Prévia do material em texto
Período Helenístico I Aula 6 por Olavo de Carvalho coleção História Essencial da Filosofia Período Helenístico I Aula 6 por Olavo de Carvalho coleção História Essencial da Filosofia por Olavo de car!âlho Coleçâo Hislôria Ess.nclál da Filosofia AcoDrpanha esta publicaçâô uú DvD, que nâo pô.ie ser vendid. scparrdameilc Impre$o no Brasil, dedmbn, dc2006 Copyrighl o 2003 hy Olavo dc Carvâlho Folo Olalo de CaNalho Edlor Edson Manoel de oh,eira Iilho Moniq!€ schcnkcls c Dagnar RizTol,) Da8ui Design ]êreza Mâúá LourcnÇo turcira Os diritos d.sa cdiçáo pcricrccnr i cEP, 04009-970 - §ào Paulo SP Teleilx, (ll) 5s72-s563 E únil ca.fercalizàcoes @nr br www úcâlizáco.s «!n br Roservados todosnsdkeiros deíx ohrJ Pniihida rlda c qoalqucr rcprodrçao d.Í. cilçar Ítr qualqrermelo.u lônna sej cLaeleh.ônicà ou DccániF, toLocópla, grava(áo.u qu{lqú0r fri.r. Período Helenístico I Aula 6 por Olavo de Carvalho coleçáo História Essencial da Filosofia i por Olavo de car!âlho Coleçâo Hislôria Ess.nclál da Filosofia AcoDrpanha esta publicaçâô uú DvD, que nâo pô.ie ser vendid. scparrdameilc Impre$o no Brasil, dedmbn, dc2006 Copyrighl o 2003 hy Olavo dc Carvâlho Folo Olalo de CaNalho Edlor Edson Manoel de oh,eira Iilho Moniq!€ schcnkcls c Dagnar RizTol,) Da8ui Design ]êreza Mâúá LourcnÇo turcira Os diritos d.sa cdiçáo pcricrccnr i cEP, 04009-970 - §ào Paulo SP Teleilx, (ll) 5s72-s563 E únil ca.fercalizàcoes @nr br www úcâlizáco.s «!n br Roservados todosnsdkeiros deíx ohrJ Pniihida rlda c qoalqucr rcprodrçao d.Í. cilçar Ítr qualqrermelo.u lônna sej cLaeleh.ônicà ou DccániF, toLocópla, grava(áo.u qu{lqú0r fri.r. Período Helenístico I Aula 6 por Olavo de Carvalho coleçáo História Essencial da Filosofia i I 1 (lroçax) Histó.iâ trssencial da Filosofiâ Período Helenístico I - Aula 6 por Olavo de Carvalho t,ogo no corneço do curso dissemos que a História da Filosofia nao scguia uma linha nítida, rnüito menos uma linha predeterminada; q!e não era possivel reaiiz a âmbiçáo hegeliana de reduzir todo o desen- volvimento da Hisiória da Filosofia a uma espécje de raciocínio úrico, unra espécic de macrossilogismo dialético com comeÇq meio e fim. o qual cülmináriâ no próprio Hegel; e que havia â interlerência constante de tàtores de ordem extraÍilosófica. Um desses faiores entra em cenalogo àpós esse período clássico que já àbordamos. isto é, Iogo âpós a formaçáo dessâs duas grandes sínteses, que sáo o pld,o,?isma eo ari staíeLisno. Áté aí vemos que o cu$o da História da Filosofia tinha de fato seguido unla linha coerente. mas que isto só irconteceu potqle é uma históda .únlirua quer diler hatia a (one\do enl.e a. gc'acõcs. a pas'apelr direia do legado de umâ geração pam â outra: Plaiào é aluno de Sócrâ tes. e Adslóteles é aluno de ?latáo. Temos aí eraiamente três gerâções Nesse caso. náo é difícil identificâr uma evoluçáo contínua - mesmo porque, dumnte esse periodo. náo hollve modificaçôes substanciâis do pânorama histórico. Isto significa que. dentro de uma situaçáo mais ou menos esiável, três gerações puderâm prosseguit o trabalho de uma maneira regular, passando do simples errunciado de uma ambiÇáo fi1osófica. de uIn projeto filosófico, por Sócrâies, a todo aquele mundo platónico já estrutürado e a todo o sistema dâs ciências montado por Âristóteles. não como um projeto, mas já como uma obra em pleno curso de rcalizaçáo. O número de investigações que Adstóteles inaugurâ e leva a bom termo é muito impressionante, Ele pessoâlmente fez a descÍiçáo de I 1 (lroçax) Histó.iâ trssencial da Filosofiâ Período Helenístico I - Aula 6 por Olavo de Carvalho t,ogo no corneço do curso dissemos que a História da Filosofia nao scguia uma linha nítida, rnüito menos uma linha predeterminada; q!e não era possivel reaiiz a âmbiçáo hegeliana de reduzir todo o desen- volvimento da Hisiória da Filosofia a uma espécje de raciocínio úrico, unra espécic de macrossilogismo dialético com comeÇq meio e fim. o qual cülmináriâ no próprio Hegel; e que havia â interlerência constante de tàtores de ordem extraÍilosófica. Um desses faiores entra em cenalogo àpós esse período clássico que já àbordamos. isto é, Iogo âpós a formaçáo dessâs duas grandes sínteses, que sáo o pld,o,?isma eo ari staíeLisno. Áté aí vemos que o cu$o da História da Filosofia tinha de fato seguido unla linha coerente. mas que isto só irconteceu potqle é uma históda .únlirua quer diler hatia a (one\do enl.e a. gc'acõcs. a pas'apelr direia do legado de umâ geração pam â outra: Plaiào é aluno de Sócrâ tes. e Adslóteles é aluno de ?latáo. Temos aí eraiamente três gerâções Nesse caso. náo é difícil identificâr uma evoluçáo contínua - mesmo porque, dumnte esse periodo. náo hollve modificaçôes substanciâis do pânorama histórico. Isto significa que. dentro de uma situaçáo mais ou menos esiável, três gerações puderâm prosseguit o trabalho de uma maneira regular, passando do simples errunciado de uma ambiÇáo fi1osófica. de uIn projeto filosófico, por Sócrâies, a todo aquele mundo platónico já estrutürado e a todo o sistema dâs ciências montado por Âristóteles. não como um projeto, mas já como uma obra em pleno curso de rcalizaçáo. O número de investigações que Adstóteles inaugurâ e leva a bom termo é muito impressionante, Ele pessoâlmente fez a descÍiçáo de cluTenl.rs espécies animais. c isso sllpcrâ o qüc cluâLquer biólogo trabÍr lhâlrdô cm ielnFo integral curscguc liuer hoic. ^rist(itclcs ârrcditava, cenâmLir1ic. quccssc coriulrio organilalto clc iIvc!tigoçõcsqucelc tinha irrêururad., iriã prosscguir ao longodos lcnriros.le unra maneira aisou nrcnos unilon e, .lerlr'o da sLIa pr(rp iâ cscoh c nos cúculos plai(lnicos dc nrodo gcml. Elc serrpre se corside()u um nr$nbru do cnrLLk) plalô- nico, e o Liccu aristotólico nanr Litln ouiro correço independente. mas ,I r.,if , \ fr i.r'! r (n ud.'. 11'l' nl "' .-, L lr't.r, ..",..,1\êú âlgunras ccntcras dc pcssoas c r(l(Ilitava n]uito Do trabalho orgâni- zado. no imbalho dc grupo, I,)s bols rlrslll&los !l colaborlcáL) Ilrisle Lrm livro seu qur s. chlnrr a)í.ri/oes, qLLC saú r ilharcs dc pcrguntas, e nós nos ferguntanros p0 quc o ttrj!ito jria iãzer uln Inro intciro só conr pcrtunrâs, scnr ncnhurnâ rcsposLa, sc ,rqUilo nào losse ulnprograma detrabalho. EIc csiar cll lciarido.tucslaus qLr! acha digfas de sorcrn inve5tigirdÀs, porquc icria nnpossivcl acrc(litâr qrLe clc rncsrn.) lossc dcscobrir iüdo aqDilo ern vida A prí)priâ e\istôncia dcssc iextú nos nlostra quc Aristótclcs iinha nlgurna idóiâ da possibilidade de pros seguünento normal dâs atividadcs invcstigâtivâs como â de qLrakluer instiiuto dc pesqLlisas nrod€nro que dura celll. duzertos, trezentos anos. dentro do qral os conhccimcnros adqlrldclos nurüa geraçáLr stur passados à outra e lhe servem dc basc. Logo após esse período, vcnr a inkrvcnçào dc latdcs quc náo tôrr absolutanrcntc uadr â vcr colr a llk)iolia. rn§ (luc nrodilicam (lc tal nrcdo o panorama quc iudo isso quc cstudallx)s r(,D o r0N dt t ulolisiloe zdsÍrelislro de repente se tornâ nrais csqLLisito pam os girgos do quc o é para nós. Hojc, pâssados dois rril c.tuatrocurlos nos s(,nos c,rpazcs de reconstituir csscs dois crlifÍcios conr os !loillcrlos qLrc ddes sohraram e conpreender perleiiamentc a ilrtcnçtio conr !uo I)rârn cr)rsirui.bs, ris objctivos qre csrâvârr ali sobentendidos e quíis as larelàs cicntiücas quc eles nos impõcm. Nocniantír, apcnas xnrâgelaçitodcpois de Arislóteles ' rr lü í irillrl(lo ronrpletnnicnle estrânho à nrente ilrcga. Essc é fu,i ( i,.i r , 's (1. csqu.cirncrno colctivo c dc pcrclâ, corlplcta mcsrro. de L,i,r t1rri. rir)s àl:lquiÍidos E uma vcrda.lcira calisllo[e cogniliva lslo rLr(nrtccc a pâúir das invasaes empreendid.ls por Alcxândrc, ,, ( i ,r r(lc. (trrj. pr)r lronia, hâviâ sido aluno dc Aristóteles quan(lo L r,Ir(r ^lc{ndrc iirha um sonho: unlâ espécie c]e "monarquia uni- !L rsrl '. nronarqria únicâ. o trnpério universai E l]lc dl: Iaio consciluc Iorriu lc 'iló.ios imenÍrs e r volta.O lnpório já cstava pmticâllrenlc rss.rrlrdo cnr suas bâscs .ecográficas quando ele lnorre lsso qucr dizer (tIo, do scu projclo de construção só loi leita â pârtc nirgâtivâ, a pâric (lrslrutiva: deslntir ludo que tinhâ enr voltâ para dcpois lanqar novas hascs Quândo chcgou a hora de lançar as novas b.rses, Ale\ândr€ llr(,rrcu, rnuito joven, erltiro o lnpério loi unr proieio âborlado. lá na suâ lãse de inlpLantaçao, el€ linhâ desmoniâdo as \,árias cstruluras p(níiicâs de iodâs as cidacles quc lÉviâ ocupôdo. Nisso desaparece d ,/Í1is, a cidâdc'estado independeDle, qlre era à hâse da orgarizaÇão rrcgâ câda uma delas c(,n as süâs leis, coff o scn parlantcnto, em surlrâ, conr uma vida pdítica bcrn oreanizada. E tudo isso desapâreceu j,r na làsc das nrvâsa)es. QuandoAlexândre morre. o negócio piora âinda Inâis. porque havia unra sé e de reinos €nr t,oliâ, c câda um tonlou para si uma pârte dos ierritririos conquistados por ele. Flavizr monàrquias no Egiio, na Síiâ, ctc . e cadaumâ lbipegandoün pedaço, comoqu€ dividindo o cadávcr da vítimâ. Í1, naturêlmenie. esses reis implantara]n, cm todos os terriiórios qup r, nri'alL I'I Ipo dc,nor.rqur- ab.ulrri' qur j., c,d,i "e5i Ir qrc linhârnnos seus respectivos países Issoqüerdizerquc. dc rcpcnte, conl â ürdependênciâ. desapârecem âs consiituiçôcs -c comas constiluições desâparece, efetivamcntc. todo e qualquer tipo de atividade politica, a não ser a atividade palacianr, quer di7er, do círculo dos camaradas próxinos ao gôvernante. cluTenl.rs espécies animais. c isso sllpcrâ o qüc cluâLquer biólogo trabÍr lhâlrdô cm ielnFo integral curscguc liuer hoic. ^rist(itclcs ârrcditava, cenâmLir1ic. quccssc coriulrio organilalto clc iIvc!tigoçõcsqucelc tinha irrêururad., iriã prosscguir ao longodos lcnriros.le unra maneira aisou nrcnos unilon e, .lerlr'o da sLIa pr(rp iâ cscoh c nos cúculos plai(lnicos dc nrodo gcml. Elc serrpre se corside()u um nr$nbru do cnrLLk) plalô- nico, e o Liccu aristotólico nanr Litln ouiro correço independente. mas ,I r.,if , \ fr i.r'! r (n ud.'. 11'l' nl "' .-, L lr't.r, ..",..,1\êú âlgunras ccntcras dc pcssoas c r(l(Ilitava n]uito Do trabalho orgâni- zado. no imbalho dc grupo, I,)s bols rlrslll&los !l colaborlcáL) Ilrisle Lrm livro seu qur s. chlnrr a)í.ri/oes, qLLC saú r ilharcs dc pcrguntas, e nós nos ferguntanros p0 quc o ttrj!ito jria iãzer uln Inro intciro só conr pcrtunrâs, scnr ncnhurnâ rcsposLa, sc ,rqUilo nào losse ulnprograma detrabalho. EIc csiar cll lciarido.tucslaus qLr! acha digfas de sorcrn inve5tigirdÀs, porquc icria nnpossivcl acrc(litâr qrLe clc rncsrn.) lossc dcscobrir iüdo aqDilo ern vida A prí)priâ e\istôncia dcssc iextú nos nlostra quc Aristótclcs iinha nlgurna idóiâ da possibilidade de pros seguünento normal dâs atividadcs invcstigâtivâs como â de qLrakluer instiiuto dc pesqLlisas nrod€nro que dura celll. duzertos, trezentos anos. dentro do qral os conhccimcnros adqlrldclos nurüa geraçáLr stur passados à outra e lhe servem dc basc. Logo após esse período, vcnr a inkrvcnçào dc latdcs quc náo tôrr absolutanrcntc uadr â vcr colr a llk)iolia. rn§ (luc nrodilicam (lc tal nrcdo o panorama quc iudo isso quc cstudallx)s r(,D o r0N dt t ulolisiloe zdsÍrelislro de repente se tornâ nrais csqLLisito pam os girgos do quc o é para nós. Hojc, pâssados dois rril c.tuatrocurlos nos s(,nos c,rpazcs de reconstituir csscs dois crlifÍcios conr os !loillcrlos qLrc ddes sohraram e conpreender perleiiamentc a ilrtcnçtio conr !uo I)rârn cr)rsirui.bs, ris objctivos qre csrâvârr ali sobentendidos e quíis as larelàs cicntiücas quc eles nos impõcm. Nocniantír, apcnas xnrâgelaçitodcpois de Arislóteles ' rr lü í irillrl(lo ronrpletnnicnle estrânho à nrente ilrcga. Essc é fu,i ( i,.i r , 's (1. csqu.cirncrno colctivo c dc pcrclâ, corlplcta mcsrro. de L,i,r t1rri. rir)s àl:lquiÍidos E uma vcrda.lcira calisllo[e cogniliva lslo rLr(nrtccc a pâúir das invasaes empreendid.ls por Alcxândrc, ,, ( i ,r r(lc. (trrj. pr)r lronia, hâviâ sido aluno dc Aristóteles quan(lo L r,Ir(r ^lc{ndrc iirha um sonho: unlâ espécie c]e "monarquia uni- !L rsrl '. nronarqria únicâ. o trnpério universai E l]lc dl: Iaio consciluc Iorriu lc 'iló.ios imenÍrs e r volta. O lnpório já cstava pmticâllrenlc rss.rrlrdo cnr suas bâscs .ecográficas quando ele lnorre lsso qucr dizer (tIo, do scu projclo de construção só loi leita â pârtc nirgâtivâ, a pâric (lrslrutiva: deslntir ludo que tinhâ enr voltâ para dcpois lanqar novas hascs Quândo chcgou a hora de lançar as novas b.rses, Ale\ândr€ llr(,rrcu, rnuito joven, erltiro o lnpério loi unr proieio âborlado. lá na suâ lãse de inlpLantaçao, el€ linhâ desmoniâdo as \,árias cstruluras p(níiicâs de iodâs as cidacles quc lÉviâ ocupôdo. Nisso desaparece d ,/Í1is, a cidâdc'estado independeDle, qlre era à hâse da orgarizaÇão rrcgâ câda uma delas c(,n as süâs leis, coff o scn parlantcnto, em surlrâ, conr uma vida pdítica bcrn oreanizada. E tudo isso desapâreceu j,r na làsc das nrvâsa)es. QuandoAlexândre morre. o negócio piora âinda Inâis. porque havia unra sé e de reinos €nr t,oliâ, c câda um tonlou para si uma pârte dos ierritririos conquistados por ele. Flavizr monàrquias no Egiio, na Síiâ, ctc . e cadaumâ lbipegandoün pedaço, comoqu€ dividindo o cadávcr da vítimâ. Í1, naturêlmenie. esses reis implantara]n, cm todos os terriiórios qup r, nri'alL I'I Ipo dc,nor.rqur- ab.ulrri' qur j., c,d,i "e5i Ir qrc linhârnnos seus respectivos países Issoqüerdizerquc. dc rcpcnte, conl â ürdependênciâ. desapârecem âs consiituiçôcs -c comas constiluições desâparece, efetivamcntc. todo e qualquer tipo de atividade politica, a não ser a atividade palacianr, quer di7er, do círculo dos camaradas próxinos ao gôvernante. Luan Realce Luan Realce Luan Realce Luan Realce Luan Realce Luan Realce Luan Realce Luan Realce 'Ibdá a virla da polis girâvâ em torno da idéia de participaçâo na vida políticâ. a qual seriâ o escoadouro para onde desaguavaÚ1 todos os conhecimentos adquiridos no curso da cducaçáo do cidadáo. in- cluindo os discipulos de Platâo e dcAristóteles. Então a polÍtica ó uma cspécic de campo de teste de todas as idéiâs qlre havia en1 circulação. e vemos, pelos diálogos dc Plâiâo, quc grandc número de seus discí- pulos eram dedicados à vida pública. ^quilo era praticamcnte uma escolâ de estâdistâsi se nAo lbsseDr estadis!âs. pelo menos algumâ participaçâo teriam. Grâças â essâ intensa atividade política haviâ sc descnvolvido, âo longo dos séculos, já antes de Plaliio € Arisióteles, todâ â arte da retó- rica. Quer dizer os grcgos já cstavam bastante âliâdos nâs discxssóes. Náo nâs discussões cientificas. quc comcçâm apcnas dcpois - é só na escola plaiônjca que se vé reâlmente uma discussào cierliífica orgâ- nizadâ, ântes náo -, mas pclo mcnos nas discussoes politicas. Coflr o advento da €scola platónica sc dá um salto: da díscussãa |etótica, da discussáo política. para o debatecíe títica,co]maintroduçáo da ciênciâ dialéticae, depois, conr a introduçáo dos critérios prop amentelógicos. Mâs âcontece que. desaparecendo a âtividâdc política, dcsaparecc a condição social sobre a quâl se e*uiâ tlrdo isto, e desde logo a própria condiÇáo de cidâdâo desaparece O que é o cidadào no sentido grcgo? É o suicito que está habiliiado a pa{icipêr da políiicà, eparricipar nâo apcnas con1o cleitor mas como voz ativâi hoje ele é um eleiior, amanha poderá ser um governânte. NâluraLnentc, avida dapolls erâ constituída de umâ série de tiltrâgens e seleçóes dos vários pretendentes. Vimos que quase todos os cidâdáos âtenienses, por eremplo. eÍanr de âlgum üodo políticos alguns com mais sucesso, outros com menos sucesso, mas virtualmenie eram todos politicos e se considerâvâm todos governantes virtuais, prctendentes às funçôes de governo. de algum modlr. E Quârdo isso desaparec€, some tan1bén1 a condiçáo de cidadáo, (tuc ó subsiituída pcla condição de súdiio. E o súdito, evjdent€mcn- tc. náo pâÍiicipa de discussóes e muito menos de decisÕes políticas; (llc nem sabc quâis sáo as decisõcs, poisas ordens vêm dc cima e ele n,]r) precisâ sequer compreendê-làs. Aí já sc tem uma massa de gente cxcluída de úm modo de vicla ao qüal tinham se âcosiumâdo durante alguns séculos. Desâparecendo a polÍtica, é evidenie quc desaparece tambórn a necessidade da arte retóricâ qüe era o aprendizado no quât os Iuturos políticos êfiavam as suas capacidâdes.trgunrentativas. Agom não há mais aiividade polÍticâ. entáo não há mais nccessidade desse treinamento. À arte rcióricâ logo reflui paÍâ se tornar uma atividade úerâmcnte escolar a exprcssào "retóricâ escolar" dcsigna pecisanente o tipo de relórica quc se ensinava nesse período - que é â de nrero exercício sem tinalidade. Vira unra espócie de arte pela aÍie. o sujeito aprendiâaqui1o. t'âziê os exercícios cscolâres para aprendcr a fazer eretcícios escolares. Nenhum dcsscs discursos tteinados na escola serian1 jamais testados nâ vidâ real. É como se você entrasse pâra uma academia de boxe, ficâsse treinando, treinando, c depois losse proibido de participar de campco_ naios. Nâ verdâde. você nunca vai saber se você sabe ou náo. Como uma espésie de compcNaçáo, surge um segundo tipo de retódca, que é a "retórica epistolâr". ]üdo aquilo que havia de troca de idéias em praÇa públicâ passa a haver mais na eslera pÍivâda. Aí se desenvolvc muito a arte das cal1as. que ao longo do tempo vai se tornar uma co;sa muito impoftante na literâtura do Ocidente- com conseqüências dc longo pmzo que, evidenternente. nessaépoca, elcs nem podedâm irnaginar Às cartas, na medidaem que sãoumatroca de informaçôes de ordem particular, váo facilitaÍ cada vez mais a auto-observaqáo das pessoas eascontissóes intimas, etc. Daí vai nasce! mil e setecentos anos depois, o nodemo romance psicológico. Luan Realce Luan Realce 'Ibdá a virla da polis girâvâ em torno da idéia de participaçâo na vida políticâ. a qual seriâ o escoadouro para onde desaguavaÚ1 todos os conhecimentos adquiridos no curso da cducaçáo do cidadáo. in- cluindo os discipulos de Platâo e dcAristóteles. Então a polÍtica ó uma cspécic de campo de teste de todas as idéiâs qlre havia en1 circulação. e vemos, pelos diálogos dc Plâiâo, quc grandc número de seus discí- pulos eram dedicados à vida pública. ^quilo era praticamcnte uma escolâ de estâdistâsi se nAo lbsseDr estadis!âs. pelo menos algumâ participaçâo teriam. Grâças â essâ intensa atividade política haviâ sc descnvolvido, âo longo dos séculos, já antes de Plaliio € Arisióteles, todâ â arte da retó- rica. Quer dizer os grcgos já cstavam bastante âliâdos nâs discxssóes. Náo nâs discussões cientificas. quc comcçâm apcnas dcpois - é só na escola plaiônjca que se vé reâlmente uma discussào cierliífica orgâ- nizadâ, ântes náo -, mas pclo mcnos nas discussoes politicas. Coflr o advento da €scola platónica sc dá um salto: da díscussãa |etótica, da discussáo política. para o debatecíe títica,co]maintroduçáo da ciênciâ dialéticae, depois, conr a introduçáo dos critérios prop amentelógicos. Mâs âcontece que. desaparecendo a âtividâdc política, dcsaparecc a condição social sobre a quâl se e*uiâ tlrdo isto, e desde logo a própria condiÇáo de cidâdâo desaparece O que é o cidadào no sentido grcgo? É o suicito que está habiliiado a pa{icipêr da políiicà, eparricipar nâo apcnas con1o cleitor mas como voz ativâi hoje ele é um eleiior, amanha poderá ser um governânte. NâluraLnentc, avida dapolls erâ constituída de umâ série de tiltrâgens e seleçóes dos vários pretendentes. Vimos que quase todos os cidâdáos âtenienses, por eremplo. eÍanr de âlgum üodo políticos alguns com mais sucesso, outros com menos sucesso, mas virtualmenie eram todos politicos e se considerâvâm todos governantes virtuais, prctendentes às funçôes de governo. de algum modlr. E Quârdo isso desaparec€, some tan1bén1 a condiçáo de cidadáo, (tuc ó subsiituída pcla condição de súdiio. E o súdito, evjdent€mcn- tc. náo pâÍiicipa de discussóes e muito menos de decisÕes políticas; (llc nem sabc quâis sáo as decisõcs, pois as ordens vêm dc cima e ele n,]r) precisâ sequer compreendê-làs. Aí já sc tem uma massa de gente cxcluída de úm modo de vicla ao qüal tinham se âcosiumâdo durante alguns séculos. Desâparecendo a polÍtica, é evidenie quc desaparece tambórn a necessidade da arte retóricâ qüe era o aprendizado no quât os Iuturos políticos êfiavam as suas capacidâdes.trgunrentativas. Agom não há mais aiividade polÍticâ. entáo não há mais nccessidade desse treinamento. À arte rcióricâ logo reflui paÍâ se tornar uma atividade úerâmcnte escolar a exprcssào "retóricâ escolar" dcsigna pecisanente o tipo de relórica quc se ensinava nesse período - que é â de nrero exercício sem tinalidade. Vira unra espócie de arte pela aÍie. o sujeito aprendiâaqui1o. t'âziê os exercícios cscolâres para aprendcr a fazer eretcícios escolares. Nenhum dcsscs discursos tteinados na escola serian1 jamais testados nâ vidâ real. É como se você entrasse pâra uma academia de boxe, ficâsse treinando, treinando, c depois losse proibido de participar de campco_ naios. Nâ verdâde. você nunca vai saber se você sabe ou náo. Como uma espésie de compcNaçáo, surge um segundo tipo de retódca, que é a "retórica epistolâr". ]üdo aquilo que havia de troca de idéias em praÇa públicâ passa a haver mais na eslera pÍivâda. Aí se desenvolvc muito a arte das cal1as. que ao longo do tempo vai se tornar uma co;sa muito impoftante na literâtura do Ocidente- com conseqüências dc longo pmzo que, evidenternente. nessaépoca, elcs nem podedâm irnaginar Às cartas, na medidaem que sãoumatroca de informaçôes de ordem particular, váo facilitaÍ cada vez mais a auto-observaqáo das pessoas eascontissóes intimas, etc. Daí vai nasce! mil e setecentos anos depois, o nodemo romance psicológico. Luan Realce Luan Realce Luan Realce Os primeiros romances psicológicos \,â o ser todos nâ base dascarias. Se você pcgâr as Iamosâs llelaçoes perigasas. de Laclos,r csse tivro é nâ base de cartas e nrulto! erên1 na basc de cartàs. lsto é um filhote. €m longo prazo, da rctórica epistulâr quc surge nesse período. Mas ó claro quc, de início, não honvc nenhurn resuliado assirn cspetacular: ao contrário. aquilo lbi um refluxo c uffa decadênciâ dâ arte rctdrica. EssepeÍíodo é contado denaneira extrâordinária no talvez melhorli\,1.o de história liierária do século XX, que é o de grncst llobcrt Curtiüsl Lileratura eunpéia e Idade Módia latina.) O sumiço das djscussoes públicas cria uma segunda, Daior e mais 1rágica dificlrldade: desaparece â biiÍe vcrbal sobrc â qual se eíigiâ a possibilidadc daquelas grandes intuiçôcs de ordem metalisica que cn- conlralnosjá no plaionisnoe no âristotclisnlo. Veja que nenhlün desses ohte.n. dê melrl'rsi.'" e i'IcJ,a imeIrc.r(r.\r\ rl ao\ \cr)liJo\ I pr(. isu tei-toda uma aimoslem verbal preparada pâra iornar possível às pessoâs o acelso a certas intuiÇões. que só corn a estim laçáo sensorial elas não váo ter, elas jâmais chcgâria a isso. Quando desâparecem as discussoês públicas, desaparecc iambérn êquele substraio verbal sobre o quâl se podia esÍabelecer a discussâo dialética e, na discussão dialética. lazer êque]a escalada metalísica que tão benr caracterizâ os diálogos platônicos. Justamente airavés dâ arte dialética - cxcluinclo uma possibilidadc, cxclüindír Lrurrâ e outra - é q0e Sócrates, conl muito cuidado, aÍisticamcnie, leva o discipulo, o intcrlocuior, aperceber por si mesmo certâs coisas quc scnl essa escâdâ verbâl ele náo tcria conseguido. Essas concepçares de orden metafÍsica in:l"rlJneànrinle dc'apa,ê(en Jo prnurrmr A coisamais extraordinária que aconiece ]resse periodo é justamente esse esqüecínento rápido. Nósnos pergüntanos hoje eissodcfâiovai consiituir um dos grandes enigmas da Históriâ da Filosofja quâis são as relações enire os conhccimentos qlle os individuos podem âdqujrir , t** I /r. - ,*1" r. .,il. , - I fr)Isn var c o pânorâura social e cultlrralcm torno. Ern que mcdidn â rrrllgelrcia dos individuos é dependcrte do meio social? Ai existe todâ Lrrrr inlinidêde dcrespostês quc vào desde a aútonomia âbsolLrta, na (lLrll o irrdividuo paira como uma espécle cle iluminado sobre uma mul' iith() dc igrorantes, até aresposta contrária. que diz quc os indivíduos riidrL podem e que quem pensa é a sociedâde, o colctivo, a Hislóriâ, etc. Nu() lcnlos quc dâI rcsposias de iipo dolrlrinal a issoi buscâmos uma rcsposta histórica, ou seja, comc, âs coisas realmente sc passamm O que se pâssa nesses sécülos imediaiamenie posieriores a Aristó_ tcles p .ece sugerir â ioial sujeiçáo da mente indifidual às condiçÔes lrnr lorro. porque, desapârecidas as condiçôes sociais e políticas do diálogo. âs concepçóes a que os indivíduos iinhân acesso ântes se Lornan inacessíveis. inalcançávcis e, eln brese tcmpo, ioialrnentc in' compreensíveis, enrbora estivessem escritas no mesmo idioma que âs pcssoas continuavam lalando. observando o que os filósofos desse período dizen a respeito dc Pla- tâo e Aristótc]es. nós nos surpreendemos âo ver coDro erê possível um sujeiio entcnder tâo pouco obras de prcduçáo Íão recent€. O contrasie cntr€ â filosofia clássica (Plaiáo c Àristóteles) e o que veio depoi§ - que sào basicamcnte os lilósolos cinicos, os epicuistas, os estóicos e os célicos - chega a ser acâchapanie. porque os novos filósofos tratam dc raciocinâr segundo todâ uma pautâ toúlmente nova de temas, dc conceilos e de categorias, a qual náo tinha nada a ver com a filosofia clirssicâ, mâs que rellelia muitíssirno benr â novâ situaçao. EmUineilo lugar, ]nía haveúo mâis a atividadc politica, o§ nrdiví- duos náo se consideravam mais integrados num organismo social; eles cstava mais ou menos soltos como átomos no espaço. Essa idéia de "áiomo solto no espaÇo". como uma imagem, vai reaparecer m[itas vezes nodiscurso filosófico dessa época. Esse relatjvo isolamento, essa fâlta de orÍaanicidadc quânto à situaçáo do indivíduo na comunjdâde vai Íazer ll Luan Realce Os primeiros romances psicológicos \,â o ser todos nâ base dascarias. Se você pcgâr as Iamosâs llelaçoes perigasas. de Laclos,r csse tivro é nâ base de cartas e nrulto! erên1 na basc de cartàs. lsto é um filhote. €m longo prazo, da rctórica epistulâr quc surge nesse período. Mas ó claro quc, de início, não honvc nenhurn resuliado assirn cspetacular: ao contrário. aquilo lbi um refluxo c uffa decadênciâ dâ arte rctdrica. EssepeÍíodo é contado denaneira extrâordinária no talvez melhorli\,1.o de história liierária do século XX, que é o de grncst llobcrt Curtiüsl Lileratura eunpéia e Idade Módia latina.) O sumiço das djscussoes públicas cria uma segunda, Daior e mais 1rágica dificlrldade: desaparece â biiÍe vcrbal sobrc â qual se eíigiâ a possibilidadc daquelas grandes intuiçôcs de ordem metalisica que cn- conlralnosjá no plaionisnoe no âristotclisnlo. Veja que nenhlün desses ohte.n. dê melrl'rsi.'" e i'IcJ,a imeIrc.r(r.\r\ rl ao\ \cr)liJo\ I pr(. isu tei-toda uma aimoslem verbal preparada pâra iornar possível às pessoâs o acelso a certas intuiÇões. que só corn a estim laçáo sensorial elas não váo ter, elas jâmais chcgâria a isso. Quando desâparecem as discussoês públicas, desaparecc iambérn êquele substraio verbal sobre o quâl se podia esÍabelecer a discussâo dialética e, na discussão dialética. lazer êque]a escalada metalísica que tão benr caracterizâ os diálogos platônicos. Justamente airavés dâ arte dialética - cxcluinclo uma possibilidadc, cxclüindír Lrurrâ e outra - é q0e Sócrates, conl muito cuidado, aÍisticamcnie, leva o discipulo, o intcrlocuior, aperceber por si mesmo certâs coisas quc scnl essa escâdâ verbâl ele náo tcria conseguido. Essas concepçares de orden metafÍsica in:l"rlJneànrinle dc'apa,ê(en Jo prnurrmr A coisamais extraordinária que aconiece ]resse periodo é justamente esse esqüecínento rápido. Nósnos pergüntanos hoje eissodcfâiovai consiituir um dos grandes enigmas da Históriâ da Filosofja quâis são as relações enire os conhccimentos qlle os individuos podem âdqujrir , t** I /r. - ,*1" r. .,il. , - I fr)Isn var c o pânorâura social e cultlrralcm torno. Ern que mcdidn â rrrllgelrcia dos individuos é dependcrte do meio social? Ai existe todâ Lrrrr inlinidêde dc respostês quc vào desde a aútonomia âbsolLrta, na (lLrll o irrdividuo paira como uma espécle cle iluminado sobre uma mul' iith() dc igrorantes, até aresposta contrária. que diz quc os indivíduos riidrL podem e que quem pensa é a sociedâde, o colctivo, a Hislóriâ, etc. Nu() lcnlos quc dâI rcsposias de iipo dolrlrinal a issoi buscâmos uma rcsposta histórica, ou seja, comc, âs coisas realmente sc passamm O que se pâssa nesses sécülos imediaiamenie posieriores a Aristó_ tcles p .ece sugerir â ioial sujeiçáo da mente indifidual às condiçÔes lrnr lorro. porque, desapârecidas as condiçôes sociais e políticas do diálogo. âs concepçóes a que os indivíduos iinhân acesso ântes se Lornan inacessíveis. inalcançávcis e, eln brese tcmpo, ioialrnentc in' compreensíveis, enrbora estivessem escritas no mesmo idioma que âs pcssoas continuavam lalando. observando o que os filósofos desse período dizen a respeito dc Pla- tâo e Aristótc]es. nós nos surpreendemos âo ver coDro erê possível um sujeiio entcnder tâo pouco obras de prcduçáo Íão recent€. O contrasie cntr€ â filosofia clássica (Plaiáo c Àristóteles) e o que veio depoi§ - que sào basicamcnte os lilósolos cinicos, os epicuistas, os estóicos e os célicos - chega a ser acâchapanie. porque os novos filósofos tratam dc raciocinâr segundo todâ uma pautâ toúlmente nova de temas, dc conceilos e de categorias, a qual náo tinha nada a ver com a filosofia clirssicâ, mâs que rellelia muitíssirno benr â novâ situaçao. EmUineilo lugar, ]nía haveúo mâis a atividadc politica, o§ nrdiví- duos náo se consideravam mais integrados num organismo social; eles cstava mais ou menos soltos como átomos no espaço. Essa idéia de "áiomo solto no espaÇo". como uma imagem, vai reaparecer m[itas vezes nodiscurso filosófico dessa época. Esse relatjvo isolamento, essa fâlta de orÍaanicidadc quânto à situaçáo do indivíduo na comunjdâde vai Íazer ll Luan Realce Luan Realce quc cssa idóia rlc "irdividuo" sc iorne rerLlnentc irnpofiiinte do dia pâra â noire O scr hLlnrâno iá nao cra mâis viÍo corno unl cidadãr), comil mcurbro dc unra coletividâde na qual clc tinhi um lugarl umâ irnçao conhccldâc Llelennjnada. mas como u,nacspócic de iitlnno sdto. Entáo, uti dos primeiros traços da lllosolia nunr período quc sc csle derá por sóculos é essa preocupaÇão com a idaiâ dr nr.li?iluuhíhde hunana. c ná1, rnâis conr a cidadaDia. âpolls. ês viúudcs civicas erc tj\ segutdo lular, já quc sc tràrâ .le lilosotãr sdre o individuo. làz-sc isso colr uma finalidnde qUc. nlio scndo mais a dc intcgrá lo f.Ls virtudcs civicas e napolrs. sa) poclc scr a rlc cncr)Itrar nnra mcta dc vldn que o justifiqüe erqutmto indi\,iduo soito. Nlâs poderíanro! dizer: l{h, issoéalé unl progrcsso, (lecerto nrodo ltln (lua? Itnq u c cssâ clim ens.Lil do irdi!íduo iÍrâdo os gregos |ào a tinharir rnuito. Ftlcs náo lrabrthil raln muito sobrc isso, crnbora o clesti|o dc S(icrr(es. por crcrnplo. iá puscssc crn qucsrÍr) e§5n situacão do iDclivíduÍr corr.d a coleiividadc, ou do indiv uo qrLc ó de algum nrodo superior à colctilklade NÍrLs. vcjâm. o lndiví.tuo scr sup€rior à coleri!idâde eslail porranto. contra ê col.iividâde naro quer dizer (tue elc estcja forâ dela. ,\o contrário, é uÍr aLlversário qne i€i. sobre clâ uír ceúo tipo dc supcrioridade, e elâ tcrn sobre ele uIn outro iipo de supcrioridacle. rnas estão rclactonados E a situâÇão aqui já náír cra esla. Na novâ situaçaro. poclcnros dizer qLre os indir,Íduos e!tavanr rcalnrelte soltos: clcs |tro rêm lunrão. a náo ser que scjârr lirncocs palacixnâs, rs I gâdas ao g.,!.rno Al srt1c tt]fn leiceia eLeücrlí,. qUr (i I rola antilsc. â !.rlorizrcão do aprcrldizâdo iécfico pronssiorül Os si) (lados já r:ro sar) cidêdáos qLre nâs épocàs dequcrmsiro chama.los adclender sua cidâdc são pioiissio, nâis, eniio surge o âprcrrdizado profissio nlclas arlcs miliiares Asarres clâ fala e dâ escritalârnbóm j:i nAo servcnr rnais para discUSSão púbiicu. mas para o cxcrcício de lunçócs h0rocráticas. E assirn lor diantc. Aí su€e unra séric dc âprendizaclos pclos quàis o indivÍduo pocle slrbir t2 , , \ r{ rL lsso aparc.e sirulraneamerÍc à i.léia .l.i tilosofia cont unta r,rri(rilt,!idirparaomdivid o,ouseiâ uorrro urn guiamento parâ ele , ,, r:trrLir unr scoti(lo de vidâ r1o melo dâquela ât{)nrizaçào e para liI\(,rr rlqo q c lhc parecc ser a Lelici.lâdc. ^ preocupaçâo conr a tcli' , r{litrlc individnal ó muito inlênsâ cm toLlos esscs séculos As técrica§ (l( Í'lllvidas pârâ cnconlrá-la, quando âs dcscrevemos hoje. clas nos rlci\lllr |roliürclâmente inlllizes. Náo chegamos scqucr a conccbcr r!rrro ó quc o inclivídrro. blrscàndo a telicidadc. podc tcr lido aquclas i{lcias, por(lue muitâs delas sâo liancârn€nte deprinlêntcs. (Quundo .u csl.rva estu.lando [picuro pâra escrcver os capítulos iniciâis dc t ) t.orliÍt das dt'lições,t pouco lalloa parâ qlre eü cstourêsse os miolos rl. lato horrorizado que liqlrei com aquilol) Ai sur.qe a idóia dâ filLrsoiiâ r(rno um g!iarncnto e connr o qLl€ chamaritLmos allio_aiu.LL, voliada para o irdi!iduo isolado quc clevcriâ sc realiTar no mero dessâ âLomi /açao. Nlas a situação do indi\,ícluo no meio aiolnistico impóe qtre ele sr-) possa encontrar â sua ltlicidade. â suâ rcalização, crn si nrerno c Sur'.qc cntâo unr qi./arlo lord. quc c a jdéia.la inclepen.lôrrcia ou du rxidrquia. 'Aütarquia" é o governo rle si rncsmo: você ó principio dc si rncsrno Qllâsc lodos os fila)sulos do pcríodo lôni cssa preocufaçáo de delenvoh,cr umalécnica que perüitaao indi!iduo. já que ele esiá írlto nL) .spaço. tomar-scainda nrais indcpenden{cdocspâço em tornoclealizâr- sc conú uma unidêde inlcirarntnte sobcrana à nralgcltr da sociedadc à màrgerlr da soci€dadc, porénr inlegrado nunrr ôrrtrâ rrnidrrlê Ai surge u.r q!//?Ío le,r?o: a idéia dc quc. sc o indivi ro não Per tcrcc. se clc nao iem ligaqáo orgânicâ com.r coürurlidade. é porque ..,.,,, rid,,i, ,f,,ra u,,. 'i,.,:r.-rr p.rrir,u' rl"n,1'. quL hi dê sc dcstâzer N{as conlinüann)s. de âlgu r nn)dLr. iarendo pârte da hrlnanidê.lc c do clrsrlos Entào a idéiâ do indiYíduo como cidrdão do cosnn)s aparcce aí rressc pcriodo ,', §if lr,1,, r llt] nrCies lrl00 l-l Luan Realce Luan Realce quc cssa idóia rlc "irdividuo" sc iorne rerLlnentc irnpofiiinte do dia pâra â noire O scr hLlnrâno iá nao cra mâis viÍo corno unl cidadãr), comil mcurbro dc unra coletividâde na qual clc tinhi um lugarl umâ irnçao conhccldâc Llelennjnada. mas como u,nacspócic de iitlnno sdto. Entáo, uti dos primeiros traços da lllosolia nunr período quc sc csle derá por sóculos é essa preocupaÇão com a idaiâ dr nr.li?iluuhíhde hunana. c ná1, rnâis conr a cidadaDia. âpolls. ês viúudcs civicas erc tj\ segutdo lular, já quc sc tràrâ .le lilosotãr sdre o individuo. làz-sc isso colr uma finalidnde qUc. nlio scndo mais a dc intcgrá lo f.Ls virtudcs civicas e napolrs. sa) poclc scr a rlc cncr)Itrar nnra mcta dc vldn que o justifiqüe erqutmto indi\,iduo soito. Nlâs poderíanro! dizer: l{h, issoéalé unl progrcsso, (lecerto nrodo ltln (lua? Itnq u c cssâ clim ens.Lil do irdi!íduo iÍrâdo os gregos |ào a tinharir rnuito. Ftlcs náo lrabrthil raln muito sobrc isso, crnbora o clesti|o dc S(icrr(es. por crcrnplo. iá puscssc crn qucsrÍr) e§5n situacão do iDclivíduÍr corr.d a coleiividadc, ou do indiv uo qrLc ó de algum nrodo superior à colctilklade NÍrLs. vcjâm. o lndiví.tuo scr sup€rior à coleri!idâde eslail porranto. contra ê col.iividâde naro quer dizer (tue elc estcja forâ dela. ,\o contrário, é uÍr aLlversário qne i€i. sobre clâ uír ceúo tipo dc supcrioridade, e elâ tcrn sobre ele uIn outro iipo de supcrioridacle. rnas estão rclactonados E a situâÇão aqui já náír cra esla. Na novâ situaçaro. poclcnros dizer qLre os indir,Íduos e!tavanr rcalnrelte soltos: clcs |tro rêm lunrão. a náo ser que scjârr lirncocs palacixnâs, rs I gâdas ao g.,!.rno Al srt1c tt]fn leiceia eLeücrlí,. qUr (i I rola antilsc. â !.rlorizrcão do aprcrldizâdo iécfico pronssiorül Os si) (lados já r:ro sar) cidêdáos qLre nâs épocàs dequcrmsiro chama.los adclender sua cidâdc são pioiissio, nâis, eniio surge o âprcrrdizado profissio nlclas arlcs miliiares Asarres clâ fala e dâ escrita lârnbóm j:i nAo servcnr rnais para discUSSão púbiicu. mas para o cxcrcício de lunçócs h0rocráticas. E assirn lor diantc. Aí su€e unra séric dc âprendizaclos pclos quàis o indivÍduo pocle slrbir t2 , , \ r{ rL lsso aparc.e sirulraneamerÍc à i.léia .l.i tilosofia cont unta r,rri(rilt,!idirparaomdivid o,ouseiâ uorrro urn guiamento parâ ele , ,, r:trrLir unr scoti(lo de vidâ r1o melo dâquela ât{)nrizaçào e para liI\(,rr rlqo q c lhc parecc ser a Lelici.lâdc. ^ preocupaçâo conr a tcli' , r{litrlc individnal ó muito inlênsâ cm toLlos esscs séculos As técrica§ (l( Í'lllvidas pârâ cnconlrá-la, quando âs dcscrevemos hoje. clas nos rlci\lllr |roliürclâmente inlllizes. Náo chegamos scqucr a conccbcr r!rrro ó quc o inclivídrro. blrscàndo a telicidadc. podc tcr lido aquclas i{lcias, por(lue muitâs delas sâo liancârn€nte deprinlêntcs. (Quundo .u csl.rva estu.lando [picuro pâra escrcver os capítulos iniciâis dc t ) t.orliÍt das dt'lições,t pouco lalloa parâ qlre eü cstourêsse os miolos rl. lato horrorizado que liqlrei com aquilol) Ai sur.qe a idóia dâ filLrsoiiâ r(rno um g!iarncnto e connr o qLl€ chamaritLmos allio_aiu.LL, voliada para o irdi!iduo isolado quc clevcriâ sc realiTar no mero dessâ âLomi /açao. Nlas a situação do indi\,ícluo no meio aiolnistico impóe qtre ele sr-) possa encontrar â sua ltlicidade. â suâ rcalização, crn si nrerno c Sur'.qc cntâo unr qi./arlo lord. quc c a jdéia.la inclepen.lôrrcia ou du rxidrquia. 'Aütarquia" é o governo rle si rncsmo: você ó principio dc si rncsrno Qllâsc lodos os fila)sulos do pcríodo lôni cssa preocufaçáo de delenvoh,cr umalécnica que perüitaao indi!iduo. já que ele esiá írlto nL) .spaço. tomar-scainda nrais indcpenden{cdocspâço em tornoclealizâr- sc conú uma unidêde inlcirarntnte sobcrana à nralgcltr da sociedadc à màrgerlr da soci€dadc, porénr inlegrado nunrr ôrrtrâ rrnidrrlê Ai surge u.r q!//?Ío le,r?o: a idéia dc quc. sc o indivi ro não Per tcrcc. se clc nao iem ligaqáo orgânicâ com.r coürurlidade. é porque ..,.,,, rid,,i, ,f,,ra u,,. 'i,.,:r.-rr p.rrir,u' rl"n,1'. quL hi dê sc dcstâzer N{as conlinüann)s. de âlgu r nn)dLr. iarendo pârte da hrlnanidê.lc c do clrsrlos Entào a idéiâ do indiYíduo como cidrdão do cosnn)s aparcce aí rressc pcriodo ,', §if lr,1,, r llt] nrCies lrl00 l-l Luan Realce Isscs pcúodosdc dcsaparic,ocla atividadc políLica. eu meslno vlvi unl dcles. rrais ou menos nopcriododepo;s do ^to lllsiitLrcionaln.5 até uns seis, seic anos dcpois, e pudc cxpcrin]entarulna siiuaÇâo pârecj!lf conr essa atonlizaçâo. Porque nio se tinha mais viâs de pâÍiclpaçào polilica, só s. tinlia, cle unl lado. r)s miliiarcs e. dc 0utro. os gucrilheiros. g o râl âssunto cra co eles. e vocô não scndl, nern u â coisa nem onlrí náo tinha muilo o qüc larer ali. 1lâ\,iâ .ntão ün cerlo isolaincnro. Curio samcntc. nesse lnesrno pcriodo, ó quando entrâm Do Ilrasil ns técnicas dc auto-âiudll. Írs esoterismos, as dn,gâs As drogas scdissern;naram justarrcr[. ncssc período, oqucó cudo5o. Se a gente conrparar corno loi suâ clisscnrilll..ão nr)s Estâdos Llnidos e no Brasil, lá elas sc disscrrinar r cnrrr a jUvcntudc conro urna cspé- cje dc cmblcmzL.le uma aiitudc âgrcssilr dc rcjci(iiÍr iL socicdâ.le enr loffot clas são quâse u.r elenlcnto dc lllt.r contra o sistema. Aqr, cl.is enirârain conrc elemcrio dc tugr o suieih ia pârâ âs drcgis porquc ele já nâo podia àtuar politicamcnrc, entaro h.Lvia aqLrclâ fuga para a vida privada, c âÍ se . l\1t1t1o: Na p ineia aula ?)ocà laLoLt tueulita dasío Lrusdesecoüt4r ú Histótia dti llilosolia é aüar as sisenias lilosólíús. tento) aelitat assislet as filosólíLos cono u i reíkxa lo acontecinúLa saciale palí- tiu etn bt1to 1:rttrc cssc ntiÍotlo lttn td{u s ptoblcutos. V)cê estutlou a do Descanes nts. () ttuc ^b| ttLtcttnda diltti: a rusa dcsslr 1túnsiçao dt Plal.io e ^ristólelcs poru ll.picuto, ( lutlo issa lu tiono, csst nútado /L1l1ciot|a. enltjo oci eslá tt oca da a preootpaçAa canl a hdiaíduo. uma üeacupaçao quase Lonrc . utta prcocu L,ncão gercút Pal nltu reaLirlade social e pt)lítiut ttu épacã l A Deryunla é muito oporiuna, porquc o problcnra é exaianrente cÍc: se nós qucrcrnos saber se é possivcl ostudàr liloí)na como unrâ espécje de rel'lexo ou produlo do nrejo social. do rrcir) cultLllr]. bom. há rcorias t.1 ,l rt rlLlrfi (tuc sinr. lrá oLrlras que dizem qüc náo. N'las o qu!'devenros r ina respo§tit leórica, porqne cssá ráo é uma pcr:gunta r, ,, rt r r (L nr pcrgunla lãctlral, na vcrdade, enião renx» quc buscat a ,1.! r,sl n,) torcno do ialo. ^l[Lrrs dos lak]s que virnos ântcs. ao cstllclannos os sjstenras cLássicos. ,,,r rratfrLnr uma inreisa âu«)llonúâ do irdividuo ern rclaqào ao nleio ítr rirl r ll rorno. Il Sói:rarcs. Platáo e Arislóielcs sc sobrepunham de lal rL,,xl(, r ruliüra cln tol]lo que eles chcitaram a gerar uma nova Elcs abaL- , irvrLrr {) discurso colelivo e iarr muito pâIa cinrâ, eniáo. o irncnso poder ,l, s!s inieligênci.ls molda um noro qlradrc dê catcgorias. de conceilos. rrLrr rlrvo rrodo dc pcrcebrr âs coisas, e â socicdadc acíbá copiando. \!r! cslamos vendo e\atanrcnic o pro.csso conlrário Esiarnos venclo !rLI L)rl)ccss{) de Ieilulo em qLre a mudaDça social e polÍticâ vai lào alénr Lh r (nnPrecnsão dos individuos que ela os ârmsia. apaga da nenLe o que .li s sahianr ató a véspeÍt Nessc lcÍiodo. vcmos LInr exer plo dc iotal ou (tursc ldal (naLo posso dizcr toial. lnas aié orde vió qitas. totaL) sujci!,o rlts menres indivlduais a urn 1àkrr sociê|. crlllural. poiítico exlerno t.\1.n,, I'o, , ta,1."t,.4tt, t,.,.,'trtwu i1ort..'o Ni\t 4Lfu,n to n(inlio r?ceu an obietu Lle ptcacLtpdçaa paru o Íilósí'ta.1 lile lornece não só o objero, nras, pior, Iorncce âs caicgLrrias, poÍquc . u nova sltuacão {lue cria por si as categorjas de Pensâmcnto. As câte_ sr)riâs do irldi\,íduo isolado, isso não lbi um.L i.lóia quc unr filósolo tcve. l i'dir r.1,. c.rl1\1 l r.alrlrrr.. i'o :,1." l-1, . nr r..j " n,, ii,.i,,,,, r r lunros .lc individuos isolacl{)s porqLrc elc I unr indiví.luo isolâdÍr. Esta ,. ,r ,,, .ir|,. i. (,r, , " q,,. .. n,ú. J , L c. ,\lunor ,fÍrs dí 4 suÍri(ro tla qlte se passo )to cabeçtt (1o ÍiLósolo à l.alidatl?. sat:ídl e polílica que ele 1)í|re é plalicakrct)te toÍíl|... é aca s(lliado u ret 0s caletoias (...)? ti Isscs pcúodosdc dcsaparic,ocla atividadc políLica. eu meslno vlvi unl dcles. rrais ou menos nopcriododepo;s do ^to lllsiitLrcionaln.5 até uns seis, seic anos dcpois, e pudc cxpcrin]entarulna siiuaÇâo pârecj!lf conr essa atonlizaçâo. Porque nio se tinha mais viâs de pâÍiclpaçào polilica, só s. tinlia, cle unl lado. r)s miliiarcs e. dc 0utro. os gucrilheiros. g o râl âssunto cra co eles. e vocô não scndl, nern u â coisa nem onlrí náo tinha muilo o qüc larer ali. 1lâ\,iâ .ntão ün cerlo isolaincnro. Curio samcntc. nesse lnesrno pcriodo, ó quando entrâm Do Ilrasil ns técnicas dc auto-âiudll. Írs esoterismos, as dn,gâs As drogas scdissern;naram justarrcr[. ncssc período, oqucó cudo5o. Se a gente conrparar corno loi suâ clisscnrilll..ão nr)s Estâdos Llnidos e no Brasil, lá elas sc disscrrinar r cnrrr a jUvcntudc conro urna cspé- cje dc cmblcmzL.le uma aiitudc âgrcssilr dc rcjci(iiÍr iL socicdâ.le enr loffot clas são quâse u.r elenlcnto dc lllt.r contra o sistema. Aqr, cl.is enirârain conrc elemcrio dc tugr o suieih ia pârâ âs drcgis porquc ele já nâo podia àtuar politicamcnrc, entaro h.Lvia aqLrclâ fuga para a vida privada, c âÍ se . l\1t1t1o: Na p ineia aula ?)ocà laLoLt tueulita dasío Lrusdesecoüt4r ú Histótia dti llilosolia é aüar as sisenias lilosólíús. tento) aelitat assislet as filosólíLos cono u i reíkxa lo acontecinúLa saciale palí- tiu etn bt1to 1:rttrc cssc ntiÍotlo lttn td{u s ptoblcutos. V)cê estutlou a do Descanes nts. () ttuc ^b| ttLtcttnda diltt i: a rusa dcsslr 1túnsiçao dt Plal.io e ^ristólelcs poru ll.picuto, ( lutlo issa lu tiono, csst nútado /L1l1ciot|a. enltjo oci eslá tt oca da a preootpaçAa canl a hdiaíduo. uma üeacupaçao quase Lonrc . utta prcocu L,ncão gercút Pal nltu reaLirlade social e pt)lítiut ttu épacã l A Deryunla é muito oporiuna, porquc o problcnra é exaianrente cÍc: se nós qucrcrnos saber se é possivcl ostudàr liloí)na como unrâ espécje de rel'lexo ou produlo do nrejo social. do rrcir) cultLllr]. bom. há rcorias t.1 ,l rt rlLlrfi (tuc sinr. lrá oLrlras que dizem qüc náo. N'las o qu!'devenros r ina respo§tit leórica, porqne cssá ráo é uma pcr:gunta r, ,, rt r r (L nr pcrgunla lãctlral, na vcrdade, enião renx» quc buscat a ,1.! r,sl n,) torcno do ialo. ^l[Lrrs dos lak]s que virnos ântcs. ao cstllclannos os sjstenras cLássicos. ,,,r rratfrLnr uma inreisa âu«)llonúâ do irdividuo ern rclaqào ao nleio ítr rirl r ll rorno. Il Sói:rarcs. Platáo e Arislóielcs sc sobrepunham de lal rL,,xl(, r ruliüra cln tol]lo que eles chcitaram a gerar uma nova Elcs abaL- , irvrLrr {) discurso colelivo e iarr muito pâIa cinrâ, eniáo. o irncnso poder ,l, s!s inieligênci.ls molda um noro qlradrc dê catcgorias. de conceilos. rrLrr rlrvo rrodo dc pcrcebrr âs coisas, e â socicdadc acíbá copiando. \!r! cslamos vendo e\atanrcnic o pro.csso conlrário Esiarnos venclo !rLI L)rl)ccss{) de Ieilulo em qLre a mudaDça social e polÍticâ vai lào alénr Lh r (nnPrecnsão dos individuos que ela os ârmsia. apaga da nenLe o que .li s sahianr ató a véspeÍt Nessc lcÍiodo. vcmos LInr exer plo dc iotal ou (tursc ldal (naLo posso dizcr toial. lnas aié orde vió qitas. totaL) sujci!,o rlts menres indivlduais a urn 1àkrr sociê|. crlllural. poiítico exlerno t.\1.n,, I'o, , ta,1."t,.4tt, t,.,.,'trtwu i1ort..'o Ni\t 4Lfu,n to n(inlio r?ceu an obietu Lle ptcacLtpdçaa paru o Íilósí'ta.1 lile lornece não só o objero, nras, pior, Iorncce âs caicgLrrias, poÍquc . u nova sltuacão {lue cria por si as categorjas de Pensâmcnto. As câte_ sr)riâs do irldi\,íduo isolado, isso não lbi um.L i.lóia quc unr filósolo tcve. l i'dir r.1,. c.rl1\1 l r.alrlrrr.. i'o :,1." l-1, . nr r..j " n,, ii,.i,,,,, r r lunros .lc individuos isolacl{)s porqLrc elc I unr indiví.luo isolâdÍr. Esta ,. ,r ,,, .ir|,. i. (,r, , " q,,. .. n,ú. J , L c. ,\lunor ,fÍrs dí 4 suÍri(ro tla qlte se passo )to cabeçtt (1o ÍiLósolo à l.alidatl?. sat:ídl e polílica que ele 1)í|re é plalicakrct)te toÍíl|... é aca s(lliado u ret 0s caletoias (...)? ti Pois ó. o que acontece nessc periodo ó exalarncnre isio. é uma silua, ção, umâ rnudança social que cria c{rltas situaçoes. e cstas determinam as caiegoriâs dc pensanento. Háumâ passjvidadc da mentc individual, e isto é a coisâ espanlosa nesse periodo, porque nós nos perglrntêIl1os assim: OIha, se mudou a situaqâo, sc houÍc uflâ série cle modificaçÕes ai. o quelhe impcde de reflcrir critica mcn rc sobrc o que estáacontecen- do à luz do que vocô já aprendeli anres? por que esses novos filósofírs, tcndo o legado de Sócraics, plaráo c Arjltótclcs, não l'ortun câpazes de usar as categorias de pensamento âprcndidas pârâ interprciâr a nova siruação e, não podcndo modil'icá la, pclo nrenos conservar dcntrô Llelâ a consciência do que se sabia ânicri(rnientc? Essa é a perguntâ que laço. c náo encontro respostâ O lãto é que elcs náo conscguirilm laz.r isio. O iàio é que a sirüâç.ro pass,Ju por cina dâs inteligênciasi as iDicligôncias l'orânr atropcla.l:rs pela siilraçâo c, qüaudo rccomeçêm a |ilosolãrt clas o lãzcm de urna torna passiv.r em rêlaçio à situâção. Elas riem mesmo percebem que sua filosofia ou prcicnsâ iilosofia é apenas um eco passivo ale caicgo rias iirpostas pelá mudânçâ sociâ]. Estâ é uma pergunta terrilicanic, IAluno:ruas isso rAo i rona Lansla te, aliás _ ?) O pr;meiro caso, que é o da tilosofia clássicê, do individuo que se anlecipa e sobe âcima da coleiividâclc c sobc ê ponto dc elc tcr uma i|fluência mil e quinhcntos rnos ou dois nrit ânos ürtnris -. ó entáo evi- dcntc: você náo vai poder cxplicar o platol1isnr(] e o ârisrotctismo como o rcsultadodc mudânçâs sociais cm torno, evidcnlcnrcnreque nao ^ssinrcomovocótci,e esle caso. no periodo seguinicvocê teln o iIversoiqucr dizer as duas coisas sáo possíveis. tsasta csse câso parâ você ver qlre niio sc tmta de uma questâo tcó rica. mês dc üma questào hisLórica. Aderir a unrâ jeoria qne cliz que o tí i,(.ii, si,ciêl dctcrmina o pensamento dos indivíduos, ou â outra que diz i, ((nrlrLirio, isso é urrra estupidcz. Nào se iraia de umâ leoria, poque irs i[r.rs coisas iá acontcceram. Se êconicccram. as duas são possíveis. (llxI)(lo vocô iefl unl 1àto. e o laio já dá a resposia do quc você está pro' irrrrlldo. vlrcê nao lem qrc inventar uma teoriâ: sabe que já acontcceu r[ uLll jcilo e já aconteceu do oulro. O quc nós nos petguDtamos con1 ll]Lrçro a esse pcriodo é: Conro loi possível qlre se pâssâssc de uma coisâ l rtrrLra assin láo rapidâmentc? l|lüno: A peryunía iflerca não é mttis ÍáciL de rcspcndet? Como loi t)assírc|o pensafienta e o espítito llttfiana Lhegarcn...?) Claro. essa perguntâ iârnbém vale, mas nósjáaiizemos. E, de algum rr)do. se não a rcspondemos intcgralnente, pelo mcnos indicamos rlgumas linhas que vamos também explorar mâis tarde. Ao longo da llisiória, veremos rnuitos casos de irteligências individuais que se so hrcpóeln cle ral modo ao n1eio ambicnte que o meio âmbicnte náo pode conrpreendcr nada do que eles csiâo dizendo. Quando venos um Leibniz, no séculoXVIII, enunciando o indeier' rrinislno, as Leoriâs lingüísticas qüe vieram depois. até alinguagen dos computadores, é evidenre que o scu meio social náo entendia nadâ do q c c1c esiavâ faLândo. Quândo a gente vêi por cxemplo. o que Voltaire cscrevesobre Leibniz, quando a genre lê a história do Doutor Pangloss,+ o lilósofo do oiimismo, que seria um personagem cômico bâ§eado em l,eibniz, a gente vê queVoliairc não erlendja nada dc Leibniz eVoltairc nào erâ nadâburrol Elc iinha unra visão totalmente esiereotipâda e ca- ricâtuÍal, ê csiava inlinitâ ente abaixo da in teligência daquele homem. llle riâ daquilo que náo comprccndia Hoje, a gentc ri é d€ Vohâire. Vendo o quc Voltâire escrevcu sobre Leibnjz, a gcnte diz: "Esse eÍa üm coitado de Lrm joÍnâlista metido a discutir com um suieiio que cra um verdadeim Arisiótelcs'. Continüamos lendo Voltaire por divertimerlo e por uma,\,'"'ffi 17 Pois ó. o que acontece nessc periodo ó exalarncnre isio. é uma silua, ção, umâ rnudança social que cria c{rltas situaçoes. e cstas determinam as caiegoriâs dc pensanento. Háumâ passjvidadc da mentc individual, e isto é a coisâ espanlosa nesse periodo, porque nós nos perglrntêIl1os assim: OIha, se mudou a situaqâo, sc houÍc uflâ série cle modificaçÕes ai. o quelhe impcde de reflcrir critica mcn rc sobrc o que estáacontecen- do à luz do que vocô já aprendeli anres? por que esses novos filósofírs, tcndo o legado de Sócraics, plaráo c Arjltótclcs, não l'ortun câpazes de usar as categorias de pensamento âprcndidas pârâ interprciâr a nova siruação e, não podcndo modil'icá la, pclo nrenos conservar dcntrô Llelâ a consciência do que se sabia ânicri(rnientc? Essa é a perguntâ que laço. c náo encontro respostâ O lãto é que elcs náo conscguirilm laz.r isio. O iàio é que a sirüâç.ro pass,Ju por cina dâs inteligênciasi as iDicligôncias l'orânr atropcla.l:rs pela siilraçâo c, qüaudo rccomeçêm a |ilosolãrt clas o lãzcm de urna torna passiv.r em rêlaçio à situâção. Elas riem mesmo percebem que sua filosofia ou prcicnsâ iilosofia é apenas um eco passivo ale caicgo rias iirpostas pelá mudânçâ sociâ]. Estâ é uma pergunta terrilicanic, IAluno:ruas isso rAo i rona Lansla te, aliás _ ?) O pr;meiro caso, que é o da tilosofia clássicê, do individuo que se anlecipa e sobe âcima da coleiividâclc c sobc ê ponto dc elc tcr uma i|fluência mil e quinhcntos rnos ou dois nrit ânos ürtnris -. ó entáo evi- dcntc: você náo vai poder cxplicar o platol1isnr(] e o ârisrotctismo como o rcsultado dc mudânçâs sociais cm torno, evidcnlcnrcnreque nao ^ssinrcomovocótci,e esle caso. no periodo seguinicvocê teln o iIversoiqucr dizer as duas coisas sáo possíveis. tsasta csse câso parâ você ver qlre niio sc tmta de uma questâo tcó rica. mês dc üma questào hisLórica. Aderir a unrâ jeoria qne cliz que o tí i,(.ii, si,ciêl dctcrmina o pensamento dos indivíduos, ou â outra que diz i, ((nrlrLirio, isso é urrra estupidcz. Nào se iraia de umâ leoria, poque irs i[r.rs coisas iá acontcceram. Se êconicccram. as duas são possíveis. (llxI)(lo vocô iefl unl 1àto. e o laio já dá a resposia do quc você está pro' irrrrlldo. vlrcê nao lem qrc inventar uma teoriâ: sabe que já acontcceu r[ uLll jcilo e já aconteceu do oulro. O quc nós nos petguDtamos con1 ll]Lrçro a esse pcriodo é: Conro loi possível qlre se pâssâssc de uma coisâ l rtrrLra assin láo rapidâmentc? l|lüno: A peryunía iflerca não é mttis ÍáciL de rcspcndet? Como loi t)assírc|o pensafienta e o espítito llttfiana Lhegarcn...?) Claro. essa perguntâ iârnbém vale, mas nósjáaiizemos. E, de algum rr)do. se não a rcspondemos intcgralnente, pelo mcnos indicamos rlgumas linhas que vamos também explorar mâis tarde. Ao longo da llisiória, veremos rnuitos casos de irteligências individuais que se so hrcpóeln cle ral modo ao n1eio ambicnte que o meio âmbicnte náo pode conrpreendcr nada do que eles csiâo dizendo. Quando venos um Leibniz, no séculoXVIII, enunciando o indeier' rrinislno, as Leoriâs lingüísticas qüe vieram depois. até alinguagen dos computadores, é evidenre que o scu meio social náo entendia nadâ do q c c1c esiavâ faLândo. Quândo a gente vêi por cxemplo. o que Voltaire cscrevesobre Leibniz, quando a genre lê a história do Doutor Pangloss,+ o lilósofo do oiimismo, que seria um personagem cômico bâ§eado em l,eibniz, a gente vê queVoliairc não erlendja nada dc Leibniz eVoltairc nào erâ nadâburrol Elc iinha unra visão totalmente esiereotipâda e ca- ricâtuÍal, ê csiava inlinitâ ente abaixo da in teligência daquele homem. llle riâ daquilo que náo comprccndia Hoje, a gentc ri é d€ Vohâire. Vendo o quc Voltâire escrevcu sobre Leibnjz, a gcnte diz: "Esse eÍa üm coitado de Lrm joÍnâlista metido a discutir com um suieiio que cra um verdadeim Arisiótelcs'. Continüamos lendo Voltaire por divertimerlo e por uma,\,'"'ffi 17 núbrmaçáo hisiórica. e só, n1as Lcibniz ien uúlidadc cicDiílica aindu hoje e vâi conlinnar tcnl:lo por nruito ternpo. Nâo se vai poder clplicâr üü eleito tão grandc â pâdlr de causas iáo pcqucrâs. Houve ali unl outroclenrento  inieligênciado individuo siÍnplesnente lura o i|vóhcro sociâl e cnncrga nuiio adiante. Quan.lo cnxcrya nrulto àdianic, elc às veTes lcm rlnra influôncia histórica du- radoura, mâs, às vezes, justamcntc por ter enxergado ião âci )a, su.t inflLrência demora â apârecer Primcilo tcr]l qüe esgotar êquele rcpcrtóri.) social enr lorno pâra. rnuito nrâis urde. as pessoas descobrircm aquilo e entcndcrcnr do que Lr sujcito cstâvâ làlando. pois às vczcs a dis(:us sao em krrno cstá iáo polar-izada cln ccrtos iênras. e o que o filósofo está fâlando é tao esiranho àquik), que fio há urna li|guâgem pública cêpâz dc ahsorvê lo. Por exenpl.,. lctltranros (lc lalar dc Vdtaire. Veja. Voltaire é o grande divulgoclor do urccâricisrrrí) de Newto|. quc ramLrór! ninguém podia cntcndcr tuIas Volla;re escrcvc um \i\fi', Eletne tos da ÍilosaÍía de Nealo .: ,tLte cobca aqrilo à disposiçâo de unr público n,to especiâlizaclo, c gradâlivalncnte aquilovai entrando na moda. NIas isso já loi dep0is de Nc$'ton. Existc scmpre o probleDra da cornpactaçAo da linguâgcm As.lesco berks filosóficas iôm que aos poucos scr descornpâcttdas parâ cnirar nurnâ linguâgen quc seiâ à da convcrsaçào culra correrre. Isso podc dernorar uur pouco, e às vezcs dc[rom séclrlos. Lcibniz pcfinaneceu incunprcendido dlIÍ:rnte ttxlo o sécuk) XIX, p{)rque âs cârcgoriâs de pensitnento eranr muiio estr.rnhas. tjÍâlnnr lr).los nru 1o cnrb<rlacbs na idóia do necaticisnn) c âiLi cnlusirsnrir.los (orr a posslbilidàde dc estender o mccanicisrno às ciônciâs bnn(tgicâs c mcsmo às ciôncias soci.lis e politicas. Elcs ainda estavalnlãzcndo lsto e l,eibniz iá estava com o negócio do indcrcrmilrisnro lênr que cspcrar cles acahrarem, frin,( ru prcci.d cl. .,lrerr.. r rrú lrrra -ô J, \... n(!.,r:r i.Ir,, prl" cri.i^ percunrareljlr.Tjg!1{q1ljgsj:!1que o suie o rá ârrás iá i tr NI ^ d. \t, nmr.Ir.,.nrrs th li\)eÍia tu Ncara Canrpn'as. Lrniump. r 996IE r,, r:r r(stx,r)(lido lsso rcon{ece muitas vezes. e é noflnalque aconi€çâ r.rrr llr(' iLo tirio (lLrd cíarnos investigando aqui, cssc pcríodo histórico é ,, ,ri ,, ilri)rllâ1. porqnc o esqueclmellto é nruito rápido. ^ful.o: tlá algunla rclatão et1ü'e aqüeLe pc|íado e o petíada q c a ,tllt» tl)ttctúa, nos tiltinas dLzentos a os, que houúe Lm declitia lli. nras acontece quc. quando a genle lâla de üm dcclÍnio da l'i ,)s,,llà rno.lcrlra. cssc clcclinio ocorÍe enr ccrios setores. Ille aconrecc I rl(l.lia do rnundo acadêmico, mas há pessoas que estáo ohservando .riLlcrmcnte. est,Lo enlendendo c cstào nrantendo o iio da ncadê em rr rL(áo âo período poÍcriot e tentando emcndá-lo conl o seguinie Ncss! qlle estamos estudrndo náo acontcce nada disslr Oü seja, cssâ hislória quc cstuu conlando, o cidadào que vivesse naquclc pcrÍodo r)11, scria capaz de contáJa, pLrrque ele não perccbcu que lui isso que ,r((nrteceu Mudou a situâçâo social e. i[stantâneamenie, os iidivíduos ( (nleçâor a raciochar em calegorias adaptadâs à novit siiuaçáo c ncnr sr lcnrbrâm dc exa jná lâ à luz do conhccimenio iá obiido. Se você pegar os elemenlos dâ filosofia poliiica de Platáo c ^iisióleles, clcs sào mâi! do qre suficientes pâra explicar iudo o (tuc aconteceu. locios esses conceitos que eslou usan.lo aqui sào os ro rceilos das iilosofias de Piatrlo e AÍlsiólelcs, porianto, âlguém que vrvesse nêssc pcriodo poderia eniendê-los. Mas você nao vê nenhum \iraldisso dcntro d.r própriâ Acâdemiâ plâtônicâ, houve!m vcrdadciro rpagáo O negóci.r ioi monurncntal. unrâ câláírofe iniclcctual de Pro t)(,cÕes incâlculávcis |Alrno' L, í etplictiteis.l Não erplicá\,cis, porque eslranhâmos isso hoie e talvez esle seiâ i) rcnra principal da Hisiória da Iilosofia, que é o dà continuidadc ou l9 núbrmaçáo hisiórica. e só, n1as Lcibniz ien uúlidadc cicDiílica aindu hoje e vâi conlinnar tcnl:lo por nruito ternpo. Nâo se vai poder clplicâr üü eleito tão grandc â pâdlr de causas iáo pcqucrâs. Houve ali unl outroclenrento  inieligênciado individuo siÍnplesnente lura o i|vóhcro sociâl e cnncrga nuiio adiante. Quan.lo cnxcrya nrulto àdianic, elc às veTes lcm rlnra influôncia histórica du- radoura, mâs, às vezes, justamcntc por ter enxergado ião âci )a, su.t inflLrência demora â apârecer Primcilo tcr]l qüe esgotar êquele rcpcrtóri.) social enr lorno pâra. rnuito nrâis urde. as pessoas descobrircm aquilo e entcndcrcnr do que Lr sujcito cstâvâ làlando. pois às vczcs a dis(:us sao em krrno cstá iáo polar-izada cln ccrtos iênras. e o que o filósofo está fâlando é tao esiranho àquik), que fio há urna li|guâgem pública cêpâz dc ahsorvê lo. Por exenpl.,. lctltranros (lc lalar dc Vdtaire. Veja. Voltaire é o grande divulgoclor do urccâricisrrrí) de Newto|. quc ramLrór! ninguém podia cntcndcr tuIas Volla;re escrcvc um \i\fi', Eletne tos da ÍilosaÍía de Nealo .: ,tLte cobca aqrilo à disposiçâo de unr público n,to especiâlizaclo, c gradâlivalncnte aquilovai entrando na moda. NIas isso já loi dep0is de Nc$'ton. Existc scmpre o probleDra da cornpactaçAo da linguâgcm As.lesco berks filosóficas iôm que aos poucos scr descornpâcttdas parâ cnirar nurnâ linguâgen quc seiâ à da convcrsaçào culra correrre. Isso podc dernorar uur pouco, e às vezcs dc[rom séclrlos. Lcibniz pcfinaneceu incunprcendido dlIÍ:rnte ttxlo o sécuk) XIX, p{)rque âs cârcgoriâs de pensitnento eranr muiio estr.rnhas. tjÍâlnnr lr).los nru 1o cnrb<rlacbs na idóia do necaticisnn) c âiLi cnlusirsnrir.los (orr a posslbilidàde dc estender o mccanicisrno às ciônciâs bnn(tgicâs c mcsmo às ciôncias soci.lis e politicas. Elcs ainda estavaln lãzcndo lsto e l,eibniz iá estava com o negócio do indcrcrmilrisnro lênr que cspcrar cles acahrarem, frin,( ru prcci.d cl. .,lrerr.. r rrú lrrra -ô J, \... n(!.,r:r i.Ir,, prl" cri.i^ percunrareljlr.Tjg!1{q1ljgsj:!1que o suie o rá ârrás iá i tr NI ^ d. \t, nmr.Ir.,.nrrs th li\)eÍia tu Ncara Canrpn'as. Lrniump. r 996IE r,, r:r r(stx,r)(lido lsso rcon{ece muitas vezes. e é noflnalque aconi€çâ r.rrr llr(' iLo tirio (lLrd cíarnos investigando aqui, cssc pcríodo histórico é ,, ,ri ,, ilri)rllâ1. porqnc o esqueclmellto é nruito rápido. ^ful.o: tlá algunla rclatão et1ü'e aqüeLe pc|íado e o petíada q c a ,tllt» tl)ttctúa, nos tiltinas dLzentos a os, que houúe Lm declitia lli. nras acontece quc. quando a genle lâla de üm dcclÍnio da l'i ,)s,,llà rno.lcrlra. cssc clcclinio ocorÍe enr ccrios setores. Ille aconrecc I rl(l.lia do rnundo acadêmico, mas há pessoas que estáo ohservando .riLlcrmcnte. est,Lo enlendendo c cstào nrantendo o iio da ncadê em rr rL(áo âo período poÍcriot e tentando emcndá-lo conl o seguinie Ncss! qlle estamos estudrndo náo acontcce nada disslr Oü seja, cssâ hislória quc cstuu conlando, o cidadào que vivesse naquclc pcrÍodo r)11, scria capaz de contáJa, pLrrque ele não perccbcu que lui isso que ,r((nrteceu Mudou a situâçâo social e. i[stantâneamenie, os iidivíduos ( (nleçâor a raciochar em calegorias adaptadâs à novit siiuaçáo c ncnr sr lcnrbrâm dc exa jná lâ à luz do conhccimenio iá obiido. Se você pegar os elemenlos dâ filosofia poliiica de Platáo c ^iisióleles, clcs sào mâi! do qre suficientes pâra explicar iudo o (tuc aconteceu. locios esses conceitos que eslou usan.lo aqui sào os ro rceilos das iilosofias de Piatrlo e AÍlsiólelcs, porianto, âlguém que vrvesse nêssc pcriodo poderia eniendê-los. Mas você nao vê nenhum \iraldisso dcntro d.r própriâ Acâdemiâ plâtônicâ, houve!m vcrdadciro rpagáo O negóci.r ioi monurncntal. unrâ câláírofe iniclcctual de Pro t)(,cÕes incâlculávcis |Alrno' L, í etplictiteis.l Não erplicá\,cis, porque eslranhâmos isso hoie e talvez esle seiâ i) rcnra principal da Hisiória da Iilosofia, que é o dà continuidadc ou l9 da descontinujdade. Você só pode lâlar em progrcsso do corhecinenlo quando exisle uma aclrmulaçâo, quando ern cima dâquilo quc foi con- quistâdo você pode conquislar novos conhecimentos; ou seja, âquilo quc t'oi adquirido se iorna premissa daquilo que é descoberlo depois. Dizemos que uma ciência progride Por quê? Porqüe as descober- tas da gemçáo anterior sáo prcmissas para as descobeÍas seguintes. Sc você descobre uúr no\]o lato, esse novo faio se lorna a prmissarnenor de um silogismo cuja prcmissa rnaior são os conhecimentos adqlriddos anieriormente. É assim que a coisa vai andando, pois sevocê descobre um fato novo, rnas não tem prcmissas com às quais ârticulá-lo, vocênão tirâ conclusão nenhuma, dâí a coisa náo lbl nem paÍa lrenle nem para lrás. As ciênciâs só existen porque â progressão icnporal vâi sendo gradativamenie n1ontadâ sob a lorma de uma progressáo lógica. Se o que vem ântes é premissa do quevem depois, existe nâo apenâs a relâçâo temporal, rnas un1â a.riiculaçáo 1ógica. Claro que essââftjculâção lógica náo se produz por si, que é cada novo pesq isador que, tendo descoberto alguma cojsa nova. ien que aniculàr aquilo togicamente com a anterior Se ele náo conseguirarticular, das duas uma: ou o lâto que ele descobriu é fâlso e aquilo náo acontece, ou €ntáo a ieoria anterior csiavâ errada, daí ele tem que montâr de outro jeito. Mas seja num câso, sejâ no outÍo, ou mesrro no câlo de ele conseguirlazer a articulaçao, o fato é quc o progresso da ciência náo é nadâ mais do que a transposiçáo de uma progressâo temporal para uma progressâo lógica, quc é o cdilÍcio teóÍico dessas ciências tal como é rcpassâdo à geraçáo seguinte. Estamos tãoâcostumados conr essa idéiâqüejá nen nos lembramos mais de que issotem de ser assim. Achamos que ciêrcia broia cm áNore. Hoje em dia, temos tanto conhecinento acumulado, registrado, que náo lembramos como é que isso loi apârecendo, e em gerâl ráo temos consciôncia de como isso se produz ao iongodo iempo. No Seminário de Filoso6a temos cstudâdo um pouco aquele texio de Edmundo Husserl 2A Í)irrc a origern da geornciria, texto que de lato dá o critédo para res' ponder a essas quesiôes que estamos colocando. Para quesurja umâciência é necessário: primeiro. que algunsindivi duos tenharn alÊ'um contalo com algum tipo de objeto l1a sua cxperiência rcal: seguncto, ráo bâsta que eles tenhafl tido csses contâlos. é preciso que esses objeios sc tomem como imâgens ou sinais relatjvamentc cs_ ràbilizados nâconsciênciâ, â ponto de cles poderen lalarrlcssas coisas Isso tlrdo ânies de apareccr a ciência. Por exemplo. quando.tparece a geometria. antes dc aparecer o primeim g€ôm€tra é preciso que alguérn tcnha percebido que existem quadrados, triángulos. elc. sem sâbcrnada degeomctriê. M.Ls ele pÍecisâ podcr identlficar essas fornras de rnâneirâ csiâbilizada e poder 1ãlar delas. E você acha quc o hom""m nasce sâbendo isso? Não, isso dá um trabalho miscrávell Ou seja, !In suicito. uma geraçáo percebcu; percebetr rnas nâo criou os remros para aquilo. Então aquilo sc perde. e â geraçáo sc!]rinie teü que pcrceber de novo. Aos poucos, sediz: "Foi esiabilizâclo ra linguagem. tcmos o nome para essa coisa, entáo podemos comcqar a l lar dcla" Érnuito ienrpo.lcpois de se poder idlârdcla quc surge aidéja dc estudá lacientificamenie. Mas iudo isso d epcndc de regishos qlre per- nitam a cada gcraçáo o retorno às mesmâs cxperiências jnielêctivas que pelnliiiram o sursimenio da primeim investigâ(áo Se vocô nâo é capaz dc tcr as mesnlas inilriçôes que Eüclicles teve qLrando estava conpondo ns Eleúentas rle geamettid. você náo poderia entcndernada dâ geometria de t]uclides. É que ela eíá montada numa orden lógica que lhe pcrmite cstudarcâda teoremâparavocé esmointuiras relaçócs queeleestáque' |cndo lhe nr(xirar. Nlasvamos suporque, no mciodasligtlras d.rnalurezâ, (là inlinidâde de n»m s da nâtureza, vocô náo tivesse ainda eíabilizado .ssâ idóia do quadrêclo, ln)Í e{ernplo. Dá unl habalho rniserávcl chegar rié aí, não é? O qüadrado. o triângulo, o cículo... Bom. circulo é quâse i possível. porquc você vé o Sol e a Lua c mais ou eros percebc. da descontinujdade. Você só pode lâlar em progrcsso do corhecinenlo quando exisle uma aclrmulaçâo, quando ern cima dâquilo quc foi con- quistâdo você pode conquislar novos conhecimentos; ou seja, âquilo quc t'oi adquirido se iorna premissa daquilo que é descoberlo depois. Dizemos que uma ciência progride Por quê? Porqüe as descober- tas da gemçáo anterior sáo prcmissas para as descobeÍas seguintes. Sc você descobre uúr no\]o lato, esse novo faio se lorna a prmissarnenor de um silogismo cuja prcmissa rnaior são os conhecimentos adqlriddos anieriormente. É assim que a coisa vai andando, pois sevocê descobre um fato novo, rnas não tem prcmissas com às quais ârticulá-lo, vocênão tirâ conclusão nenhuma, dâí a coisa náo lbl nem paÍa lrenle nem para lrás. As ciênciâs só existen porque â progressão icnporal vâi sendo gradativamenie n1ontadâ sob a lorma de uma progressáo lógica. Se o que vem ântes é premissa do quevem depois, existe nâo apenâs a relâçâo temporal, rnas un1â a.riiculaçáo 1ógica. Claro que essââftjculâção lógica náo se produz por si, que é cada novo pesq isador que, tendo descoberto alguma cojsa nova. ien que aniculàr aquilo togicamente com a anterior Se ele náo conseguirarticular, das duas uma: ou o lâto que ele descobriu é fâlso e aquilo náo acontece, ou €ntáo a ieoria anterior csiavâ errada, daí ele tem que montâr de outro jeito. Mas seja num câso, sejâ no outÍo, ou mesrro no câlo de ele conseguirlazer a articulaçao, o fato é quc o progresso da ciência náo é nadâ mais do que a transposiçáo de uma progressâo temporal para uma progressâo lógica, quc é o cdilÍcio teóÍico dessas ciências tal como é rcpassâdo à geraçáo seguinte. Estamos tãoâcostumados conr essa idéiâqüejá nen nos lembramos mais de que issotem de ser assim. Achamos que ciêrcia broia cm áNore. Hoje em dia, temos tanto conhecinento acumulado, registrado, que náo lembramos como é que isso loi apârecendo, e em gerâl ráo temos consciôncia de como isso se produz ao iongo do iempo. No Seminário de Filoso6a temos cstudâdo um pouco aquele texio de Edmundo Husserl 2A Í)irrc a origern da geornciria, texto que de lato dá o critédo para res' ponder a essas quesiôes que estamos colocando. Para quesurja umâciência é necessário: primeiro. que algunsindivi duos tenharn alÊ'um contalo com algum tipo de objeto l1a sua cxperiência rcal: seguncto, ráo bâsta que eles tenhafl tido csses contâlos. é preciso que esses objeios sc tomem como imâgens ou sinais relatjvamentc cs_ ràbilizados nâconsciênciâ, â ponto de cles poderen lalarrlcssas coisas Isso tlrdo ânies de apareccr a ciência. Por exemplo. quando.tparece a geometria. antes dc aparecer o primeim g€ôm€tra é preciso que alguérn tcnha percebido que existem quadrados, triángulos. elc. sem sâbcrnada degeomctriê. M.Ls ele pÍecisâ podcr identlficar essas fornras de rnâneirâ csiâbilizada e poder 1ãlar delas. E você acha quc o hom""m nasce sâbendo isso? Não, isso dá um trabalho miscrávell Ou seja, !In suicito. uma geraçáo percebcu; percebetr rnas nâo criou os remros para aquilo. Então aquilo sc perde. e â geraçáo sc!]rinie teü que pcrceber de novo. Aos poucos, sediz: "Foi esiabilizâclo ra linguagem. tcmos o nome para essa coisa, entáo podemos comcqar a l lar dcla" Érnuito ienrpo.lcpois de se poder idlârdcla quc surge aidéja dc estudá lacientificamenie. Mas iudo isso d epcndc de regishos qlre per- nitam a cada gcraçáo o retorno às mesmâs cxperiências jnielêctivas que pelnliiiram o sursimenio da primeim investigâ(áo Se vocô nâo é capaz dc tcr as mesnlas inilriçôes que Eüclicles teve qLrando estava conpondo ns Eleúentas rle geamettid. você náo poderia entcndernada dâ geometria de t]uclides. É que ela eíá montada numa orden lógica que lhe pcrmite cstudarcâda teoremâparavocé esmointuiras relaçócs queeleestáque' |cndo lhe nr(xirar. Nlasvamos suporque, no mciodasligtlras d.rnalurezâ, (là inlinidâde de n»m s da nâtureza, vocô náo tivesse ainda eíabilizado .ssâ idóia do quadrêclo, ln)Í e{ernplo. Dá unl habalho rniserávcl chegar rié aí, não é? O qüadrado. o triângulo, o cículo... Bom. circulo é quâse i possível. porquc você vé o Sol e a Lua c mais ou eros percebc. l{llrt-to: E o canbúrio. é o quadrcdo que a &enle nao percebe a É quadrado que não sc pcrcebe. o quadÍado dá muito mais trâbalhoL Or percebendo pelânatureza. ou criando aqLlela ligura. n]esmocriando nào quer dizcr que você delr unr Dome que lhe pernita ialâr daquilo e r,,uu r.r ',Ju f nr,.i.^r(, p n ci"u -.,r. c\p. ric.cia. intelecdvas, ler esse conlato com os obi€tosi é prcciso que isso esteiê docurnentado nâ linguageü de nodo a pe nitir conircrsar â respeil{:,. Aos poucos. reparando nâquilo lnesmo que você lalou. você 1ãz um exânre rellexivo e daÍ vai sLrgindo a possibilidade Llesse conhccincnto orgarizado. AL, longo do dcscnvolvirnento da ciênci . cssc processo coniinua. Aqullo tem qlre vlmr linguagem, tcr]l quc poder scr "lalávcl"i os mesnús obictos têir que poderser ]l1ostrados clc novo a cada gc raçáo. e cada um vai ier que lazer dc novo as rresmils e\periências cogritivas dc basc. lsso se torna l:lcil quando vocô rcnr um cnsinamento o4ânizado. E se não tem? Se nao tern, enr.io é muiro tãcii âconiecer isso que estaNos narrandoâqui. querdiz€r'. em âpenasuma ger.Lçâotudo se perde, c iunto col|r o vocêbulário somcnl as coisas também fr rcr.l.rn<,ror.ol, nlud" rr rlrrr;Ja.rr t., \r.,.5a(urreci m€ntos dcssc iipo llstou com 55 anos. portanto, vi aparc.crcm depois de nim pelo mcnos duàs gcraçí]es Pude nolât nâ passâgen de uma para oulra. às vezes unl cortc nurca no sellliclo de unr arnpljrtçào, nunca. os dois que eu vi lbr.rm fo sentido dc pc].la. Islo irão é unra ieoria bistóricâ Tinha o làmoso vcrsr) de lr)rgc Ntanl1(1ue "crdílrirrz tieklpo passado lue tneiol -, rnas não é istr) qre eíou diTcndo. Flstou .lizcndo que. do ponio de vista cogniiivo,as urudanÇâs qlrc clr !i iorsnr sentpre para menos. [oÍâÍn sempre dinlinuiçarcs. Um rcpcrtório dc coi- sâs q!e eram sabidas e de repentc rlcsaparccern e são sLrbsliluí(las por clcrncntos cognitivos de unportâr1ciâ muiio mcnor, qxe dáo portânio i,,,s in.livÍdnos urn.r margem de açáo lambém rcstriiâ. lsso eü vi acon- l.r(r já duâs ve7es, e tâlvez estejalros cnirândo numa fasc que vai leÍ . tcrccir-(] esquecimento. Is$ qüer dizer que nós vil.crnos de lato rro meio de Lrnr processo .ntl1ipico, um prcccsso de desgâsie, c, se nato eriiÍe o esforco delibe rLlft) parâ conscrvâr as possibilidades el.ls se perrlcnl. O indivíduo rslá crente que está progrcdindo. mas não cstá. ele esrá é perdendo possibilidêdes Ele poderia lalar de pr)grcsso na medidâ em que existe IclLrnulaçáo, qucr dizet ele conscrvâ o que tirhâ ântes e cria u oütro regócio. Agora, se sempre pcrde o que tinha anres e ganha oulro. não §aiu do lug nâ verdâdc. O prcgresso das ciências se baseia intejrâmentc no reglstro € na conservação, c târnbém na contÍnua aiivklade quc permila decodificar essos rcgistros de lal modo qlre os indivíduos dâ nova gerâção possân1 lilzer as mesmâs cxpe ências cognitivês voltadas para os mesmos ob_ iclos e sabcr, poliânto- qLl. clcs estáo lalando dâs nresmàs coisas que lluclidcs ou Plâtáo talavant. À lacilidâdc con] que isso se perdc âs pes .,.4. r.'u t(n ni.r|rr.rncn.. ( I \ 'ro. po-q ,. n ru \'\ ' r1r I um. \i u, c'r" rrâurnática como estÂ. Agofa, estudúndo Hisiória. você !ê quc cssas sii açócs eriisiem muitâs vezes. e no instante ern qle âconiece isso o .tuc sucede en] conscqüência? Sucedc que as trânsformaçôes dlr nreio politico, ecolrômico e social iÍnnam a .liân leirâ da inteligêncla e Passâm a clelerniná-1â. Nío po.le hâvcrun1â respoÍa tcúicâaissoâqui porquê'? Porque às vezes âconiece de un1 jêiio c às vezes ací]ntecc do ouiro. [Aluno: Nessd q estàa rla sabedotia árabe q e houxe na ldat]e llléd ia (...) ao é alfo potccido com isso'l Ou ao? Porque seten ütnd :e saçtLo cle que na ldarle Média os áÍabes eram os maís sofislicados e desenaal\iílas, pela me os lltais do qLte o kLarle Média eutopéia, e depai: caitl, fido é?l l{llrt-to: E o canbúrio. é o quadrcdo que a &enle nao percebe a É quadrado que não sc pcrcebe. o quadÍado dá muito mais trâbalhoL Or percebendo pelânatureza. ou criando aqLlela ligura. n]esmocriando nào quer dizcr que você delr unr Dome que lhe pernita ialâr daquilo e r,,uu r.r ',Ju f nr,.i.^r(, p n ci"u -.,r. c\p. ric.cia. intelecdvas, ler esse conlato com os obi€tosi é prcciso que isso esteiê docurnentado nâ linguageü de nodo a pe nitir conircrsar â respeil{:,. Aos poucos. reparando nâquilo lnesmo que você lalou. você 1ãz um exânre rellexivo e daÍ vai sLrgindo a possibilidade Llesse conhccincnto orgarizado. AL, longo do dcscnvolvirnento da ciênci . cssc processo coniinua. Aqullo tem qlre vlmr linguagem, tcr]l quc poder scr "lalávcl"i os mesnús obictos têir que poderser ]l1ostrados clc novo a cada gc raçáo. e cada um vai ier que lazer dc novo as rresmils e\periências cogritivas dc basc. lsso se torna l:lcil quando vocô rcnr um cnsinamento o4ânizado. E se não tem? Se nao tern, enr.io é muiro tãcii âconiecer isso que estaNos narrandoâqui. querdiz€r'. em âpenasuma ger.Lçâotudo se perde, c iunto col|r o vocêbulário somcnl as coisas também fr rcr.l.rn<,ror.ol, nlud" rr rlrrr;Ja.rr t., \r.,.5a(urreci m€ntos dcssc iipo llstou com 55 anos. portanto, vi aparc.crcm depois de nim pelo mcnos duàs gcraçí]es Pude nolât nâ passâgen de uma para oulra. às vezes unl cortc nurca no sellliclo de unr arnpljrtçào, nunca. os dois que eu vi lbr.rm fo sentido dc pc].la. Islo irão é unra ieoria bistóricâ Tinha o làmoso vcrsr) de lr)rgc Ntanl1(1ue "crdílrirrz tieklpo passado lue tneiol -, rnas não é istr) qre eíou diTcndo. Flstou .lizcndo que. do ponio de vista cogniiivo, as urudanÇâs qlrc clr !i iorsnr sentpre para menos. [oÍâÍn sempre dinlinuiçarcs. Um rcpcrtório dc coi- sâs q!e eram sabidas e de repentc rlcsaparccern e são sLrbsliluí(las por clcrncntos cognitivos de unportâr1ciâ muiio mcnor, qxe dáo portânio i,,,s in.livÍdnos urn.r margem de açáo lambém rcstriiâ. lsso eü vi acon- l.r(r já duâs ve7es, e tâlvez estejalros cnirândo numa fasc que vai leÍ . tcrccir-(] esquecimento. Is$ qüer dizer que nós vil.crnos de lato rro meio de Lrnr processo .ntl1ipico, um prcccsso de desgâsie, c, se nato eriiÍe o esforco delibe rLlft) parâ conscrvâr as possibilidades el.ls se perrlcnl. O indivíduo rslá crente que está progrcdindo. mas não cstá. ele esrá é perdendo possibilidêdes Ele poderia lalar de pr)grcsso na medidâ em que existe IclLrnulaçáo, qucr dizet ele conscrvâ o que tirhâ ântes e cria u oütro regócio. Agora, se sempre pcrde o que tinha anres e ganha oulro. não §aiu do lug nâ verdâdc. O prcgresso das ciências se baseia intejrâmentc no reglstro € na conservação, c târnbém na contÍnua aiivklade quc permila decodificar essos rcgistros de lal modo qlre os indivíduos dâ nova gerâção possân1 lilzer as mesmâs cxpe ências cognitivês voltadas para os mesmos ob_ iclos e sabcr, poliânto- qLl. clcs estáo lalando dâs nresmàs coisas que lluclidcs ou Plâtáo talavant. À lacilidâdc con] que isso se perdc âs pes .,.4. r.'u t(n ni.r|rr.rncn.. ( I \ 'ro. po-q ,. n ru \'\ ' r1r I um. \i u, c'r" rrâurnática como estÂ. Agofa, estudúndo Hisiória. você !ê quc cssas sii açócs eriisiem muitâs vezes. e no instante ern qle âconiece isso o .tuc sucede en] conscqüência? Sucedc que as trânsformaçôes dlr nreio politico, ecolrômico e social iÍnnam a .liân leirâ da inteligêncla e Passâm a clelerniná-1â. Nío po.le hâvcrun1â respoÍa tcúicâaissoâqui porquê'? Porque às vezes âconiece de un1 jêiio c às vezes ací]ntecc do ouiro. [Aluno: Nessd q estàa rla sabedotia árabe q e houxe na ldat]e llléd ia (...) ao é alfo potccido com isso'l Ou ao? Porque seten ütnd :e saçtLo cle que na ldarle Média os áÍabes eram os maís sofislicados e desenaal\iílas, pela me os lltais do qLte o kLarle Média eutopéia, e depai: caitl, fido é?l Na ycrdade náo caiü, nós é que paranros dc receber noiicias. Se você pegat aHistótia da liloso,4l7 islArTicd,'tlc Hcrlry Corbin. SclTed Ossein Nasr. vai ver qüe o Irâ. sozirl , rem rnais e nrelhorcs filósolbs do qüe â tluropâ inicira. Nós é quc nunca ficônr()s sabcndo f) esquecimcnt(r lá comeÇou agorn. ComeÇor m décâda.lc 19'10 a 1950 Se vocô p€rguntar quais são as leituras dos aiâloiás. você pensa que clcs sabenl algumâ coisa.le filosofiâ islânicà, .las suâs tradiça)es? Náo sabenr na.lal Elcs leran Heideggel Derrida. Jean PaLrl Sâdrc.. Náo estou brincando, isso é sóriol Essas revohrçaes iranianas. Lr rndica- lisnoislâmico queo pessoal a. Lr i charüa de "lirrdamcnialista", náo é rrâda fundânrcntalista, lssôóiudo crir(ao ocidcr)tâl ovice doaiâiolá loxnneini foi o sLrjeito lue iraduzju para 0 iralriâno o livrt, do Franiz Fanon. i-es damnés cle Io Tetel lOs condenados da l'0rial, qrc cra o nlanual dâ rcvoluçáo nlarÍisla no Tcrcciro Munclo lja inflrancjad.tÍcidcggcré .norlnc'. ele lundânrcnia uma espécic dc rcbeliáo contrâ o munrlo lt1oder no baseado no rctorno às raíres ótnicas. o que tâmbólr lundamentou o naris ro. E cles aceitarn isso c misluran corn Sartrc. coln Der (1a. cic . e usanl ulnfl miqrriagcnr islàmica que confLrnde a coisâ mâis aindâ. Aí é uln câso dc ruptura: â Europa pára de reccbcr inÍi»nraÇa)es. Durântc todâ â ldade Médiâ, a pâriir do sécuLo Xl. Xll, eles rênr um irrcnso intercârnbio com o mLrndo islâmico, corrlo varnos cslud<rr adimte. Rep€n1inâmcnie, à coisa mais csPaniosâ ôcorrrccc ê llislriria da Filosofiâ é cheia de cr)isas esparltosas Nlas lu sto quândo corrreçarn as grârlcles nàveglções c sc tein lnei()s.le ir 1á fisiotrmentc. de rcpcntc corianr os contâtos. quancio devcriâ aconleccr o conirárioL S. l'mrás de Aquino. por exemplr, discutiâ co r\verróis. com ^vicena, connr se losscm colegas de lâculdâdcr cle está lá contcntando um lerto dc Lrm suieiio que el€ nunca viu pessoâlL cnic. mas que pâm clLr ó um membríl da niesna conlunidâ.]c. Dc rlrpcntc,