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Curso de Biomedicina Revisão bibliográfica DOENÇA DE PARKINSON – SUAS CARACTERÍSTICAS FISIOPATOLÓGICAS SOB AS PERSPECTIVAS DOS PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SAÚDE PARKINSON'S DISEASE - YOUR PATHOPHYSIOLOGICAL CHARACTERISTICS UNDER THE PERSPECTIVE OF HEALTH PROFESSIONALS Rafael Silva Brandão 1 , Graziela Araújo 2 , Jaqueline Coimbra 3 . 1 Aluno do curso de Biomedicina 2 Professora e coordenadora do curso de Biomedicina 3 Professora do curso de Biomedicina Resumo A Doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa grave, debilitante e irreversível que acomete os mais variados tipos de pessoas. É caracterizada essencialmente pela presença de distúrbios motores e cognitivos. As opções de tratamento do parkinsonismo são apenas sintomáticas e nenhuma delas faz a degeneração neuronal desaparecer totalmente. Suas causas ainda não estão completamente entendidas. A etiopatogenia da DP pode estar relacionada com possíveis erros na síntese de algumas proteínas, com fatores de predisposição genética, estresse oxidativo, desequilíbrio na atividade de neurotransmissores, exposição a toxinas ambientais, atividade imunológica mediada por citocinas e etc. Os pacientes acometidos por esta enfermidade possuem elevada propensão a desenvolver quadros de depressão. O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica com o objetivo de evidenciar os aspectos fisiopatológicos da DP e correlacionar a importância de tal entendimento para uma abordagem multiprofissional mais eficaz. O estudo sugeriu que a compreensão multiprofissional sobre os aspectos fisiopatológicos da DP oferece requisitos para um atendimento holístico visando não só tratar os sintomas, mas como a manutenção da qualidade de vida dos pacientes pelo maior tempo possível. Palavras-chave: Doenças neurodegenerativas, Doença de Parkinson, tratamento multiprofissional. Abstract Parkinson's disease (PD) is a serious, debilitating and irreversible neurodegenerative disease that affects all kinds of people. It is essentially characterized by motor and cognitive disorders. The parkinsonism treatment options are only symptomatic and none neuronal degeneration makes the totally disappearing. Its causes are not fully understood. The pathogenesis of PD may be related to possible errors in the synthesis of some proteins with genetic predisposition factors, oxidative stress, imbalance in neurotransmitter activity, exposure to environmental toxins, immunological activity mediated by cytokines etc. The patients suffering from this disease have high propensity to develop frameworks of depression. This study deals with a literature review in order to highlight the pathophysiological aspects of PD and correlate the importance of such understanding for more effective multidisciplinary approach. The study suggested that the multidisciplinary understanding of the pathophysiology of PD provides requirements for a holistic service aimed not only treat the symptoms, but as maintaining the quality of life of patients as long as possible. Keywords: Neurodegenerative diseases, Parkinson’s disease, multidisciplinary treatment. ___________________________________________________________________________________ Contato: nip@unicesp.edu.br 1 – Introdução A Doença de Parkinson (DP) é uma das doenças neurodegenerativas com maior prevalência na população mundial 1 . Esta doença ataca os mais variados tipos de pessoas, porém é mais frequente em pessoas com idade superior a 50 anos, havendo, no entanto, raras exceções 2 . Os pacientes acometidos desta enfermidade são seres bio psico social e espiritualmente constituídos e precisam ser tratados como tal. A qualidade de vida de pacientes parkinsonianos pode estar comprometida desde a percepção dos primeiros sinais. Com a progressão dos sintomas e as complicações do tratamento observa-se um progressivo declínio em sua qualidade de vida 3 . O presente estudo objetivou reunir informações na literatura sobre as características fisiopatológicas da doença, bem como os possíveis tratamentos sob as perspectivas dos profissionais da área da saúde a fim de elucidar a sua importância na qualidade de vida dos pacientes parkinsonianos na atualidade. 2 – Metodologia Foram analisados 157 artigos científicos encontrados nas bases de dados SciELO e LILACS de forma que fosse evidenciada as principais características da DP correlacionando seus aspectos fisiopatológicos com as perspectivas dos profissionais da área da saúde. Constatou-se que existe uma discreta escassez de estudos relacionados a tais perspectivas. Consideraram-se apenas artigos e livros em língua portuguesa e inglesa publicados entre os anos de 2000 a 2015. De 157 artigos 2 analisados, foram selecionados 49 e de 10 livros foram selecionados 5. Como critério de seleção de artigos e livros utilizou-se a relevância do conteúdo dos estudos com a temática proposta no presente estudo. As palavras chaves utilizadas na pesquisa de artigos foram: doenças neurodegenerativas, fisiopatologia, Doença de Parkinson, tratamento multiprofissional. 3 – Revisão da literatura As Doenças Neurodegenerativas (DN’s) são caracterizadas pela morte de células responsáveis pelo funcionamento do sistema nervoso, levando assim, a progressiva disfunção deste. As células nervosas são fundamentais para a condução de impulsos nervosos 2 . Um grande número de DN’s está associado a uma transmissão genética, com herança dominante ou recessiva, enquanto que outras doenças ocorrem de forma aleatória 2 . O aumento da expectativa de vida da população tem contribuído para um crescente interesse no estudo das DN’scomo: Doença de Alzheimer (DA), Doença de Parkinson (DP); Doença de Huntington (DH), Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Sendo as duas primeiras, respectivamente, as mais prevalentes na população idosa 4 . Por vários anos as DN’s que ocasionam demência e distúrbios dos movimentos foram classificadas de acordo com sua principal característica clínica. Como por exemplo, DA – síndrome demencial; DP e DH – síndrome demencial com distúrbios do movimento; ataxias espinocerebelares – distúrbios do movimento 2 . Há estudos que descrevem as DN’s de acordo com a região anatômica do Sistema Nervoso Central (SNC) mais afetada (ex.: córtex cerebral, núcleos da base, sistema espinocerebelar, neurônios motores e etc.) podendo existir formas combinadas em casos de neurodegeneração em mais de uma área no encéfalo 5 . Diversos estudos têm sido elaborados com o objetivo de identificar biomarcadores precoces das DN’s como forma de identificar a doença antes do início das manifestações clínicas 5, 2 . Existem também testes genéticos capazes de detectar mutações causadoras de algumas destas doenças. Contudo, mesmo quando a mutação genética é detectada não é possível afirmar se o indivíduo vai manifestar a doença, pois a maioria das DN’s se manifesta de forma aleatória 5 . Dependendo do tipo de DN, em casos graves, o paciente chega a perder funções motoras, cognitivas e fisiológicas. O tratamento, em geral, se baseia na inibição da degeneração das células nervosas visando à qualidade de vida do paciente pelo maior tempo possível 5, 6 . A Doença de Alzheimer e a Doença de Parkinson por serem as duas DN’s mais prevalentes, consequentemente, seus respectivos tratamentos produzem elevado impacto social e financeiro 6, 7 . Informações do Ministério da Saúde (MS) revelam que os custos anuais com medicamentos antiparkinsonianos estejam em torno de 11 bilhões de dólares, sendo estes, de 3 a 4 vezes mais caros para pacientes em estágio avançado da doença 6 . A Doença de Parkinson (DP) ou Mal de Parkinson, é uma doença neurodegenerativa caracterizada pela morte progressiva de neurônios dopaminérgicos nigrais dos gânglios basais e pela presença de inclusões citoplasmáticas denominadas corpúsculosou neutritos de Lewy nos neurônios sobreviventes 5, 8 . A ocorrência de distúrbios do movimento característicos desta patologia é documentada de longa data como comprovou o médico neurologista James Parkinson (1755 - 1824) em uma monografia documentada em 1817 intitulada An Essay on the Shaking Palsy (Ensaio sobre a Paralisia agitante), na qual foi descrita o que mais tarde se tornou conhecida como a Doença de Parkinson (DP) 5, 55 . A patologia denominada “paralisia agitante” foi caracterizada pela presença de movimentos tremulantes involuntários, com diminuição da força muscular, tendência para inclinação do tronco para frente e alteração na marcha (festinação), tendo os sentidos e o intelecto não afetados. Na evolução da enfermidade também foi descrita presença de tremores, de início, principalmente em uma das mãos e, posteriormente, mais difusos progredindo para piora da marcha, quedas frequentes, dificuldades para a deglutição, sialorréia constante, incontinência urinária, disartria, obstipação e anartria 5, 10 . Dentre todas as manifestações clínicas observadas por James Parkinson, a presença de tremor e o distúrbio na marcha foram considerados por ele sinais patognomônicos da doença. Mas apesar da publicação e divulgação do seu trabalho, a doença somente tornou-se conhecida pelos neurologistas na segunda metade do século XIX 5, 11 . Outros neurologistas também publicaram a respeito da doença, porém a mais relevante contribuição no estudo veio do médico neurologista francês Jean-Martin Charcot (1825- 1893) que em 1857 sugeriu que a enfermidade fosse denominada Doença de Parkinson em homenagem a James Parkinson 5, 10, 11 . Charcot acrescentou contribuições pessoais na descrição do quadro clínico, no diagnóstico diferencial e no tratamento da doença. Relacionou estudos comparativos diferenciando o tremor parkinsoniano dos 3 tremores de outras etiologias. Definiu a presença da alteração postural, características de imobilidade, atitude peculiar do corpo e membros 11 . Caracterizou a presença de perda da memória, disfunção cognitiva, disartria e escrita peculiar. Informações clínicas bastante conhecidas na atualidade, mas que até então não haviam sido definida 1, 55 . Segundo Ribeiro (2010) o parkinsonismo pode ser dividido em grupos conforme a sua etiologia: 1 – primário ou idiopático (Doença de Parkinson); 2 – secundário ou adquirido (infecção – parkinsonismo pós-encefálico; toxinas – manganês, monóxido de carbono, 1-metil-4-fenil- 1, 2, 3, 6-tetra-hidropiridina (MPTP); medicamentos – antipsicóticos, reserpina, alfa- metildopa, metoclorapramida, cinarizina, flunarizina e outros) vascular; trauma e tumor. 3 – parkinsonismo plus, no qual existem outros achados neurológicos (como por exemplo: degeneração nigroestriatal, paralisia supranuclear progressiva, Síndrome de Shy-Drager, hidrocefalia de pressão normal, DA, DW, DH) 13 . Esta enfermidade ataca os mais variados tipos de pessoas, porém a maioria dos casos é mais frequente em pessoas com idade superior a 50 anos, havendo, no entanto, raras exceções 2, 55 . Acredita-se que, em média, deva haver acima de 60% de perda neuronal para que possam ser observados os chamados sinais cardinais da doença 13 . 3.1 – Características fisiopatológicas da Doença de Parkinson (DP) 3.1.1 – Aspectos anatômicos As estruturas anatômicas que atuam no sistema motor, e que são afetadas por doenças responsáveis por movimentos involuntários, incluem os núcleos da base e suas conexões, o núcleo subtalâmico, os núcleos ventrais anterior e lateral e a substância negra 5 . Os núcleos basais motores são constituídos por estruturas telencefálicas, diencéfálicas e mesencefálicas 5 . Na concavidade do ventrículo lateral do telencéfalo, é possível encontrar uma estrutura em forma de C conhecida por núcleo caudado. Esta estrutura acompanha a borda súpero-lateral do tálamo e pode ser dividia em: cabeça, corpo e cauda. A cabeça tem um maior diâmetro e está localizada na porção anterior fazendo protrusão no corno anterior do ventrículo lateral. O corpo encontra-se no assoalho da porção central do ventrículo lateral em posição posterior e lateral do tálamo. A cauda está relacionada à porção posterior do putâmen pelo pendúculo do núcleo lentiforme e o corno inferior do ventrículo lateral 5 . O núcleo lentiforme possui a forma de uma lente biconvexa ou de uma pirâmide. A face lateral é separada do lobo da ínsula pela cápsula externa, pelo claustrume pela cápsula extrema. Sua face ântero-medial é separada da cabeça do núcleo caudado pelo braço anterior da cápsula interna. A face póstero-medial é separada do tálamo pelo braço posterior da cápsula interna. A face inferior é local de passagem da comissura anterior e recebe os principais pedículos arteriais. A lâmina medular lateral separa o núcleo lentiforme em putâmen, lateralmente, e globo pálido medialmente 5 . O putâmen apresenta forma de concha e é o maior componente dos núcleos da base. Envolve o globo pálido e aparece em cortes sagitais mais laterais e em cortes coronais mais anteriores. Nesse plano, ele se prolonga também mais posteriormente que o globo pálido. Este, que apresenta tamanho menor, é subdividido pela lâmina medular interna em globo pálido medial e globo pálido lateral. O globo pálido medial é separado pela lâmina medular acessória em segmentos internos, sendo relacionado com o fascículo lenticular externo e com a alça lenticular 5 . Macroscopicamente, o globo pálido, contrasta claramente, pelo seu aspecto mais pálido com putâmen, mais escuro. As fibras que fazem conexão na porção mais medial do núcleo lentiforme são responsáveis pelo aspecto mais claro. Nas faces lateral e superior, o globo pálido medial é envolvido pelo globo pálido lateral. Sua porção ventro-póstero-lateral corresponde a um dos principais alvos para o tratamento por cirurgia estereotáxica para movimentos anormais 5 . O conjunto dos núcleos caudado e lentiforme é conhecido como esriatum, e sua parte mais recente ou neostriatum corresponde ao núcleo caudado e ao putâmen. Essas estruturas são interligadas pela ponte cinzenta caudo lenticular, mais desenvolvida na região superior e anterior, onde se encontram fusionados. O globo pálido corresponde ao paleostriatum. Do ponto de vista funcional, o neostriatum corresponde à porta de entrada das vias aferentes, enquanto o globo pálido pertence ao sistema eferente. O núcleo acumbens corresponde a um grupo celular com posição intermediária anatômica e funcional entre o sistema límbico e os núcleos da base. Estende-se da base da área septal até a junção do núcleo caudado e do putâmen, onde passa a ser contínuo com as divisões ventrais desses núcleos 5 . No diencéfalo, o núcleo subtalâmico ou núcleo de Luys pertence à região subtalâmica que inclui o núcleo reticular, a zona incerta, o núcleo pré-geniculado e os campos de Forel. Este núcleo situa-se inferiormente à zona incerta, que o separa dos núcleos ventro-laterais do tálamo 5 . O núcleo subtalâmico é circunscrito, superiormente, pelo fascículo lentiforme e, inferiormente, pela alça lenticular. O fascículo lenticular passa entre a zona incerta e o núcleo 4 subtalâmico, atravessando o campo de Forel H2. O campo H situa-se superior e lateralmente ao hipotálamo acima do pendúculo cerebral e anteriormente ao núcleo rubro. O fascículo subtalâmico une o núcleo subtalâmico e o globo pálido através dá cápsula interna 5 . O tálamo é constituído por um grupo par de núcleos de substância cinzenta com formato ovóide, situado lateralmente ao terceiro ventrículo, inferiormente ao ventrículo lateral e medialmente à cápsula interna. Representa a maior parte da parede lateral do terceiro ventrículo, separando-se do hipotálamo, inferiormente, pelo sulco hipotalâmico, que passa do forame interventricular até o aquedutocerebral. O assoalho do ventrículo lateral é formado medialmente pelo tálamo e lateralmente pelo núcleo caudado, separados pelo sulco tálamo-estriado 5 . A extremidade anterior do tálamo é estreita em relação à extremidade posterior (o pulvinar). A parte inferior ou ventral da divisão lateral tem importância anatomofisiológica em movimentos anormais. Apresenta três componentes: o núcleo ventral anterior, o núcleo ventral lateral e o componente ventral posterior. O núcleo ventral anterior e a porção anterior do núcleo ventral lateral relacionam-se com os núcleos da base. A parte posterior do núcleo ventral lateral relaciona-se com o cerebelo. O componente ventral posterior, dividido em medial e lateral, relaciona-se com vias da sensibilidade 5 . A substância negra é dividida em compacta e reticular. Formada por neurônio que contêm melanina possui coloração escura e está situada entre o tegumento e a base do pendúculo no mesencéfalo. A parte compacta possui neurônios com grandes concentrações de dopamina e representa as conexões eferentes. A parte reticular é responsável principalmente pelas conexões aferentes da substância negra 5 . 3.1.2 – Aspectos bioquímicos e moleculares da DP 3.1.2.1 – Erros no envelopamento protéico (Misfolding) Um erro de envelopamento protéico significa a adoção de conformações anômalas de certas proteínas expressas normalmente. A conversão da cadeia linear de aminoácidos feita pelos ribossomos exige que ela seja dobrada corretamente. Nas complexas sequencias de fases na síntese de proteínas podem ocorrer falhas, que por sua vez podem levar a produção de proteínas variantes com dobramentos protéicos errados incapazes de encontrar o caminho de volta para a sua conformação “nativa” 26 . Estas moléculas com dobramentos protéicos errados podem se acumular no citoplasma e causar problemas dentro da célula. Os resíduos hidrofóbicos destas moléculas que normalmente estariam no centro da proteína ficam expostos em sua superfície o que permite que esta molécula tenha uma forte tendência para formação de agregados microscópicos insolúveis 5, 12 . As conformações com dobramentos protéicos errados podem ser geradas de forma aleatória e espontânea em velocidade lenta por toda a vida, de forma que os agregados se acumulem gradualmente com a idade aumentando a probabilidade de degeneração neuronal com o decorrer do tempo 8, 12 . Na DP o erro no dobramento protéico ocorre na proteína α-sinucleína que ocasiona a deposição de agregados citoplasmáticos conhecidos com Corpos de Lewy 5, 12, 13, 16, 17 . 3.1.2.2 – Estresse Oxidativo A chamada “Teoria do stress oxidativo” se baseia na formação de moléculas instáveis que reagem com outras moléculas existentes gerando uma oxidação, que por sua vez em alguns casos, pode levar a morte celular 2, 4 . Marcadores de stress oxidativo como nitro-tirosina e carbonilas protéicas são detectados em elevadas concentrações no sistema nervoso de pacientes com DP. Além disso, estudos relatam níveis alterados da expressão de enzimas antioxidantes como tiorredoxina, tiorredoxinaredutase, peroxirredoxina, glutionaperoxidase, e também ferritina e transferrina 4, 11 . Em condições normais o organismo tende a eliminar estas moléculas indesejáveis através de defesas antioxidantes, porém, na DP ocorre um acúmulo destes radicais na substância negra o que por sua vez pode levar o desencadeamento ou agravamento do processo degenerativo 2 . O cérebro possui uma elevada necessidade energética, que normalmente é suprida pela fosforilação oxidativa mitocondrial, gerando ATP e ao mesmo tempo reduzindo o O2 molecular em H2O2. Sob determinadas situações, espécies altamente reativas de oxigênio, como por exemplo, radicais livres de oxigênio, hidroxilas e H2O2, podem ser geradas como produtos colaterais deste processo. O estresse oxidativo é o resultado da produção excessiva destas espécies reativas 12 . Sem antagonismo, os radicais reativos de oxigênio atacam moléculas-chave, incluindo enzimas, fosfolipídios e DNA. Existem mecanismos de defesa, na forma de enzimas tais como a superóxido dismutase (SOD) e a catalase; antioxidantes como o ácido ascórbico (vitamina C), a glutationa e o α-tocoferol (vitamina E) que normalmente conseguem manter estas espécies reativas sob controle 2, 4, 12 . 5 A degradação da dopamina em ácido 3,4- dihidrofenilacético pela MAO gera o peróxido de hidrogênio que na presença de ferro, abundante nos gânglios da base, pode gerar radicais livres hidroxila. Esta produção de moléculas de hidroxila e peróxido de hidrogênio pode resultar em neurotoxicidade por interferência na cadeia respiratória celular 2, 4, 8 . Estudos revelam que apesar de existirem diferentes fatores de pré-disposição genética e vulnerabilidade regional à morte celular, o stress oxidativo representa um mecanismo unificador de doenças neurodegenerativas 4, 55 . A baixa ingestão dietética de substâncias antioxidantes pode acarretar em aumento das concentrações de radicais livres no organismo, por este motivo a manutenção do balanço em favor dos antioxidantes é de essencial importância para a integridade do cérebro 18, 19, 20 . 3.2 – Desequilíbrio de neurotransmissores A DP surge em decorrência da destruição de neurônios que produzem um importante neurotransmissor denominado dopamina e da síntese de algumas proteínas 2 . A dopamina é metabolizada no cérebro por ação da monoaminaoxidase (MAO) e catecol- o-aminotransferase (COMT) em ácido homovelínico (HVA) e ácido 3,4- dihidrofenilacético. Para a biossíntese da dopamina é indispensável a ação de 3 coenzimas: a coenzima THFA (ácido tetrahidrofólico) (atua na transformação de L- tirosina para L-dopa), fosfato piridoxal (atua na transformação de L-dopa a dopamina) e NADH (atua na formação de THFA e fosfato piridoxal). Tais coenzimas são obtidas a partir de vitaminas hidrossolúveis 2, 11 . Depois de sintetizada, a dopamina atua como um importante neurotransmissor ativando os cinco tipos de receptores dopaminérgicos (D1, D2, D3, D4 e D5) que se encontram amplamente distribuídos pelo Sistema Nervoso Central (SNC) e que são responsáveis por diferentes ações fisiológicas da dopamina. Os receptores dopaminérgicos D2, D3 e D4 são inibitórios e os receptores D1 e D5 são estimulatórios 2, 12 . A acetilcolina é um neurotransmissor sintetizado a partir de acetil-CoA e colina. Atua na contração muscular através de receptores específicos denominados muscarínicos (m1, m2, m3, m4 e m5) nos quais os receptores m1, m3 e m5 são estimulatórios e os receptores m2 e m4 são inibitórios 2, 4 . A DP tende a se manifestar nos casos em que o efeito da dopamina é menor que o da acetilcolina, isto, pois, a falta de dopamina resulta em um aumento global da atividade da acetilcolina, ocasionando um desequilíbrio entre estes neurotransmissores e ativando o processo de contração muscular 2, 8, 18 . 4 – Toxinas ambientais A possibilidade da etiopatogenia da DP estar vinculada à ação de toxinas ambientais, ou mesmo à ação de toxinas pré-dispostas tem sido discutida em estudos recentes 26, 2, 8, 18, 22 . Vários estudos têm associado uma frequência de aparecimento da DP em pacientes que vivem em zona rural, que fazem uso de poço de água e que estão mais expostos a pesticidas e herbicidas. Não menos importante, outra associação bem discutida é a exposição a produtos químicos industriais como: manganês, mercúrio, cianeto, dissulfeto de carbono, solventes e produtos petroquímicos 5, 12 . 5 – Sinais e sintomas da DP O equilíbrio corporal, basicamente, é a capacidade do ser humano de executar movimentos e de manter-se ereto. A manutenção da postural corporal se dá através de uma interação sensório-motora e acontece normalmente sem que requeira atenção consciente 18, 23 . As alterações do equilíbrio podem levaro indivíduo a se queixar de desequilíbrio corporal e podem ainda gerar falha em um ou mais dos sistemas podendo comprometer a função normal de órgãos e determinar manifestações clínicas 23, 24 . Entre as diversas causas que podem determinar alterações no equilíbrio corporal, a DP é caracterizada como uma afecção neurológica grave, debilitante e progressiva que se manifesta essencialmente por sintomas motores e cognitivos 2, 5, 6, 18, 23, 24, 25 . Com o passar do tempo, estas decorrentes alterações no controle motor tornam- se mais evidentes resultando em tremor em repouso, acinesia, alterações dos reflexos posturais, instabilidade e distúrbios de desequilíbrio na marcha, livedo reticular (cútis mormata), oleosidade, hipotensão pós-prandial, distúrbios vasomotores, impotência sexual, disfunção vesical, disfagia, sialorréia, intolerância ao calor, sudorese excessiva, hipotensão ortostática, dispnéia, constipação intestinal, alterações pupilares, alterações da termorregulação e da temperatura cutânea 2, 8, 23, 25 . A progressão da DP pode ser subdividida em duas fases: pré-sintomática e sintomática compreendendo no total seis estágios (Figura 01). A fase pré-sintomática compreende os estágios 1 e 2 e é marcada pelo surgimento de inclusões citoplasmáticas denominadas corpúsculos de Lewy nas células que constituem o núcleo motor dorsal do nervo vago e o núcleo olfativo anterior do tronco cerebral inferior de indivíduos assintomáticos 8, 25 . 6 A partir do 3º estágio os corpúsculos de Lewy são encontrados na substância negra, sendo que neste estágio se iniciam os primeiros sintomas motores característicos da doença 8 . Caracterizado pela atividade rítmica alternante de músculos antagonistas com uma frequência variável entre 3,5 a 7 Hz, o sintoma tremor ainda possui mecanismo básico especulativo. Três principais mecanismos são propostos: supra-espinhal (talâmico), espinhal e um mecanismo duplo (supra-espinhal e espinhal) 25 . O supra-espinhal baseia se na possibilidade de o tremor surgir da disfunção de um marca-passo localizado no tálamo, ao nível do núcleo ventral intermediário, o qual recebe projeções cerebelares e espinotalâmicas. Nesse sentido, o papel do cerebelo parece cada vez maior. É argumento favorável a esse mecanismo o desaparecimento do tremor após cirurgia (talamotomia) 24, 25 . Um mecanismo espinhal oscilatório também é proposto para explicar a origem dos tremores na DP. Essa hipótese se baseia na presença de características oscilatórias do arco reflexo miotático com descargas anormais em fibras nervosas. Na hipótese do mecanismo duplo, um marca-passo talâmico seria influenciado por informações cinestésicas periféricas 24, 25 . Entre as hipóteses prováveis que expliquem o mecanismo da rigidez muscular estão: a hiperatividade de vias reflexas ao nível do córtex cerebral e o controle anormal de interneurônios espinhais. A bradicinesia é o sinal cardinal da DP que melhor se correlaciona com o déficit dopaminérgico estriatal 5, 24 . As alterações comportamentais estão frequentemente associadas à maioria dos distúrbios do movimento. Os distúrbios neuropsiquiátricos são frequentes na DP e podem ser mais incapacitantes que o próprio quadro motor que caracteriza a doença. A depressão é o distúrbio neuropsiquiátrico mais comum da DP. Vários estudos demonstram uma maior incidência de depressão entre pacientes parkinsonianos do sexo feminino 5, 8, 24 . Pacientes com histórico pessoal ou familiar de depressão têm maior probabilidade de se tornarem deprimidos após o início do parkinsonismo. Tipicamente, os pacientes experimentam perda de iniciativa e de auto- estima, possuem um alto nível de ansiedade, tristeza, irritabilidade e pessimismo sobre o futuro 5 . Em geral a depressão se manifesta antes dos sinais e sintomas motores, podendo procedê- los em até vários anos 24 . A depressão é mais prevalente em indivíduos portadores de doenças crônicas igualmente incapacitantes, e não está necessariamente correlacionada com a gravidade da doença 5 . Em resumo, apesar dos avanços exponenciais no entendimento do funcionamento dos gânglios da base e do sistema motor, muitas pesquisas e estudos se fazem necessários para esclarecer a fisiopatologia dos sinais cardinais da DP 5, 8, 24, 25 . 6 – Aspectos imunológicos da DP Citocinas são proteínas ou glicoproteínas produzidas por glóbulos brancos (leucócitos) e outros tipos de células. Possuem a característica Figura 1 – A – Representação esquemática das fases pré-sintomática e sintomática da DP; B – Diagrama ilustrando o processo patológico ascendente (fonte: referência 8). 7 de mediar a comunicação química entre as células e o sistema imune 8, 24, 26 . Alguns estudos propuseram o envolvimento de citocinas no processo de degeneração da DP. Foi proposto que um desequilíbrio no balanço de citocinas, neurotrofinas e proteínas relacionadas à apoptose estaria envolvido na patogênese da DP 26 . Os corpúsculos de Lewy são basicamente constituídos por proteínas neurofilamentares, ubiquitina e proteínas envolvidas no metabolismo da ubiquitina. Antígenos para neurofilamentos foram confirmados tanto no núcleo como na região periférica dos corpúsculos de Lewy. O envolvimento do sistema proteolítico da ubiquitina sugere que os corpúsculos de Lewy devam ser a manifestação estrutural de resposta celular de proteção para eliminar elementos de dano celular 25, 26 . Acredita-se que a etiopatogenia da DP esteja relacionada a uma elevada produção de citocinas que por sua vez promovem reações imunológicas exageradas promovendo migração de células do sistema imune para o sistema nervoso e desencadeando o parkinsonismo 25 . 7 – Aspectos genéticos da DP Acredita-se que existe uma predisposição genética para a DP, pois se estima que cerca de 20% dos pacientes portadores da doença têm, pelo menos, um parente de primeiro grau com DP 5, 25, 27 . A importância de fatores genéticos na etiopatogenia da DP cresceu de forma exponencial nos últimos anos culminando com a definição de algumas formas de doença com herança autossômica dominante, recessiva, com a definição de genes e pela pesquisa de fatores genéticos de suscetibilidade a neurotoxinas endógenas ou enxógenas 5, 26, 27, 28, 29 . Embora a maioria dos casos de DP seja de esporádico, pelo menos 16 loci cromossômicos têm sido identificados e neles mapeiam cinco genes conclusivamente reconhecidos como causas autossômicas dominantes ou recessivas da doença: SNCA, LRRK2, Parkin, PINK 1 e DJ1. O Quadro 1 resume os principais loci genéticos, genes relacionados, tipo de herança e manifestação descobertos até o presente momento 5, 8, 30, 31 . Além de fatores genéticos existem hipóteses que propõem que as doenças neurológicas mais frequentes, como a DP, podem ser determinadas pelo efeito de variantes genéticas na população 33 . 8 – Tratamento farmacológico da DP O tratamento da fase inicial da DP envolve basicamente o uso de 2 classes de drogas: as que têm como objetivo interferir na evolução da doença e as de efeito sintomático 5 . Sem tratamento a DP progride ao longo de 5 a 10 anos para um estado de rigidez e acinesia, no qual os pacientes não conseguem cuidar de si próprios. A morte geralmente resulta das complicações da imobilidade, entre elas pneumonia por aspiração ou embolia pulmonar e etc. A disponibilidade de tratamento farmacológico eficaz alterou radicalmente o prognóstico da DP possibilitando a manutenção da mobilidade por muitos anos e aumentando a expectativa de vida dos pacientes tratados de forma adequada 34 . Fontes: 8, 30, 31, 32. 8 A levodopa (L-DOPA, L-3,4- diidroxifenilalanina) é o precursor metabólico da dopamina e isoladamente é o fármaco mais eficaz para o tratamento sintomático da DP. Seus efeitos terapêuticos e adversosresultam da descarboxilação do composto original em dopamina. Possui rápida absorção no intestino delgado, suas concentrações plasmáticas geralmente atingem níveis máximos entre 30 minutos a 2 horas após a dose oral. Possui meia- vida plasmática curta (1 a 3 horas) 33, 34 . A competição pelos locais de absorção do intestino delgado com os aminoácidos da dieta pode produzir efeitos significativos na absorção da levodopa; a administração junto com refeições retarda a absorção e diminui as concentrações plasmáticas. No cérebro, a levodopa ela é convertida em dopamina por descarboxilação, principalmente dentro das terminações pré- sinápticas de neurônios dopaminérgicos do estriado. Depois de ser liberada, a dopamina é transportada de volta às terminações dopaminérgicas por um mecanismo de captação pré-sináptica ou é metabolizada pelas ações da MAO e catecol-O-metil-transferase (COMT) 12, 34 . Em geral, na prática clínica, a levodopa é quase sempre administrada junto com um inibidor de ação periférica como, por exemplo, a carbidopa ou benserazida. Se a levodopa for administrada isoladamente é provável que menos de 1% do fármaco chegue ao SNC, pois a maior parte da levodopa será descarboxilada por enzimas presentes na mucosa intestinal e em outros tecidos periféricos de forma que pequenas quantidades cheguem a circulação cerebral 34 . O tratamento com levodopa pode produzir bons resultados em todos os sinais e sintomas da DP. Nos estágios iniciais, a intensidade da melhora do tremor, da rigidez e da bradicinesia pode ser praticamente total 12, 34 . Porém, estudos revelam que sua efetividade decline gradualmente à medida que a doença progride, pois a capacidade dos neurônios de armazenar dopamina é perdida, de forma que o benefício terapêutico dependa cada vez mais da formação de levodopa extraneuronal, o que exige uso contínuo de levodopa 12, 33 . Outros grupos de fármacos também são utilizados, como: inibidores enzimáticos, agonistas dopaminérgicos e anti-colinérgicos 33, 35 . A seleginina é um inibidor da Monoaminoxidase (MAO) que atua como neuroprotetor contribuindo para o retardamento do processo neurodegenerativo. Possui a característica de induzir a atividade de enzimas removedoras de radicais livres, inibe a auto- oxidação de dopamina, e retarda a morte por apoptose de células nervosas 34 . Os sintomas em geral são aliviados ou suprimidos com os tratamentos farmacológicos, porém as consequências do uso crônico das medicações devem ser pesadas antes do início do tratamento, visto que o emprego dessas drogas em longo prazo pode levar a reações adversas incapacitantes 4, 5, 8 . As drogas utilizadas no tratamento do parkinsonismo são apenas sintomáticas e nenhuma delas faz a degeneração neuronal desaparecer totalmente 13 . 9 – Intervenção cirúrgica no tratamento da DP A intervenção cirúrgica para a DP vem sendo utilizada e aprimorada há décadas. No passado começando as técnicas cirúrgicas baseavam-se em lesões no trato pirimidal, contudo, eram observados muitos efeitos adversos, como a substituição do movimento anormal pela ausência completa de movimento. Depois os cirurgiões voltaram-se para as lesões dos gânglios da base em tentativa de melhorar o parkinsonismo sem causar paralisia 5 . À medida que a utilização de levodopa se tornava amplamente disponível a cirurgia funcional foi progressivamente abandonada. Entretanto, depois de uma longa experiência com a terapia medicamentosa, concluiu-se que embora seja a melhor escolha para o tratamento inicial, o atual tratamento farmacológico apresenta desvantagens, isto, pois, a maioria dos pacientes com doença de longa duração desenvolve complicações significantes que nem sempre são corrigidas pelos tratamentos medicamentosos disponíveis 5, 12, 13 . A cirurgia para a DP possui um elevado potencial para melhorar a função motora de pacientes com DP a longa data. As opções disponíveis atualmente, as lesões de estimulação cerebral profunda (ECP), assim como os procedimentos mais experimentais, como implantes, são sugeridas, sem exceção, como sendo benéficas na DP 5, 12, 36 . A talamotomia estereotáxica é uma importante arma no tratamento da DP e pode ser utilizada também em diferentes situações 5, 12, 36 . Estudos recentes demonstram que os tremores e a rigidez, além dos outros sintomas, desaparecem ou melhoram com a talatomia 5, 8 . Nos casos de quadro bilateral, é possível a realização de uma segunda cirurgia no lado oposto, desde que seja respeitado um intervalo mínimo de três meses. Entretanto, deve-se optar por outro alvo, pois a talatomia bilateral pode apresentar maior morbidade 5 . A literatura disponível sugere que os procedimentos cirúrgicos constituem uma alternativa válida e útil para pacientes que não obtiveram controle apenas com medicação. O momento da decisão é extremamente difícil e deve ser individualizado. Esta decisão deve basear-se principalmente no nível de incapacidade do paciente 5, 12 . 9 10 – Atuação multiprofissional no tratamento da DP Além das intervenções cirúrgicas e farmacológicas, o tratamento da DP também pode envolver outras medidas como, por exemplo: cuidados em enfermagem, educação física, fisioterapia, terapia ocupacional, terapia fonoaudiológica, acunpuntura, nutrição, musicoterapia, acompanhamento psicológico e etc 11, 8, 37 . Os pacientes com a DP possuem elevada propensão a desenvolver quadros de depressão. A maioria das medidas terapêuticas visa o retardamento do processo neurodegenerativo e a manutenção da qualidade de vida dos pacientes pelo maior tempo possível 5, 12, 32, 35, 37, 38, 39, 40 . Estudo revela que a musicoterapia vem se constituindo como um campo promissor na área da saúde, isto, pois, em suas inúmeras teorias, tem orientado práticas que tem levado bons resultados no tratamento de patologias que afetam a capacidade física e cognitiva dos pacientes 38 . Este mesmo estudo sugere que a musicoterapia seja uma excelente via para o tratamento do paciente com a DP, pois minimiza seu sofrimento, o que consequentemente implica na mudança do sujeito para uma posição singular e própria na relação com sua doença e com os demais que o cercam 38 . As práticas musicais, em geral, auxiliam na produção de atributos para a obtenção de autoestima satisfatória, despertando sentimentos de competência, confiança e adequação à vida, com o desenvolvimento de uma maior capacidade de compreensão, estimulando a aceitação, pelo paciente, do processo natural de envelhecimento associado à DP 38, 41 . As experiências musicais realizadas em grupo também proporcionam o restabelecimento do equilíbrio emocional do indivíduo, uma vez que promovem benefícios na qualidade e ritmo da voz, melhoria da força motora e aprimoramento da capacidade de concentração possibilitando independência intelectual e reinserção no meio social 20, 2 . Estudos revelam que o tratamento fisioterápico induz uma significativa melhora nos distúrbios motores e cognitivos de pacientes acometidos pela DP 6 . As sequencias de movimentos realizados no tratamento exigem constantes ajustes posturais dos pacientes com variação de intensidade e ritmo que consequentemente produz estímulos sensoriais gerais e especiais promovendo melhoria cognitiva e motora 39, 42, 43 . Além dos benefícios já citados, uma vantagem importante a ser considerada é a fácil aplicação do programa de exercícios clínicos a serem utilizados por fisioterapeutas 39, 43, 44 . O protocolo determina técnicas simples que não requerem necessariamente o uso de equipamentos complexos e de elevado custo financeiro, podendo ser facilmente inserido como estratégia terapêutica em clínicas, consultórios ou mesmo na residência do paciente 42, 44, 23 . Exercícios de fortalecimento muscular e aeróbio resultam em melhoras nas medidas de desempenho funcionale de capacidade física de indivíduos em fase leve a moderada de evolução da DP. Estas melhoras proporcionam um aumento na socialização entre indivíduos com DP e justificam o uso de programas específicos de atividade física como estratégia de reabilitação nessa população 43, 44 . Através da terapia ocupacional (TO) o paciente encontra auxílio e informações para a realização das suas atividades de vida diárias (AVD) bem como na, sua reinserção na atividade profissional e social 2, 38, 41, 45, 46 . A fonoaudiologia está concentrada na voz, articulação e deglutição, que causa a disartrofonia hipocinética, caracterizada pela monotonia e diminuição da intensidade da voz e distúrbios do ritmo. Estes sinais clínicos interferem na alimentação e comunicação do paciente 47, 48 . Em geral o tratamento fonoaudiológico envolve três abordagens: mioterapia, coordenação das estruturas da voz e respiração. O principal objetivo do tratamento fonoaudiológico é aumentar a intensidade vocal por meio de incremento do esforço fonatório e consequentemente respiratório 48 . Os fatores emocionais e psicológicos possuem forte influencia no tratamento da DP tanto para o paciente quanto para os familiares e cuidadores. O diagnóstico é um momento difícil e forte para o paciente, pois é o momento onde ele percebe que terá que aprender a lidar com os aspectos físicos da doença e sua rotina de tratamento 48, 49 . No decorrer do comprometimento físico da DP o quadro de depressão tende a progredir. Em geral, o tratamento da depressão em estado inicial contribui positivamente no tratamento da DP, principalmente sobre o desempenho cognitivo. Vale lembrar que estudo releva que pessoas que sofrem de depressão possuem três vezes mais chances de desenvolverem a DP 48, 50. O tratamento nutricional da DP visa auxiliar uma alimentação adequada. Com a progressão da doença, o paciente tente a se tornar cada vez mais lento e enrijecido interferindo até mesmo na sua alimentação, como por exemplo, o manuseio de talheres 48, 51 . Os cuidados em enfermagem visam disponibilizar apoio aos pacientes com DP sempre que necessário, ofertando possibilidades de tratamento que auxiliem na melhora dos sintomas da doença e a manutenção da sua independência e autonomia 22. 55 . 10 As principais ações de enfermagem incluem a atenção ao paciente e a família, isto, pois, o suporte familiar é fundamental nas fases mais avançadas onde o paciente sofre perdas cognitivas e motoras mais acentuadas além do isolamento social e da presença de depressão. Preconiza-se também a adoção de estratégias de melhoramento da qualidade de vida dos pacientes com propósito de atender às especificidades de cada paciente 33, 55 . Busca-se facilitar o acesso do idoso e sua família aos serviços de saúde levando em consideração a necessidade de uma avaliação individual para criar um plano de ação que vise suprir as necessidades e demandas de cada indivíduo. Por esta razão, entende-se como fundamental o papel dos profissionais enfermeiros na equipe multidisciplinar necessária para o tratamento de pacientes parkinsonianos 55 . 11 – Considerações finais Os pacientes acometidos pela DP são seres bio psico social e espiritualmente constituídos e precisam ser tratados como tal. Um atendimento multidisciplinar é fator fundamental para garantir a manutenção da qualidade de vida dos pacientes pelo maior tempo possível. O conhecimento das características fisiopatológicas da DP é fundamental para o estabelecimento de um atendimento holístico visando não só tratar os sintomas físicos, mas garantir um bem estar emocional e social para os pacientes acometidos pela DP. Os profissionais da enfermagem, terapia ocupacional, fisioterapia, nutrição, medicina, fonoaudiologia, biologia, educação física, psicologia e etc contribuem de forma significativa no tratamento da DP. A etiopatogenia da DP ainda não está completamente estabelecida. Portanto, mais estudos científicos se fazem necessários. Os profissionais da área da biomedicina, farmácia, biologia e etc podem atuar na pesquisa científica tentando descobrir novas metodologias de tratamento, prevenção e até mesmo da cura para a DP. As perspectivas futuras em relação a tratamento dependem de tais estudos. 12 – Agradecimentos Agradeço primeiramente a Deus por todas as maravilhosas bênçãos que já recebi em minha vida. Aos meus pais, Luis Castro Brandão e Sebastiana Castro Brandão pelo incomparável amor e companheirismo em todas as fases da minha vida. Ao meu irmão, Joabson Silva Soares e sua família, Keline Maciel de Oliveira e Sofia Maciel e Silva, pelo imenso apoio. Agradeço aos meus irmãos Israel Silva Soares e família, Gilvan Silva Soares e família, e minha querida irmã Annyelle Silva Brandão por todo amor, carinho e atenção sou extremamente grato. Aos demais familiares, também sou extremamente agradecido. Agradeço aos meus amigos Alexandre Ungaratti, Patrícia Barros, José Alves Figueiredo, Eduardo Brito, Hanna Estefane, Pastor Luiz, Pastor Francisco das Chagas, Oleomar Sousa. . A minha querida amiga Juliana Batista e seu esposo Jepherson Borges, Viviane Vale, Mikaele Machado, meus prezados amigos e colegas de classe Zonaite Gomes e Henrique Moll, minhas admiráveis orientadoras Professora Graziela Araújo e Jaqueline Coimbra. Agradeço imensamente o apoio dos meus amigos e colegas de trabalho Drª Nelice Ganen, Andrelina, Raimunda (Doca), Angélica, Nédima, Nathália, Ívia, Leandro, Sthefanie, Jeferson, Ronielle, Magda, Keyla, Patrícia, Francineide Oyama, Sueli, Luis Eduardo, Leide, Sara, Lanussy, Tamires, Marleusa, Samara, Joice e todos que contribuíram direta e indiretamente para a realização deste trabalho. 11 Referências bibliográficas: 1 - ZEIGELBOIM, Bianca Simone et al. Avaliação do processamento auditivo central em pacientes com doença de Parkinson. Arquivos Int. Otorrinolaringol. 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