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RESUMO PSICOLOGIA JURÍDICA

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RESUMO PSICOLOGIA JURÍDICA
• PSICOPATOLOGIA (DOENÇA MENTAL):
• A legislação brasileira utiliza o termo “doença mental” no art. 26, do Código 
Penal;
• Objetivo: estabelecer a inimputabilidade
• Trata da ciência que estuda o ser humano em seus estados mentais 
patológicos
• Gera um sofrimento psíquico
• Podem surgir transtornos de personalidade e psíquicos
• Os transtornos podem comprometer: percepções, pensamentos, sensações e 
relações interpessoais.
MÓDULO I – PSICOPATOLOGIA E 
PERSONALIDADE
Sigmund Freud contribuiu para o estudo das doenças mentais,
classificando-as em:
• Neuroses
• Psicoses
• Perversões.
Obs.: para ele, essas doenças aparecem em decorrência das 
diferentes maneiras que o indivíduo se posiciona diante da lei e 
do desejo.
MÓDULO I – PSICOPATOLOGIA E 
PERSONALIDADE
NEUROSES:
Indivíduo tem plena consciência de suas ações, mas não consegue
controlá-las.
São distúrbios “mais leves”.
Há poucas distorções da realidade.
Geram angústia e inibições.
• Exemplos: neurose obsessiva (pessoa que obedece cegamente a lei), neurose 
histérica (extremamente emotiva), neurose de angústia (fobias).
MÓDULO I – PSICOPATOLOGIA E 
PERSONALIDADE
PSICOSES:
Não apresentam consciência dos seus atos.
Perda da noção de realidade.
Exemplos: esquizofrenia, transtorno bipolar, paranoia, autismo.
MÓDULO I – PSICOPATOLOGIA E 
PERSONALIDADE
PERVERSÕES:
Indivíduo busca a satisfação 
sexual além 
dos limites normais. Ex: 
exibicionismo, fetichismo, 
masoquismo, sadismo e 
voyeurismo.
MÓDULO I – PSICOPATOLOGIA E 
PERSONALIDADE
PERSONALIDADE:
Várias teorias explicativas.
Algo que é único.
Conjunto estável e previsível dos traços emocionais e
comportamentais. é o conjunto de características
psicológicas que determinam os padrões de pensar, sentir e
agir, ou seja, a individualidade pessoal e social de alguém.
Não é uma estrutura rígida.
MÓDULO I – PSICOPATOLOGIA E 
PERSONALIDADE
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE:
Personalidade paranoica: desconfiança e perseguição.
Personalidade esquizoide: reserva e introspecção.
Personalidade psicopata: transgressão de leis e regras sem 
arrependimento.
Personalidade histriônica: teatralidade, dramatização.
Personalidade obsessiva: perfeccionismo e repetições.
Personalidade borderline: instabilidade, impulsividade.
Personalidade ansiosa.
Personalidade dependente.
Personalidade depressiva.
Personalidade narcísica.
MÓDULO I – PSICOPATOLOGIA E 
PERSONALIDADE
MÓDULO I – PSICOPATOLOGIA E 
PERSONALIDADE
PSICOPATA SOCIOPATA
ORIGEM DA DOENÇA Alguns estudos sugerem que ela possa ser 
hereditária. No entanto, alguns ramos da 
psicologia consideram que o transtorno 
pode ser adquirido por meio de traumas, 
principalmente na infância.
Transtorno de Personalidade Antissocial é 
desenvolvido durante a vida da pessoa, 
sendo associado à educação e contato 
com a sociedade.
RELAÇÕES SOCIAIS Eles não possuem empatia, apego ou 
sentimentos de culpa, e por isso costumam 
ser predadores sociais e altamente 
manipuladores.
Sociopatas podem criar laços com outros 
indivíduos, e até mesmo se sentirem 
culpados por machucar pessoas próximas.
Porém, eles tendem a ser explosivos e 
violentos, e por isso sua relação com as 
pessoas é mais complicada.
COMPORTAMENTO CRIMINAL
Os psicopatas assumem riscos calculados, 
como esquema de fraudes e outros crimes 
premeditados.
Tende a minimizar as evidências.
Geralmente seus crimes são de natureza 
espontânea, por isso acabam deixando 
evidências.
TIPOS DE TRANSTORNO PSÍQUICO:
De ansiedade
Agorafobia: medo de multidões, locais públicos.
Síndrome do pânico
Transtorno obsessivo compulsivo (TOC).
Síndrome de Estocolmo - vínculo afetivo com o criminoso
Pedofilia.
MÓDULO I – PSICOPATOLOGIA E 
PERSONALIDADE
ESPECIALIDADES DA PSICOLOGIA 
JURÍDICA
• Psicologia Criminal: área da psicologia que se ocupa da
produção de conhecimento sobre o comportamento e os
processos psicológicos ligados à orquestração e perpetração
de atos criminais.
• Psicologia Forense: ciência analisa as capacidades psíquicas
dos réus, bem como seus comportamentos.
• Psicologia Judiciária: abrange o estudo dos comportamentos
dos indivíduos envolvidos na relação tripla entre juiz, réu e
autor, traçando o encontro da psicologia e da psicanálise com
a processualística.
PSICÓLOGO JURÍDICO E 
O DIREITO PENAL
• Os primeiros estudos da aplicação de Psicologia Jurídica de
que se teve notícia foram direcionados ao Direito Penal.
• A primeira demanda que a Justiça fez à Psicologia ocorreu no
campo da Psicopatologia. O diagnóstico psicológico servia
para melhor classificar e controlar os indivíduos. Os Psicólogos
eram chamados a fornecerem um parecer técnico, em que,
através do uso de instrumentos e técnicas de avaliação
psicológica, emitiam um laudo informando à instituição
judiciária, um parecer subjetivo do sujeito diagnosticado.
PRINCIPAIS CAMPOS DE 
ATUAÇÃO
•Direito de família: é uma vertente do Direito Civil 
que trabalha as normas de convivência familiar, 
sua organização, estrutura e proteção, as 
relações familiares e os direitos e obrigações que 
advirem dela, inclusive os direitos sucessórios 
(partilha de bens).
•Destaca-se a participação dos psicólogos nos 
processos de separação e divórcio, disputa de 
guarda e regulamentação de visitas.
A FAMÍLIA E A LEI
• Constituição Federal: Para ela, “a família, base da sociedade,
tem especial proteção do Estado” (art. 226). Nestas normas de
caráter geral, define união estável e entidade familiar, e fala, de
maneira breve, sobre o casamento e o planejamento familiar.
• A sua estrutura e o seu conceito foram se desenvolvendo ao
longo da história humana.
• É importante na construção do indivíduo:
Emocional, intelectual, social e interacional.
SEPARAÇÃO E DIVÓRCIO
• Os processos de separação e divórcio que envolvem a participação do
psicólogo são na sua maioria litigiosos, ou seja, são processos em que as
partes não conseguiram acordar em relação às questões que um processo
desse cunho envolve.
• Não são muito comuns os casos em que os cônjuges conseguem, de
maneira racional, atingir o consenso para a separação. Isso implica
resolver o conflito que está ou que ficou nas entrelinhas, nos meandros dos
relacionamentos humanos, ou seja, romper com o vínculo afetivo-
emocional.
EFEITOS PSICOLÓGICOS
• No desenvolvimento infantil
• Na saúde mental da criança
• Transtorno da ansiedade social
• Transtorno de ansiedade de 
separação
DISPUTA DE GUARDA
• Nos processos de separação ou 
divórcio é preciso definir qual dos ex-
cônjuges deterá a guarda dos filhos. 
Em casos mais graves, podem ocorrer 
disputas judiciais pela guarda . Nesses 
casos, o juiz pode solicitar uma perícia 
psicológica para que se avalie qual 
dos genitores tem melhores condições 
de exercer esse direito.
TIPOS DE GUARDA
•Guarda alternada
•Guarda compartilhada
•Guarda nidal
•Guarda unilateral
TIPOS DE GUARDA
• Guarda alternada: o filho mora com os dois pais, alternando entre as duas
casas. Ambos convivem com o menor e compartilham das decisões sobre a
vida da criança.
• Guarda compartilhada: o filho mora com um dos pais, mas o outro tem
direito a visitas/convívio e a compartilhar das decisões sobre a vida do
menor.
• Guarda nidal: Essa modalidade é muito parecida com a guarda alternada,
com um diferencial: os filhos têm uma residência fixa. Geralmente, eles
moram na casa que era do casal antes da separação e são os pais que se
revezam periodicamente para ficarem com os filhos.
• Guarda unilateral: A Guarda unilateral se encontra elencada no artigo 1.583
do Código Civil, que é a espécie de guarda atribuída a um só dos genitores
ou alguém que o substitua, como consta no referido dispositivo legal.
ALIENAÇÃO PARENTAL
• Ato de afastar o filho do pai ou da mãe.
• Conduta proibida por lei. Lei n. 12.318, de 26 de agosto de 
2010.
• Conhecida por SAP: Síndrome da Alienação Parental.
CONSEQUÊNCIAS DA 
SÍNDROME DA ALIENAÇÃOPARENTAL - SAP
• Distúrbios alimentares.
• Distúrbios psicológicos (ansiedade, pânico e depressão).
• Timidez em excesso e baixa autoestima.
• Dificuldades para se comunicar.
• Dificuldades para manter uma relação estável na vida adulta.
• Uso de drogas e álcool como forma de aliviar a sensação de 
culpa pela alienação.
PEDOFILIA E ABUSO SEXUAL
• Século XIX: o termo “pedofilia” é utilizado em seu
sentido negativo: desejo sexual por crianças e
adolescentes.
• Inclui desde a fantasia e o desejo sexual até a
consumação do ato sexual.
• Na rede virtual, a pedofilia encontra o suporte e a
impunibilidade no anonimato.
• Comércio de pornografia infantil.
• Assédio, pornografia, abuso, programa e exploração
comercial constituem um crime (ECA).
CARACTERÍSTICAS DO CRIME:
• Agressor: aparentemente normal e querido pelas crianças
• Espaço físico: a própria casa do abusado, ou um local próximo da vítima
ou do agressor
• Níveis de renda familiar e de educação não são indicadores de abuso
• Vítimas e agressores: mesmo grupo étnico e socioeconômico
• Violência psicológica vem em primeiro lugar: ameaças e/ou a conquista
da confiança e do afeto da criança
• Violência é encoberta pela criança: pais ou parentes.
• Transtornos psicológicos causados pelo abuso: Transtorno de ansiedade,
Transtorno de Estresse Pós-traumático, Ansiedade, Depressão, Déficit de
atenção e hiperatividade, dificuldades interpessoais.
LEI MARIA DA PENHA 
•Originou-se de um caso verídico.
•Violência doméstica: física, sexual ou 
psicológica, patrimonial, cometida por parceiros 
íntimos.
• Finalidade da lei: retirar a mulher não do seu lar, 
mas da posição de vítima.
TIPOS DE VIOLÊNCIA
Violência física: surge quando a mulher resiste à violência 
psicológica. 
• Ex.: empurrões, queimaduras, murros, puxões de cabelo.
VIOLÊNCIA 
PSICOLÓGICA
Violência psicológica:
• Ex.: humilhações, 
questionamentos quanto à 
competência como mãe, 
mulher, esposa e profissional; 
isolamento, impedimento de 
trabalhar e estudar.
VIOLÊNCIA CÍCLICA – FASES
Violência cíclica: processo contínuo e repetitivo de agressões. Composta 
por 4 fases distintas:
• Fase 1: de construção da tensão: violência não direta. O agressor tende a
responsabilizar a vítima por todos os seus problemas e frustrações. Ex.:
olhares, violências verbais.
• Fase 2: da agressão: violência física se inicia
• Fase 3: de desculpas: o agressor tende a minimizar ou anular o seu
comportamento agressivo
Há um duplo objetivo:
• Responsabilizar a mulher pelo comportamento agressivo
• Fazê-la não sentir mais raiva dele.
PENA
“Pena é a privação ou castigo 
previsto por uma lei positiva 
para quem se torne culpado 
por uma infração.”
Nicola Abbagnano.
OS TIPOS DE PENA À LUZ DO CÓDIGO PENAL
• Penas privativas de liberdade: reclusão, detenção e prisão 
simples, enquanto os dois primeiros tipos de pena decorrem 
da prática de crime, o último tipo decorre de contravenções 
penais. Ex: homicídio.
• Penas restritivas de direito: prestação de serviços a 
comunidade, entidades públicas, interdição temporária de 
direitos, limitação de fins de semana, perda de bens e 
valores e prestação pecuniária.
• Pena Pecuniária: Multa.
LEP – LEI DE EXECUÇÕES PENAIS
• A Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, também 
conhecida como Lei de Execuções Penais
• LEP, tem como finalidade efetivar as disposições de 
sentença ou decisão criminal e proporcionar condições 
para a harmônica integração social do condenado e 
do internado, considerando os direitos humanos.
• Após o fim dos recursos para a condenação penal, o 
processo entra na fase de execução da pena, 
momento em que é regido pela LEP.
• A Lei de Execuções Penais dispõe sobre os direitos e 
deveres dos presos, sua disciplina, penalidades por 
faltas cometidas dentro do estabelecimento prisional e 
se aplica ao preso provisório ou definitivo.
SUBJETIVIDADE DO ENCARCERADO – DANOS 
PSICOLÓGICOS DO ENCARCERAMENTO
• Reac ̧o ̃es histero ́ides ou “puerilismo histe ́rico”
• Perda de interesse nas atividades comuns
• Transtorno obsessivo-compulsivo
• Estresse
• Estresse pós-traumático
• Depressão
• Suicídio
PRISÃO
• Prisão é a contenção do homem em um espaço delimitado 
durante um lapso de tempo. Ou seja, prisão é a somatória de 
duas restrições impostas ESPAÇO X TEMPO.
• A prisão deve ser compreendida como a privação da liberdade 
de locomoção, com o recolhimento da pessoa humana ao 
cárcere, seja em virtude de flagrante delito, ordem escrita e 
fundamentada da autoridade judiciária competente. 
R. Brasileiro.
SISTEMA PRISIONAL
• Conjunto dos estabelecimentos de 
regime aberto, fechado e 
semiaberto, masculinas e 
femininas, incluindo os 
estabelecimentos penais em que 
o recluso ainda não foi 
condenado, sendo estas unidades 
chamadas de estabelecimento 
penal.
SISTEMA PRISIONAL 
BRASILEIRO
• O modelo penitenciário Brasileiro foi construído para servir aos 
senhores, em tempos de revolução, império e ditadura, onde o 
pensamento acerca de pessoa presa era completamente 
diferente dos vivido atualmente, pois o país nunca tinha vivido 
nenhum momento de democracia tão longo.
• Atualmente temos 306 pessoas presas para cada 100 mil 
habitantes, enquanto no mundo, a média é de 144 para cada 
100 mil. 
HOSPITAIS DE CUSTÓDIA
• São considerados instituições de transição, para cumprimento 
de medida de segurança, não fazendo parte da rede de saúde. 
Os HCTPs, como mencionamos, não são geridos pela Secretaria 
de Saúde, e sim pela Secretaria de Administração Penitenciária 
(Cesp).
• Atende pessoas que possuem distúrbio mental e que 
cometeram algum delito, e, por isso, estão sob custódia.
ACOMPANHAMENTO AOS 
EGRESSOS
• De acordo com a Lei de Execução Penal (LEP), o 
egresso é o indivíduo que saiu da prisão no máximo 
há um ano ou aquele que foi liberado 
condicionalmente. Nos dois casos, a legislação 
estabelece que a assistência jurídica, à saúde, 
educacional e social deve ser estendida a esta 
população.
DESAFIOS DA PSICOLOGIA 
CRIMINAL
• Psicólogo Criminal é quem tem conhecimento para traçar perfis
criminosos, a partir da análise de fatores externos e internos.
• É necessário construir um espaço onde se possa aprofundar em
temas e clarificar o papel do profissional de psicologia dentro do
contexto judiciário. Avaliando sua prática e trocando
informações e experiências, possibilitando a formação de uma
consciência ‘psicojuridica’.
• “O Psicólogo jurídico busca a neutralidade diante das partes e
permite a realização de intervenções biopsicossociais junto aos
jurisdicionados (...) não tem como objeto a busca da verdade”.
MODALIDADE DE DELITOS
• 1. Delito doloso: ato voluntário (consciente) com resultado
intencional.
• 2. Delito culposo: ato voluntário com resultado involuntário. Há 3
formas:
• 2.1. Por meio de imprudência. Exemplo: dirigir em velocidade
acima da permitida.
• 2.2. Por meio da negligência. Exemplo: mãe que deixa seu bebê
sozinho por um longo período.
• 2.3. Por meio de imperícia: omissão do indivíduo no exercício de
sua profissão.
• 3. Delinquência ocasional: indivíduo ajustado e que segue as leis,
mas que pratica o ato criminoso mediante um estímulo externo.
• 4. Delinquência psicótica: o delito surge devido a um transtorno
mental.
• 5. Delinquência neurótica: o delito surge da manifestação de
conflitos internos.
CRIMINOLOGIA
•Ciência que se ocupa 
do crime, da 
criminalidade e de 
suas causas, da 
vítima, do criminoso e 
de sua 
ressocialização.
CAUSAS ENDÓGENAS DO 
COMPORTAMENTO 
CRIMINOSO
• Endógenas: antropológicas, genéticas, psicológicas, patológicas.
• Exógenas mesológicas: referentes ao meio ambiente. Exemplo: 
poluição, drogas, remédios nocivos.
• Sociológicas: referentes ao meio social. Exemplo: desigualdades, 
injustiças, falta de assistência social.
EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO 
CRIMINOLÓGICO
• Concepção causalista: relação causa e 
efeito (crime como decorrência natural).
• Concepção multifatorial: sem relaçãocausal; há uma série de circunstâncias.
• Concepção criminologia crítica: questiona 
acerca das razões pelas quais determinadas 
condutas são consideradas criminosas 
enquanto outras não.
TEORIA DE LOMBROSO 
“O HOMEM DELINQUENTE”
Defendia a teoria de que 
a fisionomia revelava o 
provável delinquente, 
como: assimetria facial, 
dentes irregulares, 
maxilares grandes, pelos 
do rosto escuros, 
insensibilidade à dor, 
epilepsia e impulsos 
instintivos ao incivilizado. 
PSICOLOGIA E O 
CONTEXTO CRIMINAL
• 1. Fatores emocionais: do ponto de vista jurídico passa a ser uma 
situação atenuante de alguns delitos.
• 2. Personalidade: as pessoas podem parecer iguais diante de uma 
mesma situação. No entanto, podem reagir de maneira 
completamente diferente.
• 3.Necessidades humanas, frustrações e ideais: podem conduzir o 
indivíduo a expressar respostas diversificadas.
• 4. Estruturação do caráter: composta por introjeções de valores 
(superego), contendo certos impulsos ou respostas socialmente 
reprováveis.
PENAS
Penas alternativas: importância do papel do psicólogo jurídico. 
Conselho Federal de Psicologia editou as Referências Técnicas para 
atuação dos psicólogos no Sistema Prisional. Podem ser entendidas 
como: 
• 1. Retributivas ou punitivas: funcionando como uma prevenção 
geral do delito através do princípio de exemplaridade.
• 2. Ressocialização e “terapêuticas”: funcionando como função 
“político-educativa” associada à ideologia da recuperação do 
apenado.
CÓDIGO PENAL 
BRASILEIRO
• Código Penal Brasileiro:
• Art. 26:É isento de pena o agente que, por doença 
mental ou desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, 
inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito 
do fato ou de determinar-se de acordo com esse 
entendimento. A pena pode ser reduzida de um a 
dois terços, se o agente, em virtude de perturbação 
de saúde mental ou por desenvolvimento mental 
incompleto ou retardado não era inteiramente 
capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de 
determinar-se de acordo com esse entendimento. 
PERÍCIA PSICOLÓGICA E 
MEDIAÇÃO
•Perícia psicológica:
•Avalia os aspectos emocionais e psicológicos de
um indivíduo.
•Aprofunda a estrutura dinâmica da personalidade,
inteligência, maturidade mental, funções
neurológicas e motivações.
•Como resultado é elaborado um laudo/parecer.
MÉTODOS DE SOLUÇÃO DE 
CONFLITOS
A legislação brasileira prevê utilização de métodos extrajudiciais. Salientando que os 
mesmos não excluem o sistema jurídico tradicional. São mais econômicos em termos 
financeiros e temporais; são autocompositivos:
• Julgamento: é o método tradicional heterocompositivo, resultando em uma sentença
do juiz.
• Arbitragem: método heterocompositivo onde a decisão do conflito cabe a um
terceiro: o árbitro escolhido pelas partes.
• Negociação: método autocompositivo, é utilizada em situações que envolvem bens
materiais.
• Conciliação: método autocompositivo e cooperativo; não tem poder de decisão;
cabendo às partes esta tarefa; conciliador mostra as vantagens de um acordo.
• Mediação: é um método autocompositivo de conflitos que visa solucionar
controvérsias ou conflitos que envolvam relações jurídicas ou extrajurídicas nas quais
é importante a direta e voluntária ação de ambas as partes divergentes.
FREUD: A LEI E A JUSTIÇA
• O Direito possui por objetivo a criação de normas que visam instruir os
indivíduos de uma dada sociedade a reger suas práticas cotidianas
levando em consideração o que é aceitável por esta sociedade, de
acordo com o bem geral de toda a comunidade.
• A psicanálise analisa o inconsciente do indivíduo para tentar entender
suas estruturas psíquicas e tentar explicar determinados
comportamentos.
• A psicanálise, ao mergulhar no inconsciente humano para entender
suas estruturas psíquicas tais como o ID, o EGO e o SUPEREGO,
demonstra que mesmo pessoas ditas normais, possuem no seu
inconsciente fantasias, tendências criminosas e antissociais.
DIREITO: CONFLITOS MENTAIS E 
MECANISMOS DE DEFESA
►INTROJEÇÃO: adoção de regras e comportamentos que podem nos livrar de uma
situação ameaçadora ou perigosa. Ex: a criança introjeta o "não" que a mãe
repetidas vezes pronuncia, a cada vez que ela se aproxima e tenciona pôr o
dedinho nos buracos da tomada elétrica.
►FORMAÇÃO REATIVA: comportamentos e sentimentos exatamente opostos às
tendências reprimidas. Ex: Uma pessoa demasiadamente valente pode ser reflexo
de um medo do oculto.
• COMPENSAÇÃO: é o processo psíquico em que o indivíduo se compensa por
alguma deficiência. Ex: um aluno ruim nos esportes se consola por ser bom em
matemática.
• RACIONALIZAÇÃO: explicações para nossos fenômenos internos,
nossos comportamentos e sentimentos. Ex: um aluno que, não conseguindo
responder a uma questão, diz “isso não é interessante de saber mesmo”, “não
respondi porque não tive tempo de estudar, pois lá em casa fazem muito barulho”.
DIREITO: CONFLITOS MENTAIS E 
MECANISMOS DE DEFESA
• REGRESSÃO: é o recuo do ego, fugindo de situações de conflitos atuais para o estágio anterior.
Ex: Uma criança de repente começa a molhar a cama depois de anos sem fazer isso (isso é uma
resposta típica para a chegada de um novo irmão).
• REPRESSÃO: processo automático que mantém fora da consciência, impulsos, ideias ou
sentimentos inaceitáveis. Ex: Uma criança que é abusada por um dos pais e, mais tarde, não tem
lembrança dos acontecimentos, mas tem problemas para formar relacionamentos.
►NEGAÇÃO: nega a realidade exterior e a substitui por outra realidade que não existe. Ex: Um
homem ouve que sua esposa foi morta, e ainda se recusa a acreditar, ainda arruma a mesa
para ela e mantem suas roupas e outros acessórios no quarto.
►SUBLIMAÇÃO: busca de modos socialmente aceitáveis de satisfazer, ao menos parcialmente,
as pulsões do id. Ex: Um indivíduo com traços sádicos se torna cirurgião dentista. Ex: Quando um
marido tem raiva da esposa e sai para cortar lenha.
►PROJEÇÃO: comportamentos indesejados de um indivíduo são atribuídos a outra ou outras
pessoas. Ex: culpar alguma pessoa por um fracasso próprio.
►INTELECTUALIZAÇÃO: "Eu sei, eu já li tudo isso! Não é bem assim, tem muita discussão nova!". É
quando se lida de modo intelectual com o problema, afastando os afetos.
►DESLOCAMENTO: consiste em transferir as características ou atributos de um determinado objeto
para outro objeto. Ex: receber uma bronca do chefe e, assim que chegar em casa, chutar o
cachorro como se ele fosse o responsável pela frustração.
EXERCÍCIO MECANISMOS DE DEFESA
1. Uma pessoa com comportamentos homofóbicos, que na verdade, sente-se atraído por
pessoas do mesmo sexo.
2. Comportamento de crianças de “mentir”, não admitem as ações que realizaram e que
gerariam castigos.
3. Um mulher que se sente atraída por outra mulher, mas envia esse sentimento para marido,
gerando a desconfiança de que será traída, ou seja, de que a atração é sentida pelo marido.
4. Comportamento de crianças que, na dificuldade em seus relacionamentos com outras
crianças, retornam, por exemplo, a fase oral e retomam o uso de chupetas, ou ainda, comem
excessivamente.
5. Pessoas que têm desejos sexuais considerados inaceitáveis pelo restante da sociedade e os
escondem.
6. Um momento de aborrecimento com nossos pais, em vez de gritar com eles, entramos em
nosso quarto e gritamos sobre o travesseiro.
7. Pode-se dizer que a pessoa reconhece teoricamente o afeto, mas não é possível expressá-lo
em si mesma.
• Relacione os mecanismos de defesa aos exemplos supracitados:
• Negação, Projeção, Repressão, Deslocamento, Formação reativa, Intelectualização, Regressão.
BOA SORTE!!!

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