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ENGENHARIA E SEGURANÇA DO TRABALHO - ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA

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ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA 
 
 
Luciano Borges dos Santos 
01513677 
Engenharia de produção 
 
Fundado em 1818, no Brasil, o museu nacional localiza-se no interior do parque 
da Quinta da Boa Vista, no Rio de Janeiro, uma instituição autônoma e que faz 
parte do fórum de ciência e cultura da Universidade Federal do Rio de Janeiro 
(UFRJ) e está ligado ao Ministério da Educação. Ele tem como objetivo, de modo 
geral, proporcionar o desenvolvimento, ou seja, a evolução da arte, ciência e 
intelectualidade de nosso país. 
 
Em setembro de 2018 o Brasil ficou perplexo com a notícia de um incêndio que 
destruí em quase sua totalidade o museu nacional. Um desastre que comoveu o 
Brasil, este incêndio além de destruir o prédio, comprometeu diversas obras e a 
história que o lugar representava. Ele, em poucas horas, consumiu toda as 
instalações deixando além de um prejuízo financeiros de milhões de reais, uma 
perda incalculável para a cultura brasileira. 
 
Figura 1 - Vista aérea do Museu Nacional, destruído após incêndio. 
 
Fonte: THIAGO RIBEIRO (2018) 
 
Realizando uma análise das falhas que contribuíram para a ocorrência desse 
incêndio e quais medidas preventivas poderiam ter sido adotadas para que ele 
não ocorresse ou fosse extinto quando começou, a pergunta inicial que fica é: o 
que provocou o incêndio no museu? 
 
G1 (2019) ressalta que de acordo com o superintendente da Polícia Federal no 
Rio de Janeiro, Ricardo Saadi, o laudo pericial aponta que o incêndio começou em 
um dos aparelhos de ar-condicionado localizado no auditório do museu, na parte 
térrea da edificação. 
 
A Análise dos Modos de Falha e seus Efeitos (FMEA) é uma metodologia que 
proporciona uma análise através de um diagrama lógico e estruturado em forma 
de árvore, onde são especificadas as causas que contribuíram para a ocorrência 
desse evento (PORSSALE, 2017). 
 
A causa imediata desse incêndio foi o curto-circuito (sobrecarga) em um dos ar-
condicionado que ficava localizado no auditório do museu, na parte térrea do 
prédio. Porém, pode se destacar que outras causas (causas básicas) 
contribuíram para a ocorrência desse curto-circuito com base no laudo da polícia 
federal, ou seja, foi identificado que vários equipamentos de ar-condicionado 
estavam instalados com apenas um disjuntor, o que contraria as recomendações 
de instalação do fabricante dos equipamentos, o aterramento elétrico dos 
equipamentos foi feito pela metade e não seguia o padrão técnico preconizado 
pela as normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), 
em particular a NBR 5010 que trata de Instalações elétricas de baixa tensão. 
 
Ainda de acordo com laudo acima citado, as instalações da edificação estavam 
precárias, isso demonstra claramente que o museu não estava cumprindo os 
requisitos das Notas Técnicas (NT) do Corpo de Bombeiro Militar do Estado do 
Rio de Janeiro (CBMERJ), em particular a NT 4-03 que trata de medidas de 
proteção contra incêndio para edificações tombadas, a NT 2-01 que trata de 
sistema de proteção por extintores de incêndio e a NT 2-02 que estabelece as 
diretrizes para a instalação de sistemas de hidrantes e de mangotinhos para 
combate a incêndio. 
 
Vale destacar que o museu estava num processo de adequação das instalações 
ao Decreto nº 42, de 17 de dezembro de 2018 que dispõem sobre o código de 
segurança contra incêndio e pânico (COSCIP). Veja abaixo o que este decreto 
estabelece para edificações: 
 
Decreto nº 42, de 17 de dezembro de 2018, Capítulo I, Seção I, §1º estabelece: 
Normas de segurança contra incêndio e pânico, destinadas à 
proteção da vida, do patrimônio e do meio ambiente, a serem 
aplicadas às edificações e áreas de risco, no âmbito do Estado 
do Rio de Janeiro. 
 
O laudo da polícia federal aponta que o corpo de bombeiros do estado do Rio de 
Janeiro não tinha concluído o processo de fiscalização que tinha começado em 
agosto de 2015, o que pode indicar uma negligência por parte da corporação em 
finalizar o processo. 
 
Outras causas também contribuíram para o incêndio e seu alastramento como 
falta de equipamentos de incêndio, grande quantidade materiais combustíveis 
(carga de incêndio) e produtos químicos inflamáveis como formol e álcool 
utilizado na conservação de materiais. 
 
 
 
A adoção de medidas preventivas e corretivas é primordial e podemos destacar 
as seguintes medidas de proteção contra incêndio: projeto elétrico obedecendo 
as normas técnicas brasileiras em particular a NBR 5410 da ABNT para 
dimensionar de forma correta o cabeamento e o aterramento elétrico de 
equipamentos para evitar superaquecimentos e curtos-circuitos nas redes como 
demonstrado na figura 2; 
 
Figura 2 - Esquema de divisão de circuitos. 
 
Fonte: HENRIQUE MATTEDE. (2006). 
 
implantação de projeto (sistemas) contra incêndio constituído por seleção e 
instalação de extintores de incêndio portáteis, chuveiros automáticos, hidrantes 
e de mangotinhos para combate a incêndio de acordo com as normas técnicas 
NBR 12693, NBR 10897, NBR 13714 e; 
 
Figura 3 – Principais componentes dos sistemas de proteção contra incêndio. 
 
Fonte: HELPMANUT (2019). 
 
instalação de sistema de detecção, alarme, calor, fumaça e fogo no museu de 
acordo com as NBR ISO 7240-2, NBR 16983, NBR ISO 7240-5 e NBR 12232 da 
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que trata de sistemas fixos 
automáticos de proteção contra incêndio com gás carbônico (CO2); 
 
implantação e capacitação de equipes de combate a incêndios (brigadas de 
incêndio) de acordo com a NBR 14276, instalação de portas corta-fogo e 
obtenção do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, onde são certificadas as 
condições de segurança contra incêndio. 
 
Referências consultadas 
 
PORSSALE, Roberto. ANÁLISE DOS MODOS DE FALHA E SEUS EFEITOS: 
fundamentos. São Paulo: Senai-Sp Editora, 2017. 80 p. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5410: Instalações 
elétricas de baixa tensão. 2 ed. Rio de Janeiro: Abnt, 2004. 209 p. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12693: Sistemas 
de proteção por extintores de incêndio. 4 ed. Rio de Janeiro: Abnt, 2021. 32 p. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10897: Sistemas 
de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos — Requisito. 4 ed. Rio 
de Janeiro: Abnt, 2020. 118 p. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13714: Sistemas 
de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio. 4 ed. Rio de Janeiro: 
Abnt, 2000. 25 p. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 7240-2: 
Sistemas de detecção e alarme de incêndio. 2 ed. Rio de Janeiro: Abnt, 2021. 
53 p. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16983: Controle 
de fumaça e calor em incêndio. 1 ed. Rio de Janeiro: Abnt, 2022. 123 p. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 7240-5: 
Sistemas de detecção e alarme de incêndio. 2 ed. Rio de Janeiro: Abnt, 2014. 
40 p. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12232: Execução 
de sistemas fixos automáticos de proteção contra incêndio com gás carbônico 
(CO2) em transformadores e reatores de potência contendo óleo isolante. 3 ed. 
Rio de Janeiro: Abnt, 2015. 12 p. 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14276: Brigada de 
incêndio — Requisitos. 2 ed. Rio de Janeiro: Abnt, 2006. 37 p. 
 
CORPO DE BOMBEIRO MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. NT 4-
03: Edificações tombadas. 1 ed. Rio de Janeiro: Cbmerj, 2019. 5 p. 
 
CORPO DE BOMBEIRO MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. NT 2-
01: Sistema de proteção por extintores de incêndio. 2 ed. Rio de Janeiro: Cbmerj, 
2020. 6 p. 
 
CORPO DE BOMBEIRO MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. NT 2-
02: Sistemas de hidrantes e de mangotinhos para combate a incêndio. 1 ed. Rio 
de Janeiro: Cbmerj, 2019. 24 p. 
 
RIO DE JANEIRO. Museu Nacional. Ministério da Educação. O MUSEU. [s.d]. 
Disponível em: https://museunacional.ufrj.br/dir/omuseu/omuseu.html. Acesso 
em: 27 mar. 2022. 
 
G1 (Rio de Janeiro). O que se sabe sobre o incêndio no Museu Nacional, no Rio. 
2018.Disponível em: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2018/09/04/o-
que-se-sabe-sobre-o-incendio-no-museu-nacional-no-rio.ghtml. Acesso em: 27 
mar. 2022. 
 
DANIEL SILVEIRA (Rio de Janeiro). Incêndio que destruiu o Museu Nacional 
começou no ar-condicionado do auditório, diz laudo da PF. 2019. G1. Disponível 
em: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2019/04/04/policia-federal-
divulga-laudo-de-incendio-que-destruiu-o-museu-nacional-no-rio.ghtml. Acesso 
em: 27 mar. 2022.

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