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Definição Intervenção abrangente baseada na avaliação completa do paciente seguida de terapias adaptadas que incluem, mas não são limitadas ao exercício físico, educação e mudança de hábitos de vida desenhada para melhorar as condições físicas e psicológicas desses indivíduos e promover aderência a longo prazo das mudanças de estilo de vida”. Duração e Frequência Não há consenso sobre a duração, processo de acordo com os objetivos traçados e optimização do benefício. Quanto maior a duração maiores os ganhos e manutenção (8 a 12 semanas – esta última apresenta maiores benefícios quando comparada a programas de curta duração); A frequência varia de acordo com o local da RP (hospitalar 5x/semana, ambulatorial 2 a 3x/semana); Sessões de 1 a 4 hrs divididas em atividades de educação e exercícios físicos; A composição da equipe varia entre os países, sendo recomendada a participação de pneumologista, geriatra, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, enfermeiro, nutricionista, especialistas em fisiologia do exercício, psicólogo entre outros. Princípios da RP Individualizada; Alívio dos sintomas; Prevenção das exacerbações; Adaptada a qualquer indivíduo com doença respiratória crônica com alto grau de recomendação a sujeitos com sintomas de dispneia e fadiga persistentes e/ou limitações no status funcional; Prescrito para indivíduos com VEF1 < 50% do predito. Considerado para indivíduos sintomáticos com limitação ao exercício e FEV > 50% do predito. Indicação Indicada para indivíduos com redução em: Status de saúde; Tolerância ao exercício; Atividade física; Força muscular; Performance ocupacional; AVDs. Os participantes da RP apresentam frequentemente comorbidades associadas como doenças cardiovasculares, distúrbios metabólicos, disfunção musculoesquelética, anemia, infecções, disfunções psicológicas e cognitivas entre outras. Contraindicações Contraindicações que possam colocar o paciente em risco ou inferior no processo de RP: Doenças músculos esqueléticas que impeçam a realização da RP; Angina instável; HAS descontrolada; IAM recente. Objetivos da RP Alcançar maior grau de independência funcional possível e uma melhora na qualidade de vida relacionada à saúde; Aumentar tolerância ao exercício; Diminuir sintomatologia; Promover autonomia; Aumentar participação em AVDs; Melhorar QV; Promover mudanças de comportamento a longo prazo. Avaliação do Paciente em RP Capacidade de exercício físico, desempenho físico, necessidade suplementar de O2, comorbidades, sintomas, QV relacionada a saúde. Instrumentos de avaliação: o Prova de função pulmonar: classificação de enfermidade (GOLD); o Medidas antropométricas; o Infecções respiratórias de repetição com retenção de secreção; o Sintomas de fadiga e dispneia ao esforço; o Comorbidades; o Status funcional e atividade física; o Capacidade de exercício; o Índice BODE; o Avaliação dos mm respiratórios e periféricos; o QV relacionada à saúde. Princípios do Treinamento Endurance: condicionamento MMII, melhora da função cardiorrespiratória, treinos mais comuns (caminhada, bicicleta, natação, dança, escadas e atualmente o número de passos por dia). Intervalado: alterna períodos de alta intensidade com períodos de repouso e baixa intensidade, indicado para pacientes que não conseguem se exercitar continuamente por longos períodos de tempo. Resistido: auxiliam na manutenção ou aumento de massa e força muscular, auxiliam na manutenção da Reabilitação Pulmonar densidade mineral óssea (diminuída em aprox. 50% dos pacientes com DPOC), resultam em menor dispneia. Benefícios do Treinamento Físico Melhora função cardiovascular; Melhora da função muscular; Melhora capacidade oxidativa; Reduz a demanda ventilatória para taxas de trabalho submáximo; Reduz hiperinsuflação dinâmica; Reduz dispneia. Programa de RP Pacientes: todos os pacientes com doenças crônicas respiratórias com sintomas persistentes e limitação da atividade física. Locais de realização da RP: hospitalar, ambulatorial e domiciliar. Frequência, duração e supervisão: o Frequência semanal da RP: 3 – 5x/semana; o Duração do programa de RP: de 8 a 12 semanas; o Supervisão: parcial ou totalmente. Atribuições do fisioterapeuta: o Prescrever e conduzir o programa de exercícios físicos; o Realizar a avaliação do paciente; o Determinar a intensidade de esforço, carga de treinamento, tempo de execução, frequência do treinamento e controle dos sintomas; o Ensinar os exercícios de fisioterapia respiratória. Exercícios Aeróbicos Promover condicionamento cardiorrespiratório; Condicionamento de MMII; Atividade rítmica e aeróbica; Pode ser contínuo ou intervalado: o Contínuo: Frequência: 3 – 5x/semana; Intensidade: > 60% de 1RM, 40 – 60% FCT ou VO2 entre 65 – 85%; Duração: 20 a 60 minutos; BORG, dispneia e fadiga: 4 a 6. o Intervalado: 30 – 60s: intensidade (90 – 100% da FCT), intervalo (1:2); 2 – 3m: intensidade (70% da FCT), intervalo (2:1). Atividades envolvem grandes grupos musculares; Bicicleta; Esteira. Treino Resistido Treinamento de MMII e MMSS Ganho de massa e força muscular Não resulta em melhora da capacidade de exercício Deve ser associado ao treino aeróbico. Resistido: o Frequência: 2 – 3x / semana; o Série: 1 – 3; o Repetições: 8 – 12; o Carga inicial: 60 – 70% de 1RM; o Progressão: aumento de peso, nº de rep e séries, diminui o tempo de repouso. Eletroestimulação Neuromuscular Indicada para pacientes com fraqueza muscular severa que impeça a participação no programa de RP Técnica alternativa de treinamento muscular Sem a necessidade de exercício convencional Protocolo específico: o Intensidade; o Frequência; o Duração; o Formato de onda; o A amplitude determina a força de contração muscular. Treinamento Muscular Respiratório Redução da pressão respiratória contribui para: Intolerância ao exercício; Aumento da sensação de dispneia; Pacientes com fraqueza da musculatura inspiratória. Oxigenoterapia Em pacientes em uso prolongado de O2 suplementar: Aumento da tolerância ao exercício; Diminuição da sensação de dispneia. Devido a diferentes desfechos nos estudos avaliando o uso de O2 durante o exercício físico seu uso não deve ser utilizado equivocadamente. VNI Durante o exercício há o aumento do fluxo expiratório o que torna o tempo para “esvaziar” os pulmões insuficientes levando ao aumento do volume expiratório final, ou seja, a respiração ocorre em volume pulmonar próximo a CPT. Assim a VNI: Diminui a carga dos músculos respiratórios; Diminui o trabalho respiratório durante o exercício; Diminuição da dispneia Melhora das trocas gasosas Aumento da ventilação minuto Aumento do tempo de tolerância ao exercício Recomenda-se o uso como terapia adjuvante a RP uma vez que estudos mostram que quanto maior a pressão maiores os benefícios.
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