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Regionalização do espaço mundial
Geografia – 3ª. Série – EM
Diferenciar critérios de regionalização é um passo importante para a compreensão do espaço mundial. Por ser diferenciado, em função da variedade de elementos da natureza (clima, relevo, solo, vegetação etc.) e das sociedades (produção de riquezas, culturas etc.), o espaço geográfico pode ser dividido e classificado de diferentes modos, em regiões ou grupos de países, levando em conta as diferenças e semelhanças das diversas áreas conforme um critério específico.
Regionalizar um determinado espaço geográfico significa dividir ou agrupar suas partes e regiões de acordo com características comuns. Qualquer regionalização é apenas parcialmente verdadeira, pois quem agrupa ou reúne suas partes o faz de acordo com um interesse específico.
Qualquer conjunto de informações é seletivo e, portanto, não dá conta de mostrar todos os aspectos da realidade. Vamos trabalhar formas de percepção, para que compreendam como todo mapa resulta de uma seleção prévia de informações (o que, no limite, o aproxima de um livro, da televisão, de um artigo de jornal ou notícia de rádio, por exemplo).
Isso quer dizer que, em determinado mapa, apenas alguns fatos são mostrados, enquanto inúmeros outros são deixados de lado. E isso por uma razão muito simples: é impossível representar tudo o que existe em uma área, principalmente em uma imensa região ou em todo o globo, sendo necessário, portanto, uma “filtragem” prévia das informações que se pretende retratar em um mapa. Os mapas “Mundo: divisão dos continentes”, “Mundo: vegetação”, “Mundo: taxa de mortalidade infantil” e “Regionalização do mundo em Norte e Sul” (páginas 3, 4, e 8 no caderno do aluno) apresentam as formas e os critérios de representação mais utilizados para a divisão do mundo, como: 
- em continentes (pág. 3);
- de acordo com os aspectos físicos ou naturais (pág. 4);
- de acordo com indicadores sociais, como a taxa de mortalidade infantil (pág. 8);
- em países ricos e pobres;
- grau ou nível de industrialização dos países;
- associações (blocos) econômicas e sociais;
- cultura dos povos (religiões, hábitos e costumes).
	Nenhum tipo de regionalização é melhor que o outro, são formas de compreensão do mundo que vivemos. As várias formas de regionalização do mundo atual decorrem de diferentes critérios utilizados. Isso implica discutir, essencialmente, distintas maneiras de ver e compreender o espaço mundial, uma vez que cada mapa, como instrumento de comunicação e de conhecimento, nos permite relacionar informações e delas tirarmos conclusões a partir dos fatos mapeados.
	O espaço geográfico é um espaço diferenciado em virtude, principalmente, da variedade de elementos da natureza (clima, relevo, solo, vegetação etc.) e das sociedades (produção de riquezas, culturas etc.). Regionalizá-lo, portanto, significa dividi-lo em regiões ou grupos de países, levando em conta as diferenças e semelhanças das diversas áreas, baseando-se, para tanto e principalmente, nas variedades paisagísticas naturais ou na organização socioeconômica. Espaços geográficos grandes ou pequenos podem ser regionalizados, como é o caso de um bairro (dividindo-o em áreas residenciais, industriais e comerciais) ou, ainda, do mundo inteiro (identificando, por exemplo, regiões desenvolvidas e subdesenvolvidas).
	Algumas das mais importantes regionalizações do espaço mundial têm, como base, critérios políticos e socioeconômicos. Os países do mundo podem ser classificados e agrupados em função de sua renda nacional per capita, como acontece, por exemplo, segundo os critérios adotados pelo Banco Mundial. Isso resulta em um tipo de regionalização em que, principalmente nas estatísticas, são representadas as economias classificadas como “baixa renda” e “média renda” (comumente denominadas de “países em desenvolvimento”). Esse grupo inclui 152 países com culturas e níveis de desenvolvimento muito diferentes, compreendendo cerca de 73% das economias do mundo. Muito embora existam debates sobre a adequação do termo “países em desenvolvimento” e fortes críticas com relação à adoção do PNB per capita (e também do PIB per capita) como único indicador de desenvolvimento, a classificação do Banco Mundial é largamente empregada para propósitos operacionais e analíticos, dada sua simplicidade e aparente consistência. Nos dias atuais, talvez a regionalização mais importante seja a que inclui a famosa divisão entre “Norte” (países ricos, desenvolvidos) e “Sul” (países pobres, em desenvolvimento), que expressa uma das formas mais conhecidas de ver a distribuição de riqueza do planeta a partir do processo de concentração de renda que se estabeleceu ao longo do processo histórico e que se cristalizou a partir da segunda metade do século XX (veja o mapa “Regionalização do mundo em Norte e Sul” na página 8).
2. As regiões da ONU
Vamos trabalhar regionalizações do espaço mundial divulgadas largamente pela mídia, procedentes de critérios utilizados pelo Banco Mundial e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD); compreender as principais formas de divisão e agrupamento dos países do mundo, com base na mensuração ou indicação do nível de desenvolvimento ou, em outras palavras, destinadas a retratar e analisar a difusão da pobreza, através de conceitos básicos como PIB, PNB, renda per capita e IDH.
As formas mais usuais de divisão e agrupamento dos países do mundo têm por objetivo retratar a difusão da riqueza e da pobreza e apresentar as desigualdades socioeconômicas entre os países do mundo.
O PIB per capita (como também o PNB per capita) é muito utilizado para mensurar ou indicar o nível de desenvolvimento dos países. Em particular, são utilizados nas estatísticas divulgadas pelo Banco Mundial. Esse banco foi criado em 1945, em Bretton Woods. Com sede em Washington D.C., conta hoje com 184 países-membros e tem como seu principal objetivo a redução da pobreza e a promoção do desenvolvimento sustentável.
Sob sua chancela existe o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) e a Associação Internacional de Desenvolvimento (AID). O primeiro concede empréstimos e assistência para o desenvolvimento de países de renda média e com bons antecedentes de crédito, obtendo grande parte dos seus fundos da venda de títulos nos mercados internacionais de capital. A AID, por sua vez, desempenha papel importante na missão de reduzir a pobreza, promovendo o progresso econômico e social dos países-membros mediante o financiamento de projetos. A assistência prestada pela AID dirige-se aos países mais pobres, aos quais concede empréstimos sem juros (a maior parte dos seus recursos financeiros é obtida a partir das contribuições dos membros mais ricos e até mesmo de alguns países emergentes).
Três conceitos fundamentais da ciência econômica:
- Produto Interno Bruto (PIB): expressão monetária referente à soma de todos os bens e serviços produzidos durante o ano nos limites territoriais de um país, independentemente da origem dos recursos utilizados;
- Produto Nacional Bruto (PNB): expressão monetária dos bens e serviços produzidos por fatores de produção nacionais, independentemente do território econômico;
- Renda per capita (por cabeça): corresponde ao resultado da divisão da renda total pela população do país (pode ser medida em PIB per capita ou em PNB per capita).
	O crescimento econômico não é necessariamente sinônimo de desenvolvimento. Essa ponderação é muito importante, pois, entre outros aspectos, permitirá a compreensão mais facilmente das limitações do PIB, do PNB e da renda per capita e visualização mais clara sobre a real situação dos países. O desenvolvimento pode ser econômico ou social. Ao crescer, uma economia pode ter parte da sua renda distribuída ou pode, simplesmente, ampliar as desigualdades sociais.
	Embora o PNB e o PIB per capita permitam comparar o grau de riqueza dos países, por se tratar de uma média (divisão do PIB ou PNB pela população total), a renda per capita não exprime a realidade socioeconômica interna dos países,ou seja, ela não informa sobre a desigual distribuição interna da renda, tampouco sobre as condições socioeconômicas e o bem-estar humano nos países.
	O PNUD criou o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) para avaliar o nível de desenvolvimento humano dos países, utilizando como critérios quatro indicadores: expectativa de vida, alfabetização de adultos, taxa bruta de matrícula e PIB per capita em dólares PPC (Paridade do Poder de Compra, que elimina diferenças de custo de vida entre países). Dessa forma, o país que apresentar melhoria nesses índices figurará entre os que de fato estão em desenvolvimento.
	O IDH tem o objetivo de ser um índice (número) que permita indicar e comparar a qualidade de vida da população de 177 países. Também pode ser calculado para um Estado, município ou região. O IDH também tem a particularidade de, ao avaliar a qualidade de vida da população, considerar critérios abrangentes dessa população, uma vez que considera os aspectos econômicos e outras características sociais, culturais e políticas que influenciam a qualidade da vida humana.
O IDH varia de zero (0) – em países com nenhum desenvolvimento humano – a um (1) – em países com desenvolvimento humano total. Países com IDH entre 0 e 0,499 têm um desenvolvimento humano considerado baixo (como, por exemplo, Níger, na África, cujo IDH é 0,374, em dados de 2005). Países com índices entre 0,500 e 0,799 são considerados de médio desenvolvimento humano (é o caso, entre outros, da Colômbia e da China, com IDH de 0,791 e 0,777, respectivamente). Países com IDH superior a 0,800 têm um desenvolvimento humano considerado alto ou elevado; esse é o caso da Islândia, país que ocupa a 1ª. posição no ranking do IDH (0,968), como também o do 70° colocado, o Brasil, com IDH de 0,800, assim considerado pela primeira vez com a publicação do Relatório de desenvolvimento humano 2007-2008 (veja o gráfico “Ranking do bem-estar, 2005” da página 12 do caderno do aluno).
A Região de Sahel ou África Subsaariana, na África, tem o pior IDH do mundo, como vemos no mapa “Mundo: Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), 2005” nas páginas 16 e 17, em vermelho, do caderno do aluno. Corresponde à região do continente africano a sul do Deserto do Saara (por isso, subsaariana). O deserto forma uma barreira natural que divide o continente em duas partes muito distintas quanto ao quadro humano e econômico: ao norte, encontramos uma organização sócio-econômica muito semelhante à do Oriente Médio (mundo islamizado); ao sul, a África Negra, com muitos problemas (miséria, falta de saneamento, etc.).
Entre as principais críticas dirigidas ao IDH, podem ser destacadas: o fato de não levar em conta as formas de distribuição de renda e as diferenças culturais entre as nações. Esse último aspecto, por exemplo, abrange particularidades de comportamento quanto ao consumo e distintos valores que cada sociedade atribui a questões relacionadas à educação e formas de apropriação dos resultados da produção. Desse modo, apesar de ser um importante indicador, o IDH não contabiliza todos os aspectos do desenvolvimento e não aufere a “felicidade” das pessoas, nem indica “o melhor lugar do mundo para se viver”, dado que cada indivíduo e sociedade têm representações distintas sobre o que seja o “bem-estar”.

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