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1 Gestão do Fluxo de Caixa e Tesouraria Aula 5 Prof.a Kessyane Novaes Horbucz 2 Conversa inicial Olá, querido aluno, no decorrer de nossas aulas, estudamos toda a estruturação do fluxo de caixa, bem como o papel da tesouraria dentro de uma empresa. Nesta etapa, far-se-á uma explanação acerca do papel fundamental do tesoureiro e da postura ética que deverá ser adotada por ele, não deixando de fazer apontamentos a respeito da visão analítica necessária na tomada das decisões estratégicas de investimento e de financiamento de capital. Bons estudos! Contextualizando A partir da designação de um colaborador para exercer as funções relacionadas à tesouraria, a responsabilidade dele aumenta, não se limitando tão somente a contar dinheiro da empresa e a efetuar os pagamentos. Cabe ao tesoureiro desenvolver mecanismos de controle rígido do fluxo de caixa, observando todo e qualquer desvio padrão que possa afetar a “saúde” financeira de sua empresa, agindo com ética e transparência no desenvolvimento de seu trabalho. Além disso, o tesoureiro necessita se atualizar constantemente sobre os movimentos do mercado financeiro e suas tendências, pois só assim conseguirá avaliar os riscos, para que, dessa forma, tome decisões mais seguras relacionadas aos recursos financeiros da organização. O mercado financeiro é um ambiente composto de outros segmentos de mercados, como: o monetário, o de crédito, o cambial e o de capitais, e todos eles estão, de alguma forma, presentes no dia a dia, tanto como empresas quanto como pessoas físicas. O “dinheiro” faz parte do mercado monetário; as ações integram o mercado de capitais; o dólar circunda o mercado cambial; e os financiamentos e empréstimos contemplam o mercado de crédito, cujos portfólios, se bem avaliados, podem alavancar ótimas opções de investimento ou de financiamento. 3 As decisões de investimento ou de financiamento fazem parte da rotina de toda empresa, pois, a todo momento, a sua estrutura de capital é alterada de acordo com essas decisões. E, para embasá-las, cabe ao gestor analisar corretamente a evolução das contas do fluxo de caixa. Pesquise Como o tesoureiro deve desenvolver suas atividades nas empresas? Qual é a composição do mercado financeiro? Como uma decisão de financiamento pode se transformar em uma decisão de investimento? Qual a importância da análise vertical e horizontal do fluxo de caixa? Tema 1 – O Papel do Tesoureiro O tesoureiro não é apenas o indivíduo encarregado das operações monetárias da empresa, ou seja, a pessoa que conta o dinheiro e realiza os lançamentos dos saldos financeiros, ele desempenha um papel preponderante e estratégico dentro da organização, sobretudo, fica incumbido de aplicar e captar recursos no mercado financeiro, sendo imprescindível que tenha conhecimento de matemática financeira, economia, administração e até mesmo de legislação tributária. A principal preocupação do tesoureiro é manter um fluxo de caixa com os saldos equilibrados, para isso, faz-se necessário constante acompanhamento de todas as contas. A administração das contas do fluxo de caixa deve estar alinhada à sua disponibilidade, ou não, de dinheiro da empresa, utilizando o mínimo possível do fundo de reserva desta, calculando corretamente a necessidade de capital de giro, analisando rigorosamente os prazos médios de pagamentos e recebimentos, com o objetivo de minimizar o desperdício do dinheiro da empresa. 4 Por exemplo, o desperdício de dinheiro de uma empresa pode acontecer quando os prazos de recebimento e de pagamento estão desalinhados, pois se uma empresa costuma pagar seus fornecedores dia 15 de cada mês, mas recebe de seus clientes somente dia 25 de cada mês, o que pode acontecer? Muito provavelmente, a empresa em questão terá de recorrer ao capital de giro para honrar seus pagamentos aos fornecedores no dia acordado, e, caso ela não tenha capital suficiente para adimpli-los, terá de recorrer aos bancos ou atrasará seus compromissos, incidindo assim o ônus dos juros e das multas por atrasos, ou seja, por falta de uma administração eficiente do prazo médio de pagamentos com recebimentos, a empresa será onerada todos os meses. O ajuste correto no caso relatado seria a negociação com os fornecedores, a fim de que os pagamentos sejam realizados em datas compatíveis com aquelas de recebimentos das vendas, ou seja, o ideal seria receber no dia 15 e pagar no dia 25, e não o contrário. Dessa maneira, um tesoureiro eficiente tem a capacidade de reduzir os custos com operações financeiras, conseguindo negociar prazos e taxas melhores, além disso, empenha-se na busca de opções mais rentáveis de investimento no mercado, procura deduzir os tributos e mensura os riscos, sem contar as habilidades técnicas, haja vista a necessidade de o tesoureiro ser um profissional ético, qualidade que boa parte das empresas valoriza muito, pois a postura e a confiabilidade transmitida pelo profissional são fatores importantes. Tema 2 – O Mercado Financeiro O mercado financeiro é o ambiente em que se permite aos agentes superavitários e deficitários vender e comprar dinheiro (transacionar). Agentes são caracterizados por pessoas físicas e jurídicas, os quais buscam negociar dinheiro, sendo que uns aplicam seus recursos e outros captam tais aplicações, cujas transações são intermediadas pelas instituições financeiras. 5 Agentes superavitários são chamados também de aplicadores de recursos, os quais depositam ou aplicam seus recursos em uma “instituição financeira”. Exemplos: Depósitos à vista (contas-correntes), depósitos a prazo ( Certificado de Depósito Bancário – CDB, Recibo de Depósito Bancário – RDB, Letra de Câmbio) e poupança. Agentes deficitários são chamados também de tomadores de recursos, os quais tomam recursos na forma de “operações de crédito”. Exemplos: Empréstimos em conta (sem destinação específica), financiamentos, títulos descontados (duplicatas, cheques, notas promissórias.), leasing, entre outros. A despeito disso, para que aconteça a relação entre os agentes superavitários e os deficitários, é necessária a figura da intermediação financeira, cujos agentes são representados por instituições financeiras. O processo de intermediação financeira pode ser entendido como a captação de recursos, por instituições financeiras, dos agentes superavitários e seus subsequentes repasses para agentes deficitários. (Gitman, 2010). Fonte: Elaborado pela autora, 2015. Segundo Sá (2012), para que qualquer economia cresça e se desenvolva, é preciso haver investimento em produção. As empresas, não detentoras de recursos próprios para financiar todos os investimentos na 6 atividade produtiva, necessitam complementar com recursos de terceiros, cujas operações ocorrem dentro do ambiente em que se denomina de mercado financeiro. O mercado financeiro divide-se em: monetário, cambial, de crédito e de capitais. Mercado monetário: é o mercado em que se concentram as operações para controle da oferta de moeda e das taxas de juros de curto prazo, visando garantir a liquidez da economia. O Banco Central do Brasil atua nesse mercado praticando a chamada Política Monetária. Mercado de crédito: operam no mercado em questão diversas instituições financeiras e não financeiras, as quais prestam serviços de intermediação de recursos de curto e médio prazo para agentes deficitários que dependem de recursos para consumo ou capital de giro. O Banco Central do Brasil é o principal órgão responsável pelo controle, normatização e fiscalização desse mercado. Mercado de câmbio: mercado em que são negociadas as trocas de moedas estrangeiras por reais. O Banco Central do Brasil é o responsável pela administração,fiscalização e controle das operações de câmbio e da taxa de câmbio, atuando por meio de sua Política Cambial. Mercado de capitais: tem como objetivo canalizar recursos de médio e longo prazo para agentes deficitários, cujas operações, de compra e de venda de títulos e valores mobiliários, são efetuadas entre empresas, investidores e intermediários. A Comissão de Valores Mobiliários é o principal órgão responsável pelo controle, normatização e fiscalização desse mercado. (CVM) M er ca d o F in an ce ir o Mercado Monetário Mercado de Crédito Mercado cambial ou de câmbio Mercado de capitais 7 Os mercados enumerados são regidos pelo Sistema Financeiro Nacional (SFN), que pode ser definido como o conjunto de instituições, de produtos e de instrumentos que viabiliza a transferência de recursos ou ativos financeiros entre os agentes superavitários (poupadores) e os agentes deficitários (tomadores) da economia. É importante que tanto o gestor financeiro quanto o tesoureiro conheçam todo o ambiente financeiro, sua estrutura e composição na busca de fomento para uma estratégia assertiva no instante de uma grande decisão financeira, tal como: investir em fundos, diretamente em títulos, ou seja, escolher a melhor opção entre as inúmeras ofertas, as quais são expostas diariamente no mercado financeiro. Tema 3 – Decisões de Investimento Todas as empresas almejam obter sobras de caixa, mas nem todas detêm a capacidade de utilizar os recursos necessários para multiplicar essas sobras. Em muitos momentos, o gestor depara com a seguinte questão: que tipo de investimento irei realizar com as sobras de caixa? Para responder à presente pergunta, é importante retornar ao conteúdo já estudado, verificando se o fluxo de caixa fora, devidamente, elaborado, inclusive se houve projeções para os períodos futuros. A partir desse ponto, analisa-se se a sobra de caixa não será necessária para complementar o capital de giro, aí, sim, pode-se aplicar em investimentos temporários ou em investimentos permanentes, em investimentos fixos, financeiros ou pré-operacionais. Para Hoji (2004), investimentos temporários são aqueles valores aplicados com prazo definido, enquanto os permanentes são os aplicados para a manutenção das atividades operacionais e com fins estratégicos. Por outro lado, o investimento fixo corresponde a todos os bens que deverão ser adquiridos para seu negócio funcionar de maneira apropriada, já 8 os investimentos financeiros são aqueles destinados à formação do capital de giro. Quanto aos investimentos operacionais, compreendem-se a todos os gastos realizados para manter ou expandir as atividades da empresa. Os principais investimentos, que normalmente são feitos para abertura de um negócio ou expansão, são: Terreno Obras Máquinas e equipamentos Móveis e utensílios Veículos Os investimentos financeiros são alternativas para as empresas que optam por não realizar a expansão. Há inúmeras opções de investimentos financeiros com bons resultados e para todos os perfis, sejam eles moderado, conservador ou agressivo. As principais modalidades de investimentos são os fundos de investimentos, caderneta de poupança, ações, títulos da dívida pública, entre outros. Fundos de investimentos Também pode ser denominado por comunhão de recursos financeiros, isto é, todo o valor investido é utilizado na compra de bens, seja mobiliário ou sejam títulos, que são todos transferidos ao investidor. Os fundos de investimentos são classificados de acordo com o tipo de investimento; normalmente, usam-se os termos conservador, moderado ou ousado para identificar o perfil do investidor e, assim, escolher o fundo mais adequado. Principais características: Um fundo é compartilhado, isto é, sua composição é feita com recursos de diversos investidores. 9 Eles podem ser classificados em renda fixa, renda variável, multimercado e outros. Caderneta de poupança A poupança é um investimento muito tradicional e conservador, paga juros baixos, mas é o investimento de menor risco. Geralmente a taxa de juros da poupança gira em torno de 0,5% (meio por cento). Principais características: Rendimento: TR + 0,5% Isenção de imposto de renda Não há limite mínimo para aplicação Câmbio Investir em câmbio significa comprar moedas estrangeiras, como Dólar, Euro ou Libra, por exemplo. Na compra de uma moeda, o investidor espera que ela tenha uma valorização em relação à moeda corrente – o Real –, para, assim, vendê-la por um valor superior ao de compra. CDB O Certificado de Depósitos Bancários (CDB) é o mesmo que financiar um valor para o banco, e, ao final do prazo estabelecido, o banco pagará o valor que foi emprestado acrescido de juros, ou seja, receberá o dinheiro investido mais um lucro do tempo passado. Títulos públicos Este tipo de investimento, criado pelo governo federal, tem a finalidade de financiar as atividades do governo. Por outro lado, é uma opção de investimento. A venda de títulos públicos, geralmente, é realizada por leilão ou diretamente no Tesouro Nacional. 10 Ações Ações são ativos de empresas com capital aberto ou Sociedade Anônima (S.A.), os quais são negociados em bolsas de valores. Em outras palavras, podemos dizer que ações são cotas das empresas vendidas na bolsa de valores, por meio das corretoras de valores mobiliários, cujas operadoras são empresas credenciadas a operar no mercado de ações. As decisões de investimento partem da análise de como serão compostos os ativos da empresa e de que maneira poderão ser realocados a obter as melhores taxas de rentabilidade, por isso, é primordial que o gestor se atente às boas opções de investimento tendo em vista a multiplicação do capital aplicado com o menor risco possível. Tema 4 – Decisões de Financiamento Quando se observa o passivo de uma empresa, a decisão que se tem é aquela voltada ao financiamento de suas atividades, tanto de curto como de longo prazo. Para isso, poderá ser utilizado capital próprio ou capital de terceiros. As decisões de financiamento dividem-se em: financiamento de curto prazo (no máximo um ano), decisão que envolve passivo circulante; e financiamento de longo prazo (acima de um ano). O capital próprio é representado pelas contas que compõem o Patrimônio Líquido, e o capital de terceiros corresponde aos saldos das contas do Passivo Circulante e do Exigível a Longo Prazo. Desse modo, ao lado direito do Balanço Patrimonial, aloca-se estrutura financeira da empresa. 11 Fonte: Elaborado pela autora, 2016. As fontes externas de financiamento com recursos de terceiros utilizam crédito concedido pelos fornecedores e adiantamentos de clientes relativos a bens ou serviços encomendados; já as que são formadas por financiamentos e empréstimos adquiridos no mercado financeiro denominam-se de passivos onerosos. (Hoji, 2004) Nem sempre essas operações são realizadas para cobrir déficits financeiros da empresa, operações como o arrendamento mercantil (leasing) – em que a empresa arrendatária detém a posse e o uso de máquinas ou equipamentos, durante a maior parte da sua vida útil, mas a propriedade é da empresa arrendadora – cujas operações são comuns e contribuem para uma alteração na estrutura de capital, tendo em vista que a decisão de financiamento possibilita a expansão do ativo. Portanto, a decisão de financiamento envolve a viabilidade de novos projetos, que poderão ser implantados na empresa; por exemplo, em vez de comprar uma máquina, o gestor avalia que será mais viável arrendá-la, pois o custo final será menor sem interferir no volume de produção. Assim como a decisão de investimento, também a de financiamento requer do gestor análise de forma aprofundada das opçõesde financiamento, pois nem sempre o gestor terá de recorrer ao financiamento, somente quando 12 a empresa estiver operando no “vermelho”, ou seja, outras situações podem demandar necessidades de recursos. Tema 5 – Análise Vertical e Horizontal do Fluxo de Caixa Estudamos que os saldos do fluxo de caixa são importantes indicadores para a tomada de decisão, tendo o cuidado de não nos limitarmos apenas a essas informações. Vale aqui enfatizar que o fluxo de caixa é uma ferramenta que proporciona um rol de informações valiosas para a empresa, salientando que, para coletar tais dados, é muito importante implementar uma visão analítica sobre todas as contas e períodos expostos no fluxo. Para isso, existem duas ferramentas de análise consubstanciadas em dimensão vertical e horizontal. A análise vertical do fluxo de caixa ocorre quando é avaliado o peso das contas durante um período, ou seja, a análise é realizada de cima para baixo, ou vice-versa, indicando os percentuais atribuídos para cada conta envolvida no fluxo de caixa. DESCRIÇÃO JANEIRO AV% FEVEREIRO AV% MARÇO AV% ENTRADAS VENDAS À VISTA 9.125,00 72% 13.100,00 82% 12.500,00 76% DUPLICATAS A RECEBER 3.500,00 28% 2.600,00 16% 3.600,00 22% RENDIMENTOS DE APLICAÇÕES 0,00 0% 250,00 2% 260,00 2% TOTAL DE ENTRADAS 12.625,00 100% 15.950,00 100% 16.360,00 100% SAÍDAS SALÁRIOS 4.200,00 42% 4.200,00 41% 4.200,00 43% ENCARGOS 2.320,00 23% 2.320,00 23% 2.320,00 24% CTAS.A PAGAR (FORNEC.) 1.200,00 12% 1.400,00 14% 900,00 9% DESPESAS BANCÁRIAS 80,00 1% 80,00 1% 80,00 1% ENERGIA ELÉTRICA 350,00 3% 350,00 3% 350,00 4% ÁGUA 80,00 1% 80,00 1% 80,00 1% TELEFONES 700,00 7% 700,00 7% 700,00 7% SEGUROS 120,00 1% 120,00 1% 120,00 1% PLANO DE SAÚDE 600,00 6% 600,00 6% 600,00 6% IMPOSTOS 400,00 4% 410,00 4% 425,00 4% TOTAL DE SAÍDAS 10.050,00 100% 10.260,00 100% 9.775,00 100% 13 SALDO DO MOVTO DO MÊS 2.575,00 - 5.690,00 - 6.585,00 - SALDO ANTERIOR -1.420,00 - 1.155,00 - 6.845,00 - SALDO ATUAL 1.155,00 - 6.845,00 - 13.430,00 - Fonte: Elaborado pela autora, 2015. Conforme o fluxo acima, pode-se observar que cada conta corresponde a um percentual de entradas ou saídas, sendo que a análise se concentra justamente em verificar quais contas possuem maior participação na composição das entradas e das saídas, acompanhando as possíveis alterações nessas participações. Já a análise horizontal é denominada dessa forma por alinhar os dados “um ao lado do outro”, visando comparar os resultados de um mesmo indicador em relação aos períodos anteriores, ou seja, essa análise acompanha a evolução das contas em diferentes períodos. DESCRIÇÃO JANEIRO AH% FEVEREIRO AH% MARÇO AH% ENTRADAS VENDAS À VISTA 9.125,00 100% 13.100,00 144% 12.500,00 137% DUPLICATAS A RECEBER 3.500,00 100% 2.600,00 74% 3.600,00 103% RENDIMENTOS DE APLICAÇÕES 0,00 100% 250,00 250% 260,00 260% TOTAL DE ENTRADAS 12.625,00 100% 15.950,00 126% 16.360,00 130% SAÍDAS SALÁRIOS 4.200,00 100% 4.200,00 100% 4.200,00 100% ENCARGOS 2.320,00 100% 2.320,00 100% 2.320,00 100% CTAS.A PAGAR (FORNEC.) 1.200,00 100% 1.400,00 117% 900,00 75% DESPESAS BANCÁRIAS 80,00 100% 80,00 100% 80,00 100% ENERGIA ELÉTRICA 350,00 100% 350,00 100% 350,00 100% ÁGUA 80,00 100% 80,00 100% 80,00 100% TELEFONES 700,00 100% 700,00 100% 700,00 100% SEGUROS 120,00 100% 120,00 100% 120,00 100% PLANO DE SAÚDE 600,00 100% 600,00 100% 600,00 100% IMPOSTOS 400,00 100% 410,00 103% 425,00 106% TOTAL DE SAÍDAS 10.050,00 100% 10.260,00 102% 9.775,00 97% SALDO DO MOVTO DO MÊS 2.575,00 - 5.690,00 - 6.585,00 - 14 SALDO ANTERIOR -1.420,00 - 1.155,00 - 6.845,00 - SALDO ATUAL 1.155,00 - 6.845,00 - 13.430,00 - Fonte: Elaborado pela autora, 2015. O principal objetivo da análise horizontal é acompanhar a evolução das participações das contas (período a período), comparando-as com um determinado interregno (lapso) de tempo. No exemplo acima, as contas de fevereiro e março são comparadas às de janeiro, sendo possível observar que em fevereiro as vendas à vista superaram em 44% as de janeiro, enquanto as vendas de março superaram em 37%. Ambas as análises procuram obter o percentual de cada verba ou de cada grupo de verbas em relação ao valor global do demonstrativo. Trocando ideias Analise o case a seguir retirado da revista Exame e responda qual foi o tipo de decisão tomada pela Sadia que ocasionou tais prejuízos. Disponível em: http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/944/noticias/onde-sadia- perdeu-jogo-473359 Na prática Complete o fluxo de caixa a seguir, realizando a análise vertical e horizontal das contas. DESCRIÇÃO JANEIRO AV% AH% FEVEREIRO AV% AH% MARÇO AV% AH% ENTRADAS VENDAS À VISTA 18.520,00 15.842,00 16.521,00 DUPLICATAS A RECEBER 7.520,00 5.620,00 4.820,00 RENDIMENTOS DE APLICAÇÕES 1.250,00 560,00 965,00 TOTAL DE ENTRADAS 27.290,00 22.022,00 22.306,00 SAÍDAS SALÁRIOS 6.230,00 5.200,00 5.500,00 http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/944/noticias/onde-sadia-perdeu-jogo-473359 http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/944/noticias/onde-sadia-perdeu-jogo-473359 15 ENCARGOS 1.800,00 1.800,00 1.980,00 CTAS.A PAGAR (FORNEC.) 2.560,00 3.300,00 3.740,00 DESPESAS BANCÁRIAS 120,00 120,00 120,00 ENERGIA ELÉTRICA 348,00 269,00 320,00 ÁGUA 95,00 120,00 85,00 TELEFONES 869,00 560,00 520,00 SEGUROS 530,00 530,00 530,00 PLANO DE SAÚDE 600,00 600,00 600,00 IMPOSTOS 680,00 450,00 520,00 TOTAL DE SAÍDAS 13.832,00 12.949,00 13.915,00 SALDO DO MOVTO DO MÊS 13.458,00 - - 9.073,00 - - 8.391,00 - - SALDO ANTERIOR 2.560,00 - - 16.018,00 - - 25.091,00 - - SALDO ATUAL 16.018,00 - - 25.091,00 - - 33.482,00 - - Finalizando Esta aula possibilitou a análise detalhada de opções de investimento e financiamento, além de propiciar os mecanismos necessários para uma análise das contas do fluxo de caixa. Com isso, passamos para uma próxima etapa envolvendo outros elementos como análise e desvendando outras ferramentas financeiras importantes para a tomada de decisão. Referências CHING, H. Y.; MARQUES, F.; PRADO, L. Contabilidade e finanças para não especialistas. 2. ed. São Paulo: Person Prentice Hall, 2007. CVM. Portal do investidor. Disponível em: <http://www.portaldoinvestidor.gov.br/>. GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São Paulo: Pearson Education, 2010. 16 HOJI, M. Administração financeira: uma abordagem prática: matemática financeira aplicada, estratégias financeiras, análise, planejamento e controle financeiro. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2004. SÁ, C. A. Fluxo de caixa: a visão da tesouraria e da controladoria. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
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