DESCARTE DE MEDICAMENTOS 4

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DESCARTE DE MEDICAMENTOS 
 
 
 Ademir Machado Dias Junior1 
Daiany Raasch2 
Guilherme Antônio Lyrio3 
Shando Alves da Silva Faria4 
Thiago Angeli Riguetti5 
 
Resumo 
 Com a evolução ao longo dos anos, os medicamentos se tornaram um 
importante instrumento na área da saúde, no entanto, o Brasil é um dos países 
que mais descartam resíduos inadequadamente. Para a elaboração desse 
artigo, foram realizadas pesquisas bibliográficas em fontes disponíveis na 
internet e selecionados alguns dados de análises sobre a concentração de 
fármacos no meio ambiente e suas consequências e métodos de como proceder 
o descarte. Frente aos resultados discutidos, pode-se observar que o descarte 
correto de medicamentos não é um assunto que tem a importância necessária, 
e devido a isso, muitos resíduos são encontrados em locais incorretos 
acarretando em graves consequências para o meio ambiente e a saúde pública. 
 
Palavras-chaves: 
 Resíduos. Medicamentos. Descarte. Lixo. Meio ambiente. 
 
Abstract 
 With the evolution over the years, medicines have become an important 
instrument in the health area, however, Brazil is one of the countries that most 
dispose of waste improperly. For the elaboration of this article, bibliographic 
searches were carried out in sources available on the internet and some analysis 
data about the concentration of drugs in the environment and its consequences 
and methods of how to proceed with disposal were selected. In view of the results 
discussed, it can be observed that the correct disposal of medicines is not a 
subject that has the necessary importance, and due to this, many residues are 
found in incorrect places, resulting in serious consequences for the environment 
and public health. 
 
Key-words: 
 Waste. Medicines. Disposal. Trash. Environment. 
 
 
 
1 Graduando em Farmácia pela Faculdade Capixaba de Nova Venécia - MULTIVIX 
2 Graduanda em Farmácia pela Faculdade Capixaba de Nova Venécia - MULTIVIX 
3 Graduando em Farmácia pela Faculdade Capixaba de Nova Venécia - MULTIVIX 
4 Graduando em Farmácia pela Faculdade Capixaba de Nova Venécia - MULTIVIX 
5 Graduando em Farmácia pela Faculdade Capixaba de Nova Venécia - MULTIVIX 
1 NTRODUÇÃO 
 
O Brasil é o sétimo país que mais consome medicamentos no mundo. 
Porém, devido aos grandes riscos à saúde humana e ao meio ambiente, o 
descarte de medicamentos deve ser feito em pontos de coleta específicos, para 
serem posteriormente encaminhados à destinação final ambientalmente correta 
(CFC-PR, 2018). 
Os medicamentos são os mais importantes recursos para proteger e 
recuperar a saúde. Por outro lado, seu uso indisciplinado, especialmente sem 
orientação adequada do farmacêutico, médico e profissionais de saúde 
habilitados pode trazer risco tanto à saúde, quanto ao meio ambiente. A ciência 
já sabe que medicamentos que consumimos são descartados no lixo comum, 
pias, ralos e vasos sanitários em nossas casas e empresas ou mesmo 
diretamente em rios, lagos e mares podendo se tornar poluentes ambientais 
perigosos. E podem poluir o ar, solo, seres vivos, mas especialmente a água. 
Medicamentos vencidos e em desuso devem ser descartados adequadamente, 
levados a postos de coleta em nossas cidades, farmácias, unidades de saúde 
(CARVALHO). 
Neste trabalho serão abordados alguns temas relacionados ao descarte 
de medicamentos, como proceder ao realizar um descarte e quais materiais 
utilizar para este procedimento. 
 
2 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Para a elaboração desse artigo foram realizadas pesquisas bibliográficas 
relacionadas ao descarte de medicamentos no Brasil, disponíveis na internet 
como sites da SCIELO e GOOGLE ACADÊMICO, por exemplo. A fim de 
proporcionar maior conhecimento e esclarecimento sobre o tema, foram 
selecionados alguns dados de análises sobre a concentração de fármacos no 
meio ambiente e suas consequências e métodos de como proceder o descarte 
correto de medicamentos. 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
3.1 Impactos ambientais por fármacos 
 
 A sociedade está sempre à procura de medicamentos que aliviem os 
incômodos da saúde, no entanto, a forma certa do descarte desses itens é 
banalizada. Comumente, quando os fármacos estão vencidos ou em desuso, 
são descartados no vaso sanitário, na pia, no lixo, por exemplo, gerando 
impactos maléficos para o meio ambiente e a saúde coletiva (CARVALHO). 
Conforme a Unidade de Gestão Ambiental (UGA), da Fundação Ezequiel Dias 
(Funed), os medicamentos descartados de forma incorreta acarreta sérias 
complicações ao meio ambiente e, por consequência, à saúde. 
Quando liberados no sistema de esgoto por usuários consumidores, os 
resíduos químicos dos medicamentos acabam diluídos na água e são 
praticamente impossíveis de serem eliminados via processo de 
filtragem. Ou seja, a água é contaminada por esses agentes e retorna 
aos fluxos hídricos concentrada de resíduos aos cidadãos 
(BARBOSA). 
 De acordo à companhia Brasil Health Service (BHS), em que analisaram 
afluentes urbanos, cerca de 1kg de medicamento descartado via esgoto pode 
contaminar até 450 mil litros de água, provocando assim uma elevada 
concentração de hormônios derivados de resíduos que são capazes de danificar 
gravemente os lagos e rios de inúmeras regiões (CARVALHO). 
 Todos os medicamentos são substâncias pouco biodegradáveis e 
formulados para causar algum efeito. O descarte indevido de medicamentos ou 
das suas embalagens, tem como resultado uma via de contaminação ambiental. 
Alguns estudos já apresentam efeitos tóxicos dessas substâncias em 
organismos aquáticos, por exemplo, os hormônios são capazes de causar 
modificações sexuais, como o hermafroditismo e feminização em peixes 
afetando assim a reprodução dos mesmos. (QUADRA, et al.,2018) 
 Além disso, outra preocupação dos cientistas diz respeito aos antibióticos, 
pelo fato que promovem o desenvolvimento de resistência bacteriana e também 
por serem utilizados em elevadas quantidades. Consoante a pesquisa realizada 
nos Estados Unidos publicada em 2008, na qual ratifica que cerca de 41 milhões 
de cidadãos estadunidenses, de 24 áreas metropolitanas, recebem água potável 
contaminada por produtos farmacêuticos, como exemplo os antibióticos, 
estabilizadores de humor e hormônios, dessa forma, ao consumi-la, pode trazer 
consequências graves a saúde.(BRITO,2000). 
 
http://www.funed.mg.gov.br/
http://www.funed.mg.gov.br/
3.2 Como e onde descartar os medicamentos 
 
Devido à devolução e coleta de medicamentos do mercado ao descarte 
de medicamentos de baixa qualidade e às perdas inerentes ao processo, a 
indústria farmacêutica gera grande quantidade de resíduos sólidos. . 
(BRITO,2000). 
Qualquer método de tratamento que não possa ser obtido descartando 
medicamentos vencidos, jogando-os no lixo comum ou esgoto doméstico, não 
são uma boa solução. Isso ocorre porque o sistema de tratamento de esgoto não 
consegue eliminar certas substâncias do medicamento, que acabam poluindo o 
meio ambiente e, portanto, podem causar danos a quaisquer seres vivos que 
nele vivem. Muitas farmácias podem coletar corretamente remédios vencidos, 
frascos e perfurocortantes, além de diversas unidades básicas de saúde (UBS) 
e até mesmo Supermercados, como dito a cima. 
O Serviço Brasil Health possui um “plano de descarte consciente”, que 
disponibiliza postos de coleta em instituições participantes das regiões Nordeste, 
Sul e Sudeste. Podemos citar ainda o projeto “Papa Pílula” implantada pela 
Agência Industrial e de Assistência Social do Estado de Santa Catarina. Essas 
atividades são essenciais para auxiliar as pessoas não descarte adequado de 
medicamentos. O impacto relatado em organismos aquáticos e terrestres é 
suficiente para provar que também devem existir preocupações com a saúde 
humana. Como cidadãos, o que podemos fazer? Use medicamentos 
conscientemente. É fundamental evitar a automedicação e seguir as orientações 
da prescrição corretamente. Além disso,podemos aumentar a conscientização 
e cobrar dos nossos governos locais pelo descarte de medicamentos vencidos 
ou não usados. (QUADRA et al.,2018) 
Precisamos investir mais tempo para evitar que essas substâncias entrem 
no meio ambiente, diante disso, após o uso, não jogue o medicamento restante 
na lata de lixo, pia ou vaso sanitário. Isso não está correto. Quando tratado dessa 
forma, o resíduo pode contaminar o solo e a água. Não devemos jogar 
medicamentos ou perfurocortantes em lixo comum, pode acontecer de uma 
criança mexer nesse lixo, achar uma seringa usada e acabar se furando, 
correndo risco de infecção e até mesmo intoxicação por algum uso de remédio. 
Para descartar o medicamento, o método ideal é transportá-lo até um ponto de 
coleta. Muitas farmácias, drogarias e unidades básicas de saúde oferecem este 
serviço. Evite sobras de remédio, instrua os pacientes a usarem medicamentos 
somente quando houver indicações profissionais. Lembre-se que o farmacêutico 
só pode ajudar na compra da quantidade necessária para evitar o acúmulo e 
possível descarte incorreto. (QUADRA et al.,2018) 
Por isso, devemos redobrar ao máximo essa atenção sobre o descarte de 
medicamentos, pois é pouco falado nos dias de hoje. Muitas pessoas não sabem 
fazer o descarte desses medicamentos, ou até mesmo não tem a informação do 
dano que isso pode causar ao meio ambiente. Se o seu medicamento venceu, 
não jogue no banheiro ou no lixo. 
 
4 CONCLUSÃO 
 
Apesar dos resultados mostrarem grandes quantidades de descarte dos 
medicamentos de forma incorreta, o Serviço Brasil Healt elaborou uma proposta 
onde distribuiria postos de coleta para o descarte adequado. Entretanto com 
esses postos de coletas, o Brasil por ser o sétimo país com mais consumo de 
medicamentos, causa uma grande quantidade de descarte para os que não tem 
o conhecimento dos postos de coleta. 
O descarte dos medicamentos ainda não é muito valorizado, os resíduos 
dos medicamentos não são muito bem tratados em relação ao dano a natureza 
onde causa impactos ambientais. Uma sugestão seria uma forma bem clara de 
dizer isso a população através de programas educativos ou até mesmo 
campanhas onde demonstrariam o uso adequado e o problema que o descarte 
causaria. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
CARVALHO, Mateus. Descarte de medicamentos. Secretaria de estado de 
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QUADRA et al.,. Você sabia que o uso intensivo de medicamentos tem 
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