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AO EXCELENTÍSSIMO JUIZ DA VARA DE FAMÍLIA E SUCESSÕES DA REGIONAL DE CAMPO GRANDE DA COMARCA DA CAPITAL - RJ
TRAMITAÇÃO ESPECIAL - Lei nº 13.146/2015
............., qualificação completa, endereço eletrônico ....... telefone (21) ....., residente e domiciliada na Rua ........, vem respeitosamente à presença de V. Exa., por intermédio de sua advogada ....., OAB/RJ ..., com escritório profissional na Rua ....., endereço eletrônico .... , Telefone: (21) ...., onde passa a receber notificações e intimações, com fulcro na Lei 13.146/15; No código civil, nos Artigos 1.767, I e seguintes, o Código de Processo Civil, nos Artigos 747 a 755, CPC, propor:
INTERDIÇÃO c/c pedido de CURATELA DE URGÊNCIA LIMINAR
Em face de ....., filho da autora ....e ..... – pré morto (certidão de óbito anexo), residente e domiciliado no mesmo endereço da parte autora, sem endereço eletrônico, pelos motivos fáticos e jurídicos que adiante passa a expor.
PRELIMINARMENTE
DA PRIORIDADE DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA
A lei nº 13.146/2015 - Estatuto Da Pessoa Com Deficiência (EDP) ou Lei Brasileira de Inclusão (LBI) estabeleceu em favor das pessoas com deficiência o direito à prioridade na efetivação dos seus direitos. Vejamos o que dispõe o art. 8º da referida legislação:
Art. 8º É dever do Estado, da sociedade e da família assegurar à pessoa com deficiência, com prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à sexualidade, à paternidade e à maternidade, à alimentação, à habitação, à educação, à profissionalização, ao trabalho, à previdência social, à habilitação e à reabilitação, ao transporte, à acessibilidade, à cultura, ao desporto, ao turismo, ao lazer, à informação, à comunicação, aos avanços científicos e tecnológicos, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária, entre outros decorrentes da Constituição Federal, da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo e das leis e de outras normas que garantam seu bem-estar pessoal, social e económico.
Nesta mesma linha, o Art. 9º, VII da referida lei enfoca que:
Art. A pessoa com deficiência tem direito a receber atendimento prioritário, sobretudo com a finalidade de: (...)
VII - tramitação processual e procedimentos judiciais e administrativos em que for parte ou interessada, em todos os atos e diligências.
Portanto reforça-se o pleito de TRAMITAÇÃO PRIORITÁRIA desta causa, visto que a condição de pessoa com deficiência do curatelado, postulando a oposição de menção designativa da prioridade processual dos autos do respectivo processo.
DA CONCESSÃO DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Inicialmente, requer a V. Exa. seja deferido o benefício da Gratuidade de Justiça, com fulcro no artigo 98 e seguintes , do CPC, consoante com o artigo 5º, LXXIV, da Constituição Federal de 1988, pois o parte requerente não possui condição de arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, conforme atestado de pobreza que instrui a exordial, sendo, portanto, beneficiário da gratuidade de justiça.
Juntando-se aos autos Isenção nos dados da Receita Federal nos últimos 03 exercícios e declaração de pró bono da advogada abaixo assinada.
DAS PUBLICAÇÕES E/OU INTIMAÇÕES
Requer que todas as Intimações e/ou Publicações sejam realizadas em nome da .......... , sob pena de nulidade.
DA DISPENSA DA REALIZAÇÃO PRÉVIA DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
Com fulcro no artigo 319, VII, do Código de Processo Civil é requerida a realização prévia de conciliação, com a finalidade de celeridade processual, como também, uma resolução pacifica entre as partes, porém, a arte autora dispensa de tal audiência, visto que o curatelado, encontra em estado de debilidade mental, não interagindo em sociedade, razão pela qual postula pela supressão do ato.
BREVE SINTESE DOS FATOS
1. A requerente é genitora e cuidadora da parte requerida ........., conforme comprova cópias de documentos pessoais em anexo.
1. O genitor do requerido ........, é pré morto, ............., conforme certidão de óbito anexo de matrícula ............
1. O interditando atualmente possui ........ anos de idade, é solteiro, não interage com a sociedade há ........... anos, estando sob os cuidados da sua genitora, desde seu nascimento. Ocorre que na data de ............ , uma brincadeira na laje ocasionou a fatalidade de sua queda, sendo socorrido e internado no Serviço de Neurocirurgia, sob prontuário médico .......... (conforme declaração anexa), onde permaneceu em coma com tratamento cirúrgico de CRANIECTOMIA FRONTO-TEMPORO-PARIESTAL DIREITA. Drenagem do hematoma, qual infelizmente deixou sequelas permanentes.
1. Desta feita, não restam dúvidas de que o interditando necessita de cuidados em tempo integral, não interage com pessoas, não assina, é cadeirante, faz uso de fraldas geriátricas, é portador de transtornos mentais, que o tornaram completamente incapaz de sozinho de gerir, por si só, os atos de sua vida civil, por conseguinte, ABSOLUTAMENTE INCAPAZ, por não poder exprimir sua vontade.
DO MÉRITO
A curatela é um instituto atribuído de maneira sensível às condições de capacidade do indivíduo a ser curatelado. Atribui-se, também, a tal instituto, uma forma de proteger esse indivíduo, a lhe garantir o direito de viver nas mesmas condições, embora desta vez em estado de assistência ou representação de um terceiro, pois diante da sua limitação, perdeu a capacidade de gerir-se independentemente.
Assim, diante da impossibilidade de conduzir a sua própria vida e, consequentemente, produzindo efeitos na esfera social, assim como também nas suas atitudes cotidianas, vê-se o sentido da curatela na forma da conferência por lei de alguém responsável para gerir e administrar os bens do incapacitado, já que o enfermo encontra- se naturalmente privado de sua própria condição de independência.
De acordo com os Art. 1.767, I, do Código Civil, recepcionado pelo Novo Código de Processo Civil. Estão sujeitos a curatela:
Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela:
I – Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade
Portanto, de acordo com a excepcionalidade que passou a ter a decretação da curatela após a vigência da lei 13.146/15 – Estatuto da Pessoa com Deficiência, é de grande urgência a necessidade da decretação da medida protetiva da CURATELA, nos termos do § 1º do Art. 84 da referida legislação, para o desempenho dos atos de cunho patrimonial e negocial, como estabelece o art. 85 da mencionada lei:
Art. 84. A pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao exercício de sua capacidade legal em igualdade de condições com as demais pessoas.
§ 1.º Quando necessário, a pessoa com deficiência será submetida à curatela, conforme a lei.
§ 2.º É facultado à pessoa com deficiência a adoção de processo de tomada de decisão apoiada.
§ 3.º A definição de curatela de pessoa com deficiência constitui medida protetiva extraordinária, proporcional às necessidades e às circunstâncias de cada caso, e durará o menor tempo possível.
§ 4.º Os curadores são obrigados a prestar, anualmente, contas de sua administração ao juiz, apresentando o balanço do respectivo ano.
Art. 85. A curatela afetará tão somente os atos relacionados aos direitos de natureza patrimonial e negocial.
(...)
DA NECESSIDADE DE CURADOR PROVISÓRIO
A lei 13.176/2015 legitimou de forma evidente a possibilidade de o juiz decretar a nomeação de curador provisório ao curatelado, nos seguintes fundamentos:
Art. 87. Em casos de relevância e urgência e a fim de proteger os interesses da pessoa com deficiência em situação de curatela, será lícito ao juiz, ouvido o Ministério Público, de oficio ou a requerimento do interessado, nomear, desde logo, curador provisório, o qual estará sujeito, no que couber, às disposições do Código de Processo Civil.
Assim, se destaca que, diante da comprovação dos fatos alegados pela autora da exordial, onde constata a deficiência que vem acometendo o curatelado, que decorre de Tetraplegia e deficiência mental , bem como da incapacidade dereger-se a si próprio, tem efeito significativamente grave em sua vida. Portanto estando amplamente relatado na exordial, havendo prova pré-constituída da enfermidade que acomete o curatelado, na forma como está solidado através do laudo médico em anexo.
DA TUTELA DE URGÊNCIA
E imprescindível a necessidade urgente da instituição de um curador, assim a autora requer que seja declarado liminarmente curadora, no intuito de evitar sérios prejuízos à vida civil e a recuperação do interditando.
Os artigos 747 ao artigo 755, do CPC, comprovam que a parte autora faz jus ao direito de propor a ação de interdição, haja vista que os laudos comprovam a incapacidade do interditando, e os documentos comprovam o parentesco do autor.
In verbis:
Art 747, CPC, A interdição pode ser promovida:
I – pelo cônjuge ou companheiro;
II – Pelos parentes e tutores;
III – Pelo representante da entidade em que se encontra obrigado o interditando;
IV – Pelo Ministério Público.
PARÁGRAFO ÚNICO: A legitimidade deverá ser comprovada por documento que acompanhe a Petição Inicial.
Ainda mostra o art. 749 parágrafos único do CPC, in verbis:
Art. 749. Incumbe ao autor, na petição inicial, especificar os fatos que demonstram a incapacidade do interditando para administrar seus bens e, se for o caso, para praticar atos da vida civil, bem como o momento em que a incapacidade se revelou.
Parágrafo único. Justificada a urgência, o juiz pode nomear curador provisório ao interditando para a prática de determinados atos.
Como explica o dispositivo supracitado, sendo justificada a urgência, poderá ser nomeado curador, provisoriamente, a autora da curatela. Como mostram os laudos médicos, existe uma urgência, haja vista que o interditando não tem capacidade de tomar decisões, portanto há existência da urgência, afim de possa ter deferimento em seu requerimento de pensão por morte em processo administrativo autônomo e de competência da Previdência Social.
Ainda sobre o dispositivo, vale mencionar o Enunciado 638 da VIII Jornada de Direito Civil – Art 1775: A ordem de preferência de nomeação do curador do Art 1775 CC, deve ser observada quando atender ao melhor interesse do curatelado, considerando suas vontades e preferências, nos termos do Art 755, II, e § 1 º , do CPC.
Insta salientar que o .............., não interage em sociedade, devido sua deficiência mental, contudo já está adaptado ao convívio familiar com sua genitora, qual é a autora desta ação.
O artigo 300, CPC sobre tutela de urgência diz que:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
Assim comprovado o fumus boni iuris e o periculum in mora, fazendo jus ao pedido da Tutela de Urgência da parte autora.
Sendo assim, é justificável a concessão da TUTELA de URGÊNCIA em caráter liminar para que seja nomeada a requerente, Curadora Provisória do curatelado, para que possa executar os atos acima mencionados em benefício do mesmo.
Neste caso a requente é genitora e já responsável pelo seu filho ,,,,,,,,,,,,, e deseja o representar nos atos civis.
Insta salientar que o requerido a curatela, não é possuidor de bens, apenas vislumbra o Deferimento da pensão por morte previdenciária do seu genitor, em sua cota parte (............), qual ajudará em seu próprio sustento e necessidades especiais. Cujo o requerimento administrativo junto a Autarquia da Previdência Social, conforme protocolo de número .............., anexado aos autos. Onde o perigo da demora poderá ensejar o indeferimento do seu pleito.
É patente o direito da parte requerente à concessão da tutela provisória antecipada, uma vez que, caso não haja a concessão imediata da curatela, inevitavelmente terá danos irreversíveis.
DOS PEDIDOS
Diante ao exposto, requer:
a) Os benefícios da justiça gratuita, nos termos dos artigos 98. caput. §§ 1º e 5º, e 99, § 4º, do Código de Processo Civil, por ser a requerente pessoa reconhecidamente pobre na acepção jurídica do termo;
b) A procedência da ação e, consequentemente, concessão da Tutela de Urgência Liminar deferindo a Curatela Provisória nos termos nos termos do art. 300, § 2º do Código de Processo Civil, bem como no art. 87 da lei 13.146/2015 Nomeando a Requerente genitora, para que exerça o papel de Curadora, intimando-o pessoalmente por oficial de justiça para que preste o compromisso;
e) A intimação do Ministério Público para que acompanhe o feito ad finem, conforme art. 178, II, do Código de Processo Civil;
f) A citação do curatelado, na figura de sua representante legal – a autora da ação, para que possa ser entrevistado por esse Juízo, com assistência de equipe multidisciplinar, conforme preconiza a nova redação do art. 1.771 do Código Civil, conferida pela lei 13.146/15.
g) Decorrido o prazo de 15 (quinze) dias, estipulado pelo artigo 465, § 1º, do CPC, a nomeação de perito para realizar exame médico-pericial e emitir o respectivo laudo, se assim se fizer necessário;
h) Decretar, ao final, por sentença, a nomeação da requerente como curadora do requerido, na prática de atos de cunho patrimonial e negocial, bem como, logo em seguida, determinar a intimação da autor para, no prazo legal, prestar o compromisso de estilo, conforme art. 755, I, e 759 do CPC;
i) Determinar a expedição dos competentes mandados de inscrição e averbação, após trânsito em julgado.
DOS REQUERIMENTOS FINAIS
Protesta por todos os meios de provas admitidos em direito, notadamente a documental e a pericial, além da oitiva das testemunhas que serão apresentadas em audiência de instrução a ser designada por V. Exa., o que desde já fica requerido.
Dar-se-á causa o valor de R$ 1.045,00 (Mil e quarenta e cinco reais) a títulos fiscais.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
LOCAL, ...........
ADVOGADA
OAB/UF

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