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Pá gi n a1 ATMs 25/2 e 26/1 O GUIA DO MOCHILEIRO DA MEDICINA UFRGS Volume Único Um guia prático para o vestibulando de medicina da melhor universidade do sul BEM VINDO A BORDO! A partir de agora, você, futuro calouro de medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, está convidado a uma viagem no espaço-tempo das trajetórias dos aprovados do ano de 2020. Neste Guia, você vai encontrar quase tudo que possa lhe ajudar a embarcar na grande nave FAMED e realizar seu sonho de cursar medicina na melhor universidade de todas as Galáxias. Tentamos compilar aqui as informações que nós, enquanto vestibulandos, gostaríamos de ter tido durante a nossa preparação. Aperte o cinto e vamos lá! Esperamos que goste. Com carinho, ATMs 25/2 e 26/1. Obs.: não esqueça da sua toalha e NÃO ENTRE EM PÂNICO! MENSAGEM DO FUTURO: VOCÊ CONSEGUIU Agradecimento especial à Laura Chuang (ATM 24/2) que, durante o isolamento, tem feito artes incríveis e nos deu a honra de termos esse ICBS lindo em aquarela no manual. @chuanglaura @chuaaang_ CRÉDITOS ORGANIZAÇÃO DOS QUESTIONÁRIOS: Letícia Luísa Araujo (ATM 26/1), Eduarda Schneider (ATM 26/1), Samuel Toledo (ATM 26/1), Leonardo Krause (ATM 26/1) ORGANIZAÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS: Renato Ferraz (ATM 26/1), Leonardo Backes (ATM 26/1), Leonardo Krause ELABORAÇÃO TEXTUAL: Letícia Luísa Araujo, Maria Eduarda Kaminski (ATM 26/1), Andrei Vechini (ATM 26/1), Leonardo Backes, Samuel Toledo, Renato Ferraz CAPA E LAYOUT: Maria Eduarda Kaminski ARTE DA CAPA: Letícia Luísa Araujo TEXTO REDAÇÃO UFRGS: Rafaella Naibo (ATM 25/1) e Andrei Vechini EDIÇÃO FINAL: Maria Eduarda Kaminski, Andrei Vechini, Renato Ferraz REVISÃO: Letícia Luísa Araujo, Eduarda Schneider, Maria Eduarda Kaminski, Renato Ferraz, Andrei Vechini, Leonardo Backes, Leonardo Krause, Samuel Toledo FORNECIMENTO DE DADOS E AGRADECIMENTO ESPECIAL: ATMs 25/2 e 26/1. SUMÁRIO Faculdade de Medicina da UFRGS: História, Estrutura e Auxílios................6 HCPA: O Hospital-Escola da UFRGS...........................................................................10 Formas e Sistemas de Ingresso e Distribuição das Vagas.............................12 O Vestibular da UFRGS......................................................................................................13 Composição da Nota do Vestibular..............................................................................14 Estatísticas dos Aprovados pelo Vestibular.........................................................15 A Redação da UFRGS........................................................................................................23 Redações dos Aprovados CV UFRGS......................................................................25 O SISU na UFRGS................................................................................................................59 Estatísticas dos Aprovados pelo SISU...................................................................60 A Redação do ENEM...........................................................................................................67 Redações dos Aprovados pelo ENEM.....................................................................69 Pesquisa entre os Aprovados no CV e no SISU 2020................................84 Perguntas Gerais...............................................................................................................85 Perguntas para os Aprovados pelo CV UFRGS..............................................109 Perguntas para os Aprovados pelo SISU/ENEM.............................................119 Perguntas sobre Dicas Gerais de Estudo..........................................................125 Perguntas sobre Moradia em Porto Alegre......................................................137 Depoimentos dos Aprovados.....................................................................................139 Recadinhos Extras para Te Ajudar Nessa Jornada....................................160 Precisa de Ajuda? Fale com a Gente.....................................................................164 Pá gi n a6 FACULDADE DE MEDICINA DA UFRGS: HISTÓRIA, ESTRUTURA E AUXÍLIOS Em 1924, inaugurou-se o prédio localizado na Rua Sarmento Leite, erguido por esforços que inclusive incluíram recursos da comunidade. Esta obra, de arquitetura muita rica, marcou e marca nossa imagem até os dias de hoje, tendo sediado a Faculdade de Medicina durante 50 anos, até 1974. O Professor Sarmento Leite, pela sua personalidade e atuação, é reverenciado até hoje como Patrono da Faculdade de Medicina da UFRGS. Nossa Faculdade foi fundada em 25 de julho de 1898, tendo surgido a partir da Escola de Partos da Santa Casa e da Escola de Farmácia de Porto Alegre, denominando-se inicialmente de “Faculdade de Medicina e Farmácia de Porto Alegre". O curso iniciou suas atividades em 1899, tornando-se a terceira escola médica fundada no País, precedida somente pelas Escolas de Medicina de Salvador (BA) e do Rio de Janeiro (RJ). A partir de 1974, com a conclusão do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, a maior parte dos departamentos foi para lá transferida, criando-se a estrutura que permanece até hoje. O antigo prédio da Faculdade de Medicina atualmente abriga o Instituto de Ciências Básicas da Saúde, local onde são oferecidas as disciplinas de nosso ciclo básico (1º ao 3º semestre). Atualmente em construção, o novo prédio do ICBS contará com uma estrutura moderna e terá sua nova sede no campus Saúde, onde já se localizam o HCPA e a FAMED. Em 1998, ano do centenário do curso de Medicina da UFRGS, inaugurou-se o novo prédio da Faculdade de Medicina, localizado na Avenida Ramiro Barcellos, junto ao Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Atualmente, além de salas de aula, o prédio conta com uma estrutura completa. Pá gi n a7 O Laboratório de Informática, equipado com 27 computadores e 2 televisores, fica à disposição dos alunos para a realização das atividades acadêmicas. A biblioteca FAMED/HCPA possui um acervo com centenas de livros, que são utilizados pelos alunos ao longo de suas trajetórias acadêmicas, evitando, com isso, gastos excessivos com material didático. O CASL (Centro Acadêmico Sarmento Leite) fornece ao aluno de medicina um espaço de recreação e integração, com mesas de sinuca e ping-pong, bem como áreas para descanso e estudo. A Faculdade de Medicina da UFRGS possui, também, uma atlética: a AAAXXS (Associação Atlética Acadêmica XX de Setembro). Fundada em 2004, tem como objetivo a integração entre alunos de diferentes semestres do curso, bem como o incentivo à pratica esportiva. (Mais um agradecimento especial, agora à aluna Lia Becker (ATM 24/2), que usou seus dons artísticos para deixar esse registro lindo na parede do CASL. @lia.wallart @liagbecker) Pá gi n a8 Para isso, ocorrem treinos semanais de vários esportes individuais e coletivos, como natação, judô, vôlei, atletismo e futebol. Ao participar da Atlética, o aluno também ganha créditos complementares (pré- requisito para a conclusão da graduação). Atualmente, a Medicina UFRGS é tricampeã do Intermed Sul e campeã do JUMED RS. A UFRGS possui três casas de estudante em três campi diferentes. Há, em cada casa, um processo seletivo independente e, para concorrer a uma vaga feminina ou masculina, o estudante matriculado na UFRGS deve atender aos critérios determinados pelos respectivos editais de seleção. Além disso, os alunos residentes na Casa do Estudante possuem café da manhã gratuito nos restaurantes universitários. Há cinco restaurantes universitários da UFRGS (Vale, Agronomia, Centro, ESEF e Saúde), sendo que desses, para os estudantes de Medicina, os mais utilizadossão os da Saúde e do Centro – ambos servem almoço e janta. O cartão UFRGS é necessário para frequentá-los, e o preço da refeição é de R$ 1,30. Além disso, a compra do tíquete é online – no site da universidade – , e o cardápio do dia dos respectivos restaurantes pode ser visualizado no aplicativo UFRGS Mobile. Pá gi n a9 Os auxílios estudantis são concedidos pela PRAE (Pró- Reitoria de Assuntos Estudantis). Há o auxílio “Bolsas PRAE” e o auxílio “Benefícios PRAE”, sendo que aquele tem como objetivo proporcionar ao aluno experiência profissional técnica e administrativa, contribuindo para sua formação acadêmica e para sua sustentabilidade econômica através de auxílios financeiros; este, por sua vez, contribui para a permanência e conclusão do curso dos estudantes em situação de vulnerabilidade econômica, viabilizando RU gratuito, auxílio com passagem e material escolar, auxílio moradia até ser liberada uma vaga na Casa do Estudante, auxílio saúde e auxílio creche. Para adquirir esses benefícios, é necessário preencher os pré-requisitos da cota de baixa renda e acessar o portal do aluno no site da UFRGS. Para mais informações sobre editais, benefícios e valores, acesse o link: www.ufrgs.br/prae/assistencia-estudantil/ http://www.ufrgs.br/prae/assistencia-estudantil/ Pá gi n a1 0 HCPA: O HOSPITAL-ESCOLA DA UFRGS Fundado na década de 70, o Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) é o hospital escola da Faculdade de Medicina da UFRGS, sendo considerado referência nacional em pesquisa, ensino e tratamento da população. Recentemente, o hospital teve seu espaço físico ampliado em 70% com a construção de dois novos blocos destinados aos serviços ambulatoriais, de emergência, de cirurgia e de tratamento intensivo. No final de 2013 – e, novamente, em 2017 –, o Hospital de Clínicas recebeu a acreditação pela Joint Comission International (JCI). O HCPA é o primeiro do Brasil e o terceiro da América do Sul a possuir o selo de acreditação concedido a hospitais que são também centros médicos acadêmicos. Na prática, isso significa que os usuários, na sua maioria do SUS, poderão contar com um hospital que segue padrões internacionais de qualidade e segurança, além de ser reconhecido pela excelência na pesquisa e educação médica – investimentos que no futuro retornarão para a sociedade na forma de um atendimento mais qualificado. Pá gi n a1 1 Com uma gestão eficaz, o HCPA foi modelo para a criação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que tem a finalidade de qualificar a estrutura e os processos de todos os hospitais universitários da rede do MEC. No centro deste processo, está o AGH, sistema próprio de apoio à gestão hospitalar, criado pelo Clínicas na década de 1980 e que, em 2009, tornou-se a base para o desenvolvimento do Projeto AGHU (Aplicativos para Gestão dos Hospitais Universitários), em parceria com a Ebserh, para aplicação em todo o país. Na área de pesquisa, o Clínicas é um polo de produção e disseminação de conhecimentos e de inovação, sendo reconhecido no cenário científico nacional e internacional. O hospital conta com um programa de iniciação científica, que estimula pesquisadores a envolverem estudantes de graduação em suas atividades, proporcionando aos bolsistas a aprendizagem de técnicas e métodos de pesquisa e o desenvolvimento do pensar científico e da criatividade. Além disso, o HCPA conta com um centro de treinamento em cirurgia robótica, sendo, até 2018, o único hospital do Sul do Brasil a possuir os simuladores Mimic dV-Trainer e da Vinci Surgical Skills acoplados à plataforma robótica, utilizando o próprio console para treinamento. A instituição conta com o sistema cirúrgico da Vinci SI com dois consoles, também único no Sul e um dos sete disponíveis no país até 2018, que facilita a participação do cirurgião em treinamento. Já em uma parceria com o Instituto Simutec, os alunos da UFRGS podem desenvolver habilidades cirúrgicas em ambiente virtual, com simuladores de cirurgias laparoscópicas, disponibilizando módulos de aquisição de habilidades básicas e essenciais em videocirurgia, bem como noções de diversos procedimentos cirúrgicos. Dentro do programa de cirurgia robótica, os alunos de Graduação estão inseridos em atividades com o Simulador Mimic Dvt, em projetos de pesquisa que analisam o desenvolvimento de habilidades na plataforma de treinamento em cirurgia robótica. Pá gi n a1 2 FORMAS E SISTEMAS DE INGRESSO E DISTRIBUIÇÃO DAS VAGAS Há duas formas de concorrer a uma vaga na Medicina da UFRGS: pelo CONCURSO VESTIBULAR (70% das vagas) e pelo SISU (30% das vagas). Em ambos, existem dois sistemas de ingresso: • por Acesso Universal (Ampla Concorrência); • por Reserva de Vagas. Lembrando que o candidato que escolher essa opção NO CONCURSO VESTIBULAR também terá direito às vagas do Acesso Universal. Entretanto, no ingresso via SISU, os classificados em 1ª chamada que escolheram essa opção ocuparão as vagas apenas da sua modalidade, independentemente de ter nota o suficiente para ocupar uma vaga pelo Acesso Universal. A partir da 2ª chamada, a ocupação das vagas ocorre por ordem decrescente de nota. Na opção de Reserva de Vagas (cotas), há oito modalidades: • Modalidade L1 – candidato egresso do Sistema Público de Ensino Médio com renda familiar bruta mensal igual ou inferior a 1,5 salário-mínimo nacional per capita; • Modalidade L2 – candidato egresso do Sistema Público de Ensino Médio com renda familiar bruta mensal igual ou inferior a 1,5 salário-mínimo nacional per capita, autodeclarado preto, pardo ou indígena; • Modalidade L3/L5 – candidato egresso do Sistema Público de Ensino Médio independentemente da renda familiar; • Modalidade L4/L6 – candidato egresso do Sistema Público de Ensino Médio independentemente da renda familiar, autodeclarado preto, pardo ou indígena; • Modalidade L9 – candidato egresso do Sistema Público de Ensino Médio com renda familiar bruta mensal igual ou inferior a 1,5 salário-mínimo nacional per capita que seja pessoa com deficiência; • Modalidade L10 – candidato egresso do Sistema Público de Ensino Médio com renda familiar bruta mensal igual ou inferior a 1,5 salário-mínimo nacional per capita, autodeclarado preto, pardo ou indígena e que seja pessoa com deficiência; • Modalidade L13 – candidato egresso do Sistema Público de Ensino Médio independentemente da renda familiar que seja pessoa com deficiência; • Modalidade L14 – candidato egresso do Sistema Público de Ensino Médio independentemente da renda familiar, autodeclarado preto, pardo ou indígena e que seja pessoa com deficiência. Ao todo, são 140 vagas disponibilizadas por ano para o curso de Medicina. Abaixo, é possível observar como funciona a distribuição dessas vagas: VESTIBULAR AC L1 L2 L3 L4 L9 L10 L13 L14 TOTAL 1º SEMESTRE 25 3 3 3 3 3 3 3 3 49 2º SEMESTRE 24 3 3 3 3 3 4 3 3 49 SISU AC L1 L2 L5 L6 L9 L10 L13 L14 TOTAL 1º SEMESTRE 10 1 2 1 1 2 2 1 1 21 2º SEMESTRE 11 1 1 1 1 1 1 2 2 21 Pá gi n a1 3 O VESTIBULAR DA UFRGS O vestibular da UFRGS é um dos mais tradicionais do Brasil, sempre mantendo o mesmo estilo de prova ao longo dos anos. Basicamente, o vestibular se dá em fase ÚNICA – que dura 4 dias – contendo 25 questões objetivas (múltipla escolha) por matéria, com exceção da redação, que possui um único tema e deve ser de caráter dissertativo-argumentativo. Além disso, o vestibulando possui 4h30min por dia de prova para resolver as questões. A partir da edição de 2020, o vestibular passou a ser realizado em dois finais de semana consecutivos no período da tarde. A data específica só é informada quando o edital é lançado (www.ufrgs.br/coperse). No caso da última edição, as provas ocorreram nos dias 23 e 24 de novembro e 30 de novembro e 01 de dezembro: • Primeiro Final De Semana: • Sábado: provas de Física, Literatura em Língua Portuguesa e Língua EstrangeiraModerna (aqui o candidato pode optar por fazer a prova de Inglês, Espanhol, Francês, Italiano ou Alemão); • Domingo: provas de Português e Redação. • Segundo Final De Semana: • Sábado: provas de Biologia, Química e Geografia; • Domingo: provas de História e Matemática. O vestibular da UFRGS conta, também, com um sistema de pesos por matéria. Para o curso de Medicina, as matérias com maiores e menores pesos são: • Peso 3: Português, Redação e Biologia; • Peso 2: Língua Estrangeira Moderna e Química; • Peso 1: Física, Literatura em Língua Portuguesa, Geografia, História e Matemática. Obs.: as notas dos classificados podem ser consultadas em: • www1.ufrgs.br/PortalEnsino/GraduacaoProcessoSeletivo/index.php/DivulgacaoDad osChamamento http://www.ufrgs.br/coperse https://www1.ufrgs.br/PortalEnsino/GraduacaoProcessoSeletivo/index.php/DivulgacaoDadosChamamento https://www1.ufrgs.br/PortalEnsino/GraduacaoProcessoSeletivo/index.php/DivulgacaoDadosChamamento Pá gi n a1 4 COMPOSIÇÃO DA NOTA DO VESTIBULAR “Para os candidatos não-eliminados do concurso, será calculado o argumento de concorrência (AC), obtido pela média harmônica ponderada dos escores padronizados das nove provas, atribuindo-se ao escore padronizado de cada prova o peso especificado para cada curso, constantes da Tabela de Pesos das Provas por Curso que se encontra divulgada no Manual do Candidato. Este cálculo será feito sem arredondamentos ou truncagens, de acordo com a fórmula abaixo definida, porém o valor resultante AC será arredondado na segunda casa decimal.” (Trecho retirado do Manual do Candidato da UFRGS 2020). Pá gi n a1 5 ESTATÍSTICAS DOS APROVADOS PELO VESTIBULAR Aqui reunimos para vocês diversas informações sobre o desempenho dos aprovados. Elas vão desde tabelas com os acertos por prova até a densidade do curso, notas de corte e notas dos últimos classificados em outras edições. O objetivo de compilar todos esses dados em tabelas é mostrar para vocês que não existe uma estratégia de estudos única para passar e que você deve escolher a que te deixa mais confortável psicologicamente. TABELA DOS APROVADOS PELO VESTIBULAR POR MODALIDADE DE INGRESSO Você também pode visualizar a lista de desempenhos gerais na tabela interativa e atualizada, conforme os futuros chamamentos, por meio deste link (Boletins CV 2020.xlsx) ou observá-la abaixo dividida pela opção de ingresso escolhida no processo de inscrição. Para que você possa aproveitar ao máximo as funções de filtro da tabela interativa, elaboramos um passo a passo simples. Ele se encontra logo após as tabelas abaixo. LEGENDA AC/A0: Ampla Concorrência L1: Egresso de Escola Pública – Renda Inferior L2: Egresso de Escola Pública – Renda Inferior – Autodeclarado PPI L3/L5: Egresso de Escola Pública L4/L6: Egresso de Escola Pública – Autodeclarado PPI L13: Egresso de Escola Pública – Pessoa com deficiência L14: Egresso de Escola Pública – Autodeclarado PPI – Pessoa com deficiência. L9: Egresso de Escola Pública – Renda Inferior – Pessoa com deficiência L10: Egresso de Escola Pública – Renda Inferior – Autodeclarado PPI – Pessoa com deficiência PF: Posição Final. MH – PF: Média Harmônica da Posição Final. PC: Pré-classificação. MH – PC: Média Harmônica da Pré-classificação. FÍS: Física. LIT: Literatura em Língua Portuguesa. ING: Inglês ESP: Espanhol. POR+RED: Português + Redação. POR: Português. RED: Redação. BIO: Biologia. QUÍ: Química. GEO: Geografia. HIS: História. MAT: Matemática. https://1drv.ms/x/s!Aru5F1goa1rDhQfjC1ZSS0DTBiXd?e=7F8B4H Pá gi n a1 6 AC/A0 Pá gi n a1 7 L1 L2 L3/L5 L4/L6 Pá gi n a1 8 L13 L14 -SEM DADOS- L9 L10 -SEM DADOS- PASSO A PASSO PARA A TABELA INTERATIVA • Ao abrir a tabela, você se deparará com a seguinte imagem: Pá gi n a1 9 • Para aplicar o filtro nas colunas, basta clicar nos seguintes botões: 1 Pá gi n a2 0 2 Agora é só filtrar o que preferir e clicar no ok. 3 Pá gi n a2 1 TABELA DE NOTAS DE CORTE DO VESTIBULAR TABELA DE NOTAS DOS ÚLTIMOS CLASSIFICADOS DO VESTIBULAR Pá gi n a2 2 TABELA DE DENSIDADES E DISTRIBUIÇÃO DAS VAGAS Pá gi n a2 3 A REDAÇÃO DA UFRGS O tipo de redação que a UFRGS cobra é, historicamente, de caráter dissertativo-argumentativo, e o aluno precisa elaborar um texto que possua entre 30 a 50 linhas, trazendo nele aspectos imprescindíveis, como ABORDAGEM DO TEMA, DEFINIÇÃO DO PONTO DE VISTA, CONTEXTUALIZAÇÃO DO ASSUNTO, ESTRUTURAÇÃO E LINGUAGEM. Vale ressaltar que a folha de redação da UFRGS é diferente da do ENEM (o tamanho da linha equivale a, aproximadamente, ¾ do tamanho da linha da folha do ENEM). A nota da redação varia entre 0 e 25 pontos. Abaixo, segue um manual – disponibilizado pelas ATMs 25/1 e 24/2 e reeditado pela ATM 26/1 – que demonstra como a redação da UFRGS é corrigida por meio de 3 critérios: 1) Estrutura e conteúdo (cada item pontua entre 0 e 5, podendo atingir 30 pontos. A pontuação total nesse critério é dividida por 3): a) Domínio da tipologia: diz respeito à tipologia textual que o texto apresenta (dissertativo, narrativo, descritivo…), levando em conta tanto a apresentação formal, quanto a manipulação de ideias/argumentos. No texto dissertativo, é possível identificar a tese principal e os argumentos que a sustentam. Eventuais partes narrativas/descritivas podem ser usadas para sustentar a defesa do ponto de vista. b) Organização do texto: estruturação dos parágrafos e do ponto de vista das ideias/argumentos. Avalia-se inclusive o número e a extensão dos períodos do parágrafo. Necessário haver organicidade, estabelecendo relações adequadas no desenvolver dos parágrafos e na transição entre eles. c) Desenvolvimento do tema e do ponto de vista: construir um espaço reflexivo para o leitor. Os conteúdos apresentados devem progredir e se articular de forma a configurar uma associação de ideias, conduzindo o leitor a uma reflexão organizada sobre o tema proposto. É necessário poder inferir, a partir do texto, qual o ponto de vista do autor sobre a temática. d) Qualidade do conteúdo: qualidade dos dados apresentados e a densidade informacional. Avalia a consistência das ideias/evidências/argumentos usados pelo autor. e) Coesão textual: emprego de nexos, de modalizadores, de correlações de tempos verbais, de referências anafóricas e de substituições lexicais. É o costurar do texto e de suas partes. f) Investimento autoral: abordagens diferenciadas, fatos inusitados, tentativa de fugir do comum, relacionando as ideias com criatividade e com propriedade. Plano formal: frases complexas, vocabulário variado e recursos retóricos bem empregados. 2) Expressão (cada item pontua entre 0 e 5, podendo atingir 20 pontos. A pontuação total nesse critério é dividida por 2): a) Convenções ortográficas: maiúscula e minúscula, números, separação e junção de vocábulos, acentuação, hífen, aspas, trema, internetês, grafia e separação de sílabas. b) Semântica: inadequações (nexos, retomada lexical, impropriedade de registros, afixos, coordenação e paralelismo vocabular); imprecisão (retomada pronominal, vocábulos de sentido amplo); redundância (paráfrase, repetição de palavras/expressões). c) Pontuação: adjunto adnominal deslocado, orações adverbiais, elementos intercalados, coordenação, conjunções coordenadas adversativas e conclusivas, pontuação dos adjetivos, aposto e construções elípticas, orações coordenadas explicativas. d) Sintaxe e Morfossintaxe: concordância nominal e verbal, regência nominal e verbal (omissão indevida de preposição, paralelismo de regência, regência dos pronomes relativos, crase, uso de o e lhe),flexão, problemas de sintaxe da oração (omissão de termos, concordância inadequada de pronomes, colocação indevida de pronomes átonos, ambiguidade textual de adjetivos, advérbios, etc., uso indevido de tempos verbais, frases siamesas e fragmentadas, problemas de paralelismo sintático). Pá gi n a2 4 3) Holística (pontuação máxima de 10 pontos. A pontuação total é multiplicada por 1,25, representando 50% da nota final da redação): a) Tema (varia de 0 a 5 pontos): compatibilidade da abordagem do candidato com a proposta da prova. Se existe um ponto de vista identificável, uma interpretação qualificada. Qualidade da abordagem + encadeamento lógico das ideias relativas ao tema + manutenção da abordagem escolhida pelo autor ao longo de todo o texto. b) Modo Composicional (varia de 0 a 3 pontos): apresentar estruturação semântica em suas partes – relações lógicas (causa X efeito, fato X condição, premissa X conclusão, tese X argumento) – e conduzir o leitor para a distinção entre o mais abrangente e o mais restrito – o que faz parte da tese e o que vem para comprová-la. c) Domínio Linguístico (varia de 0 a 2 pontos): uso da língua, domínio da norma culta, emprego de recursos estilísticos. Adequação vocabular + redundâncias + ideias se coordenam/se subordinam + marcas da oralidade + aspectos gramaticais. OBS.1: SOMA-SE A PONTUAÇÃO FINAL DOS CRITÉRIOS 1 E 2. O RESULTADO É, ENTÃO, DIVIDIDO POR 2 E, EM SEGUIDA, MULTIPLICADO POR 1,25. O VALOR FINAL REPRESENTA METADE DA NOTA DA REDAÇÃO. (Ex.: 10 (crit. 1) + 10 (crit. 2) = 20 –-> 20 ÷ 2 = 10 –-> 10 x 1,25 = 12,5) OBS.2: O VALOR FINAL ENCONTRADO NO ITEM 3 É SOMADO AO VALOR FINAL DO CÁLCULO ACIMA, REPRESENTANDO, ASSIM, A NOTA FINAL DA REDAÇÃO. Na próxima página, seguem os espelhos das redações de alguns dos aprovados em Medicina do último vestibular. Esperamos que vocês consigam perceber que existem diversas formas de se abordar um tema, e que até mesmo quem passa comete rasuras e alguns deslizes. Não é preciso fazer um texto “à la Machado de Assis”, nem nele conter um linguajar extremamente rebuscado. O importante mesmo é conseguir demonstrar de forma clara e organizada o seu ponto de vista sobre o tema apresentado. A prova de Redação do Vestibular 2020 da UFRGS tratou sobre a música brasileira. A partir do artigo “Críticas a ‘Que tiro foi esse?’ e outras canções levantam a questão: a música brasileira está pior?”, publicado no Jornal O Globo, os vestibulandos tiveram que refletir e expor sua opinião acerca dos argumentos apresentados pelo autor do texto. Pá gi n a2 5 REDAÇÕES DOS APROVADOS CV UFRGS NOTA: 20,6250 Pá gi n a2 6 NOTA: 23,4750 Pá gi n a2 7 NOTA: 20,9375 Pá gi n a2 8 NOTA:22,7803 Pá gi n a2 9 NOTA:21,7708 Pá gi n a3 0 NOTA: 22,5000 Pá gi n a3 1 NOTA: 21,6666 Pá gi n a3 2 NOTA: 24,3750 Pá gi n a3 3 NOTA: 24,7916 Pá gi n a3 4 NOTA: 23,4375 Pá gi n a3 5 NOTA: 23,8541 Pá gi n a3 6 NOTA: 23,2291 Pá gi n a3 7 NOTA: 23,8541 Pá gi n a3 8 NOTA: 23,7500 Pá gi n a3 9 NOTA: 19,5833 Pá gi n a4 0 NOTA: 21,4583 Pá gi n a4 1 NOTA: 22,6041 Pá gi n a4 2 NOTA: 21,1458 Pá gi n a4 3 NOTA: 21,9791 Pá gi n a4 4 NOTA: 20,9375 Pá gi n a4 5 NOTA: 22,1875 Pá gi n a4 6 NOTA: 21,6666 Pá gi n a4 7 NOTA: 22,9166 Pá gi n a4 8 NOTA: 21,4583 Pá gi n a4 9 NOTA: 20,5208 Pá gi n a5 0 NOTA: 21,8750 Pá gi n a5 1 NOTA: 21,7708 Pá gi n a5 2 NOTA: 9,5833 Pá gi n a5 3 NOTA: 22,0833 Pá gi n a5 4 NOTA: 22,0833 Pá gi n a5 5 NOTA: 21,6666 Pá gi n a5 6 NOTA: 22,0833 Pá gi n a5 7 NOTA: 19,4791 Pá gi n a5 8 NOTA: 19,6666 Pá gi n a5 9 O SISU NA UFRGS A UFRGS é uma faculdade que adota pesos para cada área da prova do ENEM. Assim, para ter maiores chances de ser aprovado, é importante ir muito bem na área de Linguagens e Códigos, que é a de maior peso. Outro ponto importante é que, pelo fato de a área de Linguagens e Códigos ter um TRI mais baixo em relação às outras, algumas pessoas podem ficar preocupadas com o fato de a sua média geral reduzir quando se aplicam os pesos. Não se preocupem! Isso tende a acontecer e é justamente por conta disso que a nota de corte da UFRGS no SISU é menor do que a de outras universidades (fato que, inclusive, dá uma falsa sensação de que é mais “fácil” de passar na UFRGS). Abaixo, na imagem, é possível encontrar os pesos de cada área do ENEM e também as notas mínimas necessárias para concorrer a uma vaga na UFRGS. Ademais, é importante acompanhar não só a nota de corte, como também a sua posição de classificação no SISU ao longo dos dias. Assim, você consegue ver se mais participantes estão se inscrevendo nessa opção, se algumas pessoas estão trocando de opção e se a nota de corte está subindo ou abaixando. Isso ajuda a ter uma noção de qual será a sua classificação no último dia. Além disso, caso você não esteja dentro dos selecionados durante as parciais, você pode ter um parâmetro para avaliar se vale a pena continuar disputando a vaga e/ou tentar a lista de espera (o último classificado da primeira chamada saltou 29 posições entre a última parcial e o listão). Aviso: No SISU de 2020, houve um problema nas classificações parciais: o normal é o sistema descartar a segunda opção do candidato que está aprovado na primeira opção, assim como ocorre com o resultado final. No entanto, ocorreu alguma alteração no sistema que fez com que esses candidatos não fossem excluídos da lista da segunda opção, o que fez com que as classificações parciais não fossem uma estimativa real. Como esse bug do sistema começou no terceiro/quarto dia, foi possível ter uma noção, mas caso essa situação se repita nesse ano, tomem como base as parciais dos dias em que o sistema estiver normal. Obs.: as notas dos classificados podem ser consultadas em: • www1.ufrgs.br/PortalEnsino/GraduacaoProcessoSeletivo/index.php/DivulgacaoDad osChamamento https://www1.ufrgs.br/PortalEnsino/GraduacaoProcessoSeletivo/index.php/DivulgacaoDadosChamamento https://www1.ufrgs.br/PortalEnsino/GraduacaoProcessoSeletivo/index.php/DivulgacaoDadosChamamento Pá gi n a6 0 ESTATÍSTICAS DOS APROVADOS PELO SISU Aqui reunimos para vocês diversas informações sobre o desempenho dos aprovados. Elas vão desde tabelas com os acertos por prova até a densidade do curso, notas de corte e notas dos últimos classificados em outras edições. O objetivo de compilar todos esses dados em tabelas é mostrar para vocês que não existe uma estratégia de estudos única para passar e que você deve escolher a que te deixa mais confortável psicologicamente. TABELA DOS APROVADOS PELO SISU POR MODALIDADE DE INGRESSO Você também pode visualizar a lista de desempenhos gerais na tabela interativa e atualizada, conforme os futuros chamamentos, por meio destelink (Boletins ENEM 2019.xlsx) ou observá-la abaixo dividida pela opção de ingresso escolhida no processo de inscrição. Para que você possa aproveitar ao máximo as funções de filtro da tabela interativa, elaboramos um passo a passo simples. Ele se encontra logo após as tabelas abaixo. LEGENDA AC/A0: Ampla Concorrência L1: Egresso de Escola Pública – Renda Inferior L2: Egresso de Escola Pública – Renda Inferior – Autodeclarado PPI L3/L5: Egresso de Escola Pública L4/L6: Egresso de Escola Pública – Autodeclarado PPI L13: Egresso de Escola Pública – Pessoa com deficiência L14: Egresso de Escola Pública – Autodeclarado PPI – Pessoa com deficiência. L9: Egresso de Escola Pública – Renda Inferior – Pessoa com deficiência L10: Egresso de Escola Pública – Renda Inferior – Autodeclarado PPI – Pessoa com deficiência RED: Redação. LC: Linguagens e Códigos. CH: Ciências Humanas. CN: Ciências da Natureza. MAT: Matemática. https://1drv.ms/x/s!Aru5F1goa1rDhQkhCc-Sl8jP8y3B?e=EsSuso Pá gi n a6 1 AC/A0 L1 L3/L5 L9 L14 L2 – L4/L6 – L10 – L13 -SEM DADOS- Pá gi n a6 2 PASSO A PASSO PARA A TABELA INTERATIVA • Ao abrir a tabela, você se deparará com a seguinte imagem: Pá gi n a6 3 • Para aplicar o filtro nas colunas, basta clicar nos seguintes botões: 1 Pá gi n a6 4 2 Pá gi n a6 5 Agora é só filtra a sua preferência e clicar no “ok”. 3 4 Pá gi n a6 6 TABELA DE NOTAS DE CORTE DO SISU TABELA DE NOTAS DOS ÚLTIMOS CLASSIFICADOS Pá gi n a6 7 A REDAÇÃO DO ENEM A redação do ENEM é um texto dissertativo-argumentativo e, portanto, deve ser escrito em terceira pessoa. A pontuação varia de 0 até 1000 e, para a sua correção, existem 5 competências – que pontuam de 40 em 40 pontos – em uma escala que varia de 0 até 200. Vale lembrar que a redação será corrigida por, no mínimo, dois corretores, e que a nota final será a média entre essas duas notas parciais. Caso ocorra divergência significativa entre essas duas correções, o texto passa para um terceiro corretor. O ENEM considera como divergência significativa se: • Em uma ou mais competências, a diferença entre as notas dos dois avaliadores for maior que 80 pontos. Nesse caso, um terceiro corretor dá a nota dessa competência. • A diferença da soma total das cinco competências for superior a 100 pontos. Nesse caso, a nota final do participante será a média aritmética entre as duas notas totais que mais se aproximarem. Caso o terceiro corretor não chegue a um acordo com os outros dois avaliadores, a redação é enviada a uma banca composta por três corretores, presidida por um doutor. Na competência 1, avaliam-se os desvios da Língua Portuguesa formal existentes no seu texto. Nessa categoria, você, teoricamente, começa com os 200 pontos e, dependendo da quantidade de erros que o seu texto apresentar, eles descontam uma determinada quantidade de pontos. Para alcançar os 200 pontos, alguns professores dizem que o candidato pode apresentar no máximo 1 erro de pontuação, 1 erro de acentuação e 1 erro de ortografia. Alguns erros mais graves – como concordância e regência – podem penalizar mais a sua nota. Na competência 2, avalia-se o aproveitamento do tema no seu texto. Então, para garantir os 200 pontos nessa categoria, você deve criar um texto que apresente uma tese (ideia a ser defendida) que esteja diretamente relacionada com o tema e desenvolvê-la ao longo do seu texto com o auxílio de argumentos. Também é exigida a presença de, pelo menos, uma referência externa (música, filme, livro, filósofo, etc.), e essa citação deve atender a três requisitos: ser verídica, estar relacionada ao tema e ser produtiva no seu texto (para saber se ela é produtiva, depois de escrever o parágrafo, veja se a retirada da citação compromete o entendimento do texto: se a resposta for sim, ela é produtiva). Além disso, é também analisado se o seu texto corresponde ao gênero dissertativo-argumentativo nessa competência. Portanto, escreva seu texto na terceira pessoa do singular e apresente uma tese e argumentos. Pá gi n a6 8 Na competência 3, avalia-se a sustentação da tese ao longo do texto. Para cumprir esse requisito, você deve possuir argumentos e desenvolvê-los ao longo do texto, evitando lacunas e brechas na explicação do seu texto. Na competência 4, são avaliadas a coesão e a coerência do seu texto: a coesão é o uso de recursos como pontuação, conectivos, parágrafos e construções de frases que deem sentido e fluidez ao seu texto, tornando-o claro; já a coerência é se o seu texto faz sentido, ou seja, se ele não apresenta ambiguidades e se a progressão das ideias apresenta alguma lógica. Na competência 5, avalia-se a proposta de intervenção, que é a finalização do seu texto. Ela deve apresentar cinco tópicos: O QUE, QUEM, POR QUE, POR MEIO DE (detalhamento) e FINALIDADE. Além disso, a proposta de intervenção deve estar relacionada à ideia defendida no seu texto. Sugestão de estrutura: Faça a redação em 4 parágrafos com uma quantidade similar de linhas em cada um: no primeiro, comece com alguma citação para já garantir os pontos dessa parte na C2 e, depois, relacione essa citação com o tema e apresente a sua tese e argumentos; no segundo e no terceiro, comece com um conectivo, exponha o seu argumento e justifique por que ele dá credibilidade a sua tese e, depois disso, apresente uma outra citação para ajudar no seu processo argumentativo (não se esqueça de relacioná-la ao argumento); no último parágrafo, pense em uma proposta que apresente todos os 5 tópicos: na parte do ‘quem’, se possível, apresente dois agentes – pode ser um do poder público e outro do âmbito privado. Isso costuma chamar a atenção dos corretores. Por último, lembre-se de criar parágrafos com mais de um período, utilizar conectivos variados ao longo do seu texto e alinhar a sua redação na folha. Caso você tenha dúvidas sobre como escrever alguma palavra, troque-a por um sinônimo. O mesmo vale para a crase: na dúvida, altere a sua frase de forma que você tenha certeza de que não precisará utilizá-la. Na próxima página, seguem as redações de alguns dos aprovados na UFRGS via SISU. Da mesma forma que no vestibular, podemos perceber que há várias formas de se abordar o tema, e que rasuras e equívocos acontecem até com quem passa. Além disso, diferentemente do que se prega, há, sim, a possibilidade de passar em Medicina na UFRGS mesmo não obtendo uma nota na redação acima de 900. E lembrem-se, quanto mais redações vocês fizerem, mais vocês as dominarão e as farão com agilidade. Pá gi n a6 9 REDAÇÕES DOS APROVADOS PELO ENEM C1: 180 C2: 200 C3: 200 C4: 200 C5: 200 NOTA FINAL: 980 Pá gi n a7 0 NOTA FINAL: 980 Pá gi n a7 1 C1: 180 C2: 200 C3: 200 C4: 200 C5: 200 NOTA FINAL: 980 Pá gi n a7 2 C1: 160 C2: 200 C3: 200 C4: 200 C5: 200 NOTA FINAL: 960 Pá gi n a7 3 C1: 160 C2: 200 C3: 200 C4: 200 C5 200 NOTA FINAL: 960 Pá gi n a7 4 C1: 160 C2: 200 C3: 200 C4: 200 C5: 200 NOTA FINAL: 960 Pá gi n a7 5 NOTA FINAL: 960 Pá gi n a7 6 NOTA FINAL: 940Pá gi n a7 7 NOTA FINAL: 940 Pá gi n a7 8 C1: 160 C2: 180 C3: 200 C4: 200 C5: 200 NOTA FINAL: 940 Pá gi n a7 9 C1: 200 C2: 120 C3: 200 C4: 200 C5: 200 NOTA FINAL: 920 Pá gi n a8 0 C1: 160 C2: 180 C3: 200 C4: 200 C5: 180 NOTA FINAL: 920 Pá gi n a8 1 C1: 160 C2: 200 C3: 200 C4: 180 C5: 180 NOTA FINAL: 920 Ao conceber o sertão nordestino como um universo místico e único na obra cinematográfica “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, o cineasta brasileiro Glauber Rocha objetivava proporcionar ao sertanejo o reconhecimento de sua volumosa cultura nas grandes telas. Não obstante, as pressões mercadológicas impostas sobre a obra do cineasta forçaram a sua veiculação enquanto forma de cultura erudita, desvirtuando o seu significado social ao afastá-la do público alvo para o qual foi pensada. Analogamente, na sociedade brasileira atual, o cinema sofre com desafios expressivos para a sua democratização, caracterizados pela dificuldade de acesso a essa forma de arte por comunidades periféricas, que sofrem com a ausência de representações de sua realidade nesse meio. De fato, existe no Brasil uma carência explícita de esforços para levar o cinema a lugares além dos grandes centros urbanos, dificultando a sua democratização. Segundo o filósofo francês Michel Foucault, o distanciamento da população periférica em relação aos meios culturais é uma manipulação intencional de um pequeno universo de poder, perpetrada pela elite para se manter dominante. No Brasil, essa manipulação é reconhecível em fatores como o preço exorbitante dos ingressos e também a localização geográfica dos cinemas, situados dominantemente nos bairros nobres das cidades, pouco acessíveis pelas populações da periferia. É, ademais, explícita a distância entre as temáticas das produções cinematográficas atuais e a realidade de um público não pertencente a elite. Em concordância com o conceito aristotélico de “Mimesis”, o cinema brasileiro é uma mímica da atmosfera aristocrática dentro da qual é produzido. Dessa forma, soma-se aos empecilhos econômicos e espaciais uma diferença idiossincrática, na medida em que não é possível que um cinema produzido para uma só classe seja democrático. Urge, portanto, que sejam tomadas medidas para a reversão dessa conjuntura. Cabe ao Governo Federal, por meio da mobilização de recursos da Agência Nacional de Cinema, financiar a produção de filmes com temáticas sociais relevantes em caráter universal e não mais direcionadas a uma só classe social. Tais produções, quando finalizadas, seriam então exibidas em festivais gratuitos e acessíveis, em praça pública. Assim, será alcançado o objetivo de propagar um cinema democrático e integralmente representativo da nação e de seus aspectos únicos, que Glauber Rocha tão veementemente tentou mostrar no ápice de suas produções para o Movimento Cinema Novo. Pá gi n a8 2 NOTA FINAL: 920 Pá gi n a8 3 NOTA FINAL: 880 Pá gi n a8 4 PESQUISA ENTRE OS APROVADOS NO CV E NO SISU 2020 As pesquisas foram realizadas por meio do Google Forms e divulgadas nos grupos das ATMs para serem respondidas. Fizemos três formulários, sendo dois deles – “Informações Adicionais 1 e 2” – destinados apenas para as ATMs 25/2 e 26/1, e o terceiro – “Moradias em Porto Alegre” – para 24/2, 25/1, 25/2 e 26/1. A pesquisa foi formada por um total de 166 perguntas, divididas entre perguntas de múltipla escolha e discursivas. Algumas das perguntas do formulário “Informações Adicionais 1” tiveram como inspiração uma pesquisa criada e realizada pelos calouros de Medicina da USP-SP de 2020 (link). Já o formulário de “Informações adicionais 2”, idealizado pela ATM 26/1, contou com a participação de vestibulandos de medicina. Por meio do Instagram (@UFRGSatm26.1), foi criada uma caixa de perguntas com o seguinte questionamento: “O que você gostaria que um aprovado em medicina na federal respondesse?”. A partir das respostas recebidas, o questionário foi elaborado. Abaixo encontram-se os dados apurados das pesquisas e a taxa de adesão por ATM de cada um dos formulários. Agradecemos a todos os aprovados que participaram da coleta de informações e aos vestibulandos que nos enviaram suas dúvidas. Adesão por formulário de cada ATM: Informações adicionais ATM 25/2 e 26/1 – PARTE 1 (total de 76 respostas) • 25/2: 31 alunos • 26/1: 45 alunos Informações adicionais ATM 25/2 e 26/1 – PARTE 2 (total de 63 respostas) • 25/2: 24 alunos • 26/1: 39 alunos Moradias em Porto Alegre (total de 49 respostas) • 24/2: 7 alunos • 25/1: 6 alunos • 25/2: 12 alunos • 26/1: 24 alunos Explicação do funcionamento das perguntas e respostas de múltipla escolha TIPO 1 “Pergunta [...]” Considerações extras • A x | B x (x é o número de pessoas que marcaram aquela alternativa) TIPO 2 “Pergunta [...]” Considerações extras • Resposta gráfica (colunas ou setores) Explicação do funcionamento das perguntas e respostas discursivas A fim de evitar repetições, algumas respostas semelhantes das perguntas discursivas dos formulários foram condensadas. Portanto, nem todo item representa a resposta de apenas um único aluno, mas sim respostas que se complementam e dão uma ideia geral de como os aprovados pensavam. https://drive.google.com/drive/folders/13BooQp48VLxMoop2RC-3q_aJenvgc2ic Pá gi n a8 5 PERGUNTAS GERAIS Sistema de ingresso • SISU 17 | CV 59 Cotista • Sim 23 | Não 53 Tipo de cota Considerar que uma mesma pessoa pode atender a mais de uma cota • PPI 7 | Renda Baixa 8 | Deficiente 7 | EP 23 Você tinha uma segunda opção de curso? • Sim 3 | Não 72 Qual era a sua segunda opção de curso? • Ciência da Computação 1 • Psicologia 1 • História 1 Iniciou algum curso antes de Medicina (mesmo que não tenha terminado)? • Sim 15 | Não 61 Cursos iniciados: • Ciências Econômicas 2 • Direito 2 • Física 1 • Geografia e História 1 • Geologia 1 • Psicologia 1 • Arquitetura e Urbanismo 1 • Engenharia Mecânica 1 • Farmácia 1 • Engenharia Química 1 • Relações Internacionais 1 • Engenharia Florestal e Arquitetura e Urbanismo 1 • Odontologia 1 Achava que iria passar? • Sim, com certeza 5 • Sim, achei que tinha chances 48 • Não, nunca imaginei que conseguiria 3 • Não, fui surpreendido 20 Pá gi n a8 6 Pá gi n a8 7 Chamada em que foi aprovado? • Primeira chamada (chamada regular): 72 • Segunda chamada: 3 • Outra chamada: passei em uma das últimas chamadas do ano passado e me colocaram para este ano, pois o semestre já estava no fim. Pá gi n a8 8 Pá gi n a8 9 Você saiu durante o ano da sua aprovação? Festas, cinemas, churrascos, jogos de futebol, etc. • Sim 66 | Não 10 Você utilizou alguma rede social durante o ano da sua aprovação? Facebook, Instagram, Twitter, etc. • Sim 73 | Não 3 Você praticava alguma atividade física, regularmente, no ano da sua aprovação? Academia, futebol, vôlei, yoga, crossfit, corrida, caminhada, etc. • Sim 40 | Não 36 Você teve algum acompanhamento psicológico no ano da sua aprovação? • Sim 28 | Não 48 Você fez algum vestibular de universidade particular antes de passar na UFRGS? • Sim 59 | Não 17 Foi aprovado em algum vestibular de universidade particular antes de passar na UFRGS? • Sim 52 | Não 23 Foi reprovado em algum vestibular de universidadeparticular antes de passar na UFRGS? • Sim 42 | Não 31 Foi aprovado em outra instituição Federal no curso de Medicina? • Sim 52 | Não 24 Pá gi n a9 0 Pá gi n a9 1 Você considera importante fazer exercícios? Não considerar provas anteriores. • Sim 63 | Não 0 Você fez ou acha importante fazer provas anteriores? • Sim 75 | Não 1 Você fez ou acha importante fazer resumos? • Sim 47 | Não 29 Você acha importante realizar simulados? • Sim 60 | Não 3 Você considera importante tirar dúvidas em aula? Não ter vergonha de fazer perguntas na sala, etc. • Sim 61 | Não 2 Você tinha um cronograma ou planejamento Pode ser diário, semanal, mensal, etc. • Sim 50 | Não 13 Pá gi n a9 2 Ordene "provas anteriores", "exercício dos livros" e "teoria", de acordo com o seu tipo de estudo, usando os sinais <, > e =. • Provas anteriores = exercícios dos livros > teoria (7): uma pessoa considerou o uso de flash cards superior a tudo, outras ressaltaram que já tinham uma base teórica sólida antes de adotar essas práticas (feito no mínimo mais de dois anos de cursinho). • Provas anteriores > exercícios do livro > teoria (8): uma pessoa citou que esse método é para quem já tem base teórica, caso não, recomenda o contrário, outra substituiu a teoria por “vídeo aulas das leituras obrigatórias e simulados”. • Exercícios dos livros > teoria > provas anteriores (5): uma pessoa disse que foi o método usado no ano da aprovação, outra substituiu provas anteriores por resumos e uma disse que só usou esse método durante a revisão. • Teoria > exercícios dos livros = provas anteriores (5): uma pessoa destacou que a teoria é superior aos outros dois métodos. • Provas anteriores > teoria > exercícios dos livros (5): uma pessoa citou que esse é o método de estudos ideal para o ENEM, e que exercícios dos livros são muito inferiores aos outros dois. • Provas anteriores = exercícios dos livros = teoria (4). • Provas anteriores = teoria > exercícios do livro (4). • Exercícios de livros > provas anteriores > teoria (4): uma pessoa disse que entre provas anteriores e teoria há um abismo imensurável. • Provas anteriores > exercícios dos livros = teoria (3): fazer os exercícios, estudando cada alternativa e aplicando a teoria neles, se ainda houver alguma dúvida, assistir alguma aula ou pedir ajuda de algum professor. • Teoria > exercícios dos livros > provas anteriores (3): uma pessoa citou que usou esse método no ano em que foi reprovada. • Teoria > provas anteriores > exercícios dos livros (3): uma pessoa citou que esse é o método de estudo para o CV. • Teoria = exercícios dos livros > provas anteriores (2). • Exercícios dos livros > teoria = provas anteriores (2). • Acho que todos são importantes, mas tem que saber o momento certo de fazer as provas anteriores. Não adianta fazer todas as provas 5 meses antes do concurso em si. Com que frequência você fazia simulados contando tempo? • Uma vez por semana (9): somente após a metade do ano; nos fins de semana; até duas vezes por semana na reta final; tinha semana que eu não estava bem, não estava afim, então não fazia e não me sentia mal por isso, descansar também é necessário para sua aprovação. • Uma vez por mês (20): intercalando entre ENEM e CV; até duas vezes por mês • Uma vez por trimestre (5), uma vez a cada dois meses (2), uma vez a cada quatro meses (1) • Eu fazia quando sentia que tinha melhorado para testar como eu estava; Não fazia simulados em casa; Não gostava de fazer simulados; Não tinha uma frequência definida; Raramente fazia simulados contando tempo; Sinceramente, eu não contava o tempo quando fazia em casa; No início variava muito. Fiz algumas provas contando tempo, mas nada muito frequente. • No último ano, sempre contei o tempo de resolução, principalmente quando fazia provas antigas. Isso ajuda muito a organizar o tempo para cada prova no vestibular. Eu demorava muito para responder as questões, então esse treino me ajudou a fazer as questões de forma mais rápida. • No cursinho era 1 por semestre; meu cursinho não fazia simulados todo mês, mas costumavam ser concentrados, vários seguidos, por volta de dois por mês; Simulados oficiais do cursinho eram em um intervalo de alguns meses; No meu cursinho foram 3 simulados ENEM e 2 simulados UFRGS. Pá gi n a9 3 Você teve matérias acumuladas durante o ano da sua aprovação? • Sim, é impossível ter a matéria em dia 27 • Sim, não consegui desacumular tudo até hoje 16 • Sim, mas terminei o ano com tudo em dia 18 • Não, sempre tive a matéria em dia 2 O quanto você concorda com a afirmação a seguir: “eu faço todas as atividades do cursinho/grupo/colégio”? • Listas, simulados, exercícios do livro, atividades extras passadas pelos professores. • Concordo (100%): fazia todas as atividades passadas 8 • Concordo parcialmente (75%): fazia a maior parte das atividades passadas 29 • Concordo e discordo (50%): fazia algumas atividades passadas 22 • Discordo parcialmente (25%): fazia raramente atividades passadas 4 • Discordo (0%): fazia nenhuma atividade passada 0 Pá gi n a9 4 Qual(is) era(m) esse(s) outro(s) processo(s) seletivo(s)? Cada ano anterior e/ou semestre é uma prova. Treino em casa. • PUCRS (19 respostas). • UFSC (16 respostas). • UPF (14 respostas). • FUVEST (10 respostas). • UNICAMP (6 respostas). • UNIFESP (5 respostas). • UNESP (5 respostas). • UCS (4 respostas). • ACAFE (4 respostas). • ULBRA (3 respostas). • UFPR (2 respostas). • UEM (2 respostas). • Albert Einstein, Santa Casa, FAMERP, VUNESP, UEPG, UFN, FGV. • PUC, UPF e ACAFE, mas só antes desses vestibulares. • UPF (indico para treino da UFRGS) e UCS (biologia e química são ótimas para treino). • Usava muito o vestibular da UPF para estudar, pois as questões são parecidas com o CV. • Fiz exercícios dos vestibulares FUVEST, UNICAMP, UNIFESP, FAMEMA, FAMERP, UFPR, UNB, tanto aberto quanto fechado. • Fiz de todas as particulares do RS para treino e porque prestaria o vestibular delas, mas as que indico mais para estudar para a UFRGS são a PUCRS e a UPF. Já das federais, gostava muito de estudar pela prova da UFSC, que, por ter questões de somatório, obrigava-me a revisar muitos assuntos de uma só vez. Qual(is) é(são) a(s) principal(is) diferença(s) e semelhança(s) entre o CV e o ENEM? • Acredito que a única semelhança é que para ambos é necessário ter o CONTEÚDO dominado, ao contrário do que muitos dizem de que ENEM é apenas interpretação. • O CV aprofunda muito em matérias como História do RS, Geografia do RS, além de cobrar conteúdos mais densos nas outras áreas. • Diferenças: CV tem tempo, é objetivo, se tu sabes o conteúdo provavelmente irá bem. ENEM: misterioso, pouco tempo, gera cansaço. Semelhanças: ambos te deixam nervoso. • A diferença é que o CV é mais previsível e usa uma aplicação mais “nua” do conteúdo. O ENEM contextualiza as questões e pode ser bastante surpreendente. • Vestibular é conteúdo e ENEM é sorte. Sabe-se tudo que vai aparecer no vestibular, no ENEM é loteria. Estudar apenas para o ENEM é imprudente. • Para mim, o ENEM sempre foi uma prova complicada por exigir raciocínio, estratégia e leitura em pouco tempo, além de ser uma prova longa e cansativa. Por isso, meu foco foi o vestibular, que é uma prova mais conteudista, mas poderia fazer com calma. • Ao contrário do que pensam, as duas provas são conteudistas atualmente. No entanto, a UFRGS é mais mecânica, segue um padrão bem específico, e o tempo não é um problema. No ENEM, a economia de tempo e estratégia de prova são essenciais. • O ENEM dificulta maisno tempo e tem um estilo próprio de questões, além de muitas pegadinhas nas exatas. A semelhança é a similaridade em quantidade de estudo, mesmo que a prova do ENEM seja menos pesada, a variedade de conteúdos que podem aparecer e o pouco tempo de prova implicam que tudo esteja na ponta da língua. • A redação é bem diferente: a do CV exige mais autoria e criatividade, enquanto a do ENEM exige mais estrutura e adesão às competências. O CV costuma fazer temas mais reflexivos e subjetivos, já o ENEM aborda problemas sociais e pede alternativas de solução. A redação do CV permite maior "liberdade de criação" do que a do ENEM. • Hoje, algumas provas do ENEM são tão conteudistas quanto o CV (natureza e humanas, principalmente), então a teoria nunca foi tão importante quanto agora. O ENEM exige uma resolução mais rápida, já o CV dá tempo suficiente pra fazer todas as questões com relativa calma, tranquilizando o psicológico. • O CV é direto. Se você sabe a matéria, é só manter a calma e ler a questão. É uma prova mais focada no seu conhecimento em si, não tem muita complicação. O ENEM é uma prova mais de desempenho. Em geral, quem sabe mais da matéria irá melhor, mas é preciso também saber lidar Pá gi n a9 5 com o próprio ENEM, como aprender a interpretar alguns enunciados mal feitos, as eventuais perguntas sem noção e ainda manter a calma. • UFRGS é conteudista, ou seja, muita coisa que vemos no cursinho realmente cai no vestibular e a UFRGS cobra apenas o conhecimento, às vezes até com “decorebas”. Já o ENEM cobra a habilidade de resolver questões, o que significa que só saber o conteúdo não basta pra resolver as questões, mas sim a capacidade de interpretar questões no tempo mais rápido possível e conectar a matéria teórica com seu uso no dia a dia. • A principal semelhança é o conteúdo, as duas provas diferem apenas na abordagem. O ENEM dificilmente cobra fatos muito específicos, exigindo um conhecimento mais contextualizado. Já o CV é muito mais conteudista, com questões diretas, medindo conhecimentos e estudo puro. Além disso, o ENEM é uma prova de resistência, pelo alto número de questões e pouco tempo (mais fácil errar por bobagem), e de lógica misturada com conhecimento de bagagem cultural. • O ENEM exige uma estratégia de prova muito bem pensada devido ao tempo de prova ser curto, já o vestibular exige um conhecimento de conteúdos mais específicos. No ENEM é necessária uma maior coerência com as respostas, pois se responder as questões mais fáceis e médias a nota é melhor pelo TRI. O número de acertos não tem tanta relevância, mas sim a tua coerência nas respostas. Já no vestibular qualquer questão que tu acertar já é uma vantagem. Você focou em algum processo seletivo durante o ano da sua aprovação? Fez só provas do ENEM, do CV e/ou de outro vestibular. • Sim 52 | Não 11 Se você focou igualmente no CV UFRGS e no ENEM, como fez para conciliar os dois? • No início do ano eu alternava entre um mês fazer provas do ENEM e no outro fazer provas da UFRGS e de outros vestibulares similares, mas quando faltavam 2 meses pro ENEM eu fiz apenas estudo de ENEM e, passado o ENEM, apenas a UFRGS. • Quem estuda para o CV já tem o "conteúdo" necessário para passar no ENEM. Então, o que eu fiz foi estudar para o CV, fazendo algumas adaptações para o ENEM como, por exemplo, treinar fazer questões de matemática rapidamente, saber como interpretar as questões do ENEM e como chegar na resposta certa. • Organização e planejamento. Tinha os dias certinho pra fazer exercícios da UFRGS e do ENEM. Quanto à teoria, quem acaba estudando pra uma delas estuda para ambas, visto que as duas estão bastante conteudistas. • A redação talvez seja necessário fazer uma de cada modelo por semana, eu fiz apenas redações modelo ENEM ao longo do ano e fui bem (940), mas como não fiz nenhuma modelo vestibular Pá gi n a9 6 senti que cheguei um pouco despreparado e não fui tão bem (tirei 19,5 e caí 9 posições da pré- classificação). • O tempo extra para as matérias diferentes não é tão grande, as leituras obrigatórias da UFRGS podem ser concluídas com 1-2h por semana, já as matérias de sociologia e filosofia podem ser estudadas para o ENEM com 1h por semana cada. • Sabendo a teoria corretamente, dá para ir bem em ambos. Aí é só intercalar provas anteriores dos dois para entender as diferentes abordagens de cada assunto. • Deixei para fazer as provas antigas da UFRGS no período entre o ENEM e o vestibular. Serviu como revisão e permitiu chegar bem preparado para as provas. Qual das opções a seguir foi a determinante na sua escolha de qual(is) processo(s) seletivo(s) focar no ano da sua aprovação? • Não foquei em nenhum processo seletivo 2 • Prefiro provas conteudistas 25 • Prefiro mais provas conteudistas a provas de estratégia 11 • Prefiro tanto provas conteudistas quanto provas de estratégia 13 • Prefiro mais provas de estratégia a provas conteudistas 4 • Prefiro provas de estratégia 1 • Nenhuma dessas opções 7 Se você focou em outros processos seletivos além do CV UFRGS e do ENEM, qual(is) era(m)? • UNIFESP (3) • CV UFSC (2) • PUCRS (2) • UNESP (2) • Unicamp (2) • Santa Casa (1) • FAMEMA (1) • FAMERP (1) Qual das opções abaixo você fez durante o ano da sua aprovação? • Curso presencial 45 • Curso online 5 • Curso presencial e online 6 • Estudei em casa por conta própria 3 • Outros 5: • Terceiro ano do ensino médio; • Estudei em casa com a ajuda do Fleming. Pá gi n a9 7 • Fiz a maioria das matérias em curso presencial. Literatura estudei pelo YouTube e lendo os livros. História e Geografia estudei em casa por já me sentir mais preparado. • Fiz curso presencial de algumas matérias. Além disso, assinei duas plataformas online e estudei em casa, por conta própria. • Eu fazia 5 grupos, são eles: geografia, física, química, redação e prática em provas de português. Para matemática e biologia, eu assinei o “Ferreto” e “Biologia Total”, respectivamente. As demais matérias estudei por conta própria e em casa, por livros e apostilas que já tinha em casa dos anos anteriores do cursinho. Friso que, mesmo nas matérias que eu fazia online e estudava por conta própria, era eu quem fazia todo meu cronograma de estudo do ano inteiro, com os conteúdos que eu estudava cada semana, mês, para todo o período, até as provas. Se você estudou em casa, levou quantos anos para passar? • 1 ano (duas respostas). • 1 ano de cursinho e 2 anos estudando em casa. • 2 anos e 1 semestre. • 4 anos (duas respostas). Você trabalhou e estudou durante o ano da sua aprovação? • Sim 8 | Não 55 Como era a sua rotina? • Ajudava meus pais na roça durante a manhã, à tarde e à noite eu estudava. • Meu trabalho era bem flexível, porque eu trabalhava em uma clínica médica como técnico em polissonografia. Logo, dedicava boa parte do dia para os estudos e umas duas horas para trabalhar. • Trabalhava como autônomo, então busquei jogar toda a carga de trabalho para a segunda-feira e focar apenas nos estudos no resto da semana. • Trabalhei até outubro e estudava em casa de noite, depois pedi demissão e foquei apenas em estudar no mês de novembro. • Eu tinha bolsa de estudos no cursinho em que estudava e precisava cumprir 10h semanais de trabalho na instituição, incluindo tarefas como faxina, trabalho de banco, matrículas, e auxílio aos professores. • Minha rotina era bem simples. Trabalhava das 8hrs às 18hrs, chegava em casa e estudava em torno de 30 minutos até no máximo 4 horas. Fiz muitos exercícios nos livros que ganhei de cursinhos, e acredito ter sido o diferencial para a minha aprovação. Você foi aprovado direto do Ensino Médio? • Sim 5 | Não 58 Sua instituição era pública ou privada? Como era a sua rotina? • Privada. A rotina era flexível: às terças-feiras ia para o Fleming pegar orientação e material e estudava em casa. De esporte, fazia academia nosdias de semana. • Instituição pública que, lamentavelmente, não preparava os alunos para prestar o vestibular de nenhuma forma, apenas tinha como objetivo passá-los de ano. • Privada. Tinha aulas das 7h às 17h, aproveitava ao máximo as aulas para aprender os conteúdos para não ter que revisar tudo em casa. Estudava em casa das 19h às 22h (apenas resolução de exercícios) e, nos finais de semana, eu tinha simulado no colégio a cada 2 semanas, aos sábados. Quando não tinha simulado, eu revisava algum conteúdo que eu sentia necessidade e, aos domingos, eu descansava. Quando você decidiu prestar Medicina? • Desde criança. Sou técnico de enfermagem e admiro a profissão há tempos. • Desde 2008 penso nisso, depois em 2014 tive vontade de novo e só decidi em 2017. • É um sonho que trago comigo desde criança e cresceu durante a minha formação. • Sempre foi o meu sonho, desde pequena! • No primeiro ano do Ensino Médio já tinha ideia, mas fiquei mais convicto no segundo. • No segundo ano do Ensino Médio (quatro respostas). Pá gi n a9 8 • No terceiro ano do Ensino Médio (doze respostas). • No cursinho. • Quando eu era novo já tinha um interesse grande na profissão, que foi se intensificando. • Quando estava cursando direito. • Sempre fiquei entre medicina e engenharia, como medicina era mais concorrido aqui em Porto Alegre e me encantava mais do que engenharia, decidi por ela. • Decidi ali pelo meio de 2016, quando decidi largar o curso que estava fazendo na época (Arquitetura e Urbanismo). • Quando iniciei um trabalho voluntário em hospitais e asilos de Porto Alegre. Foi no ano de 2010, ainda estava no Ensino Médio. • Sempre gostei da área, mas achava impossível passar. Entrei em outro curso e lá vi que deveria seguir meu sonho e encarar a dificuldade do vestibular de medicina. • A memória mais antiga que eu tenho é de quando tinha 5 anos e ganhei um kit médico de presente da fada dos dentes. Depois me recordo de na terceira série ter lido um livro em que a personagem principal fingia ser médica, e desde então falava para todos que queria ser médica. Nunca pensei em fazer outra coisa que não fosse medicina. • Depois de um teste vocacional no segundo ano do Ensino Médio, mas já tinha ideia de que queria medicina desde quando comecei a estudar mais biologia e gostar cada vez mais de entender como o corpo humano ''funciona''. • Eu cursava Psicologia há dois anos, mas ao longo do curso descobri uma afinidade muito maior por Medicina. Foi uma decisão difícil porque a Medicina nunca tinha sido uma opção pra mim, e trocar de curso sempre gera insegurança. Mas resolvi criar coragem e ir atrás do que fazia mais sentido pra mim, e não me arrependi nem um pouco! • Desde o primeiro semestre de farmácia eu já vinha com a ideia de largar tudo e tentar medicina, mas fui "empurrando com a barriga" porque minha mãe não aceitava bem a ideia de eu largar um curso incompleto. No quarto semestre, depois de ter tentado iniciação científica em dois laboratórios (e não ter gostado), eu tinha conseguido bolsa de monitoria em bioquímica. Um belo dia, recebi um e-mail da professora dizendo que eu havia perdido essa bolsa por um motivo muito, muito ridículo. Esse foi o exato momento em que eu pensei "tudo dá errado pra mim nesse curso, tá na hora de criar coragem e admitir que não estou no lugar onde deveria estar". O que você gostaria que tivessem lhe dito quanto ao processo em busca de uma vaga de medicina na federal? • Para tentar, mesmo sem ter muito tempo de estudo, e para ter confiança em si mesmo. • Aprender a estudar é o mais difícil. Depois disso, as coisas melhoram. • Que se fosse pra fazer, era pra fazer direito, pra não perder tempo. • Passar em medicina não é algo só para pessoas com uma inteligência excepcional. • É realmente tão difícil quanto falam, não existem atalhos. • Por mais que a gente tente, é impossível ser perfeito. • Só não consegue quem desiste, mas dá muito trabalho. • Que eu não precisava me cobrar tanto. • Gostaria que tivessem me dito para buscar ajuda motivacional e psicológica. • Ter muita organização ao estudar. • Não precisa saber tudo. • Gostaria que tivessem me dito a importância de fazer as provas antigas da UFRGS. • Tenha consciência de que vais abrir mão de algumas coisas, mas que vale muito a pena. • Gostaria de ouvir que não é necessário sair do Ensino Médio direto para faculdade, pois esse pensamento, infelizmente, está presente na sociedade e causa muita angústia. • Que as variáveis pra conseguir são MUITAS, então ficar se comparando com os outros pode ser prejudicial. Evitar comparações excessivas com a trajetória de outras pessoas. • Não se compare! As pessoas não precisam estudar as mesmas coisas, na mesma quantidade ou intensidade. É necessário saber dosar o que é ideal para cada um. • Que, apesar de ser um processo longo e difícil, eu amadureceria, aprenderia muito e faria amigos incríveis que me acompanhariam nessa busca. • O número de candidatos por vaga pode ser assustador, mas o oponente real é a capacidade de dedicação e controle da ansiedade de cada um. • Gostaria que me dissessem que é difícil, mas é possível. Não importa o tempo que você tente, se é isso que você realmente quer. Pá gi n a9 9 • Tá tudo bem reprovar, tá tudo bem chorar. VOCÊ NÃO É OBRIGADO A PASSAR NO PRIMEIRO ANO DE CURSINHO. • Que é possível passar! O que a gente mais escuta é que é absurdamente difícil e isso desencoraja bastante. Não é impossível! É claro que também não é algo fácil, demanda muito esforço e determinação. Medicina na federal é um projeto e qualquer pessoa (qualquer mesmo!) com resiliência e disposição pra encarar o desafio pode conseguir. • Para eu cuidar da minha saúde mental. Não adianta se matar estudando se não estiver com a saúde mental bem. O bem-estar geral do estudante (psicológico e físico) possui tanta importância quanto o estudo. • Se você ainda está no Ensino Médio, não esquenta com o colégio, foca no seu maior objetivo. A aprovação no colégio é algo bem menor do que a aprovação no vestibular da UFRGS. Se a UFRGS vier, o outro vem junto. • O melhor conselho que eu posso passar é que a gente acredite no nosso potencial e na nossa capacidade e, principalmente, não desista dos nossos sonhos; eles podem demorar, mas quando eles viram realidade, é a melhor sensação do mundo. • Acredite que é possível, não se compare com os colegas. Aceite que é um processo e que pode levar algum tempo. A gente amadurece junto com o processo do vestibular, e isso só o tempo e as derrotas nos podem proporcionar. • Que dá pra balancear os estudos com lazer, que não vai dar pra revisar tudo de todas as matérias na véspera das provas e que está tudo bem. Não bitola em relação aos estudos! Leva uma vida balanceada com umas 2h de estudo de qualidade por dia, mas faça TODOS OS DIAS! Preze sempre pela QUALIDADE, não pela QUANTIDADE. • Que tivessem insistido para eu estudar mais durante o Ensino Médio e confirmassem que era possível eu entrar, independente da minha cor de pele, da minha deficiência e de eu ser pobre! Mas o principal: que me dissessem que é, sim, um processo difícil, que eu estaria concorrendo com pessoas que vieram dos melhores colégios e cursinhos, mas que a universidade pública e gratuita é, principalmente, para nós pobres, e que a vaga deve ser conquistada por nós. Ouvi isso apenas no segundo ano de cursinho e caiu uma cortina dos meus olhos, o que fez a caminhada ter mais sentido! • Não existe manual para passar em medicina, cada um cria o seu, e ninguém consegue segui-lo com perfeição. O mais importante não é a quantidade de horas que se passa estudando ou a quantidade de exercícios feitos, e sim o aproveitamento que é feito disso tudo. O aluno deve estudar buscando eficiência, nada adianta estudar 6 horas por dia e absorver apenas duas horas. Devemos explorar como funcionamos no estudo e montar nossa estratégia de estudo baseada nisso. E nunca esquecer:o que te faz passar não é estudar sempre, mas sim sempre que pode e se sente disposto para isso. Estudar estando exausto ou desmotivado só afeta sua saúde mental. • Gostaria de ouvir as mesmas coisas que ouvi e que fizeram eu ter mais vontade de estudar, que foram: “você não vai conseguir, você estudou a vida toda em escola pública, não vai passar em uma universidade federal, ainda mais no curso de medicina”; “você fez supletivo do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, eu que estudei em escola particular não consegui passar em economia, não vai ser tu quem irá passar, escolhe um curso mais fácil”; “porque tu não larga dessa ilusão, coloca os pés no chão e encara a realidade?”. Essas coisas que ouvi fizeram eu ter uma raiva que me impulsionou todas as noites, todas as horas que estudei! Faça isso, observe o que te dá esse gás, e vá em frente. Se eu consegui, qualquer um consegue, basta querer. O que mais atrapalhou no cursinho no ano da sua aprovação? • Ansiedade; nervosismo; crises; estresse; minha própria cabeça; insegurança; preguiça; desânimo para estudar; cansaço; pressão de já estar há anos fazendo cursinho; duvidar da minha capacidade; comparação; psicológico; emocional; algumas intrigas pessoais; desapegar do perfeccionismo; falta de autoconfiança; dormir pouco; sono; sono desregulado; sobrecarregado; problemas pessoais; dificuldade de manter o foco no geral (aula, estudando sozinho); deslocamento de ida e volta; falta de tempo; pressão pessoal; pressão familiar; pressão social; achar que não estava preparado; relacionamento; dificuldade de manter uma rotina; falta de grana; distração com o celular; falta de organização. • Falta de ânimo, entrei em “Burnout” e só sai com ajuda psicológica. • Fiz a prova com uma vozinha na cabeça falando que eu nunca passaria em medicina. • A pressão que eu botava em mim para ir bem em todas as provas e simulados que eu fazia. • A possibilidade de não conseguir passar em uma federal. Pá gi n a1 0 0 • Aprender a lidar com a solidão que pode trazer por ter uma carga horária exigente de estudos e a abrir mão de lazer. • Muito tempo de aula. • Falta de tempo durante a semana para realizar atividades prazerosas, fazer todas as atividades propostas pelo cursinho e estudar fora da sala de aula. Comecei a matar aula pra dormir e ir à academia e me fez muito bem. • Conversas em sala de aula de outros alunos e relacionamentos tóxicos com alguns colegas. • Correção das redações oferecia pouca orientação sobre como evoluir. • O pouco suporte ao autodidatismo, professores criticando alunos constantemente por suas decisões de estudo. • Saturada de cursinho, não queria mais ver matérias de ensino médio e nem assistir aquelas aulas. Professores ruins e dificuldade na matéria deles. • A minha turma. • Os professores passando os conteúdos muito rápido. • Falta de monitoria, para tirar as dúvidas. • Desempenho insatisfatório de alguns professores. • Repetitividade imensa por já estar há anos no cursinho, aula na mesma sala, com as mesmas pessoas e o mesmo material. • Falta de encontrar com amigos, vontade de sair pra festas, queria ter vida social mais ativa, fase diferente de todos os amigos, que já estavam na faculdade. • Eu estudei em casa, fui o meu próprio obstáculo. Difícil manter a disciplina e rotina de estudos. • “Passei por 6 longas internações ao longo do ano passado, inclusive no período das provas do vestibular estava internada... Consegui autorização para sair fazer a prova e voltar para o hospital. Eu me preparei muito, mas estava bem debilitada nos dias. Fiz o máximo para me manter focada e não pensar em toda a dor que estava sentindo, não foi nada fácil, mas o resultado veio, acreditem!” Você passava um tempo com a sua família e/ou amigos durante o ano da sua aprovação? • Sim 59 | Não 4 Você se sentiu preparado para passar no ano da sua aprovação? • Sim 47 | Não 16 O que você fez de diferente no ano da sua aprovação? • Assisti mais Netflix. • Estudei do meu jeito. Descansei, namorei. Fiz muitos simulados. • Limitei vida social, mas nunca a eliminei. • Comecei a estudar por metas e não por horário. • Prestei muitos vestibulares de universidades particulares, o que não costumava fazer. • Confiei mais na minha capacidade de alcançar o meu objetivo. • Dediquei-me o máximo aos estudos, abdicando de tudo que poderia me atrapalhar. • Não me pressionei a passar e fui fazer as provas com a consciência tranquila. • Estudei no próprio cursinho e não mais em casa, evitando distrações. • Criar uma nova rotina de estudos sempre que a anterior perdia a eficácia. • Foquei em passar mesmo que minha redação tirasse 800, estudei pra garantir a vaga. • Me dediquei mais aos conteúdos que tinha dificuldade e que mais caíam no vestibular. Além disso, dediquei mais tempo para atividades físicas (reduziu o nervosismo). • Saí do cursinho para me preservar e por estar surtando. Em casa, estudei com foco as matérias que eu era ruim e deixei de lado algumas que eu sabia ter mais capacidade. • Não bitolei tanto com a questão da quantidade de estudo. Foquei na qualidade e depois que terminava a hora de estudar não ficava me culpando por estar fazendo outra coisa. • Estudei matérias que negligenciei no outro ano e não me sobrecarreguei de exercícios. Dei preferência para uma boa base teórica do que mil exercícios que pouco agregam. • Fui para a prova de cabeça tranquila, calmo e confiante de que, se não fosse aquele ano, seriam nos próximos, e que um dia iria dar certo! Isso fez toda a diferença! • Organizei-me melhor, com uma rotina mais regrada e mais bem planejada, além de fazer incontáveis simulados de provas anteriores, principalmente no 2° semestre. • Cuidei da minha saúde mental e entendi que passar um tempo com meus amigos e família também era importante para a minha aprovação. Pá gi n a1 0 1 • Pratiquei yoga uma vez por semana (por uma hora), me auxiliou no controle da ansiedade (principalmente, a respiração correta). • Preocupei-me menos com a matéria atrasada e mais em estudar o que eu sabia menos e era mais recorrente nas provas. • Relaxei, estudei durante menos horas diárias, não fiz resumos, fiz somente provas, e tive acompanhamento psicológico. • Contratei uma plataforma de coaching específico para vestibulandos, foi isso que me deixou confiante e me fez passar. • Foi o terceiro ano do EM, então foi o ano que mais estudei, mas também soube equilibrar os estudos com o tempo que dedicava para mim, para a minha família e para os meus amigos • Curti mais a vida, procurei sair com meus amigos uma vez por mês pra me divertir e passava os finais de semana com a minha família. O estudo mais pesado eu deixava pros dias de semana. • Tentei manter o foco, mas também não ficar me cobrando pelo “poderia ter feito mais”, tinha sempre claro que fiz o possível. Desapeguei do perfeccionismo: “feito é melhor que perfeito”. • Foquei em fazer resumos mais coerentes com o que eu precisava. Passei a me dedicar a selecionar os pontos fracos pra colocar nos resumos e identificar os meus pontos fortes para me manter mais segura. Outra coisa importante foi uma revisão constante, todo final de semana eu procurava revisar os conteúdos mais antigos pelos meus resumos. • Fiz mais simulados (além de me preparar para fazer a prova no tempo certo, estudar pela prática era melhor para mim, pois depois eu tentava aprender com erros). Aproveitei mais os plantões de dúvidas e a ajuda de amigos e professores. Fiz mais resumos. Saí mais com minha família e amigos, aproveitei um pouco mais da vida, mesmo se estivesse com matéria atrasada. • Eu segui mais à risca um plano de estudos, que fiz com a ajuda de um professor, diferente do ano anterior, em que tentei fazer meu próprio plano e acabava sempre mudando sem seguir totalmente. Separei mais horários pra tirar dúvidas com os professores e esclarecer a matéria, já que no ano anterior eu tentava solucionar
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