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UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO 
CURSO DE PEDAGOGIA 
 
 
 
 
 
Angélica de Souza Castelli dos Santos 
Daiana Mendes Viana 
Delma Carolina Almeida Souza Silva 
Gabriele Naiary dos Santos 
Keila Mara Sant’ana 
Welington Leandro do Nascimento 
 
 
 
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E A UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS, ANTES, 
DURANTE E APÓS A PANDEMIA DO COVID-19 EM ALGUMAS ESCOLAS 
PÚBLICAS E PRIVADAS DO ESTADO DE SÃO PAULO . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo - SP 
2021
 
https://youtu.be/F8a5val5vmU 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E A UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS, ANTES, 
DURANTE E APÓS A PANDEMIA DO COVID-19 EM ALGUMAS ESCOLAS 
PÚBLICAS E PRIVADAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. 
 
 
 
 
 
 
Angélica de Souza Castelli dos Santos 
Daiana Mendes Viana 
Delma Carolina Almeida Souza Silva 
Gabriele Naiary dos Santos 
Keila Mara Sant’ana 
Welington Leandro do Nascimento 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Universidade Virtual do Estado de São Paulo, 
como parte dos requisitos necessários à 
obtenção do título de Licenciatura no Curso de 
Pedagogia. Orientadora: Laura Naggiar 
Giovanoni 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Paulo – SP 
2021
 
 
RESUMO 
Esta pesquisa tem como objetivo provocar reflexões acerca das transformações que a 
prática pedagógica na Educação Básica sofreu em relação ao uso de recursos tecnológicos 
como metodologias para o enfrentamento da pandemia do COVID 19. Nesse sentido, 
questiona-se: que transformações as práticas pedagógicas na educação básica sofreram em 
relação ao uso de recursos tecnológicos como metodologias para o enfrentamento da pandemia 
do COVID 19? Essa investigação tem como campo de estudo escolas públicas do Estado de 
São Paulo (alguns professores trabalham em escolas privadas também), por meio de um 
questionário respondido por professores em redes sociais internas de algumas unidades 
escolares (grupos do whatsapp) para analisarmos a visão de cada um sobre a inserção da 
tecnologia nas escolas durante o período de pandemia, quando diversos recursos 
metodológicos digitais foram incorporados e o ensino híbrido foi instaurado. Trata-se de uma 
investigação qualitativa, através de uma pesquisa exploratória, por meio de um questionário 
produzido através de um formulário digital na plataforma Google Forms. 
 
 
 
 
 
Palavras chave: Metodologias; Pandemia; Prática Pedagógica; Tecnologia; Transformações.
 
 
ABSTRACT 
 
This research aim to think about the transformations that pedagogical practice in Basic 
Education has undergone in relation to the use of technological resources as methodologies 
for fighting the COVID Pandemic 19. In this sense, it is questioned: which changes have 
happened on basic education metodology during the pandemic period? This investigation has 
as a study Field public schools of São Paulo State (some teachers work on public and privade 
schools as well) troughout a questionaire on social groups (whatsapp) to analyse the 
technological uses on pandemic period. When lots of digital issues were installed and also the 
hybrid teaching. It is a quality investigation through an exploratory research using Google 
Forms as a tool to anwer a questionaire. 
 
 
 
 
Keywords: Methodologies; Pandemic; Pedagogical Practice; Technology, Transformations
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO 1 
2 A TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO 3 
2.1. Breve Histórico da Inserção da Tecnologia Na Educação Brasileira 5 
2.2 Informática Educacional no Brasil: Pelo Olhar de Três Projetos Públicos 7 
2.3 Educom 8 
2.4 Proinfo 8 
2.5 Projetos Ensino On Line (EOL) 9 
2.6 A Tecnologia Como Ponte Entre a Escola e o Aluno Durante a Pandemia 10 
2.7 O Ensino Híbrido 11 
3. METODOLOGIA 12 
4. RESULTADOS 13 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 20 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 21 
7. ANEXOS 23
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Os avanços tecnológicos vêm se intensificando desde o século XX, pressionando a 
educação escolar a se modernizar através do uso as tecnologias inseridas na sociedade. Em 
meio a essas transformações, especialistas educacionais desenvolvem recursos para 
potencializar a tarefa do professor na sala de aula. Segundo Dowbor (1998): 
 
(...) o universo do conhecimento está sendo revolucionado tão profundamente que 
ninguém vai se quer perguntar à educação se ela quer se atualizar; a mudança é hoje 
uma questão de sobrevivência e a contestação não virá de “autoridades”, e sim do 
crescente e insustentável “saco cheio” dos alunos, que diariamente comparam os 
excelentes filmes e reportagens científicas que surgem na televisão e nos jornais com 
as mofadas apostilas e repetitivas lições na escola. (DOWBOR, 1998, p.1) 
 
Recentemente, a reforma para a constituição da Base Nacional Curricular Comum 
(BNCC) estabeleceu o uso das tecnologias como uma de suas 10 competências gerais. O texto 
apresenta o conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes necessárias à construção da 
Cultura Digital, que é o conjunto de domínios que habilitam qualquer estudante a compreender, 
utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, 
reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar 
e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo 
e autoria na vida pessoal e coletiva (BRASIL, 2018). 
Apesar desta reestruturação em relação às TICs (tecnologias digitais de informação e 
comunicação) já esta prevista neste documento, a educação brasileira ainda estava em processo 
de estudo e readequação de seus currículos e metodologias quando, inesperadamente, em março 
de 2020 chega ao Brasil o COVID/19: um vírus desconhecido e avassalador que mudou o 
cotidiano dos setores da saúde, economia, educação e segurança, gerando enorme impacto no 
que se refere às suas gestões públicas e adaptações diante de tantas incertezas. A educação 
brasileira se vê obrigada a reformular suas práticas abruptamente, no entanto, não houve uma 
coordenação nacional do Ministério da Educação, ficando a cargo dos Estados coordenarem seu 
sistema educacional (motivo pelo qual faremos a análise especificamente em escolas públicas do 
Estado de São Paulo).
 
 
De acordo com o IBGE no estado de São Paulo há mais de 2 400 000 alunos 
matriculados da Educação Infantil ao Ensino Médio
1
. Diante desta demanda, o desafio foi 
imenso e muitas medidas foram tomadas para priorizar a saúde e ao mesmo tempo garantir a 
educação para estes alunos durante a pandemia. Logo no início, é publicado o decreto nº 
64.864/2020 suspendendo 100% das aulas presenciais. Em 18 de março de 2020 sai a Resolução 
SEDUC (Secretaria de Educação) homologando o ensino a distância, e em seguida, no dia 20 de 
abril de 2020 sai a Resolução SEDUC-45 com orientações da retomada das atividades escolares, 
através de aplicativos de celular e aulas ministradas através de canais educativos da televisão, 
condicionando os professores a dar suporte aos alunos por meio da elaboração de atividades 
online ou de forma remota (SECRETARIA DA EDUCAÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO, 
2020). 
Assim, os docentes que estavam habituados com as aulas tradicionais, com pouca ou 
nenhuma tecnologia em seu cotidiano, passam a ter a tecnologia como principal ferramenta de 
ensino. As instituições de ensino se viram forçadas a rever suas metodologias de ensino, o que 
foi um processo desafiador, porém que oportunizou a sua reestruturação física e pedagógica e 
que estimulou a utilização de ferramentas tecnológicas para reduzir o impacto da pandemia na 
educação. 
De acordo com Luciana Allan (2020), muitos professores deixaram de lado os 
preconceitos e estão sendo resilientes buscando entender o potencial dos recursos disponíveis, 
não se furtando a buscar e implementar soluções tecnológicas que, antes do vírus, eram vistas 
como secundárias e que agora se transformaram emferramentas padrões para as aulas 
(síncronas e assíncronas), compartilhar conteúdos, corrigir trabalhos, tirar dúvidas e trocar 
conhecimentos. 
Estes desdobramentos foram e tem sido um grande desafio para a educação. Por isso, 
tem como objetivo provocar reflexões acerca das transformações que a prátçica pedagógica na 
Educação Básica sofreu em relação ao uso de recursos tecnológicos como metodologias para o 
enfrentamento da Pandemia do COVID 19. Assim, questiona-se: que transformações as práticas 
pedagógicas na educação básica sofreram em relão ao uso de recursos tecnológicos como 
metodologias para o enfrentamento da Pnademia do COVID 19? Trata-se de uma investigação 
qualitativa, por meio de uma pesquisa exploratória, utilizando a plataforma Google Forms para 
responder a um questionário. 
 
 
 
1Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/sp/sao-paulo/pesquisa/13/5908. Acesso em 10/11/202
 
 
2 A TECNOLOGIA NA EDUCAÇÃO 
 
O termo tecnologia remete, em senso comum, ao uso das ferramentas da mídia e da 
comunicação possibilitadas pelo advento do computador, telefone e, principalmente, a internet. 
Entretanto, tecnologia é tudo o que torna o trabalho do ser humano mais fácil. Nesse sentido, as 
inovações tecnológicas surgiram quase que ao mesmo tempo em que o ser humano (CHAVES, 
1999). 
De acordo com Belloni (2005) as TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) são 
qualquer tipo de tecnologia que intermediam interações humanas entre a informação e a 
comunicação. Pode-se dizer que as TICs são os resultados da fusão de três grandes vertentes 
técnicas: a informática, as telecomunicações e as mídias eletrônicas. Nos tempos presentes se 
observa que as tecnologias de comunicação estão intrínsecas a vida do ser humano e tem gerado 
grandes transformações na área da educação. 
A instrução em massa e a criação de escolas desafiaram o ser humano no que tange ao 
desenvolvimento de técnicas propícias à transmissão de informação e conteúdo. O pensamento 
conceitual, a escrita, a imprensa, o correio, o telefone, o computador e a rede mundial de 
computadores possibilitaram o compartilhamento de informações cada vez mais rápido e 
eficiente. Elas são importantes e mudaram o processo de educar. 
Usar a tecnologia em sala de aula se tornou sinônimo de inovação, visão de futuro e 
também uma ótima propaganda para as instituições educacionais privadas. Entretanto, a função 
dessas ferramentas nem sempre fica claro para o professor. Hebert Simon apud Axt (2000) 
conceitua tecnologia como um meio cognitivo que proporciona alteração de ordem material, ou 
seja, resultado do pensamento. A autora acrescenta que uma vez iniciado um avanço 
tecnológico, há uma reação em cadeia de mudanças na sociedade, sendo esta irreversível. Ela 
cita o advento da escrita e a organização do pensamento, a invenção da prensa e a popularização 
de livros, entre outros. 
As Tecnologias Digitais da Informação (TDIC) trouxeram a alcunha “sociedade da 
informação” à população contemporânea e foram incorporadas à formação de professores e no 
“pensar a educação”. 
Em relação a isso, o site que estuda a implementação da Base Nacional Comum Curricul
ar¹ descreve em sua implementação que:
 
 
Na educação, as TICs têm sido incorporadas às práticas docentes como meio para 
promover aprendizagens mais significativas, com o objetivo de apoiar os professores 
na implementação de metodologias de ensino ativas, alinhando o processo de 
ensino-aprendizagem à realidade dos estudantes e despertando maior interesse e 
engajamento dos alunos em todas as etapas da Educação Básica. [...] É necessário 
promover a alfabetização e o letramento digital, tornando acessíveis as tecnologias e 
as informações que circulam nos meios digitais e oportunizando a inclusão digital. 
(MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, s/d) 
 
 
O mundo globalizado, o mercado de trabalho, as novas situações proporcionadas pelas 
TICs exigem do estudante novas habilidades e competências. A 5ª competência da BNCC 
discorre sobre a inclusão das novas tecnologias digitais como parte do currículo reforçando a 
necessidade de todo e qualquer brasileiro, ao término da educação básica, ser capaz de saber: 
 
 
Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de 
forma crítica, significativa, reflexiva e ética informações, produzir conhecimentos, 
resolver problemas e exercer protagonismo e autoria nas diversas práticas sociais 
(incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar na vida pessoal e 
coletiva. (Brasil, 2018, p.9)¹ 
 
A presença das tecnologias digitais no documento que rege educação brasileira responde 
à necessidade de desenvolvimento de uma educação global, voltada para a cidadania plena e à 
vida em sociedade. 
Assim, podemos ampliar esse pensamento para uma análise das mudanças ocorridas em 
relação ao ensino e a relação entre aluno/escola vivenciada nas instituições educacionais 
paulistas (e do mundo) durante o isolamento social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
¹Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/caderno-de-praticas/aprofundamentos/193- 
tecnologias-digitais-da-informacao-e-comunicacao-no-contexto-escolar-possibilidades?highlight=WyJocSJd. Acesso em 
15/11/2021
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/caderno-de-praticas/aprofundamentos/193-
 
 
2.1. Breve Histórico da Inserção da Tecnologia Na Educação Brasileira 
 
A educação chega ao Brasil em 1.549 através da Companhia de Jesus formada por 
padres jesuítas considerados os primeiros professores, já que ensinavam os índios a ler e 
escrever para convertê-los ao cristianismo, através do método de ouvir e repetir. Para se tornar 
professor não existia formação específica, bastava ler, escrever e conhecer as Sagradas 
Escrituras. Desde lá, mesmo sem formação adequada para se tornar educador, havia uma 
preocupação com a didática, ou seja: como ensinar de forma significativa e de modo a despertar 
o interesse dos educandos. Registros históricos revelam que um exemplo de didática utilizada na 
época era o uso do teatro e da poesia para ensinar. Scachetti (2013). 
 
Anchieta inspirou-se nos usos e costumes indígenas, utilizando-se das músicas, das 
danças e dos cantos usados em suas festas cerimoniais em seus autos. Para atingir os 
objetivos de catequizar e educar, os cânticos e as poesias eram traduzidos e adaptados 
contam as pesquisadoras Yara Kassab, Inez Garbuio Peralta e Vera Cecília Machline 
no artigo O Lúdico Na Festa de São Lourenço de José de Anchieta.¹ 
 
 
Apesar de ser um breve trecho do longo caminho que a educação brasileira vem 
percorrendo, é possível perceber que a utilização de recursos contemporâneos à época e a 
relevância dos interesses dos educandos, apesar de não valorizados na educação tradicional, 
sempre foram ferramentas preciosas para promover a aprendizagem. Saltando para os tempos 
atuais, podemos fazer esta relação com o uso das tecnologias, tão presentes no nosso cotidiano e 
tão pouco valorizados como instrumentos de ensino/ aprendizagem na educação básica até antes 
da Pandemia COVID-19. 
À medida que o desenvolvimento da sociedade avança as linguagens para a 
aprendizagem se modificam e as unidades de ensino precisam estar dispostas a fazer uso delas 
através de novas metodologias, visando promover significado e sentido aos objetos de ensino. 
A tecnologia é uma das áreas que mais se desenvolve, aperfeiçoando e facilitando 
processos. Assim, quando a educação não acompanha essa evolução, acaba se tornando arcaica, 
desinteressante e maçante para os alunos. Se junta a isso, o fato de que houve uma grande falha 
na formação dos professores, que em grande parte não tiveram oportunidade de aprender a 
utilizar as tecnologias como ferramenta para o desenvolvimento da sua didática de forma plena e 
eficaz e a falta de estrutura, já citados anteriormente, e fechamos um ciclo de retrocessona 
aprendizagem. 
 
¹Entrevista dada à revista Nova Escola, disponível em: https://novaescola.org.br/conteudo/3433/ensino-com-catecismo. 
(Acesso em: 05 de outubro 2021.
 
Vejamos brevemente, a seguir, alguns recortes que nos mostram como os laços entre o 
ensino e a tecnologia se deu ao longo da história da Educação no Brasil. As tecnologias chegam 
às escolas brasileiras na década de 1950 através de instruções metodológicas, onde o professor 
praticava atividades elaboradas por especialistas (Braghini,2005)¹. 
Após este período, de acordo com o MEC (Ministério da Educação), “em 1960 foi 
Criada a Comissão Supervisora do Plano dos Institutos (Cosupi), destinada à implantação e 
desenvolvimento de um programa de educação tecnológica”. 
O principal objetivo era elaborar e executar, com o aval do MEC, os planos de aplicação 
das verbas destinadas à instalação de institutos de tecnologia e ciências básicas com vistas a 
uma maior eficiência do ensino nas escolas de nível superior. 
No ano de 1991 tem início, em fase experimental, os programas Saltam para o Futuro, 
como “Jornal da Educação, Edição do Professor”. Foi concebido e produzido pela Fundação 
Roquette Pinto para atender às diretrizes políticas do Governo Federal no fomento aos 
programas de educação a distância e também inspirar alternativas pedagógicas. Em 1996, o 
programa foi incorporado à grade da “TV Escola.” (Aires, M. L. F. G. (2007) 
Ao analisarmos estes registros, percebemos que a tecnologia, aqui representada pela 
produção e uso de materiais áudio visuais, era direcionada principalmente ao ensino à distância, 
direcionado para o ensino Superior e à Educação de Jovens e Adultos (EJA) 
Com o passar dos anos, os debates de como aplicar as tecnologias nas escolas públicas 
de Educação Básica se intensificaram, porém as unidades de ensino não acompanharam o 
avanço tecnológico. 
Os investimentos nesta área não eram suficientes, o que trazia restrições, gerando assim 
uma grande lacuna na didática utilizada pelos docentes, que faziam uso prioritariamente de 
metodologias nas quais os instrumentos digitais eram pouco explorados. 
Meados anos 80 as escolas públicas introduziram as tecnologias de forma muito 
acelerada aos docentes, sem planejamento didátio, para tais acompanhamentos teconologico 
com qualidade. (GARCIA 2005). 
Como visto, as tecnologias chegam as nossas escolas ainda que restrita e sem o 
entendimento pleno de sua utilização por parte dos educadores. Porém, a sociedade de hoje 
possui um universo de conhecimento que a revoluciona profundamente, tendo à escola a função 
de equalizar as disparidades sociais existentes, tanto em termos econômicos quanto culturais [...] 
(GARCIA, 2005, p.4). 
 
_______________________________ 
¹Disponível em:https://sapientia.pucsp.br/bitstream/handle/10277/1/KatyaBraghini.pdf (Acesso em : 09 de 
janeiro de 2022). 
 
https://sapientia.pucsp.br/bitstream/handle/10277/1/KatyaBraghini.pdf
 
 
O autor também afirma: 
 
Mesmo estando presente no cotidiano escolar há algum tempo, as tecnologias de 
informação apresentam-se aos profissionais do ensino como uma novidade, apesar 
da grande maioria já desenvolver experiências significativas com as mesmas. 
(GARCIA, 2005, p.5) 
 
Isso pôde ser constatado através dos desdobramentos que ocorreram com a chegada da 
Pandemia. 
 
2.2 Informática Educacional no Brasil: Pelo Olhar de Três Projetos Públicos 
 
Segundo Tavares (2002), podemos encontrar explanações do uso de computadores na 
área educacional a partir dos anos 60 e com o passar do tempo os equipamentos foram se 
modernizando, despertando o interesse e implementação da disciplina de informática pelas 
escolas particulares, mas ensinando sobre a informática e não com a informática. Já nas escolas 
públicas a formação dos professores para utilização de novas tecnologias na educação necessita 
de políticas públicas de todas as esferas subsidiando, planejando e organizando práticas. 
Desta necessidade nasce o projeto EDUCOM, pioneiro na rede pública de ensino 
dedicado a informática educacional, com a colaboração de pesquisadores do ramo e 
investimentos em pesquisas educacionais que posteriormente abre espaço para o PRONINFE 
(Programa Nacional de Informática Educativa) um projeto mais completo. 
De acordo com Tavares (2002) o PROINFO (Programa Nacional de Tecnologia 
Educacional) foi baseado no PRONINFE, no entanto, com mais investimentos perdurando até 
os dias atuais, com maior alcance nacional por meio de seus Núcleos de Tecnologia Educacional 
(NTE), responsáveis pela criação de projetos educacionais em novas tecnologias de 
comunicação e informática, formando professores com o uso de computadores e internet das 
unidades educacionais estaduais e municipais. 
Outro projeto de destaque é o Ensino On line atuante no estado de São Paulo, 
distribuindo softwares educacionais e computadores nas unidades de ensino fundamental e 
médio, além de capacitar professores multiplicadores. 
Os três projetos apresentados não funcionariam sem a capacitação dos professores, estes 
são a figura principal que propagam os conhecimentos nas escolas. Adiante falaremos de forma 
mais ampla sobre cada projeto baseado no artigo de TAVARES 2002, para exibir o papel de 
cada um na área das novas tecnologias educacionais¹. 
________________________ 
1 ¹Disponível em : https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-19052004-
142914/publico/tde.pdf Acesso em : 08 de dezembro de 2021). 
 
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-19052004-142914/publico/tde.pdf
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-19052004-142914/publico/tde.pdf
 
 
2.3 Educom 
 
 
Como aponta Tavares (2002) o EDUCOM surge no começo da década de 80, com 
atividades ligadas à informática educacional desenvolvidas em escolas particulares e 
pouquíssimas universidades. Em seu I Seminário Nacional de Informática Educacional realizado 
em agosto de 1981 organizado por uma equipe Inter setorial da Secretaria Especial de 
Informática (SEI), do Ministério da Educação e Cultura (MEC), do Conselho Nacional de 
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Financiadora de Estudos e Projetos 
(FINEP), dentre outras definições destaca-se de que o professor não será substituído pelo 
computador, mas este ampliará a função do professor, outra definição em destaque e a 
orientação de adaptação da informática educacional a cultura brasileira. Tais orientações tem 
impacto até os dias atuais em políticas públicas do ramo. 
Em meio a diversos objetivos do projeto EDUCOM está o desenvolvimento da pesquisa 
de uso educacional da informática para entender como o aluno aprende informática e como essa 
melhora sua aprendizagem, outro objetivo que merece destaque é a distribuição de 
computadores para escolas públicas. O projeto traduziu o termo “capacitação de recursos 
humanos” para formação de professores, assim alguns cursos foram criados para capacitação 
dos professores chegando há níveis de graduação e pós-graduação. 
 
É preciso observar também que, dada às características do programa EDUCOM, será 
importante que ele não seja marcado pela busca imediata de relações de custo benefício 
nos resultados, como mais alunos formados em tempo mais reduzido, etc. A primeira 
fase deverá ser marcada principalmente pela produção de material e formação de 
professores e, desse modo, os alunos deverão ser mais juízes do que propriamente 
sujeitos da aplicação do Programa, (PEIXOTO, 1984, p.27) 
 
 
 
2.4 Proinfo 
 
De acordo com Tavares (2002) em 1989 surge o PRONINFE (Programa Nacional de 
Informática Educativa) coordenado pelo MEC, fundamentado pelo EDUCOM e demais projetos 
vigentes da área. Este programa era descentralizado geograficamente, mas com modelo 
funcional, colocava em foco a capacitação dos professores do ensino fundamental, médio e 
superior, educação especial e pós-graduação, somado a essas vertenteshavia um olhar atento às 
pesquisas sobre o uso da informática na educação.
 
 
Não há informações claras em artigos ou livros da extinção de qualquer um dos 
projetos de informática educacional citados. Percebe-se, entretanto, a incorporação de 
outros projetos que acabam modificando sua estrutura inicial. Parece que isso 
aconteceu com o PRONINFE – PROINFO (TAVARES, 2002, p. 6). 
 
 
Na década de 90 o PRONINFE é substituído pelo PROINFO com o objetivo de capacitar 
25 mil professores e distribuir 100 mil computadores interligados à internet, nesta década 
tínhamos um dos maiores níveis de analfabetismo do continente americano, as tecnologias 
avançando e as indústrias pressionando por mãos de obra capacitadas, a partir deste momento 
começam os questionamentos em como formar os professores para o uso das tecnologias. 
Desde o planejamento do projeto a formação tecnológica dos professores já era uma 
vertente sólida chamado por “capacitação de recursos humanos” e como a tecnologia está em 
constante evolução a recapacitação tão necessária também é considerada no programa, além do 
esforço em fazer com que as Faculdades de Educação incluam a tecnologia educacional em no 
currículo dos universitários. 
 
 
2.5 Projetos Ensino On Line (EOL) 
 
 
Com base no artigo de Tavares (2002) o EOL começa em 1997 no Estado de São Paulo 
de forma experimental pela Secretaria de Estado de Educação (SEE) o foco foi o uso de um 
pacote de softwares educacionais para serem utilizados em aulas ou pesquisa, não contava com 
a utilização da internet como o PROINFO e inicialmente com escolas voluntárias pela plana 
Adesão, onde foram enviados 984 computadores para essas escolas com a finalidade de formar 
professores e trabalhos educacionais de informática, no ano subsequente todas as escolas do 
ensino fundamental e o ensino médio passam a ser atendidas, nascem neste momento às salas de 
informática das escolas do estado através do programa. 
“A Escola de Cara Nova na Era da Informática - O computador a serviço da melhoria da 
qualidade de ensino”, este programa teve como objetivo a utilização dos computadores com 
internet para montar ambiente de multimídias nas escolas para torna-las mais atrativas aos 
educandos.
 
 
(...) o programa A ESCOLA NOVA NA ERA DA INFORMÁTICA, voltado 
para a apropriação didático-pedagógica do computador, vem somar-se aos 
esforços e empreendimentos já em curso e reforçar, através de aportes 
concretos, o compromisso com a melhoria da qualidade da escola pública 
paulista.” (São Paulo, Secretaria de Estado da Educação, s.d., p.9). 
 
 
 
 
No começo os professores foram capacitados em equipes de multiplicadores nas escolas, 
para que um pudesse repassar os conhecimentos aos demais, posteriormente universidades 
públicas montaram cursos abrangendo a capacitação para mais professores. 
Na pandemia do COVID-19 o Estado de São Paulo lança o programa Computador do 
Professor através do artigo 9º do Decreto 65.231/2020, através de subsídio para compra de 
computadores pessoais, com o objeto de incentivar a aquisição de equipamentos necessários 
para a inclusão digital e as atividades dos docentes que por um tempo se fez apenas online e 
depois ao ensino hibrido. 
2.6 A Tecnologia Como Ponte Entre a Escola e o Aluno Durante a Pandemia 
 
A Lei de Diretrizes e Bases da educação (lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996) em 
seu artigo 32°, § 4º estabelece o seguinte: “O ensino fundamental será presencial, sendo o 
ensino a distância utilizada como complementação da aprendizagem ou em situações 
emergenciais”. 
Tavares (2002) afirma que apesar de já estar previsto pela lei- mesmo que apenas como 
complementação ou em caso de emergências - o ensino à distância através da utilização de 
tecnologias como plataformas digitais, aulas on-line, etc. ainda não haviam sido experimentados 
de fato, na Educação Básica brasileira. 
Isso mudou drasticamente com a chegada do COVID19 ao Brasil em março/2020. De 
forma abrupta as tecnologias se tornam o principal caminho para a educação, pois, como os 
tempos exigiam distanciamento social, de uma hora para outra, as escolas fecharam e ficaram 
sem suas atribuições regulares. O único caminho para oferecer a educação, sem aumentar o 
número de mortes ou novas variantes, foi o ensino a distância. 
O professor teve que, inevitavelmente, fazer uso das TICs para ter acesso ao aluno e 
proporcionar a aprendizagem de forma não presencial, o que “obrigou-o” a utilizar ferramentas 
metodológicas mediadas pelas tecnologias como: vídeo gravado, aulas on-line, usa de 
plataformas digitais, comunicação através de redes sociais, etc.
 
 
Houve uma revolução na maneira de ensinar, revolução esta que tem impactado a 
educação de forma positiva, já que tem acelerado o processo de inserção das tecnologias que, 
até então, caminhava a passos lentos 
. 
 
2.7 O Ensino Híbrido 
 
Os ensinos híbridos dividem-se entre os ensinos on-line e presenciais na educação. Para 
se concretizar é necessário que, tenha estrutura para a educação presencial, sejam estabelecidas 
condições, em nível de gestão e de ensino e aprendizagem, de disponibilização de recursos 
materiais, como equipamentos e acesso à rede, tanto para as instituições como para os 
estudantes. 
O ensino organizado em instituições educacionais segue um currículo o qual aborda o 
sujeito que se pretende formar, o cidadão da atualidade. A didática e as metodologias de ensino 
estão em constante estudo e inovação na busca de aproximar a escola do contexto social em que 
está inserida. 
A inserção de novas metodologias e tecnologias em escolas públicas encontra como 
empecilho o baixo e burocrático investimento financeiro e as crenças dos professores em relação 
à mudança. Assim, é possível encontrar cenários inovadores e práticas arcaicas na qual impera o 
giz e a lousa. 
As novas tecnologias trouxeram a possibilidade do espaço digital e as plataformas de 
aprendizagem. Metodologias ativas, aula invertida, novos termos e ideias apareceram, e com 
elas o conceito de ensino híbrido. 
O termo “ensino híbrido” já existia antes da pandemia com a ideia de mistura de 
diferentes níveis dos alunos, metodologias e instrumentos de ensino. Nesse sentido, Moran 
(2015) afirma: 
 
Híbrido significa misturado, mesclado, blended. A educação sempre foi misturada, 
híbrida, sempre combinou vários espaços, tempos, atividades, metodologias, públicos. 
Esse processo, agora, com a mobilidade e a conectividade, é muito mais perceptível, 
amplo e profundo: é um ecossistema mais aberto e criativo. Podemos ensinar e 
aprender de inúmeras formas, em todos os momentos, em múltiplos espaços. Híbrido é 
um conceito rico, apropriado e complicado. Tudo pode ser misturado, combinado, e 
podemos, com os mesmos ingredientes, preparar diversos “pratos”, com sabores muito 
diferentes. (MORAN, 2015, p. 27)
 
 
O isolamento social trouxe um desafio para a escola: a ampliação dos espaços de 
aprendizagem. Primeiro, o ensino remoto e em seguida, o ensino híbrido. Esse termo se tornou 
recorrente na educação no segundo ano da pandemia quando as escolas voltaram a receber os 
alunos em número reduzido. Desse modo, os alunos que não poderiam estar presencialmente na 
escola deveriam assistir às aulas através de plataformas digitais. Assim, em sua vida acadêmica, 
a criança ora estava em contato com seu professor em pessoa, ora por meio das tecnologias 
midiáticas. 
A busca por uma escola melhor, que atinja todos os alunos, que os motive já se faz 
presente na literatura antes da pandemia. A sociedade mudou, os hábitos e interesses são 
diferentes e o papel da escola ficou perdido em toda essa mudança. Segundo Moran (2015) a 
escola é mais controladora do que estimuladora da criatividade do aluno. Por isso, a necessidade 
de inovar em educação. 
 
 
O centro do projeto pedagógico das escolas inovadoras é a construção de valores 
fundamentais sólidose, a partir deles, das competências cognitivas e socioemocionais 
da comunidade educadora. Os valores, as competências e o projeto de vida não 
permanecem confinados nos documentos oficiais, mas são vivenciados no currículo, na 
formação continuada e na prática docente, na cultura de toda a comunidade escolar. 
(MORAN, 2015, p. 32) 
 
 
A pandemia mudou os hábitos de todas as esferas da sociedade, mas, sobretudo, da 
educação. Novas abordagens e novas ferramentas surgiram e foram incorporadas ao dia a dia na 
busca por um ser humano melhor, afinal a educação é um processo que nunca se acaba. 
 
 
 
3. METODOLOGIA 
 
Nesse momento o método da pesquisa transcreve-se por análise qualitativa, através de 
uma pesquisa exploratória que segundo Piovesan e Temporini (1995,p. 321) “define-se, na 
qualidade de parte integrante da pesquisa principal, como o estudo preliminar realizado com a 
finalidade de melhor adequar o instrumento de medida à realidade que se pretende conhecer.
 
Em outras palavras, a pesquisa exploratória, ou estudo exploratório, tem por objetivo 
conhecer a variável de estudo tal como se apresenta, seu significado e o contexto onde ela se 
insere.” 
Esse método foi aplicado por amostra, unidade de medida, gênero e público alvo 
(docentes). A pesquisa qualitativa é uma metodologia de viés investigativo que requer 
compreensão a respeito da problematização. Seu objetivo está na subjetividade do entrevistado 
com experiências individuais. Pesquisa essa que traz um grau de complexidade para não cair em 
um grau de incerteza e sim objetivar o assunto pesquisado. 
Na atual circunstância usamos a investigação escolas públicas e particulares para 
experenciar o cientifico. Inclusive foi com o uso da tecnologia, por meio de um questionário, 
produzido através de um formulário digital na plataforma Google Forms, que aplicamos 
perguntas para investigação, tese e hipótese. 
Nessa perspectiva, segue o link compartilhado com o corpo docente, sobre o uso das 
tecnologias, antes, durante e pós-pandemia: HTTPS://forms.gle/AA5f9V7QFUSE5Nmf7 
 
Nesse contexto, de acordo com Alves (2002): 
 
O senso comum e a ciência são expressões da mesma necessidade básica, a 
necessidade de compreender o mundo, a fim de viver melhor e sobreviver. 
(ALVES, 2002, p. 16) 
 
A proposta qualitativa é uma proposta consolidada para pesquisar e refletir o repensar a 
compreensão e interpretação de fenômenos inesperados como o ensino híbrido que sempre 
estarão presentes quando se trata de produzir conhecimento social. Percebe-se que o método 
qualitativo contribui para uma visão mais ampla dos problemas de pesquisas, pois propõe um 
contato mais eficaz e direto com o objeto do estudo que podendo fornecer um enfoque 
diferenciado para se compreender a realidade. Vale frisar ainda a postura do pesquisador ao 
optar por esse método, pois requer segurança, ética, domínio e objetividade. 
 
 
 
4. RESULTADOS 
 
Ainda que de diversas formas se confirme o apoio da tecnologia no processo 
educacional, sobretudo em tempos de distanciamento social ocasionado pela pandemia, buscou-
se dentro
 
deste trabalho evidenciar em forma de questionário, a visão dos docentes com relação ao aporte 
tecnológico junto ao espectro educacional. 
A pesquisa foi elaborada por meio de um questionário produzido através de um 
formulário digital e teve a sazonalidade de 15 dias, sendo divulgada por diversos meios 
tecnológicos, sobretudo e-mail e redes sociais de professores. A amostra contou com 56 
participantes, que atuam na rede pública e privada e foram selecionados aleatoriamente de 
acordo com o engajamento ativo frente à divulgação do trabalho, 
Visando a efetiva compreensão do panorama geral dos participantes, os dados 
qualitativos gráficos serão apresentados posteriormente a um dos questionamentos dissertativos 
da pesquisa, na qual os docentes são indagados quanto a sua opinião sobre os usos dos recursos 
tecnológicos como ferramentas para a educação. 
Quando questionados sobre a sua opinião sobre os recursos tecnológicos como 
ferramentas para a educação, a grande maioria elenca a tecnologia como indispensável, 
ressaltando o enriquecimento do processo de ensino-aprendizagem, destacando claro, o papel 
mediador da docente frente às diversas ferramentas. Vejamos a seguir, a transcrição de algumas 
respostas dadas pelos educadores: 
“Na atualidade é indispensável, pois aumenta a quantidade de recursos disponíveis, acelera 
processos do cotidiano e também faz parte do cotidiano do aluno, entre tantas coisas. A geração que 
está na sala de aula atual, não vive sem a tecnologia.” 
“São relevantes servindo de auxílio para o desenvolvimento da aprendizagem escolar”. Porém, é 
preciso considerar ainda a qualidade do tempo de quem opera sobre esses recursos, principalmente 
os professores. “A tecnologia precisa ser utilizada de forma consciente e não tecnicamente baseado 
em multitarefas.” 
Outro docente deixa claro que as ferramentas tecnológicas são meias de expansão das 
informações, sobretudo relacionado à temporalidade das mesmas, deste modo o estudante tem o 
contato imediato com tal tema, podendo assim efetivar o processo de aprendizagem apoiando 
diretamente o trabalho docente. 
“Esses recursos são importantes porque podem expandir o acesso à informação de forma 
instantânea e aumentam o contato dos alunos com as disciplinas além do que é ministrado 
em sala de aula.”
 
 
O engajamento dos estudantes foi algo citado nas pesquisas também, sobretudo 
relacionado a sazonalidade dos conteúdos, os quais podem estar disponíveis em plataformas 
para acesso quando necessário. 
Vários participantes destacaram o caráter contemporâneo da tecnologia e a 
instantaneidade das informações, para tanto, o aporte tecnológico se faz mais do que necessário 
segundo os docentes, neste mesmo panorama apontam o caráter geracional destas estudantes 
atuais, conectados nas diversas esferas tecnológicas, seja no âmbito da aprendizagem, 
entretenimento, trabalho e principalmente social. Cabe aqui salientar, que a maioria dos 
participantes da pesquisa destacam em suas colaborações a necessidade de manutenção de 
equipamentos e, sobretudo formação dos docentes, principalmente na atualização das diversas 
plataformas, ressaltam também efetivação de material humano no apoio logístico e uma 
reorganização na carga horária de trabalho visando o melhor preparo dos materiais e aulas com 
o apoio e uso das tecnologias. 
É fundamental, já que as novas gerações estão imersas no uso dessas ferramentas, sendo uma 
forma a mais de atingirmos os alunos e deixá-los interessados nos estudos. 
Tornaram-se indispensáveis. São recursos que enriquecem o ensino e a aprendizagem. Cabe 
ao professor selecionar e mediar. 
Através dos recursos tecnológicos os professores enriquecem muito suas aulas, os alunos se 
interessam mais, aprendem através dos jogos, se tornam atualizados com as noticias em 
geral, interagem de uma forma produtiva, tanto com os parceiros da sala como de outras 
também, ou seja, a aula se torna muito mais atrativa. 
Uma grande aliada ao professor que sabe direcionar seus objetivos de maneira clara e 
produtiva.·. 
 
"Atualmente, devido à realidade em que estamos vivenciando com a pandemia e a 
necessidade em que esse tempo tecnológico exige de nós se faz necessário à inovação 
tecnológica e o uso da mesma para melhor aproveitar os conhecimentos dos educandos, que 
cada vez mais sentem- se fascinados, instigados e motivados pelo mundo tecnológico. Fazer 
uso dessa ferramenta a nosso favor é contribuir com o ensino aprendizagem com mais 
significado.” 
 
 
 
 
 
Gráfico 1 – Apresenta o tempo de carreira dos professores até o presente momento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Elaborado pelos autores e autoras, 2021. 
 
 
 
 
 
 
Segundo os dados acima, mais da metade dos participantes lecionam a mais de 11 anos, 
e a minoria 14,3% estão amenos de cinco anos na educação, fazendo um panorama 
retrospectivo da educação, do total geral de participantes 62,5% são professoras, coincidindo 
com o número de docentes a nível federal segundo publicado no último Censo da Educação 
Básica, que apresentava a média geral aproximada ao percentual da pesquisa. 
Quanto ao tempo de trabalho na educação, indica também um fluxo maior e acesso dos 
professores com mais tempo de docência aos meios tecnológicos, se disponibilizando a expor 
seu posicionamento quanto ao uso de tecnologias e de uma forma geral estes dados aos relatos 
parafraseados acima, afasta do espectro retórico, os ditos que a tecnologia é ferramenta apenas 
para iniciantes ou professores jovens como um todo, destaque todo caráter maléfico do período 
de pandemia, o professor com tempo de docências se reinventou, ainda que com uma prática em 
tese conservadora adequando sua metodologia ao campo da tecnologia. 
 
 
 
 
 
Gráfic 2 - Rede de Ensino na qual lecionava os participa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Fonte: Elaborado pelos autores e autoras, 2021. 
 
 
 
 
 
 
A maioria dos professores participantes leciona na rede pública de ensino, e um 
percentual intermediário divide sua jornada entre escolas públicas e particulares. Como já 
salientado neste tópico, a pesquisa foi divulgada aleatoriamente, deste modo, pode-se afirmar 
que a escola pública busca de diversas formas adaptar as metodologias às demandas 
contemporâneas, seja a partir de aquisição de equipamento como os canais oficiais do Governo 
Estadual de São Paulo e dos municípios abrangidos pela pesquisa apresentam ou mesmo 
adequação das rotinas pedagógicas em sites, plataformas e/ou redes sociais. 
 
Gráfico 3 - Frequência do uso das tecnologias pelos professores, antes da pandemia. 
 
 
Fonte: Elaborado pelos autores e autoras, 2021. 
 
 
 
Quanto à rede privada, muitas já dispõem de plataformas, antes mesmo da pandemia, des
 
 
Modo o trabalho incidiu muito mais na adequação metodológica remota e inserção de 
rotina de estudos nos estudantes. 
Importante também ressaltar neste panorama, que professores com jornadas em 
diferentes redes, como 12,5% dos participantes, tiveram que de alguma forma adaptar-se a 
diferentes metodologias tecnológicas, visto o emaranhado de plataformas que surgiram nos 
últimos anos, sobretudo acelerada pelo processo de pandemia. 
 
 
Gráfico 4: Intenção dos Usos de Tecnologia Após Retorno da Pandemia 
 
 
 
Fonte: Elaborado pelos autores e autoras, 2021. 
 
 
Segundo os dados fornecidos pela pesquisa, a maioria dos docentes utilizava 
semanalmente tecnologias como apoio metodológico nas aulas, uma média aceitável visto que 
nos relatos foram expressos descontentamentos quanto à estrutura escolar antes do período da 
pandemia, o que se sentencia a partir do grande percentual de professores que pouco faziam uso 
da tecnologia nos bimestres de ensino. 
Um novo panorama quanto ao uso das tecnologias se desenha de acordo com os dados 
acima, pois 91,1% dos professores afirmam que continuarão a fazer uso das tecnologias mesmo 
com o fim do período de distanciamento social provocado pela pandemia, nas contribuições 
dissertativas muitos docentes tecem elogios ao caráter prático da tecnologia, sobretudo na 
organização dos trabalhos pedagógicos e a própria rotina. 
De forma geral, a pesquisa ratifica o apoio direto da tecnologia no âmbito do ensino- 
aprendizagem, seja pela organização da rotina docente, a partir da tabulação de presenças, notas 
e atividades videm as contribuições dissertativas do questionário, mas principalmente pelo
 
caráter pedagógico que o apoio tecnológico pode oferecer, transpondo as metodologias do 
campo imaginário para o visual, através de imagens, vídeos ou aplicativos, colocando a 
educação em paralelo com as demais rotinas dos estudantes que envolvam o campo técnico, 
científico e informacional. Podemos observar esta informação através de mais algumas 
respostas dos docentes em relação ao que pensa sobre as tecnologias em sua prática: 
“Hoje quando falamos da tecnologia ela aparece com mais importância para que possamos 
atingir nossos alunos, inclusive os que não estão presentes” 
“É um caminho sem volta, está inserido no nosso cotidiano, tudo interligado. Na educação 
não será diferente, então não terá mais educação sem recursos tecnológicos.” 
“A tecnologia sempre esteve presente, porém a necessidade de seu uso nos fez entender como 
ela pode facilitar e apoiar o processo de ensino e aprendizagem.” 
“Interage entre os métodos tradicionais e inovadores oferecem mais conteúdos, opções sem 
deixar de lado os conteúdos tradicionais, livros, apostilas, etc.”. 
Como principal contribuição, estes dados observados na pesquisa servem como 
sensibilização das demandas discentes, as quais, apesar do esforço na adequação das 
metodologias pedagógicas às tecnologias, deixam claro que muito se tem a melhorar, tanto na 
estrutura, quanto na formação continuada do docente. 
 
 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A escola e seus profissionais se reinventaram, sem tempo hábil de aprendizagem ou 
aperfeiçoamento dos professores, que tiveram de absorver a maior quantidade possível de 
conhecimento tecnológico para inovar no modo de ensino. 
À medida que os professores foram “obrigados” a proporcionar a aprendizagem de 
forma online, perceberam que a tecnologia pode ser uma excelente aliada e que é capaz de 
auxiliar o aluno a se tornar um protagonista na construção de seu conhecimento. 
Os ambientes virtuais de aprendizagem ganharam mais visibilidade e utilidade e foi 
constatado na prática que podem ser usados de forma a aperfeiçoar os estudos.
 
 
Uma vez que os paradigmas em relação ao uso de tecnologias estão sendo quebrados, 
uma nova educação, alinhada com o contexto social digital em que estamos inseridos vem sendo 
construída. Os benefícios são muitos, mas salientamos que um dos principais é a formação de 
indivíduos aptos para o exercício pleno da cidadania em uma sociedade tecnológica. 
O aprendizado foi árduo, pelo modo repentino em que aconteceu, e nos fez refletir que: 
se a educação em seu todo (estrutura e profissionais) tivesse acompanhado a evolução 
tecnológica, teríamos menos dificuldades para enfrentar situações em que o digital se torna 
essencial no que diz respeito à educação? 
Apesar de alguns alunos e professores expressarem o desejo de que a educação volte a 
ser como antes, a tecnologia se tornou ainda mais um excelente caminho para promover a 
educação. Dificilmente o que foi construído será desfeito. A tendência é aprimorar o que vem 
sendo realizado, estruturar as escolas de forma adequada (o que já vem sendo feito através de 
projetos de lei emergenciais) e evoluir cada vez mais rumo à um futuro cheio de inovações. 
 
 
 
 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
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2021. 
 
 
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http://www.apadev.org.br/pages/workshop/historiaInf.pdf
http://www.apadev.org.br/pages/workshop/historiaInf.pdf
 
 
7. ANEXOS 
 
Questionário elaborado para a pesquisa qualitativa: 
Disponível em < https://forms.gle/AA5f9V7QFUSE5Nmf7>. 
 
 
Anexo A - Imagem um - 1ª parte do questionário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anexo B - Imagem Dois – 2ª parte do questionário
 
 
Anexo C Imagem Três – 3ª parte do questionário 
 
 
 (TAVARES, 2001)