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Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 1 
 
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM 
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO TÓRAX: RX E TC 
Uma boa técnica de execução radiográfica é essencial para que se interprete 
corretamente à imagem. 
AS INCIDÊNCIAS MAIS FREQUENTEMENTE UTILIZADAS SÃO: 
Técnica 
Incidência frontal: as incidências frontais, tanto á anteroposterior (AP) quanto a 
posteroanterior (PA), realizadas em inspiração profunda, sempre que possível. 
Lateral: como complemento do estudo adequadamente interpretado em incidência 
frontal 
 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 2 
 
 
 
Fatores técnicos: 
COLIMAÇÃO: para proteção e prevenção de radiação secundária. 
PENETRAÇÃO: é a qualidade que permite avaliar o máximo de estruturas anatômicas 
em uma incidência única. 
POSICIONAMENTO E ROTAÇÃO: para saber se a incidência AP ou PA está adequada. 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 3 
 
 
INSPIRAÇÃO: para avaliar à inspiração, as cúpulas diafragmáticas devem estar no nível 
da extremidade da oitava costela. 
 
EXPOSIÇÃO: o tempo de exposição deve ser o mais curto possível. 
MEIOS DE CONTRASTE: sulfato de bário para contrastação de esôfago e alças intestinais 
e respectivas inter-relações com estruturas normais ou patológicas do tórax. 
Análise 
Metodologia: o roteiro sugerido inicia-se pelas estruturas extratorácicas: 
- Porcão superior do abdome 
- Base do pescoço 
- Tubos e cateteres 
- Partes moles 
- Esqueleto torácico 
- Mediastino (timo, traqueia, grandes vasos e coração) 
- Diafragma 
- Campos pulmonares 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 4 
 
 
 
ESQUELETO 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 5 
 
 
DIVISÃO DO 
MEDIASTINO 
PARA CALCULAR O INDICE CARDIO TORAXICO: A + B / C = 
ate 0,5 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 6 
 
 Cúpulas Diafragmáticas 
 
 
Campos pulmonares: 
• Padrões Do Raio X do tórax. 
• Consolidação: Redução da transparência, sem perda de volume ( 
Preenchimento dos alvéolos ) 
- Podendo ser lobar, difusa ou multifocal 
CONSOLIDAÇÃO LOBAR 
 
Reticulação: Opacidades lineares irregulares ( Alteração do interstício pulmonar) 
 
* Finas; 
 
* Grosseiras; 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 7 
 
 
* Reticulonodular 
 ( EU 
ACHO QUE É RETICULONODULAR) 
Atelectasia: Redução da transparência com perda de volume (Colapso dos alvéolos ) 
• Segmentar; 
• Lobar; 
• Completa 
COMPLETA 
 LOBAR 
Nódulo e Massa: Opacidade arredondada (Nódulo < 3 cm, Massa > 3 cm ) ( Tumores e 
infecções ) 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 8 
 
• Solitário e Múltiplos 
SOLITÁRIO 
MÚLTIPLOS 
Hiper Transparencia: Pulmão mais escuro, diminuição das marcas vasculares 
(Enfisema, obstrução, bolhas ) 
• Localizada e difusa 
 LOCALIZADA NO PULMÃO ESQUERDO 
DIFUSA 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 9 
 
INFECÇÕES PULMONARES 
➔ Infecções bacterianas 
• Pneumonia é uma doença infecciosa aguda que acomete o parênquima 
pulmonar, podendo ser causada por bactérias, vírus ou outros agentes. 
• Streptococcus pneumoniae é o patógeno mais frequentemente implicado na 
pneumonia adquirida na comunidade em todas as faixas etárias. 
• Outros agentes comumente implicados são os vírus Haemophilus influenzae, 
Mycoplasma pneumoniae e Chlamydia pneumoniae. 
O primeiro método de imagem utilizado para avaliação de paciente com suspeita de 
peneumonia é A radiografia de tórax, por conta de sua razoável acurácia, grande 
disponibilidade, baixo custo e pouca radiação envolvida. 
A tomografia computadorizada (TC) é reservada para casos duvidosos, 
principalmente quando a radiografia de tórax é normal em pacientes com alta 
suspeição clínica e em pacientes imunocomprometidos. 
Padrões radiológicos das infecções bacterianas 
• Pneumonia lobar 
A pneumonia lobar se caracteriza na radiografia e na TC pela presença de consolidação 
homogênea do espaço aéreo que envolve segmentos adjacentes de um mesmo lobo, 
mais comumente pelo Streptococcus pneumoniae e, menos comumente, por 
Klebsiella pneumoniae, Legionella pneumophila, Haemophilus influenzae e 
Micobacterium tuberculosis. 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 10 
 
 
 
 
 
Broncopneumonia 
A broncopneumonia se caracteriza na radiografia por opacidades focais mal definidas 
e focos heterogêneos de consolidação que podem acometer um ou mais segmentos 
de um mesmo lobo ou múltiplos lobos. 
Na TC, a inflamação peribronquiolar se reflete na presença de micronódulos 
centrolobulares e opacidades micronodulares ramificantes. Os agentes mais comuns 
são Staphylococcus aureus, Haemophilus influenzae, Escherichia coli e Pseu- domonas 
aeruginosa. 
Em quadros mais a avançados ocorre em pessoas com imunodeficiencia. 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 11 
 
Imagem de uma radigrafia com opacidades mal 
definidas, acometando os lobos dos pulmões direito e esquerdo, com prevalencia nos 
apices 
TC de pulmão, com presença de micronódulos centrolobulares e opacidades 
micronodulares ramificantes. 
DIFENCIANDO ... 
 
Pneumonia intersticial 
A radiografia demonstra espessamento peribrônquico difuso e opacidades 
reticulonodulares mal definidas, algumas vezes associadas a atelectasias laminares 
ou subsegmentares e áreas focais de consolidação. 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 12 
 
A TC evidencia micronódulos centrolobulares e opacidades com padrão de “árvore 
em brotamento”. São causadas mais comumente pelo Mycoplasma pneumoniae e 
vírus. 
TC EVIDENCIANDO MICRONÓDULOS 
TC EVIDENCIANDO 
MICRONÓDULOS CENTROLOBULARES NA REGIÃO DO APICE PULMONAR DIREITO E 
EVIDENCIA DE ARVORE DE BROTAMENTO NA REGIÇÃO DO LOBO MÉDIO E INFERIOR 
DO PULMÃO DIREITO E COMPLETAMENTE NO PULMÃO ESQUERDO. 
 Sinal de hiperinsuflação 
torácica: retificação do diafragma. ANALISAR COM O PROFESSOR 
Pneumonias virais 
Os vírus influenza dos tipos A e B respondem pela maioria das pneumonias virais em 
indivíduos adultos imunocompetentes; outros vírus comumente envolvidos nas 
infecções que acometem essa população são o vírus sincicial respiratório e o 
adenovírus. 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 13 
 
Radiografia simples 
- As infecções virais que cursam com traqueobronquite, frequentemente não 
demonstram anormalidades na radiografia. 
 
NA Tomografia computadorizada 
• Espessamento de paredes brônquicas e/ou bronquiolares. 
• Distúrbios da atenuação do parênquima (padrão de atenuação em mosaico). 
• Nód ulos, micronódulos e imagens de “árvore em brotamento”. 
• Opacidades em vidro fosco e consolidações alveolares. 
• Espessamento de septos interlobulares. 
PADRÃO EM VIDRO FOSCO, 
ARVORE DE BROTAMENTO E ESPASSAMENTO DAS PAREDES BRONQUICAS. 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 14 
 
 
Embolia séptica 
A embolia séptica é caracterizada pela presença de nódulos pulmonares que 
geralmente medem entre 1 e 3 cm de diâmetro. A presença de áreas de escavação 
nos nódulos é frequente. Quando ocorre oclusão de artérias pulmonares por 
trombos ou êmbolos sépticos, podem coexistir focos de hemorragia e/ou infarto 
pulmonar. 
A hemorragia se apresenta na TC como áreas de opacidades em vidro fosco, e os 
focos de infarto se manifestam como áreas subpleurais de consolidação, 
cuneiformes, geralmente com componente de necrose ou franca escavação central. 
Os principais agentes bacterianos são Staphylococcus aureus, Streptococcus viridans, 
Staphylococcus epidermidis e enterococos. 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 15 
 
TC COM PRESENÇA DE 
INFARTO PULMONAR COM PRESENÇA DE ESCAVAÇÃO CENTRAL OU NECROSE. RX COM 
PRESENÇA DE IMAGEM EM VIDRO FOSCO 
Complicações infecciosas pleuropulmonares 
Pneumonia necrotizante e abscesso pulmonar ???? 
As pneumonias necrotizantes se manifestam radiograficamente como áreas 
radiolucentes em meio a uma consolidação, muitas vezes confluentes e formando 
cavidades. 
Os abscessos pulmonares se manifestamcomo massas únicas ou múltiplas, que 
podem ocorrer isoladamente ou em meio a áreas de consolidação. Os agentes 
bacterianos relacionados às pneumonias necrotizantes e aos abscessos pulmonares 
são S. aureus, K. Pneumoniae, P. aeruginosa e outras Gram-negativas anaeróbias] 
PRESENÇA DE ABCESSOS PULMONARES DE 
MASSAS MULTIPLAS 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 16 
 
 Áreas radiolucentes em meio a uma consolidação, 
muitas vezes confluentes e formando cavidades 
 Pneumonia necrotizante 
 
Pneumatoceles são complicações frequentes em pneumonias graves, geralmente por 
Staphyloccocus aureus. Trata-se de distensão alveolar que leva ao aparecimento de 
cistos no parênquima pulmonar. 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 17 
 
 
O derrame pleural acontece devido ao acúmulo excessivo de líquido no 
espaço pleural, que é o espaço criado entre o pulmão e a membrana externa que o 
cobre. 
 
 
TUBERCULOSE 
O agente causador da tuberculose pulmonar é o Mycobacterium tuberculosis. O 
diagnóstico definitivo de infecção tuberculosa ativa geralmente é dado por meio de 
baciloscopia ou cultura de escarro positivas. 
Clinicamente é suspeito para tuberculose um paciente com tosse e expectoração por 
3 semanas ou mais, contatos de casos de tuberculose, portadores de doença e/ou 
condição social que predisponha à tuberculose. 
 
TUBERCULOSE PRIMÁRIA 
Á apresentação radiológica na Radiografia e na tomografia é um nódulo ou 
consolidação alveolar, havendo rápida disseminação aos linfonodos do hilo e 
eventualmente do mediastino, mais comum no lobo médio ou lobos inferiores. As 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 18 
 
linfonodomegalias são mais comuns em crianças (90- 95%) do que em adultos (10-
30%) 
 
 Não deve ter esse alargamento(abaulamento) 
indicado pela seta (um linfonodo alterado) 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 19 
 
Pode aparecer como sequela um nódulo pulmonar calcificado (conhecido como nódulo 
de Ghon) ou linfonodos hilares e/ou mediastinais calcificados (que, associados ao 
nódulo de Ghon, recebem o nome de complexo de Ranke). 
 
 
 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 20 
 
TUBERCULOSE PÓS-PRIMÁRIA 
Esta forma ocorre em pacientes previamente sensibilizados pelo Mycobaterium 
tuberculosis, tipicamente, a doença predomina na região apicoposterior dos pulmões, 
mais especificamente nos segmentos apicais e posteriores dos lobos superiores e 
segmentos superiores dos lobos inferiores. 
NA RADIOGRAFIA SIMPLES, os principais achados são consolidações de limites mal 
definidos, nódulos e opacidades reticulares, frequentemente associados a cavitações. 
NA TC, os achados mais frequentes são as opacidades acinares e os micronódulos 
centrolobulares. 
 
imagem com presença reticulo nodular 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 21 
 
 
Tuberculose pós-primária. Cortes tomográficos registrados 
em janela parenquimatosa demonstrando nódulos acinares, difusamente 
distribuídos, alguns agrupados, preenchendo parcialmente 
os lóbulos secundários, o que configura o “sinal do trevo” 
 
TUBERCULOSE MILIAR 
Conhecida como tuberculose disseminada, esta forma ocorre quando há disseminação 
hematogênica do bacilo da tuberculose, formando múltiplos granulomas menores 
que 5,0 mm difusos pelos pulmões. A tuberculose miliar pode ocorrer em todas as 
formas de tuberculose. 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 22 
 
 
 
 
TUBERCULOSE PERICÁRDICA 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 23 
 
• Ocorre por disseminação hematogênica ou disseminação extranodal de 
linfonodos mediastinais adjacentes acometidos. Apresenta-se como derrame 
e espessamento com realce do pericárdio nas fases agudas. 
 
 
 
DOENÇAS DAS VIAS AÉREAS 
- Alterações das vias aéreas centrais 
As doenças da traqueia são raras e podem ter diferentes etiologias, incluindo 
alterações infecciosas, inflamatórias, pós-traumáticas, neoplásicas e idiopáticas. São 
divididas em focais ou difusas. 
DOENÇAS FOCAIS DA TRAQUEIA 
ESTENOSE TRAQUEAL PÓS-INTUBAÇÃO 
Estenose traqueal pós-intubação, na maioria das vezes sua causa é iatrogênica, 
relacionada com intubação traqueal prévia. 
ACHADOS RADIOLÓGICOS 
À estenose pós-intubação caracteriza-se por espessamento parietal concêntrico da 
traqueia acompanhado de estreitamento luminal. 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 24 
 
 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 25 
 
 
?? 
NEOPLASIAS TRAQUEAIS 
Nódulo ou massa intraluminal representam as manifestações radiológicas mais 
comuns das neoplasias traqueais. 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 26 
 
 
 
DOENÇAS DIFUSAS DA TRAQUEIA 
POLICONDRITE RECIDIVANTE 
A policondrite recidivante é uma doença sistêmica caracterizada por surtos 
inflamatórios recorrentes que comprometem o tecido cartilaginoso das orelhas 
externas, septo nasal, articulações periféricas, laringe, traqueia e brônquios. 
O principal achado da policondrite recidivante na TC é o espessamento parietal 
traqueobrônquico associado à presença de calcificações. 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 27 
 
 
 
TRAQUEOBRONCOPATIA OSTEOCONDROPLÁSTICA 
Os principais achados de imagem são espessamento parietal difuso da traqueia, com 
pequenos nódulos calcificados associados, sobretudo na camada submucosa, que 
protruem para a luz traqueal, determinando graus variáveis de estreitamento luminal. 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 28 
 
 
 
TRAQUEIA EM BAINHA DE SABRE 
A traqueia em bainha de sabre é observada quase exclusivamente em pacientes do 
sexo masculino, a maioria com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), sendo 
mais frequente a partir da sexta década de vida, caracteriza-se pela redução do 
diâmetro laterolateral e aumento do diâmetro anteroposterior da traqueia, com 
consequente estreitamento luminal difuso. 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 29 
 
 
 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 30 
 
TRAQUEOBRONCOMALÁCIA 
A traqueobroncomalácia é uma condição secundária à fraqueza da parede das vias 
aéreas centrais e do tecido cartilaginoso de suporte, resultando em colapso excessivo 
dá árvore traqueobrônquica. 
Pode ser congênita, por exemplo, em virtude de distúrbios ou imaturidade do tecido 
cartilaginoso, ou adquirida, quando pode ser vista em associação com DPOC, 
compressão extrínseca, caracteriza-se por colapso excessivo das vias aéreas na 
expiração, com redução superior a 50% da área de secção transversa da traqueia e dos 
brônquios centrais. 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 31 
 
 
 
BRONQUIECTASIAS 
As bronquiectasias representam dilatações irreversíveis dos brônquios. Existem 
inúmeras causas conhecidas de bronquiectasias, sendo as infecções a causa mais 
frequente. As bronquiectasias podem resultar de infecções agudas, crônicas ou 
recorrentes das mais variadas etiologias, incluindo bacteriana, micobacteriana, viral e 
fúngica. 
A RADIOGRAFIA DE TÓRAX apresenta limitações importantes para o diagnóstico de 
bronquiectasias. Em função do processo inflamatório que geralmente acompanha as 
bronquiectasias, as paredes brônquicas tornam-se visíveis na radiografia, originando 
linhas paralelas. 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 32 
 
 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 33 
 
 
 
FIBROSE CÍSTICA 
A fibrose cística é uma doença genética autossômica recessiva relacionada com um 
defeito na estrutura de uma proteína que resulta em transporte anormal de cloreto 
através das membranas epiteliais das glândulas exócrinas, trato respiratório, sistema 
gastrointestinal e aparelho reprodutivo. 
ACHADOS RADIOLÓGICOS demonstram aumento da trama broncovascular e sinais de 
espessamento das paredes brônquicas, geralmente predominando nos campos 
superiores. 
Brônquios dilatados com paredes assumindo aspecto de “trilhos de trem”, assim como 
imagens anelares e císticas refletindo a presença de bronquiectasias.Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 34 
 
 
 
 
Apresenta aprisionamento aéreo, abaulamento esternal, opacidades lineares, 
acentuação das imagens brônquicas e lesões cístico-nodulares. 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 35 
 
 
A TC demonstra múltiplas bronquiectasias, que podem estar limitadas às regiões peri-
hilares ou envolver tanto os brônquios centrais como os periféricos. 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 36 
 
BRONQUIOLITES 
O acometimento das vias aéreas distais é um achado comum na prática radiológica e 
pode ocorrer em uma grande variedade de situações clínicas, como processos 
infecciosos, aspiração, doenças autoimunes, patologias relacionadas com a inalação de 
agentes tóxicos, reação a drogas e após transplantes de órgãos, entre outros. 
As radiografias de tórax podem ser normais ou mostrar sinais de hiperinsuflação nas 
bronquiolites obstrutivas e a presença de opacidades micronodulares ou 
reticulonodulares. 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 37 
 
 
As alterações bronquiolares vistas na TC podem ser divididas entre sinais diretos e 
indiretos. 
OS SINAIS DIRETOS incluem espessamento das paredes bronquiolares, dilatação dos 
bronquíolos e preenchimento luminal, os quais assumem a forma de micronódulos 
centrolobulares. 
OS SINAIS INDIRETOS são atelectasias subsegmentares e sinais de aprisionamento 
aéreo. 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 38 
 
 
 
DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA 
A DPOC é uma patologia respiratória com repercussões sistêmicas, caracterizada por 
limitação crônica do fluxo aéreo, que não é totalmente reversível com o uso de 
broncodilatador. 
A obstrução do fluxo aéreo geralmente é progressiva e está́ associada a uma resposta 
anormal do pulmão à inalação de partículas e gases tóxicos, sobretudo da fumaça do 
cigarro. 
RADIOGRAFIA DE TÓRAX 
A radiografia de tórax tem papel limitado no diagnóstico de DPOC, sendo mais útil o 
da identificação de eventuais complicações. 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 39 
 
Os sinais de hiperinsuflação pulmonar são mais frequentes, refletindo o aumento do 
espaço aéreo decorrente do enfisema e/ou obstrução de pequenas vias aéreas. 
 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 40 
 
TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA 
O enfisema centrolobular se apresenta inicialmente na tomografia computadorizada 
como áreas de baixa atenuação, sem paredes bem delimitadas, no centro do lóbulo 
pulmonar secundário, ao redor do bronquíolo e da artéria central. Com a evolução do 
processo, as áreas de enfisema aumentam de volume e podem atingir a periferia do 
lóbulo pulmonar secundário. 
 
 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 41 
 
 
 
 
RADIOGRAFIA SIMPLES DE ABDOME 
Trata-se de ser um exame de custo baixo e de elevada disponibilidade nos serviços de 
saúde. Ele não apresenta contraindicações absolutas, apenas relativas e restritas às 
gestantes. 
ESTÁ INDICADA PARA AVALIAÇÃO NOS SEGUINTES CASOS: 
• Distensão abdominal 
• Obstrução intestinal 
• Íleo paralítico 
INDICADO PARA AVALIAÇÃO E ACOMPANHAMENTO: 
• Perfuração intestinal. 
• Pneumoperitônio. 
• Posicionamento de dispositivos médicos (como sondas e cateteres). 
• Pós-operatório: para acompanhamento da abordagem e avaliação de corpos 
estranhos cirúrgicos. 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 42 
 
• Corpos estranhos: para diagnóstico e localização. 
• Cálculo do trato urinário: para avaliação diagnóstica,localização e 
acompanhamento. 
• Prévia de exames de imagem dinâmicos (fluoroscopias). 
• Anormalidades congênitas. 
• Massa palpável em crianças. 
• Enterocolite necrotizante em recém-nascidos. 
• Megacólon tóxico. 
• Fecaloma 
COMO É FEITA? 
A radiografia simples de abdome é realizada apenas em decúbito dorsal horizontal e 
anteroposterior. 
No entanto, em quadros de abdome agudo, o estudo deve ser complementado com a 
posição ortostática e com a radiografia de tórax em incidência posteroanterior para 
avaliação das cúpulas diafragmáticas. 
IMAGEM RADIOGRAFICAS COM APRESENTAÇÃO NORMAL DO INTESTINO 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 43 
 
 
 
Nota sobre a imagem: Paciente apresenta padrão intestinal normal. E escoliose lombar. 
 
AVALIAÇÃO DA RADIOGRAFIA SIMPLES DE ABDOME: 
Procura a distribuição do gás nas alças intestinais, presença de gás extraluminal, partes 
moles, procura de calcificações patológicas, a integridade das estruturas ósseas e as 
cúpulas diafragmáticas. 
A DISTRIBUIÇÃO DE GÁS INTRALUMINAL: 
É padrão da normalidade a presença de gás no estômago, em dois a três segmentos de 
delgado e no reto e/ou sigmoide. 
OS CALIBRES MÁXIMOS ESPERADOS SÃO: 
- 3,5 cm para jejuno 
- 2,5 cm para íleo 
- 5,5 cm para cólon transverso 
- 9,0 cm para o ceco. 
ALÇAS DE DELGADO: 
Normalmente de localização central. São alças menos calibrosas e possuem válvulas 
coniventes que atravessam todo o calibre da alça (caracterizando o aspecto de 
empilhamento de moeda na radiografia). 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 44 
 
 
 
CÓLON: 
Possui distribuição periférica. Apresentam haustrações que envolvem parcialmente o 
calibre das alças. 
As principais afecções são: quadros obstrutivos (de cólon, de delgado e volvo) e íleo 
paralítico. 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 45 
 
 
OBSTRUÇÃO DE INTESTINO DELGADO: 
Os achados são a dilatação de alças de intestino delgado, com pouco gás/ausência de 
gás em cólon e reto. 
Causas mais frequentes são bridas, hérnia encarcerada, volvo, íleo biliar e 
intussuscepção. 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 46 
 
 
 
Imagem de RX prejudicada, que apresenta níveis hidroaéreos e hidrovesiculares. 
Obstrução de cólon: 
Os achados são dilatação a montante do ponto de obstrução, pouco gás/ausência de 
gás no reto e no sigmoide. Gás em delgado pode estar presente, se a válvula ileocecal 
for incompetente. 
Se não houver gás em delgado, ou seja, se a válvula ileocecal for competente, 
configura-se a obstrução em alça fechada, com maior risco de perfuração. 
CAUSAS DE OBSTRUÇÃO DE CÓLON incluem tumor, volvo, hérnia encarcerada, diverticulite 
e intussuscepção. 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 47 
 
VOLVO INTESTINAL: 
O volvo pode acometer diversas porções do trato gastrointestinal. 
VOLVO DE INTESTINO DELGADO: 
Ocorre por má rotação intestinal. Os achados de imagem incluem sinais tardios de 
sofrimento de alça e sinais de pneumoperitônio. Ocasionalmente, pode apresentar o 
sinal da dupla bolha (?) quando acometer o duodeno. 
 
VOLVO DE CECO: 
Caracteriza-se por distensão do ceco fora de sua posição habitual, estando localizado 
no hipocôndrio esquerdo e simulando um estômago distendido. Há manutenção do 
padrão de haustrações. Quando a distensão do ceco ultrapassa 9 cm, há grande risco 
de perfuração. 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 48 
 
 
VOLVO DE CÓLON SIGMOIDE: 
São alças cólicas distendidas, paralelas e com perda das haustrações. 
Os sinais característicos dessa alteração são: sinal do grão de café́ (ou do “U” 
invertido), ausência de gás na ampola retal e sinal de Friemann-Dahl (caracterizado 
por três linhas densas, convergindo para o ponto de obstrução). 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 49 
 
 
PRESENÇA DE GÁS EXTRALUMINAL: 
A presença de gás extraluminal é, na maioria das vezes, patológica, salvo em poucas 
exceções, como pós-operatório recente. 
O gás pode se localizar na parede das alças (pneumatose intestinal), na cavidade 
abdominal (pneumoperitônio), dentro dos vasos, como na veia porta hepática 
(aeroportia), ou dentro de estruturas específicas, como na árvore biliar (aerobilia). 
As principais causas são perfuração no trato gastrointestinal, pós-operatório recente 
e isquemia/sofrimento de alça intestinal. 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso50 
 
 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 51 
 
 
Presença de pneumotórax 
 
Presença de Aeróbilia e nível hidroaéreo. 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 52 
 
PARTES MOLES 
Em relação às estruturas com densidade de partes moles, geralmente é possível avaliar 
a topografia, as dimensões, os contornos e outras alterações como calcificações, 
cálculos e corpos estranhos. 
A atenção deve estar focada nas seguintes estruturas e suas alterações: rins, trajetos 
ureterais, bexiga, bordas do músculo psoas, flancos, parede abdominal, fígado, 
vesícula biliar, vias biliares, baço e região pancreática. 
 
CALCIFICAÇÕES ABDOMINAIS 
As calcificações abdominais incluem as que ocorrem nas estruturas vasculares, os 
cálculos no trato urinário ou biliar, as calcificações prostáticas e as pancreáticas, o 
apendicolito, os corpos estranhos, os linfonodos mesentéricos calcificados e o 
leiomioma uterino, principalmente. 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 53 
 
 
Diferença entre moeda e bateria: a bateria apresenta Duplo contorno e 
degrau. 
Contorno de degrau Bateria 
 
CALCIFICAÇÕES EM PELVE RENAL 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 54 
 
 
MIOMA CALCIFICADO 
 
COLECISTOLITIASE 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 55 
 
 
VESÍCULA EM PORCELANA 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 56 
 
 
NEFROCALCINOSE 
 
 
 
LITÍASE VESICAL 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 57 
 
 
 
MIOMA 
 
 
CALCIFICAÇÕES PANCREÁTICAS 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 58 
 
 
 
ATEROMATOSE EM AORTA ABDOMINAL E EM ARTÉRIAS ILÍACAS E MIOMAS 
 
 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 59 
 
ANEURISMA EM AORTA ABDOMINAL 
 
 
GRAVIDEZ 
 
 
OSSOS 
A avaliação das estruturas ósseas (costelas inferiores, vértebras, ossos da bacia e 
fêmur proximal) deve fazer parte da análise da radiografia de abdome, na procura 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 60 
 
ativa por possíveis doenças osteoarticulares, como tumores primários, metástases 
ósseas, fraturas, doença de Paget, entre outras. 
 
SEMIOLOGIA RADIOLÓGICA DO ABDOME: TC E US DE ABDOME 
FÍGADO 
São divididos em lesões focais ou difusas 
Lesões focais hepáticas (LFH) são muito comuns e os radiologistas exercem um papel relevante na 
avaliação e consequente determinação da conduta a ser adotada. 
É fundamental saber se a lesão foi um achado incidental ou se o paciente tem quadro febril; hepatopatia 
crônica conhecida ou é portador de fator de agressão hepática crônica; tem neoplasia conhecida em 
outro local; ou quadros mais inespecíficos como o de emagrecimento. 
Mais importante do que saber se uma LFH apresenta hipersinal na ressonância magnética ponderada 
em T2, hiperdensidade na tomografia computadorizada ou se é hiperecogênica na ultrassonografia ́é 
compreender as suas características macroscópicas e de comportamento local. 
Lesões císticas 
Cisto hepático simples - lesão focal 
Os cistos simples hepáticos, são bastante comuns, tendo dimensões muito variáveis. Radiologicamente, 
fala-se em cisto simples quando a LFH tem contornos regulares, conteúdo líquido homogêneo e paredes 
finas, porém é preciso saber que cistos simples podem ter septações. 
 contornos regulares não 
abalando a capsula do fígado 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 61 
 
 imagem apresenta vários cistos 
simples. (na tomografia é avalidado por densidade) 
Imagem nodular (cisto)- na 
ultrassoagrafia o líquido é apresentado como imagem anecoica. Reforça acústico posterior. 
 
cisto suspeito – imagem anecoica com septo e calcificação grosseira em parede (fez uma ponção) 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 62 
 
 
Densidades na tomografia 
 
 
Hemangioma 
O hemangioma é o tumor primário mais comum do fígado, muito frequentemente diagnosticado como 
achado incidental durante a realização de exames de imagem, pois na imensa maioria dos casos não 
provoca nenhum tipo de sintoma ou sinal clínico. 
 Os hemangiomas são lesões bem delimitadas, em geral arredondadas, compostas por múltiplos canais 
vasculares que se comunicam entre si. Os grandes hemangiomas podem apresentar zonas centrais de 
esclerose. Pelas múltiplas interfaces internas do hemangioma, geralmente ele é visto como uma lesão 
hiperecogênica na USG. 
Na TC e na RM, vê-se a reprodução do padrão vascular já descrito, com a RM trazendo a informação 
adicional do homogêneo hipersinal nas imagens ponderadas em T2. 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 63 
 
 Imagem 
tomográfica (tumor hipodenso em relação ao parênquima) 
(pos contrates) Na imagem D ele esta hiperdenso em relação ao parênquima 
 
imagem ultrassonografica. hemangioma típico. lesão hipercogenica com contornos 
regulares e definidos lesão pequena 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 64 
 
ultrassonografia. hemangioma atípico, lesão grande (2-3cm) irregular e bem definida. 
Hiperecogênica (pode apresentar área anecoica e necrose nos vasos, mudando a 
densidade) 
Adenoma hepático 
Os adenomas hepáticos são neoplasias, mais frequentes em pacientes do sexo feminino, 
os adenomas estão relacionados com o uso de anticoncepcionais orais ou de 
anabolizantes e também com obesidade e doenças de depósito de glicogênio, porém na 
maioria dos casos os adenomas hepáticos são diagnosticados incidentalmente em 
pacientes assintomáticos. 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 65 
 
 
RM ou tomografia, imagem hiperdensa em relação ao parênquima adjacente (mais 
clara) com contornos regulares. 
Quando há contraste ele fica hipodenso e relação ao parequima por ser menos 
vascularizado. 
 
imagem: lesão nodular hipoecogênica em relação com o parênquima, com contorno 
regulares 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 66 
 
 
hiperecogenica, regular, sem infiltração. 
HEPATOPATIAS DIFUSAS 
Esteatose 
A esteatose é uma condição muito comum na população mundial, particularmente nos 
dias atuais, e é caracterizada, como o próprio nome diz, pelo depósito de gordura no 
fígado, principalmente na forma de triglicerídeos. Ela é a doença hepática crônica mais 
prevalente dos países ocidentais, envolvendo cerca de 17- 46% dos adultos. 
O padrão radiológico mais frequentemente observado na esteatose é o acometimento 
difuso do parênquima, caracterizado na USG pelo aumento difuso e homogêneo da 
ecogenicidade do parênquima. Essa avaliação é relativamente subjetiva e podemos usar 
como referência o córtex renal ou o baço, uma vez que a ecogenicidade do fígado 
normal é igual ou minimamente superior à do córtex renal e à do baço. Na TC foram 
determinados alguns índices para caracterizar o acúmulo de gordura no fígado, 
relacionados a valores absolutos de densidade do parênquima, ou mesmo secundários 
à razão dessa mesma densidade com outros órgãos e tecidos, como o baço, e vasos 
adjacentes. 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 67 
 
 
Ultrassonografia: Esteatose 1 (leve)fígado fica mais branco que o córtex (parenquima) 
renal. correlacionar a ecogenicidade do fígado e baço 
Esteatose 2(moderada) fígado mais branco dificuldades em ver os vasos 
Esteatose 3 (grave/acentuada) fígado mais branco e não consegue ver o diafragma 
hepatomegalia e não ver vasos 
 
Grau 1 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 68 
 
 
leva em conta se esta comprimindo os vasos, mede a densidade (se estiver abaixo vai se 
rum quadro de esteatose). 
Paciente na imagem provavelmente apresenta uma esteatose leve 
Depósito de ferro 
A USG, não tem um papel na avaliação da estimativa de conteúdo férrico, uma vez que 
as partículas de ferro são muito pequenas para dispersar as ondas do ultrassom. Nos 
quadro iniciais podem passar por fígado normal e em casos mais avançados como 
aumento difuso da ecogenicidade, igual na esteatose. 
Tomografia computadorizada A presença de ferro no parênquima hepático é um fator 
que sabidamente eleva a sua densidade normal.Logo, pacientes com depósito de ferro 
no fígado exibem aumento significativo da densidade, e valores superiores a 72-75 UH 
sugerem essa possibilidade. 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 69 
 
 
ultrassonografia: observa o aumento difuso da ecogenicidade, 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 70 
 
 
tomografia: densidade difusamente aumentada, preciso correlacionar com o baço .. 
Diagnostico é feito medindo a densidade do figado 
VIAS BILIARES 
• Doenças infecciosas 
COLANGITE PIOGÊNICA 
Quadros de colangite piogênica são relacionados a obstrução biliar e infecção bacteriana 
por via ascendente a partir do trato gastrointestinal. O papel dos métodos de imagem é 
detectar a causa obstrutiva para guiar o tratamento, já que o diagnóstico de colangite é 
clínico. 
 A USG é, em geral, o primeiro método para avaliação de obstrução biliar. Pode ser 
método resolutivo nos casos de coledocolitíase com cálculo visível e guiar o tratamento. 
A tomografia pode perder cálculos que não tenham conteúdo cálcico, e a ressonância, 
embora menos disponível, pode auxiliar no diagnóstico 
 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 71 
 
COLECISTITE AGUDA 
Cálculos são a causa mais frequente de colecistite aguda. A obstrução do infundíbulo 
aumenta a pressão luminal, e a distensão leva a menor perfusão da parede, o que pode 
resultar em necrose e perfuração. 
O método de escolha para avaliação da vesícula biliar é a USG. A tomografia pode 
mostrar aspectos semelhantes à USG, com distensão da vesícula, espessamento 
parietal, cálculo no infundíbulo e líquido perivesicular, e a tomografia pode também 
mostrar distúrbio perfusional do parênquima perivesicular 
 
 medir a vesícula (10cm 
normal) hidrópica quando maior que o normal, visualizado pedra no infundíbulo 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 72 
 
ultrassonografia: mais de 10 cm, hiperecogenica com sombra acústica posterior parede 
espessado quando maior que 3cm 
 
Medir o coledono 4ml até 50 anos 
Quadro de obstrução extrínseca: eixo maior que 10 cm, hiperecogenica com sombra 
acústica posterior parede espessado quando maior que 3cm e coledono maior que 4ml 
Equinococose 
A equinococose é uma doença parasitária que pode envolver diversos órgãos abdominais. O fígado pode 
estar acometido, com presença de cistos hidáticos, e o acometimento biliar pode ser por compressão ou 
por invasão. 
imagem hipodensas em relação ao parenquima, múltiplos cistos 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 73 
 
 
cistos grandes 
Pâncreas 
• Alterações congênitas 
• Pâncreas divisum 
• Pâncreas divisum é a alteração congênita mais comum, que ocorre nos 5-10% dos casos em que 
não há fusão dos dois brotos pancreáticos (dorsal e ventral) ou dos ductos pancreáticos. 
• A ultrassonografia não é um exame sensívelpar avaliar o pâncreas 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 74 
 
 cabeça do pâncreas tem que estar ate 3cm 
(normal) 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 75 
 
 maior que 5cm, sem 
nodulações, pâncreas dividium (primeiro descartar pacreatites e tumor) 
 
 
 
 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 76 
 
Doenças inflamatórias 
• Pancreatite aguda 
Definida como processo inflamatório do pâncreas, com envolvimento variável de 
outros tecidos e órgãos a distância. Seu diagnóstico é clínico-laboratorial, cabendo aos 
métodos de imagem papel de destaque na busca etiológica (USG) e no estadiamento 
(TC). 
 
pâncreas normal, ecogenicidade homogênea. O pâncreas esta embaixo do lobo 
esquerdo e encima da veia esplênica 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 77 
 
totalmente heterogenio, pancreatite aguda, aumento do tamanho e volumo, área 
hiperecogenicas e anecoicas. 
 
Áreas de heterogeneidades. 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 78 
 
pâncreas aumentado, ar dentro dele (necrose) sinal de pancreatite aguda. 
Neoplasias pancreáticas 
• Adenocarcinoma de células ductais 
Os adenocarcinomas ductais representam cerca de 90% de todas as neoplasias 
pancreáticas (Quadro 11), sendo a nona neoplasia maligna mais comum no mundo e a 
quarta causa de morte relacionada a câncer. Cerca de 80% dos casos ocorrem em 
pacientes com idade entre 60 e 80 anos, sendo duas vezes mais comum no sexo 
masculino. 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 79 
 
presença de nódulo mal definido, área hiperecogenia e anecoica 
área hiperecogenica, irregular (pancreatite crônica – uso de álcool) 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 80 
 
 A maioria dos canceres de pâncreas é na cabeça (presença de nódulo na cabeça) 
 
imagem nodular na cabeça do pâncreas 
Baço 
• Variantes da normalidade/alterações benignas 
• Baço acessório 
• Representa um foco congênito de tecido esplênico normal heterotópico 
separado do parênquima esplênico principal. É a anomalia congênita mais 
comum, detectada em 10-30% dos pacientes em autópsias. 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 81 
 
 
imagem nodular igual ao do baço bem delimitados regular (hilo esplênico) 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 82 
 
imagem isoecogenico no baço na ultrassonografia 
Alterações parenquimatosas difusas 
• Esplenomegalia 
Manifestação comum e inespecífica de muitas doenças diferentes. A causa mais comum 
é hipertensão portal, frequentemente associada à hepatopatia crônica. Outras causas 
frequentes: doenças hematológicas, doenças de depósito e doenças do colágeno. 
Uma medida prática em métodos seccionais, usando-se o valor de 13,0-15,0 cm no eixo 
craniocaudal como critério para esplenomegalia. 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 83 
 
 
mais comum a esplenomegalia homogenia. Medir o maior eixo (16cm- esplenomegalia) 
relacionar o tamanho com o perfil dopaciente 
Nessa imagem esplenomegalia heterogenia (doença viral, parasitaria..) 
 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 84 
 
Lesões focais benignas 
• A maioria das lesões focais esplênicas são benignas e dentro destas há 
predomínio de lesões de origem vascular. 
• Cistos 
• Podem ser classificados em primários e secundários. 
imagm cística regulares, bem definido (medir a densidade) sem calcificação (cisto 
esplênico simples) 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 85 
 
nódulo no baço 
Geovanna Cruz Ribeiro Cardoso 86 
 
 
cisto grande que provocou a ectasia dos vasos (retorno sanguíneo)

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