos como modificações (figura 4). É importante ressaltar que a Classe IV não terá modificações, pois qualquer espaço protético a mais será posterior, tendo que ser usado como base para a classificação. Di FIORE, S.R.; Di FIORE, M. A.; Di Fiore, A. P. Atlas de Prótese Parcial Removível Princípios Biomecânicos, Bioprotéticos e de Oclusão. Editora Santos. 2010 VOLPATO, C.A.M. et al. Próteses Odontológicas - Uma Visão Contemporânea - Fundamentos e Procedimentos. . São Paulo: Santos, 2017. 482p. REFERÊNCIAS PÁGINA 49 MOLDAGEM PRELIMINAR OU DE ESTUDO \ FERNANDA CAMPOS | VANESSA MARIA FREIRE ABÍLIO CAPÍTULO 9 Tabela 1: Materiais e instrumentais utilizados na moldagem preliminar em PPR. Procedimento que visa à confecção de um molde (cópia em negativo do arco dental e tecidos circundantes) para obtenção final de um modelo de gesso, que contenha informações anatômicas sobre os dentes e os rebordos residuais. Este modelo será utilizado para avaliação no delineador e planejamento da estrutura metálica da prótese parcial removível (PPR). DEFINIÇÃO: Materiais de consumo: Instrumentais: Alginato Moldeira para desdentado perfurada (Inox ou alumínio) Cera utilidade 2 Cubetas Hipoclorito de sódio a 1% Espátula para alginato Gesso tipo III + gesso comum Medidor de água e pó Lecron Espátula de gesso PÁGINA 50 Fig. 6: (A) Kit de moldeiras para PPR e (B) Espaço para acomodar material de moldagem. Fig. 5: Posicionamento ideal do paciente. 1. POSICIONAMENTO DO PACIENTE 2. SELEÇÃO DA MOLDEIRA O paciente é solicitado a sentar na cadeira odontológica, encostando as costas no encosto da cadeira que deve estar na posição vertical. A cabeça do paciente é posicionada de forma que o plano oclusal a ser moldado fique paralelo ao solo. É indicado que a comissura labial do paciente fique na mesma altura do cotovelo do aluno operante (Fig.5). As moldeiras de inox ou alumínio perfuradas pré- fabricadas são as de escolha para o uso em PPR (Fig. 6A). Durante a escolha da moldeira deve-se ficar atento para que o tamanho desta consiga cobrir toda a extensão do rebordo no arco superior (envolvendo a região das tuberosidades da maxila) e do rebordo no arco inferior (abrangendo a porção mais distal da crista). A seleção da moldeira é feito por tentativas começando pela moldeira de tamanho médio (exemplo: 26 ou 06). Um espaço de 3mm deve ser deixado entre a parte interna da moldeira e a parte externa do rebordo ou dente, para acomodar uma espessura adequada do material de moldagem (Fig.6B). PROTOCOLO CLÍNICO PÁGINA 51 Nos casos em que as moldeiras não atinjam a região de fundo de vestíbulo, elas podem ter sua borda aumentada com cera utilidade. Da mesma forma, a cera utilidade também pode ser posicionada na região de palato (nos casos que apresentam palato profundo), tomando o cuidado para não atingir a região dos dentes (Fig.7). Este material dará suporte ao alginato, evitando formação de bolhas na região. Fig. 7: Adaptação da cera na moldeira na região de fundo de vestíbulo e palato. Fig. 8: Conjunto medidos de alginato. Fonte: Dentalcremer.com.br. Fig. 9: Aspecto final do material após manipulação. 3. SELEÇÃO E MANIPULAÇÃO DO MATERIAL DE MOLDAGEM O material de escolha para a moldagem preliminar é o alginato. Este material é fornecido na forma de pó, o qual deve ser proporcionado utilizando conjunto medidor de alginato fornecida pelo fabricante (Fig.8). Respeitando proporção água/pó de 1:1, utiliza-se no o arco superior e inferior, respectivamente, três e duas medidas de pó. O pó é vertido sobre a água, espatulado com movimentos vigorosos durante 45s a 1min até a formação de uma massa lisa e cremosa (Fig. 9). PÁGINA 52 ATENÇÂO: O alginato deve ser vazado IMEDIATAMENTE após ter sido removido da boca do paciente, lavado em água corrente e desinfectado. Esta material não possui boa estabilidade dimensional estando sujeito aos mecanismos de distorção: evaporação (sinérese) e absorção de líquidos (embebição). Fig. 10: Posicionamento do aluno durante a moldagem do arco inferior. 4. POSICIONAMENTO DO ALUNO OPERANTE O aluno deve estar em pé e posicionado à direita e em frente ao paciente durante a inserção da moldeira para ambos arcos. Quando estiver fazendo a moldagem superior, após a inserção da moldeira este deve posiciona- se atrás do paciente para realizar a compressão e melhor manipular os tecidos moles. Na moldagem inferior, o aluno operante se mantém sempre à direita e em frente ao paciente (Fig. 10). PÁGINA 53 5. INSERÇÃO E REMOÇÃO DA MOLDEIRA Feita a manipulação e preenchimento da moldeira com alginato, segura-se a moldeira pelo cabo com os dedos indicador e polegar. Com o dedo indicador, afasta-se um lado da comissura labial e com a lateral da moldeira afasta-se a comissura do lado oposto, inserindo a moldeira na boca com um movimento rotacional. Após inserção, a moldeira é centralizada (cabo na linha média) e uma compressão é feita bilateralmente na região de pré-molares (Fig. 11). Na arcada inferior, após a compressão, o paciente deve ser orientado a levantar a língua. Em ambos os arcos, lábios e bochechas devem ser tracionados coma finalidade de levar o material de moldagem a região de fundo de vestíbulo. ATENÇÂO: O molde deve ser mantido em posição durante 3 min e removido da boca com movimento único e preciso. ATENÇÃO: Havendo bolhas em áreas críticas, extensão limitada ou deslocamento do molde da moldeira, o procedimento deve ser repetido. Fig. 11: Compressão da moldeira na região de pré-molares durante moldagem do arco superior. PÁGINA 54 6. DESINFECÇÃO DO MOLDE 7. OBTENÇÃO DO MODELO DE ESTUDO Após avaliação do molde, este deve ser lavado em água corrente (removendo saliva, restos de alimentos e sangue), borrifado com hipoclorito a 1% e acondicionado em saco plástico fechado por 10 minutos (Fig. 12). Após esse tempo, o desinfetante deve ser removido com água corrente. Para obtenção dos modelos de estudos, os moldes de ambos arcos devem ser preenchidos com gesso tipo III (pedra) na proporção água/pó indicada pelo fabricante. Uma espatulação vigorosa deve ser feita por 1 minuto e o vazamento feito sob vibração (Fig. 13). Fig. 12: Molde acondicionado em saco plástico, após ser borrifado com hipoclorito a 1%. PÁGINA 55 Fig. 13: Gesso vertido no molde. ATENÇÃO: Nos moldes inferiores, a região correspondente à língua deve ser fechada, antes do vazamento, com um material que dê suporte ao gesso nesta região (Exemplo: papel toalha) O modelo deve ser separado do molde em cerca de 45 a 60 min e, em seguida, ser recortado no cortador de gesso. 8. PLANEJAMENTO PRÉVIO DA PPR Com os modelos de estudo em mãos, o aluno deve fazer um planejamento prévio da futura estrutura metálica, antes da avaliação em delineador. PÁGINA 56 Di FIORE, S.R.; Di FIORE, M. A.; Di Fiore, A. P. Atlas de Prótese Parcial Removível Princípios Biomecânicos, Bioprotéticos e de Oclusão. Editora Santos. 2010 PORTO CARREIRO, A. F., BATISTA, A. D. Prótese Parcial Removível Contemporânea. São Paulo: Santos, 2013. KLIEMANN, C; OLIVEIRA, W. de. Manual de prótese parcial removível. São Paulo: Santos, 2013. MCCRACKEN MEZZOMO, E. Reabilitação Oral Conteporânea. 1ª ed. Editora Santos, 2013 TODESCAN, R.; SILVA, E. E. B.; SILVA, O. J. Atlas de Prótese Parcial Removível. 1ª Ed. São Paulo: Santos, 1996, 345p. VOLPATO, C.A.M.; GARBELOTTO, L.G.D.; ZANI, I.M.; VASCONCELLOS D.K. Próteses Odontológicas - Uma Visão Contemporânea - Fundamentos e Procedimentos. 1ª ed. São Paulo: Santos, 2012. 482p. REFERÊNCIAS PÁGINA 57 DELINEAMENTO \ FERNANDA CAMPOS | VANESSA MARIA FREIRE ABÍLIO CAPÍTULO 10 Tabela 2: Materiais e instrumentais utilizados para o delineamento. O delineamento é o procedimento diagnóstico que visa analisar a forma e contorno dos dentes remanescentes e tecidos adjacentes, estabelecendo quais alterações são necessárias aos dentes pilares (planos-guia, área retentiva, adequação do equador protético e nichos) para que uma única trajetória de inserção e remoção seja estabelecida a PPR. Para realizar o delineamento os modelos devem estar recortados, de forma que sua base esteja plana. Inicialmente o modelo de estudo é preso na mesa porta-modelo da platina, mantendo a junta universal aberta para que o modelo DEFINIÇÃO: Materiais de consumo: Instrumentais: Resina acrílica vermelha Delineador e acessórios Monômero 2 potes dappen Baixa rotação e peça de mão Broca para peça de mão formato esférico Prego grande Pincel PÁGINA 58 Fig. 14: Posicionamento do modelo de estudo no delineador. Fonte. McCracken, 2012. Para determinar a trajetória de inserção e remoção da PPR, as superfícies axiais dos dentes pilares e tecidos adjacentes devem ser analisados de forma a selecionar uma inclinação do modelo de estudo em relação à haste vertical móvel, na qual ocorra um equilíbrio de 4 fatores determinantes: plano-guia, área retentiva, interferências ósseo-mucosas e estética. ATENÇÃO: Os equilíbrios desses quatro fatores devem determinar uma posição que necessite de uma menor alteração dos dentes pilares. possa assumir diferentes inclinações em relação à haste vertical móvel do delineador (que representa a trajetória de inserção e remoção). Esse conjunto (platina + modelo de estudo) é colocado sobre a plataforma horizontal do delineador propriamente dito (Fig. 14). PÁGINA 59 Fig. 15: Plano-guia na superfície proximal. Fonte: McCracken, 2012. 1. PLANOS-GUIAS Utilizando a ponta com ação de corte, deve-se procurar planos guias nas superfícies proximais dos dentes adjacentes ao espaço protético. A inclinação que propiciar um maior número de planos-guia deve ser pré-selecionada. PÁGINA 60 2. ÁREA RETENTIVA Selecionada uma inclinação favorável para obtenção da maior quantidade de planos-guias naturais, verifica-se se esta inclinação também é favorável para obtenção de uma maior quantidade de áreas retentivas na face vestibular dos dentes pilares. Inicialmente, mantendo a inclinação pré-selecionada, é feito um tangenciamento dos dentes pilares com a ponta grafite presa à haste vertical do delineador, determinando assim o equador protético (linha de maior contorno do dente pilar quando considerado proteticamente). Em seguida, a ponta calibradora de retenção de 0,25mm é utilizada para procurar áreas retentivas localizadas preferencialmente na face vestibular, cervicalmente ao traçado e no mínimo 1mm acima da gengiva marginal livre. As áreas retentivas são caracterizadas pela presença de um triângulo formado pela superfície axial do dente pilar, haste vertical (tocando no equador protético) e haste horizontal (tocando no ponto de retenção) do disco calibrador (Fig. 16). ATENÇÃO: O campo de ação do grampo de retenção (distância percorrida desde o primeiro contato até o assentamento final) deve ser menor ou igual ao campo do grampo de oposição (entre 1,0 a 2,5 mm). Fig. 16: (A) Determinação do equador protético; (B) Localização da área retentiva e marcação com lápis. Fonte: Volpato, 2017. PÁGINA 61 3. INTERFERÊNCIA E ESTÉTICA Selecionada a inclinação que favorece um menor número de alterações no contorno dos dentes pilares em relação a planos-guias e área retentiva, verifica-se se tal inclinação possibilita a seleção de uma trajetória com menor número de interferências em tecidos adjacentes (moles e duros) e com localização de grampos de retenção em áreas que não comprometam a estética. Após a determinação da trajetória de inserção e remoção que favoreça os quatro fatores analisados, a junta universal deve ser fechada. Em seguida, a trajetória registrada deve ser fixada para permitir um futuro reposicionamento, através da cimentação de um pino à base do modelo analisado. ATENÇÃO: Dentes pilares que apresentam campo de ação do grampo de retenção extenso, ausência de planos guias e retenções naturais devem ter sua forma e contorno alterados em boca (preparo de boca). Para isso, as alterações são feitas no modelo de estudo e transferidas para a boca utilizando guias de transferências. Finalizado o delineamento, o desenho de todos os componentes da futura estrutura metálica (apoio, grampos de retenção e oposição, conector menor, conector maior e sela) deve ser feito no modelo de estudo, bem como a determinação de localização de nichos (cíngulo e/ou oclusais). Fig. 17: Cimentação do pino à base do modelo. PÁGINA 62 CARR, A. B.; BROWN, D. T. McCracken’s Prótese Parcial Removível 12. ed. Elsevier, 2012. CARREIRO, A. F. P et al. Protocolo clínico para confecção de próteses removíveis. EDUFRN, 2016. 216 p. Di FIORE, S.R.; Di FIORE, M. A.; Di Fiore, A. P. Atlas de Prótese Parcial Removível Princípios Biomecânicos, Bioprotéticos e de Oclusão. Editora Santos. 2010 PORTO CARREIRO, A. F., BATISTA, A. D. Prótese Parcial Removível Contemporânea. São Paulo: Santos, 2013. KLIEMANN, C; OLIVEIRA, W. de. Manual de prótese parcial removível. São Paulo: Santos, 2013. MEZZOMO, E. Reabilitação Oral Conteporânea. 1ª ed. Editora Santos, 2013 TODESCAN, R.; SILVA, E. E. B.; SILVA, O. J. Atlas de Prótese Parcial Removível. 1ªEd. São Paulo: Santos, 1996, 345p. VOLPATO, C.A.M.; GARBELOTTO, L.G.D.; ZANI, I.M.; VASCONCELLOS D.K. Próteses Odontológicas - Uma Visão Contemporânea - Fundamentos e Procedimentos. 1ª ed. São Paulo: Santos, 2012. 482p. REFERÊNCIAS PÁGINA 63 PREPARO DE BOCA \ FERNANDA CAMPOS | VANESSA MARIA FREIRE ABÍLIO CAPÍTULO 11 Tabela 3: Materiais e instrumentais utilizados para o preparo de boca. Procedimentos que visam alterar o contorno dos dentes remanescentes, com o intuito de impedir que forças adversas incidam sobre os dentes de suporte e periodonto, conferindo retenção e suporte adequado para uma PPR. DEFINIÇÃO: Materiais de consumo: Instrumentais: Pedra pomes Kit clínico (espelho, sonda exploradora, pinça e sonda milimetrada) Ácido fosfórico 37% Kit Protético de pontas diamantadas Adesivo dentinário Caneta de alta e baixa rotação Resina composta Espátula de inserção de resina composta Flúor Guia de transferência Escova de Robson PÁGINA 64 1. CONFECÇÃO DE PLANO-GUIA A superfície axial que necessita de plano-guia em boca dever ser preparada primeiro no modelo de estudo. Esse desgaste é feito paralelo a trajetória de inserção com ponta mini-cute cilíndrica em uma peça reta. Guias de transferência de resina acrílica são confeccionadas sobre os dentes preparados no modelo e desgastados na região onde foi confeccionado o plano- guia, utilizando a mesma broca. Na boca, a guia de transferência é cimentada com cimento provisório e o desgaste no dente é feito com broca diamantada cilíndrica longa com extremidade arredondada (4138 KG) seguindo o paralelismo da guia. PROTOCOLO CLÍNICO Fig. 19: Confecção de plano-guia. Fonte: Carreiro et al, 2016. PÁGINA 65 2.CONFECÇÃO DE ÁREA RETENTIVA 3. ADEQUAÇÃO DO EQUADOR PROTÉTICO Quando não forem encontradas áreas retentivas de forma natural na região de esmalte, o acréscimo de resina composta na região onde se localizará a ponta do grampo de retenção está indicado (Fig. 20). A confecção da área retentiva utiliza os mesmos materiais e instrumentais necessários para se fazer uma restauração de resina composta. Quando o campo de ação do braço de retenção estiver extenso , um desgaste deve ser feito com broca diamantada tronco-cônica (4138) acima do equador protético do dente. Fig. 20: Confecção de área retentiva por acréscimo de resina composta. Fonte: Carreiro et al, 2016. PÁGINA 66 4. CONFECÇÃO DE NICHOS Em dentes anteriores, opta-se por fazer o nicho no cíngulo. Este nicho pode ser feito de duas formas: • por desgaste , nos casos de dentes com cíngulos volumosos; • por acréscimo de uma restauração de resina composta na região de cíngulo O nicho de cíngulo apresenta forma de degrau com o longo eixo do dente e para sua confecção utiliza-se as pontas diamantadas cilidro-cônica de extremidade arredondada (2131, 2130 ou 3131 KG) em alta rotação posicionada paralela ao longo eixo do dente. Fig. 21: Confecção de nicho na região de cíngulo. Fonte: Carreiro et al, 2016. PÁGINA 67 Em dentes posteriores, o nicho é feito na face oclusal utilizando a mesma boca seguindo o planejamento para cada caso. Deve apesentar um formato triangular com base voltada para a crista marginal e o vértice arredondado voltado para o centro do dente. No sentido vestíbulo-lingual, envolve metade da distância entre as pontas das cúspides vestibular e lingual. No sentido mesiodistal, deve envolver metade do dente para pré-molares e um terço do dente para os molares. A profundidade deve ser de 1,5mm, formando um ângulo de 90° entre a base do nicho e parede axial do dente. ATENÇÃO: O acabamento dos nichos pode ser feito utilizando as pontas diamantadas no mesmo formato com granulação fina. A aplicação de flúor e orientações de higienização deve ser feita ano final do procedimento. Fig. 22: Confecção de nicho oclusal com broca 3131 paralela ao longo eixo do dente. Fonte: Carreiro et al, 2016. PÁGINA 68 CARR, A. B.; BROWN, D. T. McCracken’s Prótese Parcial Removível 12. ed. Elsevier, 2012. CARREIRO, A. F. P et al. Protocolo clínico para confecção de próteses removíveis. EDUFRN, 2016. 216 p. Di FIORE, S.R.; Di FIORE, M. A.; Di Fiore, A. P. Atlas de Prótese Parcial Removível Princípios Biomecânicos, Bioprotéticos e de Oclusão. Editora Santos. 2010 PORTO CARREIRO, A. F., BATISTA, A. D. Prótese Parcial Removível Contemporânea. São Paulo: Santos, 2013. KLIEMANN, C; OLIVEIRA, W. de. Manual de prótese parcial removível. São Paulo: Santos, 2013. MEZZOMO, E. Reabilitação Oral Conteporânea. 1ª ed. Editora Santos, 2013 TODESCAN, R.; SILVA, E. E. B.; SILVA, O. J. Atlas de Prótese Parcial Removível. 1ª Ed. São Paulo: Santos, 1996, 345p. VOLPATO, C.A.M.; GARBELOTTO, L.G.D.; ZANI, I.M.; VASCONCELLOS D.K. Próteses Odontológicas - Uma Visão Contemporânea - Fundamentos e Procedimentos. 1ª ed. São Paulo: Santos, 2012. 482p. REFERÊNCIAS PÁGINA 69 MOLDAGEM DE TRABALHO OU FUNCIONAL \ FERNANDA CAMPOS | VANESSA MARIA FREIRE ABÍLIO CAPÍTULO 12 Tabela 4: Materiais e instrumentais utilizados para moldagem de trabalho. Procedimento realizado após o preparo de boca para obtenção do modelo de trabalho que servirá para confeccionar estrutura metálica da PPR e posterior acrilização. Embora outros materiais possam ser utilizados, o material de escolha para a moldagem de trabalho é o alginato. Nas classes dentossuportadas (classe III e classe IV de Kennedy de pequena extensão) o procedimento de moldagem DEFINIÇÃO: Materiais de consumo: Instrumentais: Cera Utilidade Moldeira de estoque perfurada (Inox ou alumínio) Alginato 2 Cubetas Silicone de condensação (massa pesada e catali- zador) Espátula para manipulação de alginato Silicone de condensação (fluida e catalizador) Espátula de manipulação nº 36 Hipoclorito de sódio a 1% Medidor de água e pó ( do mesmo fabricante do alginato utilizado) Gesso tipo IV Lecron Espátula para manipulação de gesso Placa de vidro PÁGINA 70 segue os mesmos passos descritos no Cap. IX, exceto pelo cuidado de copiar bem a área onde foram confeccionados os nichos. Nesta região, o alginato deve ser colocado com o dedo antes da inserção da moldeira para evitar a retenção de ar em seu interior, o que gera formação de bolhas (Fig. 23). Em alguns casos, como de Classe I e II com pequena extensão, o alginato pode não copiar adequadamente a região de extremidade livre, sendo indicado fazer a moldagem mista. Nesta técnica, um material de maior consistência (massa densa da silicone de condensação) é manipulado, colocado na moldeira apenas na área desdentada e inserido na boca do paciente. Após a presa, a moldeira é removida da boca e o excesso de material deve ser recortado 2-3 mm além do último dente pilar, utilizando um lecron ou lâmina de bisturi. Logo em seguida, o alginato é manipulado e colocado na moldeira para realizar a moldagem propriamente dita (Fig. 24). Fig. 23: Porção de alginato colocada sobre os nichos dos dentes inferiores para evitar a formação de bolhas. Fig. 24: Moldagem mista. PÁGINA 71 MOLDAGEM FUNCIONAL Nas classes dentomucossuportadas (Classe I, Classe II e Classe IV extensa), deve ser feita uma moldagem funcional com o intuito de copiar a função dos tecidos moles sob função. Embora existam outras técnicas de moldagem funcional em PPR, a moldagem com moldeiras individuais é de fácil execução e pode ser utilizada para o arco superior e inferior. Para confecção das moldeiras, a resina acrílica ativada quimicamente é manipulada e inserida (utilizando a mesma técnica utilizada em prótese total) sobre o modelo de estudo aliviado com duas lâminas de cera nº 07. O modelo de trabalho deve ser analisado novamente em delineador para verificar se todas as alterações realizadas nos dentes pilares estão adequadas. Feito isso, realiza-se a cimentação do pino-guia como foi descrito no Cap. X. A guia deve ser preenchida conforme o Quadro 1 e enviada ao laboratório junto com os modelos de estudos e modelosde trabalho. A técnica de moldagem é bastante similar à moldagem funcional realizada em prótese total. Incialmente,deve ser feito um ajuste da moldeira (com peça reta e broca tungstênio) de forma a deixar um espaço que possa ser preenchido pelo material de moldagem durante o vedamento periférico. Feita a moldagem periférica dos tecidos moles em função com godiva em bastão, aplica-se o adesivo de moldeira para elastômero e aguarda-se a secagem por 5min. A seguir, manipula-se o elastômero (silicone de condensação fluida) e realiza-se a moldagem propriamente dita (Fig. 25). Após a presa do material, a moldeira é removida da boca e o molde é analisado. Os procedimentos de desinfecção e vazamento são semelhantes ao que foi descrito no Cap. IX, utilizando para tal gesso tipo IV. 1. CONFECÇÃO DE MOLDEIRA INDIVIDUAL 3. ANÁLISE EM DELINEADOR 4. PREENCHIMENTO DA GUIA DO LABORATÓRIO 2. MOLDAGEM FUNCIONAL COM MOLDEIRA INDIVIDUAL PÁGINA 72 CARR, A. B.; BROWN, D. T. McCracken’s Prótese Parcial Removível 12. ed. Elsevier, 2012. PORTO CARREIRO, A. F. et al. Protocolo clínico para confecção de próteses removíveis. EDUFRN, 2016. 216 p. Di FIORE, S.R.; Di FIORE, M. A.; Di Fiore, A. P. Atlas de Prótese Parcial Removível Princípios Biomecânicos, Bioprotéticos e de Oclusão. Editora Santos. 2010 PORTO CARREIRO, A. F., BATISTA, A. D. Prótese Parcial Removível Contemporânea. São Paulo: Santos, 2013. KLIEMANN, C; OLIVEIRA, W. de. Manual de prótese parcial removível. São Paulo: Santos, 2013. MEZZOMO, E. Reabilitação Oral Conteporânea. 1ª ed. Editora Santos, 2013 TODESCAN, R.; SILVA, E. E. B.; SILVA, O. J. Atlas de Prótese Parcial Removível. 1ª Ed. São Paulo: Santos, 1996, 345p. VOLPATO, C.A.M.; GARBELOTTO, L.G.D.; ZANI, I.M.; VASCONCELLOS D.K. Próteses Odontológicas - Uma Visão Contemporânea - Fundamentos e Procedimentos. 1ª ed. São Paulo: Santos, 2012. 482p. REFERÊNCIAS Quadro 1: Informações que devem constar na guia do laboratório. Data de saída: / / Data de retorno: / / Nome do Laboratório: Paciente: Aluno (telefone): Professor Orientador: Fase solicitada: Confecção de estrutura metálica Obs.: PÁGINA 73 PROVA DA ESTRUTURA METÁLICA FERNANDA CAMPOS | VANESSA MARIA FREIRE ABÍLIO CAPÍTULO 13 Tabela 5: Materiais e instrumentais utilizados para prova da estrutura metálica. Procedimento que visar avaliar a adaptação da estrutura metálica em boca. DEFINIÇÃO: Materiais de consumo: Instrumentais: Silicone de condensação (pasta fluida e catalizador) Placa de vidro Papel-carbono Espátula de manipulação Caneta de alta rotação Kit de brocas de prótese 1. ANÁLISE NO MODELO Incialmente a estrutura metálica deve ser avaliada no modelo de gesso, observando: PROTOCOLO CLÍNICO PÁGINA 74 Fig. 26: Análise da estrutura metálica no modelo. • Se o desenho condiz com o que foi solicitado; • Se o acabamento e polimento estão adequados; • Se a ponta do braço de retenção encontra-se em área retentiva; • Se os apoios estão encaixados nos nichos; • Presença de alívio do conector maior em relação à fibromucosa para o arco inferior; • Se alguma região do gesso foi desgastada para facilitar o seu assentamento PÁGINA 75 2. AJUSTE DE ÁREAS DE INTERFERÊNCIA Em algumas situações, a estrutura metálica pode não se adaptar perfeitamente aos dentes pilares em boca, fazendo-se necessário seu ajuste a PPR. Para isso, utiliza-se agentes evidenciadores que identificam possíveis áreas de pressão que impedem o completo assentamento da estrutura metálica. Sendo assim, proporciona-se sobre uma placa de vidro medidas iguais da pasta fluida e do catalizador da silicone de condensação, coloca-se uma fina camada sobre a parte interna da estrutura metálica, posicionando-a sobre os dentes pilares com uma leve pressão. Após a presa do material e remoção da peça da boca, a região de interferência será evidenciada pela remoção do material e exposição do metal. O local da interferência é marcado com um lápis cópia, o material evidenciador é removido e a região é ajustada utilizando uma broca diamantada em alta rotação. Esse procedimento é repetido até que a estrutura metálica seja assentada de forma adequada. ATENÇÃO: Após o completo assentamento de estrutura metálica inferior deve-se observar a adaptação dos apoios aos nichos e a presença de um alívio na região de conector maior para o arco inferior, já que este não pode pressionar a fibromucosa nesta região. Fig. 27: Evidenciação de áreas de interferência na estrutura metálica. PÁGINA 76 3. AJUSTE OCLUSAL Utilizando um papel-carbono fino pede-se para o paciente ocluir. Qualquer contato indesejável marcado na estrutura metálica deve ser removido utilizando pontas diamantadas em alta rotação. ATENÇÃO: Os contatos marcados em dentes naturais nos movimentos cêntricos e excêntricos não devem ser alterados quando a estrutura metálica for inserida em boca. Sendo assim, contatos verificados antes do posicionamento da estrutura devem coincidir com os contados observados após seu assentamento. Fig 28: Alívio na região de conector maior para o arco inferior. Fonte: Porto Carreiro e Batista, 2013. CARR, A. B.; BROWN, D. T. McCracken’s Prótese Parcial Removível 12. ed. Elsevier, 2012. PORTO CARREIRO, A. F. et al. Protocolo clínico para confecção de próteses removíveis. EDUFRN, 2016. 216 p. REFERÊNCIAS PÁGINA 77 Di FIORE, S.R.; Di FIORE, M. A.; Di Fiore, A. P. Atlas de Prótese Parcial Removível Princípios Biomecânicos, Bioprotéticos e de Oclusão. Editora Santos. 2010 PORTO CARREIRO, A. F., BATISTA, A. D. Prótese Parcial Removível Contemporânea. São Paulo: Santos, 2013. KLIEMANN, C; OLIVEIRA, W. de. Manual de prótese parcial removível. São Paulo: Santos, 2013. MEZZOMO, E. Reabilitação Oral Conteporânea. 1ª ed. Editora Santos, 2013 TODESCAN, R.; SILVA, E. E. B.; SILVA, O. J. Atlas de Prótese Parcial Removível. 1ª Ed. São Paulo: Santos, 1996, 345p. VOLPATO, C.A.M.; GARBELOTTO, L.G.D.; ZANI, I.M.; VASCONCELLOS D.K. Próteses Odontológicas - Uma Visão Contemporânea - Fundamentos e Procedimentos. 1ª ed. São Paulo: Santos, 2012. 482p. PÁGINA 78 REGISTRO INTERMAXILAR E SELEÇÃO DOS DENTES FERNANDA CAMPOS | VANESSA MARIA FREIRE ABÍLIO CAPÍTULO 14 Tabela 6: Materiais e instrumentais utilizados para o registro intermaxilar. Registro intermaxilar é o procedimento que visa ajustar a estética, bem como registrar a posição da maxila em relação a mandíbula. DEFINIÇÃO: Materiais de consumo: Instrumentais: Álcool 98% Lamparina a álcool Fósforo Espátula metálica de gesso Silicona de condensação (massa pesada + catalizador) Lecron Isolante para gesso Régua de Fox Hipoclorito de sódio a 1% Compasso de Wills Cera 7 Pote paladon Resina acrílica autopolimerizável Branca (pó e monômero) Espátula de manipulação Espátula 31 Peça reta e caneta de baixa rotação Broca de tungstênio (formato pera) Lápis cópia PÁGINA 79 Quando as referências oclusais estão presentes, os modelos podem ser articulados sem o uso de registro. Nos casos em que o número e a distribuição de dentes remanescentes dificultam a articulação manual precisa dos modelos, base de acrílico e plano de orientação devem se confeccionados, para auxiliar no registro intermaxilar. Para tal realiza-se os seguintes passos: • Desenha-se a área chapeável • Isolamento da região edêntula com isolante para gesso • Preenchimento das retenções da sela com cera 7 aquecida • Assentamento da estrutura metálica no modelo • Manipulação e adaptação de resina acrílica sobre a sela • Acabamento após polimerização com remoção das irregularidades das bordas • Confecção de rodete de cera (com cera 7) seguindo o arco fornecido pelos dentes remanescentes. Fig. 29: Estrutura metálica com base de acrílico e plano de orientação. PÁGINA 80 Fig. 30: Ajuste do suporte de lábio. ARCADAS PARCIALMENTE EDÊNTULAS COM REFERÊNCIA DENTÁRIA ARCADAS PARCIALMENTE EDÊNTULAS SEM REFERÊNCIA DENTÁRIA Nestes casoshá poucas ausências e os dentes estão bem posicionados. O plano de cera é ajustado seguindo a referencia vestibular, lingual e oclusal fornecida pelos dentes remanescentes. Nessa situação, utiliza-se as mesmas orientações faciais sugeridas para o ajuste de plano de orientação feito em prótese total. AJUSTE DO PLANO DE CERA SUPERIOR 1. AJUSTE DO SUPORTE DE LÁBIO Olhando o paciente de perfil com os planos de cera em boca, observa-se o ângulo formado entre a base do nariz e o lábio superior que deve ser de aproximadamente 90º. Esse ajuste só é feito em paciente com ausência de dentes na região anterior e superior. PROTOCOLO CLÍNICO PÁGINA 81 Observando o paciente em uma visão frontal, a altura anterior no sentido vertical do plano de cera deve ser de 1 a 2mm abaixo do lábio em repouso. ATENÇÃO: O ajuste do suporte de lábio e da altura incisal só é feito nos casos onde há ausência dos dentes na região anterior e superior. Observar a presença de um espaço negro entre a parte interna da bochecha e a parte externa do plano de cera, que deve ser uniforme do ambos os lados. Utilizando a régua de Fox observa-se o paralelismo da região anterior com a linha bipupilar e da região posterior com o plano de Camper. (ver cap. IV). ATENÇÃO: Nos casos em que os dentes superiores e anteriores estiverem ausentes, as linhas de referências devem ser demarcadas: a linha média, a linha dos caninos e a linha alta do sorriso (ver Cap.IV). 2. AJUSTE DA ALTURA INCISAL 3. AJUSTE DO CORREDOR BUCAL 4. AJUSTE DO PLANO OCLUSAL OU LINHA DO SORRISO PÁGINA 82 Para determinar-se a DVO do paciente deve-se utilizar mais de um método de avaliação. Sendo assim, sugerimos utilizar a média dos valores obtidos pelo método de Willis e método de fisiológico. Quando existe estabilidade oclusal e a DVO foi mantida a reabilitação pode ser feita em máxima intercuspidação habitual (MIH), caso contrário a Relação Centrica (RC) deve ser utilizada. Para determinar a posição em RC, utiliza-se a técnica de manipulação associada a técnica fisiológica (levantamento da língua seguido de fechamento da boca). ATENÇÃO: O registro da oclusão em RC deve ser feito utilizando-se silicone de condensação pesada sobre o plano de cera. ATENÇÃO: Ajusta-se o plano de cera, acrescentando ou removendo cera, até alcançar a DVO determinada. 5. REGISTRO DA DIMENSÃO VERTICAL DE OCLUSÃO (DVO) 6. REGISTRO DA RELAÇÃO HORIZONTAL Quadro 1: Métodos para obtenção da DVO. O método de Willis consiste em: O método métrico consiste em: • Medir a distância do canto do olho a comissura labial; • Sobre o valor obtido subtrair 3 mm, que corresponde a DVO. • pedir para o paciente ficar em uma posição com a cabeça desencostada da cadeira; • com musculatura relaxada pede-se para o paciente deglutir a própria saliva várias vezes; • mede-se com o compasso de Willis a distância entre a base do nariz ao mento. • Sobre o valor obtido subtrai-se 3 mm, o que corresponde a DVO. PÁGINA 83 Os dentes devem ser selecionados tomando como referência a cor, tamanho e formato dos dentes remanescentes. É importante nesta etapa sempre levar em consideração a opinião do paciente. A guia deve ser preenchida conforme o Quadro 2 e enviada ao laboratório junto com o trabalho montado em articulador. 7. SELEÇÃO DOS DENTES 8. PREENCHIMENTO DA GUIA DO LABORATÓRIO Fig. 31: Seleção da cor dos dentes. Fonte: Porto Carreiro et al., 2016. PÁGINA 84 CARR, A. B.; BROWN, D. T. McCracken’s Prótese Parcial Removível 12. ed. Elsevier, 2012. PORTO CARREIRO, A. F. et al. Protocolo clínico para confecção de próteses removíveis. EDUFRN, 2016. 216 p. Di FIORE, S.R.; Di FIORE, M. A.; Di Fiore, A. P. Atlas de Prótese Parcial Removível Princípios Biomecânicos, Bioprotéticos e de Oclusão. Editora Santos. 2010 PORTO CARREIRO, A. F., BATISTA, A. D. Prótese Parcial Removível Contemporânea. São Paulo: Santos, 2013. KLIEMANN, C; OLIVEIRA, W. de. Manual de prótese parcial removível. São Paulo: Santos, 2013. MEZZOMO, E. Reabilitação Oral Conteporânea. 1ª ed. Editora Santos, 2013 TODESCAN, R.; SILVA, E. E. B.; SILVA, O. J. Atlas de Prótese Parcial Removível. 1ª Ed. São Paulo: Santos, 1996, 345p. VOLPATO, C.A.M.; GARBELOTTO, L.G.D.; ZANI, I.M.; VASCONCELLOS D.K. Próteses Odontológicas - Uma Visão Contemporânea - Fundamentos e Procedimentos. 1ª ed. São Paulo: Santos, 2012. 482p. REFERÊNCIAS Quadro 2: Informações que devem constar na guia do laboratório. Data de saída: / / Data de retorno: / / Nome do Laboratório: Paciente: Aluno (telefone): Professor Orientador: Fase solicitada: Montagem de dentes. Obs.: Especificar cor, tamanho e formato dos dentes. PÁGINA 85 MONTAGEM NO ASA FERNANDA CAMPOS | VANESSA MARIA FREIRE ABÍLIO CAPÍTULO 15 A montagem dos modelos de estudo em Articulador Semi-ajustável (ASA) deve ser realizada para casos mais complexos, em que o paciente tenha muitos espaços protéticos ou que necessite de mudança do padrão oclusal (como aumento de Dimensão Vertical de Oclusão (DVO), por exemplo). Quando fazemos o registro da posição do arco superior do paciente com o auxilio do arco facial, estamos transferindo a posição da arcada em relação à base do crânio e à ATM para o ASA. Assim, teremos referências mais precisas com relação à dinâmica das arcadas. Fig. 32: Posição da maxila em relação à base do crânio reproduzida pelo articulador. Fonte: McCracken, 2012. PÁGINA 86 Com material de registro de mordida (godiva, cera, silicone ou outro) estabeleça três pontos no garfo para dentado, de modo que um ponto seja anterior, localizado bem no centro do garfo e os outros dois na região posterior, um em cada semi-arco do garfo. Em pacientes parcialmente dentados é importante localizar três pontos que mantenham o garfo estável em uma posição, independente dos dentes perdidos e dos pontos utilizados para a transferência. Centralize a haste do garfo de mordida com a linha média do paciente e situe-o sobre os dentes superiores segurando em posição até que o material endureça. Leve o arco facial até o paciente e introduza o conjunto de fixação do garfo na haste do garfo de mordida, de modo que a borboleta de fixação fique virada para baixo. Adapte as aurículas do arco facial no conduto auditivo externo do paciente, tal como se pusesse um estetoscópio Fixe o relator naziun na barra transversal do arco, de modo que o mesmo fique bem centrado e apoie-o na glabela do paciente. Neste momento, as aurículas devem ser posicionadas o mais internamente possível no conduto auditivo do paciente e o relator naziun deve ser pressionado de encontro ao naziun do paciente e seu parafuso de fixação apertado. Em seguida aperte os três parafusos de fixação do arco. A sequência para montagem em ASA descrita neste capítulo tomou por base o manual de um articulador (modelos A7 Plus e A7 Fix, marca Bio-art) muito utilizado pelos profissionais e semelhante às outras marcas comerciais. Quadro 4: Sequência de montagem baseada no manual do articulador A7 Plus da Bio-art. PÁGINA 87 Com o relator naziun e o arco apertados, empurre o conjunto fixador do garfo (junção) deslizando-se sobre a haste do garfo, até que este fique o mais próximo do lábio, sem tocá-lo, buscando-se assim uma maior estabilidade. Em seguida aperte a borboleta da haste vertical e subsequentemente a borboleta da articulação dupla (haste horizontal) de modo que o garfo fique em um ponto onde haja menor indução de tensão sobre sua haste. Neste momento, para a verificação do acerto do registro, pede-se ao paciente que solte os polegares do garfo de mordida, devendo permanecer o mesmo sem báscula e o arco facial fixo. Afrouxe o parafuso de fixação do relator naziun e retire o suporte do bloco do naziun. Logo, afrouxe o parafuso central do arco facial e segure a barra transversal do arco ao mesmo tempo que o paciente abre lentamente a boca, retirando todo o conjuntocom cuidado Para montagem do modelo superior, ajuste as guias condílicas com uma angulação de 30º e a angulação latero-lateral (BENETT) negativa de modo que o articulador fique estável na posição central. Leve o arco facial em união com o ramo superior do articulador através dos pequenos pinos situados na face externa das guias condílicas, encaixando-os nos orifícios das aurículas PÁGINA 88 Deixe a parte frontal do ramo superior do articulador apoiado sobre a barra transversal do arco. Feche o arco facial firmemente, aperte seu parafuso central de fixação e coloque o conjunto do arco e ramo superior sobre o ramo inferior do articulador Posicione o modelo de gesso superior, com retenções e previamente hidratado, sobre o registro do garfo. Levante o ramo superior do articulador e coloque uma porção de gesso, em cima do modelo. Com uma mão mantenha o garfo e o modelo em posição, para evitar qualquer movimento intempestivo, e feche o articulador até que o ramo superior toque a barra transversal do arco facial. Aguarde até que o gesso se solidifique. Após, retire o arco facial do articulador. Coloque o pino incisal no ramo superior do articulador na marca zero do pino incisal. Em seguida, coloque o articulador de “cabeça para baixo” sobre a mesa e assente o modelo inferior sobre o registro inter-oclusal, que deverá estar encaixado no modelo superior montado. Coloque uma porção de gesso sobre o modelo e também uma pequena quantidade sobre a placa de montagem do ramo inferior do articulador. Fonte: Manual de instruções técnicas. Bio-art - Soluções inteligentes. Disponível em: http://www.bioart.com.br/manuais/7_port/manual.pdf. PÁGINA 89 CARR, A. B.; BROWN, D. T. McCracken’s Prótese Parcial Removível 12. ed. Elsevier, 2012. PORTO CARREIRO, A. F. et al. Protocolo clínico para confecção de próteses removíveis. EDUFRN, 2016. 216 p. Di FIORE, S.R.; Di FIORE, M. A.; Di Fiore, A. P. Atlas de Prótese Parcial Removível Princípios Biomecânicos, Bioprotéticos e de Oclusão. Editora Santos. 2010 PORTO CARREIRO, A. F., BATISTA, A. D. Prótese Parcial Removível Contemporânea. São Paulo: Santos, 2013. MEZZOMO, E. Reabilitação Oral Conteporânea. 1ª ed. Editora Santos, 2013 TODESCAN, R.; SILVA, E. E. B.; SILVA, O. J. Atlas de Prótese Parcial Removível. 1ª Ed. São Paulo: Santos, 1996, 345p. VOLPATO, C.A.M.; GARBELOTTO, L.G.D.; ZANI, I.M.; VASCONCELLOS D.K. Próteses Odontológicas - Uma Visão Contemporânea - Fundamentos e Procedimentos. 1ª ed. São Paulo: Santos, 2012. 482p. REFERÊNCIAS PÁGINA 90 PROVA DOS DENTES FERNANDA CAMPOS | VANESSA MARIA FREIRE ABÍLIO CAPÍTULO 16 Na prova clínica dos dentes montados em cera, deve-se verificar se a armação metálica está assentando corretamente, se a oclusão está satisfatória, se a montagem dos dentes está respeitando os padrões estéticos e funcionais pré-estabelecidos na seleção. Deve-se ter em mente que qualquer mudança necessária deve ser realizada neste momento, pois após a acrilização ficará impossível devido a polimerização da resina em volta dos dentes de estoque. É importante pedir opinião ao paciente e algum familiar ou amigo que esteja acompanhando este quanto à aprovação da montagem, principalmente em casos com grande envolvimento estético na região anterior. Além disso, esta aprovação por parte do paciente deve ser anotada e assinada em sua ficha clínica para evitar posterior reclamação infundada. É necessário que o paciente tenha cuidado durante a verificação da oclusão, pois, se ocluir com muita força ou o teste for demorado, os dentes poderão se deslocar da cera, inviabilizando a análise e requerendo uma remontagem para a nova avaliação. PÁGINA 91 Fig. 33: Verificação da montagem no modelo. Fig. 34: Verificação da montagem em boca. CARR, A. B.; BROWN, D. T. McCracken’s Prótese Parcial Removível 12. ed. Elsevier, 2012. PORTO CARREIRO, A. F. et al. Protocolo clínico para confecção de próteses removíveis. EDUFRN, 2016. 216 p. Di FIORE, S.R.; Di FIORE, M. A.; Di Fiore, A. P. Atlas de Prótese Parcial Removível Princípios Biomecânicos, Bioprotéticos e de Oclusão. Editora Santos. 2010 PORTO CARREIRO, A. F., BATISTA, A. D. Prótese Parcial Removível Contemporânea. São Paulo: Santos, 2013. MEZZOMO, E. Reabilitação Oral Conteporânea. 1ª ed. Editora Santos, 2013 TODESCAN, R.; SILVA, E. E. B.; SILVA, O. J. Atlas de Prótese Parcial Removível. 1ª Ed. São Paulo: Santos, 1996, 345p. VOLPATO, C.A.M.; GARBELOTTO, L.G.D.; ZANI, I.M.; VASCONCELLOS D.K. Próteses Odontológicas - Uma Visão Contemporânea - Fundamentos e Procedimentos. 1ª ed. São Paulo: Santos, 2012. 482p. REFERÊNCIAS PÁGINA 92 INSTALAÇÃO E CONTROLE FERNANDA CAMPOS | VANESSA MARIA FREIRE ABÍLIO CAPÍTULO 17 Na consulta de entrega e instalação das PPRs, deve-se observar os seguintes pontos: Fig. 35: Interior da prótese, verificando a presença de bolhas ou arestas cortantes. Retire-as antes de posicionar a prótese na boca para não machucar o paciente. Fig. 36: Posicionamento clínico da prótese polimerizada. Observar assentamento completo dos apoios, grampos e conectores. PÁGINA 93 Fig. 37: Ajuste oclusal sendo realizado. Fig. 38: Ativação da ponta do grampo de retenção com o auxílio de um alicate ortodôntico. Fig. 39: Caso concluído. PÁGINA 94 Após a entrega das próteses, é interessante fazer certas recomendações ao paciente para que ele esteja ciente de que a longevidade do tratamento dependerá também dele. 1. Parar de utilizar a prótese em caso de ferimentos e procurar imediatamente o profissional. 2. Verificar o eixo de inserçao da protese. 3. Remover a prótese para realizar a higienização da peça e dos dentes. 5. Posicionar uma toalha sobre o lavatório para proteger a prótese em caso de queda. 6. Remover a prótese à noite e mantê-la em solução bactericida. 7. Comparecer aos controles subsequentes para verificar a necessidade de ajustes e ou reembasamentos. CARR, A. B.; BROWN, D. T. McCracken’s Prótese Parcial Removível 12. ed. Elsevier, 2012. PORTO CARREIRO, A. F. et al. Protocolo clínico para confecção de próteses removíveis. EDUFRN, 2016. 216 p. Di FIORE, S.R.; Di FIORE, M. A.; Di Fiore, A. P. Atlas de Prótese Parcial Removível Princípios Biomecânicos, Bioprotéticos e de Oclusão. Editora Santos. 2010 PORTO CARREIRO, A. F., BATISTA, A. D. Prótese Parcial Removível Contemporânea. São Paulo: Santos, 2013. MEZZOMO, E. Reabilitação Oral Conteporânea. 1ª ed. Editora Santos, 2013 TODESCAN, R.; SILVA, E. E. B.; SILVA, O. J. Atlas de Prótese Parcial Removível. 1ª Ed. São Paulo: Santos, 1996, 345p. VOLPATO, C.A.M.; GARBELOTTO, L.G.D.; ZANI, I.M.; VASCONCELLOS D.K. Próteses Odontológicas - Uma Visão Contemporânea - Fundamentos e Procedimentos. 1ª ed. São Paulo: Santos, 2012. 482p. REFERÊNCIAS PÁGINA 95 PARTE III - PRÓTESE FIXA PÁGINA 96 DESOBTURAÇÃO DO CONDUTO ARIELLY DE SOUSA LEITÃO | JÚLIA MAGALHÃES DA COSTA LIMA | VANESSA MARIA FREIRE ABÍLIO CAPÍTULO 18 Tabela 1: Materiais e instrumentais utilizados para desobturação do conduto. Materiais de consumo: Instrumentais: Álcool a 96% Kit Clínico (espelho, sonda exploradora e pinça) Película radiográfica Calcadores endodônticos Revelador e fixador Lamparina Isqueiro Régua endodôntica Brocas de Largo n. 1, 2 e 3 Stop de silicone endodôntico Caneta de baixa rotação Posicionador radiográfico Seringa e cânula de endodontia Régua endodôntica PÁGINA 97 1. RADIOGRAFIA INICIAL Determinar o comprimento aparente do dente (odontometria) a partir de uma referência pré-estabelecida, utilizando régua endodôntica. ATENÇÃO: As características ideais de um canal desobturado são: Desobturação de 2/3 do comprimento total do dente remanescente, deixando no mínimo 4 mm de material obturador (guta percha) no ápice radicular para garantir o selamento efetivo dessa região. Fig. 2: Representação esquemática das características ideais de um conduto desobturado. Fonte: Volpato et al., 2013.
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