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Excelência em Concurso Página 1 de 11 Prof. Gustavo Vargas DIREITO ADMINISTRATIVO AULA 08 SERVIÇOS PÚBLICOS CONCEITO É a atividade administrativa traduzida em utilidade ou comodidade destinada à satisfação da coletividade. O serviço público é sempre uma prestação em favor do particular, e não contra o particular!!! ATIVIDADES CONSIDERADAS SERVIÇOS PÚBLICOS Existem duas teorias utilizadas para identificar qual atividade será considerada serviço público: a) Essencialista: será serviço público aquela atividade que possuir interesse público. b) Formalista: será serviço público a atividade indicada pela lei. Obs.: DECRETO-LEI 204/67. A exploração de loteria constitui serviço público exclusivo da União. NÃO SÃO SERVIÇOS PÚBLICOS DIFERENÇA ENTRE SERVIÇOS GERAIS E INDIVIDUAIS SERVIÇO GERAL Uti Universi SERVIÇO INDIVIDUAL Uti Singuli PRA SENTIR O CLIMA!! (CESPE / CEBRASPE - 2022 - MPE-TO - Analista) De acordo com a visão essencialista, classificam-se como serviços públicos aqueles serviços que o sistema normativo de um país assim os defina. (VUNESP - 2020 - Prefeitura de Morro Agudo - SP - Fiscal de Tributos) Pode ser classificado como serviço público em sentido estrito o exercício do poder de polícia. (VUNESP - 2020 - Prefeitura de Morro Agudo - SP - Fiscal de Tributos) São classificados como uti universi os serviços públicos prestados a toda a população de forma divisível e mensurável. O Brasili ultiliza a teoria formalista ou seja sera serviço publico a atividade que e lei disser, mesmo que não seja uma comodidade ou utilidade. Ex: Loteria, agua,luz, telefone e tranporte público. a) Poder de polícia b) Atividade meio (vigilância e limpeza do órgão e copeiragem) c) Obra pública - Não é possível mensurar a ultilização por cada indivíduo EX: Iluminação pública, varrição de rua -É possível mensurar a ultilização por cada indivíduo EX: Agua, luz e telefone. Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight E/ Formalista E E Excelência em Concurso Página 2 de 11 (2018/QUADRIX/CRM – ADM) Os serviços coletivos, ou uti universi, não são passíveis de individualização, destinando-se, indiscriminadamente, ao interesse público e à sociedade. (2016/COPEVE/UFAL – ASSISTENTE) A diferença entre serviço público e poder de polícia é que o primeiro é um oferecimento de comodidade material diretamente ao administrado, enquanto que o segundo é uma limitação administrativa ao uso da liberdade e da propriedade. (2016/FGV/IBGE – ANALISTA) De acordo com a doutrina de direito administrativo, os serviços públicos, quanto à maneira como concorrem para satisfazer ao interesse geral, podem ser classificados como singulares (uti singuli), que são aqueles que: a) são prestados a grupamentos indeterminados de indivíduos, como pavimentação de determinada rua; b) são prestados à sociedade como um todo, mas gozados indiretamente pelos indivíduos, como saneamento básico; c) podem ser prestados apenas pelo Estado diretamente, sendo vedada a delação a terceiros, como os serviços de defesa nacional; d) são prestados à coletividade, mas usufruídos apenas indiretamente pelos indivíduos, como serviço de iluminação pública; e) têm por finalidade a satisfação individual e direta das necessidades dos cidadãos, como o fornecimento de energia elétrica domiciliar BASE CONSTITUCIONAL Apesar de não constar no art. 175, a autorização também é forma indireta de prestação de serviço público, estando presente no art. 21, XI e XII da Constituição. Para regulamentar os serviços públicos, foi editada a Lei 8.987/95. DIFERENÇA ENTRE CONCESSÃO, PERMISSÃO E AUTORIZAÇÃO ASPECTO CONCESSÃO PERMISSÃO AUTORIZAÇÃO Instrumento Quem pode exercer Licitação\ Modalidade Sim Concorrência ou Diálogo Competitivo Prazo Observações C C O artigo 175 prevê que incube ao poder público diretamente ou mediante concessão ou permissão sem- pre através de licitação a prestação de serviços públicos. - Contrato de concessão - Contrato de Adesão - Pessoa jurídica - Consórcio de empresa - Determinado Oferece maior segurança ao investidor - Contrato de permissão - Contrato de adesão - Pessoa jurídica - Pessoa física - Sim - Qualquer modalidade - Determinado - É precário, pode ser revogado a qualquer momento - Ato unilateral - Pessoa jurídica - Pessoa física - Não Determinado - É precária - Baixo investimento - Baixa complexidade Excelência em Concurso Página 3 de 11 PRA SENTIR O CLIMA!! (CESPE / CEBRASPE - 2021 - ANM - Técnico em Segurança de Barragens) Concessão, permissão e autorização de serviço público são modalidades de delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente a pessoa jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho. (CESPE / CEBRASPE - 2020 - Ministério da Economia - Técnico de Complexidade Intelectual) O instrumento adequado para concessão ou delegação de atividade pública, como o serviço de táxi, é a autorização a pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco, mediante licitação, sob pena de infringência aos princípios da moralidade e igualdade. (CESPE - 2020 - SEFAZ-DF - Auditor Fiscal) A prestação de serviços públicos de transporte coletivo sob o regime de permissão prescinde de licitação, que é exigida apenas para a modalidade de concessão. (2018/CESPE/EMAP – SUPERIOR) A prestação de serviços públicos é incumbência do poder público, que, na forma da lei, pode prestá-lo diretamente ou, sempre mediante licitação, sob o regime de concessão, permissão ou autorização. SERVIÇO ADEQUADO Conforme a Lei 8.987/95, todo serviço público deve ser prestado de forma adequada. Considera-se adequado aquele que atender aos seguintes requisitos/ princípios: a) Generalidade; b) Regularidade; c) Segurança; d) Continuidade; e) Eficiência f) Cortesia; g) Atualidade: h) Modicidade: PRA SENTIR O CLIMA!! (FUNDATEC - 2022 - IPE Saúde - Analista de Gestão em Saúde - Direito) Sobre o serviço público adequado, assinale a alternativa correta, a teor do disposto na Lei nº 8.987/1995. A Apenas as concessões pressupõem a prestação de serviço adequado ao pleno atendimento dos usuários. B Serviço adequado é o que satisfaz as condições de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade e modicidade das tarifas, apenas. C A eficiência compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço. D Umas das hipóteses que não se caracteriza como descontinuidade do serviço é a sua interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das instalações. E A interrupção do serviço por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da coletividade, poderá iniciar-se em qualquer dia da semana. (CESPE / CEBRASPE - 2021 - ANM - Técnico em Segurança de Barragens) A obrigação de manter serviço adequado na concessão do serviço público decorre do princípio da continuidade do serviço. E/ Precário é permissão e autorização>não precisa de licitação. E/ Autorização não licita. E/ Precisa sim de licitação Highlight Highlight Highlight Highlight E/ Autorização não precisa de licitação Compreende a modernidade das instalações e dos equipamentos bem como a sua conservação e ampliação. - O valor das tarifas deve ser o mais baixo possível. - O valor pode ser diferente conforme o uso. (Moto x caminhão no pedágio) - O edital pode prever fontes alternativas de receita. (Publicidade no ônibus) C Excelênciaem Concurso Página 4 de 11 (CESPE / CEBRASPE - 2021 - CODEVASF - Assessor Jurídico) Situação hipotética: Determinada concessionária de serviço público interrompeu a prestação do serviço objeto de concessão por razões de ordem técnica, em situação de emergência. Assertiva: Nessa situação hipotética, será caracterizada descontinuidade do serviço e este será considerado inadequado, uma vez que a continuidade é condição da adequação da prestação por parte da concessionária, cabendo a ela o ônus de garanti-la. DIREITOS DOS USUÁRIOS O art. 7º da Lei 8.987/95 estabelece direitos e obrigações dos usuários: a) Receber serviço adequado; b) receber do poder concedente e da concessionária informações para a defesa de interesses individuais ou coletivos; c) obter e utilizar o serviço, com liberdade de escolha entre vários prestadores de serviços, quando for o caso. d) levar ao conhecimento do Poder Público e da concessionária as irregularidades de que tenham conhecimento; e) comunicar às autoridades competentes os atos ilícitos praticados pela concessionária; f) contribuir para a permanência das boas condições dos bens públicos; Obs.: As concessionárias estão obrigadas a oferecer ao consumidor e ao usuário, dentro do mês de vencimento, o mínimo de seis datas opcionais para escolherem os dias de vencimento de seus débitos. EXTINÇÃO DA CONCESSÃO A concessão pode ser extinta das seguintes formas: PRA SENTIR O CLIMA!! (CESPE / CEBRASPE - 2022 - DPE-PA - Defensor Público) Um estado da Federação extinguiu a concessão de certo serviço público, por motivo de interesse público, retomando o serviço, ainda durante a concessão, mediante lei autorizativa específica, e após prévio pagamento de indenização. Nessa situação hipotética, de acordo com a Lei n.º 8.987/1995, a extinção da concessão ocorreu por A convalidação. B encampação. C rescisão. D caducidade. E anulação. (FGV - 2021 - Câmara de Aracaju - SE - Analista Legislativo) O Município Alfa no Estado de Sergipe, após regular licitação, celebrou contrato de concessão com a sociedade empresária Gama, para prestação do serviço público de abastecimento de água potável. No curso do contrato, por motivo de interesse público devidamente justificado, o prefeito municipal deseja retomar o serviço e, consequentemente, extinguir o contrato de concessão. No caso em tela, de acordo com a Lei nº 8.987/95, a retomada do serviço pelo poder concedente: A ocorre por encampação, mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento da indenização à concessionária; E/ Em caso de emergência o serviço pode ser interrompido. A) Advento contratual: Ocorre com o termino da vigência da concessão. B) Encampação: Decorre de interesse público, precisa de lei e indenização. C) Caducidade: Ocorre quando a empresa descumpre o contrato. Cabe indenização. D) Rescisão: Ocorre quando a administração descumpre o contrato. Precisa de ordem judicial. E) Anulação: Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight Highlight >Decorre de interesse público. Excelência em Concurso Página 5 de 11 B ocorre por caducidade, mediante decisão judicial e com prévio pagamento da indenização à concessionária; C ocorre por anulação, mediante decisão administrativa e com ulterior pagamento da indenização à concessionária; D não pode ocorrer até o término do prazo do contrato de concessão, exceto se o concessionário der causa pelo descumprimento de alguma obrigação legal ou contratual; E não pode ocorrer pela via administrativa, sendo imprescindível prévia autorização judicial, com ulterior indenização. (FGV - 2021 - Câmara de Aracaju - SE - Procurador Judicial) O Município de Aracaju, após processo licitatório, celebrou contrato de concessão com sociedade empresária para prestação do serviço público de coleta e tratamento de esgoto sanitário. No curso do contrato, o poder concedente instaurou processo administrativo, com contraditório e ampla defesa, à concessionária, e concluiu que o serviço estava sendo prestado de forma inadequada e deficiente, tendo por base as normas, critérios, indicadores e parâmetros definidores da qualidade do serviço, além de que a concessionária estava descumprindo cláusulas contratuais e disposições legais concernentes à concessão. No caso em tela, a extinção do contrato de concessão ocorrerá pela: A encampação, mediante prévia autorização legislativa, com indenização prévia; B rescisão, mediante edição de lei específica por parte do Poder Legislativo, com indenização prévia; C anulação, mediante edição de lei específica por parte do Poder Legislativo, independentemente de indenização prévia; D caducidade, mediante edição de decreto por parte do chefe do Poder Executivo, independentemente de indenização prévia; E revogação, mediante edição de lei autorizativa por parte do Poder Legislativo e edição de decreto por parte do chefe do Poder Executivo, com indenização prévia. (2019/CESPE/PGE – ANALISTA) Encampação é a denominação dada à rescisão unilateral de uma concessão pública antes do prazo inicialmente estabelecido entre as partes e equivale à retomada da execução do serviço pelo poder concedente. (IADES/EBSERH – ANALISTA) Um contrato de “Concessão” de serviços, entre o poder público e uma entidade privada, pode ser extinto com a retomada do serviço pelo poder concedente, por motivo de interesse público, na vigência do contrato, mediante lei autorizativa específca e com prévio pagamento de indenização ao concessionário. neste caso, assinale a alternativa que apresenta a forma adequada para esta extinção. a) Encampação. b) Intervenção rescisória. c) Desapropriação do serviço público. d) Caducidade. e) Anulação do contrato. RESPONSABILIDADE DO ESTADO CONCEITO RESPONSABILIDADE SÚMULA STJ n 387: É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral. Obs1: Tanto ato lícito, quanto ilícito podem gerar o dever de indenizar. Obs2: A Administração pode indenizar administrativa ou judicialmente. TEORIAS Caducidade não precisa de decisão judicial e ocorre quando a empresa descumpre o contrato. C É a obrigação que o estado tem de indenizar os danos patrimoniais, morais e estéticos causados por seus agentes nessa qualidade. Highlight Highlight Highlight Ex: Bombeiro indo socorrer alguém e bate em algum carro durante o percurso. a) Irresponsabilidade: Segundo teoria o estado não responde pelos danos causados." O rei não erra" b) Responsabilidade subjetiva: Só responderá se ficar comprovado dolo ou culpa. c) Responsabilidade objetiva: O estado responde independentemente de dolo ou culpa. Risco administrativo> Essa responsabilidade poderá ser excluída ou reduzida. Excelência em Concurso Página 6 de 11 RESPONSABILIDADE - dano ambiental A responsabilidade por dano ambiental é objetiva e pautada no risco integral, não se admitindo a aplicação de excludentes de responsabilidade. STJ: REsp 1114398 PRA SENTIR O CLIMA!! (CESPE / CEBRASPE - 2020 - TJ-PA - Analista Judiciário - Área Administração) É vedado ao Estado realizar pagamento administrativo de dano causado a terceiro, devendo aguardar eventual condenação em ação judicial para proceder ao pagamento mediante precatório. (CESPE/TJDFT –TECNICO) Devido à indisponibilidade do interesse público, não se admite o reconhecimento espontâneo, pela administração, de sua obrigação de indenizar por ato danoso praticado por um de seus agentes. (CESPE - 2020 - SEFAZ-AL - Auditor de Finanças e Controle de Arrecadação da Fazenda Estadual) Historicamente, a responsabilidade civil do Estado evoluiu a partir da teoria da irresponsabilidade civil do Estado, passando por um período no qual predominaram teorias de responsabilidadesubjetiva. Atualmente, encontra-se sedimentada e prevalecente a teoria da responsabilidade objetiva do Estado. QUADRO-RESUMO BASE CONSTITUCIONAL Art. 37, § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. Risco integral> Não há hipóteses de exclusão nem redução da responsabilidade Ex: Dano nuclear e da- no ambiental. E E C Responsabilidade Estado Agente> 1- Ação> Resp. Objetiva (Risco Adm) 2- Omissão> Responsabilidade subjetiva (Dolo ou culpa) Responsabilidade subjetiva (Dolo ou culpa) Excelência em Concurso Página 7 de 11 1 - Responsabilidade do Estado por Ação Quando o Estado agir (atuação comissiva) como Administração Pública, a teoria a ser utilizada é a da Responsabilidade Objetiva, com base no Risco Administrativo. Assim, a responsabilidade independe de dolo ou culpa. Obs1: A responsabilidade do Estado pode ser excluída ou reduzida : Obs2: Respondem de forma objetiva: CARTÓRIO O Estado responde, objetivamente, pelos atos dos tabeliães e registradores oficiais que, no exercício de suas funções, causem dano a terceiros, assentado o dever de regresso contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa, sob pena de improbidade administrativa STF/2019: RE 842846. PJ DE D. PRIVADO PRESTADORAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS. I - A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é objetiva relativamente a terceiros usuários e não usuários do serviço. STF: RE 591874. RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA A Jurisprudência desta Corte considera a autarquia responsável pela conservação das rodovias e pelos danos causados a terceiros em decorrência da má conservação, contudo remanesce ao Estado a responsabilidade subsidiária. STJ PRA SENTIR O CLIMA!! (CESPE / CEBRASPE - 2021 - Prefeitura de Aracaju - SE - Auditor de Tributos Municipais - Geral ) O caso fortuito e a força maior são causas que excluem a responsabilidade civil do Estado. (CESPE - 2020 - SEFAZ-AL - Auditor de Finanças e Controle de Arrecadação da Fazenda Estadual ) A culpa recíproca da vítima é causa excludente da responsabilidade do Estado. Responsabilidade será Excluída Caso fortuito, força maior Culpa de 3ª Culpa exclusiva da vitima Reduzida Culpa concorrente.(Ambos estão errados e cada um arca com seu prejuízo. É dever do estado provar que o particular errou. a) P.J de direito público b) P.J de direito privado (prestadora de serviço público) - Correios, metrô - Concessionarias: Marechal, Pioneira C E Reduz, mas não excluí. Excelência em Concurso Página 8 de 11 (CESPE - 2020 - SEFAZ-AL - Auditor de Finanças e Controle de Arrecadação da Fazenda Estadual ) As pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviços públicos respondem pelos seus atos que causarem danos a particulares somente se verificado que a conduta tenha sido dolosa ou culposa. (2018/CESPE/EMAP – ANALISTA) De acordo com o Supremo Tribunal Federal, a responsabilidade civil das empresas públicas perante usuários de serviços públicos é objetiva. Todavia, perante terceiros não usuários, a sua responsabilidade é subjetiva, dado o caráter privado da entidade, o que atrai a aplicação da teoria geral civilista quanto à responsabilização. (CESPE / CEBRASPE - 2020 - TJ-PA - Analista Judiciário - Área Administração) A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é objetiva relativamente a terceiros usuários, mas subsidiária para não usuários. (FUNCAB/ANS – TECNICO) O fato de um policial militar, após sair de sua escala de serviço, usando a arma da instituição, reagir a um roubo que acontecia dentro do ônibus em que ele se deslocava, e vier a acertar, não só o criminoso, como também uma senhora que estava sentada na última cadeira do coletivo, não ensejará responsabilidade alguma ao Estado, já que o ato do policial é lícito, e o mesmo agiu no estrito cumprimento de um dever legal. 2 – Responsabilidade do Estado por Omissão Quando o Estado deixa de agir, a teoria a ser utilizada é a da Responsabilidade Subjetiva, ou seja, o Estado responde se ficar demonstrado dolo ou culpa. Obs1: Demonstra-se a culpa da Administração da seguinte forma: Obs2:O Estado só será chamado a indenizar por danos causados por multidões se houver sua participação de forma culposa. RODOVIA ESBURACADA "No caso dos autos, o apelante alega que ao trafegar pela Rodovia Vicinal Jocelim Gottardi foi surpreendido por uma falha no asfalto de grande extensão, que ocasionou a perda da direção e o capotamento do veiculo. Assim, os danos materiais sofridos decorreram da omissão da Municipalidade, devendo a responsabilidade desta ser apurada subjetivamente. E patente restou a negligência do Poder Púbico na conservação da pista. Ora, compete ao Município manter em bom estado de conservação as vias públicas. O péssimo estado de conservação da rodovia em que ocorreu o acidente, bem como os danos sofridos pelo apelante restaram demonstrados pelas fotografias de fls. 25/53, pelo boletim de ocorrência acostado a fls. 17/18 e pela prova testemunhal colhida nos autos (fls. 143/146). O policial que atendeu a ocorrência constou em seu relatório que havia na via aproximadamente '100 metros de asfalto esburacado' (fls 18v). STJ/2017: RESP 1696755 ATENÇÃO!!!! PESSOA SOB CUSTÓDIA Pessoa imobilizada pela polícia militar. Morte após violenta agressão de terceiros. Dever especial do estado de assegurar a integridade e a dignidade daqueles que se encontram sob sua custódia. Responsabilidade civil objetiva. STJ/2020: RE 1717869 SUPERPOPULAÇÃO CARCERÁRIA Considerando que é dever do Estado, imposto pelo sistema normativo, manter em seus presídios os padrões mínimos de humanidade previstos no ordenamento jurídico, é de sua responsabilidade, nos termos do art. 37, § 6º, da Constituição, a obrigação de ressarcir os danos, inclusive morais, comprovadamente causados aos detentos em decorrência da falta ou insuficiência das condições legais de encarceramento. Registrou, de início, a inexistência de controvérsia a respeito dos fatos da causa e da configuração do dano moral, haja vista o reconhecimento, pelo próprio acórdão recorrido, da precariedade do sistema penitenciário estadual, que E/ Responsabilidade objetiva não precisa demonstrar dolo e nem culpa. E Responsabilidade objetiva perante terceiros. E E Falta de serviço: 1- Inexistência 2- Mau funcionamento Se o estado estiver com a guarda de pessoas ou bens a teoria a ser ultilizada é a da responsabilidade objejetiva mesmos nos casos de omissão. Excelência em Concurso Página 9 de 11 lesou direitos fundamentais do recorrente, quanto à dignidade, intimidade, higidez física e integridade psíquica. Portanto, sendo incontroversos os fatos da causa e a ocorrência do dano. Sendo assim e tendo em conta que, no caso, a configuração do dano é matéria incontroversa, não há como acolher os argumentos que invocam, para negar o dever estatal de indenizar, o princípio da reserva do possível, na dimensão reducionista de significar a insuficiência de recursos financeiros. STF/2017: RE 580252. MORTE DE DETENTO No caso da morte do detento, o STF entende haver responsabilidade objetiva calcada na teoria do risco administrativo, que admite a exclusão de responsabilidade em determinados casos. STF/2017: RE 841526. DANO CAUSADO APÓS FUGA DE PRESO Nos termos do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal, não se caracteriza a responsabilidade civil objetiva do Estado por danos decorrentes de crime praticado por pessoa foragida do sistemaprisional, quando não demonstrado o nexo causal direto entre o momento da fuga e a conduta praticada STF/2020: RE 60880. Requisitos para responsabilização do Estado Obs.: Segundo o STJ, o prazo de prescrição é de 5 anos para ações indenizatórias propostas contra o Estado. PRA SENTIR O CLIMA!! (CESPE / CEBRASPE - 2021 - TJ-RJ - Analista Judiciário - Analista de Infraestrutura de TIC) Suponha que Ana, servidora do Tribunal de Justiça, agindo no exercício de suas funções administrativas, tenha causado dano a João. Nessa situação hipotética, caso João pretenda ajuizar ação judicial requerendo indenização em face do Estado, a responsabilidade civil A será subjetiva, por meio de ação de regresso. B será objetiva, independentemente de dolo ou culpa. C será subsidiária, se comprovado dolo ou culpa. D não será possível, porque o Estado não responde pelos atos de seus agentes, devendo João ajuizar ação diretamente contra Ana. E não será possível, porque o Brasil adota a teoria da irresponsabilidade estatal. (CESPE / CEBRASPE - 2021 - Polícia Federal - Delegado de Polícia Federal) Se um terceiro aproximar-se de um autor de um crime que estiver imobilizado pela polícia e acertá-lo com um tiro letal, estará configurada a responsabilidade objetiva (CESPE - 2020 - SEFAZ-AL - Auditor de Finanças e Controle de Arrecadação da Fazenda Estadual ) O Estado é civilmente responsável por dano causado a particular em decorrência de má conservação de rodovia que se encontra sob responsabilidade pública. (2018/CESPE/EBSERH – ADVOGADO) Em razão do princípio da proteção da confiança, quando o dano for causado por funcionário público putativo, o Estado não responderá civilmente perante particulares de boa-fé. (2016/CESPE/DPU – TÉCNICO) Para a configuração da responsabilidade objetiva do Estado, é necessária a demonstração de culpa ou dolo do agente público. Reponsabilidade objetiva Responsabilidade subjetiva Ação do estado Nexo causalidade Dano Omissão estatal Nexo de causalidade Dano Dolo ou culpa C A partir do momento que a polícia coloca a mão no objeto/pessoa está sob custódia do estado. C E E Tomou posse e foi nomeado, mas existe alguma irregularidade na aprovação. Ex: Foi chamado errado. Excelência em Concurso Página 10 de 11 3 – Responsabilidade do Agente A Administração deve impetrar Ação Regressiva contra o agente causador do dano nos casos de dolo ou culpa. Assim, a responsabilidade do agente é subjetiva!! CONTRA QUEM AJUIZAR A AÇÃO “A teor do disposto no art. 37, § 6º, da Constituição Federal, a ação por danos causados por agente público deve ser ajuizada contra o Estado ou a pessoa jurídica de direito privado prestadora de serviço público, sendo parte ilegítima para a ação o autor do ato, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa”. STF/2019: RE 1027633. SIMULADO 1. (2018/CESPE/TCM - AUDITOR) A concessão de serviço público a)deve ser precedida de licitação, não lhe sendo aplicáveis as hipóteses de dispensa previstas na lei de licitações. b) transfere ao concessionário a titularidade do serviço público concedido. c)transfere ao concessionário a responsabilidade por prejuízos causados a terceiros, que é subjetiva nesse caso. d)prevê a alteração unilateral do contrato pelo poder público no que se refere ao núcleo do objeto do empreendimento. e)pressupõe o pagamento de remuneração ao concessionário, sendo vedada a alteração do valor originalmente pactuado 2. (CESPE/ ANATEL - Conhecimentos Básicos) O inadimplemento do concessionário, que deixa de executar total ou parcialmente serviço público concedido, acarreta a extinção do contrato de concessão por rescisão promovida pelo poder concedente. 3. (CESPE/ ANATEL - Conhecimentos Básicos) Os princípios da generalidade e da impessoalidade impõem a unicidade da tarifa para todos os usuários, vedando, por exemplo, a diferenciação tarifária na cobrança pelo serviço de abastecimento de água. 4. (CESPE/TÉC. TJDFT) A qualidade dos serviços públicos pode ser verificada quando os servidores públicos exibem condutas embasadas na atualidade, na generalidade e na cortesia, por exemplo. 5. (2016/CESPE/DPU – AGENTE ADM) Situação hipotética: O poder público, por meio de análises de indicadores de qualidade definidos em contrato com determinada concessionária de serviços públicos, identificou má gestão e deficiência na prestação de serviços para os quais a referida empresa foi contratada. Assertiva: Nessa situação, o poder concedente poderá declarar a caducidade como forma de extinção da concessão. 6. (CESPE/ANAL. TJDFT) A modicidade das tarifas cobradas pela prestação de serviços públicos é um exemplo da conduta ética do Estado para com a sociedade. 7. (CESPE/ ANAL. SERPRO) Os princípios da continuidade, generalidade, eficiência, modicidade e cortesia sintetizam os requisitos do serviço público. 8. (CESPE/ STJ - TÉCNICO) A caducidade do contrato de concessão acarreta a reversão ao poder concedente, mediante indenização ao concessionário, de todos os bens necessários à continuidade do serviço público. 9. (2018/CESPE/STJ- ANALISTA) As empresas prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável exclusivamente no caso de dolo. 10. (CESPE / CEBRASPE - 2020 - Ministério da Economia - Técnico de Complexidade Intelectual) Considere que o caminhão de Alípio tenha sido retido por alegado excesso de peso após passar pela balança de pesagem de determinada concessionária em uma rodovia federal. Considere ainda que, enquanto Alípio era levado pelo agente ao interior do escritório da concessionária para a lavratura do auto de infração, seu caminhão tenha sido furtado nas dependências do referido posto de pesagem. Nessa situação hipotética, é devida indenização a Alípio, pois a conduta do agente foi comissiva, o que configura a responsabilidade objetiva do Estado. 11. (2018/CESPE/EMAP – ANALISTA) Na hipótese de uma empresa pública prestadora de serviços públicos não dispor de recursos financeiros para arcar com indenização decorrente de sua responsabilidade civil, o ente político instituidor dessa entidade deverá responder, de maneira subsidiária, pela indenização. 12. (2017/QUADRIX/CRMV – AGENTE) Considere-se que, após fortes chuvas, tenha havido alagamento das ruas, comprovadamente pela má prestação do serviço de esgoto e escoamento de águas por parte do Estado, gerando danos patrimoniais e à saúde de uma parcela da população. Nesse caso, o Estado não poderá ser responsabilizado, pois as chuvas são consideradas como eventos da natureza, eximindo o Estado de qualquer responsabilidade. 13. (CESPE - 2020 - MPE-CE - Técnico Ministerial) A responsabilidade civil da pessoa jurídica de direito público pelos atos causados por seus agentes é objetiva, enquanto a responsabilidade civil dos agentes públicos é subjetiva. 14. (CESPE - 2020 - SEFAZ-AL - Auditor de Finanças e Controle) A condenação do Estado em ação indenizatória ajuizada em razão de dano causado por servidor público enseja a responsabilização do servidor em ação regressiva, independentemente da configuração de dolo ou culpa na conduta. 15. (CESPE/TST - ANALISTA) A responsabilidade civil do Estado em relação aos danos decorrentes de atividades nucleares de qualquer natureza independe da existência de culpa, tendo sido adotada, nesse sentido, a teoria do risco integral. AS MAIS BONITAS!!! 16. (CESPE / CEBRASPE - 2021 - Polícia Federal - Delegado de Polícia Federal) Conforme a teoria do risco administrativo, uma empresa estatal dotada de personalidade jurídica de direito privado que exerça atividade econômica responderá objetivamente pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, resguardadoo direito de regresso contra o causador do dano. 17. (CESPE / CEBRASPE - 2022 - DPE-PI - Defensor Público) Considerando a jurisprudência majoritária do STF a respeito da responsabilidade civil do Estado pela morte de detento, assinale a opção correta. A Aplica-se, nesse caso, a teoria do risco integral. B O nexo de causalidade só deve ser verificado se a conduta estatal for comissiva. E/ Por caducidade E c C C C C E/ Dolo ou culpa C C C E/ Precisa demonstrar dolo ou culpa C E Somente a execusão Pedagio toda hora aumenta C So responde objetivamente quem presta serviço público. Excelência em Concurso Página 11 de 11 C Nos casos em que não é possível o Estado agir para evitar a morte do detento, rompe-se o nexo de causalidade. D A responsabilidade civil estatal somente se submete à teoria do risco administrativo nos casos de responsabilidade por conduta estatal omissiva. E Somente há responsabilidade do Estado pelas condutas comissivas, nunca pelas omissivas. 18. (CESPE / CEBRASPE - 2021 - SEFAZ-RR - Auditor Fiscal de Tributos Estaduais) A caracterização de responsabilidade civil do Estado por dano causado por indivíduo que fugiu do sistema prisional A é inconstitucional, por ser expressamente vedada pela Constituição Federal de 1988. B mostra-se juridicamente impossível, em razão da ausência de conduta administrativa quando ocorre fuga de presídio. C deve ser reconhecida com base no risco integral, teoria amplamente adotada pela doutrina e pela jurisprudência nessa hipótese. D somente deve ser admitida se comprovado dolo específico de agente da administração em colaboração com a fuga. E depende da demonstração de nexo causal direto entre o momento da fuga e a conduta danosa praticada pelo infrator.
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