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Aula 25 Reabilitação Pulmonar

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Definição 
Intervenção abrangente baseada na avaliação 
completa do paciente seguida de terapias adaptadas que 
incluem, mas não são limitadas ao exercício físico, 
educação e mudança de hábitos de vida desenhada para 
melhorar as condições físicas e psicológicas desses 
indivíduos e promover aderência a longo prazo das 
mudanças de estilo de vida”. 
Duração e Frequência 
 Não há consenso sobre a duração, processo de 
acordo com os objetivos traçados e optimização do 
benefício. 
 Quanto maior a duração maiores os ganhos e 
manutenção (8 a 12 semanas – esta última apresenta 
maiores benefícios quando comparada a programas de 
curta duração); 
 A frequência varia de acordo com o local da RP 
(hospitalar 5x/semana, ambulatorial 2 a 3x/semana); 
 Sessões de 1 a 4 hrs divididas em atividades de 
educação e exercícios físicos; 
 A composição da equipe varia entre os países, 
sendo recomendada a participação de pneumologista, 
geriatra, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, 
enfermeiro, nutricionista, especialistas em fisiologia do 
exercício, psicólogo entre outros. 
Princípios da RP 
 Individualizada; 
 Alívio dos sintomas; 
 Prevenção das exacerbações; 
 Adaptada a qualquer indivíduo com doença 
respiratória crônica com alto grau de recomendação a 
sujeitos com sintomas de dispneia e fadiga persistentes 
e/ou limitações no status funcional; 
 Prescrito para indivíduos com VEF1 < 50% do 
predito. 
 Considerado para indivíduos sintomáticos com 
limitação ao exercício e FEV > 50% do predito. 
Indicação 
 Indicada para indivíduos com redução em: 
 Status de saúde; 
 Tolerância ao exercício; 
 Atividade física; 
 Força muscular; 
 Performance ocupacional; 
 AVDs. 
 Os participantes da RP apresentam 
frequentemente comorbidades associadas como doenças 
cardiovasculares, distúrbios metabólicos, disfunção 
musculoesquelética, anemia, infecções, disfunções 
psicológicas e cognitivas entre outras. 
 
Contraindicações 
 Contraindicações que possam colocar o paciente 
em risco ou inferior no processo de RP: 
 Doenças músculos esqueléticas que impeçam a 
realização da RP; 
 Angina instável; 
 HAS descontrolada; 
 IAM recente. 
Objetivos da RP 
 Alcançar maior grau de independência funcional 
possível e uma melhora na qualidade de vida relacionada 
à saúde; 
 Aumentar tolerância ao exercício; 
 Diminuir sintomatologia; 
 Promover autonomia; 
 Aumentar participação em AVDs; 
 Melhorar QV; 
 Promover mudanças de comportamento a longo 
prazo. 
Avaliação do Paciente em RP 
 Capacidade de exercício físico, desempenho 
físico, necessidade suplementar de O2, comorbidades, 
sintomas, QV relacionada a saúde. 
 Instrumentos de avaliação: 
o Prova de função pulmonar: classificação de 
enfermidade (GOLD); 
o Medidas antropométricas; 
o Infecções respiratórias de repetição com 
retenção de secreção; 
o Sintomas de fadiga e dispneia ao esforço; 
o Comorbidades; 
o Status funcional e atividade física; 
o Capacidade de exercício; 
o Índice BODE; 
o Avaliação dos mm respiratórios e 
periféricos; 
o QV relacionada à saúde. 
Princípios do Treinamento 
 Endurance: condicionamento MMII, melhora 
da função cardiorrespiratória, treinos mais comuns 
(caminhada, bicicleta, natação, dança, escadas e 
atualmente o número de passos por dia). 
 Intervalado: alterna períodos de alta intensidade 
com períodos de repouso e baixa intensidade, indicado 
para pacientes que não conseguem se exercitar 
continuamente por longos períodos de tempo. 
 
 Resistido: auxiliam na manutenção ou aumento 
de massa e força muscular, auxiliam na manutenção da 
Reabilitação Pulmonar 
densidade mineral óssea (diminuída em aprox. 50% dos 
pacientes com DPOC), resultam em menor dispneia. 
Benefícios do Treinamento Físico 
 Melhora função cardiovascular; 
 Melhora da função muscular; 
 Melhora capacidade oxidativa; 
 Reduz a demanda ventilatória para taxas de 
trabalho submáximo; 
 Reduz hiperinsuflação dinâmica; 
 Reduz dispneia. 
Programa de RP 
 Pacientes: todos os pacientes com doenças 
crônicas respiratórias com sintomas persistentes e 
limitação da atividade física. 
 Locais de realização da RP: hospitalar, 
ambulatorial e domiciliar. 
 Frequência, duração e supervisão: 
o Frequência semanal da RP: 3 – 5x/semana; 
o Duração do programa de RP: de 8 a 12 
semanas; 
o Supervisão: parcial ou totalmente. 
 Atribuições do fisioterapeuta: 
o Prescrever e conduzir o programa de 
exercícios físicos; 
o Realizar a avaliação do paciente; 
o Determinar a intensidade de esforço, carga 
de treinamento, tempo de execução, 
frequência do treinamento e controle dos 
sintomas; 
o Ensinar os exercícios de fisioterapia 
respiratória. 
 
 
 
Exercícios Aeróbicos 
 Promover condicionamento cardiorrespiratório; 
 Condicionamento de MMII; 
 Atividade rítmica e aeróbica; 
 Pode ser contínuo ou intervalado: 
o Contínuo: 
 Frequência: 3 – 5x/semana; 
 Intensidade: > 60% de 1RM, 40 – 
60% FCT ou VO2 entre 65 – 85%; 
 Duração: 20 a 60 minutos; 
 BORG, dispneia e fadiga: 4 a 6. 
o Intervalado: 
 30 – 60s: intensidade (90 – 100% da 
FCT), intervalo (1:2); 
 2 – 3m: intensidade (70% da FCT), 
intervalo (2:1). 
 Atividades envolvem grandes grupos musculares; 
 Bicicleta; 
 Esteira. 
Treino Resistido 
 Treinamento de MMII e MMSS 
 Ganho de massa e força muscular 
 Não resulta em melhora da capacidade de 
exercício 
 Deve ser associado ao treino aeróbico. 
 Resistido: 
o Frequência: 2 – 3x / semana; 
o Série: 1 – 3; 
o Repetições: 8 – 12; 
o Carga inicial: 60 – 70% de 1RM; 
o Progressão: aumento de peso, nº de rep e 
séries, diminui o tempo de repouso. 
Eletroestimulação Neuromuscular 
 Indicada para pacientes com fraqueza muscular 
severa que impeça a participação no programa de RP 
 Técnica alternativa de treinamento muscular 
 Sem a necessidade de exercício convencional 
 Protocolo específico: 
o Intensidade; 
o Frequência; 
o Duração; 
o Formato de onda; 
o A amplitude determina a força de contração 
muscular. 
Treinamento Muscular Respiratório 
 Redução da pressão respiratória contribui para: 
 Intolerância ao exercício; 
 Aumento da sensação de dispneia; 
 Pacientes com fraqueza da musculatura 
inspiratória. 
Oxigenoterapia 
 Em pacientes em uso prolongado de O2 
suplementar: 
 Aumento da tolerância ao exercício; 
 Diminuição da sensação de dispneia. 
 Devido a diferentes desfechos nos estudos 
avaliando o uso de O2 durante o exercício físico seu uso 
não deve ser utilizado equivocadamente. 
VNI 
 Durante o exercício há o aumento do fluxo 
expiratório o que torna o tempo para “esvaziar” os 
pulmões insuficientes levando ao aumento do volume 
expiratório final, ou seja, a respiração ocorre em volume 
pulmonar próximo a CPT. 
 Assim a VNI: 
 Diminui a carga dos músculos respiratórios; 
 Diminui o trabalho respiratório durante o 
exercício; 
 Diminuição da dispneia 
 Melhora das trocas gasosas 
 Aumento da ventilação minuto 
 Aumento do tempo de tolerância ao exercício 
 Recomenda-se o uso como terapia adjuvante a 
RP uma vez que estudos mostram que quanto maior a 
pressão maiores os benefícios.

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