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Embriologia do sistema auditivo

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Michele Dias – T5 
 MARINA – EMBRIOLOGIA – BBPM IV 
Embriologia do sistema audioreceptor
 Abaixo temos a imagem de um embrião de galinha, 
ele tem um desenvolvimento muito parecido com o dos 
humanos e por este motivo é muito utilizado em pesquisas. 
O embrião abaixo tem 72 horas de incubação. Neste 
período ele já desenvolveu as vesículas encefálicas 
secundárias. 
 
(OBS.: a partir do mielencéfalo já temos a medula espinal se 
formando) 
 No mielencéfalo (circulado em vermelho) temos 
uma estrutura chamada de vesícula auditiva (ou vesícula 
ótica) que é a responsável por formar as estruturas da 
orelha. 
 Nesta aula precisamos lembrar/ entender como é a 
anatomia (posição das estruturas) da orelha para entender 
como elas irão se formar e como será sua histologia. 
 A orelha pode ser dividida e possui origem 
histológica bem especifica que irá formar a orelha externa, a 
orelha interna e a orelha média. 
 
• Orelha externa: temos o pavilhão auricular, o meato 
acústico interno que será o responsável por conduzir 
o som para o interior da orelha e por fim a parte 
externa da membrana timpânica. 
• Orelha média: possui os ossículos auditivos (martelo 
bigorna e estribo), parte interna da membrana 
timpânica, tuba auditiva e cavidade timpânica. A 
cavidade timpânica envolve os ossículos (presentes 
na cavidade interna) assim como a parte interna da 
membrana timpânica e a tuba auditiva. 
• Orelha interna: é composta por um aparelho muito 
especial que forma o labirinto membranoso. O 
labirinto membranoso é composto pela cóclea 
(relacionada com o recebimento e percepção de 
ondas sonoras – e transformar onda sonora em 
sons) e pelo aparato vestibular (que está 
relacionado com o equilíbrio) e é composto por 
ductos semicirculares e pelo utrículo e sáculo. 
A orelha interna e a orelha média realizam a captação e 
a transferência de ondas sonoras para a orelha interna. 
Enquanto a orelha interna converte as ondas sonoras que 
foram capitadas pela orelha externa e média em impulsos 
nervosos e registra alterações de equilíbrio. 
As três porções da orelha quase se desenvolvem 
simultaneamente, separaremos em etapas para ficar um 
pouco mais didático. 
Orelha interna 
 É a primeira entre as três partes da orelha a começar 
a se desenvolver. 
 No final da 4° semana de desenvolvimento aparece 
um espessamento do ectoderma de superfície na região do 
rombencéfalo (aonde posteriormente será o mielencéfalo). 
Portanto, na região de ectoderma de superfície que reveste 
essa região do tubo neural em desenvolvimento vai ocorrer 
um espessamento. 
 
 O espessamento é chamado de placóide ótico (ou 
placóide auditivo) e ele é o início da formação da orelha 
interna. 
 
Michele Dias – T5 
 MARINA – EMBRIOLOGIA – BBPM IV 
OBS: todo os componentes da orelha interna são derivados 
do ectoderma de superfície. 
 Primeiro temos a placa auditiva, posteriormente 
surge uma invaginação que forma as fossetas (ou 
depressões) auditivas. 
 
Recapitulando: inicialmente temos a placa e depois surge a 
fosseta (lá pra 23-25 dias de desenvolvimento – momento 
em que o tubo neural da região do rombencéfalo já se 
fechou). 
 A fosseta vai progredindo no processo de 
invaginação até se destacar do ectoderma formando uma 
vesícula chamada de vesícula auditiva, vesícula ótica ou de 
otocisto. Essa vesícula é formada em torno dos 30 dias de 
desenvolvimento. 
Recapitulando: ectoderma de superfície se espessa 
formando placóide ótico que posteriormente invagina 
formando uma depressão auditiva. A invaginação continua 
progredindo até se destacar do ectoderma formando o 
otocisto. 
 
 O otocisto fica internalizado e é ele quem passa por 
diferenciações para formar os componentes da orelha 
interna. 
 Abaixo é possível ver a região aonde se formou a 
vesícula auditivo. Foi feito um corte na região a fim de 
observar mais de perto o que está acontecendo. 
 
 Na primeira imagem vemos o rombencéfalo se 
fechando. Vemos o placóide auditivo se espessando e em 
seguida invaginando formando a fosseta auditiva, na última 
imagem temos o rombencéfalo fechado e a fosseta já 
fechada também formando a vesícula auditiva. 
 
 Na imagem seguinte conseguimos ver bem a 
cavidade do rombencéfalo e ao lado o otocisto destacado do 
estoderma. 
 
 Abaixo vemos o lúmen da vesícula ótica, o 
ectoderma de superfície revestindo, o pedículo que aparece 
durante o momento de invaginação, mas que depois 
desaparece. A vesícula se forma na região de rombencéfalo 
que posteriormente originara o mielencéfalo. 
 
 
Michele Dias – T5 
 MARINA – EMBRIOLOGIA – BBPM IV 
 As duas vesículas são envoltas por mesênquima 
cefálico (envolta temos células mesenquimais de origem 
mesodérmica e células da crista neural). 
 Na foto microscopia de varredura abaixo vemos as 
duas depressões na região de mielencéfalo que são as 
fossetas auditivas que formarão o otocisto. 
 
 Abaixo vemos o placóide sofrendo uma invaginação, 
em seguida temos a formação da vesícula ótica que se 
destacará do ectoderma de superfície. Por fim temos a 
microscopia eletrônica mostrando o otocisto destacado do 
ectoderma de superfície. 
 
 
 Há livros que dizem que durante esse processo de 
invaginação do placóide auditivo e formação da vesícula 
ótica, algumas células do ectoderma da parede dessa 
vesícula se diferenciam, se delaminam e migram da parede 
do placóide ótico para formar neurônios jovens que formam 
o gânglio vestíbulo coclear. 
 Sendo assim, alguns livros dizem que esse gânglio 
vestíbulo coclear (estato-acústico) é derivado da parede da 
vesícula ótica, então, durante o processo de invaginação 
dessa vesícula auditiva, algumas células ectodérmicas se 
diferenciam e formam então esse gânglio. 
 
 Entretanto, existem outros autores que dizem que 
são células da crista neural (do mesênquima cefálico) que se 
diferenciam e migram para essa região formando então o 
gânglio do nervo vestíbulo coclear. Podemos concluir então 
que não se sabe com certeza qual é a origem embrionária 
desse tipo celular pois existem livros que afirmam que esse 
gânglio estato-acústico é proveniente de células que se 
diferenciam da parede da vesícula ótica e existem outros 
livros que diz que as células da crista neural presentes na 
região do mesênquima cefálico que migram para então 
formar esse gânglio. 
 
 O otocisto, em um primeiro momento tem uma 
forma meio arredondada e posteriormente começa a passar 
por modificações em sua forma para começar a se 
diferenciar e formar as estruturas da orelha interna. 
 Abaixo vemos as alterações no formato das 
vesículas. Aos 28 dias é meio arredondada e aos 30 já possui 
uma forma totalmente diferente. 
 
 A vesícula auditiva, em sua face superior vai se 
transformas, emitindo uma projeção que formará uma 
estrutura chamada ducto endolinfático e se dilatará também 
formando uma outra porção chamada de porção vestibular 
 
Michele Dias – T5 
 MARINA – EMBRIOLOGIA – BBPM IV 
que está relacionada com o sistema vestibular (forma o 
utrículo e ductos semicirculares). A sua parte mais inferior é 
chamada de porção coclear e está relacionada com a 
captação de som, essa parte vai se diferenciar em estruturas 
relacionadas com a percepção de som. Sendo assim, essa 
parte vai formar então o ducto coclear que se diferenciará 
na cóclea e o sáculo. 
Recapitulando: a orelha interna era redondinha, ela vai 
sofrendo diversas modificações. Sua porção superior se 
diferencia em ducto endolinfático e em porção vestibular 
(que dará origem as estruturas vestibulares como o utrículo 
e ducto semicircular). A parte inferior vai dar origem ao 
sáculo e a cóclea. 
 Como a vesícula veio do ectoderma de 
revestimento, todos os derivados da orelha interna são 
derivados de ectoderma de superfície. Todas as estruturas 
que essa vesícula vai formar (ductos e saco endolinfático, 
utrículo ducto semicircular,sáculo e ducto coclear) 
chamamos de labirinto membranoso. 
 Sendo assim, o otocisto passa por diversas 
modificações para formar o labirinto membranoso. 
 Abaixo vemos uma sequência de desenvolvimento. 
Inicialmente temos a vesícula ótica proveniente do 
ectoderma de superfície que começa a se modificar. 
Primeiro, em sua região mais superior teremos a formação 
de um apêndice, chamado de apêndice endolinfático. O 
apêndice se transformará em saco e ducto endolinfático. A 
região superior, abaixo do apêndice endolinfático vai se 
diferenciar em estruturas relacionadas com o sistema 
vestibular como os ductos semicirculares e o utrículo. E a 
parte inferior da vesícula, se alongará e se diferenciará 
originando o ducto coclear e o sáculo. 
 
 
Concluísse, portanto, que: 
• Apêndice endolinfático: forma o ducto e o saco 
endolinfatico 
• A porção superior: forma ducto semicirculares 
(lateral, posterior e anterior), ampolas (estruturas 
dilatadas) e o utrículo 
• Porção inferior: forma o ducto coclear e o sáculo 
 
 Desta forma, no início temos uma vesícula que vai se 
alongando e se diferenciando para formar estruturas bem 
especificas. 
 
 Abaixo podemos ver a diferenciação da orelha 
interna (vesícula ótica) tanto em sua parte superior quanto 
inferior. O ducto coclear vai se alongando e se enrolando 
para formar bem caracteristicamente a cóclea. A parte 
superior forma o ducto e saco endolinfático, e dá para ver 
também a porção dilatada que é a ampola do dos ductos 
semicirculares, o utrículo e sáculo. 
 
Lembrete: todas as estruturas são derivadas do 
ECTODERMA DE REVESTIMENTO e todas essas estruturas 
são chamadas coletivamente de LABIRINTO 
MEMBRANOSO. 
 
Michele Dias – T5 
 MARINA – EMBRIOLOGIA – BBPM IV 
 
 Abaixo vemos o desenvolvimento já completo 
começando pelo saco endolinfático, em seguida o ducto 
endolinfático, a cóclea e o sistema vestibular assim como os 
nervos responsáveis pela inervação dessas estruturas. 
 
 Abaixo temos uma vista diferente aonde 
conseguimos ver os ductos semicircular superior, posterior 
e lateral todos eles possuem a dilatação que recebe o nome 
de ampola. As ampolas abrem no utrículo. Dá para visualizar 
também o saco endolinfático, a cóclea e o sáculo. 
 
 Ademais, é possível ver o gânglio vestibular 
inervando a região vestibular e o gânglio coclear que 
inervará a cóclea. 
 Portanto, é assim que se forma o labirinto 
membranoso derivado do ectoderma de superfície que 
formará a orelha interna. 
 A orelha interna é responsável pela percepção de 
movimento sendo assim é responsável pelo equilíbrio, desta 
forma fica claro que é necessário estruturas nessa orelha 
interna que serão ativadas pelo movimento e estruturas que 
serão responsáveis pela audição. 
 Na cóclea temos o órgão de Corti em toda a parede 
da cóclea que está relacionado com a audição. 
 No sáculo e no utrículo temos células sensitivas que 
formam a mácula. A mácula está relacionada com detecção 
de gravidade e aceleração linear (para frente, para trás ou 
para o lado). 
 Já os ductos semicirculares possuem cristas 
ampolares que nada mais é que células especializadas em 
detectar aceleração angular (em pé, deitado ou caindo). 
 
 Sendo assim é fundamental que estas estruturas 
sensitivas se desenvolvam corretamente na orelha interna 
para que a orelha consiga exercer sua função de maneira 
efetiva. 
 Portanto, na cóclea precisamos do correto 
desenvolvimento dos órgãos de Corti, no sáculo e utrículo 
precisamos das células que formam a mácula (para garantir 
a correta interpretação da gravidade e aceleração linear), e 
o mesmo para os ductos semicirculares que possuem as 
cristas ampulares em suas ampolas que conseguem detectar 
aceleração angular. 
 
Michele Dias – T5 
 MARINA – EMBRIOLOGIA – BBPM IV 
 A inervação é feita pelo gânglio estatoacústico do 
nervo vestíbulo coclear (8° par de nervo craniano). O nervo 
do gânglio estatoacústico possui dois ramos, um que inerva 
as estruturas sensitivas relacionadas com o equilíbrio e 
também (ramo vestibular) e outro que inervará a cóclea, 
estrutura relacionada com a audição (ramo coclear). 
 Toda a estrutura é chamada de labirinto 
membranoso, dentro do labirinto membranoso tem células 
em regiões especificas que são sensitivas e estão 
relacionadas com o equilíbrio e a audição e dentro desse 
labirinto membranoso é oco. Dentro do labirinto 
membranoso circula um líquido chamado de linfa. 
 A linfa é rica em potássio e é devido ao potássio que 
as células do órgão de Corti consegue ser sensibilizadas e 
responder aos estímulos recebidos. 
 Inicialmente temos uma orelha interna 
perfeitamente desenvolvida. Há mutações em 
determinados genes que causam alterações bem 
especificas. 
• Pax2: não forma cóclea 
• Dix5: não forma a maior parte dos ductos 
semicirculares 
• Otx1: não forma o ducto circular lateral 
 
 
 Sendo assim, podemos concluir que o 
desenvolvimento da orelha interna requer expressão de 
genes bem específicos em momentos corretos. 
 Em seguida temos, em azul o labirinto membranoso 
formado pelo ducto e saco endolinfático, os ductos 
semicirculares (anterior, posterior e lateral) com suas 
ampolas, o utrículo o sáculo e a cóclea. 
 
Lembrete: a vesícula ótica é totalmente envolta por células 
mesenquimais 
 Nesse interim, após formado, o labirinto possui em 
sua volta células que iniciam um processo de ossificação pra 
formar o que chamamos de labirinto ósseo. O labirinto ósseo 
é o responsável em proteger a orelha interna. 
 Então, as células mesenquimais que circundam o 
labirinto membranoso vão sofrer um processo de ossificação 
para formar o labirinto ósseo por uma ossificação 
endocondral. (na imagem acima o labirinto ósseo já está 
formado). 
• Ossificação 
Abaixo temos a vesícula auditiva, no corte abaixo é 
possível ver a região do ducto coclear. Da 6° a 9° semana, as 
células mesenquimais que ficam em volta da vesícula 
auditiva começam a se condensar e formam uma cápsula 
de cartilagem. 
 
 Posteriormente, por volta do 3° ao 5° mês de 
gestação, a cartilagem que está mais próxima do labirinto 
membranoso derivado da vesícula auditiva vai sofrer um 
processo chamado de vacuolização. Algumas células 
começam a sofrer apoptose, formando espaços que em um 
 
Michele Dias – T5 
 MARINA – EMBRIOLOGIA – BBPM IV 
primeiro momento ficam vazios e depois são preenchidos 
por um líquido chamado de perilinfa. Esse espaço que se 
forma devido a vacuolização é chamado de espaço 
perilinfático. 
 
Então num primeiro momento eu tenho cartilagem 
em volta de toda a vesícula auditiva, posteriormente a 
cartilagem mais próxima da vesícula auditiva que está se 
diferenciando em labirinto membranoso vai sofrer 
vacuolização formando estruturas ocas que chamamos de 
espaço perilinfático e que será preenchido pela perilinfa. 
Enquanto a cartilagem que fica mais distante do 
labirinto membranoso se ossifica formando os ossos. 
Até a 23° semana temos a ossificação da capsula 
auditiva formando o labirinto ósseo, esse labirinto ósseo faz 
parte da porção petrosa e mastoide do osso temporal. A 
capsula é dividida em regiões, temos a rampa do vestíbulo e 
a do tímpano, que foram originados da vacuolização da 
cartilagem que estava em volta da vesícula auditiva. 
 Portanto, todo o labirirnto membranoso fica envolto 
por um espaço perilinfático que tem um líquido chamado 
perilinfa, e mais externamente ele é protegido pelo labirinto 
ósseo. 
 
 Abaixo podemos primeiro ver a vesícula auditiva 
envolta pela cartilagem. Posteriormente, as porções da 
cartilagem mais próximas da vesícula passam por um 
processo de vacuolização formando espaços perilinfáticos 
que serão preenchidos pela perilinfa e a região mais distal 
dessa cartilagem vai se ossificar, formando então o labirinto 
ósseo. 
 No período tardio, além da ossificação, podemos ver 
a diferenciaçãoda cóclea. Inicialmente não temos nenhuma 
diferenciação histológica, posteriormente a cóclea se 
diferencia em células especifica que vão formar dentre 
outras coisa, mas o mais importante: os órgãos de Corti que 
serão os responsáveis pela percepção de vibrações sonoras 
e traduzi-los para impulsos nervosos que serão levados para 
os centros superiores para ser interpretado como som. 
 A rampa vestibular e timpânica foram formadas pelo 
processo de vacuolização iniciado durante a formação do 
labirinto ósseo. As rampas são preenchidas por perilinfa. 
Temos também o ducto coclear, dentro dele temos linfa que 
circula e há células também que se diferenciam nos órgão de 
Corti que são importantes para que as ondas sonoras sejam 
traduzidas em som. 
 
ORGÃO DE CORTI 
 Abaixo temos todo o labirinto membranoso e a 
ampliação de um corte feito na cóclea. 
 
 Nessa ampliação podemos ver que a cóclea é 
dividida em rampa vestibular e rampa timpânica. Estas 
rampas são separadas pelo ducto coclear e o ducto coclear 
possui uma membrana vestibular que separa ele da rampa 
vestibular. No assoalho do ducto coclear temos o 
 
Michele Dias – T5 
 MARINA – EMBRIOLOGIA – BBPM IV 
desenvolvimento de células bem especificas que estão 
relacionadas com sua capacidade de detectar sons. 
 As células no assoalho do ducto coclear são 
chamadas coletivamente de órgão de Corti. 
OBS: as células ciliadas são inervadas por fibras nervosas 
aferentes que são muito importantes para a detecção de 
vibração para traduzir em som. 
• Células ciliadas internas: é formado por uma 
camada de células que tem estereocílios 
(estereocílio não possui movimento) e é inervado 
por fibras sensitivas da cóclea. Estas células são os 
transdutores primários de sinal para o encéfalo. 
• Células ciliadas externas: formam três camadas que 
possuem estéreocílios e são inervadas por fibras 
motoras da cóclea. Estas células conseguem alterar 
o seu comprimento em resposta ao som por 
possuírem uma proteína de membrana chamada 
prestina. Com esse aumento do comprimento, essas 
células conseguem ampliar as ondas sonoras, 
aumentando a sensibilidade. 
• Membrana tectória: é uma matriz gelatinosa 
acelular, fundamental para a função das células 
pilosas/ciliadas. 
Os estereocílios das células ficam imersos na 
membrana tectória e é devido a essa junção que as 
células são capazes de exercer sua função no sistema 
auditivo, captando os sons. 
Recapitulando 
 O ectoderma vai se diferenciar na placa neural por 
indução da notocorda. A placa neural se diferencia, 
originando o rombencéfalo. O ectoderma vai se diferenciar 
num campo auditivo que irá formar o placóide auditivo. O 
placóide auditivo só se forma por estímulo do rombencéfalo, 
do mesoderma paraxial e da notocorda. O rombencéfalo 
expressa fatores que vão auxiliar no desenvolvimento do 
placóide auditivo. O placóide começa a expressar o gene 
Pax2 e ao expressar esse gene se diferencia em vesícula 
auditiva. 
 O rombencéfalo irá estimular também o 
mesênquima cefálico a sofrer um processo de condensação 
para formar a cápsula de cartilagem que formará os espaços 
perilinfáticos. A vesícula auditiva também tem participação 
nesse processo de condensação das células mesenquimais. 
Então em volta da vesícula temos as células mesenquimais 
se condensando para formar a cápsula de cartilagem, essa 
condensação é estimulada pelo rombencéfalo e pela 
vesícula auditiva. O espaço perilinfático se forma devido a 
vacuolização que as regiões mais próximas da vesícula 
auditiva sofrem e a capsula de cartilagem mais externa se 
ossifica para formar o labirinto ósseo. 
 A vesícula auditiva vai se associar também com a 
formação de neurônios sensórias do gânglio estatoacústico 
e ainda não se sabe a origem das células desse gânglio, se 
são células da crista neural ou da própria parede da vesícula 
auditiva que se diferencia formando o gânglio espiral e o 
gânglio vestibular. 
 A vesícula auditiva começa a expressar outros 
fatores que serão importantes para que ela se diferencie no 
aparato vestibular mais superiormente e na cóclea mais 
inferiormente. 
 A partir desse esquema podemos ver que é muito 
específico e que depende de diversos processos de indução 
e qualquer falha nesses processos pode levar a malformação 
da orelha. 
 
Orelha média A orelha média e a orelha externa são oriundas de 
derivados dos arcos faríngeos. 
 
Michele Dias – T5 
 MARINA – EMBRIOLOGIA – BBPM IV 
 Abaixo temos a imagem de um embrião. Na imagem 
abaixo temos ilustrado 4 arcos faríngeos, mas na verdade, 
nos temos 5 pares denominados 1,2,3,4 e 6 (o 5° par se 
desenvolve e depois involui então ele acaba não sendo 
importante.) 
 
 Os arcos faríngeos formam estruturas muito 
importantes da face, cabeça e pescoço, incluindo a orelha. 
 Os dois primeiros arcos faríneos (apontados pelas 
setas amarelas na imagem acima) são os responsáveis por 
formar a orelha média e externa. Entre os arcos faríngeos 
nós temos sulcos delimitando as bolsinhas, que são os arcos 
faríngeos. 
 No desenho abaixo conseguimos ver quatro arcos 
faríngeos e cada um deles sendo separado por uma fenda (ou 
sulco). 
 
 Abaixo temos uma ilustração dos arcos faríngeos, 
uma imagem de um embrião mostrando aos os arcos estarão 
localizados. Em seguida faremos um corte, tiraremos a parte 
e olharemos por cima os arcos faríngeos. 
 
 Abaixo temos a visão do corte que fizemos aonde é 
possível visualizar o assoalho da faringe do embrião. 
Podemos ver o desenvolvimento dos brotos da língua e o 
esôfago. Ademais, é possível observar bilateralmente os 
arcos faríngeos (1,2,3,4) e entre eles, os sulcos que os separa. 
 
 Externamente os arcos faríngeos são revestidos de 
ectoderma de superfície (que reveste todo o corpo do 
embrião). Entretanto, internamente também temos a 
separação por sulcos, portanto, internamente essas regiões 
são revestidas por endoderma. O meio do arco faríngeo 
(recheio) é composto mesênquima cefálico e células da crista 
neural. 
 Entre o primeiro e o segundo arco faríngeo nós 
temos um sulco externo envolto por ectoderma de 
revestimento e, internamente também temos um sulco 
separando os primeiros arcos faríngeos que é revestido 
internamente por endoderma. 
OBS: internamente chamamos de bolsa ao invés de sulco 
 A vesícula auditiva se forma próxima ao primeiro e 
segundo arco faríngeo. A primeira bolsa faríngea será a 
responsável por formar a tuba auditiva e cavidade timpânica, 
sendo assim, estes dois são derivados de endoderma. 
 Na imagem abaixo conseguimos ver entre os 
primeiros e segundos arcos faríngeos a bolsa faríngea 
sofrendo uma invaginação e se diferenciando. O canal forma 
a tuba auditiva e o restante é a futura cavidade timpânica 
 
 
Michele Dias – T5 
 MARINA – EMBRIOLOGIA – BBPM IV 
Na imagem abaixo conseguimos ver em amarelo a 
bolsa faríngea que originará a tuba auditiva e a cavidade 
timpânica. 
 
 
 Se voltarmos um pouco perceberemos que os 
ossículos fazem parte da orelha média. A primeira bolsa 
faríngea origina a cavidade timpânica e a tuba auditiva, já os 
ossículos se formam do mesênquima (principalmente células 
da crista neural) que estão entre o primeiro e segundo arco 
faríngeo. 
 Então, algumas células mesenquimais do primeiro e 
segundo arco faríngeo se condensam e formam os ossículos 
da orelha média. Portanto, o martelo e bigorna são oriundos 
de condensação do mesênquima do primeiro arco faríngeo e 
o estribo é formado pelo mesênquima condensado do 
segundo arco faríngeo. E o mesênquima é principalmente 
células da crista neural 
 Enquanto as células em amarelo na ilustração acima 
são endoderma que é a primeira bolsa faríngea que separa o 
primeiro arco faríngeo do segundo está se desenvolvendo 
para formar tuba auditiva e cavidade timpânica, próximo a 
ela, o mesênquimas dos dois primeiros pares de arcos 
faríngeosestão se condensando e diferenciando para formar 
os ossículos da orelha media. 
 Abaixo podemos é possível ver o mesênquima se 
diferenciando nos ossículos e bem próximo a vesícula 
auditiva se desenvolvendo nas estruturas especificas. 
 
 Posteriormente, na imagem abaixo temos a orelha 
interna se desenvolvendo e a média também com os 
ossículos, tuba auditiva e cavidade timpânica. 
 
 Na imagem abaixo vemos as estruturas já totalmente 
desenvolvidas. Temos o endoderma da primeira bolsa 
faríngea se expandindo formando a tuba auditiva a cavidade 
timpânica se expande tanto que acaba envolvendo os 
ossículos. Ademais abaixo é possível visualizar os ossículos 
todos formados a partir do mesênquima dos arcos faríngeos. 
 Então temos aqui, formado a partir da bolsa faríngea 
a tuba auditiva e a cavidade timpânica que envolve todos os 
ossículos que são derivados mesenquimais dos primeiros e 
segundos arcos faríngeos. 
 
 Abaixo temos inicialmente a primeira bolsa faríngea 
se formando (em amarelo), em verde o início da 
condensação das células mesenquimais e em azul a vesícula 
auditiva se desenvolvendo. 
 Na segunda parte a vesícula auditiva está se 
desenvolvendo, a cavidade timpânica e a tuba auditiva se 
expandindo devido a diferenciação da primeira bolsa 
faríngea. No outo canto os ossículos se formando por 
condensação e diferenciação do mesênquima. 
 
Michele Dias – T5 
 MARINA – EMBRIOLOGIA – BBPM IV 
 Na terceira parte temos a tuba auditiva e a cavidade 
timpânica, os ossículos se formando. 
 Por fim temos a cavidade timpânica envolvendo 
todos os ossículos (estribo, bigorna e martelo). A cavidade 
timpânica está em continuidade com a tuba auditiva. 
 
 Posteriormente, o musculo tensor do tímpano e do 
estapédio, que se desenvolve na orelha média são formados 
a partir da nona semana com o mesênquima do primeiro e 
segundo arco faríngeo. Toda a musculatura que 
encontramos na orelha média é derivada dos arcos 
faríngeos. 
 No nono mês de gestação os ossículos estão 
corretamente posicionados então, somente próximo do 
parto que eles estarão completamente formados e 
posicionados. O estribo posicionado corretamente na janela 
oval, o martelo em contato com a membrana timpânica, isso 
só vai acontecer no nono mês então é bem tardio o 
desenvolvimento. Entretanto, somente dois meses depois 
do nascimento é que esses ossículos estarão com a 
articulação totalmente livre e formadas para que eles 
consigam fazer a vibração da melhor maneira possível. 
 Então, só depois de dois meses do nascimento que 
os ossículos estão totalmente livres e com suas articulações 
formadas para que ele possa vibrar 
• Como ocorre a vibração? 
A orelha externa irá capitar as ondas sonoras, o tímpano 
vai vibrar transmitindo a vibração para o martelo que 
transmitira para a bigorna que transmite para o estribo, 
que transmite para a janela oval aonde está a cóclea e 
todo o labirinto membranoso que recebe a vibração 
devido a vibração da linfa. A linfa vai sensibilizar as 
células sensitivas que formam o labirinto membranoso. 
 A tuba auditiva e a cavidade timpânica são todas 
revestidas de endoderma, inclusive os ossículos. 
Martelo, bigorna e estribo são derivados condensação 
mesênquima dos primeiros e segundos arcos faríngeos. 
 
Orelha externa 
 O primeiro sulco faríngeo que é revestido de 
ectoderma irá formar o meato acústico externo que vai se 
associar com a membrana timpânica. 
 
 Abaixo podemos ver o sulco faríngeo revestido de 
ectoderma de revestimento que formará o meato acústico 
externo. O meato acústico externo forma um canal que 
durante um primeiro momento sofrera uma obliteração, as 
células ectodérmicas se proliferam e formam uma placa 
formando um tampão chamado de tampão meatal. 
 
 Posteriormente as células sofrem apoptose e 
teremos uma recanalização e então será estabelecida uma 
membrana que é a membrana timpânica. 
 
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 A membrana timpânica, ou tímpano se forma após a 
recanalização do meato acústico interno. 
Do que o tímpano é formado? 
 Temos duas camadas, o ectoderma de superfície 
oriundo do primeiro sulco faríngeo e outra membrana 
interna da cavidade timpânica composta por endoderma. 
Entre estas duas camadas temos ainda resquícios de 
mesênquima. 
 
 O tímpano, apesar de ser uma membrana 
extremamente fina, possui internamente endoderma, 
externamente ectoderma e seu centro é mesoderma de 
células mesenquimais. 
• Membrana timpânica: formada de ectoderma do 
primeiro sulco faríngeo que reveste o meato acústico 
externo + endoderma da primeira bolsa faríngea, que 
reveste a cavidade timpânica + mesênquima dos dois 
primeiros arcos faríngeos 
 
 Na imagem abaixo é possível ter uma boa 
visualização o meato acústico externo revestido de 
ectoderma formando a membrana timpânica (ectoderma 
dos primeiros arcos faríngeos e endoderma da primeira bolsa 
faríngea e mesênquima dos dois primeiros arcos faríngeos). 
 
Orelha externa 
 Nessa parte temos o pavilhão auricular, e também o 
meato acústico externo que como já vimos, é oriundo do 
primeiro sulco faríngeo, revestido de ectoderma de 
revestimento. Esse sulco se aprofunda, sofre obliteração e 
posteriormente recanalização, a luz do meato acústico 
externo é retomada e temos então a formação do tímpano. 
O tímpano e oriundo dos três folhetos embrionários. 
 Além disso, a orelha externa nós temos o pavilhão 
auricular. 
 Na região onde está sendo formada a orelha, 
aparecerá uma intumescência/saliência chamadas de 
tubérculos. Estas saliências auriculares são revestidas de 
ectoderma e possui um centro de mesênquima dos arcos 
faríngeos. Por baixo do ectoderma, o mesênquima do 
primeiro e segundo arco faríngeo se prolifera e forma essa 
saliência (6 no total). 
 
 Na imagem abaixo vemos a formação do olho e as 6 
saliências auriculares que se formam através de proliferação 
do mesênquima do primeiro e segundo arco faríngeo e são 
revestidos externamente de ectoderma. 
 
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 Cada uma destas saliências vai se posicionar e se 
desenvolverão formando a orelha. 
 
 A saliência surge por volta da 6° semana de 
desenvolvimento. Do primeiro arco faríngeo se origina 3 
saliências e do segundo outras 3. 
 As saliencias possuem um nome de acordo com a 
origem anatômica que dão a orelha. 
 
 Orelha externa é basicamente proliferação de 
mesênquima do primeiro e segundo arco faríngeo revestida 
de ectoderma. 
Malformações 
 A malformação da orelha pode gerar surdez uma vez 
que este órgão é responsável pela captação e interpretação 
de ondas sonoras. 
 A surdez pode ser parcial ou total e pode ser devido 
a malformação de duas regiões e por este motivo pode ser 
classificada em dois tipos: 
• Surdez de condução: devido a malformação na orelha 
externa e/ou na orelha média que são responsáveis pela 
condução das ondas sonoras 
• Surdez neurossensorial: devido a malformação da 
orelha interna, no ervo vestíbulo coclear ou em regiões 
auditivas do cérebro. 
50% são causas genéticas e podem ser sindrômicas ou não 
sindrômicas – mais comum 
50% está relacionada a causas ambientais como CMV, 
rubéola, gentamicina, exposição a ruídos altos. 
SURDEZ CONGÊNITA 
 A criança já nasce surda. Pode estar relacionada com 
fatores genéticos ou ambientais. Os genéticos geralmente 
podem estar associados a síndromes ou não, podendo ser 
caso isolado. 
 O desenvolvimento desse tipo de surdez ocorre 
devido a formação anormal da porção condutora (orelha 
externa e média) ou de estruturas neurossensoriais da 
orelha interna. 
 Estima-se que aproximadamente 3:1.000 neonatos 
apresentam perda auditiva significativa 
Defeitos auriculares: temos em algumas síndromes 
 
OBS: a trimetadiona é um anticonvulsivante não usado no 
brasil. 
 
ORELHA INTERNA 
 Se tivermosuma malformação na orelha interna 
teremos uma surdez neurossensorial pois esta porção é 
 
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responsável pela captação e interpretação das ondas 
sonoras e depois levar estímulos para o cérebro para ser 
interpretado. 
 Podemos ter malformação da cóclea ou do sistema 
vestibular e isso pode ocasionar alterações tanto auditivas 
quanto disfunções de equilíbrio. 
As malformações podem ser: 
 
 As células ciliadas precisam dos estereocílios para 
funcionar corretamente. Alterações na actina desses 
esterocílios podem levar a surdes. 
 As células de sustentação sustentam as ciliadas. 
Mutações ocasionam perda auditiva. 
 Estria vascular (veremos em histo) esta localizada na 
cóclea e produz a linfa. Problemas na formação da endolinfa 
ocasiona mal funcionamento das células. 
 
Exemplo de malformação da orelha interna: 
 
 Nessa síndrome temos várias malformações juntas. 
A criança possui alterações genéticas que vão promover 
aplasia labiríntica (não desenvolvimento do labirinto). 
Redução no número de giros da cóclea, defeitos nos ductos 
semicirculares, defeitos na orelha média podem estar 
presente, anormalidadade na orelha externa característica. 
Ademais temos a síndrome de Usher tipo I que é uma 
surdez neurossensorial causada pela desorganização dos 
estereocílios (esterocílios não se formam no órgão de Corti 
então a pessoa não ouve). Também pode estar relacionada 
com retinite pigmentosa (condição que altera a visão da 
pessoa). 
A Síndrome de Jervell a Lange-Nielsen também 
ocasiona surdez neurossensorial devido a alterações na 
produção de linfa rica em K+. se a linfa não for adequada não 
teremos sensibilização das células devido ao ambiente 
fisiológico estar deficiente. Essa síndrome está associada 
com malformações cardíacas que podem levar a arritmia 
cardíaca que pode resultar em morte súbita (QT longo). 
 Há várias malformações da orelha média e externa. 
Na orelha média podemos ter problemas na recanalização 
do meado acústico externo. Abaixo vemos algumas 
alterações na orelha externa 
 
Microtia possui vários graus: 
 
Anotia = ausência do pavilhão auricular. 
 
 
olho 
faringe 
Formação de 
apêndice extra 
Obliteração + 
canalização falha 
 
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A Microtia / anotia estão normalmente relacionadas com 
defeitos adicionais como: 
• Síndrome Branquio-otorrenal 
• Síndrome CHARGE 
• Síndrome de Treacher Collins 
• Trissomia do 21 
• Trissomia do 18 
• Exposição ao álcool / isotretinoína (ácido retinóico) 
• Síndrome do X frágil 
Sendo assim, quando a criança nasce com essa 
malformação pode indicar que ela tem alguma dessas outras 
síndromes. 
Resumindo 
 Temos o placóide auditivo 
 
que invagina e destaca formando a vesícula ótica. A vesícula 
se diferencia formando a orelha interna. A orelha média é 
formada pela primeira bolsa faríngea revestida de 
endoderma que formará tua auditiva e cavidade timpânica. 
Os ossículos da orelha média são formados por ossificação 
de mesênquima do primeiro e secundo arco faríngeo. 
 
 Abaixo vemos a diferenciação e a formação das 
estruturas e a formação do meato acústico externo que 
mostra a formação da orleha externa. 
 
Abaixo temos toda a orelha interna formada. O labirinto 
membranoso derivado de ectoderma de revestimento, o 
labirinto ósseo revestindo-o. a primeira bolsa faríngea forma 
tuba auditiva e cavidade timpânica, os ossículos formados 
por mesênquima e por fim , na orelha externa temos o meato 
acústico externo revestido de ectoderma de revestimento e 
o pavilhão da orelha revestido de ectoderma e o centro de 
mesênquima. Temos também o tímpano composto de 
ectoderma, endoderma e mesênquima.

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