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AÇÃO DE INTERDIÇÃO COM PEDIDO DE CURATELA PROVISÓRIA CC ANTECIPAÇÃO DE TUTELA

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MERITISAIMO JUÍZO DA ____a VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE _________. 
 
NOME COMPLETO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de identidade nº xxx.xxx.xxx-x, inscrito no CPF sob nº xxx.xxx.xxx-xx, residente e domiciliado na endereço completo, vem através de seus advogados abaixo assinados, à presença de Vossa Excelência, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 3º, II e III; 1.767 e seguintes do Código Substantivo Civil c/c art. 1.177 e seguintes do Código de Processo Civil – CPC, propor a presente
 AÇÃO DE INTERDIÇÃO COM PEDIDO DE CURATELA PROVISÓRIA C/C ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
em face de XXXXXXX, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da cédula de identidade nº xxx.xxx.xxx-x, inscrito no CPF sob nº xxx.xxx.xxx-xx, residente e domiciliado na endereço completo pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos para ao final requerer:
I. DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
A parte autora, inicialmente, e com a intermediação da Defensoria Pública do Estado, postula os beneplácitos da gratuidade da justiça, em razão de não ter condições de arcar com as despesas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do sustento próprio e de sua família, estando, assim enquadrado na situação legal de necessitada, nos termos de que dispõe o art. 4º, caput, da Lei nº 1.060/50.
II. DOS FATOS (MERAMENTE ILUSTRATIVOS)
O interditando, XXXXX, pai da promovente, a Sr(ª). XXXXXX , é portador do Mal de Alzheimer (ou acometido por qualquer outro mal que dê causa a interdição) há, aproximadamente, tempo que é acometido pela doença – explicação da doença e do mal que causa– de modo que o promovido, ora interditando, “apresenta quadro avançado de demência senil e sequelas motoras que o impossibilitam de exercer as atividades mínimas da vida diária”, conforme atestado médico em anexo, emitido pela Drª. Nome completo do médico, CRM nº xxxx, tornado-se dependente de cuidados patrocinados por terceiros.
Saliente-se que o interditando, inicialmente fora acometido por um Acidente Vascular Cerebral - AVC e, posteriormente, passou a apresentar os sintomas compatíveis com Alzheimer. Ademais, hodiernamente, face ao avanço degenerativo do referido mal, o interditando encontra-se acamado, impossibilitado de locomover-se, bem como desprovido de senilidade, motivo pelo qual postula a promovente a presente ação com o escopo de representá-lo perante o Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS, bem como junto aos Bancos públicos e privados, para movimentação da conta em que percebe os numerários da aposentadoria.
Impende observar que o interditando, acometido pelo Mal de Alzheimer (CID G311), recebe regular acompanhamento médico no local onde realiza o tratamento, endereço e telefone, conforme testifica o receituário médico anexo. 
Ademais, em que pese possuir 4 (quatro) filhos: nome e CPF de todos os filhos (Certidões de Nascimento em anexo), em razão da imperiosa necessidade de suprir as demandas da vida moderna, apenas a promovente encontra-se em condições de patrocinar os devidos cuidados que o promovido, ora interditando, necessita, razão pela qual, com a escorreita anuência dos demais (documentos anexos), requer seja ela nomeada curadora.
Imprescindível observar que a promovente goza da anuência dos demais irmãos, assim como de sua genitora para a propositura da presente demanda, o que se infere por meio dos documentos anexos, notadamente, da procuração pública em favor da autora.
Destarte, face a incontestável ausência de capacidade para promover os atos da vida civil em razão da debilidade causada pelo Mal de Alzheimer, indiscutível a necessidade da presente demanda para suprir-lhe as necessidades basilares necessárias à vida pautada no mínimo existencial, nos termos consagrados pela Carta Magna de 1988.
III. DOS FUNDAMENTOS
Nos termos de que dispõe o art. 3º, incisos II e III do Código Civil de 2002, considera-se absolutamente incapaz de exercer os atos da vida civil aquele que, por enfermidade ou deficiência mental, não dispõe do necessário discernimento, ainda que provisoriamente, para promovê-los, vejamos:
Art. 3º. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil:
II - os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos; [grifamos]
III - os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade.
In casu, conforme farta documentação anexa à exordial, o interditando, em que pese ser maior de idade, não possui condições para a prática dos atos da vida civil, mormente em razão do avançado grau de senilidade ao qual está submetido. Persiste, assim, a sua incapacidade real e efetiva, a qual tem de ser declarada por meio do procedimento de interdição, promovido nos termos que dispõe o art. 1.768, CC, verbis:
Art. 1.768. A interdição deve ser promovida:
I - pelos pais ou tutores;
II - pelo cônjuge, ou por qualquer parente; [grifamos]
III - pelo Ministério Público.
Nesse diapasão, inolvidável que o quadro fático apresentado pelo promovido, ora interditando, subsume-se, perfeitamente, às hipóteses previstas no art. 1.767 do CC/2002, notadamente, à prevista no inciso I do mencionado dispositivo legal. Vejamos:
Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela:
I - aqueles que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para os atos da vida civil; [grifamos]
II - [...]
Destarte, em razão do preenchimento dos requisitos necessários para o ajuizamento da ação de interdição, depreende-se que o interditando faz jus à proteção objetivada por meio da presente ação, devendo a autora ser nomeada sua curadora, a fim de que esta possa representá-lo no exercício dos atos da vida civil.
IV. DA CURATELA PROVISÓRIA EM ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
Tal medida liminar, de acordo com o Código de Processo Civil em seu Art. 273, será concedida nomeando-se a autora como curadora provisória do interditando. Para sua concessão são exigidos pressupostos necessários e cúmulo-alternativos, os quais estão in casu conforme será demonstrado a seguir:
A prova inequívoca e a verossimilhança do alegado podem ser claramente verificadas através da análise da legislação civil, que preceitua expressamente acerca das hipóteses de incidência da curatela, dentro das quais se encontra inserido o caso em tela. Com efeito, o déficit intelectual duradouro deflui dos elementos de convicção como o atestado médico e dos fatos já aduzidos, os quais demonstram a incapacidade do interditando para reger a sua pessoa, sendo assim verificada a impossibilidade de praticar os atos da vida civil por si só.
O fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação, doutrinariamente denominado de periculum in mora. Tal requisito se evidencia, pois caso não se adote a providência solicitada, o interditando, acometido de patologia gravíssima, não pode gerir os cuidados adequados para si e para sua genitora. Desse modo, consubstanciada está a verossimilhança da alegação, a plausibilidade do direito invocado (fumus boni juris), ante a proteção exigida pelo ordenamento jurídico pátrio aos interesses do incapaz.
	Por tais motivos, torna-se imprescindível seja concedida initio litis e em favor da Requerente, a curatela provisória do Interditando, a fim de que possa representá-lo em todos os atos da vida civil, evitando maiores transtornos para si e para sua família.
Theotônio Negrão, em comentário ao art. 1.177 do CPC, expõe:
Art. 1.177- 1c Interdição. Curatela provisória. Admissibilidade. Proteção Preventiva da pessoa e do bem do interditando, recomendável no início da ação, havendo indícios e suspeitas que o requerente não tendo plena capacidade de entendimento.
Nos termos do art. 273 pode ser nomeado curador provisório do interditando. (STJ- RT 757/144, RT 737/230).
Ensina Sylvio Venosa:
“De fato, por vezes, a demora na conclusão do processo de interdição pode prejudicar o deficiente. Aliás, nada obsta que o juiz, dentro de seu poder geral de cautela, tome qualquer decisão para a proteção de direitos. Anomeação do administrador provisório é uma delas. Nada impede, em princípio que o administrador provisório seja nomeado posteriormente curador.” 
 
Pelo entendimento supra mencionado é aceito de forma clara em nosso ordenamento a necessidade da curatela provisória, a qual deve ser deferida no caso em tela. 
Importante ressaltar que não há qualquer objeção por parte da requerente sobre a realização de perícia médica, caso Vossa Excelência assim entender necessário.
Pelo entendimento supra mencionado é aceita de forma clara em nosso ordenamento, a necessidade da curatela provisória a qual deve ser deferida no caso em tela. Ademais, conforme exposto alhures, o interditando vive sob a vigilância da autora, já que o interditando não detém o elementar discernimento para a prática dos atos da vida civil.
Nessa linha de raciocínio, imprescindível colacionarmos o entendimento do Tribunal do Rio Grande do Sul, vejamos:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. PEDIDO DE INTERNAÇÃO DE PESSOA IDOSA. DESNECESSIDADE DE INTERDIÇÃO OU JUNTADA DE ATESTADO FIRMADO POR MÉDICO PSIQUIATRA, CONSOANTE ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL DESTA CORTE. PREENCHIDOS OS REQUISITOS DO ART. 273, PARA CONCEDER A ANTECIPAÇÃO DE TUTELA PRETENDIDA. RECURSO PROVIDO. (Agravo de Instrumento Nº 70048087399, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Julgado em 03/09/2012). [grifamos]
(TJ-RS - AI: 70048087399 RS , Relator: Liselena Schifino Robles Ribeiro, Data de Julgamento: 03/09/2012, Sétima Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 06/09/2012)
V. DO PEDIDO
Ante o exposto requer a Autora que Vossa Excelência se digne de:
a) CONCEDER a gratuidade da justiça, uma vez que a parte autora se amolda perfeitamente a situação legal de necessitado(a), não podendo, assim, arcar com o pagamento das custas processuais e honorários advocatícios sem prejuízo do sustento próprio e de sua família;
b) DECRETAR, a título de antecipação dos efeitos da tutela, a INTERDIÇÃO PROVISÓRIA do Sr. JOÃO AUGUSTO SOARES, sendo a promovente, a Senhora DIRCIA LIMA SOARES, nomeada sua CURADORA PROVISÓRIA, a fim de que a mesma possa representá-lo em todos os atos da vida civil, fielmente nos seus interesses, até a decretação da decisão final da presente postulação;
c) Determinar a CITAÇÃO do Interditando, a fim de ser interrogado perante este Juízo e, após, impugnar o presente pedido de interdição, caso queira, dentro do prazo legal;
d) Caso o interditando se encontre impossibilitado quando da data de sua citação, DETERMINAR a inspeção judicial para comprovação dos fatos narrados;
e) INTIMAR o Representante do Ministério Público para intervir em todos os procedimentos do presente feito;
f) Decorrido o prazo estipulado pelo artigo 1.182, caput, do Código de Processo Civil Brasileiro, nomear o competente perito para a realização de exame médico pericial no interditando e elaboração do respectivo laudo;
g) Ao final, decretar por sentença, a INTERDIÇÃO de JOÃO AUGUSTO SOARES, nomeando, definitivamente, sua curadora DIRCIA LIMA SOARES, ora promovente, determinando, ainda, a intimação desta para, no prazo legal, PRESTAR O COMPROMISSO DE ESTILO, ex vi do artigo 1.187, inciso I, do Código de Processo Civil Brasileiro;
h) DISPENSAR a garantia de especialização da hipoteca legal, notadamente, em razão da idoneidade da requerente, ex vi do art. 1.190 do CPC;
i) DETERMINAR que a respectiva sentença de interdição seja registrada junto ao cartório de Registro Civil competente, bem como, a sua publicação pela imprensa local e pelo órgão oficial, nos termos do artigo 1.184, do Código de Processo Civil;
VI. DAS PROVAS
Protesta-se pela produção de todos os meios de prova em Direitos admitidos, especialmente a prova pericial, testemunhal, cujo rol se encontra anexo, bem como a juntada de documentos, ficando tudo desde já requerido.
VII. DO VALOR DA CAUSA
Atribui-se à causa o valor de R$ XXX,XX como dispõe os artigos 291 e 293 do Código de Processo Civil. 
Nesses termos,
Pede deferimento.
Local e data.
Advogado - OAB
ROL DE TESTEMUNHAS:
1. NOME, RG, CPF, endereço residencial, profissão. 
2. NOME, RG, CPF, endereço residencial, profissão. 
3. NOME, RG, CPF, endereço residencial, profissão. 
ROL DE DOCUMENTOS
4. DECLARAÇÃO DE HIPOSSUFICIÊNCIA;
5. CÓPIAS DE CNH, RG E CPF DA REQUERENTE;
6. CÓPIAS DE CNH, RG E CPF E CERTIDÕES DE NASCIMENTO DOS FILHOS;
7. ESCRITURA PÚBLICA DO IMÓVEL RESIDENCIAL; OU CERTIDÃO DE ÕNUS REAIS DO IMÓVEL;
8. ATESTADO MÉDICO COM NOME COMPLETO E CRM DO MÉDICO;
9. COMPROVANTE DE RESIDÊNCIA DO PROMOVENTE;
10. PROCURAÇÃO PÚBLICA;
11. DECLARAÇÃO DE ANUÊNCIA DOS IRMÃOS QUANTO AO PEDIDO DE CURATELA;
12. EXTRATO DE BENEFÍCIO DE APOSENTADORIA POR INVALIDEZ PREVIDENCIÁRIA;
13. CARTA DE CONCESSÃO DE APOSENTADORIA ;
14. CERTIDÃO DE CASAMENTO;
15. DOCUMENTOS DE IDENTIDADE DO INTERDITANDO.
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