Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1LESÕES ELEMENTARES As lesões elementares são qualquer alteração estrutural da pele, e que possui diferentes causas. Sejam elas circulatória, hiperplásicas, metabólicas, inflamatória, degenerativa (PORTO, 2014). Fazendo uma correta avaliação adicional da lesão, juntamente com uma boa relação médico-paciente e uma anamnese bem conduzida, o diagnóstico correto é encontrado em mais de 70% dos casos. Isso demonstra o papel ativo do médico tanto no diagnóstico quanto no tratamento, de acordo com Cavalcanti (2006). As lesões elementares são classificadas, de acordo com Porto (2014), em: Alterações de cor Elevações edematosas Formações sólidas Coleções líquidas Alterações de espessura Perda e reparações teciduais. 1.1Alterações de cor (mancha ou mácula) Mancha ou mácula corresponde a uma área na qual há presença de uma pigmentação diferente da pele normal, sem que haja alterações na superfície ou elevações. Podem ser divididos fundamentalmente em cinco tipos: pigmentares, vasculares, hemorrágicas e por deposição pigmentar (PORTO, 2014). 1.1.1Pigmentares Ocorrem quando há alterações do pigmento melânico. Subdividem-se em três tipos, segundo Porto (2014): Hipocrômicas e/ou acrômicas: ocorrem com a diminuição ou a ausência de melanina. Estão presentes em doenças, como hanseníase, vitiligo e pitiríasealba; podendo ser congênito em alguns casos, como no nervo acrômico e no albinismo. Imagem 01 – Mancha hipocrômica Fonte: PORTO, 2014. Imagem 02 – Mancha acrômica Fonte: PORTO, 2014. Hipercrômicos: ocorrem pelo aumento de melanina. Nevos são frequentes, variáveis e presentes em qualquer idade. O nevo tuberoso é saliente, roxo e geralmente piloso e localizado no rosto. As manchas de sarda são denominadas efélides. Imagem 03 – Mancha hipercrômica Fonte: PORTO, 2014. Pigmentação externa: causados por substâncias administradas topicamente. A coloração varia do cinza ao preto. Exemplos: alcatrões, nitrato de prata e antralina. 1.1.2 Vasculares Decorrem por distúrbios na microcirculação da pele. Difere das manchas hemorrágicas por desaparecerem com a digitopressão. Vitropressão e puntipressão (PORTO, 2014). Segundo Porto (2014), subdividem-se em telangiectasias e manchas erimatosas (ou hiperêmicas). Telangiectasias: são dilatações dos vasos terminais. As venocapilares são comumunsnas coxas e nas pernas de mulheres ou no tórax de idosos (populares varículas ou microvarizes). As aranhas vasculares recebem esse nome por se assemelharem ao aracnídeo; também desaparecem com a digitopressão. Imagem 04 – Telangiectasia Fonte: PORTO, 2014. Mancha erimatosa ou hiperêmica: Decorrem por vasodilatação, apresentando coloração rósea ou vermelho e desaparecem à digitopressão ou vitropressão. São as lesões elementares mais comuns no meio médico. Podem ser simples ou com outras lesões, tais como bolhas, pápulas e vesículas. Possuem tamanhos variados e podem surgir de forma esparsa ou confluente, em doenças como a escarlatina, sífilis, septicemias, alergias cutâneas, etc. Imagem 05 – Eritema polimorfo Fonte: PORTO, 2014. 1.1.3Hemorragicas Chamadas também de “sufusões hemorrágicas”, não desaparecem com a digitopressão por se tratar de um extravasamento de sangue. As do tipo petéquima são puntiformes e medem até 1 cm de diâmetro; do tipo víbices possuem formato de linha; e do tipo equimose são placosas e possuem mais de 1 cm de diâmetro (PORTO, 2014). A coloração das manchas varia de vermelho-arroxeada a amarela, dependendo do tempo de evolução. Nas grandes e médias equimoses, as manchas são avermelhadas até 48h após o aparecimento; arroxeadas entre 48 e 96h depois; azuladas do 5o ao 6o dia; amareladas do 6o ao 8o dia; e normal após o 9o dia (PORTO, 2014). Imagem 06 – Hemorrágica Fonte: PORTO, 2014. 1.1.4Deposição pigmentar Pode ocorrer por deposição de hemossiderina, bilirribina (icterícia), pigmento carotênico (ingestão exagerada de mamão), corpos estranhos (tatuagem), e pigmentos metálicos (prata, bismuto) (PORTO, 2014). 1.2Elevações edematosas São elevações causadas por edema na derme ou na hipoderme. Composta pela lesão urticada ou tipo urticária, que corresponde a formações sólidas, de formato variável (irregulares, arredondadas, ovaladas), de tamanho e cor variável, em geral eritematosa (que apresenta rubor congestivo da pele) e quase sempre pruriginosa (que geram coceiras), resultando em um edema dérmico circunscrito. Composta ainda pelo angiodema que é uma área de edema circunscrito que pode ocorrer no tecido subcutâneo, causando tumefação (PORTO, 2014. Figura 07 – Angioedema Fonte: Imagem 08 – Urticária Fonte: 1.3Formações sólidas. As formações sólidas abrangem 6 formas que se diferenciam entre si nas manifestações clínicas, sendo elas: Pápula, turbérculos, nódulos, nodosidades, gomas e vegetações.Essas variações de lesões de pele serão descritas ao longo do texto. 1.3.1Pápulas Sendo um dos tipos de formação sólida na pele, se caracteriza pelo seu pequeno tamanho ( até 1.0 cm de diâmetro ), como manifestação superficial e bem delimitadas. Suas bordas são facilmente percebidas quando se desliza a polpa digital sobre a lesão. Seus aspecto pode ser puntiforme, um pouco maiores ou lenticulares, planas ou acuminadas, isoladas ou coalescente, da cor da pele normal ou da cor rósea, castanha ou arroxeada. Várias doenças de pele se evidenciam por lesões papulares, dentre elas: leishmaniose, blastomicose, verruga, picada de inseto, acne, erupções medicamentosas, hanseníase, entre outras. Imagem 09 - Pápula Eritematosa Fote: PORTO, 2014 Imagem 10 - Pápula Agrupadas (esclerose tuberosa). Fonte: PORTO, 2014. Imagem 11 - Pápula Verrucosa. Fonte: PORTO, 2014 Imagem 12- Pápula em corte esquemático, mostrando infiltração celular na derme. Fonte: PORTO, 2014 1.3.2Tubérculos São formações sólidas circunscritas de diâmetro maior que 1,0 cm, localizadas na derme. Possui variação em sua consistência, podendo ser mole ou firme, o mesmo acontece com a coloração da pele circunjacente á lesão, podendo ter coloração normal ou eritematosa, acastanhada ou amarelada. Os tubérculos geralmente leva a formação de cicatrizes no local de sua formação, dentre as patologias que evidenciam esse tipo de lesão na pele, podemos citar: Sífilis, Tuberculose, Esporotricose, Sarcoidose e tumores. Imagem 13 - Tubérculo (fibroma ) Fonte: PORTO, 2014 Imagem 14 - Tubérculo em corte esquemática evidenciando proliferação celular na derme. Fonte: PORTO, 2014 1.3.3Nódulos, Nodosidade e Goma Sendo semelhante suas manifestações, essas lesões sólidas são localizadas na hipoderme, logo, seu achado é mais fácil pela palpação do que pela inspeção no exame físico. Seus formatos, limites e consistência podem variar, dando origem as classificações: Nódulos geralmente são de pequeno tamanho ( ervilha ); Nodosidades são mais volumosas; Gomas são nodosidades que tendem ao amolecimento e ulceração com eliminação de substâncias semissólidas. Limites dessas lesões são imprecisos, e a consistência pode variar entre firme, elástica ou mole. Em relação a sua proliferação, ora pode ser isolada, agrupadas ou coalescentes, podendo ser associada a dor ou não. Assim como os Tubérculos, a pele circundante dessas lesões podem ser normal, eritematosa ou arroxeada. Dentre as muitas patologias em que essas lesões sólidas ( Nódulos ou Nodosidades ), podemos citar: Furúnculo, Eritema nodoso, hanseníase, cistos, epiteliomas, sífilis, bouda, cisticercose. As Gomas aparecem na Sífilis, Tuberculose e nas micoses profundas. Imagem 15 - Nódulo Eritematoso Fonte: PORTO, 2014 Imagem 16 - Nódulo em corte esquemático evidenciando lesão sólida em derme profunda. Fonte: PORTO, 2014 1.3.4Vegetações São lesões sólidas com determinadas características: Salientes, lobulares, filiformes ou em couve flor, de consistência mole ( quando a camada córnea é mais espessa, a lesão apresenta consistência endurecida e recebe o nome de verrucosidade, exemplos:verrugas vulgares, cromomicose. ) e agrupadas em maior ou menor quantidade. Dentre as patologias em que nota-se as Vegetações, podemos citar: Sífilis, Leishmaniose, condiloma acuminado, Tuberculose, Granuloma venéreo, Neoplasias e dermatites medimamentosas. Imagem 16 - Vegetações, Carcinoma Espinocelular / Cromomicose. Fonte: PORTO, 2014 1.4Coleções líquidas Segundo Ramos-e-Silva (2010), as coleções líquidas são lesões “formadas pelo acúmulo circunscrito de líquido”. Elas incluem vesícula, bolha, pústula, abscesso e hematoma (PORTO, 2014). 1.4.1Vesícula As vesículas se desenvolvem a partir de distúrbios da pele e em consequência de queimaduras. Ocorre a degeneração de células epidérmicas juntamente com a ruptura das junções intercelulares. Dessa forma, forma-se uma separação entre as camadas da pele que então é preenchida com líquido seroso citrino, fazendo uma saliência cônica ao nível da pele (PORTH; MATFIN, 2010; RAMOS-E-SILVA, 2010). Seu diâmetro está restrito a 1,0cm. Para não se ter dúvidas, pode ser feita a punção da lesão e encontrado o líquido em uma lesão com até 1,0cm, essa é caracterizada como vesículas (PORTO, 2014). Quando as vesículas são intra-epidérmicas, ou ela ocorre por um edema intercelular da camada de Malpighi, ou através de edema e degeneração intracelular da camada de Malpighi (RAMOS-E-SILVA, 2010). Segundo Porto (2014), as principais patologias nas quais encontram-se vesículas são: varicela, herpes-zóster, queimaduras, eczema e pênfigo foliáceo. Imagem 17 – Vesícula Fonte: http://vocedeolhoemtudo.com.br/wp-content/gallery/sintomas-de-herpes/ 1.4.2Bolha O mecanismo de formação da bolha é o mesmo que da vesícula. Podem ser intra-epidérmicas ou subepidérmicas. A única diferença entre vesícula e bolha é o tamanho, pois enquanto a vesícula tem até 1,0cm, a bolha pode ser encontrada em diversos tamanhos, alcançado alguns centímetros. Seu conteúdo pode claro, turvo amarelado, formando a bolha purulenta, ou vermelho-escuro, formando a bolha hemorrágica (RAMOS-E-SILVA, 2010; PORTH, 2010; PORTO, 2014); Imagem 18 – Bolhas Fonte: http://www.neo.org.br/publico/inicio.php?do=aconteceLeitura&dado_id=254 1.4.3Pústula A pústula é uma vesícula com conteúdo purulento, e podem ser foliculares ou interfoliculares (RAMOS-E-SILVA, 2010; PORTO, 2014). Segundo Ramos-e-Silva (2010), “em geral, o pus é causado por bactérias, mas também pode ser absolutamente estéril e é decorrente do acúmulo de neutrófilos”. As principais patologias que encontram-se pústulas são: varicela, herpes-zóster, queimaduras, piodermites e acne pustulosa (PORTO, 2014). Imagem 19 – Pústula Fonte: http://conceptodefinicion.de/pustula/ 1.4.4Abscessos Porto (2014) define abscesso como “coleções purulentas, mais ou menos proeminente e circunscrita, de proporções variáveis, flutuantes, de localização dermo-hipodérmica ou subcutânea”. Os abscessos podem conter ou não sinais inflamatórios. Quando esses sinais estão presentes, trata-se de um abscesso quente. Já quando esses sinais estão ausente, trata-se de um abscesso frio (PORTO, 2014). Os abscessos podem ser encontrados em furunculoses, hidradenite, blastomicose, abscesso tuberculoso, entre outras patologia (PORTO, 2014). Imagem 20 – Abscessos na face (acne conglobata) Fonte: Porto, 2005 1.4.5Hematoma “Formações circunscritas, de tamanhos variados, decorrentes do derrame de sangue na pele ou nos tecidos subjacente”. Essa é a definição de hematoma de acordo com Porto (2014). Os hematomas são doloridos devido a pressão aumentado sobre as terminações nervosas por causa da hemorragia local e essa dor aumento de acordo com o movimento e com a aplicação de pressão à área. Além disso, o hematoma pode tornar-se infectado pelo crescimento bacteriano e pode produzir drenagem pelo rompimento da pele (PORTH; MATFIN, 2010). Normalmente o hematoma é causado por uma traumatismo direto pelo impacto de corpo contra um objeto duro (PORTH; MATFIN, 2010). Imagem 21 – Hematoma Fonte: http://fcbayern.com.br/noticias/central-medica-saiba-mais-sobre-a-lesao-nas-nadegas-de-ribery 1.5Alterações de espessura 1.5.1Queratose É um espessamento circunscrito ou difuso da pele, duro, inelástico, amarelado e de superfície eventualmente áspera. É causado pelo aumento da espessura da camada córnea (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002). Imagem 22 - Queratose Fonte: http://www.dermis.net/dermisroot/pt/34591/image.htm Imagem 23 - Queratose Fonte: http://podologiacuidandodospes.blogspot.com.br/2013_02_01_archive.html 1.5.2Liquenficação É um espessamento da pele com acentuação dos sulcos e da cor própria da pele, com aspecto quadriculado, de malhas poligonais bem definidas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002). A pele circundante torna-se, em geral, de cor castanho-escura. É encontrado nos eczemas liquenificados ou em qualquer área sujeita a coçaduras constantes (PORTO, 2009). É devido ao aumento da camada malpighiana (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002). Imagem 23 - Linquenficação Fonte: http://dermatites.blogspot.com.br/2005/07/manifestaes-clnicas-dermatite-atpica.html Imagem 24 - Liquenficação Fonte: https://sherazademedica.wordpress.com/2013/02/27/eczemas/ 1.5.3Edema É um aumento da espessura, depressível, com cor própria da pele ou rósea-branca. A pele torna-se lisa e brilhante (PORTO, 2009). É determinado pelo acúmulo de líquido na derme e/ou hipoderme (extravasamento de plasma) (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002). Imagem 25 - Edema Fonte: http://medpic.org/p/edema_pictures 1.5.4Infiltração É um aumento da espessura e consistência da pele, com menor evidência dos sulcos, limites imprecisos, acompanhando-se, às vezes, de eritema discreto. (MINISTÉRIO DA SAÚDE). A pele se mantém depressível e sem acentuação das estrias. (PORTO, 2009) Pela vitropressão, surge fundo de cor “café com leite”. Resulta da presença de infiltrado celular na derme, às vezes com edema e vasodilatação (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002). Imagem 26 - Infiiltração Fonte: http://www.dermis.net/dermisroot/pt/22551/image.htm Imagem 27 - Infiltração Fonte: http://www.dermis.net/dermisroot/pt/22557/image.htm 1.5.5Esclerose É uma alteração da espessura da pele com aumento da sua consistência, tornando-se lardácea ou coriácea. A pele pode estar espessada ou adelgaçada, havendo hiper ou hipocromia associadas, não é depressível e o pregueamento é difícil ou impossível. Resulta de fibrose do colágeno (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002). Imagem 28 - Esclerose Fonte: http://www.medicinanet.com.br/m/conteudos/acp-medicine/4396/manifestacoes_cutaneas_das_doencas_sistemicas_%E2%80%93_mark_lebwohl_md.htm 1.5.6Atrofia É a diminuição da espessura da pele, localizada ou difusa, que pode se acompanhar de adelgaçamento da pele que, por isso, se torna fina, lisa, translúcida e pregueada (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002). Podem ser fisiológicas, como a atrofia senil, ou determinadas por agentes mecânicos ou físicos (estrias atróficas, radiodermite). As estrias são linhas de atrofia de cor acinzentada ou róseo-avermelhada. Aparece em qualquer parte do corpo em que a pele tenha sido mecanicamente forçada. Observa-se muito no abdômen de mulheres grávidas e em pessoas cuja parede abdominal foi distendida (ascite, obesidade). Ocorre devido a redução do número e volume dos constituintes teciduais (PORTO, 2009). Imagem 29 - Atrofia Fonte: http://fabianafisio.blogspot.com.br/2009/05/atrofia-cutanea-linear-estrias.html 1.5.7Cicatriz É uma lesão lisa, plana, saliente ou deprimida, sem os sulcos, poros e pêlos. É móvel, aderente ou retrátil. Associa atrofia com fibrose e discromia. É resultante da reposição de tecido destruído pela proliferação do tecido fibroso circunjacente. As cicatrizes podem ser róseo-claras, avermelhadas, ou adquirir uma pigmentação mais escura do que a pele ao seu redor (PORTO, 2009). Também podem ser deprimidas ou exuberantes, isto é, formando, o que se denomina “quelóide”. São classificadas em: a) Atrófica: Fina, pregueada, papirácea; b) Críbrica:Perfurada por pequenos orifícios; c) Hipertrófica: Nodular, elevada, vascular, com excessiva proliferação fibrosa, com tendência a regredir (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2002). Imagem 30 - Cicatriz Fonte: http://www.queloide.com.br/rotinadeconsulta.html Imagem 31 - Cicatriz Fonte: http://www.ivosalgado.com.br/cicatrizes.html 1.6Perdas e reparações teciduais São lesões provocadas por eliminação ou destruição patológicas, e por reparações dos tecidos cutâneos. Englobam desde escama, erosão ou exulceração, úlcera ou ulceração, fissura ou rágade, crosta, à escara e cicatriz (PORTO, 2014). 1.6.1Escamas São lâminas epidérmicas secas que tendem a se desprender da pele. São de duas classificacões. Caso apresentem aspecto de farelo são chamadas furfuráceas, caso apresentem aspecto de tiras, foliáceas ou laminares (PORTO, 2014). Há diversar afecções que se manifestam por descamações como as queimações por raios solares, a psoríase, a pitiríase versicolor e a caspa (PORTO, 2014). Imagem 32 – Escamas Fonte: http://www.tuasaude.com/ictiose/ 1.6.2Erosão ou exulceração É o simples desaparecimento da parte mais superficial da pele, estando apenas na epiderme. Pode ser traumática, sendo chamada de escoriação. Também pode ser não traumática, assim é secundária à ruptura de uma vesícula ou bolhas epústulas. Ao se regenerarem não deixam cicatrizes (PORTO, 2014). Imagem 33 – Escoriação Fonte: http://dicionariosaude.com/escoriacao/#arvlbdata 1.6.3Úlcera ou ulceração É a perda delimitada das estruturas que constituem a pele. Diferencia-se da escoriação pois chega a atingir a derme. Além do mais, a úlcera ou ulceração deixa cicatriz. Exemplos: úlcera crônica, lesões malignas da pele, leishmaniose (PORTO, 2014). Imagem 34 – Ulceração Fonte: http://www.medicinageriatrica.com.br/tag/vasculite/page/3/ 1.6.4Fissuras ou rágades Perda de substância linear, superficial ou profunda não causada por instrumento cortante, localizada normalmente no fundo de dobras cutâneas ou ao redor de orifícios naturais. Atinge a epiderme e a derme (PORTO, 2014). 1.6.5Crosta Quando há o ressecamente de secreção serosa, sanguínea, purulenta ou mista que recobre uma área cutânea previamente lesada ocorre a formação da crosta. Logo estão na fase final dos processos de cicatrização, impetigo, pênfigo foliáceo e nos eczemas. Pode ser facilmente removida, ou estar aderida firmemente aos tecidos subjacentes (PORTO, 2014). Imagem 35 – Crosta Fonte: https://dermoblog.wordpress.com/2010/09/ 1.6.6Escara É uma porção de tecido cutâneo necrosado devido a pressão isolada ou combinada com fricção e/ou cisalhamento. Essa porção é insensível, tem cor escura e é separada do tecido sadio por um sulco. O tamanho é muito variável. Ocorre principalmente em idosos e imobilizados (PORTO, 2014). Imagem 36 – Escara Fonte: http://www.enfermagemvirtual.net/2012/11/ulceras-de-pressao.html 1.6.7Cicatriz É a proliferação do tecido fibroso cincunjacente para repor um tecido destruído por trauma ou qualquer lesão cutânea e que evoluiu para a cura. Podem ser róseo-claras, avermelhadas, ou adquirir uma pigmentação mais escura do que a pele ao seu redor. Possuem formatos variados, e serem deprimidas ou exuberantes. As exuberantes são as cicatrizes hipertróficas e o queloide. Queloide é uma formação fibrosa rica em colágeno saliente, de consistência firme, róseo-avermelhada, bordas nítidas, frequentemente com ramificações curtas. Pode ser espontâneo ou, o que é mais frequente, secundário a qualquer agressão à pele (intervenção cirúrgica, queimadura e ferimentos) (PORTO, 2014). REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOEIRA, V. L. Propedêutica dermatológica. Lesões elementares. Liga Acadêmica de Dermatologia da Bahia. Bahia, 2012. Disponível em: < http://laderm-ba.webnode.com.br/news/les%C3%B5es-elementares/>. Acessado em 03/05/2015. CAVALCANTI, I. Principais temas em dermatologia para a residência médica. 2. ed. São Paulo: Medcel, 2006. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Dermatologia na Atenção Básica. Cadernos de Atenção Básica N9. Brasília, 2002. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guiafinal9.pdf>. Acessado em 04/05/2015. PORTH, C. M.; MATFIN, G. Fisiopatologia. 8. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010. 2v. PORTO, C. C. Semiologia médica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. PORTO, C. C Semiologia Médica. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. PORTO, C. C Semiologia Médica. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. RAMOS-E-SILVA, M. Fundamentos de dermatologia. Edição revista e atualizada. Rio de Janeiro: Atheneu, 2010. 2v.
Compartilhar