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ENFERMAGEM DO TRABALHO 
 
 
ENFERMAGEM DO TRABALHO 
 
 
 
 
 
 
 
 
SÃO PAULO - SP 
2020 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. A SAÚDE DO TRABALHADOR ................................................................................3 
1.2 BASES LEGAIS PARA AS AÇÕES DE SAÚDE DO TRABALHADOR. ..............3 
2. SITUAÇÃO DE SAÚDE DOS TRABALHADORES NO BRASIL. .......................... 4 
3. O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE. ..........................................................7 
4. HISTÓRIA DA ENFERMAGEM DO TRABALHO. ..................................................7 
5. COMPOSIÇÃO DO SESMT – NR 4. ...........................................................................8 
 6. ATIVIDADES DE ENFERMAGEM NOS DIFERENTES NÍVEIS DE ATUAÇÃO............13 
7. ATIVIDADES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM....................................................14 
8. ÁREA FÍSICA, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS – SESMT.................................16 
 9. MANUAIS E PROCEDIMENTOS OPERACIONAI PADRÃO – POP....................16 
 10. PRONTUÁRIOS E ARQUIVOS................................................................................17 
 11. ABSENTEÍSMO ........................................................................................................17 
 12. PROGRAMAS DE SAÚDE.......................................................................................19 
 13. PRIMEIROS SOCORROS ........................................................................................20 
 14. EXAMES OCUPACIONAIS.....................................................................................20 
 15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................23 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.A SAÚDE DO TRABALHADOR 
A Saúde do Trabalhador constitui uma área da Saúde Pública que tem como objeto de estudo e 
intervenção as relações entre o trabalho e a saúde. Tem como objetivos a promoção e a proteção da saúde do 
trabalhador, por meio do desenvolvimento de ações de vigilância dos riscos presentes nos ambientes e 
condições de trabalho, dos agravos à saúde do trabalhador e a organização. 
Entre os determinantes da saúde do trabalhador estão compreendidos os condicionantes sociais, 
econômicos, tecnológicos e organizacionais responsáveis pelas condições de vida e os fatores de risco 
ocupacionais – físicos, químicos, biológicos, e aqueles decorrentes da organização laboral, ergonômicos – 
presentes nos processos de trabalho. Assim, as ações de saúde do trabalhador têm como foco as mudanças 
nos processos de trabalho que contemplem as relações saúde-trabalho em toda a sua complexidade, por meio 
de uma atuação multiprofissional, interdisciplinar e intersetorial. 
Os trabalhadores, individual e coletivamente nas organizações, são considerados sujeitos e partícipes 
das ações de saúde, que incluem: o estudo das condições de trabalho, a identificação de mecanismos de 
intervenção técnica para sua melhoria e adequação e o controle dos serviços de saúde prestados. 
 
 
1.2 BASES LEGAIS PARA AS AÇÕES DE SAÚDE DO TRABALHADOR 
A saúde do trabalhador é definida como “um conjunto de atividades que se destina, por meio das 
ações de vigilância epidemiológica e vigilância sanitária, à promoção e proteção da saúde do trabalhador, 
assim como visa à recuperação e à reabilitação dos trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos 
das condições de trabalho: 
 
 
o Assistência ao trabalhador vítima de acidente de trabalho ou portador de doença profissional e do 
trabalho; 
o Participação em estudos, pesquisas, avaliação e controle dos riscos e agravos potenciais à saúde 
existentes no processo de trabalho; 
o Participação na normatização, fiscalização e controle das condições de produção, extração, 
armazenamento, transporte, distribuição e manuseio de substâncias, de produtos, de máquinas e de 
equipamentos que apresentam riscos à saúde do trabalhador; 
o Avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde; 
o A informação ao trabalhador, à sua respectiva entidade sindical e às empresas sobre os riscos de acidente 
de trabalho, doença profissional e do trabalho, bem como os resultados de fiscalizações, avaliações 
ambientais e exames de saúde, de admissão, periódicos e de demissão, respeitados os preceitos da ética 
profissional; 
o Revisão periódica da listagem oficial de doenças originadas no processo de trabalho; 
 
2. SITUAÇÃO DE SAÚDE DOS TRABALHADORES NO BRASIL 
No Brasil, as relações entre trabalho e saúde do trabalhador conformam um mosaico, coexistindo 
múltiplas situações de trabalho caracterizadas por diferentes estágios de incorporação tecnológica, diferentes 
formas de organização e gestão, relações e formas de contrato de trabalho, que se refletem sobre o viver, o 
adoecer e o morrer dos trabalhadores. 
Essa diversidade de situações de trabalho, padrões de vida e de adoecimento tem se acentuado em 
decorrência das conjunturas política e econômica. O processo de reestruturação produtiva, em curso 
acelerado no país a partir da década de 90, tem consequências, ainda pouco conhecidas, sobre a saúde do 
trabalhador, decorrentes da adoção de novas tecnologias, de métodos gerenciais e da precarização das 
relações de trabalho. 
A precarização do trabalho caracteriza-se pela desregulamentação e perda de direitos trabalhistas e 
sociais, a legalização dos trabalhos temporários e da informalização do trabalho. Como consequência, 
podem ser observados o aumento do número de trabalhadores autônomos e subempregados e a fragilização 
das organizações sindicais e das ações de resistência coletiva e/ou individual dos sujeitos sociais. A 
terceirização, no contexto da precarização, tem sido acompanhada de práticas de intensificação do trabalho 
e/ou aumento da jornada de trabalho, com acúmulo de funções, maior exposição a fatores de riscos para a 
saúde, descumprimento de regulamentos de proteção à saúde e segurança, rebaixamento dos níveis salariais 
 
 
e aumento da instabilidade no emprego. Tal contexto está associado à exclusão social e à deterioração das 
condições de saúde. 
A adoção de novas tecnologias e métodos gerenciais facilita a intensificação do trabalho que, aliada à 
instabilidade no emprego, modifica o perfil de adoecimento e sofrimento dos trabalhadores, expressando-se, 
entre outros, pelo aumento da prevalência de doenças relacionadas ao trabalho, como as Lesões por Esforços 
Repetitivos (LER), também denominadas de Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho 
(DORT); o surgimento de novas formas de adoecimento mal caracterizadas, como o estresse e a fadiga física 
e mental e outras manifestações de sofrimento relacionadas ao trabalho. Configura, portanto, situações que 
exigem mais pesquisas e conhecimento para que se possa traçar propostas coerentes e efetivas de 
intervenção. 
Embora as inovações tecnológicas tenham reduzido a exposição a alguns riscos ocupacionais em 
determinados ramos de atividade, contribuindo para tornar o trabalho nesses ambientes menos insalubre e 
perigoso, constata-se que, paralelamente, outros riscos são gerados. 
Tradicionalmente, a atividade rural é caracterizada por relações de trabalho à margem das leis 
brasileiras, não raro com a utilização de mão-de-obra escrava e, frequentemente, do trabalho de crianças e 
adolescentes. A contratação de mão-de-obra temporária para os períodos da colheita gera o fenômeno dos 
trabalhadores bóia-frias, que vivem na periferia das cidades de médio porte e aproximam os problemas dos 
trabalhadores rurais aos dos urbanos. 
 
Por outro lado, questões próprias do campo da Saúde do Trabalhador, como os acidentes de trabalho, 
conectam-se intrinsecamente com problemas vividos hoje pela sociedade brasileira nos grandes centros 
urbanos. As relações entre mortes violentas e acidentes de trabalho tornam-secada vez mais estreitas. O 
desemprego crescente e a ausência de mecanismos de amparo social para os trabalhadores que não 
conseguem se inserir no mercado de trabalho contribuem para o aumento da criminalidade e da violência. 
As relações entre trabalho e violência têm sido enfocadas em múltiplos aspectos: contra o trabalhador 
no seu local de trabalho, representada pelos acidentes e doenças do trabalho; a violência decorrente de 
 
 
relações de trabalho deterioradas, como no trabalho escravo e de crianças; a violência decorrente da 
exclusão social agravada pela ausência ou insuficiência do amparo do Estado; a violência ligada às relações 
de gênero, como o assédio sexual no trabalho e aquelas envolvendo agressões entre pares, chefias e 
subordinados. 
A violência urbana e a criminalidade estendem-se, crescentemente, aos ambientes e atividades de 
trabalho. Situações de roubo e assaltos a estabelecimentos comerciais e industriais, que resultam em 
agressões a trabalhadores, por vezes fatais, têm aumentado exponencialmente, nos grandes centros urbanos. 
Entre bancários, por exemplo, tem sido registrada a ocorrência da síndrome de estresse pós-traumático em 
trabalhadores que vivenciaram situações de violência física e psicológica no trabalho. Também têm crescido 
as agressões a trabalhadores de serviços sociais, de educação e saúde e de atendimento ao público, como 
motoristas e trocadores. A violência no trabalho adquire uma feição particular entre os policiais e vigilantes 
que convivem com a agressividade e a violência no cotidiano. Esses trabalhadores apresentam problemas de 
saúde e sofrimento mental que guardam estreita relação com o trabalho. A violência também acompanha o 
trabalhador rural brasileiro e decorre dos seculares problemas envolvendo a posse da terra. 
No conjunto das causas externas, os acidentes de transporte relacionados ao trabalho, acidentes 
típicos ou de trajeto, destacam-se pela magnitude das mortes e incapacidade parcial ou total, permanente ou 
temporária, envolvendo trabalhadores urbanos e rurais. Na área rural, a precariedade dos meios de 
transporte, a falta de uma fiscalização eficaz e a vulnerabilidade dos trabalhadores têm contribuído para a 
ocorrência de um grande número de acidentes de trajeto. 
De modo esquemático, pode-se dizer que o perfil de morbimortalidade dos trabalhadores caracteriza-
se pela coexistência de agravos que têm relação direta com condições de trabalho específicas, como os 
acidentes de trabalho típicos e as doenças profissionais; as doenças relacionadas ao trabalho, que têm sua 
frequência, surgimento e/ou gravidade modificadas pelo trabalho e doenças comuns ao conjunto da 
população, que não guardam relação etiológica com o trabalho. 
As informações disponíveis sobre acidentes de trabalho através da CAT – Comunicação do Acidente 
de Trabalho - indicam o predomínio dos acidentes e doenças profissionais e/ou doenças do trabalho; muitas 
das vezes sub-notificados. 
Por princípio, a atenção à saúde do trabalhador não pode ser desvinculada daquela prestada à 
população em geral. Tradicionalmente, a assistência ao trabalhador tem sido desenvolvida em diferentes 
espaços institucionais, com objetivos e práticas distintas: 
o Pelas empresas, por meio dos Serviços Especializados em Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) 
e outras formas de organização de serviços de saúde; 
 
 
o Pelas organizações de trabalhadores; 
o Pelo Estado, ao implementar as políticas sociais públicas, em particular a de saúde, na rede pública de 
serviços de saúde; 
o Pelos planos de saúde, seguros suplementares e outras formas de prestação de serviços; 
o Pelos serviços especializados organizados no âmbito dos hospitais universitários. 
 
 
Contrariando o propósito formal para o qual foram constituídos, os SESMT operam sob a ótica do 
empregador, com pouco ou nenhum envolvimento dos trabalhadores na sua gestão. Nos setores produtivos 
mais desenvolvidos, do ponto de vista tecnológico, a competição no mercado internacional tem estimulado a 
adoção de políticas de saúde mais avançadas por exigências de programas de qualidade e certificação. A 
atenção à saúde do trabalhador exige o envolvimento de uma equipe multiprofissional em um enfoque 
interdisciplinar. 
 
3. O PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE NA ATENÇÃO À SAÚDE DOS 
TRABALHADORES 
São atribuições dos profissionais que prestam assistência ao trabalhador: 
o Assistir ao trabalhador, elaborar seu prontuário médico e fazer todos os encaminhamentos devidos; 
o Fornecer atestados e pareceres para o afastamento do trabalho sempre que necessário, considerando que 
o repouso, o acesso a terapias ou o afastamento de determinados agentes agressivos faz parte do 
tratamento; 
o Fornecer laudos, pareceres e relatórios de exame médico e dar encaminhamento, sempre que necessário, 
para benefício do paciente e dentro dos preceitos éticos, quanto aos dados de diagnóstico, prognóstico e 
tempo previsto de tratamento. Quando requerido pelo paciente, deve o médico pôr à sua disposição tudo 
o que se refira ao seu atendimento, em especial cópia dos exames e prontuário médico. 
 
 
 
 
O estabelecimento do nexo causal ou nexo técnico entre a doença e a atividade atual ou pregressa do 
trabalhador representa o ponto de partida para o diagnóstico e a terapêutica corretos, mas, principalmente, 
para a adoção de ações no âmbito do sistema de saúde, como a vigilância e o registro das informações em 
outras instituições, como, por exemplo, nas esferas dos ministérios do Trabalho e Emprego (MTE), da 
Previdência e Assistência Social, da empresa, sob a responsabilidade do empregador, do sindicato da 
categoria à qual pertence o trabalhador e do Ministério Público. 
 
4. HISTÓRIA DA ENFERMAGEM DO TRABALHO 
No Brasil a primeira escola de enfermagem foi criada e 1890 no Hospital Pedro 2º. O exercício de 
enfermagem no Brasil foi regulamentado em 1931. Em 1955 foi aprovada a Lei do exercício Profissional de 
Enfermagem no Brasil. Em 1959 aconteceu uma Conferência Internacional do Trabalho e, nesta, houve a 
recomendação de número 112 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que conceituou a Medicina 
do Trabalho, mas limitando-se a intervenção médica. Em 1963 foi incluído nos cursos médico o ensino de 
medicina do trabalho. Com a OIT as normas sobre a proteção a saúde e integridade física do trabalhador 
ganharam forças, contribuindo bastante na prevenção de acidentes e doenças do trabalho. 
O auxiliar de enfermagem do trabalho foi incluído na equipe de saúde ocupacional em 1972 pela 
portaria nº.3.237 do ministério do Trabalho. Empresas com mais de 100 empregados, centralizada ou não 
num mesmo local, a existência de um Serviço de Saúde Ocupacional, composto. Pelos seguintes 
profissionais; Médico do trabalho, Engenheiro de segurança, Técnicos em segurança e Auxiliar de 
enfermagem do trabalho. 
A enfermagem do trabalho tem, nesta área, um vasto campo para desempenhar suas funções, quer na 
prestação de assistência de enfermagem trabalhadores da empresa, quer assumindo funções administrativas, 
educativas, de integração e de pesquisa. Em 1973 criou-se o COFEN e COREN. 
 
 
 
A história da enfermagem do trabalho no Brasil é bastante recente. Inicialmente a assistência de 
enfermagem do trabalho era vista mais como atendimento emergencial na empresa, o que não valoriza 
muito. Contudo, o espaço para o desempenho profissional está se ampliando a cada dia. O primeiro curso de 
Especialização para Enfermeiros do Trabalho aconteceu em 1974 no Rio de Janeiro. 
 
5. COMPOSIÇÃO DO SESMT – NR 4 
SESMT - Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho: 
Estabelece a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas, que possuam empregados regidos pela CLT, 
de organizarem e manterem em funcionamento, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho– SESMT, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do 
trabalhador no local de trabalho. A fundamentação legal, ordinária e específica, que dá embasamento 
jurídico à existência desta NR, é o artigo 162 da CLT. 
 
 
4.1. As empresas privadas e públicas, os órgãos públicos da administração direta e indireta e dos 
poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho 
– CLT, manterão, obrigatoriamente, Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina 
do Trabalho, com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de 
trabalho. 
 
 
 
 
4.2. O dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina 
do Trabalho vincula-se à gradação do risco da, atividade principal e ao número total de empregados do 
estabelecimento. 
 
 
 
Para fins desta NR, as empresas obrigadas a constituir Serviços Especializados em Engenharia de 
Segurança e em Medicina do Trabalho deverão exigir dos profissionais que os integram comprovação de 
que satisfazem os seguintes requisitos: 
a) Engenheiro de segurança do trabalho – engenheiro ou arquiteto portador de certificado de 
conclusão de curso de especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, em nível de pós-graduação; 
b) Médico do trabalho – médico portador de certificado de conclusão de curso de especialização em 
Medicina do Trabalho, em nível de pós-graduação, ou portador de certificado de residência médica em área 
de concentração em saúde do trabalhador ou denominação equivalente, reconhecida pela Comissão Nacional 
 
 
de Residência Médica, do Ministério da Educação, ambos ministrados por universidade ou faculdade que 
mantenha curso de graduação em Medicina; 
c) Enfermeiro do trabalho – enfermeiro portador de certificado de conclusão de curso de 
especialização em Enfermagem do Trabalho, em nível de pós-graduação, ministrado por universidade ou 
faculdade que mantenha curso de graduação em enfermagem; 
d) Técnico de enfermagem do trabalho – técnico de enfermagem portador de certificado de conclusão 
de curso de qualificação de técnico de enfermagem do trabalho, ministrado por instituição especializada 
reconhecida e autorizada pelo Ministério da Educação; portador de comprovação de registro profissional 
expedido pelo Ministério do Trabalho. 
4.3. Compete aos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança 
e em Medicina do Trabalho: 
a) aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de medicina do trabalho ao ambiente de 
trabalho e a todos os seus componentes, inclusive máquinas e equipamentos, de modo a reduzir até eliminar 
os riscos ali existentes à saúde do trabalhador; 
b) determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminação do risco e este 
persistir, mesmo reduzido, a utilização, pelo trabalhador, de Equipamentos de Proteção Individual-EPI, de 
acordo com o que determina a NR 6, desde que a concentração, a intensidade ou característica do agente 
assim o exija; 
 
 
c) colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas instalações físicas e 
tecnológicas da empresa, exercendo a competência disposta; 
 
 
d) responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto ao cumprimento do disposto nas NR 
aplicáveis às atividades executadas pela empresa e/ou seus estabelecimentos; 
e) manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo de suas observações, além 
de apoiá-la, treiná-la e atendê-la, conforme dispõe a NR 5; 
 
 
 
f) promover a realização de atividades de conscientização, educação e orientação dos trabalhadores 
para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, tanto através de campanhas quanto de 
programas de duração permanente; 
 
g) esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, 
estimulando-os em favor da prevenção; 
h) analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os acidentes ocorridos na empresa ou 
estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos de doença ocupacional, descrevendo a história e as 
características do acidente e/ou da doença ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente e 
as condições do(s) indivíduo(s) portador(es) de doença ocupacional ou acidentado(s); 
 
 
i) registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho, doenças ocupacionais e 
agentes de insalubridade, devendo a empresa encaminhar um mapa contendo avaliação anual dos mesmos 
dados à Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho até o dia 31 de janeiro, através do órgão regional 
do MT; 
j) manter os registros de que tratam do dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia 
de Segurança e em Medicina do Trabalho; 
l) as atividades dos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em Engenharia de 
Segurança e em Medicina do Trabalho são essencialmente prevencionistas, embora não seja vedado o 
atendimento de emergência, quando se tornar necessário. Entretanto, a elaboração de planos de controle de 
efeitos de catástrofes, de disponibilidade de meios que visem ao combate a incêndios e ao salvamento e de 
imediata atenção à vítima deste ou de qualquer outro tipo de acidente estão incluídos em suas atividades. 
 
ATRIBUIÇÕES 
Atribuições da equipe de saúde Enfermeiro do Trabalho: O Enfermeiro do Trabalho, presta 
assistência e cuidados de Enfermagem a empregados, promovendo e zelando pela sua saúde contra os riscos 
ocupacionais, atendendo os doentes e acidentados, visando o seu bem estar físico e mental, como também 
planeja, organiza, dirige, coordena, controla e avalia a atividade de assistência de enfermagem, nos termos 
da legislação reguladora do exercício profissional: 
o Atividades Assistenciais 
o Atividades Administrativas 
o Atividades Educativas 
o Atividades de Integração 
o Atividades de Pesquisa 
 
 
Prestar assistência de enfermagem do trabalho ao cliente em ambulatórios, em setores de trabalho e 
em domicílio. 
Executar atividades relacionadas com o serviço de higiene, medicina e segurança do trabalho, 
integrando equipes de estudos. 
Realizar procedimentos de enfermagem de maior complexidade e prescrever ações, adotando 
medidas de precaução universal de biossegurança. 
Prestar assistência de enfermagem ao cliente, prescrever ações, realizar procedimentos de maior 
complexidade, solicitar exames, prescrever medicamentos, conforme protocolo pré-existente, estudar as 
condições de higiene da empresa, analisar a assistência prestada pela equipe de enfermagem. 
Padronizar normas e procedimentos de enfermagem e monitorar o processo de trabalho. 
Planejar ações de enfermagem, levantar necessidades e problemas, diagnosticar situações, 
estabelecer prioridades e avaliar resultados. 
 Implementar ações para promoção da saúde, participar de trabalhos de equipes multidisciplinares, 
definir estratégias de promoção da saúde para situações e grupos específicos. 
Participar, conforme a política interna da Instituição, de projetos, cursos, eventos, comissões, 
convênios e programas de ensino, pesquisa e extensão. 
 Elaborar relatórios e laudos técnicos em sua área de especialidade. 
Participar de programa de treinamento, quando convocado. 
Trabalhar segundo normas técnicas de segurança, qualidade, produtividade, higiene e preservação 
ambiental. 
Executar tarefas pertinentes à área de atuação, utilizando-se de equipamentos e programas de 
informática. 
Executar outras tarefas compatíveis com as exigências para o exercício da função. 
 
Atribuições da equipe de saúde Técnico de Enfermagem do Trabalho: As atividades do Técnico de 
Enfermagem do Trabalho incluem os aspectos básicos de formação recebida em seu programa de estudos 
profissionalizantes, o qual o capacita a prestar atendimento de enfermagem de menor complexidade, 
auxiliando o Enfermeiro do Trabalhoem suas atividades, bem como a equipe do SESMT. 
 
 
Organização do ambulatório e consultório Médico, 
Organização do local de medicações, bem como, controlar datas de vencimento, armazenamento, 
identificação e estoque, 
Organização dos prontuários e arquivos, 
Agendamento de Exames Ocupacionais e Complementares, 
Triagem Ocupacional – SSVV, 
Controle e registros de Atestadas Médicos, 
Auxílio nos controles dos afastados pelo INSS, 
Auxílio na emissão de CAT, 
Atendimento e assistência inicial ao colaborador, 
Atendimento em Primeiros Socorros, 
Desenvolvimento de atividades educativas em prevenção à acidentes e promoção de saúde, 
Administração de medicamentos conforme prescrição médica, 
Realização de curativos á nível ambulatorial, 
Orientação e acolhimento ao colaborador. 
 
Atribuições da equipe de saúde Médico do Trabalho: Prover assistência médica ao trabalhador com 
suspeita de agravo à saúde causado pelo trabalho, encaminhando-o a especialistas ou para a rede assistencial 
de referência (distrito/município/ referência regional ou estadual), quando necessário. 
Realizar entrevista laboral e análise clínica (anamnese clínico-ocupacional) para estabelecer relação 
entre o trabalho e o agravo que está sendo investigado. 
Programar e realizar ações de assistência básica e de vigilância à Saúde do Trabalhador. 
Realizar inquéritos epidemiológicos em ambientes de trabalho. 
Realizar vigilância nos ambientes de trabalho com outros membros da equipe ou com a equipe 
municipal e de órgãos que atuam no campo da Saúde do Trabalhador (DRT/MTE, INSS etc.). 
 
 
Notificar acidentes e doenças do trabalho, mediante instrumentos de notificação utilizados pelo setor 
saúde. Para os trabalhadores do setor formal, preencher a Ficha para Registro de Atividades, Procedimentos 
e Notificações do SIAB 
Colaborar e participar de atividades educativas com trabalhadores, entidades sindicais e empresas. 
 
6. ATIVIDADES DE ENFERMAGEM NOS DIFERENTES NÍVEIS DE ATUAÇÃO 
o Prevenção Primária 
o Prevenção Secundária 
o Prevenção Terciária 
 
Prevenção Primária: 
Promoção do ajustamento do trabalhador ao trabalho. Aquisição de hábitos saudáveis. A intervenção 
se desenvolve de forma mais eficaz e evidente, através da identificação e classificação dos estressores e da 
proposição de medidas de educação, evitamento dos fatores de risco, como por exemplo, impedindo ou 
reduzindo a penetração deles até a linha de resistência, fortalecendo a linha de defesa do trabalhador. 
 
 
Prevenção Secundária: 
Adequação das condições sanitárias do ambiente de trabalho. 
Assistência imediata às doenças e agravos produzidos pelas condições prejudiciais do trabalho. 
 
 
Assistência continua as consequências dos agravos e às doenças produzidas pelas condições 
prejudiciais de trabalho. A intervenção enfoca as ações corretivas de enfermagem em relação à 
sintomatologia/tratamento, no sentido de reduzir os efeitos nocivos identificados. 
 
Prevenção Terciária: 
Assistência aos portadores de sequelas produzidas pelas condições de trabalho. A intervenção 
acontece com a readaptação das capacidades funcionais do trabalhador, desvio de função, entre outros 
utilizando-se recursos do sistema e do ambiente e fortalecendo linha de resistência. 
 
7. ATIVIDADES DA EQUIPE DE ENFERMAGEM 
o Planejar ações de enfermagem, diagnosticar situações, descobrir necessidades e problemas, 
determinar prioridades e também avaliar os resultados; 
o Atender às necessidades do paciente, realizar procedimentos mais complexos, solicitar exames, 
conforme protocolo preexistente, analisar condições de higiene da instituição, estudar a assistência 
prestada por toda a equipe de enfermagem; 
o Gerenciar ações de promoção da saúde, definir estratégias para determinadas situações e participar 
de trabalhos de equipes de saúde multidisciplinares, além de padronizar normas e procedimentos de 
enfermagem, acompanhar todo o processo de trabalho, elaborar laudos e relatórios técnicos em sua 
especialidade; 
o Orientar sua equipe quanto ao uso e importância dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s); 
o Participar de projetos, eventos, cursos, convênios, comissões e programas de pesquisa, ensino e 
extensão, planejar campanhas de incentivo à saúde como diabetes, hipertensão, vacinação, 
alcoolismo, tabagismo (fumo), primeiros socorros e obesidade. Muitas vezes atuam ao lado de outros 
profissionais da saúde; 
o Realizar desinfecção e esterilização de equipamentos, utilizando medidas de biossegurança; 
o Realizar consulta de enfermagem em trabalhadores e atentar-se na anamnese, minimizando as 
licenças por parte dos funcionários de determinada empresa; 
 
 
o Descobrir as necessidades de enfermagem do trabalho com ajuda de planos estratégicos de 
assistência que serão prestados por toda a equipe visando proteção, preservação, recuperação e 
reabilitação da saúde do funcionário, como, por exemplo: fazer levantamentos de doenças 
ocupacionais (do trabalho) objetivando a diminuição das suas ocorrências; 
o Fazer testes de acuidade visual (capacidade de perceber o contorno e a forma dos objetos.), curativos 
e medicações segundo prescrição de um médico; 
o Sistematizar a assistência de enfermagem a favor da defesa do trabalhador e dos responsáveis pela 
empresa, seja ela privada ou pública, visitando os locais de trabalho e colaborando para identificar 
necessidades como higiene, segurança e melhoria do trabalho de acordo com o setor; 
o Avaliar e supervisionar os serviços de assistência de enfermagem aos trabalhadores, analisando 
medicamentos, insumos e materiais quando recebidos como resposta a uma solicitação, assim como 
controlar o estoque. 
o Planejar e desenvolver eventos e palestras sobre saúde e riscos ocupacionais, segundo a realidade do 
local de trabalho, além de promover capacitação e treinamento com membros da CIPA com relação 
às DST’s, aos primeiros socorros, às NR’s, entre outros; 
o Estar em constante atualização em relação às inovações tecnológicas e científicas em sua área de 
atuação e das necessidades do setor; 
o Desenvolver informes internos com temas sobre a atualidade no setor da saúde, podendo ser 
expostos em cartazes, murais, redes sociais e outras formas de divulgação; 
o Criar as ações sociais, inovação na área do lazer, desenvolver o lúdico, sempre em benefício do bem 
estar dos funcionários da empresa; 
Introduzir e avaliar os projetos feitos com a equipe multidisciplinar — PGR, PGRSSS, PCMSO —, sendo: 
 Avaliação e Controle das Exposições Ocupacionais a Agentes Físicos, Químicos e Biológicos: os 
riscos ambientais são os agentes químicos, físicos e biológicos que existem nos ambientes de 
trabalho e que pode produzir danos para a saúde dos trabalhadores. 
 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO): pretende prevenir, controlar e 
monitorar prováveis danos à saúde e detectar riscos prévios, principalmente no que diz respeito às 
doenças associadas ao trabalho, além da integridade do empregado. 
 PGRSS: conjunto de procedimentos administrativos para o correto gerenciamento dos resíduos 
produzidos no estabelecimento, abrangendo todos os passos de planejamento dos recursos materiais, 
físicos e da classificação dos recursos humanos incluídos no manejo dos Resíduos de Serviços de 
Saúde (RSS). 
 
 
 
 
8. ÁREA FÍSICA, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS - SESMT 
A área física de um SESMT dependerá do tipo e tamanho da organização, assim como número de 
profissionais que farão parte do serviço. O serviço deve contar com local de arquivos, ambulatório, local 
para procedimento de urgência e procedimentos de enfermagem, sala para provas funcionais e consultórios. 
Os equipamentos básicos para funcionamento do Setor de Saúde Ocupacional são: 
o Balança antropométrica; 
o Nebulizador; 
o Esfigmomanômetro; 
o Estetoscópio; 
o Geladeira exclusiva para medicamentos/ vacinas; 
o Otóscopio; 
o Glicosômetro,o Termômetro, 
o Negatoscópio, 
o Macas, 
o Cadeira de rodas, 
o Biombo, 
o Maleta de Primeiros Socorros, 
o Materias para curativos, 
o Medicações básicas de nível ambulatorial* 
9. MANUAIS E PROCEDIMENTOS OPERACIONAI PADRÃO - POP 
Os manuais e POPs são instrumentos que reúnem, de forma sistematizada, normas rotinas, 
procedimentos e outras informações necessárias para a execução das ações do serviço. Estas informações 
podem ser agrupadas em um único manual ou ser divididas de acordo com sua finalidade: coletânea de 
normas (rotinas, procedimentos, fluxo de atendimentos), manual de educação em serviço, manual do 
funcionário. 
 
 
 
 
 
Devem esclarecer dúvidas e orientar a execução de ações,constituindo-se em um instrumento 
deconsulta. Deve ser constantemente submetido à análise crítica e ser atualizado, sempreque necessário; 
permanecer emlocal de fácil acesso e de conhecimento detodos os usuários. O fluxo de atendimento deverá 
fazer parte do manual do serviço, pois asparticularidades de cada serviço variam deempresa para empresa. 
 
10. PRONTUÁRIOS E ARQUIVOS 
Conforme a Portaria n. 24 de 19/12/1994, que altera a redação da NR7 – Programa de Controle 
Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, os serviços de saúde do trabalhador devem ter um prontuário 
pessoal e confidencial de cada trabalhador. Este prontuário é aberto por ocasião do exame admissional, no 
qual deverão ser feitos registros sistemáticos de todas as ocorrências referentes a saúde do trabalhador. 
Os prontuários devem conter: 
o Exames de saúde ocupacional 
o Acidente de trabalho e adoecimento no trabalho 
o Consultas clínicas 
o Absenteísmo 
o Tratamento e procedimentos executados 
Os prontuários devem ser organizados por ordem numérica ou alfabética, a fim de facilitar sua 
localização e manuseio, e devem estar dispostos em arquivo fechado, por possuírem informações 
confidenciais. Esses registros deverão ser mantidos pelo período mínimo de 20 anos , após desligamento do 
trabalhador. 
 
 
 
 
11. ABSENTÉISMO 
O absenteísmo, palavra de difícil pronúncia, pouco utilizada e completamente desconhecida por 
muitas pessoas, é uma palavra de origem latina e significa "estar fora, afastado ou ausente". De uma forma 
mais simples, o absenteísmo nada mais é que a ausência do funcionário no ambiente de trabalho. Na prática, 
refere-se ao número de horas de trabalho perdidas, seja por faltas, saídas ou atrasos, justificados ou não. 
Em uma empresa, o colaborador que se abstém de executar suas atividades ou funções laborais está 
cometendo o absenteísmo. Bons exemplos disto é o de um funcionário faltar ao trabalho devido a algum tipo 
de doença, problemas familiares, motivos pessoais, dificuldades financeiras, dificuldades de transporte, falta 
de motivação, entre outras. O que muitos empresários não têm conhecimento é que o absenteísmo traz uma 
série de problemas à empresa, aumentando os custos e dificultando a concretização dos seus objetivos. 
Como resultado, e muito negativo por sinal, o absenteísmo, uma das grandes preocupações das 
organizações, afeta a eficácia e eficiência da empresa. 
 
FATORES QUE PODEM CONTRIBUIR COM O ABSENTEÍSMO 
a) Líderes inexperientes 
Líderes despreparados delegam ordens de forma arbitrária, o que afugenta os membros de sua equipe. 
 
b) Falta de infraestrutura 
Funcionários que se sentem “amarrados” na execução de suas atividades, por não disporem de recursos 
mínimos para tal, devido a uma inadequada infraestrutura que os dê suporte, são fortes candidatos ao 
absenteísmo. 
c) Metas intangíveis 
O estabelecimento de metas, geralmente, já é o suficiente para causar grande estresse nos colaboradores. 
Quando essas metas são impossíveis de se alcançar, então, podem oprimir os colaboradores da empresa e, 
neste momento, talvez por não saberem lidar com a situação, fogem do ambiente de trabalho. 
 
 
 
 
d) Comunicação inadequada e ineficiente 
Qualquer comunicação ineficiente ou até mesmo a falta de comunicação na empresa leva os funcionários a 
fazerem interpretações errôneas sobre determinadas situações. Esta situação leva os integrantes da empresa a 
se sentirem desestimulados enquanto funcionários e, consequentemente, aumenta o número de absenteísmo 
na empresa. 
 
e) Desmotivação 
Funcionários desmotivados, devido a brigas, clima ruim entre seus companheiros, falta de pagamento, por 
falta de feedback de seus líderes, imaturidade profissional, ou outros motivos mais, tendem a faltar ao 
trabalho. 
f) Doenças ocupacionais 
O exercício da atividade profissional de forma inadequada faz com que o organismo do trabalhador seja 
agredido, seja fisicamente ou mentalmente, o que eleva a taxa de absenteísmo na empresa. 
g) Assédio moral 
O assédio moral, fator de extrema gravidade para a empresa como um todo, é um dos que mais contribuem 
para a ausência do funcionário no ambiente de trabalho. São várias as formas em que o assédio moral pode 
 
 
ocorre, mas o que importa é que trata-se de um assunto grave e deve ser tratado com austeridade pelas 
organizações 
 
12. PROGRAMAS DE SAÚDE 
Os programas de educação em saúde são também estratégias para desencadear mudanças de 
comportamento prejudiciais, visto que hábitos e estilos de vida saudáveis podem contribuir para diminuir a 
incidência de doenças; mas não basta apenas transmitir a informação, pois a informação isolada não é capaz 
de mudar comportamento, é necessário educar, ajudar os colaboradores à compreenderem as raízes dos 
problemas e motivá-las à auto ajuda, busca de solução e mudanças á qualidade de vida. 
 
TEMAS/ SUGESTÕES 
Na educação em saúde, pode-se incluir temas e programas para os seguintes grupos de 
colaboradores/pessoas: 
o Obesos, 
o Diabéticos, 
o Gestantes, 
o Hipertensos, 
o Tabagistas, 
o Alcoolistas, 
o Epilépticos, 
o Portadores de doenças Osteomusculares: Lombalgias, Cervicalgias, Artralgias. 
 
 
o Outros tema poderam ser apresentados e desenvolvidos: 
o DSTs, 
o Planejamento Familiar, 
o A importância do uso de EPIs, 
o Nutrição – alimentos saudáveis, 
o Ergonomia, 
o Meios de prevenção à doenças: Ex: Gripe, 
o Conscientização à atividade física. 
 
13. PRIMEIROS SOCORROS 
NR 7 Dos primeiros socorros. 
7.5.1 Todo estabelecimento deverá estar equipado com material necessário à prestação dos 
primeiros socorros, considerando-se as características da atividade desenvolvida; manter esse material 
guardado em local adequado e aos cuidados de pessoa treinada para esse fim. 
 
A expressão primeiros socorros é usada para caracterizar uma série de procedimentos adotados para 
preservar vidas sob risco iminente e em condições de urgência e/ou emergência. Os primeiros socorros, 
como a própria expressão nos remete, são procedimentos utilizados primariamente apenas para preservar a 
condição de vida de um indivíduo até a chegada de um médico profissional, ou uma equipe médica, para que 
sejam adotadas as medidas que a situação requer, conforme avaliação profissional e especializada; as 
técnicas de primeiros socorros são tidas como de fundamental importância para a vida humana. 
Biossegurança: Conjunto de procedimentos, ações, técnicas, metodologias, equipamentos e 
dispositivos capazes de eliminar ou minimizar riscos inerentes as atividades de pesquisa, produção, ensino, 
desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que podem comprometer a saúde do homem, dos 
animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos. 
 
 
 
14. EXAMES OCUPACIONAIS 
Estabelecidos pela NR 7 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional: Estabelece a 
obrigatoriedade de elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que 
admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – 
PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus trabalhadores. A 
fundamentação legal, ordináriae específica, que dá embasamento jurídico à existência desta NR, são os 
artigos 168 e 169 da CLT. 
 
O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos/ ocupacionais: 
a) admissional; 
b) periódico; 
c) de retorno ao trabalho; 
d) de mudança de função; 
e) demissional 
 
Os exames compreendem: 
a) avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional e exame físico e mental; 
b) exames complementares, 
 
 
 
 
1) Exame médico admissional, deverá ser realizada antes que o trabalhador assuma suas atividades; 
 
2) Exame médico periódico, de acordo com os intervalos mínimos de tempo abaixo discriminados: 
a) para trabalhadores expostos a riscos ou a situações de trabalho que impliquem o desencadeamento ou 
agravamento de doença ocupacional, ou, ainda, para aqueles que sejam portadores de doenças crônicas, os 
exames deverão ser repetidos: 
a.1) a cada ano ou a intervalos menores, a critério do médico encarregado, ou se notificado pelo médico 
agente da inspeção do trabalho, ou, ainda, como resultado de negociação coletiva de trabalho; 
a.2) O exame clínico deve obedecer aos prazos e à seguinte periodicidade: 
I - no exame admissional: ser realizado antes que o empregado assuma suas atividades; 
II - no exame periódico: ser realizado de acordo com os seguintes intervalos: 
a) para empregados expostos a riscos ocupacionais identificados e classificados no PGR e para portadores de 
doenças crônicas que aumentem a susceptibilidade a tais riscos: 
1. a cada ano ou a intervalos menores, a critério do médico responsável; 
2. de acordo com a periodicidade especificada no Anexo IV desta Norma, relativo a empregados expostos a 
condições hiperbáricas; 
b) para os demais empregados, o exame clínico deve ser realizado a cada dois anos. 
 
 
3) No exame de retorno ao trabalho, o exame clínico deve ser realizado antes que o empregado reassuma 
suas funções, quando ausente por período igual ou superior a 30 (trinta) dias por motivo de doença ou 
acidente, de natureza ocupacional ou não. 
 
4) O exame de mudança de risco ocupacional deve, obrigatoriamente, ser realizado antes da data da 
mudança, adequando-se o controle médico aos novos riscos. 
 
 
 
5) No exame demissional, o exame clínico deve ser realizado em até 10 (dez) dias contados do término do 
contrato, podendo ser dispensado caso o exame clínico ocupacional mais recente tenha sido realizado há 
menos de 135 (centro e trinta e cinco) dias, para as organizações graus de risco 1 e 2, e há menos de 90 
(noventa) dias, para as organizações graus de risco 3 e 4. 
 
Os exames complementares laboratoriais previstos nesta NR devem ser executados por laboratório que 
atenda ao disposto na RDC/Anvisa n.º 302/2005, no que se refere aos procedimentos de coleta, 
acondicionamento, transporte e análise, e interpretados com base nos critérios constantes nos Anexos desta 
Norma e são obrigatórios quando: 
a) o levantamento preliminar do PGR indicar a necessidade de medidas de prevenção imediatas; 
b) houver exposições ocupacionais acima dos níveis de ação determinados na NR-09 ou se a classificação de 
riscos do PGR indicar. 
 
15. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ANTUNES, Ricardo. Os Sentidos do Trabalho - ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. 7ª Ed. 
São Paulo: Boitempo, 2005. 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Área 
Técnica de Saúde do Trabalhador Saúde do trabalhador / Ministério da Saúde, Departamento de Atenção 
Básica, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas, Área Técnica de Saúde do Trabalhador. – 
Brasília: Ministério da Saúde, 2001. 
 
Brasil. Ministério da Saúde. Núcleo Estadual em São Paulo. Saúde do Trabalhador : programa de qualidade 
de vida e promoção à saúde / Ministério da Saúde, Núcleo Estadual em São Paulo. – Brasília : Editora do 
Ministério da Saúde, 2008. 
 
TAMBELLINI, A. T., 1986. Política nacional de saúde do trabalhador: análises e perspectivas. I 
Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador. Rio de Janeiro: Abrasco/Fiocruz. 
 
 
 
 
 
 
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