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AO DOUTO JUÍZO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE SÃO GONÇALO - RJ. 
 EDUARDO CONFÚCIO, brasileiro, divorciado, motorista de aplicativo, portador da cédula de Identidade n. 222.555-4 Detran/RJ, inscrito no CPF/MF sob o número 000.888.999-00, residente e domiciliado na Travessa João das Couves, nº 37, Neves, no Município de São Gonçalo, no Estado do Rio de Janeiro, CEP: 24.400-000, com endereço de e-mail: xxx, telefone: xxx, através do seu advogado xxx, OAB/N°xxx, abaixo assinado, com procuração em anexo, endereço profissional situado na xxx, vem, perante este este juízo, propor a presente 
 AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS POR ACIDENTE DE TRÂNSITO C/C TUTELA DE URGÊNCIA 
em face da empresa ABC TRANSPORTES LTDA., inscrita no CNPJ sob n° xxx, com com sede na Rua Remanso Verde, SN, Jardim Gramacho, Duque de Caxias - RJ, CEP 25.000-000, com fundamento no art. 927 do C.P.C, pelas seguintes razões de fato e direito que passa a expor: 
DOS FATOS 
 No dia 21 de setembro de 2021, aproximadamente às 08:30, o autor, que é motorista de aplicativo, circulava com seu veículo, Chevrolet/Cobalt, de cor branca, Renavam: 1111122222, ano de fabricação 2013, placa xxxx, CHASSIS abc, pela rua Dr. Borman, Centro de Niterói, conduzindo a passageira Luciana, quando foi surpreendido com o veículo automotor ( caminhão ) da ré, que colidiu por duas vezes no veículo do autor, destruindo o para-choque, paralama e lanterna do veículo. 
 Realizada lavratura do BRAT (Boletim de registro de acidente de trânsito) realizado pela Polícia Militar, que consta em seus autos a dinâmica dos fatos, bem como as informações dos veículos, sendo o veículo do autor supramencionado e da ré o veículo caminhão Ford/Cargo, de cor branca, placa ABC1234. 
 Ficou acordado entre as partes, que o caso seria levado ao conhecimento da área cível da empresa, para que assim pudessem reparar os danos causados ao autor. 
 No dia 30 de setembro, o autor entrou em contato com Antônio Carlos, Supervisor Operacional da ré, informando os dados causados ao veículo e que seria necessário realizar a troca das lanternas, recuperação/lanternagem, pintura e polimento das peças. Tendo sido garantido pelo supervisor operacional, que tudo seria resolvido, que faria todo o preparatório para que fosse procedida a indenização. 
 Na data xxx, o requerente enviou para a requerida três orçamentos do veículo danificado e, também, informou que os lucros cessantes decorrentes da parada dos seus trabalhos para conserto do veículo, estavam no relatório da empresa de transporte por aplicativo, e que a média de ganhos era de R$ 300,00.
 Tendo a ré, na figura do supervisor operacional, informou ao autor que iria encaminhar toda a documentação para o Setor Jurídico. 
 Ocorre que o tempo passou e a requerida não retornou o contato, segundo o autor, inúmeras foram as tentativas por sua parte, sendo todas infrutíferas, uma vez que quando o atendiam, eram dadas diversas desculpas, como por exemplo, que estava em reunião, e por isso, não poderia atendê-lo; que o telefone móvel da empresa é para uso de todos os empregados e dificilmente chega às suas mãos; e mais uma vez afirmou que já tinha encaminhado a referida documentação para o setor competente. 
 Os dias foram passando, a ré não entrou em contato com o autor, permanecendo sem resposta e sem reparo ao dano causado. 
 Cumpre ressaltar que no dia xxx, o autor tentou contato com a ré, oferecendo uma proposta de acordo, pois tudo o que mais desejava era resolver aquele conflito. Sugeriu diminuir o valor do lucro cessante de R $300,00 para R$200,00. Sem resolver, o Gerente lhe passou o telefone do Advogado da empresa, Dr. Luiz Paulo que informou que nada lhe foi passado, desconhecendo qualquer fato envolvendo acidente de trânsito com caminhão da empresa e solicitou que enviasse novamente a ele toda a documentação que já havia sido entregue ao supervisor da ré. 
 Cerca de um mês depois, o advogado da ré respondeu ao autor, via mensagem em aplicativo whatsapp, que o valor afirmado para a compra da lanterna estaria quatro vezes acima do valor de mercado e que a empresa somente pagaria R $200,00 no total.
 Inconformado o autor tentou argumentar por áudio, via Whatsapp, que esse valor era incompatível e que era necessária a colocação de uma lanterna original no veículo para a manutenção da originalidade deste, ressaltando que o preço real da lanterna original do seu veículo era R$ 971,00 pela fabricante Chevrolet e pelo site de compra Mercado Livre era R$ 867,87 (doc. 10 e 11e 12).
 Com a intenção de resolver o conflito e reaver seu veículo reparado, para que assim pudesse voltar a exercer suas atividades laborais, o autor informou que se fosse fornecida uma lanterna com o nome Chevrolet, ele a aceitaria.
 Em contrapartida, o advogado da empresa respondeu a mensagem com a seguinte frase: “Não ouço áudios!”, por mensagem no whatsapp, encaminhou o e-mail da empresa e pediu que o Autor formalizasse a documentação de maneira correta. 
 Algum tempo depois a empresa aceitou um novo limite total do reparo que seria de R$700,00 e negou o ressarcimento dos lucros cessantes, alegando que o evento não teria gerado tal perda. 
 Mais uma vez inconformado e se sentindo desesperado, pois a empresa de aplicativo para o qual trabalhava faz diversas exigências aos motoristas, para que possam circular nas ruas ostentando o nome da empresa, caso contrário são excluídos do serviço de transporte. 
 Outrossim, cumpre salientar que o veículo danificado é a ferramenta de trabalho do autor, não possuindo nenhum outro meio de atividade que auxilie na sua subsistência, estando, até a presente data, impossibilitado de trafegar. 
 
 
DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS
 
 O caso em tela se trata de responsabilidade civil, sendo a ré obrigada a reparar o dano material causado ao autor, uma vez que não foram observados os cuidados indispensáveis e devidos na direção de um veículo automotor, seja por imprudência, negligência ou imperícia, a requerida causou grandes danos no veículo do requerente e tem o dever de reparar os prejuízo, para que assim o autor possa voltar às suas atividades laborais. 
 
 Conforme dispõe o Código Civil, vide: 
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.
 Conforme dispõe o C.T.B, vide: 
 Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.
 
 Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua posição, sua direção e sua velocidade.
Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o condutor do veículo deve demonstrar prudência especial, transitando em velocidade moderada, de forma que possa deter seu veículo com segurança para dar passagem a pedestre e a veículos que tenham o direito de preferência.
DOS LUCROS CESSANTES 
O artigo 402 do Código Civil prevê que “as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar”.
O autor comprou que a impossibilidade de cumprir com suasatividades laborais lhe gerou prejuízos financeiros, já que o mesmo atuava como motorista do aplicativo, seu faturamento foi comprometido em virtude da colisão e da não possibilidade de utilização do veículo para trabalho, comprovado nos autos que tais faturamentos mediam 300,00 (trezentos reais) e eram a única forma de faturamento do autor. O mesmo, deve ser indenizado, já que devido negligência da parte ré, não há suplemento de atividades laborais da parte autora, ficando então, o mesmo, sem valores a liquidar para se manter.
DA TUTELA DE URGÊNCIA 
 Por todo o fato narrado e todos os documento pertinentes juntados nesta exordial, fica evidente, máxima data vênia, a presença do risco ao periculum in mora e a presença do fumus boni iuris, uma vez que a espera pela decisão definitiva poderá ocasionar ainda mais danos ao autor, por ser o veículo, objeto desta demanda, a única ferramenta de trabalho do autor, não tendo outros meios para obter seu sustento e de sua família. 
Art. 273. O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e:
I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação;
DOS PEDIDOS 
 Ante ao exposto, requer a V.Exa, 
a) a citação da parte ré, sob pena de revelia;
b) a condenação da ré ao pagamento total dos danos materiais causados ao veículo do autor; 
c) a condenação da ré ao dever de indenizar o autor pelos lucros cessantes; 
d) o deferimento da medida liminar,com a finalidade de evitar danos irreparáveis ao autor;
e) a condenação da ré aos honorário advocatícios sucembencias, em caso de litigância de má-fé 
 Requer a produção de todos os meios de provas cabíveis, em especial a testemunhal e documental. 
 
 Termo em que, 
 Pede deferimento
 
 São Gonçalo/RJ
 Advogado, OAB/n°

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