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2
HOSPITAIS EM ALERTA PARA
PREVENÇÃO DE INCÊNDIOS
 Ana Zeli Machado da Silva1
 Cláudia Herbstrith de Oliveira1
 Luciano dos Santos Borba1
 Simone Farias Morelli1
 Thamiris Ribeiro Corrêa1 
 Maurício Velasquez2
1. INTRODUÇÃO
Quando falamos em incêndios somente uma preocupação nos ronda, como preveni-los. E quando falamos em incêndios em hospitais ficamos mais atentos ainda. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estima que o número dessas ocorrências gire em torno de 3.200 casos ao ano, ou cerca de 270 incêndios ao mês.
É um número alto, quando pensamos que um hospital é um local onde as pessoas se encontram no momento de maior fragilidade. Pessoas acamadas, com dificuldades de locomoção. Algumas em cuidados pós-cirúrgicos, bebês recém nascidos, idosos assim como um grande número de funcionários.
No ambiente hospitalar também existe uma grande quantidade de gases inflamáveis, assim como equipamentos de alta tensão como tomógrafos e aparelhos de Raio X. E em casos de incêndio existem áreas do hospital em que a energia elétrica não pode ser desligada, como UTI’s e Centros Cirúrgicos. 
Segundo a Gerente de Tecnologia em Serviços de Saúde da Anvisa, Diana Carmem Almeida (2017),
Além de estarem em constante transformação espacial, os equipamentos existentes nos serviços de saúde exigem instalações bastante complexas. O risco de incêndio em um estabelecimento desses é tão presente ou maior que em outros, evidenciando assim a necessidade de medidas de controle rígidas e atualizadas. (ALMEIDA, Diana Carmem, 2017)
Pensando em todo este contexto, buscamos conhecer quais as principais normas de segurança para casos de incêndio em hospitais. E o que vem sendo realizado pelos órgãos competentes para a verificação de que as normas estabelecidas estão sendo cumpridas pelas instituições.
O presente trabalho apresenta como metodologia uma revisão bibliográfica sobre o assunto. Buscando através dos autores sobre o tema conhecer a realidade atual das instituições de saúde no Brasil.
 [...] a partir do levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites. Qualquer trabalho científico inicia-se com uma pesquisa bibliográfica, que permite ao pesquisador conhecer o que já se estudou sobre o assunto. Existem, porém, pesquisas científicas que se baseiam unicamente na pesquisa bibliográfica, procurando referências teóricas publicadas com o objetivo de recolher informações ou conhecimentos prévios sobre o problema a respeito do qual se procura a resposta (FONSECA, 2002, p. 32).
Tendo como objetivo principal conhecer quais as normas que regulamentam a prevenção e o combate a incêndios em instituições de saúde. Buscando através desta pesquisa conhecer a realidade atual em nosso país.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Segundo Kahn (pg,6.2019), “os prédios dos hospitais devem ser divididos em compartimentos, ou seja, setores preparados para tolerar o incêndio sem que ele se expanda. São como caixas de sapato pelas quais o fogo, a fumaça e a temperatura não passam”.
Mas quais as principais normas de segurança que regulam os estabelecimentos de saúde?
Segundo dados disponíveis nos meios de comunicação do corpo de bombeiros estas são as principais normas: 
· NBR 16.651: Proteção Contra Incêndios em EAS, que estabelece requisitos de proteção contra incêndio. Abril de 2019. 
· NBR 9077: Saídas de emergência em edifícios. Dezembro de 2001.
· NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Outubro de 2015. 
· NBR 5413: Iluminância de interiores. Abril de 1992.
· NBR 10898: Sistema de iluminação de emergência. Setembro de 1999.
· NBR 14276: Brigada de Incêndio – Requisitos. Janeiro de 2007. 
· NBR 15219: Plano de emergência contra incêndio — Requisitos. Junho de2005.
· NBR 14518: Sistemas de ventilação para cozinhas profissionais. Maio de 2000.
· NBR 17240: Sistemas de detecção e alarme de incêndio – Projeto, instalação, comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e alarme de incêndio. Novembro de 2010.
· NBR 13434-2: Sinalização de segurança contra incêndio e pânico Parte 2: Símbolos e suas formas, dimensões e cores. Abril de 2004.
Com estas normas podemos observar que existe uma grande preocupação por parte de todos os envolvidos na prevenção dos incêndios em hospitais. Podemos em visita a qualquer estabelecimento de saúde notar que muitas destas normas estão sendo seguidas. Extintores de incêndio disponíveis e de fácil acesso a todos, iluminação e sinalização das saídas de emergência são alguns dos requisitos que estão à vista de todos. Mas a maior preocupação é com o que não pode ser visto por todos.
A Anvisa lançou em 2014 o Manual de Segurança contra Incêndio em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde. O manual foi escrito por Marcos Kahn sob a organização e a supervisão técnica da Gerência-Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde (GGTES/Anvisa
“é muito mais difícil fazer gestão de risco e um plano de emergência para um hospital do que para empresas de outros segmentos”. [...] “as pessoas estão enfermas, medicadas, idosas ou com dificuldade de locomoção ou até desacordadas e tirá-las do edifício é sempre um risco”. (MELLO pg.7, 2019)
 Pensando na dificuldade que é se fazer a evacuação em caso de incêndio é imprescindível que todos busquem prevenir o incêndio. O diretor-geral de Saúde do CBMERJ, coronel Roberto Miúra e o diretor geral de Serviços Técnicos, coronel Alexandre Carneiro Esteves (.2019) observam que “deve-se trabalhar incansavelmente na prevenção desse risco, no treinamento dos colaboradores e em equipar essas edificações com meios eficazes de resposta (ex.: medidas de proteção ativas) para a eventualidade da ocorrência de um incêndio”.
No Brasil não há uma legislação federal de incêndio e cada estado tem autonomia para estabelecer a própria. Tem sido os estados, na maioria das vezes, que mantêm em convênio com os municípios os serviços de bombeiros, que fazem as avaliações e inspeções nas edificações. Sendo que algumas das normas que regulamentam a prevenção de incendios nem mesmo foram elaboradas pensando neste espaço em especifico.
 2.1 AS PRINCIPAIS CAUSAS DE INCÊNDIO EM HOSPITAIS:
 Fonte: Correio Hospitalar. Fóruns da AHERJ Nº 150 • Nov./dez. 2019 Págs.9.Disponível em: https://www.aherj.com.br/wp-content/uploads/2020/01/Correio-Hospitalar-150 compactado.pdf Acesso em:28/set/2021.
Segundo pesquisa realizada pela Empresa Faturhelp que presta serviços de consultoria a empresas deste seguimento, estas são as principais causas de incêndio em estabelecimentos voltados a área da saúde. Este gráfico nos apresenta a cozinha como sendo a grande responsável pelos primeiros focos de incêndio. Fiação elétrica e iluminação também apresentam um número considerável de responsabilidade por focos de incêndio. Como sabemos no ambiente hospitalar existe uma grande quantidade de gases no ar. Devido a grande concentração de álcool e éter neste ambiente qualquer faísca ou curto circuito é o suficiente para iniciar um incêndio. 
3. RESULTADOS E DISCUSSÕES
As avaliações realizadas em hospitais brasileiros pelo Consórcio Brasileiro de Acreditação - representante da JCI (Joint Commission International) no país - apontam, em etapas iniciais, percentuais entre 70 e 80% de não conformidades nos padrões e requisitos que tratam do gerenciamento e segurança das instalações, não só especificamente no que se trata de incêndios.
O percentual de não conformidade se amplia para 90 a 100%, quando se trata da realização de simulados, que efetiva e regularmente devem ser feitos por profissionais qualificados e devidamente monitorados e avaliados quanto aos seus reais resultados (JUNIOR, Heleno Costa. Pág. 12.2019)
Quando se pensa na construção de um hospital ou estabelecimento voltado a área da saúde é preciso que se pense na prevenção e combate de incêndios desde as suas fundações. Neste processo estão envolvidasvárias áreas que precisam pensar juntas.
O gerenciamento de risco para as instituições da saúde, consiste na capacidade de um indivíduo ou uma equipe poder coordenar, planejar e executar atividades no âmbito de uma organização sob a perspectiva da resolução de problemas e na melhoria contínua dos processos de trabalho NAVARRO A. F, 2007 pág. 1).
Durante a realização desta pesquisa foi possível observar que a maioria do material consultado apresenta como muito importante o papel da Brigada de incêndio em qualquer estabelecimento. No âmbito hospitalar a brigada de incêndio tem um papel imprescindível. Além de tentar debelar os primeiros focos de incêndio cabe a eles decidir a necessidade de evacuação da área assim como dar atendimento aos feridos em caso de necessidade. Leite e Junior (2008) mostram a importância de um número especifico de brigadistas para cada estabelecimento, levando em conta a quantidade de pessoas no local assim como a quantidade de equipamentos de prevenção à incêndios. 
Mas como precisar com exatidão a quantidade de pacientes e acompanhantes em um hospital? Observamos que existe uma grande quantidade de normas e leis que regulamentam este seguimento. Mas a discussão sobre o assunto não se encontra perto de uma resolução. Para Heleno Costa Junior ainda é necessário um trabalho estruturado para criar uma consciência cultural na sociedade brasileira acerca deste assunto.
4. REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS ABNT NBR 16.651. Proteção Contra Incêndios em EAS, que estabelece requisitos de proteção contra incêndio. ABNT 2019. Disponível em: https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=415152 Acesso em: 16/out/21.
 _____. ABNT NBR 9077: Saídas de emergência em edifícios. ABNT 2001. Disponível em: https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=28427 Acesso em:16/out/21.
_____. ABNT NBR 9050: Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. ABNT 2015. Disponível em: https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=344730 Acesso em: 16/out/21. 
_____. ABNT NBR 5413:Iluminância de interiores. ABNT 1992. Disponível em: https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4596 Acesso em:16/out/21 
_____. ABNT NBR 10898: Sistema de iluminação de emergência. ABNT 2013. Disponível em: https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=196437 Acesso em:16/out/21.
_____. ABNT NBR 14276: Brigada de Incêndio – Requisitos. ABNT 2020. Disponível em: https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=442954 Acesso em:16/out/21 
_____. ABNT NBR 15219: Plano de emergência contra incêndio — Requisitos. ABNT 2020. Disponível em: https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=442955#:~:text=Esta%20Norma%20especifica%20os%20requisitos,os%20danos%20ao%20meio%20ambiente. Acesso em:16/out/21. 
_____. ABNT NBR 14518: Sistemas de ventilação para cozinhas profissionais. ABNT 2019.Disponivel em: https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=426668 Acesso em: 16/out/21. 
_____. ABNT NBR 17240: Sistemas de detecção e alarme de incêndio. ABNT 2010. Disponível em: https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=79142 Acesso em:16/out/2021.
_____. ABNT NBR 13434-2: Sinalização de segurança contra incêndio e pânico Parte 2: ABNT 2004. Disponível em: https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=597 Acesso em 16/out/2021.
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança contra Incêndios em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde / Agência Nacional de Vigilância Sanitária. - Brasília: Agência Nacional de Vigilância Sanitária, 2014. 141 p. Disponível em: https://pncq.org.br/wp-content/uploads/2020/05/Manual-Seguranca-Incendio-em-Estabelecimentos-Assistenciais-Saude.pdf Acesso em 30/set/2021.
BRASIL, Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa.Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2017/anvisa-lanca-manual-de-seguranca-contra-incendio-em-hospitais Acesso em:28/out/21. 
FONSECA, J. J. S. Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC, 2002. Apostila, 127pgs. Disponível em: https://books.google.com.br/books?hl=en&lr=&id=oB5x2SChpSEC&oi=fnd&pg=PA6&dq=info:YId7pQb-PpcJ:scholar.google.com&ots=ORRY_xgsf-&sig=0_qX1rD_yQfKlp2Mc6QTAeupYaY&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false Acesso em: 02/out/2021.
KAHN, Marcos. Hospitais em alerta para prevenção de incêndios. Correio Hospitalar. Fóruns da AHERJ Nº 150 • Nov./dez. 2019 Págs. 6 a 12. Disponível em: https://www.aherj.com.br/wp-content/uploads/2020/01/Correio-Hospitalar-150-compactado.pdf Acesso em:28/set/2021.
LEITE, Cap. PM Walmir Corrêa; JÚNIOR Ten. Cel. Res. PM Abel Batista Camillo. Brigadas de incêndio, pág. 289: SEITO Alexandre Itiu, et al. Prevenção contra incêndio (Brasil) 2. Instalações contra incêndio (Brasil) I. Seito, Alexandre (coord.) et al. II. Título. A Segurança contra incêndio no Brasil / coordenação de Alexandre Itiu Seito,.et al. São Paulo: Projeto Editora, 2008. p. 496 ISBN:978-85-61295-00-4 1. Disponível em:https://docplayer.com.br/72482965-Contra-incendio-no-brasil.html Acesso em: 02/out/2021.
MELLO, Gustavo, Marcos. Hospitais em alerta para prevenção de incêndios. Correio Hospitalar. Fóruns da AHERJ Nº 150 • Nov./dez. 2019 Págs. 6 a 12. Disponível em: https://www.aherj.com.br/wp-content/uploads/2020/01/Correio-Hospitalar-150-compactado.pdf Acesso em:28/set/21. 
NAVARRO, A. F. Gerenciamento de Riscos – Conceitos Básicos. p.1. 2007.
SEITO, Alexandre Itiu. GIL, Alfonso Antonio.Fabio. PANNONI, Domingos. SILVA, Rosaria Ono Silvio Bento da. CARLO, Ualfrido Del. Valdir SILVA, Pignatta e Prevenção contra incêndio (Brasil) 2, Instalações contra incêndio (Brasil) I. Seito, Alexandre (coord.) et al. II. Título. A Segurança contra incêndio no Brasil, coordenação de Alexandre Itiu Seito,.et al. São Paulo: Projeto Editora, 2008. p. 496 ISBN:978-85-61295-00-4 1. Disponível em: https://docplayer.com.br/72482965-Contra-incendio-no-brasil.html Acesso em: 02/out/21.
Revista incêndio. 10 de julho 2017 Disponível em:https://revistaincendio.com.br/anvisa-lanca-manual-contra-incendio/ Acesso em: 28/set/21.
Causas de incendios hospitalares	
Equip. Médico	Equip. Eletrônico	Mat. De fumantes	Equip. de aquecimento	Lavadoras e secadoras de roupa	Fiação elétrica e iluminação	Lixo ou detritos contidos	Equip. de cozinha	0.02	0.02	0.02	0.04	0.04	7.0000000000000007E-2	0.09	0.82	
1 Nome dos acadêmicos
2 Nome do Professor tutor externo
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (FLCO328RIA) – Biossegurança em Saúde – 21/10/2021

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