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ATIVIDADE PRÁTICA P2

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ATIVIDADE PRÁTICA P2 
Tema Tipos de Fundações Atividade nº A1 - 2 
Disciplina: Estudo Integrado Sistemas Solos e Fundações Postagem: Ulife 
Professor: Ivana Barreto Matos Valor: 10 pontos Prazo: Entrega: 
Nome Aluno 
1: 
ESCALARTE GONÇALVES Matrícula: 816119029 
Nome Aluno 
2: 
PEDRO G. S. DA COSTA Matrícula: 125111372782 
Nome Aluno 
3: 
PRISCILA PAULA FERREIRA Matrícula: 41510056 
Nome Aluno 
4: 
RAUL P. SILVA PEREIRA Matrícula: 11710786 
Nome Aluno 
4: 
ROSÂNGELA QUEIROZ Matrícula: 819226672 
I. Instruções e observações 
INSTRUÇÕES: 
 
1 – O trabalho deve ser realizado em grupo (cadastrados BB) com no máximo 4 alunos. 
2 – Para identificar os tipos de fundações que o seu grupo fará a pesquisa, encontre a sua chave: 
 
(a) somar os últimos números das matrículas dos componentes do grupo; 
(b) somar os números obtidos sucessivamente até encontrar apenas um número; 
(c) o número encontrado é a sua CHAVE. Verifique os dados que cada grupo deve utilizar nas tabelas a 
seguir. 
Exemplo: 9 + 7 + 3 = 19 (1 + 9 = 10 em que 1+0=1) – realizar a atividade número 1. 
 6 + 5 + 4 = 15 (1 + 5 = 6) - realizar a atividade número 6. 
 
MARQUE AQUI CHAVE DA SUA ATIVIDADE 
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 
A B C D E F G H I A 
 
3 – Para a resposta utilizar o tamplate capa/resposta (anexado). Ao final, disponibilize seu trabalho no 
BlackBoard, no menu Atividade: P2 - Pesquisa Tipos de Fundações. Postar apenas um trabalho por grupo. 
4 – Os melhores trabalhos de cada categoria serão postados em materiais de aula e disponibilizados para 
que todos possam consultar ampliando os seus estudos relativos ao tema. 
 
Veja aqui o seu TIPO DE FUNDAÇÕES através do número da chave obtida. 
 
(A) Alicerce e Blocos. 
(B) Sapatas Corrida e Radier. 
(C) Sapatas associadas e alavancadas. 
(D) Estacas cravadas pré-fabricada de concreto e metálicas. 
(E) Estacas do tipo Hélice Contínua e Ômega. 
(F) Estacas escavadas de grande diâmetro com e sem lama bentonita. 
(G) Estacas injetadas do tipo raiz e micro estaca. 
(H) Estacas tipo Mega. 
(I) Tubulões dos convencionais e pressurizados. 
 
OBJETIVO ESTUDO DE CASO: Pesquisar sobre tipos de fundações com foco no processo executivo, 
vantagens e desvantagens. 
 
ATIVIDADE PROPOSTA: Pesquisar sobre os tipos de fundações propostas com ênfase em seus processos 
executivos, vantagens e desvantagens. 
 
INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA: 
 
✓ HACHICH, Waldemar (Ed.) et al. Fundações: teoria e prática. 2. ed. São Paulo: PINI, 2006. Cap. 3. 
✓ VELLOSO, Dirceu de Alencar; LOPES, Francisco de Rezende. Fundações. São Paulo: Oficina de Textos, 
2004. v1. Cap. 3. 
✓ Normas da ABNT: NBR 8036; NBR 9604, NBR 9603, NBR 6484, NBR 9820, NBR 12069 etc. 
✓ Material didático disponibilizado no ambiente virtual da instituição. 
 
Roteiro para elaboração da sua resposta 
 
1 INTRODUÇÃO 
Introduzir o tema referente à categoria da fundação indicada para o grupo. 
 
2 PROCESSO EXECUTIVO 
Características de performance (modo de trabalho, processo de execução, solos passíveis de 
execução, dados particulares de capacidade ou utilização ou algo que seja relevante 
comentar). 
 
 
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
3.1 Vantagens e Desvantagens 
 
3.2 Aplicabilidade 
 
 Exemplos de situações em que este tipo de fundação foi utilizado com êxito. 
 
 
4 CONCLUSÃO 
 
A conclusão refere-se ao desfecho das questões discutidas no trabalho. Implicando numa 
observação consciente sobre os pontos capitais da pesquisa em relação aos resultados alcançados 
pelo pesquisador. É o texto que vai evidenciar se os objetivos traçados foram atingidos, se as 
fontes consultadas corresponderam positivamente às necessidades de fundamentação dos 
argumentos lançados e se os procedimentos utilizados surtiram o efeito esperado. Através da 
conclusão, fracassos e progressos são demonstrados, a fim de que se perceba que, para a ciência, 
os fracassos não são propriamente fracassos: são, apenas, desvios de resultados, os quais 
contribuirão, e muito, para o progresso contínuo da humanidade. Não devem constar figuras e 
citações de outros autores. 
5 INDICAÇÕES VÍDEOS 
6 REFERÊNCIAS 
1 
 
1. Introdução 
Fundações são elementos estruturais que possuem finalidade de transmitir para o solo, 
as solicitações que atuam na estrutura de forma segura, sem que haja recalque que prejudique 
o sistema e não cause a ruptura do solo (ALVA, 2007). 
As ações predominantes neste tipo de estruturas são as do vento, portanto no 
dimensionamento consideram-se desprezíveis os esforços de compressão quando o peso da 
estrutura é ligeiramente menor comparado com a ação do vento, logo as fundações devem ser 
escolhidas com finalidade de resistir à tração, arranque e solicitações laterais, sendo que cargas 
laterais são ocasionadas por impulsos de terra, ventos e sismos, já as cargas de arranque 
ocasionadas por ventos e marés. De forma sucinta pode-se dizer que é mais difícil fazer com 
que a estrutura fixe no terreno, do que o solo não suportar a estrutura e o solo colapsar 
(TOMLINSON & WOODWARD, 2008). 
De acordo com o item 3.27 da NBR 6122 (ABNT, 2019, p. 05) 
Fundação profunda é o elemento de fundação que transmite a carga ao terreno ou pela 
base (resistência de ponta) ou por sua superfície lateral (resistência de fuste) ou por 
uma combinação das duas, sendo sua ponta ou base apoiada em uma profundidade 
superior a oito vezes a sua menor dimensão em planta e no mínimo 3 m; quando não 
for atingido o limite de oito vezes, a denominação é justificada. Neste tipo de fundação 
incluem-se as estacas e os tubulões. 
Conforme Alonso (2009), as fundações em geral são projetadas para resistir os esforços 
das cargas postas pela edificação, e consequentemente impõe 3 condições primordiais para o 
seu bom funcionamento, segurança, funcionalidade e durabilidade. A segurança, deve atender 
as especificações do estado limite último (ELU), a funcionalidade, propõe evitar a fissuração e 
o recalque do solo e a durabilidade, garante a edificação ativa ao longo da sua vida útil de 
projeto. 
Este projeto de pesquisa delimitou-se em colher informações o tipo de fundação 
chamada sapatas corridas e radier, tendo como base trabalhos de caráter científico e fragmentos 
das normas. 
2 
 
2. Tipos de fundações 
2.1. Sapata isolada 
De acordo com o item 3.2 da NBR 6122 (ABNT, 2010, p. 91) 
Elemento de fundação superficial, de concreto armado, dimensionado de modo que 
as tensões de tração nele resultantes sejam resistidas pelo emprego de armadura 
especialmente disposta para esse fim. 
De acordo com Bastos (2019), a carga da estrutura é dividida para os pilares que por 
sua vez distribui para a fundação, sendo assim a carga exercida pelo pilar na sapata é aplicada 
diretamente em sua base, e a tensão ou pressão de apoio que a área da base de uma sapata exerce 
no solo é o fator mais importante, relativo à conexão da base para com o solo. 
A sapata isolada é a mais comum nas edificações, sendo aquela que transmite ao solo 
as ações de um único pilar. As formas que a sapata isolada pode ter, em planta, são muito 
variadas, mas a retangular é a mais comum, devido aos pilares retangulares, conforme ilustrado 
na Figura 1 
Figura 2 - Sapata isolada. 
 
Fonte: Bastos (2019). 
Uma sapata isolada é construída em forma de cubo de concreto, e será a responsável por 
suportar uma coluna ou pilar. Para cada coluna, é necessário haver uma sapata na construção. 
Com essa instalação, a estrutura suporta o peso da edificação, pois a carga é recebida pelos 
pilares, transmitidas às sapatas e então distribuída pelo solo. 
O primeiro passo para a construção de uma sapata isolada é a contratação de um 
profissional para realizar o seu projeto. Apenas um especialista pode avaliar corretamente o 
terreno e indicar o tipo de fundação mais adequado ao prédio objetivado. Em seguida são 
3 
 
verificados o tombamento, deslizamento da sapata ese a tensão atuante é inferior à tensão 
admissível, ou seja, se a carga suportada pela estrutura é menor do que a que ela suporta. Isso 
garante uma margem de segurança à construção. 
Assim que as escavações forem realizadas de acordo com o projeto, é necessário 
compactar adequadamente o fundo do buraco. O solo desse furo deve, em seguida, receber uma 
camada de cinco centímetro de concreto magro. 
Em vez do concreto magro, é possível forrar as valas com lonas plásticas, ou mesmo 
com uma camada de brita. Neste último caso, é fundamental que as pedras sejam bem 
compactadas e umedecidas antes do derrame do concreto na superfície. Logo depois, é preciso 
posicionar no buraco as armações de aço. Para evitar que a estrutura se mova durante a 
concretagem é interessante utilizar espaçadores laterais à sua volta, fixando a armação no local 
adequado. 
Figura 3 - Processo executivo sapata isolada 
 
Fonte: Bastos (2019). 
Em seguida, deve-se fixar as colunas de aço de arranque, que ficam expostas na vertical. 
Serão essas barras as responsáveis pela fixação dos pilares ou colunas do imóvel na sapata. Para 
a correta execução do projeto, as colunas de arranque devem ser posicionadas de forma 
perpendicular, e bem no centro da sapata. 
Se o terreno está abaixo do nível da rua, também é necessário utilizar as chamadas 
caixarias. Ou seja, tábuas de madeira que darão formato às sapatas. Apenas após o 
posicionamento dessas caixarias é possível aplicar o concreto na superfície. É possível ou 
4 
 
produzir o concreto no canteiro de obras, ou comprá-lo pronto. Novamente, a escolha depende 
do projeto realizado para a construção. 
De qualquer modo, a mistura deve ser homogênea e com consistência pastosa. Após 
sete dias, a massa estará seca. As sapatas adequadas a suportar o imóvel terão uma cor e 
consistência homogênea, sem “manchas” ou furos. Ainda é importante destacar que, caso haja 
colunas muito próximas na construção, duas ou mais sapatas isoladas podem ser 
“transformadas”. Neste caso, em uma sapata isolada, ou seja, em uma sapata com comprimento 
maior. Retangular, a estrutura também terá dois arranques. 
2.1.1. Vantagens 
A principal vantagem obtida com o uso da sapata isolada é a economia de custos. 
Considere este tipo de fundação e outra, que requeira grande quantidade de concreto e/ou uma 
escavação mais profunda. Nos segundos casos citados, o gasto com materiais será bem maior, 
assim como os valores pagos para a mão de obra contratada. Logo, o tipo de fundação mais 
simples é mais barato. 
Ao mesmo tempo, é possível contar com a rapidez de execução do projeto. Isso uma 
vez que a escavação necessária é pequena, e porque montar a estrutura da sapata é bastante 
simples. O maior tempo gasto com a construção será o de secagem do concreto, que geralmente 
é de 7 dias. 
Outra vantagem interessante da opção é que não são necessárias ferramentas ou 
máquinas especiais para a execução da obra. Além disso, as sapatas isoladas são capazes de 
suportar enorme quantidade de carga. Especialmente ao compararmos a alternativa a opções de 
fundação como os blocos não armados ou o baldrame. Desde que o número de sapatas seja 
adequadamente determinado no projeto de construção, o resultado para a obra será seguro e 
suficiente. 
2.1.2. Desvantagens 
Em uma obra com sapata isolada o custo com mão de obra costuma ser menor. Contudo, 
é importante contar com trabalhadores especializados no assunto. Isso porque, o sistema de 
5 
 
fundação é artesanal, e nem todos estão adequadamente capacitados para executá-lo. Essa é 
uma das limitações da sapata: a necessidade de mão de obra especializada. 
Antes da escolha por este sistema, é igualmente importante considerar sua capacidade 
de suporte. Por isso, seu uso é bastante limitado – apenas a casas térreas. Para edificações com 
mais de um pavimento, é imprescindível adotar ao tipo gaiola de fundação, ou outro. 
Há certa dificuldade de fazer a escavação dos espaços para instalação das sapatas em 
divisas. Até mesmo porque, a instalação das colunas e pilares nesses espaços é também mais 
complexo. Logo, é comum que os trabalhadores utilizem alguns dias extras para essa instalação. 
2.1.3. Aplicabilidade 
Pode-se concluir que a sapata isolada é o meio de fundação mais viável na residência 
popular em questão, com uma diferença percentual bem pequena, cerca de 1,35%, a sapata 
ainda é a opção mais preferível visto que não necessita de equipamentos motorizados e mão de 
obra especializada. 
Ambas os tipos de fundações analisados tiveram praticamente o mesmo valor em 
relação ao custo direto, porém, em relação a preferência e usabilidade, as sapatas isoladas são 
uma boa e econômica escolha para este tipo de estabelecimento, atendendo com maestria a 
demanda necessária. 
2.2. Radier 
O radier é um tipo de fundação superficial na qual toda a carga da edificação é 
transferida para uma laje maciça de concreto. Por se tratar de uma fundação direta que distribui 
uniformemente todo o peso da edificação no terreno, pode ser utilizado em vários tipos de solo, 
desde que seja feita uma análise conjunta do cálculo estrutural e do estudo da capacidade de 
carga do sol. 
A construção de um radier armado para uma residência, por exemplo, pode ser 
concluída em dois dias, por três funcionários um dia e meio para montagem e meio-dia para 
concretagem. Em função da flexibilidade e da velocidade de execução proporcionadas, o radier 
combina com sistemas estruturais tradicionais e com industrializados, como light steel framing 
(aço) e wood frame (madeira). Esse tipo de fundação permite criar rapidamente uma plataforma 
6 
 
de trabalho para serviços posteriores, o que pode beneficiar o planejamento das etapas 
subsequentes. Em contrapartida, impõe a execução precoce de instalações sanitárias e 
hidráulicas. 
Dependendo das características e da escala do projeto, os radiers podem ser executados 
em concreto armado, em concreto reforçado com fibras ou em concreto protendido. Em todos 
os casos, o elemento de fundação deve resistir aos esforços pontuais de cada pilar, além de 
suportar eventuais pressões do lençol freático. 
O tipo mais usual, de concreto armado, é indicado para a construção de casas e de 
edifícios com, no máximo, quatro ou cinco pavimentos. O radier protendido tem aplicação em 
projetos que exigem apoiar várias casas contínuas e em edificações mais altas, que chegam a 
doze pavimentos. Também pode ser uma solução interessante quando a construtora quer 
diminuir o consumo de concreto, em comparação ao modelo armado. O radier com concreto 
reforçado com fibras tem aplicação apenas em casas térreas e sobrados. 
A laje de fundação pode ser do tipo flexível (quando não possui vigas de concreto) ou 
rígido (quando tem vigas de concreto para aumentar sua rigidez). A opção por um ou outro 
modelo depende da resistência do solo, das cargas atuantes sobre o radier e da intensidade e 
aplicação das ações da estrutura. Geralmente, em solos expansivos utiliza-se um radier 
nervurado, que tem maior rigidez. 
Como ocorre em outros tipos de fundações, a construção de um radier de concreto tem 
início com um estudo topográfico do terreno. Durante a terraplenagem, deve ser respeitada uma 
tolerância máxima de variação no nivelamento de 1 cm ou 2 cm para evitar consumo excessivo 
de concreto. Na sequência são montadas as instalações hidráulicas (água e esgoto) e as caixas 
de passagens das instalações elétricas. A base que irá apoiar o radier deve ser preparada com 
uma camada de brita de, aproximadamente, 7 cm, protegida por lona plástica. 
As etapas seguintes são a montagem das fôrmas, que podem ser metálicas ou de 
compensado de madeira, e a colocação da armadura, que pode empregar tela metálica (simples 
ou dupla), com ou sem reforço. Para garantir o cobrimento adequado e o correto posicionamento 
dos vergalhões de aço, devem ser utilizados espaçadores. 
As armadurasprecisam ser dimensionadas de acordo com as cargas atuantes, com a 
resistência do concreto utilizada e com a capacidade de carga do solo. A concretagem do radier 
é feita in loco e pode se dar por meio de bomba ou jerica. Após o derramamento da massa, o 
acabamento superficial é obtido por sarrafeamento, desempenamento e acabadora mecânica de 
7 
 
superfície. A cura do concreto armado pode ser feita com lâmina d’água ou manta geotêxtil 
umedecida. Para radiers armados, normalmente utiliza-se concreto com resistência à 
compressão de 25 MPa. Já para os protendidos, o mais comum é recorrer ao concreto de 30 
MPA. 
Figura 3 - Processo executivo radier 
 
Fonte: APL Engenharia (2019). 
A conclusão dos trabalhos se dá com a impermeabilização da laje de fundação, 
privilegiando sistemas flexíveis, como as mantas asfálticas, que acompanham a movimentação 
da laje e criam uma barreira física, evitando que a umidade presente no solo suba para a 
estrutura através dos poros do concreto. 
Entre as etapas mais críticas da execução de um radier destaca-se a recomposição das 
valas abertas para instalações elétricas e hidrossanitárias. Nesse momento, é preciso preencher 
todos os vazios e garantir o nivelamento do terreno. 
Outros momentos que demandam atenção especial do construtor são a execução da viga 
de borda e a manutenção da espessura do concreto em toda a extensão do sistema. Tanto a 
concepção quanto a construção de radiers de concreto devem obedecer aos requisitos da ABNT 
NBR 6122:2010, que trata do projeto e execução de fundações. 
8 
 
2.2.1. Vantangens 
O radier apresente menor custo que outros tipos de fundações rasas e profundas, uma 
vez que seu processo executivo é mais simples, emprega menor quantidade de material, é mais 
rápido e requer menor quantidade de mão de obra disponível. Com a redução do custo, a 
edificação passa a ter um preço mais competitivo, proporcionando, assim, maior lucratividade 
ao construtor. 
Como o processo executivo não demanda grandes escavações, montagens de formas ou 
armaduras complexas, não é necessária uma equipe muito grande, proporcionando uma maior 
economia com a redução de mão de obra. 
Conforme citado, o processo executivo é simples e não demanda grandes escavações e, 
consequentemente, não há grande movimentação de terra. O processo de nivelamento e 
compactação é mais simples, assim como os demais processos, como montagem das formas e 
armaduras. Dessa maneira, a redução do tempo de execução é significativa, gerando também 
uma economia para o construtor e para o cliente. 
2.2.2. Desvantagens 
Existem algumas desvantagens no processo executivo da fundação radier. A 
necessidade de realizar as instalações hidrossanitárias precocemente pode ser um fator negativo 
quando o projeto não está definido ou o planejamento não for feito de forma adequada. Além 
disso, quando é necessário aumentar a resistência do radier, existe uma dificuldade, pois o 
processo é mais difícil e promove elevação nos custos. 
A fundação radier está muito presente em diversas obras justamente por ser uma opção 
extremamente interessante e viável economicamente tanto pela execução mais rápida, quanto 
por apresentar menor custo e possibilidade de uma menor equipe de trabalho. Contudo, para 
que seja possível, é essencial que o solo apresente as características necessárias para a 
viabilidade dessa fundação. 
Como a fundação é um processo imprescindível para a qualidade e segurança de uma 
edificação e pode representar um custo significativo, é muito importante que a escolha do tipo 
seja adequada e que a execução siga as normas técnicas e seja realizada por profissionais 
qualificados. 
9 
 
2.2.3. Aplicabilidade 
A maioria das pessoas associa a utilização do radier a obras de pequeno porte, porém a 
escolha do tipo de fundação não depende apenas da dimensão e da estrutura de uma edificação, 
sendo o solo o fator determinante. Quando a resistência do solo é suficiente, independentemente 
da altura e das cargas, a fundação radier pode ser utilizada. 
Contudo, em geral, a fundação radier é muito utilizada em obras cuja possibilidade de 
execução de fundação superficial é constatada e quando a fundação direta projetada ocupar uma 
área superior a 60% do terreno. Quando isso ocorre, torna-se mais interessante e viável o uso 
do radier em vez de sapatas, por exemplo. 
Inclusive, o prédio mais alto do mundo o edifício Burk Khalifa, situado em Dubai tem 
828 metros de altura e está apoiado em um radier estaqueado. Nesse caso, o radier substituiu os 
blocos de estaca, que seriam muito maiores do que se tivesse sido escolhido outro tipo de 
fundação.A fundação radier também é muito utilizada quando se deseja evitar o recalque do 
solo por meio da obtenção de uma melhor distribuição de cargas para o solo ou para as estacas, 
uma vez que o radier distribui as cargas de toda a edificação uniformemente no terreno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
3. Conclusão 
Na pesquisa estudado, verificou-se então que a fundação em radier tem um custo de 
execução bem mais elevado, comparado com a sapata isolada. Isso ocorre pelo fato do radier 
ser um elemento único de fundação, laje que suporta todas as cargas da superestrutura, 
resultando em uma estrutura de fundação rígida necessária para suportar os esforços provocados 
pelos carregamentos. Outros fatores que contribuíram de forma significativa para o aumento de 
custo de execução do radier foram o consumo de concreto e principalmente o consumo de aço, 
que é mais representativo. 
Os resultados demonstram que para um modelo de casa térrea a fundação em sapata 
torna-se a solução mais viável economicamente. Este fato é possível devido ao menor consumo 
de materiais e principalmente pelo processo executivo da fundação em sapata, ou seja, para 
cada pilar uma única fundação em sapata, interligadas através de vigas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
4. Referências 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6118: Projeto de Estruturas de Concreto – 
Procedimento. Rio de Janeiro, 2014. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6120: Cargas para o cálculo de estruturas de 
edificações. Rio de Janeiro, 1980. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6122: Projeto e Execução de Fundações. Rio de 
Janeiro, 2010. 
ABMS/ABEF. Fundações: Teoria e Prática. 2ª edição. São Paulo: Editora PINI, 2012. 
ALMEIDA, Luiz Carlos. Lajes sobre solo para fundação de residência. 2001. 116 p. Dissertação (Pós-
Graduação em Engenharia Civil) – Departamento de Estrutura, Universidade Federal de Campinas, Campinas, 
2001. Disponível em: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000235351&opt=4. Acesso 
em: 30 de maio 2022. 
ALONSO, Urbano Rodrigues. Exercício de Fundações. 3ª edição. São Paulo: Editora Edgard, 2013. 
BASTOS, Paulo Sérgio dos Santos. Notas de aula de Estruturas de Concreto III. Curso de graduação em 
Engenharia Civil. Universidade Estadual Paulista. Bauru, 2012. Disponível em: 
https://engenhariacivilfsp.files.wordpress.com/2015/09/sapatas.pdf Acesso em: 28 maio 2022.

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