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Resumo - Farmacologia da Tireoide

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Tireoide
Farmacologia IV
Giovanna Rêgo
Fisiologia da Tireoide
Tem ação no:
- Crescimento (formação do
crescimento e maturação óssea)
- SNC (maturação do SNC, memória,
concentração, humor, sono e
reflexos)
- Metabolismo (aumento de Na+ K+
ATPase, aumento do consumo de
O2, produção de calor, aumento do
metabolismo, aumento da
absorção de glicose, aumento da
glicogenólise e glicogênese,
aumento da lipólise e aumento da
síntese e degradação de proteínas
efetivamente catabólicas)
- Sistema cardiovascular (aumento
do débito cardíaco)
- TGI (motilidade - hiper: diarréia e
hipo: obstipação)
Endocrinopatias mais frequentes e
estudadas.
Distúrbios reconhecidos por sinais e
sintomas.
Tem um estoque de hormônios
previamente formado para suprir 30 dias
de função normal.
O hormônio tireoidiano é
importantíssimo para a maturação do
feto e ele produz apenas a partir da 12ª
semana de gestação, pois as enzimas da
placenta degradam os hormônios.
A falta de T3 e T4 é detectada no teste
do pezinho, se não fizer esse teste e o
bebê ter hipotireoidismo ele pode ter
problemas no crescimento e retardo
mental.
Funcionamento:
O hipotálamo produz o TRH que
estimula a hipófise a sintetizar e liberar
TSH que na tireóide estimula a síntese e
liberação de hormônios tireoidianos.
O controle é feito por feedback negativo:
- + hormônio, - TRH e - TSH
- - hormônio, + TRH e + TSH
Fechamento de diagnóstico:
O T4 deve estar em baixos níveis e o TSH
em altos níveis.
Nível de comprometimento para
desenvolvimento de problemas
tireoidianos:
- Nível 1: comprometimento da
tireóide (comum)
- Nível 2: comprometimento da
hipófise (+ raro)
- Nível 3: comprometimento do
hipotálamo (+ raro)
Giovanna Rêgo
Hormônios tireoidianos:
T3 (tri-iodotironina) é a forma mais ativa
por maior afinidade com o receptor,
porém é menos produzido pela tireóide
(seu precursor é o próprio T4)
T4 (tiroxina) é a forma que tem maior
produção pela tireóide, sendo o
precursor do T3, ou seja, um
“pró-hormônio”.
A conversão é feita pelas 5’iodinases.
Ligação às proteínas plasmáticas: TBG,
albumina
Boa absorção via VO, via IV provoca
mixedema.
Alimentos, preparações com cálcio e
antiácidos contendo alumínio diminuem
a absorção de T4.
Degradação no fígado.
Metabolizados por conjugação com
glicuronídeos e sulfatos.
Eliminado pela bile (fezes).
Meia vida:
- T4: 6 a 8 dias
- T3: 1 dia
Atua nos receptores nucleares: TRα (1,2)
e TRβ (1,2)
Patologia da Tireoide
Hipotireoidismo:
- Bradicardia
- Ganho de peso (ingestão)
- Menor intensidade metabólica
- Menor produção de calor,
intolerância ao frio
- Sonolência, letargia
- Constipação
Hipertireoidismo:
- Aumento da frequência cardíaca
- Perda de peso (> ingestão)
- Produção excessiva de calor,
sudorese
- Tremor, nervosismo, fraqueza
(SNC)
- Diarréia
Hipotireoidismo sub-clínico:
Não tem sintomas característicos,
apresenta apenas uma ou outra
anormalidade isolada
Exemplos:
- Paciente depressivo que não
responde a esquemas
antidepressivos
- Paciente com dificuldade de
engravidar
Coma mixedematoso
É um estado grave reconhecido por
obnubilação mental e grave lentidão de
todas as funções do organismo.
Geralmente se identifica um fator
predisponente como:
- Exposição ao frio
- Infecção
- Trauma
- Procedimentos cirúrgicos
- Uso de depressores do SNC
Potencialmente fatal (taxa de letalidade
aprox. de 60%).
Sinais:
Giovanna Rêgo
- Hipotermia
- Bradicardia
- Hipotensão
- Depressão respiratória
- Torpor (diminuição da
sensibilidade e do movimento)
Achados laboratoriais inespecíficos:
- Hiponatremia
- Aumento de CPK e LDH
(desidrogenase lática)
- Acidose
- Anemia
Tratamento: hidrocortisona em doses de
choque (100 mg EV a cada 6 horas),
suporte respiratório, administração
cuidadosa de líquido e preservação da
temperatura corporal. Uso de hormônios
tireoidianos EV.
Tratamento farmacológico
1. Fármacos antitireoidianos
Tioreilenos:
- Propiltiouracil (PTU)
- Carbimazol
- Metimazol
Mecanismo de ação:
Concentram-se na tireoide e inibem os
processos oxidativos necessários para a
iodinação dos grupos tirosila e a
condensação (ou acoplamento) das
iodotirosinas para formar T3 e T4.
PTU também bloqueia a conversão
periférica de T4 a T3.
Esses fármacos não têm efeitos nas
tireoglobulinas armazenadas na
glândula, explicando o motivo do efeito
clínico demorar até que as reservas de
tireoglobulina estejam esgotadas.
O metimazol é preferido ao PTU por ter
meia-vida mais longa permitindo 1 dose
ao dia e menos efeitos adversos.
PTU é recomendado no primeiro
trimestre de gestação já que o
metimazol tem mais efeitos
teratogênicos.
PTU é associado com hepatotoxicidade e
raramente com agranulocitose
(reversível).
Inibem a organificação
Impedem a reação de acoplamento
Inibição da enzima tireoperoxidase
Imunossupressora (doença de Graves)
PTU inibe a desiodação
Farmacocinética:
Via de administração: VO, parenteral
Excreção: urina
Efeito clínico: 3-4 semanas (de acordo
com a reserva e meia vida de T4)
Indicações:
- Doença de Graves (tratamento
definitivo-remissão)
- Tempestade tireoidiana
- Associada com iodo radioativo
- Pré-operatório
2. Inibidores iônicos
Perclorato
Tiocianatos
Pertecnato
Giovanna Rêgo
Mecanismo de ação:
Interferem no transporte de iodo para a
tireoide.
Bloqueia a captação de iodeto pela
célula folicular e é utilizado para avaliar
em que extensão o iodo acumulado pela
tireoide é organificado.
Esse bloqueio só é superado com a alta
ingestão de iodo.
Inibem o transporte de iodo competindo
com o NIS.
O tiocianato também inibe a
organificação do Iodo em grande
quantidade.
O pertecnato atua na produção de
imunoglobulinas.
Efeitos indesejáveis:
Agranulocitose e nefrose (uso crônico de
perclorato)
Indicações:
- Hipertireoidismo (doença de
Graves)
- Estudo de imagem (avaliação da
organificação do iodeto -
pertecnato)
3. Iodeto
É a substância mais antiga utilizada no
tratamento dos distúrbios da tireoide.
Mecanismo de ação:
Inibe temporariamente a liberação dos
hormônios tireoidianos.
Pode inibir a iodação da tireoglobulina,
ao inibir a formação de H2O2, que é
necessária para esse processo.
Requer altas concentrações para ocorrer
o efeito Wolff-Chaikoff: inibição da
geração de H2O2 (participa dos
processos que envolvem as peroxidases)
pelo alto conteúdo intratireoidiano de
iodo.
Reduz o transporte de iodo para dentro
da tireoide, diminuindo seus níveis
intracelulares, permitindo que a
hormonogênese ocorra normalmente.
T3 e T4 começam a diminuir seus níveis
em 24 horas, chegando ao seu mínimo
em 1 a 2 semanas, por seu efeito rápido é
utilizado em tireotoxicidade.
Farmacocinética
Absorção: intestino delgado
Metabolismo: fígado
Excreção: renal por filtração
Rápido início de ação (24 horas)
Efeitos indesejáveis:
Alergia ao iodo (edema de laringe,
asfixia, etc)
Gosto metálico na boca, sensação de
queimação na boca e na garganta
(ocorre em intoxicações crônicas).
Sintomas de intoxicação (iodismo):
coriza, espirro, tosse, irritação ocular com
edema de pálpebra, etc.
Indicações:
Giovanna Rêgo
Pré-operatório
Tempestade tireoidiana (associado aos
fármacos antitireoidianos + propranolol)
Acidentes nucleares
4. Iodo radioativo
I131: ½ vida: 8 dias (partícula β e raios γ)
Mecanismo de ação:
Tem ação citotóxica ao realizar a
destruição da glândula tireoide por ser
captado seletivamente pelas células
foliculares tireoideanas.
Farmacocinética:
Via de administração: VO
Metabolização: meia vida de 8 dias
Tem efeito lento no controle de
hipertireoidismo, tendo efeito dentre 1
mês a 1 ano em associação
medicamentosa.
Vantagens: mais barato e não necessita
hospitalização
Desvantagens: induz hipotireoidismo
tardio
Indicações:
- Cintilografia (função da tireoide)
- Doença de Graves persistente ou
com recidiva após tireoidectomia
subtotal
- Hipertireoidismo em idosos
cardiopatas
- Câncer de tireoide
Contraindicação:
- Mulheres grávidas
- Crianças (alterações neoplásicas)
- Oftalmopatia
5. Fármacos adjuvantes
- Propranolol
Inibe a conversão de T4em T3.
Também é útil para reduzir sinais e
sintomas de hipertireoidismo como
taquicardia, arritmias, tremor e agitação.
Usado para pacientes com tireotoxicose
para a cirurgia e no período inicial do
tratamento do hipertireoidismo.
- Dexametasona
Inibe a conversão de T4 em T3.
Usado também para reduzir a
exoftalmia da doença de Graves.
- Guanetidina
Bloqueador noradrenérgico usado em
forma de colírio, é usado para melhorar
a exoftalmia (“olhos esbugalhados”) do
hipertireoidismo que não é reduzida
pelos fármacos antitireoidianos.
Atua relaxando o músculo liso inervado
pelo simpático e faz a retração da
pálpebra.
6. Reposição hormonal
Não tem fármacos que aumentem a
produção de hormônios tireoidianos no
hipotireoidismo, então o único
tratamento efetivo a menos que seja
causada pela deficiência de iodo (usa-se
iodeto) é administrar os próprios
hormônios como reposição.
A levotiroxina (T4) é preferida ante o T3
(liotironina) ou produtos de combinação
de T3/T4 (liotrix) para tratar
hipotireoidismo.
Giovanna Rêgo
Levotiroxina é mais bem tolerada do que
T3 e tem meia vida mais longa.
A liotironina (injeção IV lenta), por ter
ação rápida e duração curta, é reservada
para emergências como o coma
mixedematoso.
Administração de levotiroxina 1 vez ao
dia e o equilíbrio é alcançado entre 6 a 8
semanas.
Toxicidade está diretamente relacionada
com a concentração de T4,
manifestando-se por:
- Nervosismo
- Palpitações
- Taquicardia
- Intolerância ao calor
- Perda inexplicada de massa
corporal
Fármacos que induzem enzimas do
CYP450 (fenitoína, rifampicina e
fenobarbital) aceleram o metabolismo
dos hormônios tireoidianos e podem
diminuir sua eficácia.
Em resumo…
Giovanna Rêgo

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