Buscar

Aula 11 - Direito Penal - Curso Estágio Ministério Público Estadual

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
 
 
 
CURSO: Ministério Público Estadual 
 
 
 
Estagiando Direito 
@estagiando_direito_ 
 
AULA 11 – 
Direito Penal 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 Olá, alunos. Na aula de hoje, trataremos sobre um assunto muito importante e cobrado 
em diversas provas, a extinção da punibilidade. 
 
Extinção da punibilidade 
 
 A partir da prática de uma infração penal, surge, automaticamente, a punibilidade, 
compreendida entre a possibilidade jurídica de o Estado importo uma sanção penal ao 
responsável ou responsáveis. 
 
 A punibilidade, em suma, consiste, em consequência da infração pena. E, quando 
acontece alguma causa de extinção da punibilidade, desparece do mundo jurídico, somente o 
poder punitivo estatal. Assim, o Estado não pode mais punir. 
 
Causas de extinção da punibilidade 
 
 A doutrina já se posicionou no sentido de que as causas de extinção da punibilidade 
presente no artigo 107 do Código Penal, são exemplificativas. Pois, diversas outras causas de 
extinções da punibilidade podem encontrada no Código Penal e em legislações especiais. 
Entretanto, para de fins de provas trataremos apenas do rol previsto no artigo 107 do Código 
Penal. 
 
Extinção da punibilidade 
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: 
I - pela morte do agente; 
II - pela anistia, graça ou indulto; 
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como 
criminoso; 
IV - pela prescrição, decadência ou perempção 
;V - pela renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes 
de ação privada; 
VI - pela retratação do agente, nos casos em que a lei a admite 
;VII - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)VIII - (Revogado pela Lei nº 
11.106, de 2005) 
IX - pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei. 
 
Efeitos 
 
 Pois bem. As causas de extinção da punibilidade que atingem a pretensão punitiva 
estatal, eliminam todos os efeitos de eventual sentença condenatória já proferida. 
 
 De outra forma, as causas extintivas que a pretensão executória, salvo nas hipóteses 
de abolitio criminis e de anistia, apagam, apenas, os efeitos principais da condenação, ou seja, 
a pena. 
 
 
 
3 
 
 Os demais, como o pressuposto de reincidência e a constituição de título judicial da 
esfera cível, ainda permanecem. 
 
 Do exposto, as causas de extinção da punibilidade podem recair sobre: A pretensão 
punitiva, a pretensão executória e, ambas as pretensões. Passaremos a analisar seus efeitos: 
 
I – Pretensão punitiva: Dar-se-á pela Decadência, Perempção, Renúncia, Perdão Aceito, 
Retratação do agente e o Perdão Judicial. 
I.I – Efeitos: Eliminaram todos os efeitos penais de uma eventual sentença penal condenatória. 
Ademais, não geram a reincidência e nem podem ser usadas como título executivo na esfera 
cível. 
 
II – Pretensão executória: Dar-se-á pela Graça, Anistia ou Livramento condicional. 
II.I – Efeitos: Apagam unicamente os efeitos principal da sentença penal condenatória, qual 
seja, a pena. Ademais, permaneceram os demais efeitos da sentença penal condenatória, gera 
a reincidência e pode ser utilizada como título executivo na esfera cível. 
 
III – Ambas as pretensões: Dar-se-á pela Morte do agente, anistia, abilitio criminis e a 
Prescrição. 
III.I – Efeitos: Dependem do momento em que ocorrem. 
 
Decadência x Prescrição 
 
 A título de distinção, diferenciaremos os institutos da Decadência e da Prescrição. 
 
 Pois bem. A Decadência só ocorre antes da propositura da ação, ocorrerá apenas na 
AÇÃO PRIVADA e na AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA À REPRESENTEAÇÃO. 
Ademais, ela extingue o Direito de queixa ou de representação, e consequentemente, o Direito 
de Punir. Por fim, é improrrogável. 
 
 Por sua vez, a Prescrição pode ocorrer antes ou durante a ação penal, ou até mesmo 
após o trânsito em julgado da condenação e, ocorrerá em qualquer espécie de ação penal. 
Ademais, extingue o Direito de Punir e, por fim, também é improrrogável. 
 
Prescrição 
 
 O Direito de Punir, é do Estado. Somente ele poderá aplicar a pena ou a medida de 
segurança ao responsável por uma infração penal. 
 
 Entretanto, esse Direito é limitado e, encontra algumas barreiras processuais e penais, 
como a Representação do ofendido, nos crimes de ação pública condicionada, as condições 
da ação penal e, a necessidade de obediência a regras constitucionais e processuais. 
 
 
 
4 
 
 Dessa forma, a Prescrição pode ser conceituada como a perda da Pretensão Punitiva 
em razão da inércia do Estado durante determinado lapso temporal legalmente previsto. 
 
 Tal pretensão, é o interesse em aplicar uma sanção ao responsável por uma infração 
penal. 
 
 Por fim, a Prescrição (causa de extinção da punibilidade) está prevista no inciso IV, do 
Artigo 107 do Código Penal. Assim, quando a infração penal é atingida pela prescrição, 
desaparece somente a punibilidade do agente, compreendida como consequência e, não como 
elemento de um crime ou contravenção penal. 
 
Extinção da punibilidade 
Art. 107 - Extingue-se a punibilidade: 
IV - pela prescrição, decadência ou perempção 
 
Espécies de prescrição 
 
 O Código Penal apresenta dois tipos de prescrição: O da pretensão punitiva e a da 
pretensão executória. A primeira, é dividida em Prescrição da pretensão punitiva 
propriamente dita, Prescrição retroativa e a Prescrição intercorrente. 
 
 Ademais, na Prescrição da pretensão punitiva, não há trânsito em julgado para a 
Defesa e acusação, ao contrário do que se dá na prescrição da Prescrição da pretensão 
executória, na qual a sentença penal condenatória já transitou em julgado. 
 
 Não bastasse, o artigo 110, p. 1º do Código Penal descreve a Prescrição intercorrente 
e a Prescrição retroativa. 
 
Art. 110 - A prescrição depois de transitar em julgado a sentença 
condenatória regula-se pela pena aplicada e verifica-se nos prazos fixados 
no artigo anterior, os quais se aumentam de um terço, se o condenado é 
reincidente. 
§1º A prescrição, depois da sentença condenatória com trânsito em julgado 
para a acusação ou depois de improvido seu recurso, regula-se pela pena 
aplicada, não podendo, em nenhuma hipótese, ter por termo inicial data 
anterior à da denúncia ou queixa. 
 
 Dessa forma, podemos assim definir: 
 
I – Prescrição da pretensão punitiva: 
I.I – Propriamente dita: Não há trânsito em julgado da condenação. 
I.II – Prescrição intercorrente: Há trânsito em julgado para a acusação, mas não para a 
Defesa. 
I.III – Prescrição retroativa: Há trânsito em julgado para a acusação, mas não para a Defesa 
 
 
 
5 
 
II – Prescrição da pretensão executória: Há trânsito em julgado para ambas as partes do 
processo (acusação e Defesa). 
 
Prescrição da pena privativa de liberdade 
 
 Está explicito no artigo 109 do Código Penal. Ademais, como a prescrição é a perda do 
Direito estatal de punir por força do decurso de um lapso temporal. De outra forma, não há 
trânsito em julgado para a acusação nem para a Defesa. 
 
 Seu cálculo está previsto em um critério legal e, é calculada com base no máximo de 
pena privativa de liberdade abstratamente cominada ao crime. Por fim, assim dispõe os prazos 
prescricionais do artigo 109 do Código Penal: 
 
Art. 109. A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo 
o disposto no § 1o do art. 110 deste Código, regula-se pelo máximo da 
pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: 
I - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze; 
II - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito anos e não 
excede a doze; 
III - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro anos e não 
excede a oito; 
IV - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois anos e não 
excede a quatro; 
V - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo 
superior, não excede a dois; 
VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um)ano 
 
Termo inicial 
 
 O artigo 111 do Código Penal assim regula os termos iniciais: 
 
Art. 111 - A prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, 
começa a correr: 
I - do dia em que o crime se consumou; 
II - no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa; 
III - nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência; 
IV - nos de bigamia e nos de falsificação ou alteração de assentamento do 
registro civil, da data em que o fato se tornou conhecido. 
V - nos crimes contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes, 
previstos neste Código ou em legislação especial, da data em que a vítima 
completar 18 (dezoito) anos, salvo se a esse tempo já houver sido proposta 
a ação penal. 
 
 
 
 
 
6 
 
Causa interruptivas 
 
 Em seu artigo 117, o Código Penal estabelece a causas interruptivas da prescrição: 
 
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se: 
I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa; 
II - pela pronúncia; 
III - pela decisão confirmatória da pronúncia; 
IV - pela publicação da sentença ou acórdão condenatórios recorríveis; 
V - pelo início ou continuação do cumprimento da pena; 
VI - pela reincidência. 
§1º - Excetuados os casos dos incisos V e VI deste artigo, a interrupção 
da prescrição produz efeitos relativamente a todos os autores do crime. 
Nos crimes conexos, que sejam objeto do mesmo processo, estende-se 
aos demais a interrupção relativa a qualquer deles. 
§2º - Interrompida a prescrição, salvo a hipótese do inciso V deste artigo, 
todo o prazo começa a correr, novamente, do dia da interrupção 
 
Causas suspensivas 
 
 As causas impeditivas da prescrição estão disciplinadas pelo artigo 116 do Código 
Penal: 
 
Art. 116 - Antes de passar em julgado a sentença final, a prescrição não 
corre: 
I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o 
reconhecimento da existência do crime; 
II - enquanto o agente cumpre pena no exterior; 
III - na pendência de embargos de declaração ou de recursos aos Tribunais 
Superiores, quando inadmissíveis; e 
IV - enquanto não cumprido ou não rescindido o acordo de não persecução 
penal. 
Parágrafo único - Depois de passada em julgado a sentença condenatória, 
a prescrição não corre durante o tempo em que o condenado está preso 
por outro motivo. 
 
Prescrição intercorrente 
 
 É a modalidade de prescrição da pretensão punitiva, onde não há trânsito em julgado 
para as partes, e se verifica entre a publicação da sentença condenatória recorrível e seu 
trânsito em julgado para a defesa. 
 
 Tal prescrição, nos termos da súmula 146 do STF, regula-se pela pena concretizada na 
sentença, quando não há recurso da acusação. Dessa forma, é calculada com base na pena 
concreta. 
 
 
7 
 
 Ademais, ela poderá ocorrer por 02 motivos: 
 
I – Demora em intimar o réu da sentença, ou seja, é ultrapassado o prazo prescricional e o réu 
ainda não foi intimado. 
II – Demora no julgamento do recurso de Defesa, ou seja, o réu foi intimado, recorreu da 
sentença, superou-se o prazo prescricional e o Tribunal ainda não apreciou o recurso. 
 
 Por fim, segundo o STJ, a prescrição intercorrente pode ser decretada em 1º grau de 
jurisdição. Mas, não pode ser decretada na própria sentença condenatória, em face da 
ausência de trânsito em julgado para a acusação ou, do improvimento do recurso. 
 
Prescrição retroativa 
 
 Na prescrição retroativa, que é uma espécie de prescrição da pretensão punitiva, não 
há trânsito em julgado para as partes, e é calculada pela pena concreta (definida na sentença). 
 
 Contudo, para ocorrer, ela depende do trânsito em julgado da sentença condenatória 
para a acusação no tocante à pena imposta, seja pela não interposição de recurso cabível no 
prazo legal, ou, pelo fato do recurso ter sido improvido. 
 
 Ademais, é contada a partir da publicação da sentença ou acordão condenatório. Assim, 
a prescrição retroativa pode ocorrer entre a publicação da sentença (ou acordão condenatório) 
e o recebimento da denúncia ou queixa. 
 
 Por fim, segundo o STJ, a prescrição intercorrente pode ser decretada em 1º grau de 
jurisdição. Mas, não pode ser decretada na própria sentença condenatória, em face da 
ausência de trânsito em julgado para a acusação ou, do improvimento do recurso. 
 
Prescrição da pretensão executória 
 
 Em razão da omissão do Estado durante determinado prazo legalmente estipulado, 
ocorre a perda do dever e do direito de executar uma sanção. 
 
 É contada pela pena concreta, fixada na sentença ou acordão, pois já existe o trânsito 
em julgado da condenação para a acusação e para a Defesa. 
 
 E pode ocorrer: 
 
1) Do dia em que transita em julgado a sentença condenatória para a acusação. 
 
2) Do dia da revogação da suspensão condicional da pena ou do livramento condicional. 
 
2) Do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o tempo da interrupção deva 
computar-se na pena. 
 
 
 
8 
 
Do exposto, tratamos sobre a matéria da extinção da punibilidade e os aspectos mais 
importantes da prescrição. Até a próxima e bons estudos!

Continue navegando