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RESUMO PSICOLOGIA JURÍDICA • PSICOPATOLOGIA (DOENÇA MENTAL): • A legislação brasileira utiliza o termo “doença mental” no art. 26, do Código Penal; • Objetivo: estabelecer a inimputabilidade • Trata da ciência que estuda o ser humano em seus estados mentais patológicos • Gera um sofrimento psíquico • Podem surgir transtornos de personalidade e psíquicos • Os transtornos podem comprometer: percepções, pensamentos, sensações e relações interpessoais. MÓDULO I – PSICOPATOLOGIA E PERSONALIDADE Sigmund Freud contribuiu para o estudo das doenças mentais, classificando-as em: • Neuroses • Psicoses • Perversões. Obs.: para ele, essas doenças aparecem em decorrência das diferentes maneiras que o indivíduo se posiciona diante da lei e do desejo. MÓDULO I – PSICOPATOLOGIA E PERSONALIDADE NEUROSES: Indivíduo tem plena consciência de suas ações, mas não consegue controlá-las. São distúrbios “mais leves”. Há poucas distorções da realidade. Geram angústia e inibições. • Exemplos: neurose obsessiva (pessoa que obedece cegamente a lei), neurose histérica (extremamente emotiva), neurose de angústia (fobias). MÓDULO I – PSICOPATOLOGIA E PERSONALIDADE PSICOSES: Não apresentam consciência dos seus atos. Perda da noção de realidade. Exemplos: esquizofrenia, transtorno bipolar, paranoia, autismo. MÓDULO I – PSICOPATOLOGIA E PERSONALIDADE PERVERSÕES: Indivíduo busca a satisfação sexual além dos limites normais. Ex: exibicionismo, fetichismo, masoquismo, sadismo e voyeurismo. MÓDULO I – PSICOPATOLOGIA E PERSONALIDADE PERSONALIDADE: Várias teorias explicativas. Algo que é único. Conjunto estável e previsível dos traços emocionais e comportamentais. é o conjunto de características psicológicas que determinam os padrões de pensar, sentir e agir, ou seja, a individualidade pessoal e social de alguém. Não é uma estrutura rígida. MÓDULO I – PSICOPATOLOGIA E PERSONALIDADE TRANSTORNO DE PERSONALIDADE: Personalidade paranoica: desconfiança e perseguição. Personalidade esquizoide: reserva e introspecção. Personalidade psicopata: transgressão de leis e regras sem arrependimento. Personalidade histriônica: teatralidade, dramatização. Personalidade obsessiva: perfeccionismo e repetições. Personalidade borderline: instabilidade, impulsividade. Personalidade ansiosa. Personalidade dependente. Personalidade depressiva. Personalidade narcísica. MÓDULO I – PSICOPATOLOGIA E PERSONALIDADE MÓDULO I – PSICOPATOLOGIA E PERSONALIDADE PSICOPATA SOCIOPATA ORIGEM DA DOENÇA Alguns estudos sugerem que ela possa ser hereditária. No entanto, alguns ramos da psicologia consideram que o transtorno pode ser adquirido por meio de traumas, principalmente na infância. Transtorno de Personalidade Antissocial é desenvolvido durante a vida da pessoa, sendo associado à educação e contato com a sociedade. RELAÇÕES SOCIAIS Eles não possuem empatia, apego ou sentimentos de culpa, e por isso costumam ser predadores sociais e altamente manipuladores. Sociopatas podem criar laços com outros indivíduos, e até mesmo se sentirem culpados por machucar pessoas próximas. Porém, eles tendem a ser explosivos e violentos, e por isso sua relação com as pessoas é mais complicada. COMPORTAMENTO CRIMINAL Os psicopatas assumem riscos calculados, como esquema de fraudes e outros crimes premeditados. Tende a minimizar as evidências. Geralmente seus crimes são de natureza espontânea, por isso acabam deixando evidências. TIPOS DE TRANSTORNO PSÍQUICO: De ansiedade Agorafobia: medo de multidões, locais públicos. Síndrome do pânico Transtorno obsessivo compulsivo (TOC). Síndrome de Estocolmo - vínculo afetivo com o criminoso Pedofilia. MÓDULO I – PSICOPATOLOGIA E PERSONALIDADE ESPECIALIDADES DA PSICOLOGIA JURÍDICA • Psicologia Criminal: área da psicologia que se ocupa da produção de conhecimento sobre o comportamento e os processos psicológicos ligados à orquestração e perpetração de atos criminais. • Psicologia Forense: ciência analisa as capacidades psíquicas dos réus, bem como seus comportamentos. • Psicologia Judiciária: abrange o estudo dos comportamentos dos indivíduos envolvidos na relação tripla entre juiz, réu e autor, traçando o encontro da psicologia e da psicanálise com a processualística. PSICÓLOGO JURÍDICO E O DIREITO PENAL • Os primeiros estudos da aplicação de Psicologia Jurídica de que se teve notícia foram direcionados ao Direito Penal. • A primeira demanda que a Justiça fez à Psicologia ocorreu no campo da Psicopatologia. O diagnóstico psicológico servia para melhor classificar e controlar os indivíduos. Os Psicólogos eram chamados a fornecerem um parecer técnico, em que, através do uso de instrumentos e técnicas de avaliação psicológica, emitiam um laudo informando à instituição judiciária, um parecer subjetivo do sujeito diagnosticado. PRINCIPAIS CAMPOS DE ATUAÇÃO •Direito de família: é uma vertente do Direito Civil que trabalha as normas de convivência familiar, sua organização, estrutura e proteção, as relações familiares e os direitos e obrigações que advirem dela, inclusive os direitos sucessórios (partilha de bens). •Destaca-se a participação dos psicólogos nos processos de separação e divórcio, disputa de guarda e regulamentação de visitas. A FAMÍLIA E A LEI • Constituição Federal: Para ela, “a família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado” (art. 226). Nestas normas de caráter geral, define união estável e entidade familiar, e fala, de maneira breve, sobre o casamento e o planejamento familiar. • A sua estrutura e o seu conceito foram se desenvolvendo ao longo da história humana. • É importante na construção do indivíduo: Emocional, intelectual, social e interacional. SEPARAÇÃO E DIVÓRCIO • Os processos de separação e divórcio que envolvem a participação do psicólogo são na sua maioria litigiosos, ou seja, são processos em que as partes não conseguiram acordar em relação às questões que um processo desse cunho envolve. • Não são muito comuns os casos em que os cônjuges conseguem, de maneira racional, atingir o consenso para a separação. Isso implica resolver o conflito que está ou que ficou nas entrelinhas, nos meandros dos relacionamentos humanos, ou seja, romper com o vínculo afetivo- emocional. EFEITOS PSICOLÓGICOS • No desenvolvimento infantil • Na saúde mental da criança • Transtorno da ansiedade social • Transtorno de ansiedade de separação DISPUTA DE GUARDA • Nos processos de separação ou divórcio é preciso definir qual dos ex- cônjuges deterá a guarda dos filhos. Em casos mais graves, podem ocorrer disputas judiciais pela guarda . Nesses casos, o juiz pode solicitar uma perícia psicológica para que se avalie qual dos genitores tem melhores condições de exercer esse direito. TIPOS DE GUARDA •Guarda alternada •Guarda compartilhada •Guarda nidal •Guarda unilateral TIPOS DE GUARDA • Guarda alternada: o filho mora com os dois pais, alternando entre as duas casas. Ambos convivem com o menor e compartilham das decisões sobre a vida da criança. • Guarda compartilhada: o filho mora com um dos pais, mas o outro tem direito a visitas/convívio e a compartilhar das decisões sobre a vida do menor. • Guarda nidal: Essa modalidade é muito parecida com a guarda alternada, com um diferencial: os filhos têm uma residência fixa. Geralmente, eles moram na casa que era do casal antes da separação e são os pais que se revezam periodicamente para ficarem com os filhos. • Guarda unilateral: A Guarda unilateral se encontra elencada no artigo 1.583 do Código Civil, que é a espécie de guarda atribuída a um só dos genitores ou alguém que o substitua, como consta no referido dispositivo legal. ALIENAÇÃO PARENTAL • Ato de afastar o filho do pai ou da mãe. • Conduta proibida por lei. Lei n. 12.318, de 26 de agosto de 2010. • Conhecida por SAP: Síndrome da Alienação Parental. CONSEQUÊNCIAS DA SÍNDROME DA ALIENAÇÃOPARENTAL - SAP • Distúrbios alimentares. • Distúrbios psicológicos (ansiedade, pânico e depressão). • Timidez em excesso e baixa autoestima. • Dificuldades para se comunicar. • Dificuldades para manter uma relação estável na vida adulta. • Uso de drogas e álcool como forma de aliviar a sensação de culpa pela alienação. PEDOFILIA E ABUSO SEXUAL • Século XIX: o termo “pedofilia” é utilizado em seu sentido negativo: desejo sexual por crianças e adolescentes. • Inclui desde a fantasia e o desejo sexual até a consumação do ato sexual. • Na rede virtual, a pedofilia encontra o suporte e a impunibilidade no anonimato. • Comércio de pornografia infantil. • Assédio, pornografia, abuso, programa e exploração comercial constituem um crime (ECA). CARACTERÍSTICAS DO CRIME: • Agressor: aparentemente normal e querido pelas crianças • Espaço físico: a própria casa do abusado, ou um local próximo da vítima ou do agressor • Níveis de renda familiar e de educação não são indicadores de abuso • Vítimas e agressores: mesmo grupo étnico e socioeconômico • Violência psicológica vem em primeiro lugar: ameaças e/ou a conquista da confiança e do afeto da criança • Violência é encoberta pela criança: pais ou parentes. • Transtornos psicológicos causados pelo abuso: Transtorno de ansiedade, Transtorno de Estresse Pós-traumático, Ansiedade, Depressão, Déficit de atenção e hiperatividade, dificuldades interpessoais. LEI MARIA DA PENHA •Originou-se de um caso verídico. •Violência doméstica: física, sexual ou psicológica, patrimonial, cometida por parceiros íntimos. • Finalidade da lei: retirar a mulher não do seu lar, mas da posição de vítima. TIPOS DE VIOLÊNCIA Violência física: surge quando a mulher resiste à violência psicológica. • Ex.: empurrões, queimaduras, murros, puxões de cabelo. VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA Violência psicológica: • Ex.: humilhações, questionamentos quanto à competência como mãe, mulher, esposa e profissional; isolamento, impedimento de trabalhar e estudar. VIOLÊNCIA CÍCLICA – FASES Violência cíclica: processo contínuo e repetitivo de agressões. Composta por 4 fases distintas: • Fase 1: de construção da tensão: violência não direta. O agressor tende a responsabilizar a vítima por todos os seus problemas e frustrações. Ex.: olhares, violências verbais. • Fase 2: da agressão: violência física se inicia • Fase 3: de desculpas: o agressor tende a minimizar ou anular o seu comportamento agressivo Há um duplo objetivo: • Responsabilizar a mulher pelo comportamento agressivo • Fazê-la não sentir mais raiva dele. PENA “Pena é a privação ou castigo previsto por uma lei positiva para quem se torne culpado por uma infração.” Nicola Abbagnano. OS TIPOS DE PENA À LUZ DO CÓDIGO PENAL • Penas privativas de liberdade: reclusão, detenção e prisão simples, enquanto os dois primeiros tipos de pena decorrem da prática de crime, o último tipo decorre de contravenções penais. Ex: homicídio. • Penas restritivas de direito: prestação de serviços a comunidade, entidades públicas, interdição temporária de direitos, limitação de fins de semana, perda de bens e valores e prestação pecuniária. • Pena Pecuniária: Multa. LEP – LEI DE EXECUÇÕES PENAIS • A Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984, também conhecida como Lei de Execuções Penais • LEP, tem como finalidade efetivar as disposições de sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica integração social do condenado e do internado, considerando os direitos humanos. • Após o fim dos recursos para a condenação penal, o processo entra na fase de execução da pena, momento em que é regido pela LEP. • A Lei de Execuções Penais dispõe sobre os direitos e deveres dos presos, sua disciplina, penalidades por faltas cometidas dentro do estabelecimento prisional e se aplica ao preso provisório ou definitivo. SUBJETIVIDADE DO ENCARCERADO – DANOS PSICOLÓGICOS DO ENCARCERAMENTO • Reac ̧o ̃es histero ́ides ou “puerilismo histe ́rico” • Perda de interesse nas atividades comuns • Transtorno obsessivo-compulsivo • Estresse • Estresse pós-traumático • Depressão • Suicídio PRISÃO • Prisão é a contenção do homem em um espaço delimitado durante um lapso de tempo. Ou seja, prisão é a somatória de duas restrições impostas ESPAÇO X TEMPO. • A prisão deve ser compreendida como a privação da liberdade de locomoção, com o recolhimento da pessoa humana ao cárcere, seja em virtude de flagrante delito, ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente. R. Brasileiro. SISTEMA PRISIONAL • Conjunto dos estabelecimentos de regime aberto, fechado e semiaberto, masculinas e femininas, incluindo os estabelecimentos penais em que o recluso ainda não foi condenado, sendo estas unidades chamadas de estabelecimento penal. SISTEMA PRISIONAL BRASILEIRO • O modelo penitenciário Brasileiro foi construído para servir aos senhores, em tempos de revolução, império e ditadura, onde o pensamento acerca de pessoa presa era completamente diferente dos vivido atualmente, pois o país nunca tinha vivido nenhum momento de democracia tão longo. • Atualmente temos 306 pessoas presas para cada 100 mil habitantes, enquanto no mundo, a média é de 144 para cada 100 mil. HOSPITAIS DE CUSTÓDIA • São considerados instituições de transição, para cumprimento de medida de segurança, não fazendo parte da rede de saúde. Os HCTPs, como mencionamos, não são geridos pela Secretaria de Saúde, e sim pela Secretaria de Administração Penitenciária (Cesp). • Atende pessoas que possuem distúrbio mental e que cometeram algum delito, e, por isso, estão sob custódia. ACOMPANHAMENTO AOS EGRESSOS • De acordo com a Lei de Execução Penal (LEP), o egresso é o indivíduo que saiu da prisão no máximo há um ano ou aquele que foi liberado condicionalmente. Nos dois casos, a legislação estabelece que a assistência jurídica, à saúde, educacional e social deve ser estendida a esta população. DESAFIOS DA PSICOLOGIA CRIMINAL • Psicólogo Criminal é quem tem conhecimento para traçar perfis criminosos, a partir da análise de fatores externos e internos. • É necessário construir um espaço onde se possa aprofundar em temas e clarificar o papel do profissional de psicologia dentro do contexto judiciário. Avaliando sua prática e trocando informações e experiências, possibilitando a formação de uma consciência ‘psicojuridica’. • “O Psicólogo jurídico busca a neutralidade diante das partes e permite a realização de intervenções biopsicossociais junto aos jurisdicionados (...) não tem como objeto a busca da verdade”. MODALIDADE DE DELITOS • 1. Delito doloso: ato voluntário (consciente) com resultado intencional. • 2. Delito culposo: ato voluntário com resultado involuntário. Há 3 formas: • 2.1. Por meio de imprudência. Exemplo: dirigir em velocidade acima da permitida. • 2.2. Por meio da negligência. Exemplo: mãe que deixa seu bebê sozinho por um longo período. • 2.3. Por meio de imperícia: omissão do indivíduo no exercício de sua profissão. • 3. Delinquência ocasional: indivíduo ajustado e que segue as leis, mas que pratica o ato criminoso mediante um estímulo externo. • 4. Delinquência psicótica: o delito surge devido a um transtorno mental. • 5. Delinquência neurótica: o delito surge da manifestação de conflitos internos. CRIMINOLOGIA •Ciência que se ocupa do crime, da criminalidade e de suas causas, da vítima, do criminoso e de sua ressocialização. CAUSAS ENDÓGENAS DO COMPORTAMENTO CRIMINOSO • Endógenas: antropológicas, genéticas, psicológicas, patológicas. • Exógenas mesológicas: referentes ao meio ambiente. Exemplo: poluição, drogas, remédios nocivos. • Sociológicas: referentes ao meio social. Exemplo: desigualdades, injustiças, falta de assistência social. EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO CRIMINOLÓGICO • Concepção causalista: relação causa e efeito (crime como decorrência natural). • Concepção multifatorial: sem relaçãocausal; há uma série de circunstâncias. • Concepção criminologia crítica: questiona acerca das razões pelas quais determinadas condutas são consideradas criminosas enquanto outras não. TEORIA DE LOMBROSO “O HOMEM DELINQUENTE” Defendia a teoria de que a fisionomia revelava o provável delinquente, como: assimetria facial, dentes irregulares, maxilares grandes, pelos do rosto escuros, insensibilidade à dor, epilepsia e impulsos instintivos ao incivilizado. PSICOLOGIA E O CONTEXTO CRIMINAL • 1. Fatores emocionais: do ponto de vista jurídico passa a ser uma situação atenuante de alguns delitos. • 2. Personalidade: as pessoas podem parecer iguais diante de uma mesma situação. No entanto, podem reagir de maneira completamente diferente. • 3.Necessidades humanas, frustrações e ideais: podem conduzir o indivíduo a expressar respostas diversificadas. • 4. Estruturação do caráter: composta por introjeções de valores (superego), contendo certos impulsos ou respostas socialmente reprováveis. PENAS Penas alternativas: importância do papel do psicólogo jurídico. Conselho Federal de Psicologia editou as Referências Técnicas para atuação dos psicólogos no Sistema Prisional. Podem ser entendidas como: • 1. Retributivas ou punitivas: funcionando como uma prevenção geral do delito através do princípio de exemplaridade. • 2. Ressocialização e “terapêuticas”: funcionando como função “político-educativa” associada à ideologia da recuperação do apenado. CÓDIGO PENAL BRASILEIRO • Código Penal Brasileiro: • Art. 26:É isento de pena o agente que, por doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento. PERÍCIA PSICOLÓGICA E MEDIAÇÃO •Perícia psicológica: •Avalia os aspectos emocionais e psicológicos de um indivíduo. •Aprofunda a estrutura dinâmica da personalidade, inteligência, maturidade mental, funções neurológicas e motivações. •Como resultado é elaborado um laudo/parecer. MÉTODOS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS A legislação brasileira prevê utilização de métodos extrajudiciais. Salientando que os mesmos não excluem o sistema jurídico tradicional. São mais econômicos em termos financeiros e temporais; são autocompositivos: • Julgamento: é o método tradicional heterocompositivo, resultando em uma sentença do juiz. • Arbitragem: método heterocompositivo onde a decisão do conflito cabe a um terceiro: o árbitro escolhido pelas partes. • Negociação: método autocompositivo, é utilizada em situações que envolvem bens materiais. • Conciliação: método autocompositivo e cooperativo; não tem poder de decisão; cabendo às partes esta tarefa; conciliador mostra as vantagens de um acordo. • Mediação: é um método autocompositivo de conflitos que visa solucionar controvérsias ou conflitos que envolvam relações jurídicas ou extrajurídicas nas quais é importante a direta e voluntária ação de ambas as partes divergentes. FREUD: A LEI E A JUSTIÇA • O Direito possui por objetivo a criação de normas que visam instruir os indivíduos de uma dada sociedade a reger suas práticas cotidianas levando em consideração o que é aceitável por esta sociedade, de acordo com o bem geral de toda a comunidade. • A psicanálise analisa o inconsciente do indivíduo para tentar entender suas estruturas psíquicas e tentar explicar determinados comportamentos. • A psicanálise, ao mergulhar no inconsciente humano para entender suas estruturas psíquicas tais como o ID, o EGO e o SUPEREGO, demonstra que mesmo pessoas ditas normais, possuem no seu inconsciente fantasias, tendências criminosas e antissociais. DIREITO: CONFLITOS MENTAIS E MECANISMOS DE DEFESA ►INTROJEÇÃO: adoção de regras e comportamentos que podem nos livrar de uma situação ameaçadora ou perigosa. Ex: a criança introjeta o "não" que a mãe repetidas vezes pronuncia, a cada vez que ela se aproxima e tenciona pôr o dedinho nos buracos da tomada elétrica. ►FORMAÇÃO REATIVA: comportamentos e sentimentos exatamente opostos às tendências reprimidas. Ex: Uma pessoa demasiadamente valente pode ser reflexo de um medo do oculto. • COMPENSAÇÃO: é o processo psíquico em que o indivíduo se compensa por alguma deficiência. Ex: um aluno ruim nos esportes se consola por ser bom em matemática. • RACIONALIZAÇÃO: explicações para nossos fenômenos internos, nossos comportamentos e sentimentos. Ex: um aluno que, não conseguindo responder a uma questão, diz “isso não é interessante de saber mesmo”, “não respondi porque não tive tempo de estudar, pois lá em casa fazem muito barulho”. DIREITO: CONFLITOS MENTAIS E MECANISMOS DE DEFESA • REGRESSÃO: é o recuo do ego, fugindo de situações de conflitos atuais para o estágio anterior. Ex: Uma criança de repente começa a molhar a cama depois de anos sem fazer isso (isso é uma resposta típica para a chegada de um novo irmão). • REPRESSÃO: processo automático que mantém fora da consciência, impulsos, ideias ou sentimentos inaceitáveis. Ex: Uma criança que é abusada por um dos pais e, mais tarde, não tem lembrança dos acontecimentos, mas tem problemas para formar relacionamentos. ►NEGAÇÃO: nega a realidade exterior e a substitui por outra realidade que não existe. Ex: Um homem ouve que sua esposa foi morta, e ainda se recusa a acreditar, ainda arruma a mesa para ela e mantem suas roupas e outros acessórios no quarto. ►SUBLIMAÇÃO: busca de modos socialmente aceitáveis de satisfazer, ao menos parcialmente, as pulsões do id. Ex: Um indivíduo com traços sádicos se torna cirurgião dentista. Ex: Quando um marido tem raiva da esposa e sai para cortar lenha. ►PROJEÇÃO: comportamentos indesejados de um indivíduo são atribuídos a outra ou outras pessoas. Ex: culpar alguma pessoa por um fracasso próprio. ►INTELECTUALIZAÇÃO: "Eu sei, eu já li tudo isso! Não é bem assim, tem muita discussão nova!". É quando se lida de modo intelectual com o problema, afastando os afetos. ►DESLOCAMENTO: consiste em transferir as características ou atributos de um determinado objeto para outro objeto. Ex: receber uma bronca do chefe e, assim que chegar em casa, chutar o cachorro como se ele fosse o responsável pela frustração. EXERCÍCIO MECANISMOS DE DEFESA 1. Uma pessoa com comportamentos homofóbicos, que na verdade, sente-se atraído por pessoas do mesmo sexo. 2. Comportamento de crianças de “mentir”, não admitem as ações que realizaram e que gerariam castigos. 3. Um mulher que se sente atraída por outra mulher, mas envia esse sentimento para marido, gerando a desconfiança de que será traída, ou seja, de que a atração é sentida pelo marido. 4. Comportamento de crianças que, na dificuldade em seus relacionamentos com outras crianças, retornam, por exemplo, a fase oral e retomam o uso de chupetas, ou ainda, comem excessivamente. 5. Pessoas que têm desejos sexuais considerados inaceitáveis pelo restante da sociedade e os escondem. 6. Um momento de aborrecimento com nossos pais, em vez de gritar com eles, entramos em nosso quarto e gritamos sobre o travesseiro. 7. Pode-se dizer que a pessoa reconhece teoricamente o afeto, mas não é possível expressá-lo em si mesma. • Relacione os mecanismos de defesa aos exemplos supracitados: • Negação, Projeção, Repressão, Deslocamento, Formação reativa, Intelectualização, Regressão. BOA SORTE!!!
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