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GESTÃO DO FLUXO DE CAIXA E TESOURARIA - AULA 5 O papel do tesoureiro na gestão do fluxo de caixa

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1 
Gestão do Fluxo de Caixa e Tesouraria 
 
 
 
 
 
 
Aula 5 
 
 
 
 
 
Prof.a Kessyane Novaes Horbucz 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
Conversa inicial 
Olá, querido aluno, no decorrer de nossas aulas, estudamos toda a 
estruturação do fluxo de caixa, bem como o papel da tesouraria dentro de uma 
empresa. 
Nesta etapa, far-se-á uma explanação acerca do papel fundamental do 
tesoureiro e da postura ética que deverá ser adotada por ele, não deixando de 
fazer apontamentos a respeito da visão analítica necessária na tomada das 
decisões estratégicas de investimento e de financiamento de capital. 
Bons estudos! 
Contextualizando 
A partir da designação de um colaborador para exercer as funções 
relacionadas à tesouraria, a responsabilidade dele aumenta, não se limitando 
tão somente a contar dinheiro da empresa e a efetuar os pagamentos. 
Cabe ao tesoureiro desenvolver mecanismos de controle rígido do fluxo 
de caixa, observando todo e qualquer desvio padrão que possa afetar a 
“saúde” financeira de sua empresa, agindo com ética e transparência no 
desenvolvimento de seu trabalho. 
Além disso, o tesoureiro necessita se atualizar constantemente sobre os 
movimentos do mercado financeiro e suas tendências, pois só assim 
conseguirá avaliar os riscos, para que, dessa forma, tome decisões mais 
seguras relacionadas aos recursos financeiros da organização. 
O mercado financeiro é um ambiente composto de outros segmentos de 
mercados, como: o monetário, o de crédito, o cambial e o de capitais, e todos 
eles estão, de alguma forma, presentes no dia a dia, tanto como empresas 
quanto como pessoas físicas. O “dinheiro” faz parte do mercado monetário; as 
ações integram o mercado de capitais; o dólar circunda o mercado cambial; e 
os financiamentos e empréstimos contemplam o mercado de crédito, cujos 
portfólios, se bem avaliados, podem alavancar ótimas opções de investimento 
ou de financiamento. 
 
 
 
3 
As decisões de investimento ou de financiamento fazem parte da rotina 
de toda empresa, pois, a todo momento, a sua estrutura de capital é alterada 
de acordo com essas decisões. E, para embasá-las, cabe ao gestor analisar 
corretamente a evolução das contas do fluxo de caixa. 
Pesquise 
Como o tesoureiro deve desenvolver suas atividades nas empresas? 
Qual é a composição do mercado financeiro? 
Como uma decisão de financiamento pode se transformar em uma 
decisão de investimento? 
Qual a importância da análise vertical e horizontal do fluxo de caixa? 
 
Tema 1 – O Papel do Tesoureiro 
O tesoureiro não é apenas o indivíduo encarregado das operações 
monetárias da empresa, ou seja, a pessoa que conta o dinheiro e realiza os 
lançamentos dos saldos financeiros, ele desempenha um papel preponderante 
e estratégico dentro da organização, sobretudo, fica incumbido de aplicar e 
captar recursos no mercado financeiro, sendo imprescindível que tenha 
conhecimento de matemática financeira, economia, administração e até mesmo 
de legislação tributária. 
A principal preocupação do tesoureiro é manter um fluxo de caixa com 
os saldos equilibrados, para isso, faz-se necessário constante 
acompanhamento de todas as contas. 
A administração das contas do fluxo de caixa deve estar alinhada à sua 
disponibilidade, ou não, de dinheiro da empresa, utilizando o mínimo possível 
do fundo de reserva desta, calculando corretamente a necessidade de capital 
de giro, analisando rigorosamente os prazos médios de pagamentos e 
recebimentos, com o objetivo de minimizar o desperdício do dinheiro da 
empresa. 
 
 
 
4 
Por exemplo, o desperdício de dinheiro de uma empresa pode acontecer 
quando os prazos de recebimento e de pagamento estão desalinhados, pois se 
uma empresa costuma pagar seus fornecedores dia 15 de cada mês, mas 
recebe de seus clientes somente dia 25 de cada mês, o que pode acontecer? 
Muito provavelmente, a empresa em questão terá de recorrer ao capital 
de giro para honrar seus pagamentos aos fornecedores no dia acordado, e, 
caso ela não tenha capital suficiente para adimpli-los, terá de recorrer aos 
bancos ou atrasará seus compromissos, incidindo assim o ônus dos juros e das 
multas por atrasos, ou seja, por falta de uma administração eficiente do prazo 
médio de pagamentos com recebimentos, a empresa será onerada todos os 
meses. 
O ajuste correto no caso relatado seria a negociação com os 
fornecedores, a fim de que os pagamentos sejam realizados em datas 
compatíveis com aquelas de recebimentos das vendas, ou seja, o ideal seria 
receber no dia 15 e pagar no dia 25, e não o contrário. 
Dessa maneira, um tesoureiro eficiente tem a capacidade de reduzir os 
custos com operações financeiras, conseguindo negociar prazos e taxas 
melhores, além disso, empenha-se na busca de opções mais rentáveis de 
investimento no mercado, procura deduzir os tributos e mensura os riscos, sem 
contar as habilidades técnicas, haja vista a necessidade de o tesoureiro ser um 
profissional ético, qualidade que boa parte das empresas valoriza muito, pois a 
postura e a confiabilidade transmitida pelo profissional são fatores importantes. 
 
Tema 2 – O Mercado Financeiro 
O mercado financeiro é o ambiente em que se permite aos agentes 
superavitários e deficitários vender e comprar dinheiro (transacionar). Agentes 
são caracterizados por pessoas físicas e jurídicas, os quais buscam negociar 
dinheiro, sendo que uns aplicam seus recursos e outros captam tais 
aplicações, cujas transações são intermediadas pelas instituições financeiras. 
 
 
 
5 
Agentes superavitários são chamados também de aplicadores de 
recursos, os quais depositam ou aplicam seus recursos em uma “instituição 
financeira”. Exemplos: Depósitos à vista (contas-correntes), depósitos a prazo ( 
Certificado de Depósito Bancário – CDB, Recibo de Depósito Bancário – RDB, 
Letra de Câmbio) e poupança. 
Agentes deficitários são chamados também de tomadores de recursos, 
os quais tomam recursos na forma de “operações de crédito”. Exemplos: 
Empréstimos em conta (sem destinação específica), financiamentos, títulos 
descontados (duplicatas, cheques, notas promissórias.), leasing, entre outros. 
A despeito disso, para que aconteça a relação entre os agentes 
superavitários e os deficitários, é necessária a figura da intermediação 
financeira, cujos agentes são representados por instituições financeiras. 
O processo de intermediação financeira pode ser entendido como a 
captação de recursos, por instituições financeiras, dos agentes superavitários e 
seus subsequentes repasses para agentes deficitários. (Gitman, 2010). 
 
 
Fonte: Elaborado pela autora, 2015. 
 
 Segundo Sá (2012), para que qualquer economia cresça e se 
desenvolva, é preciso haver investimento em produção. As empresas, não 
detentoras de recursos próprios para financiar todos os investimentos na 
 
 
 
6 
atividade produtiva, necessitam complementar com recursos de terceiros, cujas 
operações ocorrem dentro do ambiente em que se denomina de mercado 
financeiro. 
O mercado financeiro divide-se em: monetário, cambial, de crédito e de 
capitais. 
 Mercado monetário: é o mercado em que se concentram as operações para 
controle da oferta de moeda e das taxas de juros de curto prazo, visando garantir 
a liquidez da economia. O Banco Central do Brasil atua nesse mercado praticando 
a chamada Política Monetária. 
 Mercado de crédito: operam no mercado em questão diversas instituições 
financeiras e não financeiras, as quais prestam serviços de intermediação de 
recursos de curto e médio prazo para agentes deficitários que dependem de 
recursos para consumo ou capital de giro. O Banco Central do Brasil é o principal 
órgão responsável pelo controle, normatização e fiscalização desse mercado. 
 Mercado de câmbio: mercado em que são negociadas as trocas de moedas 
estrangeiras por reais. O Banco Central do Brasil é o responsável pela 
administração,fiscalização e controle das operações de câmbio e da taxa de 
câmbio, atuando por meio de sua Política Cambial. 
 Mercado de capitais: tem como objetivo canalizar recursos de médio e longo 
prazo para agentes deficitários, cujas operações, de compra e de venda de títulos 
e valores mobiliários, são efetuadas entre empresas, investidores e intermediários. 
A Comissão de Valores Mobiliários é o principal órgão responsável pelo controle, 
normatização e fiscalização desse mercado. (CVM) 
 
 
 
M
er
ca
d
o
 F
in
an
ce
ir
o
Mercado 
Monetário
Mercado de 
Crédito
Mercado cambial 
ou de câmbio
Mercado de 
capitais
 
 
 
7 
 
Os mercados enumerados são regidos pelo Sistema Financeiro Nacional 
(SFN), que pode ser definido como o conjunto de instituições, de produtos e de 
instrumentos que viabiliza a transferência de recursos ou ativos financeiros 
entre os agentes superavitários (poupadores) e os agentes deficitários 
(tomadores) da economia. 
É importante que tanto o gestor financeiro quanto o tesoureiro conheçam 
todo o ambiente financeiro, sua estrutura e composição na busca de fomento 
para uma estratégia assertiva no instante de uma grande decisão financeira, tal 
como: investir em fundos, diretamente em títulos, ou seja, escolher a melhor 
opção entre as inúmeras ofertas, as quais são expostas diariamente no 
mercado financeiro. 
 
Tema 3 – Decisões de Investimento 
Todas as empresas almejam obter sobras de caixa, mas nem todas 
detêm a capacidade de utilizar os recursos necessários para multiplicar essas 
sobras. Em muitos momentos, o gestor depara com a seguinte questão: que 
tipo de investimento irei realizar com as sobras de caixa? Para responder à 
presente pergunta, é importante retornar ao conteúdo já estudado, verificando 
se o fluxo de caixa fora, devidamente, elaborado, inclusive se houve projeções 
para os períodos futuros. A partir desse ponto, analisa-se se a sobra de caixa 
não será necessária para complementar o capital de giro, aí, sim, pode-se 
aplicar em investimentos temporários ou em investimentos permanentes, em 
investimentos fixos, financeiros ou pré-operacionais. 
Para Hoji (2004), investimentos temporários são aqueles valores 
aplicados com prazo definido, enquanto os permanentes são os aplicados para 
a manutenção das atividades operacionais e com fins estratégicos. 
 Por outro lado, o investimento fixo corresponde a todos os bens que 
deverão ser adquiridos para seu negócio funcionar de maneira apropriada, já 
 
 
 
8 
os investimentos financeiros são aqueles destinados à formação do capital de 
giro. 
 Quanto aos investimentos operacionais, compreendem-se a todos os 
gastos realizados para manter ou expandir as atividades da empresa. Os 
principais investimentos, que normalmente são feitos para abertura de um 
negócio ou expansão, são: 
 Terreno 
 Obras 
 Máquinas e equipamentos 
 Móveis e utensílios 
 Veículos 
 
Os investimentos financeiros são alternativas para as empresas que 
optam por não realizar a expansão. Há inúmeras opções de investimentos 
financeiros com bons resultados e para todos os perfis, sejam eles moderado, 
conservador ou agressivo. As principais modalidades de investimentos são os 
fundos de investimentos, caderneta de poupança, ações, títulos da dívida 
pública, entre outros. 
 
Fundos de investimentos 
Também pode ser denominado por comunhão de recursos financeiros, 
isto é, todo o valor investido é utilizado na compra de bens, seja mobiliário ou 
sejam títulos, que são todos transferidos ao investidor. 
Os fundos de investimentos são classificados de acordo com o tipo de 
investimento; normalmente, usam-se os termos conservador, moderado ou 
ousado para identificar o perfil do investidor e, assim, escolher o fundo mais 
adequado. 
Principais características: 
 Um fundo é compartilhado, isto é, sua composição é feita com 
recursos de diversos investidores. 
 
 
 
9 
 Eles podem ser classificados em renda fixa, renda variável, 
multimercado e outros. 
 
Caderneta de poupança 
A poupança é um investimento muito tradicional e conservador, paga 
juros baixos, mas é o investimento de menor risco. Geralmente a taxa de juros 
da poupança gira em torno de 0,5% (meio por cento). 
Principais características: 
 Rendimento: TR + 0,5% 
 Isenção de imposto de renda 
 Não há limite mínimo para aplicação 
 
Câmbio 
Investir em câmbio significa comprar moedas estrangeiras, como Dólar, 
Euro ou Libra, por exemplo. Na compra de uma moeda, o investidor espera que 
ela tenha uma valorização em relação à moeda corrente – o Real –, para, 
assim, vendê-la por um valor superior ao de compra. 
 
CDB 
O Certificado de Depósitos Bancários (CDB) é o mesmo que financiar 
um valor para o banco, e, ao final do prazo estabelecido, o banco pagará o 
valor que foi emprestado acrescido de juros, ou seja, receberá o dinheiro 
investido mais um lucro do tempo passado. 
 
Títulos públicos 
Este tipo de investimento, criado pelo governo federal, tem a finalidade 
de financiar as atividades do governo. Por outro lado, é uma opção de 
investimento. A venda de títulos públicos, geralmente, é realizada por leilão ou 
diretamente no Tesouro Nacional. 
 
 
 
 
10 
Ações 
Ações são ativos de empresas com capital aberto ou Sociedade 
Anônima (S.A.), os quais são negociados em bolsas de valores. Em outras 
palavras, podemos dizer que ações são cotas das empresas vendidas na bolsa 
de valores, por meio das corretoras de valores mobiliários, cujas operadoras 
são empresas credenciadas a operar no mercado de ações. 
As decisões de investimento partem da análise de como serão 
compostos os ativos da empresa e de que maneira poderão ser realocados a 
obter as melhores taxas de rentabilidade, por isso, é primordial que o gestor se 
atente às boas opções de investimento tendo em vista a multiplicação do 
capital aplicado com o menor risco possível. 
 
Tema 4 – Decisões de Financiamento 
Quando se observa o passivo de uma empresa, a decisão que se tem é 
aquela voltada ao financiamento de suas atividades, tanto de curto como de 
longo prazo. Para isso, poderá ser utilizado capital próprio ou capital de 
terceiros. 
As decisões de financiamento dividem-se em: financiamento de curto 
prazo (no máximo um ano), decisão que envolve passivo circulante; e 
financiamento de longo prazo (acima de um ano). 
O capital próprio é representado pelas contas que compõem o 
Patrimônio Líquido, e o capital de terceiros corresponde aos saldos das contas 
do Passivo Circulante e do Exigível a Longo Prazo. Desse modo, ao lado 
direito do Balanço Patrimonial, aloca-se estrutura financeira da empresa. 
 
 
 
11 
 
Fonte: Elaborado pela autora, 2016. 
 
As fontes externas de financiamento com recursos de terceiros utilizam 
crédito concedido pelos fornecedores e adiantamentos de clientes relativos a 
bens ou serviços encomendados; já as que são formadas por financiamentos e 
empréstimos adquiridos no mercado financeiro denominam-se de passivos 
onerosos. (Hoji, 2004) 
Nem sempre essas operações são realizadas para cobrir déficits 
financeiros da empresa, operações como o arrendamento mercantil (leasing) – 
em que a empresa arrendatária detém a posse e o uso de máquinas ou 
equipamentos, durante a maior parte da sua vida útil, mas a propriedade é da 
empresa arrendadora – cujas operações são comuns e contribuem para uma 
alteração na estrutura de capital, tendo em vista que a decisão de 
financiamento possibilita a expansão do ativo. 
 Portanto, a decisão de financiamento envolve a viabilidade de novos 
projetos, que poderão ser implantados na empresa; por exemplo, em vez de 
comprar uma máquina, o gestor avalia que será mais viável arrendá-la, pois o 
custo final será menor sem interferir no volume de produção. 
Assim como a decisão de investimento, também a de financiamento 
requer do gestor análise de forma aprofundada das opçõesde financiamento, 
pois nem sempre o gestor terá de recorrer ao financiamento, somente quando 
 
 
 
12 
a empresa estiver operando no “vermelho”, ou seja, outras situações podem 
demandar necessidades de recursos. 
 
Tema 5 – Análise Vertical e Horizontal do Fluxo de Caixa 
Estudamos que os saldos do fluxo de caixa são importantes indicadores 
para a tomada de decisão, tendo o cuidado de não nos limitarmos apenas a 
essas informações. Vale aqui enfatizar que o fluxo de caixa é uma ferramenta 
que proporciona um rol de informações valiosas para a empresa, salientando 
que, para coletar tais dados, é muito importante implementar uma visão 
analítica sobre todas as contas e períodos expostos no fluxo. Para isso, 
existem duas ferramentas de análise consubstanciadas em dimensão vertical e 
horizontal. 
 A análise vertical do fluxo de caixa ocorre quando é avaliado o peso das 
contas durante um período, ou seja, a análise é realizada de cima para baixo, 
ou vice-versa, indicando os percentuais atribuídos para cada conta envolvida 
no fluxo de caixa. 
 
DESCRIÇÃO 
JANEIRO AV% FEVEREIRO AV% MARÇO AV% 
ENTRADAS 
VENDAS À VISTA 9.125,00 72% 13.100,00 82% 12.500,00 76% 
DUPLICATAS A RECEBER 3.500,00 28% 2.600,00 16% 3.600,00 22% 
RENDIMENTOS DE 
APLICAÇÕES 0,00 0% 250,00 2% 260,00 2% 
TOTAL DE ENTRADAS 12.625,00 100% 15.950,00 100% 16.360,00 100% 
 
SAÍDAS 
SALÁRIOS 4.200,00 42% 4.200,00 41% 4.200,00 43% 
ENCARGOS 2.320,00 23% 2.320,00 23% 2.320,00 24% 
CTAS.A PAGAR (FORNEC.) 1.200,00 12% 1.400,00 14% 900,00 9% 
DESPESAS BANCÁRIAS 80,00 1% 80,00 1% 80,00 1% 
ENERGIA ELÉTRICA 350,00 3% 350,00 3% 350,00 4% 
ÁGUA 80,00 1% 80,00 1% 80,00 1% 
TELEFONES 700,00 7% 700,00 7% 700,00 7% 
SEGUROS 120,00 1% 120,00 1% 120,00 1% 
PLANO DE SAÚDE 600,00 6% 600,00 6% 600,00 6% 
IMPOSTOS 400,00 4% 410,00 4% 425,00 4% 
TOTAL DE SAÍDAS 10.050,00 100% 10.260,00 100% 9.775,00 100% 
 
 
 
13 
 
SALDO DO MOVTO DO MÊS 2.575,00 - 5.690,00 - 6.585,00 - 
 
 
 
 
 
 SALDO ANTERIOR -1.420,00 - 1.155,00 - 6.845,00 - 
SALDO ATUAL 1.155,00 - 6.845,00 - 13.430,00 - 
Fonte: Elaborado pela autora, 2015. 
 
Conforme o fluxo acima, pode-se observar que cada conta corresponde 
a um percentual de entradas ou saídas, sendo que a análise se concentra 
justamente em verificar quais contas possuem maior participação na 
composição das entradas e das saídas, acompanhando as possíveis 
alterações nessas participações. 
Já a análise horizontal é denominada dessa forma por alinhar os dados 
“um ao lado do outro”, visando comparar os resultados de um mesmo indicador 
em relação aos períodos anteriores, ou seja, essa análise acompanha a 
evolução das contas em diferentes períodos. 
 
 
DESCRIÇÃO 
 JANEIRO AH% FEVEREIRO AH% MARÇO AH% 
ENTRADAS 
VENDAS À VISTA 9.125,00 100% 13.100,00 144% 12.500,00 137% 
DUPLICATAS A RECEBER 3.500,00 100% 2.600,00 74% 3.600,00 103% 
RENDIMENTOS DE APLICAÇÕES 0,00 100% 250,00 250% 260,00 260% 
TOTAL DE ENTRADAS 12.625,00 100% 15.950,00 126% 16.360,00 130% 
 
SAÍDAS 
SALÁRIOS 4.200,00 100% 4.200,00 100% 4.200,00 100% 
ENCARGOS 2.320,00 100% 2.320,00 100% 2.320,00 100% 
CTAS.A PAGAR (FORNEC.) 1.200,00 100% 1.400,00 117% 900,00 75% 
DESPESAS BANCÁRIAS 80,00 100% 80,00 100% 80,00 100% 
ENERGIA ELÉTRICA 350,00 100% 350,00 100% 350,00 100% 
ÁGUA 80,00 100% 80,00 100% 80,00 100% 
TELEFONES 700,00 100% 700,00 100% 700,00 100% 
SEGUROS 120,00 100% 120,00 100% 120,00 100% 
PLANO DE SAÚDE 600,00 100% 600,00 100% 600,00 100% 
IMPOSTOS 400,00 100% 410,00 103% 425,00 106% 
TOTAL DE SAÍDAS 10.050,00 100% 10.260,00 102% 9.775,00 97% 
 
SALDO DO MOVTO DO MÊS 2.575,00 - 5.690,00 - 6.585,00 - 
 
 
 
 
14 
SALDO ANTERIOR -1.420,00 - 1.155,00 - 6.845,00 - 
SALDO ATUAL 1.155,00 - 6.845,00 - 13.430,00 - 
Fonte: Elaborado pela autora, 2015. 
 
O principal objetivo da análise horizontal é acompanhar a evolução das 
participações das contas (período a período), comparando-as com um 
determinado interregno (lapso) de tempo. No exemplo acima, as contas de 
fevereiro e março são comparadas às de janeiro, sendo possível observar que 
em fevereiro as vendas à vista superaram em 44% as de janeiro, enquanto as 
vendas de março superaram em 37%. 
Ambas as análises procuram obter o percentual de cada verba ou de 
cada grupo de verbas em relação ao valor global do demonstrativo. 
 
Trocando ideias 
Analise o case a seguir retirado da revista Exame e responda qual foi o 
tipo de decisão tomada pela Sadia que ocasionou tais prejuízos. Disponível 
em: http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/944/noticias/onde-sadia-
perdeu-jogo-473359 
 
Na prática 
Complete o fluxo de caixa a seguir, realizando a análise vertical e 
horizontal das contas. 
 
DESCRIÇÃO JANEIRO AV% AH% FEVEREIRO AV% AH% MARÇO AV% AH% 
ENTRADAS 
VENDAS À VISTA 18.520,00 15.842,00 16.521,00 
DUPLICATAS A RECEBER 7.520,00 5.620,00 4.820,00 
RENDIMENTOS DE 
APLICAÇÕES 1.250,00 560,00 965,00 
TOTAL DE ENTRADAS 27.290,00 22.022,00 22.306,00 
 
SAÍDAS 
SALÁRIOS 6.230,00 5.200,00 5.500,00 
http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/944/noticias/onde-sadia-perdeu-jogo-473359
http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/944/noticias/onde-sadia-perdeu-jogo-473359
 
 
 
15 
ENCARGOS 1.800,00 1.800,00 1.980,00 
CTAS.A PAGAR (FORNEC.) 2.560,00 3.300,00 3.740,00 
DESPESAS BANCÁRIAS 120,00 120,00 120,00 
ENERGIA ELÉTRICA 348,00 269,00 320,00 
ÁGUA 95,00 120,00 85,00 
TELEFONES 869,00 560,00 520,00 
SEGUROS 530,00 530,00 530,00 
PLANO DE SAÚDE 600,00 600,00 600,00 
IMPOSTOS 680,00 450,00 520,00 
TOTAL DE SAÍDAS 13.832,00 12.949,00 13.915,00 
 
SALDO DO MOVTO DO 
MÊS 13.458,00 - - 9.073,00 - - 8.391,00 - - 
 
SALDO ANTERIOR 2.560,00 - - 16.018,00 - - 25.091,00 - - 
SALDO ATUAL 16.018,00 - - 25.091,00 - - 33.482,00 - - 
 
Finalizando 
Esta aula possibilitou a análise detalhada de opções de investimento e 
financiamento, além de propiciar os mecanismos necessários para uma análise 
das contas do fluxo de caixa. 
Com isso, passamos para uma próxima etapa envolvendo outros 
elementos como análise e desvendando outras ferramentas financeiras 
importantes para a tomada de decisão. 
 
 
Referências 
CHING, H. Y.; MARQUES, F.; PRADO, L. Contabilidade e finanças 
para não especialistas. 2. ed. São Paulo: Person Prentice Hall, 2007. 
CVM. Portal do investidor. Disponível em: 
<http://www.portaldoinvestidor.gov.br/>. 
GITMAN, L. J. Princípios de administração financeira. 12. ed. São 
Paulo: Pearson Education, 2010. 
 
 
 
16 
HOJI, M. Administração financeira: uma abordagem prática: 
matemática financeira aplicada, estratégias financeiras, análise, planejamento 
e controle financeiro. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2004. 
SÁ, C. A. Fluxo de caixa: a visão da tesouraria e da controladoria. 4. ed. 
São Paulo: Atlas, 2012.

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