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A SITUAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA DA ALPARGATAS S.A.: Uma análise 
comparativa entre o período anterior e posterior à crise econômica no Brasil 
 
Willames de Souza Silva1 
Igor José Santana de Araújo2 
 
 
RESUMO 
O presente artigo teve como objetivo verificar a situação financeira da Alpargatas S.A. no 
período anterior e posterior à crise, compreendido entre os anos de 2012 a 2017. Os índices 
macroeconômicos (PIB, Inflação e Desemprego) foram levados em consideração a fim de 
visualizar o impacto da crise na companhia. O estudo foi realizado por meio de uma análise 
fundamentalista dos dados financeiros e econômicos, extraídos das demonstrações contábeis da 
companhia, divulgadas no site da B3, bem como no portal institucional da empresa, onde a 
mesma mantém relação mais direta com seus investidores. Entre os índices utilizados por essa 
pesquisa, tem-se os indicadores de estrutura, mercado e rentabilidade. Dentre os principais 
resultados obtidos por meio da análise, alguns indicadores se destacaram, tais como: Grau de 
Endividamento, Imobilização do Patrimônio Líquido e EBITDA, além dos indicadores de 
Inflação e Desemprego. Dessa forma, pode-se inferir que, apesar da crise econômica em seu 
ápice, atingir o resultado da organização suas estratégias mercadológicas retornaram resultados 
satisfatórios, com aumento do reconhecimento de suas marcas internacionalmente devido a 
expansão de suas operações. 
 
Palavras-chave: Crise econômica; Alpargatas S.A.; Análise econômico-financeira; B3. 
 
ABSTRACT 
The objective of this article was to verify the financial position of Alpargatas SA in the period 
before and after the crisis, between the years of 2012 to 2017. The macroeconomic indices 
(GDP, Inflation and Unemployment) were taken into account in order to visualize the impact 
of the crisis in the company. The study was carried out through a fundamental analysis of the 
financial and economic data extracted from the company's financial statements, disclosed on 
the B3 website, as well as in the company's institutional portal, where the companie keeps more 
direct relationship with its investors. Among the indexes used by this research are the indicators 
of structure, market and profitability. Among the main results obtained through the analysis, 
some indicators stood out, of which cite them the level of indebtedness, Fixed Assets of Net 
Equity and EBITDA, besides the Inflation and Unemployment indicators. Therefore, it can be 
inferred that despite the economic crisis, at its apex, attain the organization's result, its business 
strategies returned satisfactory results, with an increase in the recognition of its brands 
internationally due to the expansion of its operations. 
 
Keywords: Economic crisis; Alpargatas S.A.; Economic and financial analysis; B3. 
 
1 Acadêmico (a) do curso de Ciências Contábeis oferecido pelo Centro Universitário de João Pessoa – UNIPÊ. 
E-mail: willames.souza7@gmail.com 
2 Professor do Centro Universitário de João Pessoa - Unipê. Mestre em Desenvolvimento Regional - Economia 
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN), além de graduação em Economia pela UFPB 
(Universidade Federal da Paraíba). E-mail: igor.araujo@unipe.br 
 
 
 
2 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Na atual conjuntura internacional, em que a globalização está difundida no mercado e a 
competitividade mais acirrada entre as empresas, devido às diversas opções disponibilizadas 
aos consumidores, os gestores das organizações necessitam, cada vez mais, de informações que 
subsidiem a tomada de decisões, de modo que venham a tornar mais atraentes os seus produtos 
ou serviços e, com isso, garantir a geração de receitas. 
Para isso, a contabilidade, através da utilização de técnicas, como a escrituração e as 
demonstrações contábeis, objetiva demonstrar a situação econômico-financeira das 
organizações em um determinado momento. De acordo com Joia et al. (2018), a contabilidade 
assume um caráter dinâmico, adequando-se às necessidades da organização a qual está 
enquadrada, de forma que vem a transmitir os fenômenos empresariais de maneira mais propícia 
aos usuários da informação inseridos no âmbito da organização. 
As demonstrações contábeis agrupam os dados relativos às movimentações realizadas 
pela organização, visando evidenciar uma aproximação da realidade empresarial, para servir de 
subsídio aos gestores no processo de análise para tomada de decisões. Do mesmo modo, elas 
“[...] são elaboradas e apresentadas para usuários externos em geral, tendo em vista suas 
finalidades distintas e necessidades diversas”, conforme verificado no Pronunciamento Técnico 
do Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC 00 (2011, p. 3). 
No entanto, para que possam ter efetividade, tais demonstrativos precisam ser analisados 
e interpretados. Isso torna-se possível através da análise das demonstrações contábeis, ou 
análise das demonstrações financeiras, haja vista que, para Bruni (2014), a análise financeira 
permite a comparação dos dados fornecidos pela empresa com períodos anteriores e, até, 
comparações com outras organizações, preferencialmente, do mesmo setor. 
Neste sentido, o analista busca entender a situação financeira de empresas, de modo a 
divulgar informações pertinentes ao mercado acionário e demais usuários, valendo-se das 
análises financeiras provenientes de demonstrativos contábeis. Padoveze (2010, p.198) 
complementa o exposto, ao afirmar que “o analista vale-se de uma série de cálculos 
matemáticos, traduzindo os demonstrativos contábeis em indicadores de análise de balanço.” 
Sobretudo num momento de vulnerabilidade econômica, a realização da análise 
financeira pode ser relevante, tendo em vista as incertezas do mercado interno, bem como dos 
investimentos estrangeiros realizados nele. A partir disso, os administradores podem encontrar 
meios alternativos que viabilizem a alocação de recursos para que as empresas superem as crises 
econômicas, com vistas a alcançar resultados positivos ou definir melhores estratégias. 
 
 
3 
 
 
Em se tratando da crise econômica do Brasil, indica-se que, após um período de 
expansão (2004-2013), a taxa de crescimento média foi de 4,0% a.a., acompanhado por um 
processo de melhoria na distribuição de renda e, consequentemente, na redução da pobreza, 
mas contraiu abruptamente, a partir de 2014, vindo a sofrer uma forte e prolongada recessão 
em 2015-2016 (PAULA; PIRES, 2017). 
Diante dessa perspectiva, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2016) 
mostra que o PIB, embora tenha superado a expectativa dos analistas, que esperavam um 
resultado menor para o período, começou a apresentar variações insatisfatórias a partir do ano 
de 2014, considerado, até então, o pior resultado desde o ano de 2009, tido como auge da crise 
econômica internacional. O IBGE (2009) ainda complementa que, para a composição do PIB, 
há a contribuição de diversos setores do mercado, dentre os quais encontra-se o setor industrial, 
classificado como o mais atingido no mesmo ano. 
Considerando este cenário, cita-se a empresa Alpargatas S.A., que é uma indústria de 
calçados, considerada líder no segmento de sandálias no Brasil, classificada no setor de 
consumo cíclico, com suas ações listadas na Brasil, Bolsa, Balcão (B3). Entretanto, suas 
atividades estão vulneráveis às flutuações da macroeconomia, principalmente em momentos de 
recessão ou expansão econômica, haja vista a variação do consumo de bens semi duráveis. 
Enqvist, Graham e Nikkinen (2014) abordam que a desaceleração econômica, por 
impactar a economia política, acarreta em flutuações na demanda do mercado consumidor, 
afetando as organizações, principalmente com a queda nas vendas. Baseado nesse contexto, 
formula-se a seguinte questão de pesquisa: Qual é o reflexo da crise econômica brasileira na 
situação econômica-financeira da Alpargatas?Para tanto, tem-se como objetivo verificar a 
situação patrimonial e financeira da referida empresa no período anterior e posterior à crise. 
Em virtude da instabilidade sofrida pela economia brasileira, a Alpargatas tornou-se 
alvo de especulações acerca da capacidade de manutenção das suas atividades empresariais na 
Paraíba. Diante de tais circunstâncias, o presente estudo tem, como justificativa, a necessidade 
da observação da situação econômico-financeira, uma vez que a empresa possui uma grande 
importância tanto na economia nacional, quanto na local. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
2 REVISÃO DE LITERATURA 
 
2.1 A crise econômica brasileira 
Para Damas (2017), a ocorrência da crise é considerada como decorrência dos excessos 
de endividamento do governo, bem como da sociedade em geral, seja associadamente ou não, 
ocorridos devido a grande oferta de recursos monetários na economia. 
 Embora a crise que eclodira nos últimos anos tenha sido justificada por outras vertentes, 
como apresenta Coronato e Oliveira (2016), que responsabiliza o protecionismo e o estímulo 
ao consumo pelo atual cenário econômico, o Brasil tem sido impactado pela crise financeira 
internacional desde o ano de 2008, conhecida como subprime3, a qual diz respeito aos créditos 
imobiliários concedidos no mercado norte-americano sem a devida preocupação com o risco 
atrelado a essas concessões (TEIXEIRA NETO, 2016). 
Não obstante, pode-se afirmar ainda que atrelado a esta tem-se as tomada de decisões 
inadequadas por parte do governo em um momento não oportuno, como é o caso do aumento 
sucessivo da taxa de juros básica – Selic, passando de 12,25% para 12,75% a.a., em menos de 
dois meses, no início de 2015 (MARTELLO,2015). 
Dessa forma, a crise que o Brasil enfrentou, resulta em sucessivas quedas no PIB e, 
consequente, aumento da inflação. Segundo Paula e Pires (2017), essa queda atingiu seu ápice 
entre 2015-2016 alcançando uma taxa negativa média de -3,7% a.a, com expressiva 
representatividade do setor industrial, com uma taxa de -6,3%. Em complemento a esses dados 
na indústria, Oreiro (2016) explica que dentro do setor, a produção de bens de consumo semi e 
não-duráveis foi a única que manteve-se estável, apresentando uma queda, inferior a 1%. 
 Em paralelo a desaceleração do PIB, Garcia (2016) explica que, teve-se um enorme 
alargamento da dívida pública, apresentando um aumento de 5,9%, em 2014, posteriormente, 
no ano de 2015, um salto ainda maior, passando de 57,2% para 66,2%. Segundo o ministro de 
Desenvolvimento, Indústria e Comércio, no governo Lula4, Luiz Fernando Furlan esses 
aumentos na dívida, decorre do exacerbado gastos do governo e concessão de subsídios, o que 
ocasionou o endividamento das famílias brasileiras. 
Além disso, alguns teóricos corroboram Coronato e Oliveira (2016) como o economista 
José Pastore, onde o mesmo atenta para o aumento da taxa de desemprego, que cresce 
rapidamente contrapondo-se ao tempo necessário para que a mesma tivesse uma redução pela 
 
3 Subprime ou hipotecas podres, eram assim chamadas por serem concedidas a pessoas que não possuíam 
condições sociais e econômicas compatíveis com os créditos oferecidos (POZZI, 2017). 
4 Presidente da República do Brasil entre Jan - 2003 e Dez - 2011. 
 
 
5 
 
 
metade. O economista salienta ainda, que as consequências desse cenário afetam 
principalmente as famílias, causando um impacto que pode perdurar por um longo período de 
tempo e prejudicar na educação dos filhos. 
 
2.2 Indicadores econômicos e financeiros 
Os índices têm como característica primordial propiciar uma visão ampla do cenário 
econômico e financeiro de uma organização, servindo de ferramenta para avaliação e auxílio 
gerencial. Padoveze (2010 p. 198) aborda que “indicadores buscam também evidenciar as 
características das principais integrações existentes entre a situação patrimonial apresentada 
pelo balanço e a dinâmica da empresa representada pela demonstração de resultados”. 
 
2.2.1 Índices de Endividamento 
Diante disso, torna-se importante a utilização de indicadores de endividamento, pois 
estes podem evidenciar a estrutura e origem do capital que a empresa aplica em seu ativo com 
a finalidade de financiar suas atividades e garantir a geração de lucros. Esse índice, inter-
relaciona as fontes de recursos, estabelecendo a posição relativa do capital próprio frente ao 
capital de terceiros, além de demonstrar o endividamento da empresa (MARTINS, MIRANDA 
e DINIZ, 2014). 
Dessa forma, para que uma análise seja realizada, tem-se alguns índices que poderão ser 
utilizados: 
 
Quadro 1 - Índices de Estrutura Patrimonial 
Índices Fórmulas Objetivo 
Endividamento 
ou 
Grau de 
Endividamento 
(GE) 
𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑇𝑒𝑟𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠
𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
 
Mostrar o total de dívida 
que a empresa tem com 
terceiros, em relação ao 
capital próprio - o 
Patrimônio Líquido. 
Composição do 
Endividamento 
(CE) 𝑃𝑎𝑠𝑠𝑖𝑣𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒
𝐶𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑖𝑠 𝑑𝑒 𝑇𝑒𝑟𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠
 
Comparar as dívidas a 
curto prazo com as 
obrigações totais, 
indicando quanto se tem 
concentrado e deverá ser 
pago no curto prazo 
 
 
6 
 
 
Imobilização do 
Patrimônio 
Líquido 
(IPL) 
𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑁ã𝑜 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑛𝑡𝑒 − 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑖𝑧á𝑣𝑒𝑙 𝑎 𝐿𝑜𝑛𝑔𝑜 𝑃𝑟𝑎𝑧𝑜
𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
 
Indicar o montante do 
capital próprio que 
encontra-se destinado a 
composição dos ativos 
não circulante, exceto os 
ativos realizáveis a longo 
prazo. 
Fonte: Martins, Miranda e Diniz (2014). 
 
Considerando a variação constante da economia e do mercado empresarial, devido à 
inflação, trabalhar com Capital de Terceiros, por vezes, pode se apresentar muito atrativo para 
as empresas, desde que este capital não gere ônus, explicitamente, agressivos à saúde financeira 
da organização (MARION, 2012). 
No entanto, para identificar a vantagem de utilização do mesmo, Martins, Miranda e 
Diniz (2014 p. 140) afirmam que: 
É necessário analisar a qualidade da dívida (prazo de vencimento, taxa de juros, risco 
de moeda - se em reais, se em dólar etc.), pois se uma empresa tiver alto 
endividamento com terceiros a longo prazo e baixo custo, pode ser extremamente 
interessante do ponto de vista da rentabilidade que os sócios desejam. 
 
Nesse sentido, pode-se considerar que as vantagens quanto ao aproveitamento do capital 
de terceiros só serão bem aceitas quando a exigibilidade relativa ao capital, apresentar juros 
baixos e, principalmente, se concentrada no longo prazo, por possibilitar a circulação do capital 
e geração de recursos capazes de sanar as obrigações. 
 
2.2.2 Índices de Bolsa 
 Os índices de bolsa tem por finalidade expor ao investidor todas as características de 
mercado. Nesse sentido, se uma empresa de capital aberto possuir bons índices neste segmento, 
interpreta-se que o mercado e as economias, nacionais e internacionais, veem com bons olhos 
esta empresa, atraindo investimentos e aumentando as cotações das suas ações no mercado. 
As ações emitidas pelas sociedades anônimas de capital aberto ou fechado podem ser 
caracterizadas como títulos representativos de uma parte fracionária do capital social da 
organização, que outorga aos seus adquirentes o caráter de coproprietário, com direito à 
participação nos resultados econômicos e, por vezes, no processo de tomada de decisões 
(BRITO, 2013; ASSAF, 2015). 
O acompanhamento do preço das ações apresenta uma importante relevância na análise 
e avaliação dos resultados de uma organização, sobretudo para os usuários externos, como é o 
caso dos investidores em ações. Em vista disso, Padoveze (2010) afirma que, as organizações 
constituídas sob a forma jurídica de sociedade anônima, ou sociedade por ações, necessitam de 
 
 
7 
 
 
um acompanhamento interno, tendo como pretensão, a observaçãodas perspectivas do mercado 
frente à empresa. 
Desta forma, uma maneira possível de se avaliar as perspectivas financeiras do mercado 
seria a partir de índices de mercado. Nesse sentido, Assaf Neto (2015), exprime que os 
indicadores financeiros utilizados para realizar a análise de ações e o retorno proporcionado aos 
investidores, só terão pertinência quando avaliados em conjunto e em comparativo a outros 
indicadores de análise financeira, ao longo do tempo e, concomitantemente, aos indicadores 
apresentados por empresas do mesmo porte. 
O mesmo autor ainda coloca que, para ter validade, a informação financeira transmitida 
pelos indicadores deverão estar em consoante com os valores patrimoniais apresentados pela 
contabilidade, efetivando, dessa forma, a verificabilidade da informação contábil. 
Segundo Iudícibus (2017), a avaliação desses indicadores mostra significativa 
importância, principalmente, no momento de decisões acerca da realização de investimento em 
ações, pois possibilita estimar a valorização da empresa no mercado, o tempo de retorno do 
capital investido, entre outros. 
Para realização da análise de tais indicadores, terá como respaldo a utilização dos 
índices expressos no quadro abaixo: 
 
Quadro 2 - Índices de Bolsa 
Índices Fórmulas Objetivo 
Valor Patrimonial da Ação 
(VPA) 
𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑎çõ𝑒𝑠 𝑒𝑚𝑖𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠
 
Expressa o fragmento do capital 
próprio da organização que 
concerne a cada ação em 
determinado momento, com base 
nos valores acumulados no 
passado. 
Lucro Por Ação 
(LPA) 
𝑅𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
𝑁ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝐴çõ𝑒𝑠 𝐸𝑚𝑖𝑡𝑖𝑑𝑎𝑠
 
Demonstra a fração do resultado 
líquido alcançado pela empresa no 
exercício, que cabe a cada ação. 
Preço/Lucro 
(P/L) 
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑎 𝑎çã𝑜
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑝𝑜𝑟 𝑎çã𝑜
 
Retrata o tempo necessário de 
retorno do investimento acionário. 
Dividendos Por Ação 
(DPA) 𝐷𝑖𝑣𝑖𝑑𝑒𝑛𝑑𝑜𝑠
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑎çõ𝑒𝑠
 
Corresponde ao valor pago aos 
acionistas, a título de dividendos, 
para cada ação lançada no 
mercado. 
Fonte: Assaf Neto (2015). 
 
 
 
 
 
8 
 
 
2.2.3 Índices de Rentabilidade 
 Dentre os índices que compõem a análise das demonstrações contábeis, tem-se os 
índices de rentabilidade, considerado índice de análise econômica, Marion (2012) coloca que 
estes destinam maior atenção às informações apresentadas na Demonstração de Resultado do 
Exercício (DRE). 
 Vieira et al (2011) dispõe que o índice de rentabilidade objetiva verificar a geração de 
resultados líquidos da organização, em comparabilidade ao capital investido, de modo a analisar 
o rendimento ocorrido sobre o investimento realizado. Não obstante a isso, Silva (2017) 
complementa que a análise visa constatar não apenas o retorno acerca do investimento, mas, 
também, sobre as vendas totais e sobre o seu patrimônio líquido, ou seja, o capital próprio. 
 Dessa forma, Martins, Miranda e Diniz (2014), como também Matarazzo (2010), 
definem que a rentabilidade é o princípio vital de um empreendimento, visto que se não houver 
rentabilidade, a manutenção deste pode-se apresentar comprometida, pois tanto a empresa, 
quanto seus investidores, necessitam de um retorno econômico, para poder realizar novos 
investimentos. Nesse sentido, entende-se que para realizar um investimento é fundamental a 
avaliação da rentabilidade gerada pelo negócio desejado. 
Para realizar a análise de rentabilidade, a literatura dispõe, basicamente, dos indicadores 
apresentados no quadro abaixo: 
 
Quadro 3 - Índices de Rentabilidade 
Índices Fórmulas Objetivo 
Retorno sobre o 
Investimento 
(ROI) 
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 (𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜)
𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
 𝑥 100 
Representa o resultado 
obtido com referência aos 
investimentos realizados 
na organização. 
Giro do Ativo 
𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎𝑠 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎𝑠
𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
 
Possibilita a comparação 
entre as vendas realizadas 
e o investimento. 
Margem 
Operacional 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 (𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜)
𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎𝑠 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎𝑠
 𝑥 100 
Evidencia o percentual das 
vendas que tenham sido 
transformados em lucro 
líquido. 
Retorno sobre o 
Patrimônio 
Liquido 
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜
𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 (𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙)
 
Apresenta a capacidade da 
organização em remunerar 
 
 
9 
 
 
o capital próprio, ou seja, 
investido pelos sócios. 
Alavancagem 
Financeira 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜/𝑃𝑎𝑡𝑟𝑖𝑚ô𝑛𝑖𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 (𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙) 
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 𝑂𝑝𝑒𝑟𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 (𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜)/𝐼𝑛𝑣𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
 
Representa a relação 
existente entre a taxa de 
retorno do patrimônio 
líquido e do investimento. 
EBITDA 
Recursos Antes dos Juros, Impostos e Depreciação 
(Resultado líquido + Desp Depreciação + Desp. Exaustão 
+ Desp Amortização + Desp Financeiras + Imposto de 
Renda e Contribuição Social) 
Demonstra o lucro 
auferido pela organização 
antes de deduzidas as 
despesas operacionais de 
alocação sistemática, além 
dos juros e impostos 
incidentes sobre o lucro. 
Economic Value 
Addes (EVA) 
EVA = LOLAI – (CCP% x PL) 
Evidencia a capacidade de 
pagamento que a empresa 
possui para sanar todas as 
despesas do exercício e 
remunerar o capital 
próprio. 
Fonte: Assaf Neto (2015); Martins, Miranda e Diniz (2018). 
 
2.3 A Alpargatas S.A. 
A Alpargatas é empresa multinacional, com sede no Brasil, instituída em 03 de abril de 
1907 com a fundação realizada por Robert Fraser, a organização foi intitulada inicialmente 
como Sociedade Anonyma Fábrica Brazileira de Alpargatas e Calçados. Atualmente a empresa 
atua na industrialização de calçados, vestuários e acessórios, classificados como bens semi e 
não duráveis, pertencentes ao setor de consumo cíclico (BOVESPA, 2018). 
Possui sede situada na cidade de São Paulo-SP e unidades fabris distribuída entre três 
estados da federação brasileira, dentre os quais destaca-se a Paraíba com presença de três, das 
seis unidades. Segundo Luiz Alberto Leite (2017), em entrevista à Rádio Campina FM, a 
Alpargatas é o maior empregador do estado paraibano, empregando cerca de oito mil pessoas, 
onde aproximadamente seis mil estão em Campina Grande, na fábrica das sandálias Havaianas. 
No entanto, de acordo com informações fornecidas no site da empresa, a atuação da 
referida não se limita apenas ao Brasil, com oito unidades produtivas na Argentina, além de dez 
escritórios dispostos entre países europeus, nos Estados Unidos, Hong Kong e Colômbia. Além 
disso, desenvolve a comercialização direta de suas marcas através de suas lojas próprias. 
 
 
10 
 
 
A empresa está sempre preocupada na inovação dos seus produtos, de modo a aumentar 
o seu portfólio e agregar valor às suas marcas. Para isso, baseia seus valores no 
comprometimento dos seus colaboradores de forma individual para atingir os objetivos 
planejados, como também no respeito às pessoas. 
 
3 METODOLOGIA 
 
 Considerando o objetivo inicial da presente pesquisa, a referida é classificada como uma 
pesquisa descritiva, uma vez que para Gil (2018) esta, busca examinar as relações existentes 
entre as mutações ocorridas em algumas variáveis, utilizando-se para o estudo os indicadores 
macroeconômicos e os econômico-financeiro. 
 O proceder dessa pesquisa se dá através de análise de dados da empresa Alpargatas S.A.. 
Dessa forma, caracterizar-se-á também como sendo um estudo de caso, pois esta baseia-se na 
análise exclusiva de apenas uma ou poucas fontes de dados, possibilitando assim o 
desenvolvimento de uma averiguação mais focalizada e abrangente do caso abordado (GIL, 
2018). 
 Segundo Santos, Kienen e Castiñeira (2015) a aplicação desse método torna a pesquisa 
um tanto restritiva, sendo conveniente quando se tem a expectativa de conhecer as 
especificidadesdo objeto. No entanto, ressalta-se que a restrição não se dá no sentido negativo 
do entendimento, mas sim na restrição do objeto de pesquisa, ou seja, como em qualquer 
levantamento, é indispensável que a discussão seja envolta apenas entorno de um foco 
específico sem perturbações externas. 
 Utiliza-se de uma abordagem tanto de caráter qualitativa que preocupa-se em 
compreender as características e o contexto do fato, dando atenção aos sujeitos da pesquisa e 
interpretando as informações obtidas (LAKATOS; MARCONI, 2017), bem como de caráter 
quantitativo, haja vista que emprega a análise econômico e financeira para entendimento da 
situação organizacional, em que esta última concentra-se na utilização de métodos matemáticos 
e/ou estatísticos (SANTOS; KIENEN; CASTIÑEIRA, 2015). 
 Ainda quanto a tipologia, esclarece-se que a pesquisa dar-se-á como qualitativa quando 
forem abordadas as interpretação dos índices para análise ao longo do tempo, e, quantitativa, 
quando dos dados primários forem calculados os índices de análise das demonstrações 
contábeis. 
 Quanto a realização da coleta, os dados financeiros foram extraídos das demonstrações 
financeiras consolidadas e dos relatórios da administração, disponibilizados no Site do IBGE, 
 
 
11 
 
 
da B3 bem como no portal institucional da Companhia, onde a referida mantém a relação com 
seus investidores através da apresentação dos resultados de forma mais dinâmica. No período 
compreendido entre 2012 a 2017, caracteriza-se o período de 2012 a 2013 como anterior à crise; 
2014 a 2016 como o momento em que a economia estava instável, em cenário de crise e, por 
fim, 2017 como o ano em que a economia já estava se recuperando. 
 Para este trabalho considerou-se como crise para o cenário econômico do país as 
variações ocorridas nos indicadores macroeconômicos como o PIB, a Inflação e o Desemprego. 
Já em relação às considerações adotadas para a Alpargatas foram apreciados os decréscimos 
nos resultados auferidos, apresentados no lucro e nas vendas líquidas, aos quais estão atrelados, 
por exemplo, os custos para produção, bem como as despesas operacionais e não operacionais, 
visualizadas por meio dos impactos nos indicadores da análise econômica, financeira e de 
mercado reportados pela companhia. 
 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
4.1 A economia brasileira x Alpargatas 
 Com o aumento dos juros e consequente aumento acelerado da inflação, como pode ser 
observada no Quadro 4, que apresenta a situação econômica e empresarial do Brasil no contexto 
em que a Alpargatas está inserida, a economia sentiu de imediato as consequências das decisões 
outrora tomadas pelo Comitê de Política Monetária (Copom), ocasionando o início de uma 
recessão generalizada, atingindo todos os setores. Isso pode ser corroborado pelos dados 
divulgados pelo IBGE (2017) em que após doze anos, o consumo familiar veio a sofrer a 
primeira retração, atingindo 3,2%. 
 
Tabela 1 - Situação econômica versus empresarial 
Ano 
BRASIL ALPARGATAS S.A. (Reais Mil) 
PIB (Milhões 
de Reais) 
Inflação Desemprego 
Vendas 
Líquidas 
Lucro Líquido 
2012 R$ 4.814.760 5,83% 7,4% R$ 3.006.982 R$ 280.536 
2013 R$ 5.331.619 5,91% 7,2% R$ 3.425.959 R$ 309.763 
2014 R$ 5.778.953 6,41% 6,8% R$ 3.538.029 R$ 286.528 
2015 R$ 5.995.787 10,67% 8,6% R$ 4.038.676 R$ 263.248 
2016 R$ 6.267.205 6,29% 11,6% R$ 4.054.404 R$ 358.473 
2017 R$ 6.553.843 2,21% 12,7% R$ 3.721.863 R$ 350.562 
Fonte: Dados da pesquisa, 2018. 
 
 
 
12 
 
 
 No tocante aos setores que foram afetados pela recessão, o setor industrial apresentou a 
maior queda, com 5,8%, dentro dele tem-se a participação da indústria de transformação como 
a segunda mais impactada, em uma queda de 8,5% (IBGE, 2017). 
 Diante disso, sendo a Alpargatas uma empresa inserida na indústria de transformação 
de bens não duráveis, nem tampouco prioritários ao consumo, pode-se visualizar na Tabela 1, 
que refere-se a contexto da economia em paralelo ao da empresa, os efeitos da conjuntura 
nacional nos resultados econômicos da referida que podem ser atrelados à elevação da inflação 
em vista que esta causa o aumento do preço médio generalizado. 
 Ainda que a empresa tenha conseguido manter a obtenção de resultado líquido positivo 
também no exercício de 2015, em que o mercado estava instável com o aumento da inflação e 
do desemprego, a organização necessitou intensificar suas estratégias mercadológicas 
(ALPARGATAS, 2015). A empresa, no seu Relatório da Administração, atribui que esse 
resultado se dá como reflexo do desempenho satisfatório das operações realizadas com o 
mercado internacional, em que apenas no decorrer do ano, foram instaladas 15 lojas da 
Havaianas no exterior. 
 Além da expansão de suas lojas próprias, o relatório ainda traz outras estratégias que 
foram fundamentais para resistir à crise, como a aliança firmada com o mercado norte 
americano que concedeu à Havaianas o título de marca oficial da Walt Disney World® Resort, 
Disneyland® Resort e Disney Vacation Club. 
 Já no âmbito nacional, a mesma justifica o aumento da receita líquida pela elevação do 
preço médio das sandálias, bem como dos calçados esportivos, que realizou uma compensação 
haja visto a diminuição do volume de vendas em relação ao ano imediatamente anterior, 
enquanto o volume de exportação obteve um aumento de 2%. 
 
4.2 A situação da Alpargatas 
 Em se tratando da situação econômico-financeira da empresa a análise através dos 
indicadores retornaram os valores que seguem nas Tabelas 2, 3 e 4, apresentando em alguns 
momentos os reflexos direto da situação econômica no cenário ao qual a empresa esteve 
inserida. 
 A Tabela 2 apresenta o resultados dos índices de endividamento da Alpargatas entre os 
períodos de 2012 à 2017, bem como as respectivas médias dos índices Grau de Endividamento 
(GE), Composição do Endividamento (CE) e Imobilização do Patrimônio Líquido (IPL). 
 
 
 
 
13 
 
 
Tabela 2 - Resultado dos índices de endividamento 
Ano 
Índices 
GE CE IPL 
2012 65,01% 69,96% 46,47% 
2013 83,27% 66,42% 57,10% 
2014 73,57% 64,41% 65,21% 
2015 94,87% 71,47% 73,25% 
2016 83,08% 57,95% 66,39% 
2017 70,18% 70,58% 53,74% 
MÉDIA 70,33% 66,80% 60,36% 
Fonte: Elaboração própria, 2018. 
 
 Na medida em que se intensificaram as estratégias adotadas pela empresa, em relação a 
expansão de sua comercialização e implantação de suas lojas, o endividamento da mesma foi 
crescendo paralelamente, tendo em vista os investimentos realizados para ampliação de suas 
unidades fabris, bem como da sua capacidade de produção. 
 Segundo a Alpargatas (2013), o aumento de 12,94% acima da média ocorrido no período 
de 2013, diz respeito aos financiamentos realizados para dar sustentação aos projetos de 
investimentos na Região Nordeste, na fábrica da Havaianas, em Montes Claros-MG e às 
operações de exportação. 
 Não obstante ao citado, ainda pode-se observar que a evolução desse índice se deu 
também pelo reconhecimento da obrigação circulante referente a aquisição de participação 
acionária na Terras de Aventura Indústria de Artigos Esportivos S.A. (Osklen), a qual foi 
reconhecida através de estimativa do preço de aquisição sendo considerado o total de 13 vezes 
o EBITDA da referida no período de um ano a partir de 1° de março de 2013, data do contrato 
firmado entre as partes. 
 Com referência a continuidade de elevação do indicador em 2014 e 2015, a empresa 
apresenta que parte significativa desse montante demonstra os recursos advindos de 
financiamentos que objetivaram subsidiar os custos necessários para as exportações de 
sandálias, para isso os contratos realizados tinham como cláusula a exigência de apresentar os 
resultados alcançados enquanto perdurasse o prazo para fim da vigência do contrato. 
 Já em relação a imobilização do Patrimônio Líquido da organização, sua alavancagem 
sedá devido a aplicação dos recursos na compra de máquinas e equipamentos necessários para 
desenvolvimento das atividades operacionais nas unidades ampliadas, bem como na renovação 
do maquinário têxtil já utilizados. 
 
 
14 
 
 
 Diante dos resultados expostos pela análise anterior e na busca em atingir o objetivo 
dessa pesquisa, torna-se importante desenvolver a análise dos índices de bolsa para visualizar a 
valorização da empresa frente ao mercado acionário e a relação com seus investidores, 
conforme pode ser contemplado na Tabela 3. 
 
Tabela 3 - Resultados dos índices de bolsa 
Ano 
Índices 
VPA LPA P/L DPA 
2012 R$ 4,27 R$ 0,72 20,93 R$ 0,07 
2013 R$ 4,29 R$ 0,72 20,43 R$ 0,08 
2014 R$ 4,47 R$ 0,61 11,90 R$ 0,11 
2015 R$ 4,11 R$ 0,56 12,72 - 
2016 R$ 4,39 R$ 0,76 13,14 - 
2017 R$ 4,81 R$ 0,75 23,42 R$ 0,06 
Fonte: Elaboração própria, 2018. 
 
A redução dos índices de ações no exercício de 2015 pode estar atrelada a queda do 
lucro auferido pela empresa, em razão destes índices utilizarem para a realização do cálculo a 
variável Lucro Líquido. Ao analisar as Demonstração de Resultado do Exercício, é 
possível observar que um dos fatores ligados a referida queda decorreu principalmente pelo 
aumento no custos do produtos (4,5%) e das despesas operacionais (12%) realizadas no 
exercício. 
No entanto, o que se tornou mais considerável no impacto do resultado foi o surgimento 
de algumas despesas abrangidas em Outras Despesas Operacionais que elevaram-se ao nível de 
29,44% e a elevação das Despesas Financeiras em 32,53% quando comparadas com o resultado 
de 2014. 
Parte dessas despesas surgidas no período estão ligadas à reestruturação acionária da 
Companhia, visto que de acordo com a Alpargatas (2015) a troca de controle realizado entre a 
Camargo Correa transferindo-o para a J&F, gerou para ela uma despesa de R$ 16.434 (Reais 
Mil) que representa 13,38% em relação ao total desse grupo. 
Em vista a redução do Valor Patrimonial apresentado no ano de 2015, tem-se que esse 
fato pode ser justificado por diversas mutações ocorridas no patrimônio líquido que acarretou 
na redução deste em 8,1%, como por exemplo, a diminuição da Reserva de Retenção de Lucros 
e a ausência dos Dividendos Adicional Proposto. Por este último, pode-se justificar também o 
índice Dividendos por Ação do exercício de 2015 e 2016, os quais vieram a ser declarados 
 
 
15 
 
 
apenas em 2017 ao montante de R$ 69,6 milhões a título de Dividendos de lucro de exercícios 
anteriores a ser pago em abril de 2018. 
 Dando continuidade à análise, apresenta-se na Tabela 4 a real rentabilidade gerada pela 
Companhia no período que compreende esse estudo. Realizou-se o cálculo de todos os índices 
de rentabilidade, entretanto os indicadores de Rentabilidade do Investimento (ROI) e o Giro do 
Ativo (GA), foram analisados em paralelo à Alavancagem Financeira, podendo considerar os 
resultados do ROI como um dos fatores responsáveis pelo impacto direto na alavancagem. 
Ao passo que a determinação desses resultados se dá devido estes indicadores utilizarem 
a variável Investimentos, a qual apresentou uma elevada diminuição dos montantes em 2014 
em contraposto aos de 2013, pois a Companhia desfez seus investimentos na Coligada Tavex e 
adquiriu mais participação no recente investimento na Osklen apostando no controle da 
investida, bem como no das suas subsidiárias. 
 
Tabela 4 - Resultados dos cálculos do índice de rentabilidade 
Ano 
Índice 
ROI GA ML ROE 
Alavancagem 
Financeira 
EBITDA EVA 
2012 869,26% R$ 89,59 9,70% 16,89% 1,94% R$ 347,1 R$ 1.526 
2013 177,72% R$ 18,71 9,50% 16,89% 9,50% R$ 494,4 R$ 1.790 
2014 15916,70% R$ 1.732,63 9,19% 13,64% 0,09% R$ 470,5 R$ 1.906 
2015 15750,80% R$ 1.741,56 9,04% 13,63% 0,09% R$ 567,1 R$ 2.718 
2016 21411,74% R$ 1.837,90 11,65% 17,35% 0,08% R$ 575,9 R$ 2.820 
2017 28743,71% R$ 2.819,59 10,19% 15,48% 0,05% R$ 486,2 R$ 2.223 
Fonte: Elaboração própria, 2018. 
 
 Ao observar a Margem Líquida (ML), disposta na Tabela 4, pode-se atribuir que a 
diminuição do índice em 2015 deve-se à elevação dos custos dos produtos e das despesas 
operacionais, que não resultou em diminuição do lucro operacional devido ao aumento do preço 
médio e consequente aumento da receita. Já em 2016 o aumento deste indicador foi resultante 
da ascendência das receitas e diminuição dos custos de produção visto que a inflação já 
apresentara uma redução significativa, conforme pôde ser visualizada na Tabela 1. 
 No que se refere a Rentabilidade sobre o Patrimônio Líquido, apresentada como ROE 
na Tabela 4, tem-se que a consecutiva elevação negativa do lucro líquido em relação a média 
foi o responsável por tamanho impacto no indicador por diminuir a destinação do resultado às 
reservas de lucros, visto que o patrimônio líquido, segundo Martins et al. (2017), é composto 
 
 
16 
 
 
pelo capital integralizado pelos sócios ou através da integração dos resultados auferidos nos 
exercícios, por meios das reservas. 
 A variação da taxa de câmbio no ano de 2012, bem como a alta das commodities foram 
os fatores que causaram impactos negativos no EBITDA. Da mesma forma, em 2013 as 
variações das commodities, aumento do custo do algodão e queda do custo da borracha, como 
também o aumento do lucro bruto impactaram positivamente elevando o EBITDA em 25,23%. 
 Já a recaída do mesmo em 2014, conforme a Tabela 4, provém, dentre outros fatores, 
do aumento das despesas operacionais realizadas para custear as operações de exportações e 
dos custos dos produtos acabados importados para o Brasil. Contanto, as despesas agregadas às 
operações de exportações tiveram retorno logo em 2015, haja visto o acréscimo de 20,53% 
decorrentes das operações internacionais. 
 Quanto o Economic Value Addes (EVA), seu crescimento deve-se ao aumento das 
receitas auferidas pela entidade, suficientemente capaz de suprir todas os custos necessários à 
venda dos seus produtos. 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Visto a importância da análise fundamentalista para as empresas e os seus stakeholders, 
bem como a relevância da Alpargatas S.A. na economia interna, principalmente no cenário de 
incertezas, o presente estudo teve como objetivo verificar a situação patrimonial e financeira da 
referida empresa no período anterior e posterior à crise. 
Diante dos dados apresentados pela organização nos anos abrangidos por essa análise 
foi possível identificar as estratégias que a empresa se utilizou para desenvolver suas atividades, 
com poucos investimentos realizados em outras sociedades, a Alpargatas concentra seus 
investimentos no controle integral das empresas do Grupo Alpargatas. Dentre as quais apenas 
a Alpargatas S.A.I.C. - Argentina possui a participação acionária de outro investidor. 
Além disso, embora o país estivesse passando por um momento difícil quanto a 
estabilidade econômica, a empresa não mudou o seu foco principal, qual seja a inovação dos 
seus produtos destinados ao comércio no varejo e o aumento do seu portfólio, diversificando-o 
cada vez mais, de tal modo que alcançou a elevação sucessiva das suas vendas no mercado 
nacional e internacional. 
Foi possível averiguar que tal elevação resultou da alavancagem de suas operações 
internacionais que foram impulsionadas pela taxa de câmbio, bem como pelo aumento dos 
preços médios no Brasil. No entanto, essa alavancagem não foi suficiente para aumentar o lucro 
 
 
17 
 
 
líquido da companhia, tendo em vista que o preço das commodities e as despesas operacionais, 
sobretudo os impostos e taxas aumentaram em paralelo ao crescimento da inflação e dos custos 
com exportação e importação. 
Embora a empresa tenha encerrado as suas operaçõesem algumas unidades 
operacionais durante o período estudado, realizando também a alienação dos imóveis onde eram 
instaladas, a imobilização do seu patrimônio líquido expandiu consideravelmente devido aos 
investimentos realizados na ampliação das unidades fabris responsáveis pela produção dos 
artigos Havaianas. 
Diante os indicadores obtidos pelo estudo tem-se que a estratégia principal da 
organização e seu posicionamento frente à crise, foi ampliar sua atuação no mercado, através 
da expansão de suas lojas próprias que totalizavam 583, em 2013, sendo 455 no Brasil e 128 no 
exterior, voltando-se mais para a ampliação das lojas Havaianas. Desse modo, ao final de 2016 
já contava com 698 lojas dispersas pelo mundo. 
 Como fatores restritivos ao estudo, pode-se destacar a ausência de métodos estatísticos 
mais robustos, tais como regressões, que poderiam possibilitar a mensuração do real impacto 
da crise nos resultados da companhia, bem como a falta de comparação com demais empresas 
que possuem as mesmas características mercadológicas. 
 Por fim, tendo em vista a relevância do setor calçadista para a economia global, indica-
se para a realização de estudos futuros, aumentar a amostra, analisando-se companhias do 
mesmo segmento, bem como analisar os demais setores econômicos da B3, evidenciando um 
possível paralelo entre os resultados. 
 
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