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ANESTESIA EM HEPATOPATAS

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Faculdade Anhanguera Educacional 
Curso: Medicina Veterinária 
Anestesiologia aplicada 
 
Caroline Lemke 
Gabriela da Silveira 
Jenifer Diana Batista 
Samuel Martins 
 
 
 
 
 
 
 
Anestesia 
em 
Hepatopatas 
 
 
 
São José, 2022 
2 Medicações Hepatotóxicas 
Em meio aos medicamentos com potencial hepatóxico estão o carprofeno, 
acetominofeno, sulfonamidas, lomustina, amiodarona, fenobarbital, cetoconazol, 
diazepam e azatioprina 
Deve ser evitado quaisquer antibióticos que aumentem o esforço hepático ou 
que apresentem risco de hepatoxidade como: Tetraciclinas, sufanomidas 
potencializadas, nitrofurantoina e eritromicina, exceto em casos de extrema 
necessidade, como leptospirose ou bartonelose. 
• Anticonvulsivantes: PRIMIDONA (a mais relativa) FENITOINA e 
FENOBARBITAL. 
Usados isoladamente ou em combinação, foram associados a doenças hepáticas 
crônica e a cirrose nos cães. 
• AINES: 
CARPROFENO e FENIBUTAZONA. 
A exposição de cães a substancias químicas provenientes de contaminação 
ambiental bem como contaminação acidental com produtos residenciais, pode causar 
hepatite crônica. 
 Entre as substancias químicas hepatóxicas estão os solventes orgânicos como 
TETRACLOROETILENO (presente em produtos de limpeza) e o TOLUENO (presente 
em tintas) os pesticidas ORGONOCLORADOS e os metais pesados como CHUMBO, 
MERCURIO, COBRE E FERRO. 
As AFLOTOXINAS são hepatotoxinas, imunodepressoras nefrotóxicas e, 
carcinogênicas e, devido a sua alta toxicidade e ampla ocorrência, são as que pode 
causar maiores danos aos seres humanos e animais. 
 
2.1 Exames pré-cirúrgicos para hepatopatas 
Em um procedimento anestésico se usa com frequência exames bioquímicos para 
identifica anormalidades nas enzimas do organismo, as enzimas hepatocelulares 
medidas normalmente são alanina aminotransferase (ALT), aspartato aminotransferase 
(AST), fosfatase alcalina (FA) e a glutamil transpeptidase (GGT) (Jones, 2017). 
Porém mesmo causando alteração nessas enzimas não se deve diagnosticar um 
comprometimento da função hepática, visto que valores normais são encontrados em 
pacientes com doença hepática diagnosticada, a elevação das enzimas pode ser uma 
causa de lesão celular, mas não necessariamente um comprometimento na função que 
cause interferência na biotransformação do fármaco, a AST aumentada por exemplo 
pode ser apenas uma lesão no tecido musculo esquelético. (Jones, 2017) 
Porém se há suspeita de lesão hepática o mais correto é pedir um perfil 
bioquímico, um painel de coagulação e os níveis de ácidos biliares pré e pós prandiais. 
A hipoalbuminemia também é observada em pacientes com difusão hepática grave, 
visto que o fígado já que o fígado produz a albumina em um terço de sua capacidade. 
(Jones, 2017) 
O fígado também participa muito na homeostasia da glicose, pacientes com 
insuficiência hepática aguda apresentam com frequência hipoglicemia devido a 
diminuição da gliconeogenese, armazenamento diminuído do glicogênio e resposta 
diminuída do glucagon, durante o período perianestésico o paciente pode apresentar 
hipoglicemia, ficar atento para a manutenção. (Jones, 2017) 
 
2.2 Medicações indicadas para hepatopatas 
Deve-se tomar cuidado com a dose utilizada nos fármacos utilizados em 
hepatopatias, pois a meia-vida das medicações acaba sendo mais longa do que em 
animais hígidos. Os opioides como fentanil e metadona, produzem boa sedação e 
analgesia e o fentanil, que possui uma meia-vida curta pode ser utilizado em infusões 
constantes. 
A acepromazina, acaba sendo eliminado pelo fígado e deve ser utilizado com 
cautela em animais hepáticos. 
O uso de benzodiazepínicos sedativos: Animais com doenças hepáticas 
avançadas, podem resultar em uma encefalopatia hepática (EH), devido ao acúmulo de 
amônio, podendo se agravar com o uso de benzodiazepínicos. No entanto, animais que 
não possuem encefalopatia hepática, o uso de benzodiazepínicos é seguro, apesar de 
poder ocorrer efeitos prolongados, por conta da eliminação hepática reduzida. 
Os efeitos indesejáveis, como sedação prolongada, podem ser antagonizados pelo 
flumazenil, se necessário. 
A dexmedetomidina, pode estar associada a depressão cardiovascular, com 
diminuição do débito cardíaco em até 50%, por isso deve ser avaliado a necessidade de 
uso 
A cetamina e a tiletamina, são escolhas para indução anestésica de pacientes 
hepáticos. 
O propofol mantém o fluxo sanguíneo hepático por meio de vasodilatação arterial 
em cães e é uma escolha razoável para pacientes portadores de doença hepática, tendo o 
tiopental com efeitos semelhantes. 
Os anestésicos inalatórios alteram o fluxo sanguíneo hepático de modo 
dependente da dose. Estudos mostraram que o isofluorano, o sevofluorano e o 
desfluorano mantêm melhor o fluxo sanguíneo hepático total e o suprimento de 
oxigênio, em comparação com o halotano ou o enfluorano. 
 
2.3 Risco Anestésico em Hepatopatas 
Fatores de risco como hemotransfusões, história familiar de icterícia ou doença 
hepática hereditária, reações adversas à anestesia e o uso de medicações devem ser 
questionados. 
 Se evita o uso de morfina no cirrótico, pelo aumento em sua biodisponibilidade e 
sua meia vida prolongada. 
 O fluxo sanguíneo hepático, especialmente da artéria hepática, é diminuído 
durante a anestesia geral e cirurgia.Fluxo de sangue mais preservado com isoflurano, 
principalmente se a pressão sanguínea não cai abaixo de 30%.A indução anestésica, 
hemorragias, hipoxemia, hipotensão, drogas vasoativas e até a posição do paciente na 
mesa cirúrgica podem provocar diminuição na oxigenação e maior risco de disfunção 
hepática no intra e pós-operatório. 
 Atualmente utiliza-se o L-aspartato-l-ornitina para remoção da amônia do fígado 
e músculos. 
 Uso de anestésicos injetáveis não é tão adequado já que é metabolizado pelo 
fígado. 
 Nos casos de doença hepática crônica, o efeito de pequenas quantidades de 
GABA, que normalmente podem ser encontradas no cérebro como neurotransmissores, 
é amplificado por agentes com efeito semelhante ao GABA, que se originam do 
intestino e do sangue portal, resultando na ruptura do equilíbrio normal dos 
neurotransmissores excitatórios e inibitórios. Em cães e gatos com doença hepática, há 
um aumento no número de receptores GABA no sistema nervoso central (SNC). Os 
benzodiazepínicos e os barbitúricos potencializam os receptores GABA, e esta é a razão 
pela qual os animais com doença hepática grave geralmente manifestam uma 
sensibilidade aumentada a esses medicamentos. 
 Estudos de caso relatam o uso de sevoflurano e desflurano na administração 
aérea. 
 
3 Referência 
Jones, L. &. (2017). Anestesiologia e analgesia em veterinária. Rio de Janeiro: 
GUANABARA KOOGAN LTDA. 
HOWES, Flávia. HEPATOPATIAS CRÔNICAS EM CÃES. 2011. 79 f. 
Monografia (Especialização) - Curso de Medicina Veterinária, Universidade Federal de 
Santa Maria, Santa Maria, 2011. 
MARCO, Profa Dra Viviani de; PEREIRA, Mariana de Aldemundo; SILVA 
JUNIOR, Edilson Isidio da. CASO CLÍNICO: HEPATOPATIA CRÔNICA. 
Disponível em: https://www.vetsmart.com.br/cg/estudo/13152/caso-clinico-hepatopatia-
cronica#:~:text=Em%20meio%20aos%20medicamentos%20com,%2C%20cetoconazol
%2C%20diazepam%20e%20azatioprina.. Acesso em: 26 maio 2022. 
CUIDADOS PRÉ-OPERATÓRIOS EM HEPATOPATAS. São Paulo: Rev 
Assoc Med Bras, 20 jan. 2010. Disponível em: 
https://www.scielo.br/j/ramb/a/jQ5zN3C5H93wWts3Dq6CRMs/?format=pdf&lang=pt. 
Acesso em: 26 maio 2022. 
Ruth Helena Falesi P. de BITTENCOURT Vania Maria Trajano Silva 
MOREIRA Riscos e Emergências Anestésicas em Procedimentos Anestésicos de Cães 
e Gatos [Livro]. - Belém : UFRA, 2003. - Vol. 15.

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