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Avaliação clínica do cavalo com cólica Anamnese • Manifestação clínica • Início e duração dos sinais de cólica • Histórico anterior de cólica • Medicação • Manejo e alimentação • Passagem de fezes • Idade •Sexo e raça •Parasitas Freqüência de defecação e consistência das fezes Exame clínico Sinais clínicos Intensidade da dor • Distensão abdominal Exame clínico Temperatura retal Freqüência respiratória Sistema cardiovascular – Freqüência cardíaca – Pulso art. facial art. digitais palmares – Pressão venosa Turgor da pele Desidratação estimada Desidratação (%) Turgor da pele (s) Umidade das mucosas PC (s) Hematócrito (%) PPT (g/dl) 4-6 7-9 >9 2-3 3-5 >5 úmidas viscosas secas 1-2 2-4 >4 40-50 50-60 >65 6,5-7,5 7,5-8,5 >8,5 Avaliação subjetiva do grau de desidratação Desidratação Sinais clínicos Leve (5 -7%) Moderada (8 – 10%) Severa (>10%) turgor da pele afundamento dos olhos na órbita, depressão, FC extremidades frias, FC, depressão profunda, decúbito •Mucosas •Perfusão capilar Exame clínico • Peristaltismo • Percussão Exames laboratoriais • Hematócrito • Proteína plasmática • Leucograma • Bioquímica Exames específicos • Sonda nasogástrica Refluxo como auxílio diagnóstico Refluxo Cor Odor pH Normal Enterite anterior Obstrução do intestino delgado verde vermelho marrom amarelo marrom fétido fétido 3-5 6-8 6-8 • Paracentese abdominal Valores fisiológicos do líquido peritoneal em eqüinos Parâmetros x Células nucleadasl neutrófilos % linfócitos % macrófagos % eosinófilos % Eritrócitosl Proteína total (gdl) Fibrinogênio (mgdl) Gravidade específica Cor Turvação 3250 43 20 34 2 0 1 <10 1005 amarelada clara Alterações macroscópicas observadas no fluído peritoneal em diversos distúrbios abdominais Alteração Cor Turvação Sadio Enterite anterior Obstrução intestinal s desvitalização c estrangulamento (início) c estrangulamento (pré-ruptura) Ruptura intestinal Punção intestinal Peritonite séptica amarelo pálido amarelo a serosang. amarelo pálido serosang. vermelho marrom laranja marrom esverdeado verde serosang. purulento claro turvo claro turvo turvo a opaco turvo com partículas turvo com partículas turvo a purulento Impactação • WBC: 660l • PT: 1,01g/dl necrose intestinal Encarceramento cólon menor – volvo Encarceramento do intestino delgado Peritonite RBC: 23.50l PT: 4,3 gdl • Radiologia Enterólitos • Ultra-sonografia Palpação retal Tratamento • Médico • Cirúrgico ? Manifestação clínica Médico Cirúrgico Atitude Manifestação de dor Sinais vitais Peristaltismo alerta leve a moderada, temporária FC < 55 bpm pulso forte PC < 1,5 s mucosas rosadas extremidades quentes pirexia persistente presente, eliminação de fezes deprimida moderada a severa, progressiva FC > 75 bpm pulso fraco PC >2,5 s mucosas congestas extremidades frias, choque TR normal a levete aumentada Íleo adinâmico, sem passagem de fezes Manifestação clínica Médico Cirúrgico Refluxo nasogástrico Palpação retal Paracentese Hematócrito e PP Resposta ao tratamento < 2 l sem alterações palpáveis sem alterações marcantes elevação discreta redução da dor, melhora dos sinais vitais e hidratação 5 l com reacúmulo de + ou – rápido distensão deslocamento intestinal sero-sanguinolento elevação moderada a severa dor contínua, deterioração metabólica PROUDMAN, CJ. A two-year prospective survey of colic in general practice. Equine Vet. J., 24:90-3, 1992 72,0% 14,5% • Cólicas espasmódicas e sem diagnóstico • Impactações na flexura pélvica e outros locais • Lesões cirúrgicas (incluindo obstruções com estrangulamento • Cólica flatulenta • Colite 7,0% 5,5% 1,0% Tratamento • Controle ou alívio da dor abdominal • Descompressão gastro-intestinal • Correção da desidratação e desequilíbrio eletrolítico Controle ou alívio da dor abdominal Sedativos • Xilazina 0,3 – 1,1 mgkg • Combinação xilazina + butorfanol 0,5 mgkg + 0,01 mgkg • Detomidina 0,02-0,04mg/kg AINEs • Dipirona 5-22 mgkg 1-2xdia • Flunixin meglumine 1,1 mgkg 1-2xdia 0,25 mgkg 3-4xdia • Cetoprofeno 2,2 mgkg 1xdia • Fenilbutazona 2,2 – 4,4 mgkg 1-2xdia Descompressão gastro-intestinal • Sondagem nasogástrica • Trocaterização do ceco Correção da desidratação e desequilíbrio eletrolítico • Déficit de fluídos (l) peso vivo (kg) x desidratação estimada (%) •Volume de manutenção (l) 50 -100mlkg24 horas administração: 2-4mlkghora • Déficit de K (mEq) peso vivo (kg) x 0,3 x déficit (mEql) Normal: 4,0 mEql velocidade máxima de administração: <0,5 mEqkgh • Déficit de HCO3 (mEq) peso vivo (kg) x 0,3 (ECF) x déficit (mEql) Cuidado: não usar NaHCO3 com soluções que contenham Ca Indicação: pH<7,2 ou deficiência de bases >10 mEql Normal: 25 mEql 1g NaHCO3 = 12 mEq Na+ ou HCO3- Laxantes • óleo mineral • hiperhidratação • hidróxido de Al e Mg • mucilagem hidrofílica de Psyllium (metamucil, 1g/kg) • DSS (10-20mg/kg em solução a 5% via sonda) Enema Acetilcisteína a 4% Exame físico Diagnóstico específico Sem diagnóstico específico ID ou IG distendido ou distensão abdominal moderada a severa Tratamento conhecido analgésicos encaminhar para HV resolução Dor abdominal Novo exame (4 horas) paracentese Diagnóstico específico Sem diagnóstico específico Distensão abdominal, ID ou IG distendidos, Fluido peritoneal serosangüinolento, Deterioração cardiovascular Tratamento conhecido Analgésicos e Nova avaliação (2 horas) Encaminhar para HV Resolução da dor abdominal Cólica persiste Reavaliação caso volte a dor abdominal Encaminhar para HV