Buscar

Livro Texto - Aula 10

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 28 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

122
O sucesso da operação de extinção depende do 
conhecimento da classificação dos incêndios em mata.
A classificação é feita de acordo com a loca-
lização dos combustíveis, sendo:
a) TURFA: INCÊNDIO SUBTERRÂNEO, 
quando há queima de combustíveis abaixo do solo, 
tais como húmus e raízes.
Este tipo de incêndio é normalmente de com-
bustão lenta e sem chamas, porém de difícil extinção.
b) INCÊNDIO RASTEIRO OU DE SUPER-
FÍCIE: quando há queima de combustíveis de baixa 
estatura, tais como: vegetação rasteira, folhas e tron-
cos caídos, arbustos, etc;
c) INCÊNDIO AÉREO OU DE COPA: 
quando há queima de combustíveis que estão acima 
do solo, tais como galhos, folhas, musgos, etc; 
d) INCÊNDIO TOTAL: quando temos todas 
as formas de incêndio acima descritas. 
Métodos de combate à incêndios
Para a extinção de incêndios em matas, há dois 
métodos que podem ser empregados individualmen-
te ou em conjunto:
123
a) ATAQUE DIRETO: consiste em combater 
diretamente as chamas no perímetro do incêndio e 
quando temos uma situação de altura das chamas 
não superior a 1,20 m de altura, da seguinte forma:
USO DE ABAFADOR: deve ser aplicado so-
bre o fogo para extinguí-lo, com movimentos de 
sobe e desce, sem ultrapassar a linha do corpo. Po-
dem ser confeccionados de ramos verdes, tiras de 
mangueiras;
USO DE BOMBA COSTAL: este equipamen-
to possui, normalmente, reservatório de 20 litros de 
água e esguicho, sendo a água recalcada quando o 
bombeiro aciona manualmente o pistão de curso;
USO DE FERRAMENTA AGRÍCOLA: uti-
lização de ferramentas comuns utilizadas principal-
mente para colocar terra sobre o fogo, tais como pá, 
enxada, enxadão, etc;
USO DE MOTO BOMBAS E VIATURAS: 
dependendo do acesso e fonte de abastecimento, 
pode-se utilizar moto bombas e viaturas de incêndio.
ATAQUE AÉREO: feito por avião com tan-
ques especiais ou helicópteros com bolsa de água.
124
b) ATAQUE INDIRETO: consiste em com-
bater o fogo a alguma distância do seu perímetro, 
devendo ser utilizado quando o fogo é de grande 
intensidade ou esteja se movendo rapidamente. Ele 
é desenvolvido da seguinte forma:
CONSTRUÇÃO DE ACEIROS: trabalhando 
de forma a retirar a vegetação (combustível) fazendo 
uso para isso de ferramentas e equipamentos típicos 
(facão, forcado, foice, enxada, enxadão, gadanho, 
rastelo, machado e motosserra), o combatente deve-
rá construir um aceiro com duas partes, uma roça-
da e que irá oferecer a primeira resistência ao fogo, 
abaixando a sua altura e intensidade e uma raspada 
até o solo, que por sua vez conterá o fogo.
A largura do aceiro deve ser tal que possa evitar a 
sua transposição por parte do fogo, levando-se em con-
sideração a altura da vegetação e a velocidade do vento.
Nunca devemos tentar construir um aceiro em 
uma área em aclive pois o fogo pré-aquecerá a ve-
getação à frente aumentando consideravelmente a 
sua velocidade de propagação, oferecendo risco aos 
bombeiros. Neste caso, o melhor ponto para a sua 
construção será logo após o “cume” (topo).
O aceiro próprio para declives (após o topo) 
é chamado “aceiro trincheira” cuja característica es-
sencial é a utilização de enxadões para sulcar a terra, 
puxando-a para fora, de forma a criar uma espécie 
125
de anteparo aos corpos incandescentes que possam 
vir a rolar.
Sempre que construímos um aceiro, devemos 
considerar uma proporção entre a faixa roçada e a ras-
pada, devendo ser a primeira de 4 a 5 vezes a raspada.
Lembrar que o aceiro deverá envolver todo o 
perímetro do fogo e que para conter os flancos e 
a retaguarda a largura do aceiro poderá ser menor, 
numa proporção de 4 a 5 vezes o aceiro que conterá 
a cabeça ou frente desse mesmo fogo
Toda a vegetação retirada da área raspada, caso 
não esteja queimada, deve ser removida em direção 
à área a preservar, para mais tarde evitar uma grande 
carga de incêndio pela utilização do fogo de encontro.
Os aceiros podem ser classificados em três tipos:
Aceiros preventivos: é aquele realizado antes 
e durante as operações de prevenção de fogo em 
mato. Por meio de ferramentas ou tratores, raspa-
-se uma área da vegetação de forma que fique uma 
área de isolamento entre as vegetações, evitando a 
passagem do fogo. As distâncias variam de acordo 
com a altura da vegetação que se quer separar, nor-
malmente, se obedece a proporção de quatro vezes a 
altura da vegetação;
Aceiros emergenciais: é aquele realizado duran-
te uma operação de combate a incêndio florestal.
126
Neste tipo de aceiro, as distâncias de separação 
vão variar de acordo com o maquinário ou ferra-
mentas disponíveis, buscando sempre a proporção 
de 4:1, conforme o aceiro preventivo;
Aceiros de segurança: é aquele realizado após a 
ocorrência de uma queimada, evitando a reignição.
Os aceiros podem ser construídos por intermé-
dio de:
º tratores - a maneira mais prática e rápida 
para construção de aceiros, é por meio do emprego 
de tratores providos de lâminas para terraplanagem 
ou mesmo com grades ou discos para tombamento 
de terra; 
º ferramentas manuais - é um processo mais 
demorado, porém é o que mais ocorre tendo em vista 
que nem sempre se tem trator disponível. O trabalho 
dessa forma pode desenvolver-se por dois processos:
1) por área - ou seja, verificada a área total a ser 
aceirada, a mesma é dividida pelo pessoal disponível 
e cada homem fica encarregado de limpar sua área 
até ficar isenta de combustível; 
2) progressivamente - após definição da área do 
aceiro, todos os homens, em fila indiana, vão cami-
nhando e com suas ferramentas construindo o aceiro. 
127
O primeiro homem vai com uma foice, cortando a 
vegetação mais alta (arbustos) e os seguintes vão com 
as enxadas limpando o solo e alargando o aceiro em 
medida adequada, o último homem vem com um ras-
telo e acaba de limpar deixando a terra nua. 
º tombamento de árvores - no caso de flores-
tas, com árvores altas, é necessário dispor de uma 
equipe de tombamento, com moto serra, para possi-
bilitar a retirada das árvores que porventura restem 
na área aceirada. 
Noções práticas para construção de um aceiro:
É importante, na construção do aceiro, que a 
largura seja suficiente para conter o fogo, mas não 
mais larga que o necessário, pois se pode gastar mão 
de obra e tempo que faltará para cercar o fogo em 
toda sua extensão. 
Deve-se tomar muito cuidado com a vegetação 
mais alta, pois pode ocorrer de ser feito um aceiro 
bem limpo no solo e o fogo passar com facilidade na 
parte mais alta. 
Normalmente, é necessário que o aceiro seja 
mais largo, diante do fogo, ou seja, o sentido do ven-
to, sendo menor nos flancos e menor ainda na reta-
guarda, onde a propagação será contra o vento. 
É importante que o aceiro fique bem limpo, ou 
seja, a terra não deve conter vegetação, nem qual-
128
quer outro material combustível. 
Caso exista material queimado na área do acei-
ro, o mesmo deve ser jogado para a área de onde 
vem o fogo ou área queimada. 
O material intacto deve ser jogado para a área 
a ser protegida, para que se diminua o volume de 
combustível, nas proximidades do aceiro. 
É importante para a rapidez da construção de 
aceiros que se utilizem o aceiro natural, como rios, 
lagos, estradas, ou mesmo formações rochosas que 
bloqueiam naturalmente o avanço do fogo. 
USO DO FOGO: esta técnica, sempre que 
possível deve ser evitada pois se mal executada po-
derá causar mais danos e ainda cercar outros com-
batentes, propiciando-lhes risco de vida. Apenas o 
líder do grupo de combate deverá optar e manusear 
o fogo, sendo que poderemos empregar o fogo nas 
seguintes situações:
FOGO DE ENCONTRO: consiste em atear 
fogo a partir de um aceiro natural ou construído, 
contra o vento e em direção à frente principal;
FOGO DE ELIMINAÇÃO OU ALARGA-
MENTO DE ACEIRO: uma técnica mais segura e 
indicada é a utilização do fogo a partir de um aceiro 
raspado (natural ou construído) manuseando-se um 
129
“pinga-fogo” de forma a se atear fogo e logo em 
seguida apagá-lo com abafadores e bomba-costal ,aumentando-se a largura desse aceiro raspado (cria-
ção de áreas queimadas);
USO DE RETARDANTES: produtos à base 
de óxido de ferro e especialmente produzidos para 
atuar na extinção dos incêndios florestais, poderão 
ser lançados por via aérea de forma a cercar o fogo;
CONSTRUÇÃO DE LINHA FRIA: fazendo 
uso de água através de moto-bomba, viaturas ou ae-
ronaves, lançar água de forma a criar-se um obstácu-
lo úmido à frente do fogo e se possível envolvendo 
o seu perímetro.
Fonte: Manual de Combate a Incêndios Flores-
tais; 1ª edição 2006; volume 04
c) RESCALDO: após a extinção do incêndio, 
o grupo deverá percorrer todo o perímetro da zona 
queimada, cortando uma pequena faixa da parte que 
não queimou e lançando-a para dentro da zona quei-
mada a fim de evitar que pequenos incêndios sub-
terrâneos provoquem uma reignição. Nesta fase os 
incêndios em grandes troncos deverão ser apagados 
com água ou terra / areia, mesmo que estes estejam 
dentro da zona queimada a fim de se evitar que o 
130
vento carregue consigo fragmentos incandescentes.
O grupo não deverá se retirar imediatamente 
após a extinção ou mesmo o rescaldo, devendo-se 
aguardar um certo tempo a fim de se detectar possí-
veis reignições.
A extinção de incêndio em mata é um serviço 
perigoso e exaustivo e requer do bombeiro uma te-
nacidade acima do normal.
Toda operação de combate à incêndio de gran-
des proporções deve ter um
Posto de Comando onde haja condições de co-
municação, atendimento em primeiros socorros e 
viaturas para deslocamentos rápidos, planejamento 
e controle da operação.
O incêndio em mata tem um comportamento 
genérico. Devido a temperatura e a umidade do ar, 
ele tem menos intensidade na madrugada e maior 
intensidade entre 10:00 e 18:00 horas; portanto, seria 
lógico intensificar o combate durante a madrugada, 
porém temos que levar em conta a pouca visibilida-
de neste horário, o que afeta diretamente a segurança 
dos bombeiros, assim sendo não é viável combater 
fogo em mata a noite.
131
Em casos de pequenas intervenções, poder-se-
-á optar uma equipe de apenas 02 (dois) bombeiros 
treinados e com o material adequado, fazendo uso 
de uma viatura tipo VO e equipados com sistema 
de rádio-comunicação. Nos casos de necessidade de 
apoio ou em grandes intervenções, dever-se-á op-
tar pela formação de GCIFs (Grupos de Combate a 
Incêndios Florestais), preferencialmente treinados e 
equipados para tal.
O trabalho de extinção em matas é exaustivo 
e o período em serviço não deve exceder 12 horas 
seguidas sendo que o descanso não deve ser menor 
que 8 horas.
Todo o incêndio florestal, ao atingir determi-
nadas dimensões, tende a oferecer perigo aos que 
combatem. Assim, algumas regras básicas de segu-
rança devem ser obedecidas, sob pena de se colocar 
em risco a vida dos combatentes.
Precauções gerais
a) Ao chegar no local do incêndio, deve-se pri-
meiramente estabelecer rotas de fuga para escapar 
em caso de necessidade; 
b) Deve ser previsto um local seguro para des-
canso e alimentação, longe do fogo; 
c) Não se deve trabalhar mais do que 12 horas 
seguidas e o descanso não deve ser menor do que 8 
horas seguidas; 
132
d) Se houver linhas elétricas na área do incên-
dio, a energia deverá ser desligada. É perigoso dirigir 
jatos de água em direção a linhas energizadas; 
e) Pisar sobre solo seguro e não correr ladei-
ra abaixo; 
f) Tomar cuidado com materiais que possam 
rolar para baixo, ferindo os combatentes; 
g) Ao passar próximo de árvores queimadas ou 
debilitadas pelo fogo, em aclive, fazê-lo por cima e 
com atenção; 
h) Ao ser cercado pelo fogo, não fugir ladeira 
acima, quando o sentido do fogo for aclive; use sua 
rota de fuga com segurança, procurando uma área 
limpa ou queimada segura; 
i) Ao fazer uma linha de aceiro, não a faça de 
cima para baixo quando o fogo estiver subindo o 
morro rapidamente. O lugar correto é aquele ime-
diatamente após o pico do morro, no início da des-
cida, do lado oposto; 
j) Aproveite a diminuição da intensidade do 
fogo para aumentar a intensidade do combate; 
k) Aproveite as barreiras naturais (estradas, 
córregos, linhas férreas, caminhos de terra batida, 
etc.) para utilizá-la como aceiro, evitando perda de 
tempo e desgaste físico; 
l) Mantenha sua ferramenta afiada e em perfei-
to estado de conservação; 
m) Evite usar roupas e sapatos apertados, pois 
133
poderão lhe causar ferimentos e desconforto; 
n) Enterre ou apóie troncos que possam rolar 
morro abaixo; 
o) Seja rápido ao iniciar o combate; 
p) Mantenha-se vigilante contra árvores que 
possam cair, animais peçonhentos, pedras que pos-
sam rolar, etc.; 
q) Ao utilizar ferramentas de corte em vegeta-
ção, tome cuidado com lascas nos olhos; 
r) Moto-serra deve ser transportada com o sa-
bre voltado para trás e com o motor desligado e tra-
va acionada; 
s) Não se encoste ou sente na frente ou atrás de 
um trator ou outro veículo de combate, mesmo parado; 
t) Cuidado ao se colocar na frente ou atrás de 
um trator ou veículo em movimento; 
u) Não se deve utilizar o trator para transporte 
de pessoas. 
Situação em que o perigo aumenta
Procure estar atento as situações em que o peri-
go aumenta, são algumas dessas condições:
a) Quando está sendo construído um aceiro 
em ladeira com o fogo subindo; 
b) Quando o fogo desce por um declive e rolam 
134
materiais em ignição, esses materiais podem ocasionar 
focos de incêndio abaixo ou atrás dos combatentes; 
c) Quando começar a ventar ou o vento ficar 
mais forte, ou ainda mudar sua direção; 
d) Quando o tempo fica mais quente e seco; 
e) Quando se trabalha em terreno com vegeta-
ção muito densa e há grande quantidade de combus-
tíveis entre a linha do aceiro e a frente do fogo; 
f) Quando se está distante da área queimada e 
o terreno e a densidade da vegetação dificultam o 
deslocamento e movimento dos combatentes; 
g) Quando se está em local desconhecido para 
os combatentes, ou não observado e reconhecido 
durante o dia; 
h) Quando o incêndio produz freqüentes fo-
cos secundários; 
i) Quando não se sabe o local da cabeça do 
fogo e não há comunicação com os observadores; 
j) Quando se está isolado e sem contato com 
os demais; e 
135
k) Quando se está esgotado, cansado, sonolen-
to e próximo a linha do fogo. 
Primeiros Socorros no Incêndio Florestal
Basicamente em todas as situações deve-se ado-
tar o protocolo de atendimento de resgate, no entan-
to, devido à sua peculiaridade dos locais distantes, 
seguem algumas recomendações básicas para aten-
dimento de urgência no local onde está ocorrendo à 
atividade de combate a incêndio florestal.
- Acidentes mais comuns em incêndios florestais: 
1) queimaduras; 
2) quedas (buracos, troncos, barrancos, lagos); 
3) queda de galhos sobre o combatente; 
4) picadas de animais peçonhentos; 
5) isolamento do combatente em meio ao fogo. 
- Lesões mais comuns em incêndios florestais: 
1) queimaduras; 
2) desidratação; 
136
3) escoriações; 
4) fraturas (crânio e membros); 
5) picadas e mordidas de animais; 
6) intoxicação por gases; 
7) asfixia; 
8) irritação dos olhos; 
9) parada cardiorrespiratória. 
Condutas de urgência num incêndio florestal 
para casos de: Intoxicação por monóxido de carbono:
- retirar a vítima do local tóxico, levando-a 
para um local mais arejado; 
- afrouxar as roupas; 
- ministrar oxigênio a 100%, se possível; 
- respiração artificial se necessário; 
- transportar imediatamente ao hospital. 
137
Picadas por animais peçonhentos:
- identificar e capturar o animal que causou 
a lesão; 
- manter a vítima em repouso absoluto; 
- remover anéis, pulseiras, braceletes etc, devi-
do ao possível inchaço; 
- lavar o local da picada; 
- proteger o local da lesão com gaze seca 
e esparadrapo; 
- transportar a vítima para o hospital que te-
nha soro específico; 
- deixar o local da picada em nível mais baixo 
que a linha do coração; 
- se ocorrer parada cardiorespiratória, iniciar 
manobras de reanimação cardiopulmonar;- não garrotear ou fazer torniquete na tentati-
va de retardar o efeito do veneno; 
- não furar em volta da picada, nem espremer 
138
ou sugar a ferida. 
Indicadores do sentido de deslocamento do fogo
I. indicadores nos talos de gramíneas - à medida 
que o fogo se aproxima de um talo de gramínea ele 
aquece e começa a carbonizar esse lado primeiro, o 
qual é reduzido em tamanho e força. O efeito é quase 
o mesmo que um corte baixo em uma árvore. Con-
seqüentemente o talo da gramínea tomba para o lado 
mais fraco. À medida que o fogo avança em um de-
terminado padrão de vegetação, os talos caídos indi-
cam o sentido de onde o fogo veio. Entretanto, como 
acontece com todos os indicadores, você deve obter 
o sentido correto a partir de diferentes fontes, pois 
determinados fatores, tais como vento ou o tempo, 
podem afetar o sentido para onde os talos dobram;
II. indicadores de combustíveis protetores - um 
incêndio de queima vagarosa, em baixa temperatu-
ra, queima somente a vegetação no lado em que ela 
estiver virada para o fogo. Geralmente os combustí-
veis que são protegidos não mostram qualquer sinal 
de terem sido queimado. Devido a esse fato, uma 
enorme área que queima vagarosamente apresenta 
uma coloração mais clara devido às cinzas e uma 
combustão mais completa quando avistada longe do 
ponto de sua origem e mais escura quando se ob-
serva próxima à sua origem. A parte da planta ou 
139
madeira atingida pelo fogo apresenta uma queima 
mais completa no sentido da aproximação do fogo, 
resultando numa mancha esbranquiçada e carboni-
zada, enquanto o outro lado estará protegido e, con-
seqüentemente, mostrará menos sinais de queimada;
III. indicadores de queima em forma de cava 
- normalmente ocorrem no sentido do vento, tan-
to no tronco quanto nos gramíneos. Este é o lado 
exposto ao vento mais forte e, portanto, espera-se 
que queime profundamente, enquanto o outro lado 
permanece mais frio e protegido pelos restos do 
lado queimado. Esse efeito ocorre até mesmo em 
gramíneas e pode ser examinada de perto se friccio-
nando a costa do punho. Esse movimento, quando 
feito no sentido contrário à sensação será de algo 
áspero, você deverá fazer esse movimento em todas 
as direções até encontrar o sentido que proporcione 
a sensação mais aveludada e a mais áspera; 
IV. padrão de carbonização - um incêndio quei-
mando morro acima ou com o vento a favor, cria um 
tipo específico de carbonização. O carvão inclinará 
num ângulo maior do que o declive do solo. Isso é 
um padrão normal nas árvores e permanecerá por 
muitos anos após o incêndio.
Isso é causado por um vácuo no lado de trás da 
árvore que atrai as chamas em uma contracorrente 
140
naquele lado. As chamas são, portanto, puxadas para 
cima da árvore por um movimento de calor. Uma 
"cara de gato" ou o acúmulo de combustível na su-
bida ou no sentido do vento terá um pequeno efeito 
no tipo de carvão;
V. "forma de jacaré" - é uma forma de carbo-
nização e normalmente são encontradas em objetos 
tais como cercas de estacas, quadros, estruturas, pla-
cas de sinalização etc. Pode ser grande ou pequena, 
assim como lustrosa ou opaca. A expressão "escalas 
largas e lustrosas" significa que a queima resultou de 
um fogo quente e rápido, enquanto que a expressão 
"escalas pequenas e opacas" significa que a queima 
resultou de fogo lento e não muito quente. A pro-
fundidade da carbonização é um bom indicador de 
trajetória do fogo;
VI. "congelamento" dos galhos das árvores - 
quando as folhas e pequenos galhos recebem muito 
calor, tendem a ficar macio e facilmente se curvam 
no sentido da corrente do vento. Quando o incên-
dio é debelado e eles se resfriam, geralmente ficam 
apontados no mesmo sentido;
VII. manchas - rochas e outros objetos não in-
flamáveis que estejam expostos ao fogo ficam man-
chados pelos combustíveis vaporizáveis e minúscu-
141
las partículas carregadas pelo fogo. Os objetos tais 
como latas de cerveja, pedaços de fragmentos de 
metal, torrões de terra suja e vegetação que não foi 
atingida pelo fogo apresentam manchas de queima;
VIII. fuligem - será depositada no lado das cer-
cas no sentido da origem do incêndio e pode ser no-
tada pela fricção das mãos na superfície das cercas. 
Em objetos maiores, quando conferido uma cerca 
de arame coberta pela fuligem, verifique os arames 
localizados na parte mais baixa da cerca, uma vez 
que eles mostrarão mais evidência de fuligem do que 
os arames localizados na parte mais alta da cerca.
Determinação da origem do incêndio
Na determinação da origem do incêndio flores-
tal, vários fatores devem ser levados em considera-
ção. Para tanto, inicialmente colher as informações 
das pessoas que residem na área ou daquelas que por 
ventura viram o início do incêndio.
Caso o incêndio tenha sido descoberto logo no 
início, demarcar a área com precisão. Essa descober-
ta imediata e a demarcação correta darão uma vanta-
gem na determinação da causa do incêndio.
Entretanto, caso o incêndio já esteja em gran-
des proporções, quando da chegada do primeiro 
grupo de combate, a dificuldade será aumentada 
para determinar o ponto exato da origem do incên-
142
dio. Mesmo em grandes áreas existe uma maneira 
científica de identificar o ponto exato de origem 
do incêndio. Conhecimento sobre comportamento 
do fogo é uma necessidade para a determinação do 
ponto de origem. Os incêndios começam pequenos. 
Eles existem em condições latentes. Movem-se len-
tamente, alastram-se, terminam e deixam marcas. O 
comportamento deles é controlado pelas condições 
climáticas, combustíveis e topografia. À medida que 
o fogo propaga-se por uma determinada área, os 
carvões deixados terão padrões característicos que 
indicarão o sentido que o fogo passou. Os diversos 
padrões de carvão, quando colocados juntos, levarão 
à origem do incêndio.
Determinação da causa do incêndio
Quando estamos falando sobre os indicadores 
no sentido de chegarmos a origem do incêndio, a 
causa da ignição pode estar aparente. Se o incêndio 
foi acidental, a causa da ignição pode estar ainda no 
local, mas, se o incêndio foi intencional, a fonte de 
ignição pode ter sido removida ou destruída pelo 
fogo. Em qualquer dessas hipóteses, deve-se vascu-
lhar a área do foco inicial, visando encontrar a fonte 
de ignição que identifique a causa do incêndio. Essa 
procura deve continuar até se ter certeza de que a 
fonte de ignição foi removida ou destruída.
143
Categorias de causas de incêndio
O resultado final da causa determinante do in-
cêndio é a localização da causa do incêndio em uma 
das nove categorias gerais acordadas abaixo em con-
formidade com as agências e organizações de pre-
venção aos incêndios. São elas:
1) relâmpago: auto-explicativas; 
2) fogueira de acampamento: um incêndio flores-
tal resultante de um foco iniciado por cozimento, aque-
cimento ou produzido por luz ou calor moderado; 
3) fumantes: incêndios causados pelos fuman-
tes, através de fósforo, isqueiros, tabaco ou outro 
material de fumo (excluir as crianças que brincam 
com fogo); 
4) queimada para limpeza: a propagação de um 
incêndio proveniente da limpeza do solo, galhos corta-
dos, entulhos, pastagens, toras, estradas de terra, servi-
ço de corte de madeira ou outras queimadas prescritas; 
5) incendiário: um incêndio causado proposi-
talmente por alguém para queimar ou exterminar a 
vegetação ou propriamente que não pertença a ele 
e sem o consentimento do proprietário ou procu-
rador. Excluem-se os incêndios causados por negli-
144
gências quando da queima para limpeza; 
6) uso de equipamentos: incêndios causados 
por equipamentos mecânicos, além daquelas opera-
ções de ferrovias; 
7) estrada de ferro: incêndios causados por 
todas as operações das estradas de ferro, incluindo 
queimadas em estradas/atalhos de terra e pontas de 
cigarro jogadas pelos empregados; 
8) crianças: incêndios causados por crianças 
menores de 12 anos de idade; 
9) diversos: incêndios que não podem ser correta-
mente classificadosem nenhuma das causas anteriores. 
Eliminação das causas de incêndio florestal
Uma vez definida a área de origem do incêndio, a 
causa dele pode estar aparente. Mesmo que a fonte de 
ignição não esteja aparente, é possível eliminar o que 
não o causou;
Através do processo de eliminação das categorias 
de causas de incêndio, pode-se concentrar melhor na 
busca da fonte de ignição.
145
1) Defina Incêndio Florestal. 
2) Quanto a natureza, qual são as causas mais 
prováveis de incêndios florestais.
3) Quais tipos de vegetação que temos no Brasil?
4) Cite cinco medidas para se evitar as causas de 
Incêndios Florestais.
5) De acordo com a classificação da localização 
de incêndio, o que significa Incêndio Subterrâneo ? 
Bibliografia .
147
Decreto Estadual nº 56.819/2011 (Seguran-
ça Contra Incêndio nas Edificações e Áreas de 
Risco).
Instruções Técnicas do Corpo de Bombei-
ros da Polícia Militar do Estado de São Paulo.
NBR – 5.628 – Componentes construtivas 
estruturais – Determinação da resistência ao 
fogo.
NBR – 9.077 – Saídas de emergência em 
edifício
NBR – 9.441 – Execução de sistema de de-
tecção e alarme de incêndio.
NBR – 9.442 – Materiais construtivos – de-
terminação de índice de propagação
superficial de chama pelo método do painel 
radiante.
NBR – 10.897 – Proteção Contra incêndio 
por chuveiro automático
NBR – 10.898 – Sistema de iluminação de 
emergência.
148
NBR – 11.742 – Porta corta-fogo para saída 
de emergência – especificação.
NBR – 11.786 – Barra antipânico – requisitos.
NBR – 11.861- Mangueira de incêndio e 
métodos de ensaio.
NBR – 12.693 – Sistema de proteção por 
extintores de incêndio.
NBR – 12.962 – Inspeção, manutenção e 
recarga em extintores de incêndio.
NBR – 13.435 – Sinalização de segurança 
contra incêndio e pânico
NBR – 13.523 – Central Predial de gás li-
quefeito de petróleo.
NBR – 13.714 – Sistemas de hidrantes e de 
mangotinhos para combate a incêndio.
NBR – 13.932 – Instalações internas de 
GLP – projeto e execução.
NBR – 14.323 – Dimensionamento de es-
truturas de aço de edifícios em situação de in-
149
cêndio – procedimento.
NBR – 14.432 – Exigências de resistência ao 
fogo de elementos de edificações – procedimento.
NBR – 15200 – Projeto de estruturas de 
concreto em situação de incêndio - procedimento
SEGURANÇA PROTEÇÃO CONTRA 
INCÊNDIO
AUTOR: Ten Coronel Res PM Edil Dau-
bian Ferreira
Editora Centrais Impressoras Brasileiras 
Ltda. MANUAL DE FUNDAMENTOS DE 
BOMBEIROS
AUTOR: Polícia Militar do Estado de São 
Paulo / Corpo de Bombeiros
Editora Abril S/A
MANUAL DE PREVENÇÃO E COM-
BATE DE INCÊNDIO (3ª Edição)
AUTOR: Coronel Res PM Orlando Secco
Editora Bernardino Ramazzini

Continue navegando