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Fisioterapia respiratória- REABILITAÇÃO PULMONAR

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REABILITAÇÃO PULMONAR  
Quando iniciar a RP ? 
● Pode ser introduzida na rotina de tratamento do paciente desde os estágios 
iniciais da doença, assim como em quadros estáveis e instáveis, visando 
controlar a sua evolução e proporcionar mais adesão ao tratamento. 
 
Objetivos 
● Reduzir sintomas; 
● Aumentar a participação em atividades da vida diária; 
● Otimizar o estado funcional; 
● Melhorar a qualidade de vida; 
● Reduzir custos com serviços de saúde. 
 
Indicações: 
● Paciente com doença pulmonar obstrutiva crônica que apresentem sintomas 
respiratórios, limitação da capacidade funcional, dificuldades para realizar 
atividades da vida diária; 
● Pacientes com asma, doença pulmonar intersticial, bronquiectasia, fibrose 
cística, doenças neuromusculares, câncer de pulmão, hipertensão pulmonar, 
pré e pós operatório de cirurgia torácica e abdominal alta e pré e pós 
operatório de transplante de pulmão. 
 
Contraindicações: 
● De modo geral condições clínicas que possam colocar o paciente em risco ou 
que interferem no processo de reabilitação; 
● Angina instável; 
● Insuficiência cardíaca grave; 
● Distúrbios ortopédicos ou neurológicos. 
 
OBS: Alguns centros de reabilitação não têm recebido pacientes tabagistas, visto 
que uns dos critérios para a elegibilidade dos pacientes é a cessação do tabagismo. 
 
Contraindicações: 
● De modo geral condições clínicas que possam colocar o paciente em risco 
ou que interferem no processo de reabilitação; 
● Angina instável; 
● Insuficiência cardíaca grave; 
● Distúrbios ortopédicos ou neurológicos. 
OBS: Alguns centros de reabilitação não tem recebido pacientes tabagistas, visto 
que uns dos critérios para a elegibilidade dos pacientes é a cessação do tabagismo. 
 
● Equipamentos: 
● Salas de treinamento com disponibilidade de oxigênio; 
● Oxímetro de pulso; 
● Esfigmomanômetro; 
● Esteira e/ou bicicleta ergométrica; 
● Equipamentos de treinamento de força (pesos livres, faixas elásticas e/ou 
estação de musculação); 
● Materiais e equipamentos para primeiros socorros e situações de 
emergência. 
PROGRAMAS DE REABILITAÇÃO PULMONAR 
 
● Avaliação do paciente 
● Identificar quais são os objetivos e metas do paciente; 
 
● Status do fumante; 
 
● Saúde nutricional; 
 
● Capacidade de auto-gestão do paciente; 
● 
 
Na reabilitação pulmonar, os pacientes devem ser avaliados no início e ao final do 
programa, com o objetivo de prescrever o treinamento físico de maneira 
individualizada e verificar os resultados obtidos com esta intervenção. 
 
● Avaliação do paciente 
● Orientação quanto aos cuidados a saúde; 
● Saúde mental; 
● Status social; 
● Comorbidades associadas; 
● Capacidade de exercício e limitações. 
● 
 Itens a serem avaliados no paciente: 
● Anamnese e exame físico; 
● Identificar comorbidade que possam interferir na reabilitação; 
● Presença de tosse e produção de secreção; 
● Conhecer o histórico tabágico; 
● Uso de medicação; 
● Oxigenoterapia; 
● Função pulmonar (espirometria antes e após uso de broncodilatador). 
● 
● Itens a serem avaliados no paciente: 
● Sintomas; 
● Capacidade de exercício; 
● Estado funcional; 
● Qualidade de vida; 
● Força muscular periférica e respiratória para aqueles pacientes que 
apresentam sinais de fraqueza muscular; 
● Nível de atividade física na vida diária 
 
Avaliações e instrumentos recomendados para pacientes com pneumopatia 
crônica 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação Instrumentos 
Sintomas Avaliações e instrumentos 
recomendados para pacientes com 
pneumopatia crônica 
Capacidade de exercício Teste cardiopulmonar de esforço e 
testes de campo (teste da caminhada 
de 6min, incremental Shuttle Walk 
test e endurance Shuttle Walk test) 
Estado funcional Questionário: London Chest Activity 
of Daily living (LCADL) e Pulmonary 
Functional Status and Dyspnea 
Questionnaire-Modified Version 
(PFSDQ-M), entre outros 
Qualidade de vida Questionários específicos para 
doença respiratória: Saint George 
Respiratory Questionnaire (SGRQ), 
Chronic Respiratory Disease 
Questionnaire (CRQ) e COPD 
Assessment Test (CAT), entre outros 
Força muscular periférica Teste de uma repetição máxima 
(1RM), teste de pico de força 
muscular 
Nível de atividade física na vida 
diária 
Monitores de atividade física (p.ex; 
acelerômetros) 
 
 
 
● Considerações 
● Pacientes pneumopatas crônicos tem intolerância ao exercício. 
● A intolerância ao exercício é causado por manifestações sistêmicas como 
disfunção cardíaca e muscular esquelética. 
● A disfunção muscular esquelética é causada por vários fatores, como 
inflamação sistêmica, inatividade física, estresse oxidativo, miopatia por 
corticosteróide, depleção nutricional e desequilíbrio do metabolismo 
protéico; 
● 
 
● Considerações 
● As principais deformidades observadas na musculatura esquelética são 
redução da capacidade oxidativa, atrofia e redução de força muscular; 
● Como consequência da disfunção muscular esquelética apresentam fadiga 
muscular precoce reduzindo sua tolerância ao exercício. 
● 
 
Espiral negativa do DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica) 
 
Dispneia- inatividade física- intolerância ao exercício 
 
● Respostas geradas pelo treinamento físico 
● Aumento da tolerância ao exercício; 
● Aumenta da massa e força musculares; 
● Aumento de capilaridade e da atividade de enzimas oxidativas; 
● Aumento da proporção das fibras tipo I e redução da acidose lática durante 
o exercício. 
 
MODALIDADE DE TREINAMENTO 
● Treinamento de endurance (aeróbico); 
● Treinamento intervalado; 
● Treinamento de força ou resistido; 
● Treinamento de membros superiores; 
● Treinamento de flexibilidade; 
● Estimulação elétrica neuromuscular (EENN) 
 
● Treinamento de endurance (aeróbico): 
● Consiste na realização de atividade rítmica e dinâmica que envolvam grande 
grupos musculares de membros superiores e inferiores; 
● O principal objetivo é melhorar a capacidade aeróbica de exercício, a qual 
está associada a redução da dispneia e fadiga; 
● Exercícios realizados em esteira ergométrica e cicloergômetro para membros 
inferiores são os mais utilizados em programas de RP, mas pode-se utilizar 
também o cicloergômetro para MMSS e degraus em escada. 
 
● Prescrição da carga do treino aeróbico: 
● Poderá ser de acordocom os resultados do TC6 min ou em um teste 
cardiopulmonar; 
● A princípio, pacientes toleram exercitar-se em cargas equivalentes a 75% da 
velocidade média do TC6 min e 60% da carga máxima de trabalho em 
cicloergômetro; 
● A progressão da intensidade do exercício deve ser baseada na tolerância do 
paciente, avaliadas por escalas de dispneia; 
● Utiliza-se a escala de Borg modificada, escores entre 4 a 6 pontos para 
dispneia ou fadiga correspondem a um consumo de oxigênio (V02) de 75 a 
80% do V02pico, proporcionando assim, uma alta intensidade de 
treinamento. 
 
● Prescrição da carga do treino aeróbico: 
● A frequência do treinamento de endurance deve ser de 3 a 5 
vezes/semanas, com duração da sessão de 20 a 60 min; 
● Ainda não há consenso sobre a duração mínima de um programa de RP; 
● Acredita-se que quanto mais longo o programa, mais duradouro são os 
benefícios obtidos; 
● No entanto, programas intensivos que incluem 20 sessões condensadas em 
3 a 4 semanas também se mostraram efetivos em pacientes DPOC 
 
● Treinamento intervalado: 
● Trata-se de uma modificação do treinamento de endurance na qual os 
indivíduos realizam exercícios aeróbicos de alta intensidade (100 a 150% da 
carga máxima de trabalho atingida em um teste incremental) em curto 
períodos, intercalados com período de repouso ou de exercício de baixa 
intensidade; 
● Esse tipo de treinamento pode ser uma opção para pacientes mais graves 
que apresentem dificuldade em exercita-se de maneira prolongada em alta 
intensidade por causa da dispneia ou fadiga; 
 
● Treinamento intervalado: 
● Recomenda-se que o tempo dos blocos de exercício de alta intensidade 
seja de aproximadamente de 30s, e os períodos de repouso de 20 a 40s; 
● Vale salientar que o treinamento intervalado em seu tempo total é mais 
longo, pois só podemos contabilizar o tempo de atividade e não o de 
repouso; 
● Recomenda-se que durante os períodos de repouso o paciente realize 
respiração com freno labial e técnicas de controle ventilatório, objetivando o 
aumento do volume corrente, melhora da saturação periférica de oxigênio 
(Sp02) e controle da sensação de dispneia. 
 
● Treinamento de força ou resistido: 
● Recomendado para todos os pacientes com pneumopatia crônica, 
especialmente para aqueles que apresentem fraqueza muscular periférica; 
● Seu objetivo é aumentar força e massa muscular; 
● A prescrição ideal para o treinamento de força em pacientes com doença 
respiratória crônica ainda não foi determinada; 
● 
● Treinamento de força ou resistido: 
● Recomendações da American College of Sports Medicine (ACSM), sugerem 
que para o ganho de força muscular em adultos, as sessões de treinamento 
devem incluir, 1 a 3 séries de 8 a 12 repetições, os quais devem ser 
realizadas 2 a 3 vezes/semana; 
● A carga inicial para o treinamento deve ser entre 60 a 70% de uma repetição 
máxima (1RM); 
● A sobrecarga pode ser alcançada por meio do aumento da resistência ou 
peso; aumento das repetições por série; aumento do número de série por 
exercício e/ou diminuição do intervalo de descanso entre as séries ou 
exercício; 
 
● Treinamento de força ou resistido: 
● Recomenda-se que, além dos grupos musculares de membros inferiores, 
os de membros superiores sejam exercitados. 
● Equipamentos utilizados: 
● Pesos livres; 
● Faixas elásticas; 
● Inclusão de exercícios funcionais (sentar e levantar, exercício em step). 
 
● Treinamento Muscular inspiratório (TMI): 
● O TMI pode ser interessante quando aplicado com exercício físico para 
indivíduos que apresentam fraqueza muscular inspiratória (pressão 
inspiratória máxima (Pimáx) < 60 cmH20 ou < 70% do predito) ou que são 
incapazes de participar de programas de treinamento físico de maneira 
efetiva pela presença de comorbidades; 
● Aplicado isoladamente em pacientes com DPOC, demonstrou ser eficaz 
para o aumento da força e endurance desses músculos e na redução da 
dispneia durante a realização das atividades de vida diária; 
● Entretanto, os benefícios do treinamento quando realizado em conjunto a 
RP, são questionáveis. 
 
● Treinamento de flexibilidade: 
● Pacientes com doença respiratória crônica, com o DPOC, apresentam 
desvios do alinhamento ideal decorrente da reorganização das cadeias 
musculares; 
● Essas alterações posturais estão associadas a declínio da função pulmonar, 
aumento do trabalho respiratório e diminuição da qualidade de vida; 
● O treinamento de flexibilidade é um componente dentro do programa de RP, 
o qual engloba exercícios de alongamento tanto para membros superiores 
quanto inferiores, devendo ser realizado no mínimo de 2 a 3 vezes por 
semana. 
● Ainda não há evidência da efetividade deste tipo de treinamento em um 
programa de RP. 
 
● Estimulação elétrica neuromuscular (EENM): 
● Consiste na aplicação de uma corrente elétrica, por meio de eletrodos 
fixados sobre a pele, a qual induz a despolarização de motoneurônios, 
causando contrações musculares; 
● Essa modalidade tem sido utilizada em pacientes DPOC gravemente 
debilitados, por exemplo, paciente acamados ou que utilizam cadeiras de 
rodas em razão da extrema disfunção muscular esquelética; 
● Seus benefícios incluem melhora da força muscular, capacidade de 
exercício e estado geral de saúde; 
● Contudo padronizações do uso da EENM ainda são necessárias. 
 
 
MONITORIZAÇÃO DURANTE AS SESSÕES DE TREINAMENTO FÍSICO 
● Deve ser realizado para garantir a segurança do paciente, bem como 
orientar a progressão da intensidade dos exercícios; 
● Recomenda-se avaliar a frequência cardíaca, Sp02 e sensação de dispneia 
e fadiga antes e durante as sessões de treinamento; 
● Além disso, sinais e sintomas de intolerância ao esforço, como sudorese 
excessiva, palidez, angina, náusea e tontura, são indicações para 
suspender o exercício. 
 
EDUCAÇÃO COMO PARTE INTEGRANTE DA REABILITAÇÃO PULMONAR 
● 
● O componente educacional, tem papel importante em programas de RP, visto 
que melhora a compreensão dos pacientes sobre a doença e seu tratamento. 
● Diversos são os temas que podem ser abordadas durante as sessões 
educativas, entre eles: 
● Aulassobre fisiopatogia da doença; 
● Benefícios do treinamento físico e da atividade física; 
● Técnicas de higiene brônquica; 
 Diversos são os temas que podem ser abordadas durante as sessões educativas, 
entre eles: 
● Prevenção e tratamento das exacerbações; 
● Uso de medicações inalatórias; 
● Controle da ansiedade e depressão relacionadas com a pneumopatia; 
● Nutrição. 
 
BENEFÍCIOS E RESPOSTAS À REABILITAÇÃO PULMONAR 
● Aumento da capacidade de exercício. 
● Redução da sensação de dispneia. 
● Melhora na qualidade de vida relacionada à saúde. 
● Redução do número de hospitalizações e dos dias de hospitalização; 
● Redução da ansiedade e depressão associadas à doença. 
● Aumento de força e endurance da musculatura esquelética. 
● Melhora da sobrevida; 
● Melhora na recuperação após hospitalização por exacerbação da doença.