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Arboviroses: Viroses Transmitidas por Artrópodes

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Arboviroses 
 
O que são? 
 Arboviroses: arthropod-born vírus; 
 São viroses transmitidas por artrópodes; 
 Não é uma família viral; 
 Encefalites e febres hemorrágicas; 
 Vírus  vetor  hospedeiro vertebrado  homem 
(ou outro hospedeiro final); 
Famílias das arboviroses: 
 Família Flaviviridae: Vírus da dengue, febre amarela, 
Nilo Ocidental, Zika, Rocio, vírus da encefalite de St. 
Louis Família; 
 Família Bunyaviridae: Vírus Oropouche, La Crosse, 
vírus da encefalite da Califórnia; 
 Família Togaviridae: Vírus Mayaro, Chikungunya, vírus 
de encefalites equinas venezuelana, do leste, e do 
oeste; 
Doenças causadas por arbovírus: 
 Doenças febris (rash); 
 Encefalites; 
 Febres hemorrágicas; 
 Grandes causadores de epidemias; 
Vetores: 
 Mosquitos: 
 Culex e aedes; 
 A ecologia do vetor relaciona-se a ecologia da doença; 
 O vírus multiplica-se no vetor sem causar problemas a 
este; 
Hospedeiros vertebrados: 
 O vírus se mantem neste hospedeiro; 
 Viremia (presença de partículas virais no sangue); 
 Reservatório de longo prazo; 
 Não é afetado gravemente pelo vírus; 
 Migratórios; 
Controle das arboviroses: 
 Vacina (febre amarela); 
 Controle do vetor; 
 Educação pública; 
 Ecologia. 
Ciclos: 
 
Patogênese: 
 A infecção ocorre após a picada (pelo vetor); 
 Ocorre replicação epitelial e/ou macrófagos e 
monócitos; 
 Flu-like (vírus RNA, interferon), os sintomas parecem o 
da gripe, mas não é pois não é causado pelo vírus 
influenza. É um “resfriado”. 
 Viremia; 
 Tropismo secundário; 
 Órgão alvo; 
Recuperação: 
 Imunidade inata – NK e interferon; 
 Imunidade celular e humoral; 
 Anticorpos ajudam o controle da viremia; 
Diagnóstico: 
 Métodos imunoenzimáticos (ELISA) – teste sorológico, 
cuja metodologia se baseia em reações antígeno-
anticorpo detectáveis através de reações enzimáticas; 
 PCR (reação em cadeia da polimerase) - quantificação 
da expressão gênica em determinado tecido ou 
amostra biológica; 
 Laboratórios de referência: IAL, FIOCRUZ, IEC e CDC; 
Família flaviviridae: 
 Gênero Flavivirus; 
 ssRNA +; 
 Envelopado; 
 Vírus da dengue – 4 sorotipos; 
 Vírus da Febre amarela – 1 sorotipo 
 
 
 O genoma codifica uma poliproteína, a qual é clivada 
durante e após a tradução por proteases virais e 
celulares; 
 As proteínas estruturais (C, prM e E, azul) são 
codificadas à esquerda da ORF (aminoterminal); 
 As proteínas não estruturais (NS1, NS2A, NS2B, NS3, 
NS4A, NS4B e NS5, rosa) são codificadas à direita da 
ORF (carboxiterminal). 
 
Dengue: 
Características gerais: 
 Doença febril viral aguda; 
 A maioria dos pacientes se recupera após evolução 
clínica leve e autolimitada; 
 Pequena parte progride para doença grave; 
 A mais importante arbovirose que afeta o ser 
humano; 
 Sério problema de saúde pública no mundo. 
 Possui 4 sorotipos (DENV 1 – 4); 
 DENV: 
- Família Flaviviridae; 
- Gênero Flavivirus; 
- RNA, fita simples; 
- Envelopado; 
- Contém uma open Reading frame (ORF), 
flanqueada por duas regiões não truduzíveis (UTR); 
 Variação gênica entre os sorotipos: 
 Genótipos: 
- DENV 1 e 2: 5 genótipos; 
- DENV 3: 4 genótipos; 
- DENV 4: 2 genótipos; 
 
 Histórico: 
 
Vetor: 
 Mosquito do gênero Aedes; 
- Nas américas: espécie A. aegypti; 
- Na Ásia e Pacífico: espécie A. albopictus; 
 Hábitos do mosquito: 
- Diurno e doméstico; 
- Reprodução em recipientes naturais ou não, água 
limpa ou não, então tem capacidade adaptativa; 
- Ovos resistentes à dessecação (1 ano e 2 meses); 
Sintomas: 
 A infecção pode ser: 
- Assintomática; 
- Febre do dengue; 
- Dengue hemorrágica / choque do dengue; 
Transmissão: 
 
Diagnóstico: 
 
- PCR: bom diagnóstico na febre do dengue (5 dia) e médio 
no período de incubação e na fase crítica); 
- MAC ELISA: bom no pós fase febril, médio na fase crítica 
e pouco detectável na fase de febre do dengue; 
Replicação: 
 
 Envolvida com monócitos, macrófagos, células 
endoteliais e dendríticas; 
Patogênese: 
 Primo-infecção: 
 
 
 Reinfecção: 
 
Replicação viral, dependente do anticorpo: 
 Se a pessoa já tem anticorpo formado, o monócito 
engloba o DENV, ocorrendo aumento da carga viral, 
gerando a doença; 
 
Dengue e imunidade humoral: 
 A imunidade gerada para um sorotipo de DENV é 
protetora contra o sorotipo homólogo; 
 Não é protetora contra infecções por sorotipos 
heterólogos; 
 Presença de anticorpos não neutralizantes 
opsonizantes é deletéria. 
 Vacina: ela precisa ser tetravalente para ser 
completamente segura contra a dengue hemorrágica; 
OBS: vacina da Sanofi-Pasteur: vírus vacinal da febre amarela 
quimérico (pedaço de mais de um vírus), expressando 
glicoproteínas do envelope de dengue NS1; 
Febre amarela: 
Características gerais: 
 Doença febril aguda; 
 Curta duração (no Máximo 12 dias); 
 Gravidade variável; 
 Apresenta-se como infecções subclínicas e/ou leves, 
até formas graves, fatais; 
 Formas graves com complicação hepática e renal. 
 Família: Flaviviridae; 
 Gênero: Flavivirus; 
 Envelopado; 
 RNAss+; 
 Vetor artrópode – Haemagogus; 
 janthinomis e Aedes aegypti; 
 Silvestre - macacos; 
 Urbano – homem; 
Ciclos epidemiológicos: 
 2 ciclos epidemiológicos da febre amarela: 
 Febre amarela urbana (A. aegypti); 
 Febre amarela silvestre (Aedes, Haemagogus e 
Sabethes); 
 
Replicação viral: 
 
Patogênese: 
 
Quadro clínico: 
 Febre alta, mal estar, dor de cabeça, dor muscular, 
cansaço e calafrios; 
 Náuseas, vômitos e diarreia; 
 Após três ou quatro dias, a maioria dos doentes 
(85%) recupera-se completamente e fica 
permanentemente imunizado contra a doença. 
Complicações: 
 Período toxêmico (fenômenos hemorrágicos): 
 15% dos doentes infectados apresentam sintomas 
graves, que podem levar à morte em 50% dos 
casos. 
 Febre, dores abdominais, diarréia e vômitos; 
 Manifestações hemorrágicas (equimoses, 
sangramentos no nariz e gengivas); 
 Complicações hepática (icterícia) e renal (anúria); 
 As pessoas que sobrevivem recuperam-se 
totalmente. 
 
 
Curso clínico: 
 
Vacina febre amarela 17DD: 
 Vírus atenuado produzidos em ovos embrionado; 
 Monovalente; 
 A partir de 09 meses; 
 Dose única; 
 CUIDADO - VER CONTRA INDICAÇÕES 
- VIAJANTES: Administrar a vacina 10 dias antes da viagem; 
- Doação de sangue: pode ser realizada 30 dias após 
vacinação; 
Zika: 
 Família Flaviviridae; 
 Vírus RNA linear; 
 Envelopados; 
 Polaridade positiva; 
 Doença febril aguda, autolimitada; 
 Com duração de três a sete dias; 
 Geralmente sem complicações graves; 
 Porém há registro de mortes e manifestações 
neurológicas, além de causar a microcefalia (Fonte: 
Ministério da Saúde, 2018); 
 
 
 
Histórico: 
 
Transmissão: 
 Vetorial (Aedes); 
 Transmissão vertical (mãe-filho) - vírus no líquido 
amniótico; 
 Sexual (vírus no sêmen); 
 Transfusão sanguínea (viremia?); 
 
Tropismo: citotrofoblasto e células Hofbauer (macrófagos da 
placenta); 
 
Patogênese: 
 Flavivírus; 
 Replicação nas células dendríticas e citoplasma dos 
fibroblastos e queratinócitos da epiderme e derme; 
 Dispersão para os linfonodos e a corrente sanguínea; 
 O vírus tem tropismo pelo sistema nervoso central. 
 
 
 
 Infecção congênita pelo vírus Zika – especialmente no 
primeiro trimestre de gestação pode resultar em 
alterações cerebrais graves no recém-nascido, dentre 
as quais se destaca a microcefalia. 
 Infecção pelo Zika prejudica a interação entre os 
neurônios e as células da glia, considerada essencial 
para o desenvolvimento do córtex cerebral. 
Quadro clínico: 
 Infecção não fetal pelo Zika vírus; 
 Duração de 4 a 7 dias; 
 Exantema maculopapular de início precoce. Febre (65- 
72%; com duração média de 2,9 dias; 
 Hiperemia ocular não purulenta Artralgia ou artrite 
 Edema de extremidades,mialgia, astenia e dor de 
cabeça; 
 Estima-se que 80% dos pacientes infectados sejam 
assintomáticos. 
 Em relação aos recém-nascidos, serão notificados e 
investigados como microcefalia: 
 Recém-nascidos à termo do sexo feminino que 
apresentarem perímetro cefálico (PC) menor ou igual 
à 31,5 cm; 
 Recém-nascidos à termo do sexo masculino que 
apresentarem perímetro cefálico (PC) menor ou igual 
à 31,9 cm. 
 
 
Chikungunya (CHIKV): 
Características gerais: 
 Chikungunya - doença febril; 
 A característica clínica mais importante e debilitante é 
a artralgia. 
 Família: Togaviridae; 
 Gênero: Alphavirus; 
 Vírus envelopado; 
 RNAss de fita simples +; 
 4 proteínas não estruturais e 5 proteínas estruturais 
 Importante alfavírus brasileiro que causa febre com 
poliartrite 
 
 Infecção: Através da picada de fêmeas dos mosquitos 
Aedes aegypti e Aedes albopictus infectadas pelo 
CHIKV; 
 Período de incubação: 2 a 10 dias após a picada. 
 Pessoa infectada: dois dias antes dos sintomas, até 5-
8° dia; 
Patogênese: 
•Tropismo pelos fibroblastos, células endoteliais e 
macrófagos. 
 
 
Fases da chikungunya: 
Fase aguda ou febril: 
 Febre de início súbito; 
 Surgimento de intensa poliartralgia (90% dos casos); 
 Debilitante - Bilateral – simétrica 
 Punhos, mãos e pés; 
 Edema 
 Rash cutâneo - exantema (presente em mais de 50% 
dos casos). 
 Outros sintomas – cefaléia, conjuntivite, fadiga, mialgia, 
náusea e vômito. 
 Com duração média de sete dias. 
 
Fase subaguda: 
 Desaparecimento da febre; 
 Persistência da artralgia (poliartrite); 
 Múltiplas articulações; 
 Tenossinovite (síndrome do túnel do carpo); 
 Edema persistente; 
 Lesões cutâneas (bolhas e vesículas); 
 Púrpuras; 
 Prurido; 
 Exantema mãos e pés; 
 
 
Fase crônica: 
 Artropátias crônico-degenerativas: musculoesquelética 
e neuropática 
 Duração: três a seis anos 
 Fase crônica - mais da metade dos pacientes. 
 Fatores de risco para a cronificação são: 
 Idade acima de 45 anos, 
 Significativamente maior no sexo feminino, 
 Desordem articular preexistente e maior 
intensidade das lesões articulares na fase aguda. 
 
 
Comparação das arboviroses: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Gabriela Domingues Werner