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FARMACOLOGIA VETERINÁRIA M.V. Tiefanny Zart Antibióticos que Interferem na Síntese da Parede Celular: Betalactâmicos Antibióticos que Interferem na Permeabilidade da Membrana Celular Antibióticos que Interferem na Síntese de Ácidos Nucleicos Antibióticos que Interferem na Síntese Proteica Introdução Parede celular = estrutura que recobre a membrana citoplasmática das bactérias ✓ Responsável por→ proteção, sustentação e manutenção da forma da bactéria ✓ Fundamental para a manutenção da vida da bactéria o Interior da bactéria = hiperosmolar em relação ao meio exterior o Supressão da sua síntese = desintegração da célula→ bactericidas! Introdução Bactérias gram-positivas: ✓ 90% da parede celular→ peptidoglicano (20 camadas) ✓ Restante da parede→ ácido teicoico Bactérias gram-negativas: ✓ 10% da parede→ peptidoglicano (camada única ou dupla) ✓ Demais componentes→ lipoproteínas e lipopolissacarídeos Comportamento distinto da parede celular→ coloração ✓ Corante de Gram (violeta de genciana e Lugol) ✓ Solvente (álcool ou acetona) → lava as células = elimina o folheto externo das gram-negativas = permanece apenas a camada de peptidoglicano = não retém suficientemente o corante o Bactérias gram-positivas→ retêm o corante na sua espessa parede Introdução Introdução Introdução Antibióticos que Interferem na Síntese da Parede Celular: Betalactâmicos Antibióticos Betalactâmicos Penicilinas e Cefalosporinas→ estrutura química tem anel betalactâmico Impedem síntese da parede celular→ interferem na síntese do peptidoglicano (última etapa) Ação bactericida→ não atuam na parede celular já formada ✓ Condição essencial para ação bactericida = microrganismos estejam se multiplicando (fase de crescimento logarítmico) Tempo-dependentes = tempo que a bactéria fica exposta ao agente →mais importante que a [ ] → destruir o microrganismo Concentração Inibitória Mínima (CIM) Antibióticos Betalactâmicos Bactérias gram +→ CIM + baixas→ intervalos maiores entre doses Bactérias gram -→ CIM + alta→ intervalos menores entre doses Duração ótima = [ ] plasmática acima da CIM durante 50% do intervalo entre as doses Resistência microbiana 1. Produção de betalactamases pelas bactérias→ inativam antibiótico = quebram anel betalactâmico 2. Bactérias gram-negativas → produzem parede celular com modificação no folheto externo = menos permeáveis aos betalactâmicos 3. Dificuldade para atingir o sítio de ligação Antibióticos Betalactâmicos Penicilinas Histórico: ✓ 1928 → Alexander Fleming → meio de cultura (estafilococos) → contaminação por fungo = lise das bactérias ao seu redor o Fungo gênero Penicillium→ substância produzida→ nítida ação bactericida = Penicilina Antibióticos Betalactâmicos Penicilinas Classificação: Antibióticos Betalactâmicos Penicilinas Naturais Variedades do fungo Penicillium Penicilinas K, F, G e X→mais potente→ penicilina G = única usada terapeuticamente Dose→ UI ✓ Inativada→ pH ácido do estômago = usar via parenteral ✓ Apenas 15% chega ao duodeno - forma ativa (VO) Formas→ cristalina sódica e potássica, procaína e benzatina ✓ Cristalina (sódica e potássica): SC ou IM→ latência 30 min (níveis terapêuticos)→mantêm por 4 a 6h Penicilina G Antibióticos Betalactâmicos Penicilinas Naturais ✓ Procaína: SC ou IM→ latência 1 a 3h (níveis terapêuticos) →mantêm por 12 a 24h (níveis séricos < penicilina cristalina) ✓ Benzatina: latência 8h→ níveis séricos 3 - 30 dias (baixos e gradativamente)→ ineficazes ❖ Procaína e Benzatina→ tempo prolongado = longa duração ou depósito Comércio→ associam 2 ou 3 sais ✓ Única aplicação = níveis terapêuticos rápidos e período prolongado ❖ Penicilina G Cristalina→ única IV ❖ Procaína e Benzatina→ SC ou IM (IM profunda→ bastante dolorosa) Penicilina G Antibióticos Betalactâmicos Penicilinas Naturais Distribui por vários tecidos→ não atravessa BHE Não biotransformadas→ eliminados 90% secreção tubular + 10% filtração glomerular 60% liga-se às proteínas plasmáticas→ não ligadas = atividade antimicrobiana Espectro de ação antimicrobiano→ curto espectro de ação ✓ Bactérias gram-positivas ✓ Inativas contra→ Pseudomonas, Enterobacteriaceae e Estafilococos produtores de penicilinase Penicilina G Antibióticos Betalactâmicos Penicilina V = fenoximetilpenicilina→ fermentação do Penicillium + ácido fenoxiacético Espectro de ação→ semelhante as penicilinas naturais ✓ Diferença: resistentes pH ácido estômago→ pode administrar VO Eliminação→ quase completa após 6h Penicilinas resistentes às penicilinases = antiestafilocócicas → atuam sobre Staphylococcus aureus produtores de penicilinase Principal uso→ tratamento/prevenção mastite estafilocócica bovina Espectro de ação = superior as penicilinas naturais Antibióticos Betalactâmicos Penicilinas resistentes às penicilinases São semissintéticas: ✓ Isoxazolilpenicilinas→ Oxacilina, Cloxacilina, Dicloxacilina e Flucloxacilina o Estáveis em meio ácido = pode por VO o Parcialmente biotransformadas no fígado→ eliminação renal o Níveis plásmaticos→mantidos por 4 a 6h ✓ Meticilina o 1ª penicilina betalactamase resistente→ uso clínico 1960 o Não usada VO = acidossensível o 20% biotransformação hepática→ 80% eliminada inalterada rim o Relato→ S. aureus resistência→ cães e cavalos Antibióticos Betalactâmicos Penicilinas resistentes às penicilinases São semissintéticas: ✓ Nafcilina o VO→ absorção baixa (10 a 20% da dose)→ uso parenteral o 60% biotransformado no fígado→ 10% eliminados íntegros - bile + 30% - rim Penicilinas de amplo espectro de ação Amplo espectro de ação→ semissintéticas e sensíveis à penicilinase ✓ Associação: inibidores de betalactamases (Ácido Clavulânico, Sulbactam) = efeito sinérgico→ bactérias produtoras de betalactamases Aminopenicilinas→ Ampicilina e Amoxicilina Amidopenicilinas→Mecilinam Antibióticos Betalactâmicos Penicilinas de amplo espectro de ação Ampicilina ✓ 1ª introduzida em terapêutica→ gram + e gram - ✓ Acidoestável→ bem absorvida por VO e vias parenterais ✓ Eliminada ativa→ urina e bile Amoxicilina ✓ Semelhante à Ampicilina→ estrutura química e espectro de ação ✓ Diferença: absorção + efetiva sistema digestório→ 90% Mecilinam = Andinocilina ✓ Pequena atividade→ gram + e não atua Pseudomonas ✓ [ ] concentrações→ Enterobacteriaceae ✓ Pouco absorvido VO→ vias parenterais→ IV e IM = efeito sistêmico Antibióticos Betalactâmicos Penicilinas antipseudômonas Carboxipenicilinas→ Carbenicilina e Ticarcilina + Ureidopenicilinas→ Azlocilina, Mezlocilina e Piperacilina Carbenicilina→ 1ª boa atividade contra Pseudomonas aeruginosa e Proteus ✓ Degradada suco gástrico = pouco absorvida→ vias parenterais ✓ Indanilcarbenicilina → acidoestável = bem absorvida o 95% eliminados inalterados urina Ticarcilina→ semelhante Carbenicilina ✓ 2x + ativa contra Pseudomonas aeruginosa ✓ Exclusivamente vias parenterais ✓ Indicação→ infecções graves gram - Antibióticos Betalactâmicos Penicilinas antipseudômonas Ureidopenicilinas → Azlocilina, Mezlocilina e Piperacilina ✓ Não resistentes à inativação por betalactamases ✓ Mezlocilina + ativa que Azlocilina contra Enterobacteriaceae→ Piperacilina maior espectro ✓ Vias parenterais = efeito sistêmico Toxicidade e efeitos adversos Muito pouco tóxicos→mesmo em altas doses ✓ Atuam em estrutura que não existe nas células dos animais→ parede celular Reações alérgicas (+ humanos)→ reações cutâneas sem gravidade à choque anafilático ✓ + naturais x semissintéticas Antibióticos Betalactâmicos Toxicidade e efeitos adversos 2ª exposição à penicilina → reação alérgica ✓ Descrita→ cães, bovinos e equinos = rara Altas doses Penicilina G - Procaína→ excitação SNC em equinos ✓ Incoordenação motora, ataxia, excitação e morte ✓ Não administrar 2 semanas antes de competição→ resultado + no antidoping Reações adversas comuns→ anemia hemolítica e trombocitopenia Antibióticos Betalactâmicos Antibióticos Betalactâmicos AntibióticosBetalactâmicos Cefalosporinas Fungo Cephalosporium acremonium Núcleo básico semelhante as Penicilinas→ isolamento deste núcleo = Cefalosporinas Mecanismo de ação→ semelhante as Penicilinas = impedem síntese da parede = bactericidas = Penicilinas→ tempo-dependentes 4 gerações→ novas sendo desenvolvidas: ✓ Ampliam espectro de ação e facilitam uso por diferentes vias Alto custo de tratamento = fator limitante Características farmacocinéticas semelhantes as Penicilinas Pouco tóxicos Classificação Cefalosporinas Outros Antibióticos Betalactâmicos Inibidores de Betalactamases Enzimas betalactamases = mecanismo de resistência aos betalactâmicos→ hidrolisam anel betalactâmico = inativam o antibiótico Enzimas atuam nas penicilinas = penicilinases e cefalosporinas = cefalosporinases Produzidas por→ gram + e gram – Valor terapêutico = inativa a ação ou inibe produção da enzima = amplia espectro de ação Associado + antibiótico betalactâmico = preserva ação deletéria da enzima ✓ Penicilinas de amplo espectro→ Ampicilina e Amoxicilina ✓ Penicilinas antipseudômonas→ Ticarcilina e Piperacilina ✓ Cefalosporinas→ Cefpirona Mais utilizados→ Ácido Clavulânico, Sulbactam e Tazobactam Outros Antibióticos Betalactâmicos Inibidores de Betalactamases Ácido Clavulânico ✓ Atividade antimicrobiana desprezível→ efeito sinérgico (bactericida mais potente) com: o Penicilinas sensíveis às betalactamases (Ampicilina, Amoxicilina, Ticarcilina) o Cefalosporina (Cefpiroma) ✓ Associações mais utilizadas: o 1 parte Ácido Clavulânico / 2 partes Amoxicilina (14 mg/kg a cada 12h por VO - cães, gatos e bezerros o Ácido Clavulânico e Amoxicilina→ proporção 4:1 o Ticarcilina e Ácido Clavulânico→ proporção 15:1 ✓ Bem absorvido VO→ propriedades farmacocinéticas semelhantes à Amoxicilina Outros Antibióticos Betalactâmicos Inibidores de Betalactamases Sulbactam e Tazobactam ✓ Características semelhantes ao Ácido Clavulânico ✓ Sulbactam→ pouco absorvido VO→ + Ampicilina = bem absorvido VO o Se liga à betalactamases de Citrobacter, Enterobacter, Proteus e Serratia→ Ácido Clavulânico não ✓ Tazobactam + Piperacilina → proporção 1:8 = amplia espectro de ação Carbapenemas Ampla atividade contra várias gram + e gram - e betalactamases Principais representantes→ Imipeném, Meropeném e Ertapeném Imipeném ✓ Não 1ª escolha→ indicado em infecções graves Outros Antibióticos Betalactâmicos Imipeném ✓ Biotransformado nos túbulos renais→ forma metabólito tóxico o Associar com Cilastatina (Tienam®) → inibe enzima formadora do metabólito → bloqueia biotransformação renal = sem nefrotoxicidade Carbapenemas Meropeném e Ertapeném ✓ Não promovem formação do metabólito tóxico→ não precisa associar com Cilastatina Monobactâmicos Aztreonam, Tigemonam e outros Aztreonam→ 1º introduzido em terapêutica ✓ Não é absorvido VO→ uso IV ou IM ✓ Espectro de ação curto→ gram -→ alta resistência às betalactamases Bacitracina Antibiótico polipeptídico→ 1945→ Baccillus linchenformis Maioria das gram +→ pouco ativa contra gram - Impede síntese da parede celular e lesa membrana citoplasmática Resistência bacteriana = rara; não absorvida VO Nefrotoxicidade via parenteral→ apenas tópico (soluções otológicas e oftálmicas, cremes e pomadas, preparações intramamárias - tratamento mastite) Associação: Neomicina ou Polimixina B (gram -) = amplia espectro de ação Administração oral ✓ Promotores de crescimento→ aves, suínos e bovinos ✓ Prevenção e tratamento enterite por Clostridium perfringens Bacitracina Glicopeptídios Vancomicina, Teicoplanina e Avoparcina Atividade contra→ gram + Vancomicina e Teicoplanina → uso clínico humanos → tratamento infecções graves por gram + resistentes aos antibióticos betalactâmicos (não 1ª escolha) Avoparcina→ 1970→ promotor de crescimento aves e suínos ✓ Suspenso em vários países (inclusive Brasil) ✓ Animais de produção→ aparecimento de enterococos resistentes à Vancomicina (ERV) Vancomicina Isolada de Streptomyces orientalis→ 1956 Infecções por Estafilococos e Enterococos resistentes = uso tornou-se relevante em humanos Glicopeptídios Vancomicina Efeito bactericida→ Staphylococcus spp. e Estreptococos Efeito bacteriostático→ Enterococcus faecium e E. faecalis ✓ Gram + e não tem atividade gram - Tratamento contra Staphylococcus resistentes à Meticilina e Enterococcus resistentes à betalactâmicos Tempo-dependente Resistência→ rara (+ E. faecium) Indicada IV diluída em soro glicosado ou fisiológico ✓ VO não é absorvida (ativa no lúmen intestinal) ✓ Não administrar IM = irritação tecidual e intensa dor Penetra nos tecidos + alcança líquido cefalorraquidiano (inflamado) Glicopeptídios Vancomicina Excreção renal→ pequena parte bile Efeito sinérgico→ Aminoglicosídios (gram +) e Rifampicina (S. aureus) Pouca informação sobre toxicidade em animais→ pouco uso ✓ Irritação tecidual→ tromboflebite, nefrotoxicidade e neurotoxicidade (humanos doses altas) Teicoplanina Atividade antimicrobiana similar à Vancomicina Fosfomicina 1969→ Streptomyces fradiae→ atualmente síntese laboratorial Interfere 1ª etapa da síntese da parede celular Ativo contra gram + e gram -→ Enterobacteriaceae (E. coli)→ Pseudomonas aeruginosa = resistente Resistência = pouco comum Administrada VO e parenteral→ distribui-se bem pelos tecidos→ sem efeitos tóxicos Pouco usado em Medicina Veterinária→ tratamento de infecções por Estafilococos e gram – Ação sinérgica→ Betalactâmicos, Aminoglicosídios e Cloranfenicol Antibióticos que Interferem na Permeabilidade da Membrana Celular Polimixinas Membrana celular recobre citoplasma da célula ✓ Seletiva→ passa algumas substâncias e impede outras ✓ Estrutura muito importante→manutenção da vida do microrganismo→ alterações = morte Bacillus polymyxa (1940) A, B, C, D, E e M→ apenas B e E (Colistina) = uso terapêutico→ demais: muito tóxicas Via tópica e preparações intramamárias→ toxicidade sistêmica Aditivos em animais de produção Doses→ UI ou µg Bactericidas→ desorganizam membrana celular ✓ Concentração-dependente Polimixinas Espectro de Ação: ✓ Gram -→ Aerobacter, Escherichia, Histophilus, Klebsiella, Pasteurella, Pseudomonas, Salmonella e Shigella ✓ Gram +→ todas são resistentes Efeitos sinérgico→ Sulfas e Trimetoprima, Rifampicina e Cefalosporinas Resistência bacteriana→ raramente (bactérias sensíveis)→ resistência cruzada entre elas Não absorvidas VO→ ativa lúmen intestinal→ infecções entéricas e aditivos de rações Sistêmico→ IM e IV (pulmões, fígado, rins e músculo esquelético) Excreção→ rins (forma ativa)→ IR Sistêmica→ nefrotoxicidade, neurotoxicidade e bloqueio neuromuscular Polimixinas Antibióticos que Interferem na Síntese de Ácidos Nucleicos Rifamicinas Streptomyces mediterranei→ 1957 Produz várias substâncias com ação antimicrobiana→ A, B, C, D, E ✓ B: + ativa e menor toxicidade→ derivados semissintéticos o Rifamicina SV – 1960→ gram + o Rifamida (rifamicina M) – 1964 (a partir da anterior)→maior atividade antimicrobiana e melhor perfil farmacocinético ▪ Ambas apenas por via parenteral o Rifampina (rifampicina) – 1966→ gram + e gram – ▪ VO Principal mecanismo de ação→ inibição da atividade RNA-polimerase-DNA-dependente ✓ Bactericida→ ligação irreversível com RNA polimerase = todo processo de síntese proteica e DNA = comprometido = morte (sensibilidade a doses baixas) Rifamicinas Ativas contra microrganismos extracelulares e intracelulares (gram + mais fácil) Espectro de Ação: ✓ Rifamicina SV→ gram + e micobactérias (Estreptococos, Pneumococos e Estafilococos) o Não tem boa atividade contra Enterococos e Clostrídios o Gram -→ apenas em [ ] elevadas ✓ Rifamida (rifamicina M)→ gram + e micobactérias + cepas de Escherichia coli e Proteus mirabilis ✓ Rifampina (rifampicina)→mais utilizada Medicina Veterinária o Amplo espectro de ação→ gram +, gram -, micobactérias e clamídias Resistência bacteriana→ relativa facilidade→ associar a outros (Eritromicina) ✓ Resistênciacruzada entre elas Rifamicinas VO→ rapidamente absorvida sistema digestório→ absorção alta em meio ácido Ampla distribuição→ pulmões, fígado, bile, urina, leite, ossos, abscessos e SNC ✓ Células fagocitárias→ destroem bactérias intracelulares sensíveis ✓ Atravessa placenta e são teratogênicas Biotransformação hepática→ excreção renal e biliar Fezes, saliva, suor, lágrimas e urina→ coloração vermelho-alaranjada (alertar proprietário) Poucos relatos de efeitos colaterais: ✓ Cães→ atividade enzimas hepáticas→ hepatite clínica ✓ Raramente→ trombocitopenia, anemia hemolítica, anorexia, vômito e diarreia Rifamicinas Novobiocina Streptomyces→ 1955 = antibiótico cumarínico Mecanismo de ação→ complexo e não totalmente elucidado→ bacteriostática Espectro de ação→ gram + (+ ativa→ Staphylococcus) e gram – Alternativa em infecções por Staphylococcus spp. resistentes à Penicilina Novobiocina Resistência bacteriana→ relativamente rápido→ associar a outros (Tetraciclina e Penicilina G) Humanos: ✓ VO→ bem absorvida→ alimento reduz absorção ✓ IM→ limitado = irritação e dor no local ✓ Distribuição pobre fluidos corpóreos→ não atravessa BHE ✓ Eliminação→ bile, fezes e urina Efeitos adversos→ sistêmico = febre, náuseas, vômito, diarreia, reações cutâneas e discrasias sanguíneas ✓ Uso tópico→ poucos efeitos colaterais em animais Antibióticos que Interferem na Síntese Proteica Aminoglicosídios Bactericidas→ tratamento de infecções por bactérias gram - Potencial toxicidade e resíduos em POA = limita utilização Produzidos por microrganismos e os semissintéticos 1º introduzido terapêutica→ Estreptomicina (1943) ✓ Neomicina→ Paramomicina→ Canamicina→ Espectinomicina→ Gentamicina → Tobramicina→ Sisomicina e Ribostamicina→ Netilmicina Efeito sinérgico - Betalactâmicos→ facilitam entrada no interior da bactéria Mecanismo de ação→ ligam-se irreversivelmente a um ou mais receptores de proteínas Tratamento de infecções graves→ gram - e Estafilococos (gram +) ✓ Amicacina e Tobramicina→ excelente atividade contra Pseudomonas aeruginosa Aminoglicosídios Aminoglicosídios ✓ Amicacina = maior espectro de atividade antimicrobiana ✓ Atividade bastante influenciada pelo pH→ + ativos em meio alcalino ✓ Pus→ inativa Resistência bacteriana → + comum carreada por plasmídeos → modificação enzimática do antibiótico → impede entrada e/ou ligação aos ribossomos Características farmacológicas .> ✓ Absorção TGI = desprezível→ ativo lúmen intestinal→ VO ✓ Tratamento infecções sistêmicas→ vias parenterais ✓ IM ou SC→ ampla distribuição ✓ Pouco biotransformados→ excreção renal Aminoglicosídios Toxicidade e efeitos adversos ✓ Todos→maior ou menor grau o Tecidos contêm [ ] elevada de fosfolipídios→ atraídos ✓ Nefrotoxicidade (+ comum) o Neomicina = + nefrotóxico o Estreptomicina, Di-hidroestreptomicina e Tobramicina = - nefrotóxicos ✓ Ototoxicidade o Afeta audição e equilíbrio→ irreversível o Dano vestibular→ Estreptomicina o Dano coclear→ Di-hidroestreptomicina e Neomicina o Cães→ toxicidade auditiva / Gatos→ toxicidade vestibular o Após nefrotoxicidade Aminoglicosídios Toxicidade e efeitos adversos ✓ Fatores predisponentes: o Duração do tratamento > 7 a 10 dias o Doses diárias múltiplas o Acidose e distúrbios eletrolíticos→ hipopotassemia, hiponatremia o Depleção de volume plasmático→ choque, endotoxemia o Tratamento simultâneo com outros nefrotóxicos o Idade→ neonatos e idosos = + suscetíveis o Doença renal preexistente o Concentrações plasmáticas elevadas Mais modernos → Tobramicina e Netilmicina = maior índice terapêutico e riscos de ototoxicidade e nefrotoxicidade Aminoglicosídios Aminoglicosídios Macrolídios Humana→ Campylobacter, Chlamydia, Legionella e Mycobacterium Medicina Veterinária→ uso limitado ✓ Toxicidade quando administrado a herbívoros por VO ✓ Dor→ IM Altas [ ] no interior das células→ fagócitos Boa distribuição nos tecidos Mais modernos→meia-vida longa Eritromicina→ 1952 ✓ Streptomyces erythreus ✓ 3 componentes: A (maior atividade), B e C Macrolídios Espiramicina ✓ Menor espectro de atividade antimicrobiana Tilosina→ isolada Streptomyces fradiae→ uso veterinário Oleandomicina e Carbomicina→ aditivo melhorador do desempenho zootécnico Azitromicina→ semissintético→maior espectro de ação = gram-negativos ✓ Características farmacocinéticas mais favoráveis Novos: ✓ Tilvalosina (Aivlosin® – produto veterinário) ✓ Gamitromicina (Zactran® – produto veterinário)→ dose única o Altas [ ] em tecidos – tratamento de infecções pulmonares! Macrolídios Mecanismo de Ação→ impedem síntese proteica bacteriana→ se ligam aos ribossomos Bacteriostáticos→ podem ser bactericidas em altas [ ] Tempo-dependente Eritromicina→ abscessos, tecido necrótico e urina = atividade suprimida Espectro de Ação→ principalmente gram + e alguns gram – ✓ Azitromicina→maior espectro Resistência bacteriana: ✓ Plasmídios e mutações cromossômicas que modificam ribossomos ✓ Resistência cruzada→Macrolídios, Lincosamidas e Estreptograminas→ se ligam na subunidade 50S ✓ Gram + e - Macrolídios Farmacocinética→ bem absorvidos VO ✓ Não atravessa BHE ✓ Cruza barreira placentária ✓ Biotransformação hepática ✓ Eliminação→ 90% bile, 2 a 5% inalterados na urina e fezes Toxicidade e efeitos adversos ✓ Incidência baixa (+ humanos) ✓ IM→ irritação tecidual e dor ✓ IV→ tromboflebites e periflebites ✓ Intramamárias→ inflamação ✓ Distúrbios gastrintestinais→ náuseas, vômito, diarreia, cólica intestinal ✓ Eritromicina pode causar diarreia grave em grandes animais Macrolídios Lincosamidas Estrutura química diferente dos Macrolídios→ espectro antimicrobiano e mecanismo de ação semelhante Principais representantes→ Lincomicina (aditivo) e Clindamicina ✓ Recentemente→ Pirlimicina = uso intramamário em bovinos Lincomicina→ isolada de culturas Streptomyces lincolnensis→ 1955 Clindamicina→ derivado semissintético→ 1966 ✓ Espectro de ação antimicrobiano > Lincomicina ✓ Melhor absorvida VO Mecanismo de Ação→ inibem síntese proteica→ se ligam aos ribossomos = Macrolídios Bacteriostáticos→ podem ser bactericidas em altas [ ] Tempo-dependente Lincosamidas Espectro de Ação→ semelhante ao Macrolídios ✓ Clindamicina > atividade contra bactérias anaeróbicas gram – Efeito sinérgico ✓ Lincosamidas + Aminoglicosídeo ✓ Clindamicina + Aminoglicosídeo ou Fluorquinolona Resistência bacteriana → podem desenvolver às Lincosamidas → + comum resistência cruzada entre Lincosamidas, Macrolídios e Estreptograminas Características farmacológicas ✓ Clindamicina > absorção TGI do que a Lincomicina→ VO ✓ Biotransformação hepática ✓ Eliminação→ bile (principal) e 20% intacta urina Lincosamidas Toxicidade e efeitos adversos ✓ Diarreia grave o Fatal→ seres humanos, equinos, coelhos e outros herbívoros o Equinos→ administração parenteral ou oral = colite hemorrágica e diarreia→ óbito o Cães e gatos→ pouco tóxicas = vômitos e diarreia ✓ Não administrar com agentes anestésicos e IV rápido → bloqueio neuromuscular e efeitos depressores cardíacos ✓ IM→ Clindamicina = dor Pleuromutilinas Tiamulina e Valnemulina→ derivados semissintéticos do antibiótico Diterpeno Pleuromutilina ✓ Fungo Clitopilus passeckerianus ✓ Gram + e atividade moderada gram - e Mycoplasma ✓ Empregados exclusivamente em Medicina Veterinária→ suínos Mecanismo de Ação→ inibem síntese proteica→ se ligam aos ribossomos ✓ Podem competir com Macrolídios e Lincosamidas Espectro de Ação→ bactérias anaeróbicas e algumas bactérias gram + aeróbicas Resistência bacteriana ✓ Resistência cruzada com Macrolídios, Lincosamidas, Aminoglicosídeos e Cloranfenicol Pleuromutilinas Características farmacocinéticas→ poucas informações ✓ Bem absorvido VO monogástricos ✓ Suínos: o Tiamulina→ na ração = reduz sua absorção e concentração sérica o Valnemulina→ excede 90% administrada na ração ✓ Meia-vida varia conforme via de administração Toxicidade e efeitos adversos ✓ Não associar→Ionóforos, Monensina, Nasarina e Salinomicina o crescimento, ataxia, paralisia e morte→ dose-dependente ✓ Não administrar em equinos→ desequilibra microflora colônica e causa enterocolites ✓ IM = irritação local ✓ IV em bovino = neurotoxicidade e morte Pleuromutilinas Tetraciclinas Derivados do Streptomyces e algumas semissintéticas 1948 → Aureomicina = Clortetraciclina 1950 → Terramicina = Oxitetraciclina 1953 → Tetraciclina ✓ Derivados semissintéticos →melhores características farmacodinâmicas e menor toxicidade Tetraciclinas Mecanismo de Ação→ bacteriostáticos = inibem síntese proteica→ ligam-se aos ribossomos Espectro de Ação→ amplo ✓ Gram + e -, micoplasmas, Ehrlichia/Anaplasma, clamídias, riquétsias e alguns protozoários parasitas Resistência bacteriana ✓ Comum→ bactérias e Mycoplasma = reduziu utilização terapêutica ✓ Rara→ patógenos intracelulares (Clamydia, Chlamydophila, Ehrlichia e Anaplasma) Características farmacocinéticas ✓ VO→ bem absorvidos e vias parenterais ✓ Presença de alimentos = prejudica absorção (exceto Minociclina e Doxiciclina) ✓ Quelatos insolúveis com cálcio, magnésio, zinco, ferro e alumínio; leite, antiácidos e catárticos = absorção reduzida Tetraciclinas Características farmacocinéticas ✓ Doxiciclina e Minociclina = + lipossolúveis que Tetraciclina e Oxitetraciclina→ penetram + nos tecidos ✓ Não atravessam BHE mas atravessam placentária ✓ Excretadas ativos urina ou pela bile (exceto Minociclina e Doxiciclina) o Doxiciclina → não envolve excreção renal = infecções sistêmicas em cães e gatos com IR ✓ Tempo-dependentes Toxicidade e efeitos adversos ✓ Irritação tecidual ✓ Gastrintestinais→ náuseas, vômito, diarreia→ VO ✓ IM ou SC = dor no local da injeção ✓ Ligam-se com Cálcio→ efeitos cardiovasculares (arritmias) e deposição no tecido ósseo e dentes o Evitar animais jovens ou em fase de crescimento e fêmeas prenhes Tetraciclinas Toxicidade e efeitos adversos ✓ Efeitos tóxicos→ células hepáticas (infiltração gordurosa) e renais (necrose em túbulos proximais ✓ Equinos → alteração flora intestinal → superinfecção Salmonella resistentes → severas diarreias → morte Posologia e especialidade farmacêuticas ✓ Uso local→ cremes, pomadas, soluções otológicas e oftalmológico e para tratamento de mastite Tetraciclinas Anfenicóis Cloranfenicol (1947)→ derivado de Streptomyces venezuelae→ atualmente síntese laboratorial Tianfenicol e Florfenicol→ análogos do Cloranfenicol Mecanismo de Ação→ inibem síntese proteica→ ligam-se irreversivelmente aos ribossomos→ bacteriostáticos Espectro de Ação ✓ Amplo espectro de ação→ gram +, gram -, riquétsias, espiroquetas e micoplasma Resistência bacteriana ✓ Plasmídeos→ produção cloranfenicol-acetiltransferase → impede interação com ribossomos→ inativação Cloranfenicol e Tianfenicol ✓ Resistência cruzada o Cloranfenicol + Macrolídios e Lincosaminas Anfenicóis Características farmacocinéticas ✓ Animais monogástricos→ bem absorvido VO ✓ Ruminantes→ destruído pela microbiota ruminal ✓ Distribui-se bem por todos os tecidos→ atravessa barreira placentária ✓ Biotransformado no fígado ✓ Excretado intacto na urina (10 a 20%) os inativos→ urina e pequena parte bile ✓ Recém-nascidos→meia-vida maior ✓ Não associar com Penicilina G e Fluorquinolonas Toxicidade e efeitos adversos ✓ Cloranfenicol→mais grave→ humanos = anemia aplástica o Proibido em animais utilizados para consumo humano ✓ Síndrome cinzenta do recém-nascido Anfenicóis Toxicidade e efeitos adversos ✓ Depressão da medula óssea→ anemia hipoplástica e redução da síntese de anticorpos o Gatos mais sensíveis que cães o Suspensão do tratamento = sinais desaparecem ✓ Manifestações digestivas→ vômito e diarreias = ocasionalmente em cães e gatos + reações alérgicas OBRIGADA PELA ATENÇÃO! tiefazart@gmail.com
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