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MODELO AÇÃO DE CURATELA (INTERDIÇAO) COM PEDIDO DE CURATELA PROVISÓRIA

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EXCELENTISSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE “...”-UF.
AÇÃO DE CURATELA (INTERDIÇAO) C/PEDIDO DE CURATELA PROVISÓRIA
“...” (nome da pessoa que está pedindo a curatela), brasileiro(a), estado civil C, profissão “...”, inscrito(a) no CPF sob o n° “...”, portador(a) do RG n° “...” SSP/UF, residente e domiciliado(a) na “...”, bairro “...”, “...”/UF, CEP “...”, endereço eletrônico: “...”, telefone: (..)“...”, vem por intermédio de seu procurador advogado “...”, inscrito na OAB/UF sob n° “...”, endereço eletrônico “...”, com endereço profissional na rua “...”, n° “...”, Bairro “...”, Cidade/UF, CEP “...”, devidamente habilitado nos autos, conforme instrumento de mandato, de acordo com o art. 105, CPC/15propor perante Vossa Excelência a presente 
AÇÃO DE CURATELA (INTERDIÇÃO) C/PEDIDO DE CURATELA PROVISÓRIA
em face de “...” (nome da pessoa que será curatelada), brasileiro(a), estado civil “...”, profissão “...”, inscrito(a) no CPF sob o n° “...”, portador(a) do RG n° “...” SSP/UF, residente e domiciliado(a) na “...”, bairro “...”, “...”/UF, CEP “...”, endereço eletrônico: “...”, telefone: (..)“...”, pelos fatos e fundamentos que passa a expor:
DA JUSTIÇA GRATUITA
Inicialmente a parte autora declara-se pobre na forma da lei tendo em vista não ter condições de arcar com as custas e demais despesas processuais sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família.
Assim, requer preliminarmente os benefícios da gratuidade judiciária (artigo 3º da lei nº 1.060/50), tendo em vista enquadra-se na situação legal prevista para sua concessão (artigo 4º da lei nº 1.060/50 e artigo 98 caput §1º, §5º do CPC).
DOS FATOS
A autora é “...” (nome da pessoa que está pedindo a curatela), portadora do CPF: “...”.
A Sra. “...” (nome da pessoa que será curatelada), (relatar o caso concreto, estado civil, filhos, se possui bens).
Ademais é titular de (se possui algum benefício, pensão, rendimentos) benefício assistencial/previdenciário junto ao (INSS), NB n.º “...”. no valor mensal de R$ “...”.,00 (...).
Em data “...”. a Sra. “...” foi acometida da doença “...”., CID-“...”. (descrever a doença conforme caso concreto) que lhe infringiu desde “...”. impedimento de longo prazo de natureza física/mental/intelectual/sensorial consistente no estado de “...”. enfrentando há certo tempo, estando na atualidade incontestavelmente acentuado.
No caso em análise, recomenda-se a adoção da medida protetiva extraordinária de submissão á curatela, pois a deficiência da curatelada obstrui a sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas e afeta a prática de atos relacionados ao exercício de direitos de natureza patrimonial/negocial tais como: (A) saque do benefício assistencial/previdenciário; B) aquisição e venda de bens/produtos; (C) contratação/rescisão de serviços e (D) quitação/assunção de dívidas. 
Ressalte-se ainda que a curatela deve ser atribuída ao (à) autor(a), pois é pessoa proba, (descrever no caso concreto) (Ex.: que já exerce os cuidados com saúde/segurança, alimentar/administração patrimonial da deficiente, sendo a pessoa que melhor atende aos seus interesses).
Registre-se que o pleito autoral conta com a concordância dos demais filhos, consignadas nos documentos em anexo/inquiridas no curso do processo.
Em razão disso, ingressa com a presente ação objetivando tutela jurisdicional que defira a submissão da ré à curatela, nomeando o(a) autor(a) seu(sua) curador(a) o qual exercer em nome do(a) curatelado(a) os atos relacionados ao exercício de direitos de natureza patrimonial/negocial adiante elencados: (I) saque do benefício assistencial/previdenciário: (II) aquisição de bens/produtos de primeira necessidade; (III) contratação de serviços/tratamentos destinados a promover a melhora da condição de saúde/vida o(a) curatelado(a) e (IV) pagamento de despesas essenciais e quitação de dívidas contraída anteriormente até que o(a) curatelado(a) reconquiste a autonomia para a prática de tais atos em igualdade de condições com as demais pessoas da sociedade. 
I. DA LEGITIMIDADE ATIVA
A legitimidade para o ajuizamento de ação de interdição é prevista nos artigos1. 768 e 1.769 do Código Civil (modificados pela Lei nº 13.146/2015- Estatuto da Pessoa com Deficiência), sic:
Art. 1.768. O processo que define os termos da curatela deve ser promovido: 
I – pelos pais ou tutores;
II – pelo cônjuge, ou por qualquer parente;
III – pelo Ministério Público;
IV – pela própria pessoa.
O artigo 747 do Código de Processo Civil estabelece:
Art. 747. A interdição pode ser promovida:
I – pelo cônjuge ou companheiro;
II – pelos parentes ou tutores;
III – pelos representantes da entidade em que se encontra abrangido o interditando;
IV – pelo Ministério Público.
Parágrafo único. A legitimidade deverá ser comprovada por documentação que acompanhe a petição inicial.
No caso em análise a autora é “...”, filha (conforme caso concreto) da Sra. “...” conforme prova documental em anexo, tendo legitimidade ativa para ingressar com a presente ação.
II. DA DEFICIENCIA
Os artigos 3° e 4° do Código Civil, após a modificação efetuada pela Lei n° 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência) estabelecem: 
Art. 3°. São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos.
Art. 4°. São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer:
I – Os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
II – os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
III – aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;
IV – os pródigos.
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial.
O artigo 1.767 do Código Civil estabelece o rol de sujeitos à curatela, sic: 
Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela: 
I – aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade;
III – os ébrios habituais e os viciados em tóxico;
V – os pródigos.
Os artigos 2° e os artigos 84 a 86 da Lei n° 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência) estabelecem: 
Art. 2o Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas.
§ 1o A avaliação da deficiência, quando necessária, será biopsicossocial, realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar e considerará: (Vigência)
I - os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo;
II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais;
III - a limitação no desempenho de atividades; e
IV - a restrição de participação.
No caso em análise a curatelada foi acometida da doença de “...”, CID-“...”, que lhe infringiu desde “...”, impedimento de longo prazo de natureza física/mental/intelectual/sensorial consistente no estado de demência enfrentado pelo(a) interditado(a) há certo tempo, estando na atualidade incontestavelmente acentuado.
Diante de tal quadro, resta evidente a ausência de discernimento e impossibilidade física da interditada para os atos da vida civil, sobretudo os de natureza de cuidados físicos e pessoais bem como os de conteúdo patrimonial.
Assim enquadra-se claramente na condição de deficiente, sendo merecedor da proteção legal.
III. DA NECESSIDADE E LIMITES DE CURATELA
Os artigos 84 e 85 da Lei 13.146/2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência) estabelecem, sic: 
Art. 84. A pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao exercício de sua capacidade legal em igualdade de condições com as demais pessoas.
§ 1o Quando necessário, a pessoa com deficiência será submetida à curatela, conforme a lei.
§ 2o É facultado à pessoa com deficiência a adoção de processo de tomada de decisão apoiada.
§ 3o A definição de curatela de pessoa com deficiência constitui medida protetiva extraordinária, proporcional às necessidades e às circunstâncias de cada caso, e durará o menortempo possível.
§ 4o Os curadores são obrigados a prestar, anualmente, contas de sua administração ao juiz, apresentando o balanço do respectivo ano.
Art. 85. A curatela afetará tão somente os atos relacionados aos direitos de natureza patrimonial e negocial.
§ 1o A definição da curatela não alcança o direito ao próprio corpo, à sexualidade, ao matrimônio, à privacidade, à educação, à saúde, ao trabalho e ao voto.
§ 2o A curatela constitui medida extraordinária, devendo constar da sentença as razões e motivações de sua definição, preservados os interesses do curatelado.
O artigo 1.772 caput e 1.778 do Código Civil estabelecem
Art. 1.772.  O juiz determinará, segundo as potencialidades da pessoa, os limites da curatela, circunscritos às restrições constantes do art. 1.782, e indicará curador.
Parágrafo único.  Para a escolha do curador, o juiz levará em conta a vontade e as preferências do interditando, a ausência de conflito de interesses e de influência indevida, a proporcionalidade e a adequação às circunstâncias da pessoa. 
Art. 1.778. A autoridade do curador estende-se à pessoa e aos bens dos filhos do curatelado, observado o art. 5o.
Os artigos 755, inciso I e 757 do Novo Código de Processo Civil estabelecem: 
Art. 755. Na sentença que decretar a interdição, o juiz:
I - nomeará curador, que poderá ser o requerente da interdição, e fixará os limites da curatela, segundo o estado e o desenvolvimento mental do interdito;
Art. 757. A autoridade do curador estende-se à pessoa e aos bens do incapaz que se encontrar sob a guarda e a responsabilidade do curatelado ao tempo da interdição, salvo se o juiz considerar outra solução como mais conveniente aos interesses do incapaz.
No caso em análise o(a) curatelado(a) apresenta de longo prazo de natureza física/mental/intelectual/sensorial consistente no estado de demência enfrentando há certo tempo, estando na atualidade incontestavelmente acentuado. Diante da evidente ausência de discernimento e impossibilidade física do(a) interditado(a) para os atos da vida civil, sobretudo os de natureza de cuidados físicos e pessoais bem como os de conteúdo patrimonial, o que obstrui a sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas e afeta a prática de atos relacionados ao exercício de direitos de natureza patrimonial/negocial tais como: (A) saque do benefício assistencial/previdenciário; B) aquisição e venda de bens/produtos; (C) contratação/rescisão de serviços e (D) quitação/assunção de dívidas. 
Assim, recomenda-se a adoção da medida protetiva extraordinária de submissão à curatela a incidir sobre atos relacionados ao exercício de direitos de natureza patrimonial/negocial tais como: (I) saque do benefício assistencial/previdenciário: (II) aquisição de bens/produtos; (III) contratação/rescisão de serviços e (IV) quitação/assunção de dívidas.
IV. DA CURADORA 
O artigo 1.772, parágrafo único, 1.755 e 1755-A do Código Civil (modificados pela Lei n° 13.146/2015 – Estatuto da Pessoa com Deficiência) estabelecem:
Art. 1.772. O juiz determinara, segundo as potencialidades da pessoa, os limites da curatela, circunscritos às restrições constantes do art. 1, 782, indicará curador. 	
Parágrafo único. Para a escolha do curador, o juiz levará em conta a vontade e as preferências do interditando, a ausência de conflito de interesses e de influência indevida, a proporcionalidade e a adequação às circunstâncias da pessoa. 
Art.1.775. O cônjuge ou companheiro, não separado judicialmente ou de fato, é, de direito, curador do outro, quando interdito.
§ 1° Na falta de cônjuge ou companheiro, é curador legítimo o pai ou a mãe; na falta destes, o descendente que se demonstrar mais apto.
§ 2° Entre os descendentes, os mais próximos precedem aos mais remotos.
§ 3° Na falta das pessoas mencionadas neste artigo, compete ao juiz a escolha do curador.
Art.1.775-A. Na nomeação de curador para a pessoa com deficiência, o juiz poderá estabelecer curatela compartilhada a mais de uma pessoa.
O artigo 755, §1° do Novo Código de Processo Civil estabelece, (...) §1° A curatela deve ser atribuída a quem melhor possa atender aos interesses do curatelado.
No caso em análise, a curatela deve ser atribuída ao (à) autor(a), pois é pessoa proba, (descrever no caso concreto) (Ex.: que já exerce os cuidados com saúde/segurança, alimentar/administração patrimonial da deficiente, sendo a pessoa que melhor atende aos seus interesses). senda a pessoa que melhor atende aos interesses do(a) curatelado(a) e não possui conflito de interesses com o(a) deficiente.
V. DO RITO PROCESSUAL
Os artigos 749 e seguintes do Novo Código de Processo Civil estabelecem:
Art. 749. Incumbe ao autor, na petição inicial, especificar os fatos que demonstram a incapacidade do interditando para administrar seus bens e, se for o caso, para praticar atos da vida civil, bem como o momento em que a incapacidade se revelou.
Parágrafo único. Justificada a urgência, o juiz pode nomear curador provisório ao interditando para a prática de determinados atos.
Art. 750. O requerente deverá juntar laudo médico para fazer prova de suas alegações ou informar a impossibilidade de fazê-lo. 
Art.751. O interditando será citado para, em dia designado, comparecer perante o juiz, que o entrevistará minuciosamente acerca de sua vida, negócios, bens, vontades, preferências e laços familiares e afetivos e sobre o que mais lhe parecer necessário para convencimento quanto à sua capacidade para praticar atos da vida civil, devendo ser reduzidas a termo as perguntas e respostas.
§1° Não podendo o interditando deslocar-se, o juiz o ouvirá no local onde estiverem.
§2° A entrevista poderá ser acompanhada por especialista.
§3° Durante a entrevista, é assegurado o emprego de recursos tecnológicos capazes de permitir ou de auxiliar o interditando a expressar suas vontades e preferências e a responder às perguntas formuladas. 
§4° A critério do juiz, poderá ser requisitada a oitiva de parentes e de pessoas próximas.
Art. 752. Dentro do prazo de 15 (quinze) dias contado da entrevista, o interditando poderá impugnar o pedido.
§1° O Ministério Público intervirá como fiscal da ordem jurídica.
§2° O interditando poderá constituir advogado, e, caso não faça, deverá ser nomeado curador especial.
§3°Caso o interditando não constituía advogado, o seu cônjuge, companheiro ou qualquer parente sucessível poderá intervir como assistente.
Art. 753. Decorrido o prazo previsto no art. 752, o juiz determinará a produção de prova pericial para avaliação da capacidade do interditando para praticar atos da vida civil.
§1° A perícia pode ser realizada por equipe composta por expertos com formação multidisciplinar.
§2°O laudo pericial indicará especificadamente, se for o caso, os atos para os quais haverá necessidade de curatela.
Art.754. Apresentado o laudo, produzidas as demais provas e ouvidos os interessados, o juiz proferirá sentença.
Art. 755. Na sentença que decretar a interdição, o juiz:
 I - Nomeará curador, que poderá ser o requerente da interdição, e fixará os limites da curatela, segundo o estado e o desenvolvimento mental do interdito I
I - Considerará as características pessoais do interdito, observando suas potencialidades, habilidades, vontades e preferências.
§1° A curatela deve ser atribuída a quem melhor possa atender aos interesses do curatelado.
§2° Havendo, ao tempo da interdição, pessoa incapaz sob a guarda e a responsabilidade do interdito, o juiz atribuirá a curatela a quem melhor puder atender aos interesses do interdito e do incapaz.
§3° A sentença de interdição será inscrita no registro de pessoas naturais e imediatamente publicada na rede mundial de computadores, no sitio do tribunal a que estiver vinculado o juízo e na plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça, onde permanecerá por 6 (seis) meses, na imprensa local, 1 (uma) vez, e no órgão oficial, por 3 (três) vezes, com intervalo de 10 (dez) dias, constando do edital os nomes do interdito e do curador, a causa da interdição, os limites da curatelae, não sendo total a interdição, os atos que o interdito poderá praticar autonomamente.
Art. 757. A autoridade do curador estende-se à pessoa e aos bens do incapaz que se encontrar sob a guarda e a responsabilidade do curatelado ao tempo da interdição, salvo se o juiz considerar outra solução como mais conveniente aos interesses do incapaz.
Art.758. O curador deverá buscar tratamento e apoio apropriados à conquista da autonomia pelo interdito.
Art. 759. O tutor ou o curador será intimado a prestar compromisso no prazo de 5 (cinco) dias contado da: 
I-nomeação feita em conformidade com a lei;
II - intimação do despacho que mandar cumprir o testamento ou o instrumento público que houver instituído.
§1° O tutor ou o curador prestará o compromisso por termo em livro rubricado pelo juiz.
§2° Prestado o compromisso, o tutor ou o curador assume a administração dos bens do tutelado ou interditado.
Art.760. O tutor ou curador poderá eximir-se do encargo apresentando escusa ao juiz no prazo de 5 (cinco) dias contado:
I- antes de aceitar o encargo, da intimação para prestar compromisso;
II - depois de entrar em exercício, do dia em que sobrevier o motivo da escusa.
§1° Não sendo requerida a escusa no prazo estabelecido neste artigo, considerar-se-á renunciado o direito de alegá-la.
§2°O juiz decidirá de pleno o pedido de escusa, e, não o admitindo, exercerá o nomeado a tutela ou a curatela enquanto não for dispensado por sentença transitada em julgado.
Embora a lei de caráter material, o Código Civil (modificados pela Lei nº 13.146/2015 – Estatuto da Pessoa com Deficiência), contempla algumas disposições procedimentais em seus artigos 1.771 e seguintes, sic:
Art. 1771. Antes de se pronunciar acerca dos termos da curatela, o juiz, que deverá ser assistido por equipe multidisciplinar, entrevistará pessoalmente o interditando.
Art. 1772. O juiz determinará, segundo as potencialidades da pessoa, os limites da curatela, circunscritos às restrições constantes do art. 1.782, e indicará curador.
Parágrafo único. Para a escolha do curador, o juiz levará em conta a vontade e as preferências do interditando, a ausência de conflito de interesses e de influência indevida, a proporcionalidade e a adequação às circunstâncias da pessoa.
Art. 1.773. A sentença que declara a interdição produz efeitos desde logo, embora sujeita a recurso.
VI. DA CURATELA PROVISÓRIA
O artigo 87 da Lei nº 13.146/15 (Estatuto da Pessoa com Deficiência) estabelece: 
Art. 87. Em casos de relevância e urgência e a fim de proteger os interesses da pessoa com deficiência em situação de curatela, será lícito ao juiz, ouvido o Ministério Público, de oficio ou a requerimento do interessado, nomear, desde logo curador provisório, o qual estará sujeito, no que couber, às disposições do Código de Processo Civil.
O artigo 749, parágrafo único do Novo Código de Processo Civil estabelece: 
Art. 749. (...)
Parágrafo único. Justificada a urgência, o juiz pode nomear curador provisório ao interditando para a prática de determinados atos.
O artigo 1.771 do Código Civil (modificado pela Lei nº 13.146/25015- Estatuto da Pessoa com Deficiência) estabelece, “Antes de se pronunciar acerca dos termos da curatela, o juiz, que deverá ser assistido por equipe multidisciplinar, entrevistará pessoalmente o interditando”.
No caso em análise, o deferimento de CURATELA PROVISÓRIA é medida relevante, pois	 é urgente que se impõe diante do fato notório, da doença do(a) interditado(a), e de sua total dependência, o(a) requerente, além de auxiliár em tudo o que é relacionado à vida prática como se alimentar, tomar banho, se vestir e etc., também é responsável por levá-lo(la) ao médico e resolver os problemas da vida civil. 
O(A) requerente destaca no caso a busca, acima de tudo, da preservação, da proteção e da dignidade do(a) próprio(a) interditado(a), face às evidentes necessidades existenciais do(a) mesmo(a) e de sua idade avançada, “...” anos, representando o presente instrumento um meio adequado para a satisfação de seus reais interesses de uma vida digna.
 
DOS PEDIDOS
Assim, requer a Vossa Excelência:
1. O recebimento da inicial com a qualificação apresentada (cf. artigo 319, inciso II, e §2º e 3º do CPC/15);
2. O processamento da ação sob segredo de justiça (cf. artigo 189, inciso I do CPC/15) e durante as férias forenses (cf. artigo 215, inciso I do CPC/15);
3. O deferimento da gratuidade judiciária integral para todos os atos processuais (cf. artigo 98, caput e §1º e §5º do CPC/15);
4. A citação do(a) curatelado(a) para comparecer em dia designado a ser entrevistado(a) pessoalmente pelo (a) juiz (a) auxiliado (a) por equipe multidisciplinar (cf. artigo 751, caput do CPC/15 c/c artigo 1.771 do CC/02); devendo o (a) juiz (a) ir ao seu encontro e ouvi-la onde estiver caso não lhe seja possível deslocar-se (cf. artigo 751, §1º do CPC/15);
5. A intimação do Ministério Público Estadual para manifestar-se previamente acerca da curatela provisória (cf. artigo 87 do Estatuto da Pessoa com Deficiência);
6. O deferimento de CURATELA PROVISÓRIA autorizando o(a) autor(a) a praticar em nome do(a) curatelado(a) atos relacionados ao exercício de direitos de natureza patrimonial/negocial tais como (A) saque do benefício assistencial/previdenciário; (B) aquisição e venda de bens/produtos; (C) contratação/rescisão de serviços e (D) quitação/assunção de dívidas, no curso do processo ou até que o(a) curatelado(a) reconquiste autonomia para a prática de tais atos em igualdade de condições com as demais pessoas da sociedade atestado por alta médica (cf. artigo87 do Estatuto da Pessoa com Deficiência c/c artigo 749, parágrafo único do CPC/15 c/c artigo 1.771 do CC/02); 
7. A nomeação de curador especial caso o(a) curatelado(a) não apresente impugnação ao pedido de praxe de 15 dias contados da entrevista ou declare não possuir condições para contratação de advogado, devendo em ambos os casos o mumus recair sobre o Defensor(a) Público(a) Estadual (cf. artigo 751, §2º c/c artigo 72 do CPC/15);
8. A realização da perícia médica devendo o laudo pericial indicar, se atestada a deficiência, os atos para os quais haverá necessidade de curatela (cf. artigo 753, §2ª do CPC/15);
9. A realização de audiência de instrução para oitiva das testemunhas indicadas devendo o(a) autor(a) ser intimado(a) pessoalmente da data de sua realização em virtude de ser assistida por Defensor(a) Público(a) Estadual (cf. artigo 186 §2ª do CPC/15);
10. A intimação do Ministério Público Estadual para emitir parecer final na condição de fiscal da ordem jurídica (cf. artigo 752, §1ª do CPC/15);
11. Ao final proferir sentença de resolução de mérito no sentido de:
11.1) reconhecer que “...” encontra-se na condição de deficiente, pois apresenta desde “...” impedimento de longo prazo de natureza física/mental/intelectual/sensorial consistente em acometimento da doença de “...”, CID-“...”;
11.2) declarar que o impedimento de longo prazo de física/mental/intelectual/sensorial apresentado por “...” obstrui a participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas e afeta a prática de atos relacionados ao exercício de direitos de natureza patrimonial/negocial tais como: (A) saque do benefício assistencial/previdenciário; B) aquisição e venda de bens/produtos; (C) contratação/rescisão de serviços e (D) quitação/assunção de dívidas; 
11.3) determinar que “...” seja submetida à CURATELA, nomeando o(a) autor(a) seu (sua) curador(a);
11.4) fixar os LIMITES DA CURATELA no sentido de autorizar o(a) curador(a) a exercer em nome do(a) curatelado(a) os atos relacionados ao exercício de direitos de natureza patrimonial/negocial adiante elencados:
(I) saque do benefício assistencial/previdenciário;
(II) aquisição de bens/produtos de primeira necessidade;
(III) contratação de serviços/tratamentos destinados a promover a melhora da condição de saúde/vida da curatelada e conquista de sua autonomia;
(IV) pagamento de despesas essenciais e quitação de dívidas contraídas anteriormente.
11.5) fixar como PRAZO FINALDE CURATELA o dia em que o impedimento de longo prazo de natureza física/mental/intelectual/sensorial cesse/diminua a ponto de o(a) curatelado(a) poder exercer de forma autônoma em igualdade de condições com as demais pessoas da sociedade os atos relacionados ao exercício de direitos de natureza patrimonial/negocial anteriormente especificados atestado por alta médica;
Protesta provar o alegado por todos os meios de provas admitidas em direito, notadamente depoimento pessoal das partes, oitiva de testemunhas, exame pericial e juntada posterior de documentos.
Atribui à causa o valor de alçada.
Termos em que pede deferimento.
Local/UF, __ de ___________ de “...”.
_______________________________
Advogado “...”
OAB/UF “...”
ROL DE TESTEMUNHAS:
1. “...” (nome completo), “...” (endereço completo), bairro “...”, “...”/UF. CEP: “...”. CPF “...”. “...” (documento de identidade).
2. “...” (nome completo), “...” (endereço completo), bairro “...”, “...”/UF. CEP: “...”. CPF “...”. “...” (documento de identidade).
3. “...” (nome completo), “...” (endereço completo), bairro “...”, “...”/UF. CEP: “...”. CPF “...”. “...” (documento de identidade).
4. “...” (nome completo), “...” (endereço completo), bairro “...”, “...”/UF. CEP: “...”. CPF “...”. “...” (documento de identidade).
 
 
 
 
EXCELENTISSIMO(A)
 
SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª 
VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE 
“...”
-
UF
.
 
 
 
 
AÇÃO DE CURATELA (INTERDIÇAO)
 
C/PEDIDO DE CURATELA PROVISÓRIA
 
 
 
 
“...”
 
(nome da pessoa que está pedindo a curatela)
, brasileir
o(
a
)
, 
estado civil 
C
, 
profissão 
“...”
, 
inscrit
o(
a
)
 
no CPF sob o n° 
“...”
, portador
(
a
)
 
do RG n° 
“...”
 
SSP/
UF
, residente e domiciliad
o(
a
)
 
na 
“...”
, 
bairro 
“...”
, 
“...”
/
UF
, CEP 
“...”
, endereço 
eletrônico
: 
“...”
,
 
telefone
: 
(
..
)
“...”
, 
vem 
por 
intermédio de seu procurador advogado 
“...”
, inscrito na OAB/UF sob n° 
“...”
, endereço 
eletrônico “...”, com endereço profissional na rua 
“...”,
 
n° 
“...”,
 
Bairro 
“...”,
 
Cidade/UF, CEP 
“...”
, 
devidamente habilitado nos autos, conforme instrumento de mandato, de acordo com o art. 105, 
CPC/15
propor perante
 
Vossa Excelência a present
e 
 
 
AÇÃO DE CURATELA (INTERDIÇÃO) C/PEDIDO DE CURATELA PROVISÓRIA
 
 
em face de 
“...” (nome da pessoa que será 
curatelada)
, 
brasileiro(a), estado civil 
“...”
, profissão 
“...”
, inscrito(a) no CPF sob o n° 
“...”
, portador(a) do RG n° 
“...”
 
SSP/
UF
, residente e 
domiciliado(a) na 
“...”
, bairro 
“...”
, 
“...”
/UF, CEP 
“...”
, endereço eletrônico: 
“...”
, telefone
: 
(..)
“...”
,
 
pe
los fatos
 
e 
fundamentos que passa a expor:
 
 
DA JUSTIÇA GRATUITA
 
 
 
 
 
EXCELENTISSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ª 
VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE “...”-UF. 
 
 
 
AÇÃO DE CURATELA (INTERDIÇAO) C/PEDIDO DE CURATELA PROVISÓRIA 
 
 
 
“...” (nome da pessoa que está pedindo a curatela), brasileiro(a), estado civil C, profissão “...”, 
inscrito(a) no CPF sob o n° “...”, portador(a) do RG n° “...” SSP/UF, residente e domiciliado(a) 
na “...”, bairro “...”, “...”/UF, CEP “...”, endereço eletrônico: “...”, telefone: (..)“...”, vem por 
intermédio de seu procurador advogado “...”, inscrito na OAB/UF sob n° “...”, endereço 
eletrônico “...”, com endereço profissional na rua “...”, n° “...”, Bairro “...”, Cidade/UF, CEP “...”, 
devidamente habilitado nos autos, conforme instrumento de mandato, de acordo com o art. 105, 
CPC/15propor perante Vossa Excelência a presente 
 
AÇÃO DE CURATELA (INTERDIÇÃO) C/PEDIDO DE CURATELA PROVISÓRIA 
 
em face de “...” (nome da pessoa que será curatelada), brasileiro(a), estado civil “...”, profissão 
“...”, inscrito(a) no CPF sob o n° “...”, portador(a) do RG n° “...” SSP/UF, residente e 
domiciliado(a) na “...”, bairro “...”, “...”/UF, CEP “...”, endereço eletrônico: “...”, telefone: 
(..)“...”, pelos fatos e fundamentos que passa a expor: 
 
DA JUSTIÇA GRATUITA

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