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Imunologia Clínica → Grupos sanguíneos São definidos pela presença ou ausência de antígenos na membrana do eritrócito, ligados à carboidratos ou lipídios. Podem induzir uma resposta imune. Constituídos de proteínas que podem ou não estar ligadas a carboidratos e lipídios. O Sistema ABO foi o primeiro sistema de grupos sanguíneos descoberto em 1900. Primeiramente, foi identificado quatro antígenos eritrocitários diferentes, os quais definiriam o grupo sanguíneo do indivíduo (A, B, AB e O), depois, ele descreveu esses tipos sanguíneos quanto à presença das aglutininas, concluindo o seguinte: Sistema RH: • O sistema Rhesus (Rh) só foi descoberto quase 40 anos depois do estabelecimento do sistema ABO. • A presença de antígenos Rh também é geneticamente determinada, uma vez que essas proteínas são codificadas por um par de genes homólogos. • Porém, diferentemente dos antígenos A, B e O, os antígenos do sistema Rh estão presentes somente nos eritrócitos. Para identificar a tipagem sanguínea de um indivíduo, realizam-se provas de aglutinação para determinar o grupo e o Rh. O grupo sanguíneo é determinado por duas provas: • A primeira é por aglutinação direta, com pesquisa dos antígenos A, B, O por meio de reagentes com anticorpos anti-a, anti-b e anti-ab; • A uma segunda prova, chamada de prova reversa, pesquisa os anticorpos (aglutininas) no soro do paciente. A definição do grupo sanguíneo se dá, portanto, pela congruência dos resultados desses dois testes. ✓ As hepatites virais são causadas por cinco vírus distintos; ✓ Todos possuem tropismo primário pelo fígado; ✓ Apresentam características epidemiológicas, clínicas e laboratoriais semelhantes, porém com importantes particularidades. → Hepatite ✓ A maioria das hepatites virais agudas é assintomática; ✓ Quando a infecção é sintomática é caracterizada pela fadiga, mal-estar, náusea, dor abdominal, anorexia e icterícia; Imuno-Hematologia Hepatites virais ✓ A hepatite crônica, em geral, cursa de forma assintomática e as manifestações clínicas aparecem em estágio avançado da doença com acometimento hepático (fibrose, cirrose hepática e carcinoma hepatocelular); → Marcadores da infecção Anticorpo Antígeno Ácidos nucleicos virais São produzidos como resposta a uma infecção Proteínas ou outros elementos pertencentes diretamente ao agente infeccioso Material genético pertencente a um agente infeccioso INDICAM INDICAM INDICAM Contato (recente ou não) com um determinado agente infeccioso Infecção ativa por um patógeno Infecção ativa pelo agente pertencente do material DETECÇÃO DETECÇÃO DETECÇÃO Por meio de teste sorológico Teste sorológico Testes moleculares qualitativos ou quantitativos (carga viral) Os testes rápidos oferecem vantagens da simplicidade de execução e resultados imediatos → Diagnóstico hepatite A ✓ Diagnóstico laboratorial para a detecção de anticorpos IgM anti-HAV ✓ Resultado reagente sugere exposição recente ao vírus (fase aguda). ✓ Os anticorpos IgG anti-HAV permanecem reagentes após uma infecção ou imunização, conferindo proteção ao indivíduo por toda a vida. → Vírus e marcadores Hepatite B HBsAg - Primeiro marcador a aparecer na infecção aguda. Anti-HBc IgM - Marcador de infecção recente e na fase crônica, em caso de reagudização Anti-HBc IgG - infecção passada (contato prévio com o vírus) Anti-HBc Total – (soma do Anti-HBc IgM + Anti- HBc IgG, com expressão pela fração IgG) HBeAg - replicação viral (indica alta infecciosidade). Anti-Hbe -Surge após o desaparecimento do HBeAg (fim ou pouca replicação viral). Anti-HBs - imunidade contra o HBV. - ativa (contato prévio com o vírus ou resposta vacinal). - passiva (uso da imunoglobulina anti- hepatite B ou transferência de anticorpos maternos durante a gestação). → Paciente Imune → Paciente com infecção aguda → Marcadores Hepatite C → Hepatite Delta A hepatite delta é uma doença satélite em que o HDV obrigatoriamente necessita da infecção pelo HBV para asua replicação; Os pacientes portadores de hepatite B crônica são potenciais reservatórios para a infecção pelo HDV, sendo fundamental a vacinação para a redução dos casos de hepatite delta; A bacia amazônica é uma região endêmica para o HBV, sendo favorável a circulação do HDV, principalmente em populações rurais e indígenas; O diagnóstico inicial é realizado pela detecção de anticorpos anti-HDV, com a complementação por teste molecular para a detecção do genoma viral (HDV-RNA). A hepatite D deve ser investigada em indivíduos que apresentem resultados reagentes em imunoensaios para o HBsAg e que residam ou tenham estado em áreas endêmicas para esse agravo. → Marcadores Hepatite Delta ✓ Infecta células do sistema imune. ✓ A replicação é altamente espécie- específica (T CD4, macrofágos) → Estágios da infecção/Sintomatologia ➢ Infecção Primária: Ocorre replicação viral e viremia (detectada em cerca de 8-12 semanas) ➢ Disseminação do vírus para órgãos linfóides: 50 a 75% desenvolvem síndrome semelhante à Mononucleose aguda, em 3 a 6 semanas. ➢ Latência clínica: Alta taxa de replicação viral, com aparecimento de sintomas ou a doença, podendo perdurar por 10 anos. ➢ Doença clínica: Expressão elevada do vírus e surgimento de doenças oportunistas( A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por HIV se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a aids. Quem chega a essa fase, por não saber da sua infecção ou não seguir o tratamento indicado pela equipe de saúde, pode sofrer de hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer) ➢ Morte. → Diagnóstico • Detecção de anticorpos; • Detecção de antígenos; • Cultura viral; Amplificação do genoma do vírus Os testes laboratoriais atuais podem detectar os seguintes marcadores da infecção pelo HIV: • ácido ribonucleico (RNA) ou ácido desoxirribonucleico (DNA) proviral; • proteína p24; • anticorpos anti-HIV. • ELISA - Triagem, - anti gp120, anti gp41 e anti gp24 • WESTERN-BLOT – Confirmatório - anti gp120, anti gp41, anti gp24 e anti gp 31 → Classificação • Os vírus DenV e ZikV são espécies do gênero flavivirus, pertencentes à família viral Flaviviridae; • O ChikV é um alphavírus da família Togaviridae. → Sinais e sintomas → Dengue Vírus tem 4 sorotipos: – DENV 1 – DENV 2 – DENV 3 – DENV 4 • A pessoa que adquire um desses sorotipos fica imune a ele pelo resto da vida, mas não aos demais. • Quadros graves são mais comuns em episódios subsequentes. Não há transmissão de pessoa a pessoa. Há registros de transmissão da mãe para o feto e por transfusão de sangue Sintomas: • De 4 a 10 dias após a picada • Duração de 2 a 7 dias • A febre costuma diminuir ou desaparecer entre o 3º e 7º dias da doença. • Período crítico! • Sinais de alarme. Arboviroses OBS: AS PESSOAS INFECTADAS COM O VÍRUS PODEM TRANSMITI-LO PARA O MOSQUITO ATÉ O SEXTO DIA DA DOENÇA INSTALADA a confirmação da dengue é feita com base nos sintomas apresentados e nos exames físico e laboratoriais. o hemograma (hematócrito e plaquetas) pode auxiliar e agilizar os cuidados que o doente deve ter. → Chikungunya os sintomas da doença começam de dois a 10 dias após a picada do mosquito as pessoas infectadas com o vírus podem transmiti-lo para o mosquito até o quinto dia da doença os sinais e sintomas tanto da dengue e chikungunya tendem a ser mais intensos em crianças e idosos. pessoas com doenças crônicastem mais chances de desenvolver formas graves da doença. Sintomas: • Febre alta de início rápido • Dores intensas simétricas nas articulações dos pés, mãos, dedos, tornozelos, punhos e joelhos. • Dores no corpo • Dor de cabeça • Manchas vermelhas na pele → ZIka • A evolução da Zika é benigna. • Os sintomas desaparecem espontaneamente de 3 a 7 dias. A transmissão pode acontecer da mulher grávida para o feto e está relacionada a danos fetais. a maioria das pessoas infectadas não desenvolve manifestações clínicas, mas podem ter: • Dor de cabeça • Febre baixa • Dores leves nas articulações • Manchas vermelhas • Coceira na pele • Vermelhidão nos olhos Gestantes: • Abortamento. • Microcefalia. • Formas graves e atípicas são raras mas podem evoluir para o óbito. → Transmissão ✓ Aproximadamente 80% da transmissão é vetorial; ✓ Durante a picada o inseto alimenta-se do sangue do hospedeiro e defeca próximo ao local da picada; ✓ nas fezes do vetor estão presentes as formas infectantes (tripomastigotas metacíclicos). ✓ Outras formas: Transfusão sanguínea (~16%) (importante em áreas não endêmicas Acidentes de laboratório (fezes de triatomíneos, culturas de T. cruzi, manejo de animais em experimentação) Oral (triatomíneos infectados macerados junto com alimentos, p. ex. açaí, caldo de cana) Doença de Chagas Transplante de órgãos Congênita → Mosforlogia → Fase aguda Sintomática ou Assintomática (duração 3-4meses) ✓ Manifestações locais: ➢ Sinal de Romaña (edema na região da pálpebra) ➢ Chagoma de inoculação (resposta inflamatória no local da entrada do parasito) ✓ Manifestações gerais: Parasitemia patente ✓ Outros sintomas ➢ Febre, mal estar, cefaléia e anorexia; ➢ Linfoadenomegalia e hepatoesplenomegalia sutis; ➢ Miocardite aguda com alterações eletrocardiográficas (raramente); ➢ Meningoencefalite (raramente). → Fase crônica duração 5 a 30 anos 1. Formas indeterminadas; Ausência de manifestações clínicas, radiográficas e eletrocardiográficas; A maioria dos pacientes permanece na forma indeterminada, sem apresentar sintomatologia, por toda a vida; Parasitemia – subpatente. 2. Cardiopatia chagásica crônica Aparecimento cerca de 15-20 anos após a infecção inicial; É a mais importante forma de limitação ao doente chagásico e principal causa de morte; Pode apresentar-se sem sintomatologia, mas com alterações eletrocardiográficas; Caracterizada por miocardite crônica progressiva, dilatação de cavidades e hipertrofia ventricular, distúrbios de condução elétrica, arritmias e insuficiência cardíaca 3. Formas digestivas (megas). Caracterizam-se por alterações ao longo do trato digestivo destruição de neurônios dos plexos mioentéricos (parassimpático) esfíncteres em contração permanente (simpático) Dificuldade de trânsito de alimentos/ fezes cárdia: acúmulo de alimentos – megaesôfago reto-sigmóide: acúmulo de fezes – megacólon → Mecanismo de patogenicidade ➢ Destruição células parasitadas pelo T. cruzi. Antígenos T. cruzi expressos membrana de células do hospedeiro ➢ Destruição células não parasitadas pelo T. cruzi. Antígenos T. cruzi “depositados” na membrana Autoimunidade: Antígenos T. cruzi e de células hospedeiras - reatividade cruzada Obs: Parasitemia baixíssima - Parasita nunca é totalmente eliminado → Diagnóstico Outros: ✓ Teste de aglutinação em partículas de gelatina ✓ Sorologia (“western blot”) utilizando antígenos nativos: antígenos de excreção- secreção (tripomastigotas) ✓ Sorologia (ELISA) utilizando antígenos recombinantes: ✓ PCR • Infecção mais comum no mundo (10 – 68%); • Prevalência da doença é baixa; • Felídeos: Hospedeiro definitivo (parasito intestinal); • Demais animais: Hospedeiros intermediários (parasito tecidual); → Transmissão • Predação (carnivorismo) e a ingestão de oocistos: infectam 300 espécies; • Em humanos: • Ingestão de carne crua ou mal cozida; • Ingestão de oocistos (caixa de areia, jardins, parques, veiculadas por mosca, vento etc.); • Congênita ou Transplacentária; • Ingestão de taquizoítos no leite cru (cabra); • Leite materno (controverso); • Saliva de animais (lambedura); • Taquizoítos no esperma; • Acidentes de laboratório. → Toxoplasmose pós natal ou adquirida Casos clínicos: Forma ganglionar ou febril: mais freqüente, onde há comprometimento ganglionar e febre. Benigno; Ocular: Retinocoroidite ( 30 – 60% por T.gondii); Cutânea: Lesões generalizadas na pele. Rara e fatal; Meningoencefálica: Lesões cerebrais. Imunocompetente (25 – 26%). → Diagnóstico • Clínico: • Difícil de ser feito; • Através da anamnese “pedir exames laboratoriais específicos”. • Imunológico: Toxoplasmose • Pesquisa de Ac IgM e IgG; • Elisa, Fixação do complemento, RIFI etc.; • Toxoplasmose congênita: pesquisa de IgM no soro da criança ou IgG em elevação; Toxoplasmose adquirida: pesquisa de IgM e IgG; Toxoplasmose ocular: pesquisa de IgA e IgG no humor aquoso + IgM e IgG no soro + exame de fundo de olho; Toxoplasmose cerebral (imunodeprimidos): pesquisa de ac + ressonância/tomografia
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