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Doença de Parkinson: Características Fisiopatológicas e Tratamento Multidisciplinar

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Curso de Biomedicina Revisão bibliográfica 
DOENÇA DE PARKINSON – SUAS CARACTERÍSTICAS FISIOPATOLÓGICAS SOB AS 
PERSPECTIVAS DOS PROFISSIONAIS DA ÁREA DA SAÚDE 
PARKINSON'S DISEASE - YOUR PATHOPHYSIOLOGICAL CHARACTERISTICS UNDER THE 
PERSPECTIVE OF HEALTH PROFESSIONALS 
Rafael Silva Brandão
1
, Graziela Araújo
2
, Jaqueline Coimbra
3
. 
1 Aluno do curso de Biomedicina 
2 Professora e coordenadora do curso de Biomedicina 
3 Professora do curso de Biomedicina 
 
Resumo 
A Doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa grave, debilitante e irreversível que acomete os mais variados tipos de 
pessoas. É caracterizada essencialmente pela presença de distúrbios motores e cognitivos. As opções de tratamento do parkinsonismo 
são apenas sintomáticas e nenhuma delas faz a degeneração neuronal desaparecer totalmente. Suas causas ainda não estão 
completamente entendidas. A etiopatogenia da DP pode estar relacionada com possíveis erros na síntese de algumas proteínas, com 
fatores de predisposição genética, estresse oxidativo, desequilíbrio na atividade de neurotransmissores, exposição a toxinas 
ambientais, atividade imunológica mediada por citocinas e etc. Os pacientes acometidos por esta enfermidade possuem elevada 
propensão a desenvolver quadros de depressão. O presente estudo trata-se de uma revisão bibliográfica com o objetivo de evidenciar 
os aspectos fisiopatológicos da DP e correlacionar a importância de tal entendimento para uma abordagem multiprofissional mais 
eficaz. O estudo sugeriu que a compreensão multiprofissional sobre os aspectos fisiopatológicos da DP oferece requisitos para um 
atendimento holístico visando não só tratar os sintomas, mas como a manutenção da qualidade de vida dos pacientes pelo maior 
tempo possível. 
Palavras-chave: Doenças neurodegenerativas, Doença de Parkinson, tratamento multiprofissional. 
 
Abstract 
Parkinson's disease (PD) is a serious, debilitating and irreversible neurodegenerative disease that affects all kinds of people. It is 
essentially characterized by motor and cognitive disorders. The parkinsonism treatment options are only symptomatic and none 
neuronal degeneration makes the totally disappearing. Its causes are not fully understood. The pathogenesis of PD may be related to 
possible errors in the synthesis of some proteins with genetic predisposition factors, oxidative stress, imbalance in neurotransmitter 
activity, exposure to environmental toxins, immunological activity mediated by cytokines etc. The patients suffering from this disease 
have high propensity to develop frameworks of depression. This study deals with a literature review in order to highlight the 
pathophysiological aspects of PD and correlate the importance of such understanding for more effective multidisciplinary approach. The 
study suggested that the multidisciplinary understanding of the pathophysiology of PD provides requirements for a holistic service aimed 
not only treat the symptoms, but as maintaining the quality of life of patients as long as possible. 
Keywords: Neurodegenerative diseases, Parkinson’s disease, multidisciplinary treatment. 
___________________________________________________________________________________ 
Contato: nip@unicesp.edu.br 
 
1 – Introdução 
 
 A Doença de Parkinson (DP) é uma das 
doenças neurodegenerativas com maior 
prevalência na população mundial
1
. Esta doença 
ataca os mais variados tipos de pessoas, porém é 
mais frequente em pessoas com idade superior a 
50 anos, havendo, no entanto, raras exceções
2
. 
Os pacientes acometidos desta 
enfermidade são seres bio psico social e 
espiritualmente constituídos e precisam ser 
tratados como tal. A qualidade de vida de 
pacientes parkinsonianos pode estar 
comprometida desde a percepção dos primeiros 
sinais. Com a progressão dos sintomas e as 
complicações do tratamento observa-se um 
progressivo declínio em sua qualidade de vida
3
. 
O presente estudo objetivou reunir 
informações na literatura sobre as características 
fisiopatológicas da doença, bem como os 
possíveis tratamentos sob as perspectivas dos 
profissionais da área da saúde a fim de elucidar a 
sua importância na qualidade de vida dos 
pacientes parkinsonianos na atualidade. 
 
2 – Metodologia 
 
 Foram analisados 157 artigos científicos 
encontrados nas bases de dados SciELO e 
LILACS de forma que fosse evidenciada as 
principais características da DP correlacionando 
seus aspectos fisiopatológicos com as 
perspectivas dos profissionais da área da saúde. 
Constatou-se que existe uma discreta 
escassez de estudos relacionados a tais 
perspectivas. Consideraram-se apenas artigos e 
livros em língua portuguesa e inglesa publicados 
entre os anos de 2000 a 2015. De 157 artigos 
 
 
2 
 
analisados, foram selecionados 49 e de 10 livros 
foram selecionados 5. Como critério de seleção 
de artigos e livros utilizou-se a relevância do 
conteúdo dos estudos com a temática proposta 
no presente estudo. 
As palavras chaves utilizadas na 
pesquisa de artigos foram: doenças 
neurodegenerativas, fisiopatologia, Doença de 
Parkinson, tratamento multiprofissional. 
 
3 – Revisão da literatura 
 
As Doenças Neurodegenerativas (DN’s) 
são caracterizadas pela morte de células 
responsáveis pelo funcionamento do sistema 
nervoso, levando assim, a progressiva disfunção 
deste. As células nervosas são fundamentais 
para a condução de impulsos nervosos
2
. 
Um grande número de DN’s está 
associado a uma transmissão genética, com 
herança dominante ou recessiva, enquanto que 
outras doenças ocorrem de forma aleatória
2
. 
 O aumento da expectativa de vida da 
população tem contribuído para um crescente 
interesse no estudo das DN’scomo: Doença de 
Alzheimer (DA), Doença de Parkinson (DP); 
Doença de Huntington (DH), Esclerose Lateral 
Amiotrófica (ELA). Sendo as duas primeiras, 
respectivamente, as mais prevalentes na 
população idosa
4
. 
 Por vários anos as DN’s que ocasionam 
demência e distúrbios dos movimentos foram 
classificadas de acordo com sua principal 
característica clínica. Como por exemplo, DA – 
síndrome demencial; DP e DH – síndrome 
demencial com distúrbios do movimento; ataxias 
espinocerebelares – distúrbios do movimento
2
. 
 Há estudos que descrevem as DN’s de 
acordo com a região anatômica do Sistema 
Nervoso Central (SNC) mais afetada (ex.: córtex 
cerebral, núcleos da base, sistema 
espinocerebelar, neurônios motores e etc.) 
podendo existir formas combinadas em casos de 
neurodegeneração em mais de uma área no 
encéfalo
5
. 
 Diversos estudos têm sido elaborados 
com o objetivo de identificar biomarcadores 
precoces das DN’s como forma de identificar a 
doença antes do início das manifestações 
clínicas
5, 2
. 
Existem também testes genéticos 
capazes de detectar mutações causadoras de 
algumas destas doenças. Contudo, mesmo 
quando a mutação genética é detectada não é 
possível afirmar se o indivíduo vai manifestar a 
doença, pois a maioria das DN’s se manifesta de 
forma aleatória
5
. 
 Dependendo do tipo de DN, em casos 
graves, o paciente chega a perder funções 
motoras, cognitivas e fisiológicas. O tratamento, 
em geral, se baseia na inibição da degeneração 
das células nervosas visando à qualidade de vida 
do paciente pelo maior tempo possível
5, 6
. 
 A Doença de Alzheimer e a Doença de 
Parkinson por serem as duas DN’s mais 
prevalentes, consequentemente, seus respectivos 
tratamentos produzem elevado impacto social e 
financeiro
6, 7
. 
Informações do Ministério da Saúde (MS) 
revelam que os custos anuais com medicamentos 
antiparkinsonianos estejam em torno de 11 
bilhões de dólares, sendo estes, de 3 a 4 vezes 
mais caros para pacientes em estágio avançado 
da doença
6
. 
 A Doença de Parkinson (DP) ou Mal de 
Parkinson, é uma doença neurodegenerativa 
caracterizada pela morte progressiva de 
neurônios dopaminérgicos nigrais dos gânglios 
basais e pela presença de inclusões 
citoplasmáticas denominadas corpúsculosou 
neutritos de Lewy nos neurônios sobreviventes
5, 8
. 
A ocorrência de distúrbios do movimento 
característicos desta patologia é documentada de 
longa data como comprovou o médico 
neurologista James Parkinson (1755 - 1824) em 
uma monografia documentada em 1817 intitulada 
An Essay on the Shaking Palsy (Ensaio sobre a 
Paralisia agitante), na qual foi descrita o que mais 
tarde se tornou conhecida como a Doença de 
Parkinson (DP)
5, 55
. 
 A patologia denominada “paralisia 
agitante” foi caracterizada pela presença de 
movimentos tremulantes involuntários, com 
diminuição da força muscular, tendência para 
inclinação do tronco para frente e alteração na 
marcha (festinação), tendo os sentidos e o 
intelecto não afetados. Na evolução da 
enfermidade também foi descrita presença de 
tremores, de início, principalmente em uma das 
mãos e, posteriormente, mais difusos progredindo 
para piora da marcha, quedas frequentes, 
dificuldades para a deglutição, sialorréia 
constante, incontinência urinária, disartria, 
obstipação e anartria
5, 10
. 
 Dentre todas as manifestações clínicas 
observadas por James Parkinson, a presença de 
tremor e o distúrbio na marcha foram 
considerados por ele sinais patognomônicos da 
doença. Mas apesar da publicação e divulgação 
do seu trabalho, a doença somente tornou-se 
conhecida pelos neurologistas na segunda 
metade do século XIX
5, 11
. 
 Outros neurologistas também publicaram 
a respeito da doença, porém a mais relevante 
contribuição no estudo veio do médico 
neurologista francês Jean-Martin Charcot (1825-
1893) que em 1857 sugeriu que a enfermidade 
fosse denominada Doença de Parkinson em 
homenagem a James Parkinson
5, 10, 11
. 
 Charcot acrescentou contribuições 
pessoais na descrição do quadro clínico, no 
diagnóstico diferencial e no tratamento da 
doença. Relacionou estudos comparativos 
diferenciando o tremor parkinsoniano dos 
 
 
3 
 
tremores de outras etiologias. Definiu a presença 
da alteração postural, características de 
imobilidade, atitude peculiar do corpo e 
membros
11
. Caracterizou a presença de perda da 
memória, disfunção cognitiva, disartria e escrita 
peculiar. Informações clínicas bastante 
conhecidas na atualidade, mas que até então não 
haviam sido definida
1, 55
. 
Segundo Ribeiro (2010) o parkinsonismo 
pode ser dividido em grupos conforme a sua 
etiologia: 1 – primário ou idiopático (Doença de 
Parkinson); 2 – secundário ou adquirido (infecção 
– parkinsonismo pós-encefálico; toxinas – 
manganês, monóxido de carbono, 1-metil-4-fenil-
1, 2, 3, 6-tetra-hidropiridina (MPTP); 
medicamentos – antipsicóticos, reserpina, alfa-
metildopa, metoclorapramida, cinarizina, 
flunarizina e outros) vascular; trauma e tumor. 3 – 
parkinsonismo plus, no qual existem outros 
achados neurológicos (como por exemplo: 
degeneração nigroestriatal, paralisia supranuclear 
progressiva, Síndrome de Shy-Drager, 
hidrocefalia de pressão normal, DA, DW, DH)
13
. 
Esta enfermidade ataca os mais variados 
tipos de pessoas, porém a maioria dos casos é 
mais frequente em pessoas com idade superior a 
50 anos, havendo, no entanto, raras exceções
2, 55
. 
Acredita-se que, em média, deva haver 
acima de 60% de perda neuronal para que 
possam ser observados os chamados sinais 
cardinais da doença
13
. 
 
3.1 – Características fisiopatológicas da 
Doença de Parkinson (DP) 
 
3.1.1 – Aspectos anatômicos 
 
 As estruturas anatômicas que atuam no 
sistema motor, e que são afetadas por doenças 
responsáveis por movimentos involuntários, 
incluem os núcleos da base e suas conexões, o 
núcleo subtalâmico, os núcleos ventrais anterior e 
lateral e a substância negra
5
. 
 Os núcleos basais motores são 
constituídos por estruturas telencefálicas, 
diencéfálicas e mesencefálicas
5
. 
 Na concavidade do ventrículo lateral do 
telencéfalo, é possível encontrar uma estrutura 
em forma de C conhecida por núcleo caudado. 
Esta estrutura acompanha a borda súpero-lateral 
do tálamo e pode ser dividia em: cabeça, corpo e 
cauda. A cabeça tem um maior diâmetro e está 
localizada na porção anterior fazendo protrusão 
no corno anterior do ventrículo lateral. O corpo 
encontra-se no assoalho da porção central do 
ventrículo lateral em posição posterior e lateral do 
tálamo. A cauda está relacionada à porção 
posterior do putâmen pelo pendúculo do núcleo 
lentiforme e o corno inferior do ventrículo lateral
5
. 
 O núcleo lentiforme possui a forma de 
uma lente biconvexa ou de uma pirâmide. A face 
lateral é separada do lobo da ínsula pela cápsula 
externa, pelo claustrume pela cápsula extrema. 
Sua face ântero-medial é separada da cabeça do 
núcleo caudado pelo braço anterior da cápsula 
interna. A face póstero-medial é separada do 
tálamo pelo braço posterior da cápsula interna. A 
face inferior é local de passagem da comissura 
anterior e recebe os principais pedículos arteriais. 
A lâmina medular lateral separa o núcleo 
lentiforme em putâmen, lateralmente, e globo 
pálido medialmente
5
. 
 O putâmen apresenta forma de concha e 
é o maior componente dos núcleos da base. 
Envolve o globo pálido e aparece em cortes 
sagitais mais laterais e em cortes coronais mais 
anteriores. Nesse plano, ele se prolonga também 
mais posteriormente que o globo pálido. Este, que 
apresenta tamanho menor, é subdividido pela 
lâmina medular interna em globo pálido medial e 
globo pálido lateral. O globo pálido medial é 
separado pela lâmina medular acessória em 
segmentos internos, sendo relacionado com o 
fascículo lenticular externo e com a alça 
lenticular
5
. 
Macroscopicamente, o globo pálido, 
contrasta claramente, pelo seu aspecto mais 
pálido com putâmen, mais escuro. As fibras que 
fazem conexão na porção mais medial do núcleo 
lentiforme são responsáveis pelo aspecto mais 
claro. Nas faces lateral e superior, o globo pálido 
medial é envolvido pelo globo pálido lateral. Sua 
porção ventro-póstero-lateral corresponde a um 
dos principais alvos para o tratamento por cirurgia 
estereotáxica para movimentos anormais
5
. 
 O conjunto dos núcleos caudado e 
lentiforme é conhecido como esriatum, e sua 
parte mais recente ou neostriatum corresponde 
ao núcleo caudado e ao putâmen. Essas 
estruturas são interligadas pela ponte cinzenta 
caudo lenticular, mais desenvolvida na região 
superior e anterior, onde se encontram 
fusionados. O globo pálido corresponde ao 
paleostriatum. Do ponto de vista funcional, o 
neostriatum corresponde à porta de entrada das 
vias aferentes, enquanto o globo pálido pertence 
ao sistema eferente. O núcleo acumbens 
corresponde a um grupo celular com posição 
intermediária anatômica e funcional entre o 
sistema límbico e os núcleos da base. Estende-se 
da base da área septal até a junção do núcleo 
caudado e do putâmen, onde passa a ser 
contínuo com as divisões ventrais desses 
núcleos
5
. 
 No diencéfalo, o núcleo subtalâmico ou 
núcleo de Luys pertence à região subtalâmica 
que inclui o núcleo reticular, a zona incerta, o 
núcleo pré-geniculado e os campos de Forel. Este 
núcleo situa-se inferiormente à zona incerta, que 
o separa dos núcleos ventro-laterais do tálamo
5
. 
O núcleo subtalâmico é circunscrito, 
superiormente, pelo fascículo lentiforme e, 
inferiormente, pela alça lenticular. O fascículo 
lenticular passa entre a zona incerta e o núcleo 
 
 
4 
 
subtalâmico, atravessando o campo de Forel H2. 
O campo H situa-se superior e lateralmente ao 
hipotálamo acima do pendúculo cerebral e 
anteriormente ao núcleo rubro. O fascículo 
subtalâmico une o núcleo subtalâmico e o globo 
pálido através dá cápsula interna
5
. 
O tálamo é constituído por um grupo par 
de núcleos de substância cinzenta com formato 
ovóide, situado lateralmente ao terceiro 
ventrículo, inferiormente ao ventrículo lateral e 
medialmente à cápsula interna. Representa a 
maior parte da parede lateral do terceiro 
ventrículo, separando-se do hipotálamo, 
inferiormente, pelo sulco hipotalâmico, que passa 
do forame interventricular até o aquedutocerebral. O assoalho do ventrículo lateral é 
formado medialmente pelo tálamo e lateralmente 
pelo núcleo caudado, separados pelo sulco 
tálamo-estriado
5
. 
 A extremidade anterior do tálamo é 
estreita em relação à extremidade posterior (o 
pulvinar). A parte inferior ou ventral da divisão 
lateral tem importância anatomofisiológica em 
movimentos anormais. Apresenta três 
componentes: o núcleo ventral anterior, o núcleo 
ventral lateral e o componente ventral posterior. O 
núcleo ventral anterior e a porção anterior do 
núcleo ventral lateral relacionam-se com os 
núcleos da base. A parte posterior do núcleo 
ventral lateral relaciona-se com o cerebelo. O 
componente ventral posterior, dividido em medial 
e lateral, relaciona-se com vias da sensibilidade
5
. 
 A substância negra é dividida em 
compacta e reticular. Formada por neurônio que 
contêm melanina possui coloração escura e está 
situada entre o tegumento e a base do pendúculo 
no mesencéfalo. A parte compacta possui 
neurônios com grandes concentrações de 
dopamina e representa as conexões eferentes. A 
parte reticular é responsável principalmente pelas 
conexões aferentes da substância negra
5
. 
 
3.1.2 – Aspectos bioquímicos e moleculares 
da DP 
 
3.1.2.1 – Erros no envelopamento protéico 
(Misfolding) 
 
 Um erro de envelopamento protéico 
significa a adoção de conformações anômalas de 
certas proteínas expressas normalmente. A 
conversão da cadeia linear de aminoácidos feita 
pelos ribossomos exige que ela seja dobrada 
corretamente. Nas complexas sequencias de 
fases na síntese de proteínas podem ocorrer 
falhas, que por sua vez podem levar a produção 
de proteínas variantes com dobramentos 
protéicos errados incapazes de encontrar o 
caminho de volta para a sua conformação 
“nativa”
26
. 
Estas moléculas com dobramentos 
protéicos errados podem se acumular no 
citoplasma e causar problemas dentro da célula. 
Os resíduos hidrofóbicos destas moléculas que 
normalmente estariam no centro da proteína 
ficam expostos em sua superfície o que permite 
que esta molécula tenha uma forte tendência para 
formação de agregados microscópicos 
insolúveis
5, 12
. 
 As conformações com dobramentos 
protéicos errados podem ser geradas de forma 
aleatória e espontânea em velocidade lenta por 
toda a vida, de forma que os agregados se 
acumulem gradualmente com a idade 
aumentando a probabilidade de degeneração 
neuronal com o decorrer do tempo
8, 12
. 
Na DP o erro no dobramento protéico 
ocorre na proteína α-sinucleína que ocasiona a 
deposição de agregados citoplasmáticos 
conhecidos com Corpos de Lewy
5, 12, 13, 16, 17
. 
 
3.1.2.2 – Estresse Oxidativo 
 
A chamada “Teoria do stress oxidativo” se 
baseia na formação de moléculas instáveis que 
reagem com outras moléculas existentes gerando 
uma oxidação, que por sua vez em alguns casos, 
pode levar a morte celular
2, 4
. 
Marcadores de stress oxidativo como 
nitro-tirosina e carbonilas protéicas são 
detectados em elevadas concentrações no 
sistema nervoso de pacientes com DP. Além 
disso, estudos relatam níveis alterados da 
expressão de enzimas antioxidantes como 
tiorredoxina, tiorredoxinaredutase, 
peroxirredoxina, glutionaperoxidase, e também 
ferritina e transferrina
4, 11
. 
Em condições normais o organismo tende 
a eliminar estas moléculas indesejáveis através 
de defesas antioxidantes, porém, na DP ocorre 
um acúmulo destes radicais na substância negra 
o que por sua vez pode levar o 
desencadeamento ou agravamento do processo 
degenerativo
2
. 
O cérebro possui uma elevada 
necessidade energética, que normalmente é 
suprida pela fosforilação oxidativa mitocondrial, 
gerando ATP e ao mesmo tempo reduzindo o O2 
molecular em H2O2. Sob determinadas situações, 
espécies altamente reativas de oxigênio, como 
por exemplo, radicais livres de oxigênio, hidroxilas 
e H2O2, podem ser geradas como produtos 
colaterais deste processo. O estresse oxidativo é 
o resultado da produção excessiva destas 
espécies reativas
12
. 
 Sem antagonismo, os radicais reativos de 
oxigênio atacam moléculas-chave, incluindo 
enzimas, fosfolipídios e DNA. Existem 
mecanismos de defesa, na forma de enzimas tais 
como a superóxido dismutase (SOD) e a 
catalase; antioxidantes como o ácido ascórbico 
(vitamina C), a glutationa e o α-tocoferol (vitamina 
E) que normalmente conseguem manter estas 
espécies reativas sob controle
2, 4, 12
. 
 
 
5 
 
A degradação da dopamina em ácido 3,4-
dihidrofenilacético pela MAO gera o peróxido de 
hidrogênio que na presença de ferro, abundante 
nos gânglios da base, pode gerar radicais livres 
hidroxila. Esta produção de moléculas de hidroxila 
e peróxido de hidrogênio pode resultar em 
neurotoxicidade por interferência na cadeia 
respiratória celular
2, 4, 8
. 
Estudos revelam que apesar de existirem 
diferentes fatores de pré-disposição genética e 
vulnerabilidade regional à morte celular, o stress 
oxidativo representa um mecanismo unificador de 
doenças neurodegenerativas
4, 55
. 
A baixa ingestão dietética de substâncias 
antioxidantes pode acarretar em aumento das 
concentrações de radicais livres no organismo, 
por este motivo a manutenção do balanço em 
favor dos antioxidantes é de essencial 
importância para a integridade do cérebro
18, 19, 20
. 
 
3.2 – Desequilíbrio de neurotransmissores 
 
A DP surge em decorrência da destruição 
de neurônios que produzem um importante 
neurotransmissor denominado dopamina e da 
síntese de algumas proteínas
2
. 
A dopamina é metabolizada no cérebro 
por ação da monoaminaoxidase (MAO) e catecol-
o-aminotransferase (COMT) em ácido 
homovelínico (HVA) e ácido 3,4-
dihidrofenilacético. Para a biossíntese da 
dopamina é indispensável a ação de 3 
coenzimas: a coenzima THFA (ácido 
tetrahidrofólico) (atua na transformação de L-
tirosina para L-dopa), fosfato piridoxal (atua na 
transformação de L-dopa a dopamina) e NADH 
(atua na formação de THFA e fosfato piridoxal). 
Tais coenzimas são obtidas a partir de vitaminas 
hidrossolúveis
2, 11
. 
Depois de sintetizada, a dopamina atua 
como um importante neurotransmissor ativando 
os cinco tipos de receptores dopaminérgicos (D1, 
D2, D3, D4 e D5) que se encontram amplamente 
distribuídos pelo Sistema Nervoso Central (SNC) 
e que são responsáveis por diferentes ações 
fisiológicas da dopamina. Os receptores 
dopaminérgicos D2, D3 e D4 são inibitórios e os 
receptores D1 e D5 são estimulatórios
2, 12
. 
A acetilcolina é um neurotransmissor 
sintetizado a partir de acetil-CoA e colina. Atua na 
contração muscular através de receptores 
específicos denominados muscarínicos (m1, m2, 
m3, m4 e m5) nos quais os receptores m1, m3 e 
m5 são estimulatórios e os receptores m2 e m4 
são inibitórios
2, 4
. 
A DP tende a se manifestar nos casos em 
que o efeito da dopamina é menor que o da 
acetilcolina, isto, pois, a falta de dopamina resulta 
em um aumento global da atividade da 
acetilcolina, ocasionando um desequilíbrio entre 
estes neurotransmissores e ativando o processo 
de contração muscular
2, 8, 18
. 
 
4 – Toxinas ambientais 
 
 A possibilidade da etiopatogenia da DP 
estar vinculada à ação de toxinas ambientais, ou 
mesmo à ação de toxinas pré-dispostas tem sido 
discutida em estudos recentes
26, 2, 8, 18, 22
. 
 Vários estudos têm associado uma 
frequência de aparecimento da DP em pacientes 
que vivem em zona rural, que fazem uso de poço 
de água e que estão mais expostos a pesticidas e 
herbicidas. Não menos importante, outra 
associação bem discutida é a exposição a 
produtos químicos industriais como: manganês, 
mercúrio, cianeto, dissulfeto de carbono, 
solventes e produtos petroquímicos
5, 12
. 
 
5 – Sinais e sintomas da DP 
 
 O equilíbrio corporal, basicamente, é a 
capacidade do ser humano de executar 
movimentos e de manter-se ereto. A manutenção 
da postural corporal se dá através de uma 
interação sensório-motora e acontece 
normalmente sem que requeira atenção 
consciente
18, 23
. 
As alterações do equilíbrio podem levaro 
indivíduo a se queixar de desequilíbrio corporal e 
podem ainda gerar falha em um ou mais dos 
sistemas podendo comprometer a função normal 
de órgãos e determinar manifestações clínicas
23, 
24
. 
Entre as diversas causas que podem 
determinar alterações no equilíbrio corporal, a DP 
é caracterizada como uma afecção neurológica 
grave, debilitante e progressiva que se manifesta 
essencialmente por sintomas motores e 
cognitivos
2, 5, 6, 18, 23, 24, 25
. 
Com o passar do tempo, estas 
decorrentes alterações no controle motor tornam-
se mais evidentes resultando em tremor em 
repouso, acinesia, alterações dos reflexos 
posturais, instabilidade e distúrbios de 
desequilíbrio na marcha, livedo reticular (cútis 
mormata), oleosidade, hipotensão pós-prandial, 
distúrbios vasomotores, impotência sexual, 
disfunção vesical, disfagia, sialorréia, intolerância 
ao calor, sudorese excessiva, hipotensão 
ortostática, dispnéia, constipação intestinal, 
alterações pupilares, alterações da 
termorregulação e da temperatura cutânea
2, 8, 23, 
25
. 
A progressão da DP pode ser subdividida 
em duas fases: pré-sintomática e sintomática 
compreendendo no total seis estágios (Figura 01). 
A fase pré-sintomática compreende os estágios 1 
e 2 e é marcada pelo surgimento de inclusões 
citoplasmáticas denominadas corpúsculos de 
Lewy nas células que constituem o núcleo motor 
dorsal do nervo vago e o núcleo olfativo anterior 
do tronco cerebral inferior de indivíduos 
assintomáticos
8, 25
. 
 
 
 
6 
 
A partir do 3º estágio os corpúsculos de 
Lewy são encontrados na substância negra, 
sendo que neste estágio se iniciam os primeiros 
sintomas motores característicos da doença
8
. 
 Caracterizado pela atividade rítmica 
alternante de músculos antagonistas com uma 
frequência variável entre 3,5 a 7 Hz, o sintoma 
tremor ainda possui mecanismo básico 
especulativo. Três principais mecanismos são 
propostos: supra-espinhal (talâmico), espinhal e 
um mecanismo duplo (supra-espinhal e 
espinhal)
25
. 
 O supra-espinhal baseia se na 
possibilidade de o tremor surgir da disfunção de 
um marca-passo localizado no tálamo, ao nível do 
núcleo ventral intermediário, o qual recebe 
projeções cerebelares e espinotalâmicas. Nesse 
sentido, o papel do cerebelo parece cada vez 
maior. É argumento favorável a esse mecanismo 
o desaparecimento do tremor após cirurgia 
(talamotomia)
24, 25
. 
 Um mecanismo espinhal oscilatório 
também é proposto para explicar a origem dos 
tremores na DP. Essa hipótese se baseia na 
presença de características oscilatórias do arco 
reflexo miotático com descargas anormais em 
fibras nervosas. Na hipótese do mecanismo 
duplo, um marca-passo talâmico seria 
influenciado por informações cinestésicas 
periféricas
24, 25
. 
 Entre as hipóteses prováveis que 
expliquem o mecanismo da rigidez muscular 
estão: a hiperatividade de vias reflexas ao nível 
do córtex cerebral e o controle anormal de 
interneurônios espinhais. A bradicinesia é o sinal 
cardinal da DP que melhor se correlaciona com o 
déficit dopaminérgico estriatal
5, 24
. 
 As alterações comportamentais estão 
frequentemente associadas à maioria dos 
distúrbios do movimento. Os distúrbios 
neuropsiquiátricos são frequentes na DP e podem 
ser mais incapacitantes que o próprio quadro 
motor que caracteriza a doença. A depressão é o 
distúrbio neuropsiquiátrico mais comum da DP. 
Vários estudos demonstram uma maior incidência 
de depressão entre pacientes parkinsonianos do 
sexo feminino
5, 8, 24
. 
 Pacientes com histórico pessoal ou 
familiar de depressão têm maior probabilidade de 
se tornarem deprimidos após o início do 
parkinsonismo. Tipicamente, os pacientes 
experimentam perda de iniciativa e de auto-
estima, possuem um alto nível de ansiedade, 
tristeza, irritabilidade e pessimismo sobre o 
futuro
5
. 
 Em geral a depressão se manifesta antes 
dos sinais e sintomas motores, podendo procedê-
los em até vários anos
24
. A depressão é mais 
prevalente em indivíduos portadores de doenças 
crônicas igualmente incapacitantes, e não está 
necessariamente correlacionada com a gravidade 
da doença
5
. 
 Em resumo, apesar dos avanços 
exponenciais no entendimento do funcionamento 
dos gânglios da base e do sistema motor, muitas 
pesquisas e estudos se fazem necessários para 
esclarecer a fisiopatologia dos sinais cardinais da 
DP
5, 8, 24, 25
. 
 
6 – Aspectos imunológicos da DP 
 
 Citocinas são proteínas ou glicoproteínas 
produzidas por glóbulos brancos (leucócitos) e 
outros tipos de células. Possuem a característica 
Figura 1 – A – Representação esquemática das fases pré-sintomática e sintomática da DP; B – Diagrama ilustrando o 
processo patológico ascendente (fonte: referência 8). 
 
 
7 
 
de mediar a comunicação química entre as 
células e o sistema imune
8, 24, 26
. 
Alguns estudos propuseram o 
envolvimento de citocinas no processo de 
degeneração da DP. Foi proposto que um 
desequilíbrio no balanço de citocinas, 
neurotrofinas e proteínas relacionadas à apoptose 
estaria envolvido na patogênese da DP
26
. 
Os corpúsculos de Lewy são basicamente 
constituídos por proteínas neurofilamentares, 
ubiquitina e proteínas envolvidas no metabolismo 
da ubiquitina. Antígenos para neurofilamentos 
foram confirmados tanto no núcleo como na 
região periférica dos corpúsculos de Lewy. O 
envolvimento do sistema proteolítico da ubiquitina 
sugere que os corpúsculos de Lewy devam ser a 
manifestação estrutural de resposta celular de 
proteção para eliminar elementos de dano 
celular
25, 26
. 
Acredita-se que a etiopatogenia da DP 
esteja relacionada a uma elevada produção de 
citocinas que por sua vez promovem reações 
imunológicas exageradas promovendo migração 
de células do sistema imune para o sistema 
nervoso e desencadeando o parkinsonismo
25
. 
 
7 – Aspectos genéticos da DP 
 
Acredita-se que existe uma predisposição 
genética para a DP, pois se estima que cerca de 
20% dos pacientes portadores da doença têm, 
pelo menos, um parente de primeiro grau com 
DP
5, 25, 27
. 
 A importância de fatores genéticos na 
etiopatogenia da DP cresceu de forma 
exponencial nos últimos anos culminando com a 
definição de algumas formas de doença com 
herança autossômica dominante, recessiva, com 
a definição de genes e pela pesquisa de fatores 
genéticos de suscetibilidade a neurotoxinas 
endógenas ou enxógenas
5, 26, 27, 28, 29
. 
 Embora a maioria dos casos de DP seja 
de esporádico, pelo menos 16 loci 
cromossômicos têm sido identificados e neles 
mapeiam cinco genes conclusivamente 
reconhecidos como causas autossômicas 
dominantes ou recessivas da doença: SNCA, 
LRRK2, Parkin, PINK 1 e DJ1. O Quadro 1 
resume os principais loci genéticos, genes 
relacionados, tipo de herança e manifestação 
descobertos até o presente momento
5, 8, 30, 31
. 
 Além de fatores genéticos existem 
hipóteses que propõem que as doenças 
neurológicas mais frequentes, como a DP, podem 
ser determinadas pelo efeito de variantes 
genéticas na população
33
. 
 
8 – Tratamento farmacológico da DP 
 
 O tratamento da fase inicial da DP 
envolve basicamente o uso de 2 classes de 
drogas: as que têm como objetivo interferir na 
evolução da doença e as de efeito sintomático
5
. 
Sem tratamento a DP progride ao longo de 5 a 10 
anos para um estado de rigidez e acinesia, no 
qual os pacientes não conseguem cuidar de si 
próprios. A morte geralmente resulta das 
complicações da imobilidade, entre elas 
pneumonia por aspiração ou embolia pulmonar e 
etc. A disponibilidade de tratamento farmacológico 
eficaz alterou radicalmente o prognóstico da DP 
possibilitando a manutenção da mobilidade por 
muitos anos e aumentando a expectativa de vida 
dos pacientes tratados de forma adequada
34
. 
Fontes: 8, 30, 31, 32. 
 
 
8 
 
 A levodopa (L-DOPA, L-3,4-
diidroxifenilalanina) é o precursor metabólico da 
dopamina e isoladamente é o fármaco mais eficaz 
para o tratamento sintomático da DP. Seus 
efeitos terapêuticos e adversosresultam da 
descarboxilação do composto original em 
dopamina. Possui rápida absorção no intestino 
delgado, suas concentrações plasmáticas 
geralmente atingem níveis máximos entre 30 
minutos a 2 horas após a dose oral. Possui meia-
vida plasmática curta (1 a 3 horas)
33, 34
. 
 A competição pelos locais de absorção do 
intestino delgado com os aminoácidos da dieta 
pode produzir efeitos significativos na absorção 
da levodopa; a administração junto com refeições 
retarda a absorção e diminui as concentrações 
plasmáticas. No cérebro, a levodopa ela é 
convertida em dopamina por descarboxilação, 
principalmente dentro das terminações pré-
sinápticas de neurônios dopaminérgicos do 
estriado. Depois de ser liberada, a dopamina é 
transportada de volta às terminações 
dopaminérgicas por um mecanismo de captação 
pré-sináptica ou é metabolizada pelas ações da 
MAO e catecol-O-metil-transferase (COMT)
12, 34
. 
 Em geral, na prática clínica, a levodopa é 
quase sempre administrada junto com um inibidor 
de ação periférica como, por exemplo, a 
carbidopa ou benserazida. Se a levodopa for 
administrada isoladamente é provável que menos 
de 1% do fármaco chegue ao SNC, pois a maior 
parte da levodopa será descarboxilada por 
enzimas presentes na mucosa intestinal e em 
outros tecidos periféricos de forma que pequenas 
quantidades cheguem a circulação cerebral
34
. 
 O tratamento com levodopa pode produzir 
bons resultados em todos os sinais e sintomas da 
DP. Nos estágios iniciais, a intensidade da 
melhora do tremor, da rigidez e da bradicinesia 
pode ser praticamente total
12, 34
. Porém, estudos 
revelam que sua efetividade decline 
gradualmente à medida que a doença progride, 
pois a capacidade dos neurônios de armazenar 
dopamina é perdida, de forma que o benefício 
terapêutico dependa cada vez mais da formação 
de levodopa extraneuronal, o que exige uso 
contínuo de levodopa
12, 33
. 
Outros grupos de fármacos também são 
utilizados, como: inibidores enzimáticos, 
agonistas dopaminérgicos e anti-colinérgicos
33, 35
. 
 A seleginina é um inibidor da 
Monoaminoxidase (MAO) que atua como 
neuroprotetor contribuindo para o retardamento 
do processo neurodegenerativo. Possui a 
característica de induzir a atividade de enzimas 
removedoras de radicais livres, inibe a auto-
oxidação de dopamina, e retarda a morte por 
apoptose de células nervosas
34
. 
Os sintomas em geral são aliviados ou 
suprimidos com os tratamentos farmacológicos, 
porém as consequências do uso crônico das 
medicações devem ser pesadas antes do início 
do tratamento, visto que o emprego dessas 
drogas em longo prazo pode levar a reações 
adversas incapacitantes
4, 5, 8
. As drogas utilizadas 
no tratamento do parkinsonismo são apenas 
sintomáticas e nenhuma delas faz a degeneração 
neuronal desaparecer totalmente
13
. 
 
9 – Intervenção cirúrgica no tratamento da DP 
 
 A intervenção cirúrgica para a DP vem 
sendo utilizada e aprimorada há décadas. No 
passado começando as técnicas cirúrgicas 
baseavam-se em lesões no trato pirimidal, 
contudo, eram observados muitos efeitos 
adversos, como a substituição do movimento 
anormal pela ausência completa de movimento. 
Depois os cirurgiões voltaram-se para as lesões 
dos gânglios da base em tentativa de melhorar o 
parkinsonismo sem causar paralisia
5
. 
 À medida que a utilização de levodopa se 
tornava amplamente disponível a cirurgia 
funcional foi progressivamente abandonada. 
Entretanto, depois de uma longa experiência com 
a terapia medicamentosa, concluiu-se que 
embora seja a melhor escolha para o tratamento 
inicial, o atual tratamento farmacológico 
apresenta desvantagens, isto, pois, a maioria dos 
pacientes com doença de longa duração 
desenvolve complicações significantes que nem 
sempre são corrigidas pelos tratamentos 
medicamentosos disponíveis
5, 12, 13
. 
 A cirurgia para a DP possui um elevado 
potencial para melhorar a função motora de 
pacientes com DP a longa data. As opções 
disponíveis atualmente, as lesões de estimulação 
cerebral profunda (ECP), assim como os 
procedimentos mais experimentais, como 
implantes, são sugeridas, sem exceção, como 
sendo benéficas na DP
5, 12, 36
. 
 A talamotomia estereotáxica é uma 
importante arma no tratamento da DP e pode ser 
utilizada também em diferentes situações
5, 12, 36
. 
Estudos recentes demonstram que os 
tremores e a rigidez, além dos outros sintomas, 
desaparecem ou melhoram com a talatomia
5, 8
. 
 Nos casos de quadro bilateral, é possível 
a realização de uma segunda cirurgia no lado 
oposto, desde que seja respeitado um intervalo 
mínimo de três meses. Entretanto, deve-se optar 
por outro alvo, pois a talatomia bilateral pode 
apresentar maior morbidade
5
. 
 A literatura disponível sugere que os 
procedimentos cirúrgicos constituem uma 
alternativa válida e útil para pacientes que não 
obtiveram controle apenas com medicação. O 
momento da decisão é extremamente difícil e 
deve ser individualizado. Esta decisão deve 
basear-se principalmente no nível de 
incapacidade do paciente
5, 12
. 
 
 
9 
 
 
10 – Atuação multiprofissional no tratamento 
da DP 
 
Além das intervenções cirúrgicas e 
farmacológicas, o tratamento da DP também 
pode envolver outras medidas como, por 
exemplo: cuidados em enfermagem, educação 
física, fisioterapia, terapia ocupacional, terapia 
fonoaudiológica, acunpuntura, nutrição, 
musicoterapia, acompanhamento psicológico e 
etc
11, 8, 37
. 
Os pacientes com a DP possuem elevada 
propensão a desenvolver quadros de depressão. 
A maioria das medidas terapêuticas visa o 
retardamento do processo neurodegenerativo e a 
manutenção da qualidade de vida dos pacientes 
pelo maior tempo possível
5, 12, 32, 35, 37, 38, 39, 40
. 
Estudo revela que a musicoterapia vem 
se constituindo como um campo promissor na 
área da saúde, isto, pois, em suas inúmeras 
teorias, tem orientado práticas que tem levado 
bons resultados no tratamento de patologias que 
afetam a capacidade física e cognitiva dos 
pacientes
38
. 
Este mesmo estudo sugere que a 
musicoterapia seja uma excelente via para o 
tratamento do paciente com a DP, pois minimiza 
seu sofrimento, o que consequentemente implica 
na mudança do sujeito para uma posição singular 
e própria na relação com sua doença e com os 
demais que o cercam
38
. 
As práticas musicais, em geral, auxiliam 
na produção de atributos para a obtenção de 
autoestima satisfatória, despertando sentimentos 
de competência, confiança e adequação à vida, 
com o desenvolvimento de uma maior capacidade 
de compreensão, estimulando a aceitação, pelo 
paciente, do processo natural de envelhecimento 
associado à DP
38, 41
. 
As experiências musicais realizadas em 
grupo também proporcionam o restabelecimento 
do equilíbrio emocional do indivíduo, uma vez que 
promovem benefícios na qualidade e ritmo da 
voz, melhoria da força motora e aprimoramento 
da capacidade de concentração possibilitando 
independência intelectual e reinserção no meio 
social
20, 2
. 
Estudos revelam que o tratamento 
fisioterápico induz uma significativa melhora nos 
distúrbios motores e cognitivos de pacientes 
acometidos pela DP
6
. As sequencias de 
movimentos realizados no tratamento exigem 
constantes ajustes posturais dos pacientes com 
variação de intensidade e ritmo que 
consequentemente produz estímulos sensoriais 
gerais e especiais promovendo melhoria cognitiva 
e motora
39, 42, 43
. 
Além dos benefícios já citados, uma 
vantagem importante a ser considerada é a fácil 
aplicação do programa de exercícios clínicos a 
serem utilizados por fisioterapeutas
39, 43, 44
. 
O protocolo determina técnicas simples 
que não requerem necessariamente o uso de 
equipamentos complexos e de elevado custo 
financeiro, podendo ser facilmente inserido como 
estratégia terapêutica em clínicas, consultórios ou 
mesmo na residência do paciente
42, 44, 23
. 
Exercícios de fortalecimento muscular e 
aeróbio resultam em melhoras nas medidas de 
desempenho funcionale de capacidade física de 
indivíduos em fase leve a moderada de evolução 
da DP. Estas melhoras proporcionam um 
aumento na socialização entre indivíduos com DP 
e justificam o uso de programas específicos de 
atividade física como estratégia de reabilitação 
nessa população
43, 44
. 
Através da terapia ocupacional (TO) o 
paciente encontra auxílio e informações para a 
realização das suas atividades de vida diárias 
(AVD) bem como na, sua reinserção na atividade 
profissional e social
2, 38, 41, 45, 46
. 
A fonoaudiologia está concentrada na 
voz, articulação e deglutição, que causa a 
disartrofonia hipocinética, caracterizada pela 
monotonia e diminuição da intensidade da voz e 
distúrbios do ritmo. Estes sinais clínicos 
interferem na alimentação e comunicação do 
paciente
47, 48
. 
Em geral o tratamento fonoaudiológico 
envolve três abordagens: mioterapia, 
coordenação das estruturas da voz e respiração. 
O principal objetivo do tratamento fonoaudiológico 
é aumentar a intensidade vocal por meio de 
incremento do esforço fonatório e 
consequentemente respiratório
48
. 
Os fatores emocionais e psicológicos 
possuem forte influencia no tratamento da DP 
tanto para o paciente quanto para os familiares e 
cuidadores. O diagnóstico é um momento difícil e 
forte para o paciente, pois é o momento onde ele 
percebe que terá que aprender a lidar com os 
aspectos físicos da doença e sua rotina de 
tratamento
48, 49
. 
No decorrer do comprometimento físico 
da DP o quadro de depressão tende a progredir. 
Em geral, o tratamento da depressão em estado 
inicial contribui positivamente no tratamento da 
DP, principalmente sobre o desempenho 
cognitivo. Vale lembrar que estudo releva que 
pessoas que sofrem de depressão possuem três 
vezes mais chances de desenvolverem a DP
48, 50. 
O tratamento nutricional da DP visa 
auxiliar uma alimentação adequada. Com a 
progressão da doença, o paciente tente a se 
tornar cada vez mais lento e enrijecido 
interferindo até mesmo na sua alimentação, como 
por exemplo, o manuseio de talheres
48, 51
. 
Os cuidados em enfermagem visam 
disponibilizar apoio aos pacientes com DP 
sempre que necessário, ofertando possibilidades 
de tratamento que auxiliem na melhora dos 
sintomas da doença e a manutenção da sua 
independência e autonomia
22. 55
. 
 
 
10 
 
As principais ações de enfermagem 
incluem a atenção ao paciente e a família, isto, 
pois, o suporte familiar é fundamental nas fases 
mais avançadas onde o paciente sofre perdas 
cognitivas e motoras mais acentuadas além do 
isolamento social e da presença de depressão. 
Preconiza-se também a adoção de estratégias de 
melhoramento da qualidade de vida dos 
pacientes com propósito de atender às 
especificidades de cada paciente
33, 55
. 
Busca-se facilitar o acesso do idoso e sua 
família aos serviços de saúde levando em 
consideração a necessidade de uma avaliação 
individual para criar um plano de ação que vise 
suprir as necessidades e demandas de cada 
indivíduo. Por esta razão, entende-se como 
fundamental o papel dos profissionais 
enfermeiros na equipe multidisciplinar necessária 
para o tratamento de pacientes parkinsonianos
55
. 
 
11 – Considerações finais 
 
Os pacientes acometidos pela DP são 
seres bio psico social e espiritualmente 
constituídos e precisam ser tratados como tal. Um 
atendimento multidisciplinar é fator fundamental 
para garantir a manutenção da qualidade de vida 
dos pacientes pelo maior tempo possível. O 
conhecimento das características fisiopatológicas 
da DP é fundamental para o estabelecimento de 
um atendimento holístico visando não só tratar os 
sintomas físicos, mas garantir um bem estar 
emocional e social para os pacientes acometidos 
pela DP. 
 Os profissionais da enfermagem, terapia 
ocupacional, fisioterapia, nutrição, medicina, 
fonoaudiologia, biologia, educação física, 
psicologia e etc contribuem de forma significativa 
no tratamento da DP. 
 A etiopatogenia da DP ainda não está 
completamente estabelecida. Portanto, mais 
estudos científicos se fazem necessários. 
 Os profissionais da área da biomedicina, 
farmácia, biologia e etc podem atuar na pesquisa 
científica tentando descobrir novas metodologias 
de tratamento, prevenção e até mesmo da cura 
para a DP. As perspectivas futuras em relação a 
tratamento dependem de tais estudos. 
 
12 – Agradecimentos 
 
 Agradeço primeiramente a Deus por 
todas as maravilhosas bênçãos que já recebi em 
minha vida. Aos meus pais, Luis Castro Brandão 
e Sebastiana Castro Brandão pelo incomparável 
amor e companheirismo em todas as fases da 
minha vida. Ao meu irmão, Joabson Silva Soares 
e sua família, Keline Maciel de Oliveira e Sofia 
Maciel e Silva, pelo imenso apoio. Agradeço aos 
meus irmãos Israel Silva Soares e família, Gilvan 
Silva Soares e família, e minha querida irmã 
Annyelle Silva Brandão por todo amor, carinho e 
atenção sou extremamente grato. Aos demais 
familiares, também sou extremamente 
agradecido. Agradeço aos meus amigos 
Alexandre Ungaratti, Patrícia Barros, José Alves 
Figueiredo, Eduardo Brito, Hanna Estefane, 
Pastor Luiz, Pastor Francisco das Chagas, 
Oleomar Sousa. . A minha querida amiga Juliana 
Batista e seu esposo Jepherson Borges, Viviane 
Vale, Mikaele Machado, meus prezados amigos e 
colegas de classe Zonaite Gomes e Henrique 
Moll, minhas admiráveis orientadoras Professora 
Graziela Araújo e Jaqueline Coimbra. Agradeço 
imensamente o apoio dos meus amigos e colegas 
de trabalho Drª Nelice Ganen, Andrelina, 
Raimunda (Doca), Angélica, Nédima, Nathália, 
Ívia, Leandro, Sthefanie, Jeferson, Ronielle, 
Magda, Keyla, Patrícia, Francineide Oyama, 
Sueli, Luis Eduardo, Leide, Sara, Lanussy, 
Tamires, Marleusa, Samara, Joice e todos que 
contribuíram direta e indiretamente para a 
realização deste trabalho. 
 
 
 
11 
 
Referências bibliográficas: 
 
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doença de Parkinson. Arquivos Int. Otorrinolaringol. (Impr.) [online]. 2011, vol.15, n.2, pp. 189-194. ISSN 
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