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UNIDADE I - Apostila - Anatomia e fisiologia da pele saudável e distúrbios estéticos corporais e faciais e bioética, biossegurança e primeiros socorros aplicados à Estética

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Mara Mira

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SUMÁRIO 
ANATOMIA 
Capítulo I – História da anatomia ..................................................................................................... 4 
Capítulo II – Definições e divisão ..................................................................................................... 8 
Capítulo III – Sistemas ................................................................................................................... 12 
Capítulo IV – Sistema vascular ...................................................................................................... 18 
Capítulo V – Sistema Linfático ....................................................................................................... 20 
Capítulo VI – Sistema muscular ..................................................................................................... 23 
Capítulo VII – Sistema tegumentar ................................................................................................. 31 
Capítulo VIII – Classificação da pele .............................................................................................. 39 
 
DERMATOLOGIA PATOLÓGICA E DISTÚRBIOS ESTÉTICOS 
Capítulo I – O diagnóstico dermatológico ........................................................................................ 44 
Capítulo II – Lesões elementares .................................................................................................... 45 
Capítulo III – Afecções do folículo piloso – Tricoses ....................................................................... 53 
Capítulo IV – Afecções ulcerosas .................................................................................................... 56 
Capítulo V – Tumores benignos da pele ......................................................................................... 57 
Capítulo VI – Neoplasias da pele ................................................................................................... 59 
Capítulo VII – Doenças infecciosas ................................................................................................ 64 
Capítulo VIII – Identificando problemas estéticos ........................................................................... 65 
Capítulo IX – Envelhecimento facial ............................................................................................... 72 
REFERÊNCIA ................................................................................................................................. 81 
 
BIOÉTICA NA ESTÉTICA 
Capítulo I – Introdução e história ..................................................................................................... 83 
Capítulo II – A bioética e seus fundamentos .................................................................................. 86 
Capítulo III – Termo de consentimento livre e esclarecido .............................................................. 88 
Capítulo IV – Leis dos profissionais da estética .............................................................................. 92 
Capítulo V – Vigilância Sanitária e Legislação .............................................................................. 132 
Capítulo VI – Primeiros socorros na estética ................................................................................ 142 
REFERÊNCIAS............................................................................................................................. 151 
 
 
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 
No decorrer desta Unidade serão abordadas a anatomia e a fisiologia do corpo humano com 
ênfase no sistema tegumentar e seus anexos. Esta unidade é fundamental para iniciarmos 
qualquer tipo de estudo, tratamento ou entendimento de qualquer distúrbio estético, saber como 
ocorre à fisiologia do sistema tegumentar torna-se fundamental na escolha do melhor tratamento, 
ou melhor, cosmético a ser aplicado. 
 
 
 
CAPÍTULO I - HISTÓRIA DA ANATOMIA 
 
Antes de iniciarmos o estudo da anatomia reflitam sempre sofre o que Rokitansky em 1876 dizia: 
 
“Ao te curvares com a rígida lâmina de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido, lembra-te que 
este corpo nasceu do amor de duas almas, cresceu embalado pela fé e pela esperança daquela 
que em seu seio o agasalhou. Sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens. Por 
certo amou e foi amado, esperou e acalentou um amanhã feliz e sentiu saudades dos outros que 
partiram. Agora jaz na fria lousa, sem que por ele se tivesse derramado uma lágrima sequer, sem 
que tivesse uma só prece. Seu nome, só Deus sabe. Mas o destino inexorável deu-lhe o poder e 
a grandeza de servir à humanidade. A humanidade que por ele passou indiferente”. 
 
Os primeiros estudos sobre anatomia iniciaram em 500 A.C., no sul da Itália pelo estudioso 
Alcméon de Crotona, a primeira dissecção que ele fez foi em animais. Os avanços desses estudos 
acontecerem no século III A.C. em Alexandrita por Herófilo e Erasístrato, eles foram os primeiros 
a realizar uma dissecção em corpo humano, mas em 150 A.C. a dissecção em corpo humano foi 
proibida pela igreja, mas a dissecção em animais seguia normal. Galeno no século II D.C. já havia 
dissecado quase todos os animais, desenvolvendo assim uma doutrina de “causa final”, esse 
sistema teológico requeria que os achados fisiológicos fossem confirmados e compreendidos. 
Com a chegada da guerra os estudos da anatomia recomeçaram por razões práticas. A palavra 
dissecar, também era usada para operação cesariana que cada vez eram mais frequentes 
(PETRUCELLI, 1997). 
Foi em 1460 que Ulrich Boner Der Edelstein pintou a primeira obra literária de anatomia, o livro foi 
publicado por Albrecht Plister. Em 1475 Konrad Megenberg publicou outro livro com imagens de 
gravuras em madeira de animais, o que também representava a anatomia (PETRUCELLI, 1997). 
O primeiro livro com ilustrações anatômicas reais foi a coleção de textos de autores 
contemporâneos “Fasciculus Mecidina”, datado de 1941, as ilustrações representação partes do 
corpo humano mostrando os pontos de sangria, mas os desenhos só se tornaram mais realistas 
em sua segunda edição em 1943(Figura 1) (PETRUCELLI, 1997). 
 
Figura 1 – Fasciculus Mecidina. 
Fonte: https://images.app.goo.gl/KTN1TkWZXUzUwRdY 
https://images.app.goo.gl/KTN1TkWZXUzUwRdY
 
 
No século XV D.C. os artistas renascentistas começaram a se interessar mais pelo formato do 
corpo humano, Leonardo da Vinci, ele foi o primeiro artista a descrever a anatomia em suas 
obras. As ilustrações de Da Vinci eram tão precisas que muitas vezes suas anotações tinham tipo 
fisiológico. Outro artista que foi de grande importância no quesito ilustração da anatomia humana 
foi Michelangelo Buonarotti, ele passou vinte anos praticando a dissecção no convento de Santo 
Espírito em Florença, posteriormente expôs a evolução de seus estudos. Jacob Berengario foi o 
autor da obra “Commentaria super anatômica mundini”, obra essa que contém as primeiras 
ilustrações anatômicas ao natural(Figura 2) (FIGUEIRA, 2013). 
 
Figura 2 – Commentaria super anatômica mundini. 
 
Fonte:https://www.christies.com/lotfinder/Lot/berengario-da-carpi-giacomo-c1460-1530-carpi- 
commentaria-6011015-details.aspx 
 
 
Foi no século XVIII/XIX, que os estudos da anatomia tiveram uma subdivisão, isso devido as 
técnicas operatórias que davam uma maior importância a anatomia topográfica. Assim o chamado 
estudo anatômico clínico de cadáver foi introduzido por Giovan Battista Morgani ficou mais segura 
para o estudo de alterações provocadas por patologias, surgindo assim a anatomia patológica 
permitindo grandes descobertas no campo celular por Rudolf Virchow e as doenças infecciosas 
por Pasteur e Koch (FIGUEIRA, 2013). 
Atualmente o estudo da anatomia é submicroscópica, a fisiologia, bioquímica, microscopia 
eletrônica, tudo aplicado as células são as estruturas mais descritas em nívelmolecular. Também 
temos que lembrar que devido a tomografia computadorizada, raio X, tomografia por emissão de 
positrões, ressonância magnética, é possível estudar a anatomia em vivos. 
 
Episódio curioso no estudo da anatomia 
 
 
Na Grã Bretanha no século XVIII teve um grande centro de estudo de anatomia, ela ocupava a 
catedral de anatomia, como era chamada, e foi comandada pela dinastia dos Monro por três 
gerações, o primeiro foi Alexandre Monro de 1720 a 1758, foi substituído pelo seu filho 
Alexandre Monro segundo que teve um destaque nas obras de anatomia em 1797, seu sucessor 
http://www.christies.com/lotfinder/Lot/berengario-da-carpi-giacomo-c1460-1530-carpi-
 
 
foi seu filho Alexandre Monro terceiro, que por não ter a mesma sabedoria dos seus antecessores 
levou a universidade da anatomia ao declínio. 
Naquela época o ensino paralelo em escolas e cursos privados eram permitidos, por isso o estudo 
da anatomia se destacava entre os cursos extracurriculares, um dos maiores professores da 
época foi Robert Knox médico do exército como cirurgião auxiliar, ele foi assistente do Dr. John 
Barclay que entre 1821 e 1823 publicaram vários trabalhos científicos anatômicos, personagens 
deste episodio que irei destacar. Dr. Knox firmou-se como professor de anatomia na escola do Dr. 
Barclay e suas aulas eram muito concorridas devido a demonstração prática de dissecção de 
cadáveres. Em 1826 Dr. Knox assumiu a direção da escola após o falecimento do Dr. Barclay, 
naquele ano a escola estava com 300 alunos matriculados. 
Os cadáveres para realização da dissecção eram conseguidos legalmente, os criminosos 
condenados a pena de morte não podia ter um sepultamento digno em terreno santificado da 
igreja, assim esses corpos eram usados na dissecação do estudo de anatomia, mas esse número 
era insuficiente para prover as necessidades do ensino da anatomia. Surgia assim o mercado 
negro de cadáveres, os quais eram exumados por ladrões de cemitério e vendidos as escolas, 
mas como não tinham método de conservação esses corpos precisavam ser frescos. 
William Hare e William Burke (Figura 3), eram ladrões de cemitério e residiam em uma pensão na 
Inglaterra, o proprietário veio a falecer e William Hare casou-se com a viúva Margaret. Em 1827 
um dos pensionistas, um idoso faleceu e deixou uma dívida alta na pensão, neste momento Hare 
teve a ideia de vender seu corpo para quitar a dívida da pensão, assim junto de Burke simularam 
o sepultamento e venderam seu corpo para Dr. Know por um valor alto para época de 7,1 
libras.Com o sucesso da operação lucrativa, idealizarão um plano para substituir a venda de 
cemitério, se tratava em atrair para pensão pessoas desamparadas, pedinte de rua, pessoas que 
se morressem não seriam notados pela sociedade. Essa vítima era embriagada e morta por 
asfixia, pois não deixava vestígio da causa da morte, Burke era o responsável pela morte e Hare 
negociava a venda dos corpos. 
 
Figura 3 – Hare e Burke. 
Fonte: https://images.app.goo.gl/QCMVwy4m1EiquYbj6 
 
 
 
 
Em 1828 a escola do Dr. Knox teria recebido ao menos 16 corpos, assim sempre tinha peças 
bem conservadas em ótimo estado, os alunos começaram a desconfiar, devido a escassez 
habitual. 
A última vítima foi uma irlandesa, Mary Docherty, simplesmente desapareceu da pensão de um 
dia para o outro, o que levantou suspeita dos outros hospedes, o casal Gray encontrou o corpo da 
vítima escondida embaixo da cama, assim avisaram a polícia, porém quando chegaram o corpo já 
não estava lá mais. 
Alguns vizinhos contaram para polícia que viram dois homens carregando uma caixa de madeira, 
como já tinham suspeitas da escola do Dr. Knox os policiais se dirigiram para o local, onde 
encontraram a vítima. Hare e Burke foram presos, mas com não tinha provas concretas do 
assassinato, pressionaram Hare que acabou contando toda a verdade e foi colocado em liberdade 
e Burke foi julgado e condenado a forca, antes de ser enforcado ele assumiu as mortes, sua 
execução ocorreu no dia 28 de janeiro de 1829 e foi assistida por um multidão de milhares de 
pessoas, fazia parte da sentença que seu corpo fosse publicamente dissecado pelo Prof. 
Alexandre Monro terceiro, o que foi feito. Devido o tumulto que se formou parte de sua pele foi 
roubada, tempos depois foi encontrado livros encadernados com sua pele, um desses livros está 
exposto no museu de anatomia de Edimburgo junto de seu esqueleto (Figura 4). 
 
Figura 4 – Livro com pele de Burke. 
Fonte:http://oaprendizverde.com.br/2017/06/21/serial-killers-william-burke-william-hare-
assassinatos- em-west-port/ 
 
Já Dr. Knox não conseguiram comprovar sua culpa, mas seu curso teve uma evasão grande dos 
alunos, em 1831 sentindo-se constrangido deixou a universidade assim como o cargo de 
conservador do museu e mudou para Londres onde viveu até seus últimos dias. 
Este episódio repercutiu no parlamento britânico em 1832, onde o Anatomy Act passou a ser 
permitido o uso de cadáveres não reclamado por seus familiares para o ensino de anatomia, 
extinguindo assim o mercado negro de venda de corpos. Foi tão significante este episódio que 
teve um marco na língua inglesa com a criação do neologismo burkism e do verbo to burk, no 
sentido de sufocar, matar alguém para vender o cadáver, assassinar sem deixar vestígio. 
 
 
http://oaprendizverde.com.br/2017/06/21/serial-killers-william-burke-william-hare-assassinatos-
http://oaprendizverde.com.br/2017/06/21/serial-killers-william-burke-william-hare-assassinatos-
 
 
CAPÍTULO II - DEFINIÇÕES E DIVISÃO 
 
Anatomia refere-se ao estudo da estrutura e das relações e das relações entre as estruturas. 
• ANATOME = CORTE EM PARTES / CORTAR SEPARANDO 
Fisiologia refere-se à função das partes do corpo e como elas trabalham (PHYSIS+LÓGOS+IA) 
(NETTER, 2015). 
A função nunca é separada completamente da estrutura, por isso sempre estudamos a anatomia 
em conjunto da fisiologia humana. Cada estrutura designa uma função, exemplo os ossos do 
crânio estão unidos firmemente para proteger o encéfalo (NETTER, 2015). 
Somos formações a partir (Figura 5): 
• Átomo Menor unidade de matéria 
• Molécula União de 2 ou mais moléculas 
• Célula União de moléculas (unidade básica, estrutural e funcional) 
• Tecido União de células (conjuntivo, epitelial, muscular e nervoso) 
• Órgão União de 2 ou mais tipos de tecidos diferentes 
• Sistema União de alguns órgãos que tem mesma função 
• Corpo humano União de todos os sistemas orgânicos (NETTER, 2015) 
 
Figura 5 – Formação do organismo humano. 
Fonte: https://images.app.goo.gl/xrEH5V8dvGaVwKw7A
 
 
Podemos ainda dividir a anatomia macroscópica em: 
 
 
• Anatomia sistemática ou descritiva: estuda de modo analítico, ou seja, separadamente em 
várias estruturas dos sistemas, como por exemplo: esqueleto, musculo etc. 
• Anatomia topográfica ou regional: estuda de modo sintético, reúne elementos diferentes e 
une todos em uma relação só 
• Anatomia de superfície ou do vivo: estuda a compreensão da semiologia clínica 
• Anatomia funcional:estuda segmentos funcionais do corpo humano 
• Anatomia aplicada: conhecimento anatômico para as atividades clínica, cirúrgica e artísticas 
• Anatomia radiológica: estuda o corpo usando as propriedades do raio X 
• Anatomia comparada: estuda a anatomia de diferentes espécies animais com particular 
enfoque aodesenvolvimento ontogenético e filogenético dos diferentes órgãos. 
(NETTER, 2015) 
 
 
 
Divisão do corpo humano 
 
 
1) Cabeça (pescoço). 
2) Tronco. 
a) Tórax. 
b) Abdome. 
3) Membros. 
a) Superiores. 
i. Ombros (raiz). 
ii. Braços. 
iii. Antebraços. 
iv. Mãos. 
b) Inferiores. 
i. Quadril (raiz). 
ii. Coxas. 
iii. Pernas. 
iv. Pés. (NETTER, 2015) 
 
 
Posição anatômica 
 
 
A posição anatômica consiste em uma convenção internacional de descrições do corpo 
humano, onde o corpo esteja posicionado em uma posição 
específica,chamada de posição anatômica. 
É considerado posição anatômica quando o indivíduo está: 
 
 
• Posição ereta 
• Posição ortostática 
• Face voltada para frente 
• Membros superiores estendidos paralelos ao tronco com as palmas 
das mãos voltada para frente 
• Membros inferiores unidos, com dedos dos pés voltado 
para frente. (NETTER, 2015) 
 
Planos de Inscrição 
 
 
Planos de inscrição ou planos de delimitação, são planos tangentes a superfície do corpo. 
Temos os seguintes planos: 
• Ventral ou anterior => plano vertical tangente ao ventre 
• Dorsal ou posterior => plano vertical tangente ao dorso 
• Lateral direito => plano vertical tangente ao lado do corpo 
• Lateral esquerdo => plano vertical tangente ao lado do corpo 
• Cranial ou superior => plano horizontal tangente à cabeça 
• Podal ou inferior => plano horizontal tangente à planta dos pés (NETTER, 2015) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Planos de secção 
 
 
A partir do plano de inscrição temos determinado os planos de secção; 
unindo o centro de dois planos de inscrição obtemos: 
 
• Plano sagital => corta o corpo no sentido antero posterior, 
possui esse nome porque passa exatamente na sutura sagital 
do crânio. Determina lad direito e esquerdo 
• Plano coronal => corta o corpo lateralmente, de uma orelha 
a outra. Determina se uma estrutura é anterior ou posterior. 
• Plano transversal => corta o corpo transversalmente, também 
é chamado de plano axial. Através desse plano podemos 
dizer se uma estrutura é superior ou inferior (NETTER, 2015) 
 
Termos e situações 
 
 
Existem alguns termos que devemos conhecer: 
• Estruturas superficiais são aquelas contidas no tegumento 
• Estruturas profundas estão abaixo do tegumento. 
• Mediano: situada exatamente ao longo do plano de secção mediano. 
• Médio: quando as estruturas estão alinhadas na direção 
 craniocaudal ou ântero-dorsal. 
• Intermédio: quando as estruturas estão em alinhamento látero- lateral. 
• Proximal e Distal. esses termos são usados para comparar 
a distância de pelo menos duas estruturas. 
• Proximal: estrutura que se encontra mais próxima do tronco. 
• Distal: estrutura que se encontra mais distante do tronco. 
 
 
CAPÍTULO III - SISTEMAS 
 
Os principais sistemas são: 
• Esquelético (Figura 6). 
o Principais funções: sustentação, movimento e proteção. 
o Principais componentes: ossos e articulações 
 
Figura 6 – Sistema Esquelético 
Fonte: https://images.app.goo.gl/dr26TZAN2cLz5nC5A 
 
 
• Muscular (Figura 7) 
o Principais funções: sustentação e movimento. 
o Principais componentes: músculos e tendões. 
 
Figura 7 – Sistema muscular. 
Fonte: https://images.app.goo.gl/S24kbza3qR2ps6sR7 
 
 
• Tegumentar (Figura 8) 
o Principais funções: proteção, controle da temperatura. 
o Principais componentes: pele (epiderme e derme) e tecido subcutâneo (hipoderme). 
 
Figura 8 – Sistema tegumentar 
Fonte: https://images.app.goo.gl/iLAdEf5gW3XtvGL68 
 
 
• Nervoso (Figura 9) 
o Principais funções: perceber e identificar as condições ambientais externas, bem como as 
condições reinantes dentro do próprio corpo e elaborar respostas que adaptem a essas 
condições. 
o Função Sensorial, Integrativa e Motora. 
o Principais componentes: Sistema Nervoso Central (encéfalo e medula) e Sistema Nervoso 
Periférico. 
 
Figura 9 – Sistema nervoso 
Fonte: https://images.app.goo.gl/SMj1SH2Cn6FiaLbZ8 
 
 
• Endócrino (Figura 10) 
o Principais funções: junto com o sistema nervoso, promove a manutenção do equilíbrio do 
organismo (homeostase), por meio do controle das funções biológicas. 
o Principais componentes: Pineal ou Epífise, Hipófise (Pituitária), Tireóide e Paratireóide (abaixo 
da laringe) , Supra-renais (superior aos rins), Pâncreas, Ovários e Testículos. 
 
Figura 10 – Sistema endócrino. 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/Xc7WAc6guFuiJZnz8 
 
 
• Circulatório (Figura 11) 
o Principais funções: transporte de O2, nutrientes, hormônios para as células e remoção de 
produtos indesejáveis; defesa do organismo 
o Principais componentes: coração, vasos (artérias, veias e capilares). 
 
Figura 11 – Sistema circulatório 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/8gxHeHCUAJUKeAYJA 
 
 
• Respiratório (Figura 12) 
o Principais funções: trocas gasosas (captação de O2 – remoção de CO2). 
o Principais componentes: cavidades (ou fossas) nasais, faringe, laringe, traqueia (que se 
ramifica nos brônquios), alvéolos e pulmões. 
 
Figura 12 – Sistema respiratório. 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/wZBwvknzDqtPDj3C8 
 
 
• Digestivo (Figura 13) 
o Principais funções: realiza a digestão: quebra de alimentos, absorção dos componentes 
nutritivos e eliminação de substâncias indesejáveis). 
o Principais componentes: boca (língua, dentes etc.), faringe, esôfago, estômago, intestino 
delgado, intestino grosso, reto e ânus. Possui glândulas anexas: glândulas salivares, fígado e 
pâncreas 
 
Figura 13 – Sistema digestivo. 
Fonte: https://images.app.goo.gl/Ddqw9kg28PsaNadSA 
 
 
• Urinário (Figura 14) 
o Principais funções: excreção de substâncias tóxicas, o equilíbrio hídrico e o controle de íons. 
o Principais componentes: dois rins, dois ureteres, bexiga e uretra. 
 
Figura 14 – Sistema urinário. 
Fonte: https://images.app.goo.gl/3AMWf78FwB8um81b6 
 
 
• Genial masculino (Figura 14) 
o Principais funções: reprodução. 
o Principais componentes: bolsa escrotal, testículos, epidídimos, canais deferentes, uretra, 
vesículas seminais, próstata e pênis. 
 
Figura 14 – Sistema genital masculino. 
Fonte: https://images.app.goo.gl/y1Tq2igF8QoWibNw9 26/01/21 
 
 
• Genital feminino. (Figura 15) 
o Principais funções: reprodução. 
o Principais componentes: ovários, trompas, útero e vagina. 
Figura 15 – Sistema genital feminino 
Fonte: https://images.app.goo.gl/6MPzfhHhzw8J1jQ48 (NETTER, 2015) 
 
 
Nesta apostila será abordada o enfoque do sistema vascular, muscular e sistema tegumentar, 
visto que o foco é estético. 
 
 
CAPÍTULO IV- SISTEMA VASCULAR 
 
 
A função básica deste sistema é ofertar nutrição e oxigenação para todas as células. 
Ele transporta material nutritivo que foi absorvido pela digestão e o oxigênio da respiração para 
todas as células, ao mesmo tempo que recolhe os resíduos metabólicos levando até seu local de 
excreção. 
 
Formado pelo coração, vasos, sangue e linfa é um sistema do tipo fechado, ou seja, que não tem 
comunicação com meio externo. 
 
• Coração: órgão responsável pelo bombeamento e oxigenação do 
sangue, trata-se de um músculo, oco, situado na porção mediastinal da 
cavidade torácica, entre o osso esterno e a coluna vertebral, abraçado 
pelos pulmões e acima dodiafragma. Está disposto obliquamente e seu 
ápice mais inclinado para o lado esquerdo do plano mediano, conforme 
visualizamos. O 
ápice do coração,situado na região inferior, é mais lateral, enquanto a 
base é medial. Na base do coração estão os grandes vasos que chegam e 
saem deste órgão (SOBOTTA, 2008). 
• Vasos Sanguíneos: compostos por artérias, veias e capilares. As artérias são tubos cilindróides 
e elásticos que conduzem o sangue oxigenado do coração para as demais estruturas corpóreas, 
artérias têm uma elasticidade que se adapta à demanda de fluxo sanguíneo e permite o controle 
dos níveis pressóricos. Quanto mais distantes do coração menos calibrosas estas estruturas se 
apresentam. As veias são estruturas cilíndricas responsáveis por recolher o sangue que sofreu 
trocas gasosas com os tecidos do corpo de volta ao coração. As válvulas ao receberem um 
impulso que direciona o sangue no sentido do coração, abrem-se permitindo que o sangue circule 
livremente. Quando o impulso termina a tendência natural seria que o sangue retornasse no 
sentido oposto à trajetória do coração. Porém, as válvulas impedem que isto ocorra, fechando-se, 
formando uma estrutura similara uma bolsa que impede o retorno do sangue. Ao ocorrer um novo 
impulso este sangue continua seu percurso e isto ocorre até que este líquido atinja o coração 
(SOBOTTA, 2008). 
• Grandes Vasos do Coração: a distribuição do sangue para o corpo ocorre através dos grandes 
vasos situados na base do coração. No átrio direito chegam às veias cavas, inferior e superior 
trazendo sangue do corpo para o coração. No átrio esquerdo chegam às veias pulmonares, que 
carregam sangue rico em oxigênio dos pulmões até o coração. O tronco pulmonar, formado pelas 
artérias pulmonares direita e esquerda, sai do ventrículo direito em direção aos pulmões, do 
ventrículo esquerdo, sai a artéria aorta, que leva sangue rico em oxigênio para o corpo 
(SOBOTTA, 2008). 
 
 
 
 
• Linfa: a composição é praticamente a mesma do sangue, com exceção da existência de 
glóbulos vermelhos, o que faz a linfa ser de coloração transparente. Por ela circulam além das 
impurezas retidas do meio intersticial, proteínas, hormônios, glóbulos brancos e, ocasionalmente, 
dos intestinos ao fígado, nutrientes (moléculas de gordura) (SOBOTTA, 2008). 
 
Circulação do sangue 
Existem basicamente dois tipos de circulação sanguínea (Figura 16): 
• Pulmonar: o sangue rico em gás carbônico passa do átrio direito para o ventrículo direito e é 
em seguida impulsionado para o tronco pulmonar e 
artérias pulmonares até a rede de capilares dos pulmões (HOHEN, YOCOCHI, LUTJEN- 
DRECOL, 2007) 
• Sistêmica: o sangue rico em oxigênio sai dos pulmões pelas veias pulmonares e chega ao átrio 
esquerdo dirigindo-se ao ventrículo direito que o encaminha para a artéria aorta e desta para o 
restante do corpo. Um esquema com os dois tipos de circulação (HOHEN, YOCOCHI, LUTJEN-
DRECOL, 2007). 
 
Figura 16 – Circulação 
Fonte: https://images.app.goo.gl/Rjkfa7UE1swMVQUx9 
 
 
CAPÍTULO V- SISTEMA LINFÁTICO 
 
Sistema de drenagem auxiliar do sistema circulatório. Responsável por 
transportar o líquido tecidual do corpo, chamado de linfa. Este sistema é 
composto 
pelos vasos linfáticos, órgãos linfoides (timo, baço e linfonodos), estruturas que 
funcionam comofiltros do líquido transportado pelos vasos. 
A principal relação entre o sistema linfático e o sistema circulatório é que 
grandes moléculas de líquido tecidual têm dificuldade para penetrar nos 
capilares sanguíneos, assim é necessário que os capilares linfáticos, mais 
calibrosos, conseguem realizar esse transporte. É importante ressaltar que o 
sistema linfático tem o chamado fundo cego, ou seja, um sistema de uma única 
direção, somente conduz a linfa para a corrente circulatória, não existe via de 
retorno. 
Os troncos linfáticos são: 
• Ducto torácico: se origina na cisterna de quilo, uma dilatação que ocorre na região abdominal. 
Ele recebe a linfa de todo o resto do corpo, e desemboca na junção entre veia subclávia esquerda 
com a veia jugular interna esquerda (Figura 17). 
• Ducto linfático direito: recebe a linfa do membro superior, direito, do lado direito da cabeça, do 
pescoço e do tórax; e acaba na anastomose da veia subclávia direita com a veia jugular interna 
direita (Figura 17). 
 
Figura 17 – Ductos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/YKSxWJVMHshR2dcx5 
 
 
Antes de passar para o sistema circulatório, a linfa é coletada pelos capilareslinfáticos, passando 
para os vasos linfáticos, chegando à linfa chega aos troncos linfáticos, estes, porsua vez, 
desembocam nas veias mais calibrosas, onde depositam a linfa (Figura 18). 
 
Figura 18 – Circulação linfática. 
Fonte: https://images.app.goo.gl/Gykvq28jrWb5awow8 
 
 
 
Estruturas do Sistema Linfático 
 
 
Iremos explicar aqui os órgãos linfóides os linfonodos, o baço e o timo. 
• Linfonodos: são estruturas de defesa do organismo, evitando que 
substâncias e microrganismos estranhos penetrem na corrente 
sanguínea.Possuem formas e tamanhos variados, podem estar 
isolados, mas apresentam-se geralmente em grupos, principalmente 
na região inguinal, na axila e no pescoço. 
• Baço: é o maior órgão do sistema linfóide. Apresenta duas faces: a 
diafragmática (em contato com a região inferior do diafragma) e 
visceral. Na face visceral, encontra-se o hilo do baço, uma fenda 
onde penetram nervos e vasos, incluindo a veia esplênica, que tem a 
função de drenar o sangue do baço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Timo: órgão linfoide que apresenta dois lobos, sua função é 
produzir linfócitos. Está situado parcialmente no pescoço e no tórax, 
se estendendo desde a parte inferior da tireoide até a quarta 
cartilagem costal. O timo cresce até o período da puberdade, depois 
passa a se contrair até ser substituído por tecido adiposo 
 
• Tonsilas: são massas pequenas de tecido linfóide incluídas 
na mucosa de revestimento das cavidades bucal e faríngea. As 
tonsilas palatinas (amígdalas) estão localizadas na parede 
póstero-lateral da garganta, uma de cada lado. Ambas as 
tonsilas atuam como uma defesa adicional contra invasão 
bacteriana. 
 
 
CAPÍTULO VI - SISTEMA MUSCULAR 
 
Sistema muscular trata-se do conjunto de músculos, estima-se que nosso corpo tenha 650 
músculos e representam 40% a 50% do peso corporal total, a formação de um musculo se dá por 
tecido originado pelo mesoderma.Os músculos possuem forma e comprimento variável, são 
formados por miócitos e que se inserem ao osso através do tendão, sua principal característica é 
a capacidade de contração e relaxamento (GUYTON & HALL, 2017). 
Possuímos três tipos de músculos: liso, estriado esquelético e estriado cardíaco. Se formos levar 
em consideração o exercício podemos classificar em voluntário e involuntário também. 
 
• Músculo liso: músculo involuntário, o estímulo para a contração é 
Mediado pelo sistema nervoso vegetativo. Encontrado na parede das 
vísceras tubulares, como por exemplo vasos sanguíneos e intestino. 
 
• Músculo estriado cardíaco: tipo especializado de músculo que forma a 
parede do coração, também chamado de miocárdio. Controla os batimentos 
cardíacos, músculo é involuntário, como o músculo liso, e é estriado, como o 
músculo esquelético. 
 
• Músculo estriado esquelético: está fixado aos ossos, através dos tendões. 
As contrações exercem força nos ossos e então eles se movimentam e 
consequentemente é o responsável por diversas atividades, como levantar 
objetos e andar ou correr. São os únicos músculos voluntários do corpo. 
Para que haja movimento, os músculos estriados normalmente firmam-se em 
duas extremidades: 
• Origem: imóvel presa à peça óssea que não se desloca. 
• Inserção: móvel, presa à peça óssea que se desloca. (GUYTON & HALL, 2017). 
 
 
Quanto à Situação dos músculos temos: 
• Músculos Superficiais ou Cutâneos: são os músculos que se encontram logo abaixo da pele, 
onde devem apresentar no mínimo uma de suas inserções na camada profunda da pele. 
Podemos encontrá-los no crânio e na face, no pescoço e na região hipotênar da mão. 
• Músculos Profundos ou Subaponeuróticos: este grupo de músculos não apresenta inserções 
na camada profunda da pele, insere-se na maioria das vezes nos ossos. Sua localização se dá 
logo abaixo da fáscia superficial. (GUYTON 
& HALL, 2017). 
 
 
 
 
 
 
Quanto à Forma do Ventre classificam-se: 
• Músculo Longo: O comprimento predomina sobre a largura e permanece constante 
em todo o músculo. Está localizado mais superficialmente e seu comprimento pode 
passar duas ou mais articulações. Podemos citar como exemplo o músculo bíceps braquial. 
• Músculo Largo: o comprimento e a largura se equivalem. Este tipo de 
músculo é encontrado nas paredes das grandes cavidades, como tórax e 
abdome, podemos citar o músculo diafragma, o subescapular. 
• Músculo Curto: encontrado nas articulações, seu movimento tem pouca 
amplitude, fato que não exclui sua força e nem especialização, podemos citar os 
músculos da mão. (TOMITA,2012) 
 
Quanto à Disposição da Fibra Muscular: 
 
 
• Transverso: perpendicular à linha média e podemos citar como exemplo o músculo transverso 
abdominal. 
• Reto: paralelo à linha média e podemos citar como exemplo o músculo reto abdominal. 
• Obliquo: diagonalmente à linha média, exemplo desse músculo temos o oblíquo externo. 
 
Quanto à Função: 
A realização de algum movimento, são envolvidos vários músculos além daquele diretamente 
responsável por ele. São os seguintes: 
 
• Músculo Agonista: agente principal de um movimento, esse músculo se contrai ativamente para 
produzir um movimento desejado. Ex.: músculos flexores dos dedos, quando apertamos a mão de 
uma pessoa. 
• Músculo Antagonista: quando um músculo se opõe ao trabalho de um agonista, regulando 
força e velocidade do movimento. Ex.: músculos extensores dos dedos, não deixando apertar com 
força nem rapidez a mão da pessoa. 
• Músculo Sinergista: músculo que tem função de estabilizar as articulações para que não 
ocorram movimentos indesejáveis durante uma ação normal. Ex.: um dos músculos sinergista do 
movimento de abdução da coxa é o reto femoral. 
• Músculos Fixadores ou Posturais: sua atuação não está diretamente relacionada ao 
movimento, mas sim na fixação de um segmento do corpo para permitir um apoio básico nos 
movimentos executados por outros músculos. (TOMITA, 2012) 
 
Quanto ao tônus muscular: 
 
 
Quando os músculos se mantêm em um estado de contração parcial, chamamos de tônus 
muscular, que é causado pela estimulação nervosa, e é um processo inconsciente que 
mantém os músculos preparados para entrar em ação. 
 
 
Principais músculos para estética facial 
 
 
Os músculos da face são referidos como músculos da expressão facial, têm suas origens nos 
ossos do crânio, alguns se iniciam na fáscia superficial da face. A maioria desses músculos se 
insere na pele da região e a movimentam como se fosse uma articulação. Já os músculos do 
pescoço são localizados em um de dois triângulos (trígonos), anterior que são separados do 
posterior pelo músculo esternocleidomastóide, músculo este que se apresenta diagonalmente 
através damargem lateral do pescoço desde o processo mastoide do osso temporal até o 
ossoesterno e a clavícula. 
Observe a figura 19, correlacionada com os músculos abaixo: 
1- Músculo Occipitofrontal (Ventre frontal) 
a. Origem: pele das sobrancelhas. 
b. Inserção: aponeurose epicrânica. 
c. Inervação: nervo facial (VII). 
d. Função: responsável por franzir a fronte e elevar as sobrancelhas. 
2- Músculo prócero 
a. Origem: osso nasal e parte superior da cartilagem lateral do nariz. 
b. Inserção: pele parte inferior a fronte, entre as sobrancelha. 
c. Inervação: nervo facial (VII). 
d. Função: responsável por tracionar para baixo o ângulo medial das sobrancelhas, produzindo 
rugas transversais sobre o nariz. 
3- Músculo Corrugador 
a. Origem: extremidade medial do arco supercilia. 
b. Inserção: superfície profunda da pele. 
c. Inervação: ramo temporal e zigomático do nervo facial. 
d. Função: traciona a sobrancelha para baixo e medialmente, produzindo rugas verticais na 
fronte, músculo de expressão de sofrimento. 
4- Músculo orbicular dos olhos 
a. Origem: parte nasal do osso frontal (porção orbital), processo frontal do maxilar, crista lacrimal 
posterior (porção lacrimal) e da superfície anterior e bordas do ligamento palpebral medial (porção 
palpebral). 
b. Inserção: Circunda a órbita, como um esfíncter. 
c. Inervação: ramos temporais e zigomáticas do nervo facial. 
d. Função: Fechamento ativo das pálpebras. 
 
 
 
5- Músculo nasal 
a. Origem: Porção Transversal – Maxila, acima e lateralmente à fossa incisiva. Porção Alar – Asa 
do nariz. Porção Transversal – Dorso do nariz. Porção Alar – Imediações do ápice do nariz. 
b. Inervação: Ramos bucais do nervo facial. 
c. Função: Dilatação do nariz. 
6- Músculo levantador do lábio superior e asa do nariz 
a. Origem: processo frontal do maxilar. 
b. Inserção: se divide em dois, um inserido na cartilagem malar maior e outro se prolonga no 
lábio superior. 
c. Inervação: ramos bucais do nervo superior. 
d. Função: dilatar a narina e levantar o lábio superior. 
7- Músculo zigomático menor 
a. Origem: superfície malar do osso zigomático. 
b. Inserção: lábio superior. 
c. Inervação: ramos bucais do nervo facial. 
d. Função: auxilia na elevação dos lábios e acentua sulca nasolabial. 
 
8- Músculo zigomático maior 
a. Origem: superfície malar do osso zigomático. 
b. Inserção: ângulo da boca. 
c. Inervação: ramos bucais do nervo facial. 
d. Função: traciona o ângulo da boca para trás e para cima (risada). 
9- Músculo risório 
a. Origem: fáscia do masseter. 
b. Inserção: pele no ângulo da boca. 
c. Inervação: ramos mandibular e bucal do nervo facial. 
d. Função: retrai o ângulo da boca lateralmente (riso forçado). 
10- Músculo depressor do lábio inferior 
a. Origem: Linha oblíqua da mandíbula. 
b. Inserção: Tegumento do lábio inferior. 
c. Inervação: Ramos mandibular e bucal do nervo facial. 
d. Função: Repuxa o lábio inferior diretamente para baixo e lateralmente (expressão de ironia). 
 
 
 
 
11- Músculo orbicular dos lábios 
a. Origem: Parte marginal e parte labial. 
b. Inserção: em cima da boca. 
c. Inervação: Ramos bucais do nervo facial. 
d. Função: Fechamento direto dos lábios. 
12- Músculo bucinador 
a. Origem: Superfície externa dos processos alveolares da maxila, acima da mandíbula. 
b. Inserção: Ângulo da boca. 
c. Inervação: Ramos bucais do nervo facial. 
d. Função: Deprime e comprime as bochechas contra a mandíbula e maxila. Importante para 
assobiar e soprar. Importante músculo acessório na mastigação. 
13- Músculo platisma 
a. Origem: Fáscia sobre as porções superiores dos músculos peitoral maior e deltóide 
b. Inserção: Limite inferior da mandíbula (fibras mediais); pele, tecidos subcutâneos e músculos 
ao redor da boca. 
c. Inervação: Ramo cervical do nervo facial. 
d. Função: Depressão da mandíbula, movendo os cantos da boca inferiormente, tensiona a pele 
do pescoço anterior. 
 
Figura 19 – Músculos da face 
 
 
Fonte: Profa. Taís A. Menegat 2019 (Adaptado de NETTER, 2015). 
 
 
 
 
 
Principais músculos para estética corporal 
 
 
Os músculos do dorso são classificados como intrínsecos ou extrínsecos, com base na sua 
origem embrionária e inervação. Os músculos intrínsecos são profundos e são inervados pelos 
ramos posteriores dos nervos espinais, quanto aos extrínsecos estão envolvidos com os 
movimentos dos membros superiores e da parede torácica, são inervados por ramos anteriores e 
nervos espinais. 
 
Observe a figura 20, correlacionando os números abaixo: 
1- Músculo peitoral maior 
a. Origem: origina-se na metade medial da clavícula e superfície anterior do esterno, primeiras 
sete cartilagens costais e na aponeurose do músculo oblíquo externo do abdome. 
b. Inserção: insere-se na parte proximal do úmero mais precisamente na crista do tubérculo 
maior do úmero. 
c. Inervação: inervado pelos nervos peitorais, medial e lateral. 
d. Função: adução, rotação medial e flexão do úmero no ombro. 
 
2- Músculo diafragma 
a. Origem: origina-se no processo xifoide, face interna das seis últimas costelas e vértebras 
lombares. 
b. Inserção: insere-se no centro tendíneo do diafragma. 
c. Inervação: inervado pelo nervo frênico e seis últimos nervos intercostais (propriocepção). 
d. Função: a sua função principal é a inspiratória, diminuindo dessa forma a pressão interna da 
caixa torácica permitindo a entrada do ar nos pulmões, estabilização da coluna vertebral e 
expulsões como o vômito, o parto, a micção e a defecação. 
 
3- Músculo Oblíquo Externo do Abdome 
a. Origem: origina-se na face externa das oito costelas inferiores. 
b. Inserção: insere-se na linha branca e metade anterior da crista ilíaca. 
c. Inervação: inervado pelos ramos anteriores dos seis últimosnervos torácicos espinais. 
d. Função: tem como função comprimir a cavidade abdominal pélvica, auxilia na flexão e rotação 
da coluna vertebral. 
 
4- Músculo reto abdominal 
a. Origem: origina-se na púbica. 
b. Inserção: insere-se no processo xifóide e cartilagens costais da quinta a sétima costelas. 
c. Inervação: inervado pelos ramos anteriores dos sete últimos nervos torácicos. 
 
 
d. Função: tem como função comprimir o conteúdo abdominal, flexionar a coluna vertebral e 
tensionar a parede abdominal. 
 
5- Músculo piramidal 
a. Origem: origina-se na fáscia anterior do púbis e sínfise púbica. 
b. Inserção: insere-se no interior da linha Alba. 
c. Inervação: inervado pelo ramo anterior de T12. 
d. Função: tem como função tracionar a linha Alba 
 
6- Músculo Bíceps braquial 
a. Origem: Porção Longa: Tubérculo supra-glenoidal. Porção Curta: Processo Coracóide. 
b. Inserção: Tuberosidade radial. 
c. Inervação: Nervo Musculocutâneo (C5 e C6). 
d. Função: Flexão de Cotovelo / Ombro e Supinação do Antebraço. 
7- Músculo Tríceps braquial 
a. Origem: Porção Longa: Tubérculo infra-glenoidal. Porção Medial: ½ distal da face posterior do 
úmero (abaixo do sulco radial). Porção Lateral: ½ proximal da face posterior do úmero (acima do 
sulco radial). 
b. Inserção: Olécrano. 
c. Inervação: Nervo Radial (C7 – C8). 
d. Função: Extensão do Cotovelo. 
 
8- Músculo Quadríceps femoral 
a. Origem: Reto femoral: espinha ilíaca anterior da pelve, margem superior do acetábulo da 
pelve. Vasto medial: linha intertrocantérica do fêmur. Vasto lateral: linha áspera, trocânter maior 
do fêmur. Vastos intermédio: lado anterior do fêmur. 
b. Inserção: Tuberosidade da tíbia (todas as cabeças) - forma ligamento patelar. 
c. Inervação: Nervo femoral. 
d. Função: Extensão do joelho, flexão da anca (apenas o reto femoral) 
 
9- Músculo glúteo máximo 
a. Origem: Sacro (porção dorsal), ílio (atrás da linha glútea posterior), fáscia toracolombar e 
ligamento sacrotuberal. 
b. Inserção: Tuberosidade glútea do fémur (fibras caudais) e côndilo lateral da tíbia (fibras 
craniais). 
c. Inervação: Nervo glúteo inferior. 
 
 
d. Função: Extensão e rotação externa do fémur, estabilização da articulação do quadril, 
abdução (fibras craniais) e adução (fibras caudais) da coxa. 
 
 
Figura 20 – músculos corporais. 
Fonte: Profa. Taís A. Menegat 2019 (Adaptado de NETTER, 2015) 
 
 
CAPÍTULO VII- SISTEMA TEGUMENTAR 
 
Algumas pessoas usam a terminologia “tecido” como sinônimo de pele ou tegumento, mas isso é 
errado, pois tecido é o agrupamento de células semelhantes, que executam funções específicas e 
em comum, e podem ser divididos em tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido muscular e tecido 
nervoso. O correto de se dizer é que a pele ou tegumento, é um órgão, composto por um 
agregado de tecidos, que funcionam em conjunto (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
 
O sistema tegumentar recobre o corpo, tendo a principal função de proteção: contra o atrito, a 
perda de água, a invasão de micro-organismos e a radiação ultravioleta, além de ter papel na 
percepção sensorial (tato, calor, pressão e dor), na síntese de vitamina D, na termorregulação, na 
excreção de íons e na secreção de lipídios protetores. O sistema tegumentar é constituído pela 
pele e seus anexos: pelos, unhas, glândulas sebáceas, sudoríparas e mamárias. A pele com uma 
espessura que varia de 0,5 a 4,0mm e é composta de duas camadas distintas: a epiderme e a 
derme. A pele está sobre o tecido subcutâneo ou tecido adiposo (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
 
Epiderme 
 
Tecido avascular, formada por epitélio estratificado, disposto em quatro ou cinco camadas, que se 
ligam firmemente umas nas outras. Sua espessura varia de 0,007 a 0,12mm, porém resistente 
(GUIRRO & GUIRRO, 2006).É dividida em cinco camadas (Figura 21): 
 
• Camada Basal: único estrato de células tronco, pela sua atividade mitótica, também é chamado 
de germinativo, em contato direto com a derme, Por causa do grande número de células e, 
portanto, da pressão maior nas faces laterais, as células são colunares. Elas começam a 
sintetizar filamentos intermediários de citoqueratina (tonofilamentos). As células estão aderidas à 
membrana basal por hemidesmossomos e às células vizinhas por desmossomos. As células-
filhas, os queratinócitos, vão para as camadas superiores (GUIRRO & GUIRRO, 2006). É neste 
local onde encontramos os melanócitos e as células de Merkel (mais a frente iremos abordar 
esse tema). 
• Camada espinhoso: localizada acima da camada basal, as pressõessão mais uniformes, os 
queratinócitos são poliédricos. Eles contêm muitos filamentos de citoqueratina, os quais se 
agrupam em tonofibrilas, que conferem eosinofilia ao citoplasma. Exibem projeções curtas, que 
estão ligadas por desmossomos às projeções das células adjacentes, o que contribui para a 
resistência da epiderme ao atrito. No espaço entre as células, há o glicocálix, substância que 
serve de meio condutor de substâncias hidrossolúveis do meio externo para o interno. Nesse 
estrato, são mais facilmente vistas as células de Langerhans (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
• Camada Granulosa: composta por poucas camadas de células achatadas, os precursores da 
proteína filagrina formam os grânulos de querato-hialina, que são basófilos e não envoltos por 
membrana, função de impermeabilizam as células, como prevenção à perda de água (GUIRRO & 
GUIRRO, 2006). 
 
 
• Camada Córnea: composta por células com núcleo bem reduzido ou anucleada, queratinizada. 
Possui em torno de 30 estratos de células achatadas e mortas, semelhantes a escamas. Em 
média, o processo d renovação celular dura de 26 a 28 dias, após, as células mortas se 
desprendem e esfoliam, para que células novas das camadas mais profundas as substituam. 
Assim, a pele encontra-se em constante renovação. Esse estrato confere proteção contra o atrito, 
a invasão de micro-organismos e a perda de água (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
• Camada Lúcida: camada extra presente nas regiões palmoplanteres em que a pele é mais 
espessa e nos lábios, se situa entre a camada córnea e a granulosa. Esta camada possui células 
transparentes e achatadas (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
 
Figura 21 – Camadas da epiderme. 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/K989cGkth5R4VqiR6 
 
 
COMPOSTOS CELULARES EPIDERME 
 
• Melanócito 
o Células arredondadas com longos prolongamentos, citoplasma 
claro e núcleo ovoide. Em vesículas membranosas, denominadas 
melanossomas, oxidam a tirosina em 3,4-di-hidroxifenilalanina 
(DOPA) através da enzima tirosinase e transformam a DOPA em 
melanina (do grego melas, negro), um pigmento pardo-
amarelado a marrom-escuro. Pela fagocitose da extremidade dos 
prolongamentos, os grãos de melanina são introduzidos nas 
células do estrato basal e do estrato espinhoso. A melanina 
concentra-se sobre o núcleo, protegendo o material genético da 
radiação ultravioleta (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
o Quanto ao número de melanócitos encontrado em diferentes 
fototipos é praticamente o mesmo. Entretanto, nos indivíduos de pele clara, a atividade da 
tirosinase é menor; os melanossomas são menos desenvolvidos, e a melanina é rapidamente 
degradada pela atividade lisossômica dos queratinócitos, sendo decomposta antes da célula 
deixar a parte superior do estrato espinhoso. Nos afrodescentes, como os melanossomas são 
maiores e mais estáveis, a camada basal é mais pigmentada e as demais camadas da epiderme, 
inclusive o estrato córneo, contêm melanina (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
 
• Merkel 
o As células de Merkel são semelhantes aos melanócitos 
ao microscópio de luz, mas são mais escassas e, portanto, 
difíceis de serem 
observadas. Possuem processos curtos, os quais podem se 
ligar aos queratinócitos por desmossomos. Contêm um 
núcleo volumoso, filamentos de queratina e vesículas 
neuroendócrinas. Na base da célula, formam junções 
sinápticas com terminações nervosassensitivas. Essas 
células são receptores táteis (mecanorreceptores) e são abundantes nas pontas dos dedos e na 
base dos folículos pilosos. Ainda não se descreveu uma função exata para essa célula (GUIRRO 
& GUIRRO, 2006). 
 
• Langerhans 
o São células apresentadoras de antígenos e originam- se de 
precursores da medula óssea. Com HE, elas exibem citoplasma claro e 
núcleo ovoide ou indentado. A visualização dos prolongamentos 
dendríticos é possível com a imunocitoquímica ou a impregnação pelo 
cloreto de ouro. Fagocitam e processam os antígenos estranhos na pele. 
 
 
 
 
Elas apresentam os antígenos capturados aos linfócitos T na própria epiderme ou nos linfonodos 
regionais, e os linfócitos iniciam a resposta imunológica. As células de Langerhans participam 
das dermatites alérgicas por contato e da rejeição de transplantes cutâneos (GUIRRO & GUIRRO, 
2006). 
 
DERME 
 
Principal camada da nossa pele, vista que é nela que 
encontramos as principais células e anexos. O limite entre a 
epiderme e a derme, é bastante irregular, devido a projeções da 
derme para a epiderme (papilas dérmicas) e de projeções da 
epiderme para a derme (cristas epidérmicas). 
A derme também uma subdivisão: 
• Derme papilar: corresponde às papilas dérmicas e é 
constituída por tecido conjuntivo frouxo. Essa camada se 
estende até pouco abaixo das papilas, onde continua a camada 
reticular. O suprimento capilar sanguíneo da camada papilar é 
muito grande. Um grupo de capilares em alça se estendem para 
o interior das cristas, fornecendo nutrição para a epiderme e 
atuando na regulação térmica (Junqueira & Carneiro, 2004). 
• Derme reticular: a maior parte da derme, de tecido conjuntivo denso não modelado. As fibras 
colágenas dispostas em diferentes sentidos conferem resistência ao estiramento. Os capilares 
são raros nessa camada, sendo numerosos somente nos anexos que se dirigem para a epiderme. 
É a camada mais espessa, formada por tecido conjuntivo denso (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 
2004). 
 
Compostos celulares da derme 
 
Fibroblastos 
Originam-se das células mesenquimais indiferenciadas etem como 
principal função a manutenção da integridade do tecido conjuntivo e 
sintetização dos componentes da matriz extracelular, secreção de 
fatores de crescimentos e citocinas que controlam a proliferação 
ediferenciação das células da epiderme (Junqueira & Carneiro, 2004). 
Os fibrócitos são células menores do que os fibroblastos e 
possuemum citoplasma acidófilo com 
pouca quantidade de retículo rugoso, durante a cicatrização, podem 
ser recrutados do tecidoadjacente não LESADO, SE 
REVERTENDO PARA O ESTADO DE FIBROBLASTO E 
 
 
REATIVANDO SUACAPACIDADE DE SÍNTESE (JUNQUEIRA; 
CARNEIRO, 2004). 
 
Mastócitos 
São células globulosas e com citoplasma repleto de grânulos 
contendo histamina e heparina. Atuam nas reações imunes e 
medeiam os processos inflamatórios e as reações de 
hipersensibilidade imediata (Junqueira & Carneiro, 2004). 
 
Macrófagos 
São células que possuem características morfológicas muito 
variáveis dependem do seu estado de atividade funcional e tecido 
que habitam. Participam no mecanismo de defesa, fagocitando e 
destruindo os restos celulares, microrganismos e elementos inertes 
que penetrem no organismo. Os macrófagos também desempenham 
um papel fundamental na apresentação de antígenos para os 
linfócitos (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004). 
 
Plasmócitos 
São células grandes e ovóides, localizam-se dispersos por todo 
tecido conjuntivo, porém estão presentes em maior número em 
áreas sujeitas a entrada de microrganismos e proteínas estranhas e 
nas inflamações crônicas. Os plasmócitos são células originárias 
dos linfócitos B e são responsáveis pela imunidade humoral 
(Gartner & Hiatt, 2007). 
 
Leucócitos 
Os leucócitos são glóbulos brancos que circulam na 
corrente sangüínea, e participam das defesas celulares 
e imunocelulares do organismo. São divididos em dois 
grupos: 
Granulócitos: núcleo de forma irregular e apresentam no 
citoplasma grânulos específicos três tipos de 
granulócitos são: neutrófilos, eosinófilos e basófilos 
Agranulócitos: núcleo mais regular e o citoplasma não 
possuem granulações específicas, dois tipos de agranulócitos: os linfócitos e os monócitos 
o Quando os tecidos são invadidos por microrganismos, substâncias quimiotaxias provocam a 
migração dos leucócitos ao local da invasão, logo estas células atravessam as paredes dos 
vasos sanguíneos e entram no tecido participando do processo inflamatório (JUNQUEIRA; 
CARNEIRO, 2004). 
 
 
 
Componentes fibrosos (MEC) (Figura 22) 
 
 
Fibras de colágeno 
São fibras sintetizadas por fibroblastos e miofibroblastos, células musculares e várias células 
epiteliais. Principal componente da pele, cartilagem e do osso, os colágenos são as proteínas 
mais abundantes doorganismo, representando 25% da massa protéica. Até o momento foram 
descritos mais de 12 tipos diferentes de colágenos, entretanto, os participantes da pele são os 
tipos: I, III, IV, V, VI e VII (HARRIS, 2009). 
 
 
Fibras elásticas 
Responsáveis por fornecer propriedades elásticas à pele, são sintetizadas pelos fibroblastos, 
constituídas por um núcleo central amorfo de elastina. A elastina é a uma importante proteína 
constituinte do chamado sistema elástico da matriz celular. Ela contém os aminoácidos 
desmosina e isodesmosina, que conferem as propriedades de distensão e recolhimento elástico 
das fibras de elastina (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004). 
 
Glicosaminoglicana 
Também chamada de glucosaminaglicanos, glicosaminoglicanas ou mucopolissacarídeos, 
elemento incolor, transparente e homogêneo, componente fundamental na Matriz extracelular 
(MEC), nos tecidos conjuntivos, função de hidratação, viscosidade, textura da pele (JUNQUEIRA; 
CARNEIRO, 2004). 
 
Figura 22 – MEC – Matriz extra celular. 
 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/EHXHwTfYGJVBzAs49 
 
 
 
ANEXOS DA PELE 
 
Glândulas sebáceas 
Localizada no folículo piloso, excretam um produto gorduroso, denominado sebo, cuja função é 
lubrificar o pelo e a superfície da pele. O sebo parece possuir propriedades bactericidas 
(Junqueira & Carneiro, 2004). 
 
Glândulas sudoríparas 
Desembocam diretamente na pele. A porção secretora está geralmente localizada logo abaixo da 
derme, no tecido subcutâneo. Produzem o suor que tem a função de regular a temperatura 
corpórea (Junqueira & Carneiro, 2004). 
Podem ser classificadas em dois tipos: 
Glândulas sudoríparas écrinas: são aquelas que liberam sua secreção sem que haja perda do 
citoplasma da célula secretora. Elas produzem suor que é composto em sua maior parte de água 
com vários sais, servem para a regulação da temperatura do corpo (Junqueira & Carneiro, 2004). 
Glândula sudoríparas apócrinas: eliminam secreção com porções do citoplasma, que produzem o 
suor que contém materiais gordurosos. Estão presentes nas axilas e em volta da área genital e 
sua atividade é a principal causa do odor do suor, devido às bactérias que quebram os compostos 
orgânicos no suor dessas glândulas (Junqueira & Carneiro, 2004). 
 
Folículo piloso 
É uma estrutura dérmica tegumentar que é constituída por três invólucros (ou bainhas) epiteliais e 
é capaz de produzir um pelo. No folículo o pelo em fase de crescimento, a porção terminal 
expandida corresponde ao bulbo piloso. Ele é constituído pela papila dérmica, de tecido 
conjuntivo frouxo e, recobrindo-a, pela matriz, de células epidérmicas (Junqueira & Carneiro, 
2004). 
 
Pelo 
Composto por três partes básicas: a cutícula, o córtex e a medula. A parte mais externa é 
cutícula, que é formada por várias camadas de células sobrepostas sem pigmentos parecidas 
com escamas. Chamamos de haste a parte do pelo que pode ser observada externamente, já a 
raiz é a parte que está situada no interior da pele (Junqueira & Carneiro, 2004). 
O ciclo capilar pode ser dividido emtrês fases distintas, crescimento, regressão e repouso. A 
fase de crescimento, também chamada de anágena, é responsável pelo aumento do crescimento 
do pelo e varia de acordo com fatores genéticos. Nessa fase, que é a mais longa do ciclo, a matriz 
está trabalhando continuamente. A fase de regressão, também chamada de catágena, 
caracteriza-se pela involução do folículo piloso (início da atrofia). Terminada essa fase, o folículo 
encontra-se completamente atrofiado (fase de repouso ou telógena) e ocorre a queda do pelo. 
Todo esse processo tem duração de cerca de cinco anos (Junqueira & Carneiro, 2004). 
 
 
Unha 
São placas córneas formadas por queratina dura que estão fortemente aderidas umas às outras. 
As unhas estão localizadas na superfície dorsal das falanges distais dos dedos do pé e da mão. 
Origina-se de células epiteliais que formam a raiz da unha (Junqueira & Carneiro, 2004). 
 
Tela subcutânea - Hipoderme 
 
 
Tecido conjuntivo frouxo ou adiposo, subjacente a pele, de 
espessura variável, que é ricamente servido de vasos sanguíneos 
e nervos. As principais funções são regulação de temperatura, 
isolamento térmico, depósito nutricional, proteção mecânica do 
organismo às pressões e traumatismo externo e na motilidade da 
pele sobre as estruturas subjacentes (SAMPAIO; RIVITTI, 2007). 
A localização e a distribuição da gordura corporal caracterizam 
dois tipos de biocorpo: 
Ginóide: predominantemente no sexo feminino, acúmulo de gordura na 
parte inferior do corpo, glúteos, coxa e quadril (GUIRRO, 2004). 
Andróide: observa-se maior quantidade de células adiposas na região 
abdominal. Esta variação é considerada de alto risco, pois possui um 
acúmulo predominante de células gordurosas na região abdominal, o que 
leva a um aumento de risco de doenças cardiovasculares e morte 
prematura. (GUIRRO, 2004). 
 
O tecido adiposo possui duas camadas de gordura com diferenças entre 
seus lóbulos: 
Tecido adiposo superficial ou areolar: mais superficial, ricamente 
irrigada possui adipócitos globulares e volumosos, local onde todos os 
tratamentos estéticos tem usa ação (GUIRRO, 2004). 
Tecido adiposo profundo ou lamelar: mais profunda e é onde ocorre 
aumento de espessura no ganho de peso, única forma de diminuir 
é fazendo atividade física (GUIRRO, 2004). 
 
 
CAPÍTULO VIII- CLASSIFICAÇÃO DA PELE 
 
COLORAÇÃO DA PELE 
 
 
Depende de alguns fatores como espessura do estrato córneo, pigmento existente, vasos 
sanguíneos, além da melanina. Esta substância se constitui como um polímero proteico 
(GONCHOROSKI; CÔRREA, 2005). 
 
A formação do granulo de melanina envolve a hidroxilação do substrato L-tirosina em 3,4-
diidroxifenilalanina (DOPA), liberando a molécula de água, catalisada pela tirosinase (sintetizada 
nos ribossomas e transportada via retículo endoplasmático para o complexo de Golgi, de onde se 
originam vesículas que contêm a enzima). Estas vesículas são chamadas pré-melanossomas, no 
interior deles, a tirosinase produz a melanina a partir da tirosina.Quando a vesícula está cheia de 
melanina, passa a ser chamada melanossoma. A melanogênese é a produção de melanossoma 
dentro dos melanócitos, a partir da tirosinase, uma enzima cobre -dependente, o melanócito 
promove hidroxilação na tirosina, formando o DOPA (Figura 23) (SAMPAIO e RIVITTI, 2001). 
Após a produção, a melanina, que ainda está dentro dos melanossomas, é transferida aos 
queratinócitos adjacentes através dos dendritos presentes nos melanócitos. (GONCHOROSKI; 
CÔRREA, 2005). 
 
Figura 23 – Formação da melanina. 
 
 
Fonte: SAMPAIO e RIVITTI, 2001. 
 
 
A partir disso são formados dois tipos de grânulos de melanina: 
• Eumelanina: constituem num grupo homogêneo de pigmentos pardos, insolúveis, resultantes 
dapolimerização oxidativa de compostos indólicos derivados da DOPA (VIGLIOGLIA, 1991). 
• Feomelaninas: correspondentes a um grupo heterogêneo de pigmentos pardosavermelhados, 
solúveis em meio alcalino, constituídas por benzotiazidas ebenzotiozóis, os quais são derivados 
da cisteinildopa (VIGLIOGLIA, 1991). 
 
 
 
A quantidade de melanina formada nos melanócitos é geneticamente determinada, mas estes 
podem ser influenciados por fatores hormonais e ambientais, incluindo inflamação, idade e 
exposição a radiação solar.Os hormônios sexuais, estrógenos e progesterona 
promovemhiperpigmentação do rosto, genitais e aréola mamária pelo aumento do número 
demelanócitos ativos, pois estimulam a melanogênese (ICOLETTI et al, 2002). 
 
FOTOTIPO 
 
 
Em 1976, Fitzpatrick classificou a pele humana em seis tipos de acordo com ofototipo e etnia, 
variando do tipo I (pele mais branca) ao tipo VI (pele negra)(GUIRRO; GUIRRO, 2004), conforme 
apresentado na Tabela 1. 
A cor da pele varia segundo a raça e, no indivíduo, conforme a região do corpo, sendo também 
influenciável pelas condições do meio. A classificação da pele proposta por Fritzpatrick tem sido o 
método utilizado para categorizar a sensibilidade cutânea à radiação ultravioleta, mas devemos 
nos atentar que hoje em dia temos uma missegenação, ou seja, não conseguimos ter um fototipo 
único (YOUN et al, 1997). 
 
Tabela 1 – Fitzpatrick. 
 
Fonte: Guirro e Guirro 2004 
 
 
TIPOS DE PELE 
 
 
Em 2006 Baumann, propôs uma nova classificação da pele, catalogando a pele 
em 16 categorias, de acordo com quatro características da pele: hidratação,sensibilidade, 
pigmentação e rugas (BAUMANN, 2006). 
• Hidratação: pele seca ou oleosa. 
• Sensibilidade: pele resistente ou sensível. 
• Pigmentação: determina se a pessoa produz ou não grande quantidade de melanina. 
• Firmeza: menos propensa a rugasou se tende a rugas com a idade. 
 
Os dezesseis tipos de pele, segundo Baumann, são: 
1- Oleosa, sensível, não pigmentada e propensa a rugas. 
a. Possui muitos danos causados pela exposição frequente ao sol. 
b. Sinais de danos solares, como envelhecimento precoce (rugas), 
c. Manchas escuras na face e colo, telangiectasias, crises de acne, vermelhidão e queimação 
frequentes na pele. 
2- Oleosa, sensível, não pigmentada e firme. 
a. As características dessa pele formam um ciclo vicioso de erupções, manchas marrons e 
cicatrizes. 
b. Todos com este tipo de pele tendem a apresentar: acne, alergias de pele, manchas escuras na 
face, e pele brilhante. 
3- Oleosa, sensível, pigmentada e propensa a rugas. 
a. Pele clara com pouca pigmentação para se proteger da radiação solar. 
b. Apresentam rubor e rosácea, rugas. 
c. Apresenta com frequência: manchas vermelhas, acne, poros dilatados, telangiectasias, 
dificuldade para se bronzear e queimaduras frequentes e rugas precoce. 
4- Oleosa, sensível, pigmentada e firme. 
a. O maior problema é o rubor facial. 
b. Pele é fina e pode sofrer de rosácea. 
c. Pode apresentar: acne, oleosidade, vermelhidão, manchas vermelhas, descamação, 
irritação a produtos para os cuidados com a pele e queimaduras solares frequentes. 
5- Oleosa, resistente, pigmentada e propensa a rugas. 
a. Oleosidade, poros abertos e manchas escuras sempre estarão presentes. 
b. As rugas vão aparecendo com o processo do envelhecimento. 
 
 
 
Além disso, sua pele terá: crises de acne eventuais, risco aumentado de câncer de pele se sua 
pele for clara e dificuldade para encontrar um protetor solar que não deixe sua pele mais oleosa. 
c. Este tipo de pele suporta produtos mais fortes para o rosto. 
 
 6- Oleosa, resistente, pigmentada e firme. 
a. Pele mais fáceis de lidar. 
b. É bastante comum fototipo alto. 
c. Apresentar: pele com boa viscosidade, manchas escuras, rugas mínimas, crises ocasionais de 
acne e pele que bronzeia com facilidade. 
 
7- Oleosa, resistente, não pigmentada e propensa a rugas. 
a. Pele complacente, ou seja, fácil de tratar. 
b. Apresentar: eventual oleosidade, acne discreta, dificuldade para se bronzear, pouca 
necessidade de hidratante e sinais precoces de rugas. 
 
8- Oleosa, resistente,não pigmentada e firme. 
a. Pele radiante, harmônica e que não envelhece. 
b. Apresenta: pele lisa, oleosa, pouca necessidade de hidratante, poucas rugas, poros grandes, 
crises raras de acne, cravos pretos. Previna o câncer de pele cuidando da pele e evite exposição 
solar. 
 
9- Seca, sensível, pigmentada e propensa a rugas. 
a. Pele sempre está descamativa. 
b. A maioria dos produtos ocasiona coceira, ardência e irritação na pele. 
c. Apresenta: placas descamativas e rosadas na pele, vermelhidão e rubor facial, acne 
ocasionada por uso de produtos, Telangiectasia, hiperpigmentação pós inflamatório, 
suscetibilidade a alergias da pele. 
 
10- Seca, sensível, pigmentada e firme. 
a. Pele propensa a eczema, ressecamento, acne ocasionada pelo uso de produtos, descamação, 
vermelhidão, coceira e rosácea. 
b. Apresenta: placas de pele espessa e áspera, sensibilidade a fragrâncias, secura por 
detergentes, placas escuras em áreas de exposição solar. 
 
11- Seca, sensível, não pigmentada e propensa a rugas 
a. Não é um tipo fácil de pele e as condições da pele são imprevisíveis. Um dia a pele está 
bem e no outro, sem explicação, está péssima. 
 
 
b. Apresenta: ressecamento, descamação, queimação, rugas, vermelhidão, falta de brilho na 
pele, pele áspera e irritada. 
 
12- Seca, sensível, não pigmentada e firme. 
a. É o tipo de pele ressecada. 
b. Pele descamativa, áspera, vermelha e sem brilho, pode ter alergias frequentes a produtos 
cosméticos, sensibilidade a sabonetes e alergias a metais. 
 
13- Seca, resistente, pigmentada e propensa a rugas. 
a. Neste tipo de pele as rugas são a principal reclamação. 
b. Apresenta: pele seca e descamativa, coceira, pele fina, manchas escuras no rosto, rugas 
precoce, rugas em mãos e alto risco para desenvolver melanoma. 
 
14- Seca, resistente, pigmentada e firme. 
a. Esta pele tem raríssimos problemas com oleosidade e erupções. A pele vai se tornando 
vagarosamente mais seca com a idade. 
b. Apresenta: sardas ou machas do sol, melasma, prunido e descamação na pele. 
 
15- Seca, resistente, não pigmentada e propensa a rugas. 
a. Na juventude a pele tem poucas irritações, acnes e erupções, mas na meia idade a pele fica 
delicada, frágil e com sardas ou algumas descolorações. 
b. Apresenta: rugas precoces, problemas de bronzeamento e aumento de ressecamento com a 
idade. 
 
16- Seca, resistente, não pigmentada e firme. 
a. Na adolescência era o melhor tipo de pele, quase nada de acne, nenhuma oleosidade e sem 
sardas. Ao envelhecer a pele continua com a aparência muito boa, mas um pouco ressecada. 
 
 
Dermatologia Patológica e Distúrbios Estéticos 
 
 
PONTO DE PARTIDA 
 
 
No decorrer desta Unidade serão abordados o que você precisa saber sobre dermatologia 
patológica e os principais distúrbios estéticos. Esta unidade é fundamental para traçarmos o 
melhor tratamento para o distúrbio a ser tratado, assim como o conhecimento da dermatologia 
patológica para saber se o paciente poderá ser nosso ou se isso será para os médicos. 
 
 
CAPÍTULO I- O DIAGNÓSTICO DERMATOLÓGICO 
 
 
Sempre iniciamos colhendo a história do paciente, seguido do examinar a pele, para se ter uma 
ideia do problema e depois propor perguntas relevantes (VIVIER, 2000). 
Precisamos sempre avaliar o paciente por inteiro, e não somente no local indicado por ele. 
Existem alguns questionamentos que podemos e devemos fazer, como: 
• Está presente há quanto tempo? 
• Ele muda dependendo do local? 
• Como e quando começou? 
• Ele mudou ou contínua como quando começou? 
• Está em outro local do corpo? 
• O que o afeta? 
• Esteve fora de sua cidade de origem atualmente? Se, positivo, onde? 
 
Também é necessário avaliar fatores como: 
• História pregressa de doenças de pele e correlatas. 
• História familiar. 
• Sintomas associados. 
• Medicamento atual. 
• Ocupação. 
• História social. 
 
 
• Efeito da doença sobre o paciente. 
 
 
E finalmente questionar sobre os sintomas: 
• Sente prunido (coceira)? 
• Sente dor? 
• O local está mais sensível? 
• Sente sensação de queimação? (VIVIER, 2000) 
 
 
CAPÍTULO II- LESÕES ELEMENTARES 
 
É de extrema importância o conhecimento das lesões elementares, pois elas são os sinais que 
nortearão nossas condutas. Saber descrever, reconhecer e classificar uma lesão de pele é vital 
para os profissionais da área da estética. Todas as alterações dermatológicas podem ser 
classificadas como lesão primária ou lesões secundárias (RAPINI, 2013). 
Podem ser classificados quanto a distribuição: 
• Anulares– dispõem-se em forma de anel. 
• Arciformes – em forma de arcos. 
• Agrupadas – uma ao lado da outra. 
• Lineares – em linha. Classificação quanto ao número: 
• Localizadas – lesões que aparecem em uma ou algumas regiões isoladamente. 
• Disseminadas – lesões individualizadas atingindo várias regiões cutâneas. 
• Generalizadas – distribuição difusa e uniforme, atingindo vários segmentos da pele. 
• Universais– comprometimento total da pele, incluindo o couro cabeludo. (RAPINI, 2013). 
 
 
 
LESÕES PRIMÁRIAS 
 
 
Toda lesão que inclua alterações de cor (máculas), formações sólidas e formações líquidas são 
chamadas de lesões primárias. 
• Mácula: alteração circunscrita na cor da pele com menos de 1 cm de diâmetro e plana. Pode 
ser na cor marrom, azul, vermelha ou, hipopigmentada. Exemplos: 
o Manchas vásculo-sanguíneas: decorrentes da congestão ou pressão vascular ou do 
extravasamento de hemácias. 
 
 
o Eritema: caracteriza-se pela cor vermelha, devida à vasodilatação. A mancha desaparece 
quando pressionada, pois, há interrupção da circulação. No eritema, o sangue está dentro dos 
vasos. 
o Eritrodermia: eritema generalizado, crônico, com discreta escamação. 
o Cianose: eritema arroxeado, causado por congestão venosa. 
o Rubor: eritema vivo por congestão arterial. 
o Exantema: eritema generalizado agudo que perdura alguns dias, podendo ser morbiliforme, 
quando há áreas comprometidas entremeadas por áreas não-comprometidas, ou escarlatiforme, 
quando é difuso e uniforme. 
o Telangiectasia (coperose): lesão filamentar, sinuosa, devida à presença de capilares dilatados 
na derme. Considera-se dilatação dos capilares. 
o Púrpura, petéquia: manchas eritemato-violáceas, de tamanho e forma variados, que, quando 
pressionadas, não desaparecem. Neste caso o sangue está localizado fora dos vasos. 
(RAPINI, 2013). 
 
 
• Formações sólidas: há relevo na pele, o que pode ocorrer por processos inflamatórios, 
infecciosos ou neoplásicos. 
o Pápula: elevação da pele circunscrita da pele com menos de 1cm de diâmetro, podendo ser de 
origem dérmica ou epidérmica. 
o Placa: lesão elevada, inferior a 1 cm, em plataforma achatada. Pode apresentar-se como lesão 
individual ou constituir um aglomerado de pápulas (placa papulosa). 
o Nódulo: massa palpável circunscrita de 1 a 3 cm de diâmetro. A lesão pode evoluir a partir de 
uma pápula, as causas são múltiplas, mas a lesão pode ser devida a um infiltrado de células 
benignas, neoplásicas, ceratoacantoma, granuloma ou linfoma. 
o Tumor: circunscrita, elevada ou não, com mais de 3 cm. O termo tumor é mais empregado para 
processos neoplásicos. 
o Vegetação: pápula pedunculada, com superfície irregular e aspecto de couve-flor, que 
sangra com facilidade. 
o Verrucosidade: infecção da pele e membranas mucosas muito comum, por papiloma vírus. A 
incidência é de 10% em jovens. São contagiosas e se disseminam facilmente se houver trauma 
cutâneo sobre elas 
o Urtica: elevação eritematosa, irregular, edematosa, pruriginosa, que dura pouco. Pode 
apresentar-se como placa urticada ou pápula urticariforme. (RAPINI, 2013). 
 
• Formações líquidas: são lesões que contêm líquido no seu interior, o qual pode ser 
serosidade, sangue ou pus. Exemplos: 
o Vesícula:elevação circunscrita, contendo líquido, claro ou não, de até 1 cm de diâmetro, lesão 
elevada. 
o Bolha:elevação circunscrita, contendo líquido claro no interior, de 1 a 3 cm de diâmetro. 
 
 
o Pústula: coleção circunscrita de conteúdo líquido e leucócitos que variam de tamanho. 
o Abscesso: lesão com menos de 0,5cm de diâmetro contendo líquido amarelo que se encontra 
infectado. Acima de 0,5 descreve-se como abscesso. 
o Herpes (vesícula): infecção comum mucocutânea contagiosa, causada pelo herpesvirus 
hominis, acomete frequentemente, lábios, narinas, genitais. As lesões começam com um 
formigamento, seguido de lesões que progridem rapidamente de mácula /pápula/ vesículas. 
o Herpes zoster: é um doloroso comprometimento do nervo cutâneo resultante da reativação do 
vírus varicela zoster latente. O vírus permanece latente na raiz dorsal ou gânglio do nervo 
craniano após o paciente se recuperar de varicela e existir anticorpos no soro. A reativação do 
vírus é puramente pessoal. 
 
▪ Neuralgia pós herpética: ocorre principalmente na velhice e persiste após desaparecimento da 
lesão ativa. 
 
▪ Paralisia pós herpética: paralisia de um membro superior ou inferior, geralmente temporária. 
o Molusco contagioso: pápula translúcida, com umbilicação central, localizada em qualquer 
região da pele, principalmente na área genital. É bastante comum nas crianças, que normalmente 
apresentam dezenas de lesões. As crianças atópicas, com pele mais seca, são mais susceptíveis. 
O tratamento consiste em curetar a lesão ou eliminá-la por eletrocoagulação ou congelamento 
(crioterapia). (RAPINI, 2013). 
 
• Lesões pigmentares: Provocadas por excesso ou falta de pigmentos, como: 
o Excesso ou falta de hemoglobina: petéquia, víbice, equimose, hematoma. 
 
▪ Hematoma: coleção de sangue, que ocorre em geral em decorrência de um sangramento ativo, 
e causa na maioria das vezes um abaulamento no local. Em função do tamanho, deve ser 
removido ou não. Quando houver a necessidade de ser removido, isto em geral é realizado no 
centro cirúrgico, como uma nova cirurgia, em geral simples. 
 
▪ Equimose é o sangramento que ocorre e penetra nos tecidos, ficando uma mancha roxa no 
local, pode ser em decorrência de uma pancada ou de uma cirurgia ou de um procedimento 
minimamente invasivo. Ele desaparece sozinho ao longo dos dias. 
o Excesso ou falta de melanina: podemos três tipos: 
▪ Acromia: ausência total de melanina, dá origem a manchas completamente brancas. 
▪ Hipocromia: a diminuição da melanina dá origem a manchas mais claras. 
▪ Hipercromia: aumento da melanina, produz manchas acastanhadas. 
o Manchas relacionadas a pigmentos anormais à pele (bilirrubina, carotenos etc.) 
o Manchas relacionadas a pigmentos estranhos ao organismo (ouro, prata, arsênico, corantes 
etc.). (BORGES e SCORAZA, 2016) 
 
 
 
• Discromias: podem ser locais ou generalizadas, qualquer alteração na cor da pele. Os 
principais são: 
o Hipocromia: diminuição da produção da melanina, melanócito está presente, mas apresenta 
mau funcionamento. Exemplo: 
▪ Pitiríase alba: tamanhos variados, com limites mal definidos, assintomáticas, localizadas 
principalmente nos braços e no rosto. É considerada grau mínimo de dermatite atópica, estando 
associada à desidratação da pele. 
▪ Pitiríase versicolor: micose superficial da pele que provoca máculas hipocrômicas 
arredondadas (0,5 a 1 cm), isoladas ou confluentes, sem prurido, com descamação fina, situadas 
no pescoço, no tronco, nos braços e raramente, no rosto e nas pernas. 
o Acromia: ausência de melanina e de melanócito. Exemplos: 
▪ Vitiligo: Geralmente bilateral e simétrica, etiologia desconhecida, ocorre em qualquer idade, 
sexo e raça. Frequência de 1% na população mundial, atinge qualquer parte do corpo, em 
qualquer idade. As manchas são totalmente brancas, de tamanhos variados, e não apresentam 
sintomatologia. Os pelos da região também sofrem despigmentação. As lesões se instalam 
geralmente ao redor de orifícios, em proeminências ósseas e nas áreas intertriginosas. Alguns 
fatores precipitantes para essa doença são: estresse físico e emocional, traumas mecânicos e 
substâncias. 
▪ Albinismo: distúrbio autossômico recessivo do metabolismo da tirosinase que resulta na 
falência da produção de melanina. O albinismo é hereditário e pode ser de dois tipos: 
• tirosinase-negativo: a síntese de melanina está bloqueada devido à ausência de tirosinase; a 
produção de melanina é nula; 
• tirosinase-positivo, há pequena produção de melanina nas áreas expostas, formando sardas. 
▪ Acromia Residual: alguns despigmentantes são citotóxicos e destroem o melanócito, gerando 
várias manchas brancas e pequenas em forma de “confete” na face. Não existe tratamento. Sem 
melanócito, sem melanina, sem cor. A acromia, causada por traumatismos mecânicos ou pós-
inflamatórios, praticamente não tem solução até o momento, já que o local ficou branco após a 
cicatrização, e os melanócitos daquela região foram destruídos. 
▪ Leucodermia solar: também chamada hipomelanose gutata idiopática, compõe-se de pequenas 
manchas acrômicas múltiplas (3 a 5 mm), arredondadas, localizadas preferencialmente nos 
braços e nas pernas. Embora a causa não esteja totalmente definida, é considerada sinal de 
envelhecimento cutâneo. 
▪ Hanseníase: popularmente chamada de lepra, doença infecta contagiosa e de evolução lenta, 
que se manifesta principalmente através de sinais e sintomas dermatoneurológicos, ou seja, 
lesões na pele e nos nervos periféricos principalmente nos olhos, mãos e pés. Os nervos faciais, 
radial, ulnar, mediano, fibular comum e tibial posterior são os mais acometidos pela doença. 
Causada pelo Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen. Formas Clínicas: 
• Formas Paucibacilares (PB - não contagiantes): Hanseníase Tuberculóide e Hanseníase 
Indeterminada. Casos com até cinco lesões de pele e ou apenas um tronco nervoso 
comprometido 
• Formas Multibacilares (MB - contagiantes): Hanseníase Dimorfa e Hanseníase Virchowiana. 
Casos com mais de cinco lesões de pele e ou mais de um tronco nervoso acometido. 
 
 
 
A baciloscopia positiva classifica o caso como Multibacilares, independentemente do número de 
lesões. (ARAÚJO, 1994). (BORGES e SCORAZA, 2016) 
 
o Hipercromia: aumento na produção de melanina, melanócito produz além do que deveria. 
Podem ser hereditárias, congênitas, adquiridas e associadas a outras doenças. Exemplo: 
▪ Efélides: pequenas máculas vermelhas ou marrom-claras, puntiformes, isto é de limites 
precisos que são promovidas pela exposição ao sol e podem desaparecer durante o inverno. 
Elasnormalmente acometem a face, aos braços, e ao dorso. 
▪ Melanodermia difusa: Escurecimento difuso da pele ou das mucosas. Deve ser sempre 
investigado pelo especialista, pois pode significar distúrbios endócrinos ou metabólicos. 
▪ HIPI - Hiperpigmentaçãopós inflamatório: Constitui-se em manchas ligeiramente cinzentas ou 
castanhas que surgem após um processo inflamatório. Pode aparecer após qualquer processo 
inflamatório, como: acne, picada de inseto, depilação a laser ou cera. 
▪ Cloasma/ melasma: hipermelanose comum caracterizada por máculas acastanhadas em áreas 
foto expostas, cuja fisiopatogênica não é totalmente esclarecida. Quadro caracterizado por 
manchas acastanhadas, mais ou menos intensas de limites irregulares localizadas em locais 
expostos ao sol.Os fatores genéticos e a radiação UV são as causas mais importantes. As 
principais causas incluem gestação, contraceptivos orais, as terapias com estrógenos e 
progesterona, a disfunção tireoidiana, os cosméticos e as drogas fototóxicas e anti-
convulsionantes. O melasma pode não se curar após o parto ou suspensão dos contraceptivos 
orais. Uma disfunção ovariana subclínica leve pode estar presente em alguns pacientes. 
▪ Substância fotossensibilizante: Existem substâncias químicas que produzem reações 
fotossensibilizantes, que podem ser classificadas como foto alérgicas ou fototóxicas.As 
fotoalérgicas (FA) são reações imunológicasque se caracterizam porque a substância 
fotossensibilizante absorve a radiação UV, originando um produto com poder antigênico. 
Exemplos: Benzofenonas, Cloroxidina, Cinamatos, Cinoxato, Quinidina, Trimetilpsoraleno, 
Contraceptivos Orais, Hidrocortisona. Já as reações de fototoxidade (FT) são resultados de 
reações físico-químicas sobre a substância fotossensibilizante que absorve um determinado 
comprimento de onda da radiação. Exemplos: Isotretinoina, Sulfato de cádmio, Furosemida, 
Ibuprofeno, Amiodarona, Formaldeido. (BORGES; SCORAZA, 2016) 
 
LESÕES SECUNDÁRIAS 
 
 
Trata-se de alterações de espessura e perdas teciduais. 
• Alteração de espessura 
o Atrofia: afinamento da pele, que pode ser em apenas um local ou difuso. Ocorre pela 
diminuição do número ou do volume dos constituintes da pele. Uma atrofia em linha é chamada 
de víbice (estria). Nos distúrbios estéticos iremos falar mais sobre esse tema. 
o Cicatriz: quando há uma destruição da pele, ocorre a seguir um processo de reparação. Esta é 
uma lesão lisa, plana, saliente ou deprimida, sem sulcos, poros e pelos, que pode ser móvel, 
aderente ou retrátil. 
 
 
o Edema: é um aumento de espessura, determinado pelo acúmulo de líquido na derme e / ou 
epiderme. 
o Esclerose: é uma alteração da espessura, com aumento da consistência da pele, que se dá 
pela alteração do colágeno. O pregueamento é impossível. A área geralmente permanece lisa e 
brilhante, podendo haver discromia concomitante. 
o Infiltração: é um aumento da espessura e consistência da pele, às vezes acompanhado de 
eritema e edema. Resulta de infiltrado celular na derme. 
o Liquenificação: espessamento da pele, com acentuação dos sulcos e de sua cor própria. 
Deve-se ao aumento da espessura da epiderme. 
o Queratose: aumento da espessura da pele. Área dura, inelástica, amarelada e, às vezes, 
áspera. Resulta do aumento da camada córnea. 
 
• Perda tecidual 
o Crosta: formação que surge em área de perdas teciduais, com cor que vai do amarelo claro ao 
esverdeado ou vermelho-escuro. Pode ser melicérica, purulenta ou hemorrágica. 
o Escara: área da pele de cor lívida ou negra, limitada, que resulta de necrose tecidual. 
o Escama: massa de tamanho e espessura variados, laminada, furfurácea, micácea ou foliácea, 
que se desprende da superfície cutânea. Ocorre por acentuação do processo de queratinização 
na epiderme. 
o Erosão ou exulceração: perda que atinge apenas a epiderme. A erosão provocada pelas 
unhas, no ato do prunido, é chamada de escoriação. 
o Fístula: canal com pertuito na pele que drena foco profundo de supuração ou necrose. 
o Fissura ou rágade: perda linear da epiderme e da derme, no contorno dos orifícios naturais ou 
em áreas de pregas ou dobras da pele. 
o Ulceração: perda da epiderme e da derme e, às vezes, até da tela subcutânea e outros 
tecidos. Uma ulceração persistente e de evolução crônica é chamada de úlcera. (BORGES e 
SCORAZA, 2016) 
 
DERMATOSES 
 
 
Patologias que comprometem a pele sem fazer nenhum tipo de especificação, acontecem a partir 
das lesões elementares primárias e secundárias, podemos caracterizar as doenças que 
envolvem a pele. Iremos abordar as principais dermatoses: 
• Dermatite: significa alteração da pele com inflamação, independentemente da etiologia. 
o Eczema ou dermatite eczematosa é uma alteração da pele, de caráter inflamatório, com 
vesiculação, eritema, edema, infiltração, secreção serosa, formação de crostas, escamas e 
liquenificação. Há também prurido de intensidade variada. 
o Eczema de contato: De interesse maior para o profissional de estética é o eczema de contato, 
causado por agentes exógenos (contactantes), como cosméticos (cremes, loções etc.). 
 
 
 
Este eczema pode decorrer de uma irritação primária ou ser induzido por um processo de 
sensibilização. 
o Eczema atópico: O eczema atópico aparece em pessoas consideradas mais sensíveis do 
ponto de vista alérgico, cuja pele é normalmente muito ressecada. É uma doença geneticamente 
determinante: 70% dos acometidos têm antecedentes familiares com asma brônquica, rinite ou 
alergias alimentares. Portanto, conhecer a história de vida do indivíduo é muito importante. 
o Eczema auricular bacteriano: O eczema auricular bacteriano ocorre não por infecção, mas por 
sensibilidade à presença de bactérias estafilocócicas. As lesões são escamação e eritema no 
meato acústico externo; nos casos mais acentuados, há umidificação, formação de crostas e 
erosão na região atingida. O prurido é insuportável. 
o Eczema numular: O eczema numular caracteriza-se por lesões eritematosas com forma de 
moeda (placas redondas e escamosas). A pele geralmente está desidratada e piora com 
banhos quentes e a baixa umidade relativa do ar. Acomete principalmente homens na meia-
idade. (BORGES; SCORAZA, 2016) 
• Erupções eritemato escamoso: dentre as erupções eritemato-escamosas que o profissional de 
estética precisa conhecer, estão a dermatite seborreica e a psoríase. 
o Dermatite seborreica: É uma doença crônica, não contagiosa, localizada em áreas de maior 
concentração de glândulas sebáceas. Atinge pessoas que têm o chamado estado seborreico, 
constituído por acelerada multiplicação celular. As áreas mais comprometidas são o couro 
cabeludo, a face, o sulco nasogeniano, as áreas intertriginosas, torácica, pubiana, genital e axilar. 
o Psoríase: É uma erupção eritemato-escamosa que pode apresentar-se em forma de gotas, 
moedas, anéis, arcos de círculo ou formas bizarras. É mais comum nas segunda e terceira 
décadas de vida. Consiste em uma queratinização anormal, com aumento do número de mitoses, 
levando a acantose e paraqueratose. Placas eritemato- descamativa, com escamas brancas 
espessas e localizadas podem atingir todo o tegumento, incluindo a face. 
o Erupções Acneiforme: Esta dermatose inflamatória crônica do folículo pilos sebáceo afeta 80% 
da população durante a puberdade e desaparece na fase adulta, raramente perdurando por mais 
de 10 anos. Deve ser tratada com seriedade, pois sua evolução gera cicatrizes que podem 
comprometer a aparência por toda a vida. Iremos abordar mais esse tema na unidade de 
distúrbios estéticos. 
o Erupções Alérgicas: reação causada pela relação antígeno-anticorpo, do tipo hipersensível. Os 
mecanismos são vários, envolvendo dependência de imunoglobulinas (IgE), linfócitos e outros. 
Por ingestão ou mesmo aplicação tópica, uma pessoa pode entrar em contato com algum 
medicamento ou cosmético e apresentar o quadro clínico alérgico.Como todos os tipos de 
substância podem provocar erupções, a história médica e cosmética do indivíduo é fundamental 
para o diagnóstico. Seguem as principais síndromes cutâneas causadas por drogas. 
o Eritema fixo: É a forma mais frequente, caracterizada por manchas vermelho-azuladas, 
redondas ou ovais, com limites nítidos. A lesão pode ser purpúrica, urticada ou bolhosa. Ocorrem 
sensações de queimação e prurido. O eritema esmaece gradualmente, assumindo cor 
acastanhada, por pigmentação melânica, que desaparece no decurso de algumas semanas. Ao 
entrar em contato com a substância, a pessoa sempre desenvolve o mesmo quadro (recidiva). 
Qualquer droga pode desencadear o quadro de eritema fixo. Em nosso meio, os remédios que 
possuem analgésicos e barbitúricos são os desencadeantes mais comuns. 
 
 
o Exantema agudo: É do tipo morbiliforme ou escarlatiniforme, às vezes urticado e com prurido. 
Pode estar associado a sintomas gerais, como febre, artralgias e cefaleia. Seu aparecimento é 
súbito, normalmente cerca de 8 dias após o contato com a droga. As drogas mais comuns são as 
sulfas, os diuréticos e os antidiabéticos sulfamídicos. 
o Eritema multiforme e nodoso: desencadeado por mecanismos imunológicos causados por 
drogas, como barbitúricos, sulfonamidas, penicilina, anovulatórios, brometos e codeína, para 
diagnosticá-lo é preciso fazer a exclusão de outras causas, como doenças infecciosas.Clinicamente, decorre de uma vasculodermite, caracterizada por lesões nodulares e inflamada, ou 
lesões em alvo, de certa simetria, na pele e nas mucosas. Pode haver febre e comprometimento 
geral. 
o Urticária: Esta erupção envolve o súbito aparecimento de urticas – pápulas edematosas de 
duração efêmera e extremamente pruriginosas. Pode apresentar sintomas gerais, como 
hipotensão, edema de glote e de vias aéreas respiratórias, levando ao choque anafilático. Drogas 
como antibióticos, opiáceos, tranquilizantes, brometos, morfina e codeína são as causas mais 
comuns. 
o Erupções eczematosas: Podem dever-se ao uso tópico ou à administração sistêmica de drogas 
sensibilizantes. As drogas mais frequentemente responsáveis são as sulfas e os antibióticos 
(penicilina). No caso de cosméticos e produtos usados por cabeleireiros, pode ser causada por 
irritação primária ou sensibilização. Qualquer produto pode originar o problema, mas algumas 
substâncias são mais comumente associadas à sua gênese: bálsamo do peru (tônicos capilares, 
sabonetes e sabores artificiais), ácido paraminobenzóico (PABA), cremes anti-solares, bicloreto 
de mercúrio (conservante para cosméticos), eosina (esmalte de unhas e batons), hexaclorofeno 
(sabões e cremes), hidroquinona (clareador), nitrobenzeno (perfumes), pirogalol (tinturas para 
cabelos) e tioglicolato de cálcio (depilatórios e alisantes). (BORGES e SCORAZA, 2016) 
 
ROSÁCEA 
É uma afecção crônica da face, em decorrência da resposta vascular, a nível cutâneo, e surtos 
inflamatórios eventuais. Mais frequente em mulheres entre a 30 a 50 anos. Acontece após uma 
longa evolução em 4 estágios: eritema, eritrose, rubor e rosácea. Estão presentes 
telangiectasias, muitas vezes ocorre a presença de pápulas e pústulas que não tocam os folículos 
sebáceos como na acne (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
 
À medida que a rosácea progride verificam-se outros sintomas, como: eritemas semipermanentes, 
Telangiectasia, presença de pequenas bolhas e pústulas avermelhadas, olhos avermelhados, 
sensação de ardor e queimação e, em alguns casos avançados, lóbulos avermelhados no nariz 
(rinofima). A doença pode ser confundida e coexistir com o acne e a dermatite seborreica. Pode 
afetar ambos os sexos, mas é três vezes mais comum em mulheres e manifesta-se 
principalmente entre os 30 e os 60 anos de idade (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
 
 
CAPÍTULO III- AFECÇÕES DO FOLÍCULO PILOSO - TRICOSES 
 
Qualquer alteração do folículo piloso ou do pelo é chamado de tricose, podemos citar como 
alterações da cor do pelo: 
• Leucotrioses: embranquecimento dos cabelos por falta de melanina. Podem ser: 
• Leucotriquia – pode ser congênita (ex: albinismo) ou adquirida (ex: vitiligo) 
• Canície – descoloração fisiológica dos cabelos. Pode ser prematura (constitucional) ou senil 
Se for deformação do folículo piloso podemos citar: 
• Tricoptilose: cabelos frágeis e bifurcados. 
• Triconodose: formação de nós ou laços por torção dos fios. 
• Triquíase: cílios em direção ao globo ocular. 
• Pili recurvati: pelos encravados Anomalias de doenças sistêmicas temos: 
• Hipertricoses: aumento exagerado dos pelos 
o Congênitas: generalizada ou localizada 
o Adquiridas: secundárias ao uso de medicações ou doenças endócrinas 
• Hirsutismo:aumento exagerado de pelos terminais sexuais masculinos, na mulher. 
• Constitucional: sem qualquer anormalidade hormonal. É devido a fatores hereditários 
• Androgênico: devido anormalidade endócrina: ovários policísticos, por exemplo 
• Iatrogênico: secundário a terapias hormonais ou uso de anabolizantes (GUIRRO; GUIRRO, 
2006). 
 
ALOPECIAS 
 
 
Distúrbio do folículo piloso, onde temos o encurtamento das fases de crescimento do cabelo. 
Podemos ter: 
• Atriquia: Congênita. Falta de pelos / cabelos em algumas áreas. Pode ser localizada ou difusa. 
• Alopécia cicatricial: Adquirida. É a ausência de pelos/cabelos pela destruição dos folículos 
pilosos. Tornam-se definitivas e acompanham-se de atrofia cicatricial. Ocorrem após traumas, 
queimaduras ou infecções. 
• Alopecia areata: Conhecida como “pelada” é caracterizada pela perda de pelos/cabelos em 
áreas redondas ou ovais, sem sinal de atrofia ou inflamação. Ocorre mais em couro cabeludo e 
barba. Causa desconhecida. Fatores emocionais podem desencadear ou agravar o quadro. Pode 
evoluir para TOTAL (todo o couro cabeludo) ou UNIVERSAL (todo o corpo) 
• Eflúvio anágeno distrófico: Alopécia aguda difusa decorrente de moléstias agudas febris, 
drogas, quimio e radioterapia, cirurgias prolongadas, etc. 
 
 
 
• Eflúvio telógeno: “Queda de cabelo”. Pode ocorrer no pós-parto, em dietas de emagrecimento, 
uso de medicamentos, uso de anticoncepcionais orais, stress, deficiência de ferro, zinco e 
proteínas. Perder até 100 fios por dia é considerado normal. 
• Alopecia androgenética: Determinada por herança genética. No homem, inicia-se pela linha 
frontal com entradas laterais. Na mulher, há uma rarefação difusa dos cabelos. 
• Alopecia involutiva: Rarefação de pelos e cabelos devido atrofia senil. 
• Alopecia das pernas: Geralmente causada pela tração/atrito das roupas. 
• Alopecia de pressão: Devido trauma e tração constante dos fios (penteados, acessórios, 
chapéus) 
• Tricotilomania: Quadro compulsivo, que produz placas alopécias pela compulsão em arrancar 
os fios. (GUIRRO; GUIRRO, 2006). 
Podemos ainda ter como afecções: 
• Piodermite: Infecção bacteriana da pele, comum em crianças, causada pelos germes 
estafilococos e estreptococos. A doença caracteriza-se pelo surgimento de vesículas e bolhas com 
pus que rapidamente se rompem (muitas vezes as bolhas nem são vistas) deixando áreas 
erosadas recobertas por crostas espessas de aspecto semelhante ao mel ressecado. Podem ser 
várias pequenas lesões disseminadas ou poucas que vão aumentando progressivamente de 
tamanho. 
• Foliculite: foliculite da barba, sicose da barba, é a infecção estafilocócica dos pelos da barba, 
atingem homens adultos, tem característica crônica e, pela proximidade das lesões, pode formar 
placas avermelhadas, inflamatórias, com inúmeras pústulas e crostas. Os pelos rígidos podem 
encurvar e penetrar na pele, produzindo irritação mesmo sem uma infecção importante. Nos 
folículos pilosos, ocorre o acúmulo de uma pequena quantidade de pus, o que faz com que eles 
se tornem irritados e hiperemiados. A infecção danifica os pelos, os quais podem ser facilmente 
arrancados. 
• Pseudo-foliculit: são lesões que surgem sempre após o ato de barbear-se e decorrem do 
encravamento de pelos. A da virilha é mais comum em mulheres, consequente ao hábito de 
depilar-se. 
• Furúnculo: Infecção bacteriana da pele que causa a necrose (destruição) do folículo 
pilosebáceo. É causada pela bactéria estafilococos.A lesão inicia-se por um nódulo muito 
doloroso, eritematoso, inflamatório, endurecido e quente e centrado por um pêlo, onde pode 
aparecer pequeno ponto de pus. Com a evolução do quadro ocorre o rompimento do nódulo e a 
eliminação do "carnegão", deixando área ulcerada que vai cicatrizar geralmente deixando marca 
escura no local. As lesões são mais freqüentes em áreas de dobras da pele, sendo muito comuns 
nas nádegas e virilhas.Quando ocorrem repetidamente, a doença recebe o nome de furunculose e 
está associada a uma deficiência do organismo em evitar a infecção do folículo. 
• Xantelasma: caracteriza-se por placas amareladas nas pálpebras. Na maioria dos casos não 
há nenhuma causa sistêmica, mas pode estar associado a uma dislipoproteinemia, mais 
frequentemente à hipercolesterolemia familial com níveis elevados de colesterol e LDL. As razões 
para seu tratamento são estéticas, e diversas modalidades terapêuticas podem ser empregadas. 
 
 
 
 
• Erisipela: Infecção bacteriana da pele que atinge sua porção mais profunda (derme profunda e 
tecido gorduroso). É causada pela bactéria estreptococos. 
• Caracteriza-se por eritema, dor e edema (inchaço)da região afetada. A progressão é rápida, 
podendo atingir áreas extensas em pouco tempo. A pele se apresenta lisa, avermelhada e quente 
e, em alguns casos, pode haver a formação de bolhas (erisipela bolhosa) ou feridas. Acompanha-
se de febre e mal estar geral e habitualmente ocorre o aumento dos gânglios regionais ("ínguas"). 
• A "porta de entrada" da bactéria para os tecidos profundos da pele pode ser uma pequena 
lesão muitas vezes imperceptível. Na erisipela da perna é muito comum a porta de entrada ser 
uma "frieira", micose ou ferimento entre os dedos dos pés. Surtos repetidos de erisipela podem 
causar a elefantíase, na qual o local apresenta aumento de volume devido a um edema duro e 
persistente, podendo a pele adquirir aspecto verrucoso. 
• Paroníquia: Alteração conhecida como “unheiro”. É um processo inflamatório crônico das 
dobras periungueais. Pode haver, secundariamente, infecção por bactérias ou fungos, leveduras 
(mais comumente candida albicans).É mais frequente em mulheres e como doença ocupacional: 
donas de casa, empregadas domésticas, profissionais de limpeza, ou profissionais que estejam 
sempre expondo mãos e unhas à umidade excessiva. 
• Púrpura senil: Acomete mais mulheres que os homens, por alterações hormonais, sofre com o 
envelhecimento da pele, com menor idade e maior intensidade. 
• Rinofima: também chamado de elefantíase nasal ou acne hiperplásica. Está associado, na 
maioria das vezes, ao hábito de ingestão de álcool (alcoolismo). Sendo um adiantado estágio de 
acne rosácea, modifica substancialmente as características histológicas da pele do nariz, 
emprestando aos pacientes o aspecto típico de elefantíase nasal.É caracterizado clinicamente por 
eritema cutâneo, contendo grosseiras glândulas sebáceas hiperplásicas, sendo mais comum no 
sexo masculino numa proporção de 12 para 1, em pacientes caucasianos, com média de 60 anos 
de idade. Histologicamente, observa-se hipertrofia e hiperplasia das glândulas sebáceas, 
proliferação fibrovascular da derme e acantose do epitélio1-3. Pode ocorrer malignização, 
eventualmente para carcinoma basocelular e mais raramente, carcinoma espinocelular ou 
angiossarcoma. (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
 
 
CAPÍTULO IV- AFECÇÕES ULCEROSAS 
 
• Úlcera venosa de perna: forma mais comum, se dá por insuficiência venosa crônica, sequela 
de trombose venosa profunda, varizes primárias, anomalias valvulares venosas.A ulceração é o 
sinal físico da desnutrição cutânea e representa a ruptura do epitélio.Veias tortuosas, dilatadas, 
ao redor dos tornozelos são características de hipertensão venosa 
• Úlcera arterial de perna: Desnutrição crônica da pele devido à insuficiência arterial que leva a 
ulceração são frequentemente mais dolorosas que as venosas. E pioram quando em 
degravitação, a coloração é pálida, seca, cianosada, e a palidez aumentam se o membro é 
elevado, apresenta também sinais de queimação e parestesia. 
(GUIRRO; GUIRRO, 2006). 
 
 
CAPÍTULO V - TUMORES BENIGNOS DA PELE 
 
• Lesões epidérmicas 
o Cisto epidermóide: Geralmente formado por lesões múltiplas, arredondadas e elevadas, de 
consistência relativamente mole, localizadas na derme ou na tela subcutânea, na região do 
pescoço e do tronco. O tamanho varia de 1 a 5 cm. É indolor. 
o Milium: Pequenos cistos epidérmicos de 1 a 2 mm de diâmetro, superficiais e de coloração 
esbranquiçada que surgem espontaneamente na face e região peri-orbicular, ou por traumatismo, 
sol, cirurgia e até dermabrasão. Atingem crianças, ocorrendo com maior frequência e número em 
mulheres jovens. 
o Verruga seborreica: No início a lesão é plana, elevando-se com o tempo. De consistência 
mole e coloração marrom, costuma atingir a face e o couro cabeludo. Por traumatismo, pode 
apresentar crostas na superfície e inflamação na base. 
(GUIRRO; GUIRRO, 2006). 
 
 
• Lesões dos tecidos conjuntivos 
o Queloide: Neoplasia do tecido conjuntivo fibroso. Ocorrem espontaneamente ou após 
traumatismo, em geral queimadura pôr fogo ou substância química. A lesão tem consistência 
firme, coloração avermelhada e bem delimitada.Os quelóides são recobertos por pele fina e 
brilhante, sem folículos pilosos. Ocasionalmente encontram- se telangiectasias. Pode haver 
sensibilidade à pressão, prurido ou hiperestesia. Acometem mais o rosto, a porção superior do 
tronco e o pescoço. A incidência é bem maior em negros e asiáticos, havendo predisposição 
genética. 
o Lipomas: Tumores benignos do tecido adiposo. São lisos, de consistência maciae 
crescimento lento. Podem ser múltiplos ou isolados. Costumam aparecer em regiões de maior 
depósito de gorduras, afetando tanto homens quanto mulheres. Às vezes atingem a face. Podem 
provocar dor. 
(GUIRRO; GUIRRO, 2006). 
 
 
• Lesõesvasculares: 
o Hemangiomas: De dimensões variadas e consistência macia, regridem espontaneamente. A 
coloração depende da profundidade da lesão (de vermelho-escuro a vermelho-azulado, passando 
por cor da pele e acinzentado no início da regressão espontânea). Atingem mais meninas que 
meninos, em qualquer parte do corpo,inclusive a face. De causa desconhecida, resultam do 
crescimento anormal do número e dimensão dos vasos sanguíneos. 
o Nevos: representam a proliferação benigna de um elemento tecidual, presente no nascimento 
ou nas primeiras décadas de vida. 
o Nevo melanócito displásico: Os aspectos morfológicos são variados: macular, papuloso, 
nodular e penduculado. A cor também varia, desde a cor da pele até o negro, passando pelo 
 
 
castanho, amarelo, azulado e marrom. Também apresenta tamanhos diversos, de milímetros a 
alguns centímetros. 
o Nevo melanocítico piloso: Há presença de tumores extensos de consistência macia e coloração 
escura, que eventualmente exibem porções mais claras. Sua superfície pode ser lisa ou 
papilomatosa, de dimensões variadas, desde o tamanho de uma moeda até proporções enormes, 
cobrindo extensas áreas do corpo. Muitas vezes, o tumor é coberto por pelos espessos e 
escuros. 
o Nevo azul: É azul-escuro, o centro da lesão pode ser cinzento ou esbranquiçado. A lesão é 
geralmente plana, mas pode ser nodular com superfície lisa. Tem no máximo 1 cm de diâmetro. 
Aparece no dorso das mãos, dos pés, nos glúteos e na face. Embora não possa transformar-se 
em tumor maligno, quando se opta pela incisão, esta deve ser profunda, pois muitas vezes o 
tumor atinge a camada subcutânea. 
o Nevo acrômico: Formado por manchas acrômicas congênitas, de delimitações muito precisas, 
mas irregulares. 
o Nevocelular: Trata-se de um tumor benigno encontrado em peles normais de qualquer ser 
humano. Forma-se a partir de proliferações de melanócitos. Ao nascimento, pode estar ausente 
ou presente. No estágio inicial, mesmo sendo difícil diferenciar o melanoma de um nevo celular, 
é importante fazer o diagnóstico para identificar qualquer possibilidade de melanoma maligno. 
Sinais como crescimento rápido, alteração de cor, secreção, sangramento e prurido exigem o 
acompanhamento de um dermatologista. (GUIRRO; GUIRRO, 2006). 
 
 
CAPÍTULO VI- NEOPLASIAS DA PELE 
 
LUZ SOLAR E PELE E O ESPECTRO SOLAR 
 
 
A radiação solar, provocada pelas altíssimas temperaturas existentes no sol, resulta do 
deslocamento de elétrons que chegam até a Terra, via espaço sideral. 
Estas ondas de elétrons irradiam-se na forma de raios visíveis e invisíveis ao olho humano. O 
espectro solar compreende três zonas: luz visível, ultravioleta (UV) e infravermelha. 
Radiações invisíveis, denominadas ultravioleta (UV), de três tipos: ultravioleta A (UVA); 
ultravioleta B (UVB); ultravioleta C (UVC).Cada uma delas apresenta características especiais, 
particularmente em relação ao comprimento de onda – medido em nanômetros (nm): 
• UVA (315 a 400 nm): são as radiações que mais penetram na pele, atravessando a epiderme e 
chegando à derme mediana. Não têm capacidade eritematógena, mas sim de pigmentação direta. 
• UVB (280a 315 nm): são radiações absorvidas pelo vidro e têm relativo poder bactericida. 
Aproximadamente 20% atingem a camada basal da epiderme e 5%, a derme superficial. São 
responsáveis pelas queimaduras solares e interferem na pigmentação de maneira indireta. 
• UVC (100 a 280 nm): são os raios de ondas mais curtas e quase não atingem a superfície da 
Terra, porque são absorvidos pelas camadas mais externas da atmosfera, especialmente pela 
camada de ozônio. Não atravessam vidros, são bactericidas, pouco eritematógenos e quase não 
têm poder de pigmentação 
A maior incidência de raios UV (principalmente UVB) se dá entre as 10 e as 14 horas, sendo 
mais intensa no verão e tanto mais intensa quanto mais baixa a latitude.A neve, a areia da praia, 
as superfícies brilhantes, metálicas e pintadas aumentam a dose de radiação recebida. Nuvens 
pouco esparsas não conseguem filtrar os raios UV. (BORGES e SCORAZA, 2016) 
 
EFEITOS DO SOL SOBRE A PELE 
 
 
Na epiderme encontramos a melanina, pigmento orgânico fotoprotetor que atua como agente de 
absorção e reflexão da luz solar. Agindo desta maneira, a epiderme protege os núcleos dos 
queratinócitos, evitando a sua morte. Encontramos ainda, nesta parte da pele, o ácido urocrânico, 
elemento igualmente responsável pela absorção da luz solar. 
O problema ocorre quando a exposição é prolongada e quando não se usa proteção solar. Todas 
as pessoas estão sujeitas às radiações. Fatores como o tipo e a cor da pele interferem muito no 
tipo de reação. 
A resposta à radiação solar caracteriza-se, fundamentalmente, pelo desenvolvimento de: 
• eritema solar: manifestação cutânea de avermelhamento; é uma resposta inflamatória, anormal 
e transitória, que se deve a reações originadas na camada espinhosa epidérmica e 
eventualmente na derme; 
• melanogênese: pode ser uma reação imediata, devida ao escurecimento da melanina existente 
nos queratinócitos, ou tardia, devida a um processo chamado de neomelanogênese; 
 
 
• aumento do número de queratinócitos; 
• espessamento da camada córnea. 
• Outras intercorrências: alteração do pH, descamação, desidratação e hipertricose. A exposição 
equilibrada ao sol, contudo, traz benefícios preciosos. 
• Os UVB são importantes na transformação do ergosterol dérmico em vitamina D (anti- 
raquitismo). 
• A luz e o calor provenientes do sol melhoram o aspecto emocional. Na Europa, banhos de luz 
são usados para combater a depressão do inverno. 
• A exposição aos raios solares favorece a renovação da pele, colaborando para melhoria do 
aspecto de certas doenças da pele, como a psoríase 
• Dermatoses relacionadas à radiação solar 
• Queimadura solar: Reação inflamatória aguda que consiste na formação de eritema, edema, 
dor local e, nos casos mais intensos, vesiculação e bolhas. Causada pela agressão da radiação 
ultravioleta, principalmente UVB, relaciona-se diretamente à intensidade da luz e à cor da pele do 
indivíduo. 
• Fotodermatoses: Queimadura de pele sem conotações imunológicas, que resulta da maior 
sensibilidade da pele ao sol, produzida por certos tipos de substâncias. É o caso das manchas 
que ocorrem após a manipulação de frutas cítricas, como limão, por exemplo. 
• Fotoalergia: Aumento da reatividade cutânea à luz ultravioleta, de base imunológica (alérgica). 
O quadro clínico é eczematoso, com eritema, edema, vesiculação e bolhas. Ocorre pelo uso de 
algum tipo de droga, como analgésicos, antibióticos, diuréticos e neurolépticos, e posterior 
exposição ao sol. Para comprovar a fotoalergia, realiza-se o fototeste de contato, de princípios 
semelhantes aos do upatch test. 
• Fotoenvelhecimento: Temos uma visão clara da ação solar sobre a pele ao observar a pele do 
idoso. Ela apresenta características bem diversas na região habitualmente não exposta à luz solar 
e na área cutânea submetida à ação deletéria e cumulativa da radiação solar. No envelhecimento 
actínico, observam-se erros de síntese protéica no nível dos fibroblastos, que favorecem 
alterações das proteínas fibrosas – elastose solar 
– as quais, junto com outras modificações, acentuam as rugas. O ácido retinóico (tretinoína) tem 
sido usado no rejuvenescimento desde os estudos de Kligman. Exige o uso simultâneo de filtro 
solar, por ser fotossensibilizante. Entre os alfa-hidroxi-ácidos, o mais usado é o ácido glicólico 
que, em baixas concentrações, promove alto grau de hidratação da pele, e a 70% é empregado 
em peeling, no tratamento das queratoses actínicas, verrugas etc. (BORGES; SCORAZA, 2016) 
 
Dermatoses relacionadas à exposição solar crônica 
• Melanose solar (senil) 
• Queratose solar: Composta por lesões queratósicas, rugosas, com escamas amareladas e 
acastanhadas, finas, aderentes e secas, localizadas no rosto, nos braços e no colo. Pré-
cancerosas, relacionam-se à exposição crônica ao sol. Ocorrem em peles claras e idosas. 
• Além da melanose e da querastose solar, outras alterações se relacionam ao sol: elastose 
solar (engrossamento, espessamento e amarelamento), leucodermia solar (pequenas máculas 
 
 
acrômicas em braços e pernas). 
(BORGES; SCORAZA, 2016) 
 
 
CÂNCER DE PELE 
 
 
Tumor formado por células da pele que sofreram uma transformação e multiplicam- se de maneira 
desordenada e anormal dando origem a um novo tecido (neoplasia). Entre as causas que 
predispõem ao início desta transformação celular aparece como principal agente a exposição 
prolongada e repetida à radiação ultra-violeta do sol. 
O câncer da pele atinge principalmente as pessoas de pele branca, que se queimam com 
facilidade e nunca se bronzeiam ou se bronzeiam com dificuldade. Cerca de 90% das lesões 
localizam-se nas áreas da pele que ficam expostas ao sol, o que mostra a importância da 
exposição solar para o surgimento do tumor. A proteção solar é, portanto, a principal forma de 
prevenção da doença. Quatro sinais indicadores de câncer: 
1. Assimetria: algumas formas de melanoma maligno, em fase inicial, são assimétricas, ou seja, 
traçando uma linha pelo meio do melanoma, as metades não são iguais. As manchas de pele 
comuns são redondas e simétricas. 
2. Borda: as bordas do melanoma, em seu estágio inicial, são frequentemente irregulares, com 
bordas abruptas e recortadas. As manchas comuns têm bordas regulares e suaves. 
3. Cor: tonalidades diferentes de negro e marrom são freqüentemente o primeiro sinal de um 
melanoma maligno. Manchas comuns com freqüência têm uma tonalidade marrom específica. 
4. Diâmetro: As manchas comuns geralmente têm menos de 6 mm de diâmetro. Os melanomas, 
em estado inicial, tendem a apresentar um diâmetro maior. 
Medidas preventivas 
A exposição prolongada e repetida da pele ao sol causa o envelhecimento cutâneo além de 
predispor a pele ao surgimento do câncer. Tomando-se certos cuidados, os efeitos danosos do 
sol podem ser atenuados. Aprenda a seguir como proteger sua pele da radiação solar. 
• Usar sempre um filtro solar com fator de proteção solar (FPS) igual ou superior a 15, aplicando-
o generosamente pelo menos 20 minutos antes de se expor ao sol e sempre reaplicar após 
mergulhar ou transpiração excessiva. 
• Usar chapéus e barracas grossas, que bloqueiem ao máximo a passagem do sol e mesmo 
assim usar o filtro solar pois parte da radiação ultra-violeta reflete-se na areia atingindo a Pele. 
• Evitar o sol no período entre 10 e 15 horas. 
• A grande maioria dos cânceres de pele localizam-se na face, deve-se protegê-la sempre. 
• Proteger os lábios e orelhas, locais comumente afetados pela doença. 
• Se as manchas da pele sofrerem modificações, formarem "cascas" na superfície, sangrarem 
com facilidade, feridas que não cicatrizam ou lesões de crescimento progressivo, deve-se 
procurar o médico 
 
 
 
• Recomenda-se que se faça uma visita anual ao médico para avaliação da sua pele e 
tratamento de eventuais lesões pré-malignas. 
• Estas recomendações são especialmente importantes para as pessoasde pele fotótipos I e II, 
as quais devem evitar qualquer tipo de exposição ao sol sem proteção. (BORGES e SCORAZA, 
2016) 
 
Os principais carcinomas de pele são: 
• Carcinoma Basocelular: mais frequente e com o menor potencial de malignidade. Seu 
crescimento é lento e muito raramente se dissemina à distância. Pode se manifestar de várias 
maneiras. Feridas que não cicatrizam ou lesões que sangram com facilidade devido a pequenos 
traumatismos, podem ser um carcinoma basocelular.Por ser um tumor de crescimento muito 
lento e que não dá metástases (não envia células para outros órgãos), é o de melhor prognóstico 
entre os cânceres da pele. No entanto, pode apresentar característica invasiva e, com o seu 
crescimento, destruir os tecidos que o rodeiam atingindo até a cartilagem e os ossos. 
• Carcinoma Espinocelular: Tem crescimento mais rápido e as lesões maiores podem enviar 
metástases à distância. Também conhecido como carcinoma epidermóide, é bem menos 
freqüente que o basocelular. Acometem mais áreas de mucosa aparente, como a boca ou o lábio, 
cicatrizes de queimaduras antigas ou áreas que sofreram irradiação (raios X). Pode ocorrer 
também a partir de lesões pré-cancerosas decorrentes da exposição prolongada e repetida da 
pele ao sol.Pode surgir em áreas de pele sadia ou previamente comprometidas por algum outro 
processo como cicatrizes de queimaduras antigas, feridas crônicas ou lesões decorrentes do 
efeito acumulativo da radiação solar sobre a pele, como as ceratoses solares. Ele tem o 
crescimento mais rápido que o carcinoma basocelular, atinge a pele e as mucosas (lábios, 
mucosa bucal e genital) e pode enviar metástases para outros órgãos se não for tratado 
precocemente. A proteção solar é a melhor forma de prevenir o seu surgimento pois sua 
localização mais frequente são as áreas de pele expostas continuamente ao sol. 
• Melanoma Maligno: Tumor maligno muito grave que se origina das células que produzem o 
pigmento da pele (melanócitos). Freqüentemente envia metástases para outros órgãos, sendo 
de extrema importância o diagnóstico precoce para a sua cura. Pode surgir a partir da pele 
sadia ou a partir de "sinais" escuros (os nevos pigmentados) que se transformam no melanoma. O 
melanoma pode surgir em áreas da pele não exposta ao sol, porém, é mais frequente nas áreas 
expostas. Pessoas que possuem sinais escuros na pele devem se proteger dos raios ultravioletas 
do sol, que podem estimular a sua transformação. Por isso, qualquer alteração em sinais antigos, 
como: mudança da cor, aumento de tamanho, sangramento, coceira, inflamação, surgimento de 
áreas pigmentadas ao redor do sinal justifica uma consulta ao médico para avaliação da lesão. 
Além disso, algumas características dos sinais podem recomendar o exame. Abaixo, o ABCD do 
melanoma: 
o Assimetria: formato irregular 
o Bordas irregulares: limites externos irregulares 
o Coloração variada (diferentes tonalidades de cor) 
o Diâmetro: maior que 6 milímetros 
 
 
 
NIVEIS DE CLARK 
• Nível I: melanoma in situ, atinge membrana basal 
• Nível II: atinge derme papilar. 
• Nível III: atinge o limite da derme papilar-reticular. Sem invadir a reticular. 
• Nível IV atinge derme reticular. 
• Nível V: atinge hipoderme. (BORGES e SCORAZA, 2016) 
 
 
CAPÍTULO VII - DOENÇAS INFECCIOSAS 
 
• Micoses superficiais: As micoses superficiais são infecções causadas por fungos localizadas 
nas camadas superficiais da pele e seus anexos, bem como nas mucosas e zonas cutâneo 
mucosas. Os fungos e as leveduras proliferam melhor em ambientes quentes e úmidos. 
• Dermatofitoses: Dermatófitos são fungos prevalentes em nosso meio, que causam micoses no 
couro cabeludo, na pele e nas unhas. Pertencem a vários gêneros, como Microsoorum sp, 
Trichophyton sp e Epidermoohyton sp. Têm grande afinidade pela queratina e podem adaptar-se 
mais ao homem (antropofílicos), à terra (geofílicos) ou aos animais (zoofílicos). A lesão causada 
pelo dermatófito pode atingir os pés, a região inguinal ou a pele em geral.Nos pés, causa bolhas, 
descamação ou fissuras entre os dedos. 
• Micose do couro cabeludo: Os fungos do grupo dos dermatófitos podem comprometer o folículo 
pilossebáceo, contribuindo para um quadro de micose do couro cabeludo e da barba, no qual 
clinicamente aparece uma área com rarefação capilar (alopecia), cotos pilosos, descamação e às 
vezes algum prurido. 
• Candidoses: A Candida albicans é uma levedura que convive, saprofitariamente, na pele e na 
mucosa do indivíduo saudável. Mediante alterações fisiológicas, doenças imunológicas ou 
metabólicas, compromete patologicamente o indivíduo, ferindo a pele, a mucosa e as unhas. 
Aparecem placas eritemato-descamativa maceradas nas regiões submamárias, ínguinocrural, 
axilares ou interdigitais. 
• Verrugas: Causadas pelo vírus do grupo papovavírus, podem ser vulgares, quando aparecem 
como pápulas hiperqueratósicas com pontos enegrecidos na superfície; únicas ou disseminadas, 
se atingem as regiões periungueal e plantar (olho de peixe); ou achatadas (verruga plana).Quando 
atingem as mucosas, recebem o nome de condiloma acuminado, de aspecto papuloso, achatado e 
até vegetante, como uma couve-flor. 
• Piodermites: São infecções cutâneas primárias, produzidas por germes piogênicos 
(estreptococos e estafilococos), que são tipos de bactérias. Quando estes agentes infectam 
somente a superfície da pele, temos o impetigo; entretanto, se há comprometimento da derme, 
surge o ectima. 
(VIVIER, 2000) 
 
 
CAPÍTULO VIII - IDENTIFICANDO PROBLEMAS ESTÉTICOS 
 
Abordaremos os distúrbios estéticos que são mais comuns e seus principais tratamentos. Os 
principais distúrbios apresentam alterações histopatológicas nos tecidos e anexos que os 
compõem. Serão abordados: adiposidade localizada, L.D.G – Lipodistrofia ginóide, estrias, 
flacidez muscular etissular 
 
L.D.G (LIPODISTROFIA GINÓIDE) 
 
 
A L.D.G é também conhecida pelos nomes de lipoesclerose, Fibroedema ginóide, 
fibroedemagelóide, distrofia celular, dermohipodermosis celulítica, paniculopatia edemato- fibrato-
esclerótica, hidrolipodistrofia ginóide ou ainda fibroedemaesclerose (GUIRRO; GUIRRO, 2006). 
Entende-se por L.D.G (lipodistrofia ginóide) um complexo de alterações no tecido adiposo, 
resultando em macronódulos na superfície cutânea, que acomete exclusivamente mulheres, em 
que o fator hormonal influi na disposição das células adiposas e nos compartimentos 
interlobulares (GUIRRO; GUIRRO, 2006). 
 
• Histologicamente: é uma infiltração edematosa do tecido conjuntivo, não inflamatória, seguida 
de polimerização da substância fundamental, que se infiltrando nas tramas produz uma reação 
fibrótica consecutiva. 
• Etiopatogenicamente: é um processo reativo da substância fundamental frente à mudança 
estrutural das glicosaminoglicanos. 
• Clinicamente: é um espessamento não inflamatório das capas subepidérmicas, às vezes 
doloroso, que se manifesta em forma de nódulo ou placas de variada extensão e localização. 
• Fisiopatologia: A dinâmica desse tecido distrófico é consequência do aumento da pressão do 
líquido intersticial, que evolui para um microedema não depressível. Pode considerar que se trata 
de uma hidrolipodistrofia. O aumento da pressão capilar resulta do aumento da pressão venosa 
por compressão ou constrição. A vasodilatação arteriolar pode ser química, humoral ou nervosa e 
há também a possibilidade de aumento da pressão arteriolar sistêmica, em pacientes propensos e 
obesos. O microedema também pode resultar da diminuição da pressão oncótica plasmática por 
perda das proteínas plasmáticas e aumento da permeabilidade capilar. A pressão oncótica do 
líquido intersticial pode aumentar: por acúmulo excessivo de proteínas no interstício que 
extravasa; por aumento da permeabilidade capilar, por obstrução linfática e por 
hiperpolimerização dos glicosaminoglicanos. O fluxo linfático pode diminuir por insuficiênciade 
reabsorção pelas terminações venosas e por aumento da pressão oncótica intersticial pelo 
acúmulo de proteínas de alto peso molecular. (GUIRRO; GUIRRO, 2006). 
A L.D.G deve ser vista como uma patologia multifatorial cuja estrutura alvo é o complexo 
dermogorduroso.Fatores predisponentes como genética, hormônios e outros fatores endógenos e 
ambientais, propiciam o desenvolvimento de sinais e sintomas clínicos que se superpõem e 
adicionam aspectos negativos nesse tipo de alteração. É importante ressaltar que a L.D.G resulta 
da soma de fatores predisponentes. 
 
 
O fator hereditariedade engloba importantes aspectos que incluem a predisposição genética, 
determinando a forma e tipo de alteração corporal que a paciente apresentará. Não pode 
atribuir a gênese da 
L.D.G a um único gene; a herança é multifatorial. Outro ponto a ser ressaltado é o tipo 
morfológico da paciente, tipo de distribuição da gordura e a forma pela qual esse sistema será 
metabolizado; nessa categoria ainda se encaixa a influência étnica. As deformidades encontradas 
nos latinos incluem a estrutura com excesso de quadril; os anglo-saxões apresentam deformidade 
tipo pneu, os asiáticos apresentam alterações tronculares no nível do quadril, tórax e braços 
(GUIRRO; GUIRRO, 2006). 
• Influência Hormonal: A ação hormonal é responsável pelo início do processo, bem como pela 
evolução e agravamento da L.D.G. O tecido gorduroso é o principal local da conversão da 
androstenediona para estrona. Mulheres obesas possuem essa conversão aumentada, mas isso 
não quer dizer que mulheres magras não possam ter 
L.D.G. Os prováveis mecanismos do hiperestrogenismo incluem: secreção aumentada de 
estrogênio (tumores ovarianos); aumento na conversão periférica (extra glandulares) de 
androstenediona em estrona; por iatrogenia na administração de estrógeno e percussores 
(anabolizantes). O estrógeno influencia as células adiposas pelo aumento significativo de enzima 
lipoproteína lípase (LPL) ou pela ação heparínica ativadora da LPL.Além de atuar sobre os 
adipócitos, o estrógeno atua sobre o fibroblasto e o turnover de macromoléculas. A alteração das 
propriedades bioquímicas da matriz extracelular afeta o transporte e a retenção de íons; essa 
retenção de íons produz uma pressão osmótica intersticial alta, microedema que dificulta a 
difusão de nutrientes, metabólitos e hormônios entre as células e o sistema circulatório. As 
alterações dos vasos pelo estrógeno incluem diminuição do fluxo sanguíneo venoso, 
alteração da permeabilidade dos vasos linfáticos e aumento da coagulação por mudança nas 
plaquetas. 
• Influência Ambiental: é muito importante no agravamento e na evolução da L.D.G. Hábitos 
alimentares inadequados, com dieta hipercalórica e hiperlipídica, com insuficiência de proteínas, 
fibras, vitaminas, sais minerais e oligoelementos são um dos principais fatores ambientais. 
• Sedentarismo: também contribui como fator exógeno por diversos motivos, que incluem: a 
diminuição de gastos calóricos e de estímulo adrenérgico; diminuição da massa muscular e 
aumento da adiposidade, flacidez tissular e muscular, diminuição do fluxo sanguíneo dificultando 
a oxigenação, troca metabólica e retorno venoso e linfático. 
• Doenças associadas: propiciam alterações do conectivo como circulatório, metabólico, 
hormonais, entre outros. A iatrogenia medicamentosa também influencia a L.D.G como 
hormonoterapia. Assim como fatores de compressão interna como gravidez, doenças pélvicas, 
TPM, obstipação intestinal; e a compressão externa, como vestuário e cinta apertadas, podem 
diminuir a microcirculação cutânea. (GUIRRO; GUIRRO, 2006) 
 
Evolução é realizada em quatro estágios baseados na fisiopatologia: 
• Alteração esfincteriana arteriolar, pré-capilare, levando a uma modificação da permeabilidade 
do capilar venoso e ectasia capilar, com transudação e edema pericapilar e interadipocitária 
• O edema dificulta as trocas metabólicas e, desencadeia uma resposta conjuntiva, com 
hiperplasia e hipertrofia do arcabouço reticular. Laceração de alguns adipócitos. 
 
 
• Arqueamento das fibras de colágeno e agregação em formas capsulares gerando a formação 
dos micronódulos. 
• Esclerose das traves conjuntivas e formação de macronódulos, pela junção de muitos 
micronódulos. 
• Resumindo: Trata-se, portanto de um tecido mal oxigenado, subnutrido, desorganizado, sem 
elasticidade, resultante de um mau funcionamento do sistema circulatório e das consecutivas 
transformações do tecido conjuntivo. 
(GUIRRO; GUIRRO, 2006) 
 
 
CLASSIFICAÇÃO L.D.G 
 
 
• Estágio 1 - microestases sanguíneas e linfáticas localizadas, provocando alterações no tecido 
dermo-hipodérmico, edema tecidual. 
• Estágio 2 - degeneração das fibras colágeno e elastina, com consequente floculação do tecido 
conectivo, causando micronódulos. 
• Estágio 3 - completo processo de eliminação de catabólitos, formando uma trama profunda e 
compacta de elementos vasculares e celulares, transformando os micros em macronódulos. 
• Estágio 4 - chamado de fibroso-cicatricial, o tecido dermo-hipodérmico é acometido por um 
processo único de esclerose, caracterizado praticamente por acúmulo, com capacidade quase 
nula de eliminação. (GUIRRO; GUIRRO, 2006) 
 
 
 
A L.D.G também pode ser classificada por consistência de pele: 
• Compacto: firme e não muda de acordo com a posição. Na palpação, a superfície é prendida 
aos níveis fundos e, ao beliscar, o aspecto da casca de laranja é evidente. Este padrão é 
frequentemente associado com marcas de extensão e é o padrão mais comum achado entre 
adolescentes. 
• Flácido: associado com hipotonia muscular e flacidez. Também acontece em mulheres que 
perderam peso de repente. A superfície acolchoada é evidente, a pele treme com movimento e 
mudanças, de acordo com a posição. Pode haver perturbações circulatórias (telangiectasias e 
varizes). 
• Edematosa: manifesta com volume aumentado dos MMII e um sinal de Godet positivo. 
 
 
• Misto: misturado acontece frequentemente, pode ser observada em locais diferentes na mesma 
paciente. (GUIRRO; GUIRRO, 2006) 
 
ESTRIAS 
 
 
Podem ser definidas como um processo degenerativo cutâneo, benigno, caracterizado por lesões 
atróficas em trajeto linear, que variam de coloração de acordo com sua fase evolutiva. É 
considerado um processo de natureza estética, uma vez que não gera incapacitação física ou 
alteração da função cutânea. 
Acometem, na maioria das vezes, mulheres e homens entre 9 a 35 anos, principalmente 
gestantes, obesos, adolescentes em fase de estirão de crescimento, levantadores de peso, uso 
de contraceptivos e pacientes submetidas a implante de prótese de silicone mamária. Ocorrem 
preferencialmente em glúteos, mamas, coxas, pernas, podendo também surgir em abdômen, 
axilas e braços. 
Apresentam-se como linhas de aspecto atrófico central, com coloração que oscila do eritema 
purpuro, nas lesões recentes, ao branco, nas mais antigas. O prunido é bastante referido na fase 
inicial. A evolução natural do processo dura de 6 a 12 meses, período no qual as estrias 
naturalmente esmaecem na coloração, o que dá uma impressão de melhora e o que torna a 
avaliação objetiva dos vários tratamentos muito difíceis. (MAIO, 2011). 
 
As estrias podem ser de dois tipos: 
• Rosadas: são as estrias que se formaram mais recentemente, apresentando 
essa coloração devido ao rompimento dos vasos sanguíneos da região. Nessa fase, 
os tratamentos costumam fornecer resultados mais satisfatórios. 
• Nacaradas: são as estrias antigas, nas quais já ocorreu a formação da fibrose. 
Nessa fase, elas são esbranquiçadas. Os tratamentos conseguem promover seu 
estreitamento ou atenuação. 
 
 
Sua patogênese ainda não é plenamente conhecida. Os trabalhos científicos reconhecem sua 
natureza multifatorial e vêm demonstrando os vários fatores implicando em sua origem. As 
mudanças nas estruturas que suportama força tênsil e elasticidade geram um afilamento do 
tecido conectivo que, aliado a maiores tensões sobre a pele, produzem as estriações cutâneas. 
São tradicionalmente reconhecidos fatores físicos, hormonais, imunológicos, tratamentos com 
corticóides como principais causas; assim como o elevado nível de cortisol, estrógeno envolvido 
com a obesidade também é citado como causador de estrias. 
Há redução da expressão gênica para formação de pró-colágeno I e III, fibronectinas, elastina 
quando estudados em comparação com áreas de pele normal, o que indica alteração do 
metabolismo dos fibroblastos nas estrias. 
Essas lesões mostram, usualmente, fragmentação e posterior espessamento de fibras elásticas, 
degranulação mastócitária e elastólise na fase inicial da formação das estrias. 
 
 
As fibras elásticas parecem ser o alvo principal no processo inicial da formação das estrias, a 
partir disso, degranulação de mastócitos e ativação macrofágica intensificam a elastólise. 
 
Na área que afeta a matriz dérmica apresenta-se mais fina e flocular; os tonofilamentos 
subjacentes à junção dermoepidérmica, assim como as fibras elásticas da derme papilar, 
encontram-se significativamente reduzidas em relação à pele normal. (MAIO, 2011). 
 
FLACIDEZ 
 
 
• A flacidez muscular é a falta de tonicidade da pele ou músculo. A flacidez refere-se ao estado 
mobilizado, frouxo ou lânguido do tecido. Ela pode ser muscular ou cutânea, sendo a sua causa 
multifatorial, o que incluem fatores genéticos, ambientais e de maus hábitos, como o 
sedentarismo. Não há um fator único e específico que cause flacidez (MAIO, 2011). 
• A flacidez tissular percebe-se que a maior incidência de casos é na mulher, em consequência 
de fatores hormonais e à gestação. Porém, outros fatores, como o fotoenvelhecimento, 
sedentarismo, alimentação inadequada e efeito sanfona, contribuem para o envelhecimento 
fisiológico, que tem seu início por volta dos 30 anos. Os idosos também repõem menor 
quantidade de colágeno e de elastina, que são as fibras mais importantes da tonicidade da pele. 
Cirurgias que promovam perda de peso rápida também favorecem a flacidez (MAIO, 2011). 
A flacidez tecidual ou tissular refere-se quando a pele fica flácida, frouxa; já a muscular se refere 
quando os músculos se encontram de uma maneira não tonificada. A pele geralmente está 
sobreposta ao músculo e acompanha a tonicidade dele. Se o músculo está flácido, a pele também 
parece flácida, porém se a pele está flácida e o músculo tonificado, então a aparência não é tão 
evidente. O músculo tonifica conforme os exercícios, já a pele não.A maior causa da flacidez 
muscular é a falta de exercício físico, pois quando os músculos não são solicitados com 
frequência, suas fibras se atrofiam (MAIO, 2011). 
 
ADIPOSIDADE LOCALIZADA / OBESIDADE 
 
 
É impossível falar de gordura localizada sem citar a obesidade. Não que pessoas com a 
gordura localizada sejam consideradas obesas, mas a fisiologia da formação das duas disfunções 
é a mesma, sendo a primeira em depósitos específicos e a segunda, mais distribuída 
corporalmente. 
As células adiposas fazem parte do tecido conjuntivo comum, porém a maioria delas se agrupa no 
tecido adiposo espalhado pelo corpo. Em pessoas de peso normal, o tecido adiposo corresponde 
a 20 - 25% do peso corporal na mulher e 15 - 20% no homem. 
 
O tecido adiposo é o maior depósito de energia (sob a forma de triglicerídeos) do corpo. As 
células hepáticas e o músculo esquelético também acumulam energia, mas sob a forma de 
glicogênio. 
 
 
 
Como a alimentação é feita a intervalos, e os depósitos de glicogênio são menores, é importante 
a existência dos grandes depósitos de triglicerídeos, que são usados para fornecer entre as 
refeições. Somente 5% dos obesos são de causas endócrinas. Em geral se dá pelo 
sedentarismo, má alimentação, causas psicológicas (ansiedade, stress) e genética (a chance é de 
70% para quem tem pais obesos). (MAIO, 2011). 
 
Classificação da Obesidade 
 
 
A obesidade pode ser classificada em quatro tipos, de acordo com a distribuição dos depósitos de 
gordura: 
• Tipo 1: caracterizado pelo excesso de massa adiposa total, sem concentração particular; 
• Tipo 2: caracterizado pelo excesso de gordura subcutânea na região abdominal e do tronco, 
também conhecido como do tipo andróide. Normalmente está associada ao aumento da fração 
LDL-C, estimulando o desenvolvimento de problemas cardiovasculares e a resistência à ação da 
insulina. 
• Tipo 3: caracterizado pelo excesso de gordura visceroabdominal, que também está associado a 
problemas cardiovasculares e a resistência à ação da insulina. 
• Tipo 4: caracterizado pelo excesso de gordura glúteo-femural, também conhecida como do tipo 
ginóide. Pode estar mais suscetível a alteração no período gestacional e desmame precoce. 
(MAIO, 2011). 
 
QUELÓIDES E CICATRIZES HIPERTRÓFICAS 
 
 
Cicatrizes hipertróficas e quelóides são variações do processo de cicatrização normal das feridas. 
Representam respostas hiperproliferativas do tecido conjuntivo aos traumatismos. 
São processos de cicatrização anormal, formados por deposição excessiva de matriz extracelular, 
especialmente colágeno. Para que uma cicatrização adequada ocorra é preciso que o mecanismo 
responsável pela sua realização esteja em perfeito funcionamento. Distúrbios genéticos, 
hereditários, podem causar alteração no mecanismo normal de cicatrização e com isto cicatrizes 
anômalas podem surgir. 
 
A cicatriz tem por finalidade reparar um dano causado em nosso corpo, preenchendo o espaço, o 
buraco, resultante da morte das células do tecido traumatizado, de maneira a fechar este espaço 
e manter a integridade interna de nosso corpo. 
Os fatores etiológicos relatados incluem inflamação, infecção ou trauma, especialmente 
queimaduras. Corpos estranhos, incisões mal planejadas e tensão estão frequentemente 
associadas à formação de cicatrizes hipertróficas. Quelóides e cicatrizes hipertróficas 
desenvolvem-se como resultado de uma proliferação exagerada de fibroblastos da derme após 
uma lesão tecidual, havendo acúmulo excessivo de colágeno nos tecidos. Há uma ausência de 
equilíbrio entre as fases anabólicas e metabólicas até as 3-4 semanas, com aumento contínuo da 
produção de colágeno, superior à quantidade que se degrada. 
 
 
A ferida se expande em todas as direções, elevando-se sobre a pele, de forma profunda. 
Cicatrizes hipertróficas são mais frequentes que os quelóides. 
O exato motivo que causa este processo ainda não é conhecido pela medicina e este mecanismo 
ainda permanece uma incógnita. (GUIRRO; GUIRRO, 2006) 
• Cicatrizes Hipertróficas: Apesar de serem resultados do mesmo processo, os quelóides 
possuem características que os diferem da Cicatriz Hipertrófica. 
• Quelóide: Tem como principal característica invadir tecidos íntegros, ao redor da cicatriz. 
Inicialmente o crescimento de um quelóide é acelerado, após algum tempo do seu surgimento 
este passa a ser lento, quase imperceptível. (GUIRRO; GUIRRO, 2006) 
 
 
CAPÍTULO IX - ENVELHECIMENTO FACIAL 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
Envelhecimento é a perda progressiva e irreversível da capacidade de adaptação do organismo 
às condições mutáveis do meio ambiente. A pele é o órgão que mais demonstra o 
envelhecimento. 
Um dado que diversos autores concordam é que apenas 25% do envelhecimento é causado por 
fatores genéticos e 75% por fatores ambientais. O número de melanócitos diminui com a idade, 
em áreas não foto exposta, na proporção de 6 a 8% por década. 
O start do envelhecimento facial inicia-se aos 25 anos de idade, isso porque a degradação da 
matriz extra celular (MEC) torna-se maior do que sua fabricação. A partir dos 30 anos de idade as 
células aumentam a produção de toxinas e radicais livres devido a ação do sol e poluição. 
O envelhecimento cutâneo divide-se em dois componentes, são eles: o envelhecimentointrínseco 
e extrínseco (TABELA 1). 
 
• Envelhecimento Intrínseco 
o O envelhecimento cutâneo intrínseco corresponde ao desgaste natural do organismo que 
ocorre pelo passar do tempo, sem sofrer interferências de fatores externos; podemos defini-lo 
também como envelhecimento cronológico. 
o O envelhecimento intrínseco, acompanha o processo ocorrido também com outros órgãos 
diante da degeneração natural do corpo do ponto de vista cronológico, e não tem relação com 
fatores ambientais. 
o Os fatores que o determinam são os fatores genéticos, hereditários, tipo e pele, doenças e 
hábitos diários. 
o Encontramos como alterações cutâneas ocorridas pelo envelhecimento intrínseco: 
▪ Diminuição da capacidade de renovação celular causando a aparência craquelado e fina. 
▪ Diminuição da produção de colágeno e elastina, ocorrendo então o surgimento de rugas e 
linhas de expressão que vão tornando-se cada vez mais acentuadas. 
▪ Achatamento da junção dermoepidérmica, comprometendo a homeostase dos tecidos 
circundantes. A pele apresenta-se fragilizada, pois não consegue ter suas funções 
adequadamente satisfatórias. 
▪ Atrofia das glândulas sudoríparas e sebáceas; a pele sem vitalidade, brilho, seca. 
▪ Diminuição da circulação sanguínea, pele desvitalizada, falta de nutrição celular; 
▪ Irregularidades no tecido adiposo, gerando esmaecimento de algumas regiões como 
submentoniana e malar. 
▪ Redução de melanócitos ativos o que pode causar a diminuição da fotoproteção aos raios 
ultravioletas. Pode ocorrer surgimentos discromias (hipercromias/hipocromias/acromias). 
 
 
▪ Diminuição da síntese de vitamina D, outro fator que compromete a capacidade de 
fotoproteção aos raios ultravioletas bem como a agressão de agentes externos. 
▪ Aumento da presença de radicais livres, devido a perda da funcionalidade dos telômeros. 
 
 
• Envelhecimento extrínseco 
o A radiação UVA (ultravioleta) com comprimento entre 320 nm a 400nm, atinge derme, trazendo 
prejuízo aos queratinócitos da epiderme e fibroblastos da derme. A exposição as radiações UVA 
induz a pigmentação da pele, promovendo bronzeamento pelo escurecimento da melanina. Já a 
radiação UVB, com comprimento de 280 nm a 320 nm, atinge a epiderme, é mais superficial, e 
por isso geralmente causa queimaduras. 
o Como a exposição solar é cumulativa, quanto maior o tempo de exposição solar, maiores serão 
os danos ao colágeno, bem como maiores serão as alterações das propriedades mecânicas da 
pele. Essa exposição causa lesões no DNA, alteram a resposta imunológica da pele, por ser tão 
agressiva podem causar mutações celulares aumentado o risco de câncer. 
o O envelhecimento extrínseco é caracterizado por alterações causadas por fatores externos, 
como: 
▪ fatores ambientais (luz, temperatura, ambiente, pressão atmosférica, ionização e composição 
química do ar); 
▪ hábitos de vida (ambiente trabalho, alimentação, uso de medicação, alimentação, tabagismo, 
uso de cosméticos, dentre outros) e 
▪ exposição à radiação ultravioleta, radiações ionizantes, ozônio, poluentes do ambiente, durante 
toda a vida, sendo esse último o principal fator; e é devido a isso também é chamado de 
fotoenvelhecimento. 
Outro fator de grande relevância no processo de envelhecimento extrínseco é o tabagismo. O 
fumo apresenta mais de 4 mil substâncias prejudiciais à saúde; mas a que mais prejudica a pele é 
a nicotina. A nicotina contida no fumo causa vasoconstrição que acarreta a diminuição da 
circulação sanguínea, prejudicando a oxigenação do tecido dérmico. Essa exposição de forma 
contínua e prolongada gera lesão das fibras elásticas e diminuição de síntese de colágeno; e 
como é considerada uma agressão faz com que aumente a produção de leucócitos, 
aumentando a liberação de antioxidantes e mediadores da inflamação intensificando o grau de 
envelhecimento (FIGURA 1). 
 
Figura 1 – Pele fumante envelhecida. 
 
 
 
 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/J3u5HKbdek45rsz49 
 
 
Tabela 1 – Diferença da pele envelhecida intrínseca e extrensíca 
 
INTRÍNSECO EXTRÍNSECO 
 
 
Pele Fina Pele Espessa 
Pele sem elasticidade Pele enrugamento 
Rugas (superficiais e/ou 
profundas) 
Atrófica 
Linhas de expressão mais 
acentuadas 
Pele frouxa, dura 
Pigmentação regular Pigmentação irregular 
Coloração mais pálida Coloração amarelada 
Opaca Presença de telangiectasias 
 Presença de hiperpigmentação 
 
 
 
Fotoenvelhecimento 
 
 
Pele bronzeada, para muitas pessoas, é sinônimo de beleza e saúde, 80% da radiação solar de 
uma pessoa ocorre antes dos 18 anos de idade. O preço que se paga por essa radiação, por esse 
bronze, é o fotoenvelhecimento cutâneo, causado pela exposição solar, que provoca 
ressecamento, alteração na textura e rugas na pele, além de outros efeitos indesejáveis. 
 
As pessoas esquecem que toda radiação solar tem um prazo para se apresentar na pele de até 
10 anos, o seja, o 80% da radiação solar que tomou aos 18 anos irá se apresentar na pele, como 
fotoenvelhecimento, aos 28 anos. Por isso a importância de ensinarmos às crianças a importância 
do uso constante do protetor solar, não adianta usar protetor solar só quando for a praia ou 
piscina, o ideal é usar diariamente. Além do envelhecimento, a exposição exagerada ao sol 
aumenta também o risco do câncer de pele, neoplasia que pode levar alguns anos para se 
manifestar (FIGURA 1). 
 
Devemos lembrar que pessoas de pele mais clara são as mais predispostas a sofrer danos mais 
intensos. No entanto, o fotoenvelhecimento é um problema que atinge pessoas morenas, mulatas 
e negras também, embora nesse grupo os efeitos possam ser menos acentuados. Pessoas 
morenas quando se expõe ao sol produz mais melanina e, assim, diante dos sinais do 
fotoenvelhecimento, são capazes de produzir mais colágeno. No entanto, quanto a maior a 
exposição, mais acentuado será o fotoenvelhecimento. 
 
Figura 1 – Fotoenvelhecimento. 
 
Fonte: dermatologia.net 
 
 
Existem seis teorias sobre o fotoenvelhecimento, isso porque a comunidade científica sempre 
deseja entender de que forma pode ocorrer o envelhecimento, assim deu origem a diversas 
teorias, são elas: 
 
 
• Teoria do envelhecimento programado: envelhecimento é regulado por uma tabela biológica, 
dependente da expressão de genes reguladores dos processos de manutenção, reparo e resposta 
de defesa, ou seja, as células do organismo, inclusive as do sistema tegumentar, estão 
geneticamente programadas para morrer após determinado número de divisões celulares. 
• Teoria dos telômeros: o telômero mantém a integridade e protege nossos cromossomos. A 
cada divisão celular, eles vão encurtando, e com isso, aumentando o envelhecimento, ou seja, 
quanto maior o tamanho dos nossos telômeros, menos envelheceremos ou mais tardiamente 
ocorrerá nosso envelhecimento. 
• Teoria imunológica: conforme envelhecemos nosso sistema imunológico perde eficiência em 
distinguir elementos próprios e estranhos ao organismo, assim favorece o surgimento de doenças 
autoimunes. 
• Teoria da reparação do DNA: a velocidade de reparação do DNA é o fator determinante para o 
tempo de vida de indivíduos, ou seja, sem reparação teremos mais degradação. 
• Teoria da glicosilação: Indica que as ligações cruzadas provocadas pelo elevado nível de 
glicemia e de glicose tecidual, conduz ao enrijecimento do colágeno e elastina, e assim a 
deterioração estrutural e da funcionalidade dos tecidos. 
• Teoria do stress oxidativo: Alguns pesquisadores consideram o envelhecimento como resultado 
do acúmulo de lesões moleculares provocadas pelas reações dos radicais livres nos 
componentes celulares ao longo da vida, as quais podem conduzir à perda de funcionalidade e à 
doença do sistema tegumentar. 
 
Rugas e linhas de expressão 
 
 
As rugas são sulcos ou pregas cutâneas que se apresentam de forma progressiva pela 
diminuição da junção dermoepidérmica, ocasionando alteraçõesno tecido conjuntivo. As linhas 
de expressão surgem devido a alteração nas fibras elásticas e pela diminuição da junção 
dermoepidérmica que ocorrem no envelhecimento cutâneo. Elas são uma das características 
mais visíveis no envelhecimento da pele e aparecem geralmente em região mentoniana, orbital, 
nasal, frontal, bucal, cervical, malar e terço médio da face. 
 
Ocorrem tanto pelo processo de envelhecimento quanto pelas mímicas faciais, exposição solar, 
tabagismo, falta de hidratação dentre outros. 
Histologicamente, nas rugas, o colágeno torna-se mais rígido e a elastina perde a sua 
elasticidade natural com a redução do número de fibras elásticas e de outros componentes do 
tecido. E é devido à essa alterações que formam-se invaginações nas papilas dérmicas que 
prendem a epiderme à derme nas peles mais jovens e nos indivíduos mais idosos, temos o 
déficit de vascularização, como vimos anteriormente, o que ocasiona a diminuição da oxigenação 
do tecido, prejudicando o trabalho celular e tecidos que a compõem. 
Gradativamente o tecido cutâneo perde a elasticidade devido a diminuição das fibras elásticas, e 
pela rigidez e espessamento das fibras de colágeno, além disso começa a ocorrer irregularidade 
do tecido adiposo, fazendo com que as rugas se apresentem com sulcos mais profundos; 
classificamos essas rugas como gravitacionais. 
 
 
Classificamos as rugas, quanto à profundidade em: 
• Rugas superficiais: também chamada de linhas de expressão, ocasionadas 
pela perda ou diminuição das fibras elásticas na derme papilar; tendem a 
desaparecer quando se traciona a região, apresentam-se também na pele 
que não fica necessariamente exposta, e é decorrente do envelhecimento 
cutâneo cronológico. 
• Rugas profundas: causadas na sua grande maioria pelo efeito da 
radiação solar, principalmente nas regiões expostas a essa radiação. Esse 
tipo de ruga apresenta-se de forma mais profunda, sulcos permanentes 
e que não desaparecem mesmo 
com o tecido sob estiramento. 
 
 
Ainda podemos utilizar a classificação perante a mobilização (FIGURA 2): 
• Rugas dinâmicas: Surgem devido à movimentos repetitivos dos músculos responsáveis pela 
expressão facial e aparecem em decorrência do movimento. 
• Rugas estáticas: Surgem mesmo sem ter o movimento dos músculos de expressão facial, e 
podem ser atribuídas à fadiga das estruturas que constituem a pele, em decorrência da repetição 
de movimento, excesso de tensão e/ou fadiga. 
• Rugas gravitacionais: surgem também pelo excesso de movimento, mas com ptose (atrofia) 
muscular e dérmica; irregularidades do tecido adiposo, que acabam não sustentando o tecido. 
 
Figura 2 – Tipos de rugas. 
 
 
Fonte: Profa. Taís A Menegat 2019. 
 
 
 
 
 
Sleep lines 
Também conhecidas como rugas do sono, são aquelas que ocorrem devido a uma pressão 
prolongada, durante o sono, quando nos deitamos de lado ou de bruços, pressionamos o peso do 
corpo contra a cama e a face se comprime contra o travesseiro. Conforme vamos relaxando, a 
pele automaticamente desliza e acaba sendo “amassada”, muitas vezes permanecendo por horas 
na mesma posição. Normalmente se apresenta apenas em um lado do rosto, colo ou entre 
mamas. 
 
Dormir faz bem para pele sim, mas enquanto você dorme, sua pele pode estar sendo afetada pela 
posição que você dorme. Acordar com a “cara amassada” e perceber as marcas do sono no rosto 
é comum. Às vezes demoram de minutos a horas para desaparecer, mas com o passar dos anos 
elas podem ser definitivas. Definimos se a ruga é sleep line se estiverem na posição vertical 
(FIGURA 3). 
 
Figura 3 – Exemplos de sleep lines. 
 
Fonte: Do autor. 
 
Alguns simples cuidados podem prevenir o surgimento das sleep lines. Como: 
• Posicionamento correto:chamado de posição da princesa dormir, a posição ideal para não 
surgir essas rugas é decúbito dorsal, ou seja, dormir de barriga para cima, assim a musculatura 
permanece descansada e esticada durante toda a noite. Prefira travesseiros macios que se 
adaptem a anatomia do pescoço e rosto. Escolha fronhas de seda ou cetim, pois facilitam o 
deslizamento do rosto e diminuem o atrito e a fricção da pele com o travesseiro. 
• Pads para dormir: são placas de silicone começaram a ser usados no Japão em 2010, e podem 
ajudar a prevenir as sleep lines. O silicone é um material que não agride a pele por isso não há 
contraindicação, exceto em caso de sensibilidade ao uso de produtos à base de silicone. Os 
PADS agem através da ação mecânica dos adesivos na pele, que estimulam a hidratação ao 
esticar a pele, diminuindo a profundidade das rugas, deixando a pele mais lisa. Existe uma ampla 
variedade de modelos que se adaptam a região dos olhos, entre as sobrancelhas, pescoço e colo. 
 
 
 
 
• Hidratação: creme de hidratação e tratamento noturnos ajudam a prevenir as sleep lines. 
 
Enquanto você dorme, eles agem na sua pele, ajudando a combater o processo de 
envelhecimento. Beber água também faz parte do processo de hidratação. 
 
Síndrome Tech Neck 
 
De acordo com um estudo da Universidade de Chung-Ang, na Coreia do Sul, grande parte das 
mulheres com menos de 30 anos já apresenta rugas no pescoço, quando o natural seria 
após os 40 anos, isso vem ocorrendo pelo avanço da tecnologia. 
 
Também conhecido como Neck text ou pescoço tecnológico, nos dias atuais abusamos do uso de 
aparelhos celulares, tablets e não nos preocupamos com nossa postura, além das alterações na 
coluna cervical e ativação excessiva dos músculos dessa região esse mal posicionamento 
durante o uso prolongado desses dispositivos faz com que ocorra o surgimento de rugas 
horizontais na região do pescoço e acúmulo de gordura submandibular, papada ( FIGURA 4). 
Figura 4 – Exemplo de tech neck. 
Fonte: https://images.app.goo.gl/7qghmBhx4mX1S2Ud9 
 
 
Alguns simples cuidados podem prevenir Tech Neck como: 
• Posicione Sua Tela Mais Alta: evita inclinar o pescoço para baixo 
ou inclinar a cabeça para a frente, mantenha o telefone próximo ao 
nível dos olhos. Se você estiver trabalhando em um laptop, compre 
outro monitor e ajuste sua altura. 
 
• Hidratação e proteção solar: como a pele do pescoço é mais 
necessidade de manter a área mais hidratada e protegida para não 
degradar tanto o colágeno. 
 
 
 
• Alongar: Faça alongamentos da região do pescoço 
todos os dias, principalmente quando perceber que está 
ficando em postura errada. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
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• BORGES F, SCORAZA F. TERAPEUTICA EM ESTÉTICA. Ed. Phorte,2016. 
• FIGUEIRA E. Psicologia da arte – Primeiros estudos e ensaios. Ed. Do autor. 2013 
• FITZPATRICK, T. B.; HAYNES, H. A. Lesões cutâneas de significado clínico 
• geral. In: PETERSDORF, R. G. et al. (red.) Harrison: medicina interna. 10 ed. 
• GONCHOROSKI, Danieli Dürks; CÔRREA, Giane Márcia. Tratamento de hipercromia pós- 
inflamatória com diferentes formulações clareadoras. Infarma, v. 17, n. 3/4, p. 84- 88, 2005. 
• Guirro ECO, Guirro RRJ. Fisioterapia dermato-funcional: fundamentos, recursos e patologias. 
São Paulo: Manole; 2006. 
• GUYTON & HALL. Tratado de fisiologia médica. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017 
• HOHEN, J. W; YOCOCHI, C; LUTJEN-DRECOL. E. Anatomia humana: atlas fotográfico de 
anatomia sistêmica e regional. Tradução de Nader Wafae. 6ª. ed. Barueri, São Paulo: Manole, 
2007. 
• ICOLETTI, Maria et al. Hipercromias: aspectos gerais e uso de despigmentantes cutâneos. 
Cosmetics & Toiletries, v. 14, n. 3, p. 46- 53, mai./jun. 2002. 
• JUNQUEIRA, L.C.; CARNEIRO, J. Histologia básica – texto/atlas. 10.ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2004 
• MAIO M. Tratado de Medicina Estética - 3 Vols - 2ª Ed. - 2011. 
• NETTER, Frank Henry. Atlas de anatomia humana. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015 
• PETRUCELLI, L. J. – História da Medicina – Editora Manole – 1997. 
• RAPINI R. DERMATOPATOLOGIA PRÁTICA – Ed. Elsevier.2ª ed. 2013. 
• Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1984. p. 281-290. v. 1. 
• SAMPAIO, S.A.P.; RIVITTI, E.A. Dermatologia. 3. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2007 
• SOBOTTA, Atlas de Anatomia Humana, volume 2 / editado por R. Putz e R. Pabst, Rio de 
Janeiro: Guanabara Koogan, 2008 
• TOMITA, Rúbia Yuri. Atlas visual compacto do corpo humano. 3. ed. São Paulo: Rideel, 
2012 
• VIGLIOGLIA, P. A. Biologia cutânea da pele normal. J. Cosmiatria II. 2 ed. Buenos Aires: 
AP Americana, 1991. p. 22- 37. 
• VIVIER AD. Atlas de Dermatologia Clínica.Ed. Manole. 2000. 
• YOUNG, A. R. Chromophores in human skin. Phys Med Biol, v. 42, p. 789- 802, 1997. 
 
 
BIOÉTICA NA ESTÉTICA 
 
 
 
 
PONTO DE PARTIDA 
 
 
Com o crescimento do mercado da estética, tivemos o aumento da busca exagerada por 
procedimentos, muitas vezes desnecessários, com riscos crescentes associados, assim cabe ao 
profissional da saúde estética, assumir uma postura eticamente correta, levando em consideração 
as indicações técnicas, os riscos associados e, principalmente, o benefício que este procedimento 
trará ao seu paciente, assim o estudo da bioética é de extrema importância neste momento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO E HISTÓRIA 
A pergunta que sempre escutamos é: o que devemos aprender na bioética? 
De uma forma geral podemos dizer: dos aspectos éticos relacionados com os atendimentos do 
dia a dia, ou seja, dos problemas éticos decorrentes de um atendimento (CLOTET e FEIJÓ, 
2011). 
A Estética, do grego: perceber, sentir, é um ramo dafilosofia que trata da natureza da beleza. 
Pensando nisso pergunto: 
• Como podemos definir o que torna uma coisa bela? 
• Quais os traços e as características que tornam uma pessoa bonita? 
• Estes padrões são constantes durante o tempo? (CLOTET e FEIJÓ, 2011) 
Grandes filósofos tentaram definir o BELO ao longo da história, como: 
• Aristóteles (384 - 322 a.C.): falava que caberia ao homem a busca do ideal, através da ordem, 
da proporção e da simetria. 
• Platão (428 - 347 a.C.) e René Descartes (1596 – 1650): falaram que o belo seria inerente 
ao objeto, não dependendo do sujeito que o percebe. 
• David Hume (1711 - 1776): o gosto para o belo seria algo que partiria de cada indivíduo. 
• Hegel (1770 - 1831): o belo seria inerente a atividade espiritual de cada indivíduo,assim como 
na Idade Média a concepção do belo estava relacionada com a identificação direta com Deus. 
(LOCH, 2011) 
É extremamente difícil determinar o que torna algo ou alguém belo, não existe uma resposta 
universal para justificar o belo, portanto os chamados padrões estéticos são mutáveis, depende 
da região, grupo de convívio, cultura, entre outros. Assim se faz necessário uma reflexão para 
essa incessante busca pela perfeição da estética, nós, os profissionais da estética, somos 
responsáveis por falar o NÃO ao paciente, se o procedimento estiver colocando em risco a saúde 
do paciente, não deveremos realizar o tal (LOCH, 2011). 
 
A HISTÓRIA DA BIOÉTICA 
 
 
Não conseguimos definir cm exatidão quando a bioética surgiu, o que temos são alguns fatos que 
levaram os seres humanos a refletir sobre como a vida deveria ser observada em questões éticas 
(WATSON, 2005). 
Alguns historiadores citam a revolução biotecnológica, descoberta da estrutura do DNA pelo 
cientista Francis Crick e James Dewey Watson, como a partida da bioética, isso porque essa 
revolução trouxe muitos benefícios, mas também diversos malefícios, ou seja, há uma 
ambivalência quanto efeitos do desenvolvimento técnico, evidenciados pelo mau uso das 
técnicas na pesquisa com indivíduos humanos, talvez, tais problemas sejam decorrentes da falta 
de conscientização de que a ciência e a tecnologia devem estar a serviço do homem e não ao 
contrário. 
Muitos falavam que essa técnica colocava o ser humano como um objeto, uma cobaia a serviço 
da ciência e da tecnologia (WATSON, 2005). 
 
 
 
Algumas atrocidades cometidas em nome do desenvolvimento científico e tecnológico forçaram a 
evolução do pensamento, não se podendo mais admitir, por exemplo,pesquisas em seres 
humanos e em animais que ocorreram de maneira cruel,tais como as que permitiram: exercícios 
de cirurgia sem anestesia; infecções propositais que levavam a gangrena e geravam amputações; 
experimentos martirizantes de alta pressão, congelamento e açoitamentos; vivissecção (operação 
praticada em animais vivos para estudos de fenômenos fisiológicos),prática essa também 
realizada em seres humanos; utilização e aplicação sem limites de poções, tônicos, remédios à 
base de ervas que alteram o comportamento; drogas injetadas que induzem a transtornos de 
personalidade; inserção de bactérias no organismo para testar seu grau de resistência; dentre 
outros, todos esses fatores culminaram na criação de uma nova palavra, o neologismo 
denominado “bioética”,trata-se de uma junção de duas palavras já existentes e utilizadas no 
vocabulário, portanto, a importância de se conhecer e conceituar as palavras: biologia e ética 
(VIDAL, 2008). 
 
Biologia: é dada a partir da doutrinaespecífica da matéria, que demonstra claramente sua posição 
no âmbito científicocomo uma disciplina, ou seja, a ciência doestudo da vida, o que é 
natural(VIDAL, 2008). 
 
Ética de origem grego“étikos” (comportar-se), muito próximo de “éthos” (ser sujeito), que se 
apresentacom dois significados, primeiro de “morada” e osegundo de “caráter”, modo de ser 
adquirido(VIDAL, 2008). 
 
No sentido da obra foi à criação de uma ética médica baseada nosprincípios: autonomia, 
beneficência, não-maleficência e justiça, que serviriamcomo um esquema teórico de moral 
objetivando a identificação, a análise e asolução mais adequadas às questões morais a serem 
enfrentadas pela medicina (VIDAL, 2008). 
 
O RESPEITO PELA AUTONOMIA DO PACIENTE 
 
 
Em 1979 Beauchamp e Childress descreveram os fundamentos da bioética, chamada de 
principialismo, são elas: beneficência, não maleficência, justiça 
e respeito a autonomia, todos considerados “deveres primafacie” para os profissionais da saúde. 
A definição de autonomia é a capacidade de uma pessoa para decidir fazer ou buscar aquilo que 
ela julga ser melhor para si mesmo. Entretanto, para que ela possa exercer esta 
autodeterminação, são necessárias duas condições fundamentais: (A) capacidade para agir 
intencionalmente e (B) liberdade, no sentido de estar livre de qualquer influência controladora 
(WEBER, 2011). 
 
Esse respeito à autonomia do paciente é a base do processo de termo de consentimento 
informado, que além de ser um aspecto legal é, acima de tudo, uma atitude éticamente correta 
(WEBER, 2011). 
 
 
Um bom relacionamento no tratamento estética consiste em formarmos uma aliança entre o 
paciente e a profissional da estética, assim ambos estarão empenhamos na buscado melhor 
resultado, enquanto o paciente se compromete a seguir todas as orientações, o profissional se 
compromete a encontrar a melhor terapêutica, levando em consideração as indicações técnicas, 
os valores e os princípios do paciente, para conseguir oferecer o melhor tratamento a ele. Esse 
modelo chamado de aliança que citamos foi descrito em 1972 por Veatch no qual o profissional 
preserva sua autoridade enquanto detentor de conhecimento e habilidades específicas, 
assumindo a responsabilidade pela tomada de decisões técnicas, o paciente também participa 
ativamente do processo de tomada de decisões, exercendo seu poder de acordo com o estilo 
de vida e valores morais e pessoais (WEBER, 2011). 
 
 
CAPÍTULO II - A BIOÉTICA E SEUS FUNDAMENTOS 
 
Van Rensselaer Potter (1970)(foto ao lado) estava preocupado com a 
dimensão que os avanços da ciência, principalmente no âmbito da 
biotecnologia, estavam adquirindo. Assim, propôs um novo ramo do 
conhecimento que ajudasse as pessoas a pensar naspossíveis 
implicações (positivas ou negativas) dos avanços da ciência sobre a 
vida (humana ou, de maneira mais ampla, de todos os seres vivos). Ele 
sugeriu que se estabelecesse uma “ponte” entre duas culturas, a 
científica e a humanística, guiado pela seguinte frase: “Nem tudo que é 
cientificamente possível é eticamente aceitável”. 
O conceito de definição mais aceito de Bioética (“ética da vida”) é a 
ciência “que tem como objetivo indicar os limites e as finalidades da intervenção do homem sobre 
a vida, identificar os valores de referência racionalmente proponíveis, denunciar os riscos das 
possíveis aplicações” (LEONE; PRIVITERA; CUNHA, 2001). 
 
Para obtermos um caminho da bioética na estética, precisamos de uma “base sólida”, de um 
fundamento, que nos oriente nos momentos de decisão.Esse fundamento é a pessoa 
humana(JUNQUEIRA, 2009). 
1. A pessoa é única, ou seja, significa que as pessoas são diferentes (mesmo os gêmeos 
idênticos são diferentes), têm suas características, seus anseios, suas necessidades, e esse 
patrimônio, essa identidade, merece ser respeitado (para que as pessoas não sejam tratadas 
como números)(JUNQUEIRA, 2009). 
2. Fundamental o respeito à vida humana, segundo os principais livros de embriologia, a vida 
humana inicia-se no exato momento da fecundação, quando o gameta masculino e o gameta 
feminino se juntam para formar um novo código genético(JUNQUEIRA, 2009). 
Após a compreensão desse fundamento, podemos utilizar “ferramentas” para 
facilitar o nosso processo de estudo e de decisão sobre os diversos temas de Bioética. A essas 
ferramentas chamamos princípios. 
Os princípios foram propostos no Relatório Belmont, de 1978, para orientar as pesquisas com 
seres humanos e, em 1979, Beauchamps e Childress, em sua obra Principles of biomedical 
ethics, estenderam a utilização deles para a prática médica, ou seja, para todos aqueles que se 
ocupam da saúde das pessoas. 
• Beneficência/não maleficência: Beneficência significa “fazer o bem”, e não maleficência 
significa “evitar o mal”. O profissional propuser um tratamento a um paciente, ele deverá 
reconhecer a dignidade do paciente e considerá-lo em sua totalidade (todas as dimensões do ser 
humano devem ser consideradas: física, psicológica, social, espiritual), visando oferecer o melhor 
tratamento ao seu paciente, tanto no que diz respeito à técnica quanto no que se refere ao 
reconhecimento das necessidades físicas, psicológicas ou sociais do paciente. 
 
 
 
 
• Autonomia: o paciente tem “liberdade de decisão” sobre sua vida. A autonomia é a capacidade 
de autodeterminação de uma pessoa, ou seja, o quanto ela pode gerenciar sua própria vontade, 
livre da influência de outras pessoas 
 
• Justiça: Justa distribuição das verbas do Estado para a saúde, a pesquisa etc. Costumamos 
acrescentar outro conceito ao de justiça: o conceito de equidade que representa dar a cada 
pessoa o que lhe é devido segundo suas necessidades, ou seja, incorpora-se a ideia de que as 
pessoas são diferentes e que, portanto, também são diferentes as suas necessidades. 
• Objeção de consciência: representa o direito de um profissional de se recusar a realizar um 
procedimento, aceito pelo paciente ou mesmo legalizado. 
(JUNQUEIRA, 2009). 
 
 
Todos esses princípios (insistimos que eles devem ser nossas “ferramentas” de trabalho) devem 
ser considerados na ordem em que foram apresentados, pois existe uma hierarquia entre eles. 
Isso significa que, diante de um processo de decisão, devemos primeiro nos lembrar do nosso 
fundamento (o reconhecimento do valor da pessoa); em seguida,devemos buscar fazer o bem 
para aquela pessoa (e evitar um mal!); depois devemos respeitar suas escolhas (autonomia); e, 
por fim, devemos ser justos(JUNQUEIRA, 2009). 
 
 
CAPÍTULO III - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 
 
O termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) édocumento que visa proteger a autonomia 
dos pacientes, noqual atestam estar cientes de suas condições. Em um termo e consentimento 
livre e esclarecido pode ser diferente a cada procedimento e/ou a cada profissional, mas existem 
alguns pontos que são sempre básicos e fundamentais em um termo: (OLIVEIRA et al., 2010). 
• Sempre utilizar uma linguagem acessível e de fácil entendimento 
• Deve conter: 
o Nome e explicação dos procedimentos terapêuticos que serão utilizados 
o Desconfortos do procedimento assim como os possíveis riscos 
o Benefícios aguardados do procedimento 
o Existência de método alternativo 
o Liberdade d paciente a se recusar ou retirar seu consentimento sem qualquer penalização e/ou 
prejuízo a sua assistência 
o Assinatura do paciente e/ou representante legal, assim como assinatura do profissional 
(OLIVEIRA et al., 2010). 
É importante ressaltarmos que o consentimento deve ser livre, voluntário, consciente, não 
comportando vícios e erros. Não pode ser obtido mediante práticas de coação física,psíquica ou 
moral ou por meio de simulação ou práticas enganosas, ou quaisquer outras formas de 
manipulação impeditivas da livre manifestação da vontade pessoal (OLIVEIRA et al., 2010). 
No Brasil, está ocorrendo um fenômeno do aumento exponencial dos casos de processos contra 
profissionais da saúde e estética, assim como acontece em outros países também. Nesse 
contexto o TCLE, vem contribuindo para absolvição desses profissionais, na maior parte das 
vezes, isso porque o paciente, ao assiná-lo, concorda com a realização do procedimento – 
mesmo que lhe possa causar efeitos não desejados, mas previstos e previamente explicitados 
pelo profissional – e dá uma declaração escrita da boa-fé do profissional, assumindo a 
responsabilidade conjunta da escolha do tratamento (OLIVEIRA et al., 2010). 
Podemos assim listar as três principais vantagens do TCLE: 
• Esclarecimento do paciente: A informação é o ponto central do paradigma da autonomia. É o 
consentimento informado e esclarecido a grande manifestação da atuação do paciente na 
tomada de decisões do profissional, ou seja, a verdadeira essência da autonomia. É esse 
esclarecimento que reduz o desnível e a distância existentes entre profissional e pacientes, 
decorrentes da disparidade de informação. 
• Defesa judicial: A prevenção de demandas judiciais importa aos médicos que deveriam se 
preocupar em facilitá-la visando evitar maiores prejuízos, tanto morais quanto financeiros. Ainda 
que não demonstrem interesse em relação ao exercício da autonomia da vontade do paciente, ao 
menos egoisticamente deveriam se inquietar com a própria defesa judicial. 
• Fortalecimento da relação profissional/paciente: o profissional da saúde estética anteriormente 
veste pela sociedade com notável respeito, torna-se agora um fornecedor de serviços, conforme o 
Código de Defesa de Consumidor. 
 
 
A relação com seus pacientes, antes baseada na confiança, passa a ser regida sob a ótica 
contratual. (OLIVEIRA et al., 2010). 
 
 
MONTANDO UM TERMO DE CONSENTIMEMTO 
 
 
As primeiras informações devem ser sobre o paciente: 
Eu, 
,portador (a) do RG ( ), CPF ( ), em pleno gozo de minhas 
faculdades mentais, livre e voluntariamente, aceito o tratamento com Dr.(a)
 CRBM/CREFITO/CRF etc ( )...... 
 
Logo em seguida informamos o objetivo do tratamento e qual o melhor tratamento a ser 
aplicado neste caso: 
 
.....com objetivo de tratamento de REMOÇÃO A LASER DE TATUAGEM, será realizado o 
tratamento de LASER ND YAG QS. 
 
Partimos agora para a explicação do funcionamento do tratamento: 
 
 
.... funciona com descarga em pulsos curtos de alta energia, que passam pela pele e “quebram” o 
pigmento. Essas partículas são então removidas pelo processo de fagocitação (limpeza natural do 
corpo). 
 
É importante indicarmos a quantidade de sessões mínimas para se obter resultados e o que é 
normal o paciente sentir: 
 
... São necessárias 03 sessões no mínimo, pois dependeda cor do pigmento. Pigmento cor de 
pele (camuflagem) é normal ele escurecer primeiro para depois poder clarear. Pigmento azul não 
sai por completo, vermelho demora mais tempo, preto normalmente sai tudo.Intervalo das 
sessões variam de 30, 40, 60 dias entra cada aplicação, dependendo em qual sessão esteja é 
necessário aguardar o corpo eliminar totalmente o pigmento para que depois se faça uma nova 
sessão. Durante a aplicação é normal sentir uma sensação ardor ou pontadas como se um 
elástico se solta na pele. Estou ciente dependendo da cor da tatuagem não será removida por 
completo (azul e vermelho). 
 
 
 
 
 
 
Deverá informar as possíveis consequências deste procedimento: 
 
.... Embora raro é possível ter as complicações: bolhas/ queimadura, dor, vermelhidão, inchaço no 
local aplicado, hipocromia, cicatriz hipertrófica, isso pode ocorrer caso paciente não siga as 
orientações em casa ou já tenha tendência a este tipo de manifestação. 
 
Assim como informar o que é normal ocorrer após o procedimento: 
 
... É normal formar: crosta (que não pode ser removida), leve inchaço, vermelhidão, ardor, que 
podem permanecer de 1 a 7 dias. Atenção aos cuidados após, isso interfere em 50% dos seus 
resultados. 
 
Finalizando o termo deverá conter todos os cuidados que o paciente deverá ter em casa: 
Indicações pós procedimento 
1. Aplicar creme DEXAMETAZONA por 4 dias, 3x ao dia. 
2. Evite atrito do local com roupas 
3. Não coçar, faça compressa de chá de camomila gelada para minimizar a coceira. 
4. Beba bastante água (mín.2 litros), facilita a expulsão do pigmento 
5. Seque suavemente o local, não esfregue 
6. Lave a área com água fria e sabonete antibacteriano 
7. Não se exponha ao sol 
8. Se formar bolhas, não estourar 
9. Utilize protetor solar, mesmo sem sol, fator 60 no mínimo 
10. Não remova as crostas, senão cria cicatriz e aumenta tempo cicatrização 
11. Uma semana após aplicar DERSANI ou óleo essencial de girassol para regenerar mais 
rápido 
Não usar nenhum cosmético em cima sem o consentimento da profissional. 
Sempre finalizar com uma frase: 
Declaro que não tenho dúvidas sobre o procedimento que irei realizar de livre e espontânea 
vontade 
Data: / / 
Assinatura do paciente e Assinatura do profissional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sempre o paciente devera receber em uma cópia do termo de consentimento, uma outra 
opção é realizar um folder explicativo como o exemplo abaixo. 
 
 
Lembrem que o TCLE não é padrão, ou seja, você pode colocar tudo que achar necessário 
ao paciente. 
 
 
CAPÍTULO IV - LEIS DOS PROFISSIONAIS DA ESTÉTICA 
 
 
QUESTÕES IMPORTANTES A SEREM ANALISADAS 
 
 
Antes de falarmos das leis, vamos abordar algumas definições que se fazem importantes aqui: 
• IMPRUDÊNCIA: é a prática de uma ação irrefletida, precipitada. Ex.: profissional que faz um 
procedimento sem os cuidados necessários. 
• NEGLIGÊNCIA: Falta de cuidado ou desatenção. Implica em omissão ou falta de observação 
ou dever. Não age com cuidado.Ex.: profissional que não coloca as luvas antes do procedimento. 
• IMPERÍCIA: Falta de aptidão ou habilidade específica para a realização do procedimento.Ex.: 
profissional que realiza um procedimento sem estar qualificada para isso. 
• CONDUTA: Cumprir padrões pré-estabelecidos para o exercício da profissão. Constante 
aprimoramento técnico e científico e acompanhar o crescimento da indústria cosmética mundial 
(aprendendo a separar). 
• COMPORTAMENTO ÉTICO: o profissional tem como função atender e cuidar muito bem dos 
seus clientes, embasado em sólida formação técnica, com domínio total de todos s setores que 
compõem a estética e a cosmetologia. 
o Prestar serviços de ALTA qualidade ao público 
o Com o objetivo de melhorar e manter a boa aparência da pele e suas funções 
o Influenciar o relaxamento e bem-estar do corpo e da mente 
o Estar qualificado para exercer sua profissão em âmbito internacional, mantendo sua conduta e 
ética irrepreensíveis. 
• LEI: A primeira informação prática que se constata de que a relação entre profissional e cliente 
é regida pelo Código do Consumidor é o prazo prescricional das ações indenizatórias: 
o O prazo prescricional das ações indenizatórias por erro do profissional é de 05 (cinco) anos 
cuja contagem se inicia a partir do dano e de sua autoria (Ar. 27 do CDC). 
o A relação jurídica estabelecida entre o profissional e o paciente é Lei n. 8.078/90 (Código de 
Defesa do Consumidor).Há entre eles uma relação contratual. 
(VIANA,2014) 
 
Atribuições e proibições 
 
o Assistência de estética o cliente (higienização, hidratação e revitalização), estando apto a 
colaborar em outras áreas relacionadas a estética, quando solicitado por outro profissional 
responsável. 
o Zelar pela provisão e manutenção do seu local de trabalho (cabine, sala), aplicando princípios 
de higiene e biossegurança. 
o Programar e coordenar atividades e tratamentos de eletro estética. 
 
 
o Avaliar e indicar o melhor tratamento a cada cliente de maneira personalizada e seguindo todas 
as normas de segurança. 
o Respeitar o pudor e intimidade do cliente. 
o Respeitar o direito do cliente em decidir se é conveniente seguir os procedimentos de 
manutenção do tratamento proposto. 
o Manter sigilo sobre fatos que tenha conhecimento em razão da sua atividade profissional e 
exigir o mesmo comportamento da equipe que está sob sua supervisão. 
o Zelar pelo prestígio das entidades relacionadas a estética (associações, federações, 
sindicatos). 
o Tratar colegas e profissionais com respeito e cortesia. 
o Respeitar as atribuições pertinentes a sua atividade, não invadindo áreas de 
responsabilidade de outros profissionais. 
o Indenizar prontamente, eventuais prejuízos causados por negligência ou erro, na aplicação 
de tratamento de sua responsabilidade. 
o É proibido abandonar o cliente no meio do tratamento (somente por motivo de força maior). 
o Agir com negligência, imperícia ou imprudência, colocando em risco a saúde do cliente. 
o Prescrever medicamentos ou praticar atos exclusivos da classe médica. 
o Tornar-se cúmplice de pessoas que praticam ilegalmente atividades da área estética 
o Praticar ou divulgar técnicas para as quais não esteja habilitado a exercer ou que não 
possuam comprovação científica. 
o Exibir imagens do cliente sem prévia autorização (VIANA,2014). 
 
LEIS DOS PROFISSIONAIS DA SAÚDE E BELEZA 
 
FISIOTERAPEUTAS 
 
 
As principais leis que amparam ao fisioterapeuta dermato funcional a atuação na estética são: 
• RESOLUÇÃO COFFITO nº. 380, de 3 de novembro de 2010. Regulamenta o uso pelo 
Fisioterapeuta das Práticas Integrativas e Complementares de Saúde e dá outras providências. 
o A resolução poderá ser lida na íntegra no link https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=1437. 
▪ O Plenário do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, no uso das atribuições 
conferidas pelos incisos II e IX do art. 5º da Lei nº. 6.316, de 17 de setembro de 1975, em sua 
208ª Reunião Ordinária, realizada no dia 03 de novembro de 2010, em sua subsede, situada na 
Rua Napoleão de Barros, nº. 471, Vila Clementino, São Paulo-SP, considerando: 
• 1) A institucionalização pelo Ministério da Saúde das Práticas Integrativas e Complementares 
de Saúde nos termos da Portaria Ministerial 971/2006; 
• 2) O reconhecimento de sua relevância social pela Organização Mundial de Saúde (OMS); 
• 3) A necessidade de fundamentá-las eticamente ao fundi-las socialmente sob o manejo de 
profissionais de saúde regulamentados; 
http://www.coffito.gov.br/nsite/?p=1437
 
 
• 4) Que todas as ações elencadas no ato administrativo do Ministério da Saúde, estão incluídas 
no CBO/2002, revisado no ano de 2008, publicado em 2009; 
• 5) Que as Práticas Integrativas e Complementares de Saúde, em seus exatos termos, não 
concorrem com os atos profissionais previstos na reserva legal da assistência fisioterapêutica 
regulamentada;• 6) Que o objeto social da assistência fisioterapêutica regulamentada está consolidado nos 
cuidados preventivos, diagnósticos e terapêuticos indicados para a superação dos distúrbios 
incidentes na saúdecinesiológica funcional do indivíduo, intercorrentes em órgãos e/ou sistemas 
funcionais do corpo humano; 
• 7) Que o fisioterapeuta é ator importante na promoção, na educação, na restauração e na 
preservação da saúde. 
• 8) Que a lei Nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, o Decreto Nº 79.094, de 5 de Janeiro de 
1977 e demais legislação e registros da ANVISA que versam sobre os Fitoterápicos e suas 
restrições de prescrição,nos termos da RDC 138 de 29 de maio de 2003, resolve: 
o Artigo 1º- Autorizar a prática pelo Fisioterapeuta dos atos complementares ao seu exercício 
profissional regulamentado, nos termos desta resolução e da portaria MS número 971/2006: 
▪ a) Fitoterapia; 
▪ b) Práticas Corporais, Manuais e Meditativas 
▪ c) Terapia Floral; 
▪ d) Magnetoterapia 
▪ e) Fisioterapia Antroposófica; 
▪ f) Termalismo/ Crenoterapia/Balneoterapia 
▪ g) Hipnose. 
▪ Parágrafo primeiro: excluem-se deste artigo os procedimentos cinesioterapêuticos e 
hidrocinesioterapêuticos componentes da reserva legal da Fisioterapia regulamentada. 
▪ Parágrafo segundo: Considerar-se-á também autorizado ao fisioterapeuta à prática de todos 
os atos complementares que estiverem relacionados á saúde do ser humano e que vierem a ser 
regulamentados peloMinistério da Saúde por meio de portaria específica. 
▪ Artigo 2º- O disposto nesta resolução não se aplica aos atos profissionais reconhecidos como 
especialidades fisioterapêuticas por instrumentos normativos específicos do Coffito. 
▪ Artigo 3º- O Fisioterapeuta deverá comprovar perante o Coffito a certificação de conhecimento 
das práticas integrativas e complementares. Será habilitado nos termos desta resolução o 
Fisioterapeuta queapresentar títulos que comprovem o domínio das Práticas Integrativas de 
Saúde objeto desta resolução. Os títulos a que alude este artigo deverão ter como origem: 
o a) Instituições de Ensino Superior; 
o b) Instituições especialmente credenciadas pelo MEC; 
o c) Entidades Nacionais da Fisioterapia intimamente relacionadas ás práticas autorizadas por 
esta resolução. 
 
 
 
▪ Parágrafo Único: Os cursos concedentes dos títulos de que trata este artigo, deverão observar 
uma carga horária mínima, devidamente determinada pelo COFFITO que consultará as entidades 
associativas dafisioterapia de âmbito nacional que sejam intimamente relacionadas ás práticas 
autorizadas por esta resolução, por meio dos seus respectivos Departamentos. 
▪ Artigo 4º- Os casos omissos deverão ser deliberados pelo Plenário do Coffito. 
▪ Artigo 5º- Os efeitos desta resolução entram em vigor na data de sua publicação, revogadas 
disposições em contrário. 
 
• RESOLUÇÃO COFFITO nº. 362, de 20 de maio de 2009 (DOU nº. 112, Seção 1, em 
16/6/2009, páginas 41/42) Reconhece a Fisioterapia Dermato-Funcional como especialidade do 
profissional Fisioterapeuta e dá outras providências. 
o O para ler a lei da estética para os fisioterapeutas poderá acessar o link 
https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=3125 
▪ Reconhece a Fisioterapia Dermato-Funcional como especialidade do profissional Fisioterapeuta 
e dá outras providências. 
• Considerando o inciso XII do artigo 5º da Lei nº. 6.316, de 17 de dezembro de 1975; 
• Considerando as alíneas a, b, c, d, e do inciso I e alíneas a, b, c, d, f, do inciso II do artigo 3º da 
Resolução COFFITO nº 8, de 20 de fevereiro de 1978; 
• Considerando os artigos 1º, 2º, e 3º da Resolução COFFITO nº 80, de 9 de maio de 1987; 
• Considerando o inciso XXIII do artigo 8º da Resolução COFFITO nº 181, de 25 de novembro de 
1997; 
• Considerando os artigos 3º e 4º da Resolução COFFITO nº 360, de 18 de dezembro de 2008; 
• Considerando a necessidade de prover, por meio de uma assistência profissional adequada e 
específica, as exigências clínico-cinesiológico-funcionais dos indivíduos com alterações nas 
funções da pele e estruturas relacionadas; 
▪ O Plenário do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, no uso das atribuições 
conferidas pelo art. 5º da Lei nº. 6.316, de 17 de dezembro de 1975, em sua 183ª Reunião 
Plenária Extraordinária, realizada no dia 20 de maio de 2009, em sua subsede, situada na Rua 
Napoleão de Barros, nº 471, Vila Clementino, São Paulo-SP, resolve: 
• Art. 1º – Reconhecer a Fisioterapia Dermato-Funcional como especialidade própria e exclusiva 
do profissional Fisioterapeuta. 
• Art. 2º – Terá reconhecido o seu título de Especialista em Fisioterapia Dermato- Funcional o 
profissional Fisioterapeuta que cumprir os critérios a serem estabelecidos em Resolução própria 
em conformidade com a Resolução COFFITO nº 360, de 18 de dezembro de 2008. 
• Art. 3º – Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. 
 
• ACÓRDÃO Nº 611, DE 1º DE ABRIL DE 2017 – normatização da utilização e/ou indicação de 
substâncias de livre prescrição pelo fisioterapeuta, esta lei é destinada a tudo que o fisioterapeuta 
pode prescrever. 
o O para ler na íntegra poderá acessar o link https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=6670 
 
 
http://www.coffito.gov.br/nsite/?p=3125
http://www.coffito.gov.br/nsite/?p=6670
 
 
▪ Os Conselheiros do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, reunidos na 
sessão da 274ª Reunião Plenária Ordinária, no uso de suas atribuições e disposições 
regulamentares conferidas pela Lei nº 6.316, de 17 de dezembro de 1975, e pela Resolução-
COFFITO nº 413, de 19 de janeiro de 2012; 
• Considerando que o Ministério da Saúde institucionalizou a Política Nacional de Práticas 
Integrativas e Complementares (PNPIC), nos termos da Portaria Ministerial nº 971, de 3 de maio 
de 2006; 
• Considerando que a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu a relevância social das 
práticas integrativas; 
• Considerando que a Resolução-COFFITO nº 380, de 3 de novembro de 2010, regulamentou o 
uso pelo fisioterapeuta das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde; 
• Considerando que o Ministério da Saúde estabeleceu a Política Nacional de Plantas Medicinais 
e Fitoterápicos, por meio do Decreto Presidencial nº 5.813, de 22 de junho de 2006; 
• Considerando a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre o uso racional 
e economicamente eficiente dos medicamentos por parte dos profissionais de Saúde; 
• Considerando que a Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, o Decreto nº 8.077, de 14 de 
agosto de 2013, e demais legislações e registros da Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(ANVISA) versam sobre os fitoterápicos e suas restrições de prescrição, nos termos da RDC nº 
98, de 1º de agosto de 2016; 
• Considerando a Portaria SVS/MS nº 40, de 13 de janeiro de 1998, que estabelece os níveis 
máximos de segurança de vitaminas e minerais; 
• Considerando que a Resolução RDC-ANVISA nº 26, de 30 de março de 2007, dispôs sobre a 
isenção de registro de medicamentos homeopáticos industrializados sem a obrigatoriedade de 
prescrição; 
• Considerando que a Resolução RDC-ANVISA nº 269, de 22 de setembro de 2005, regulamenta 
a Ingestão Diária Recomendada (IDR); 
• Considerando que a Portaria Interministerial nº 2.960, de 9 de dezembro de 2008, aprovou o 
Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, com o objetivo de, entre outros, 
construir um marco regulatório sobre plantas medicinais e fitoterápicos, e estabeleceu critérios de 
inclusão e exclusão de espécies nas relações nacionais e regionais de plantas medicinais, e que 
devem ser utilizados pelos prescritores como guia; 
• Considerando a Instrução Normativa-ANVISA nº 9, de 17 de agosto de 2009, que trata dos 
florais; 
• Considerando que a Coordenação de Medicamentos Fitoterápicos e Dinamizados (COFID) 
esclareceu que não fica a cargo da ANVISA e nem do Ministério da Saúde regular as classes de 
medicamentos que cadaprofissional poderá prescrever, pois essa é uma atribuição de cada 
conselho de classe profissional, que, por meio do seu Conselho Federal, publica resoluções no 
âmbito de atuação de seus profissionais; 
• Considerando que os recursos de iontoforese e fonoforese são de utilização notória na prática 
clínica do fisioterapeuta há algumas décadas, e que, para esse fim, ele utiliza substâncias 
biologicamente ativas e que carecem de normatização específica no Brasil para utilização por 
este profissional; 
• Considerando que a Terapia Fotodinâmica é um recurso recentemente descoberto, a partir da 
 
 
prática da fototerapia, sendo utilizadas substâncias fotossensíveis em baixas concentrações, que, 
sob a ação de Laser ou Led, podem ser ativadas e desencadear efeito terapêutico; 
• Considerando que nem todas as ações elencadas no ato administrativo do Ministério da Saúde 
e neste Acórdão estão incluídas na CBO/2002, revisada no ano de 2008, publicada em 2009; 
• Considerando, por fim, que o fisioterapeuta é ator importante na promoção, educação, 
restauração e preservação da saúde, na forma do Decreto-Lei nº 938, de 13 de outubro de 1969, 
norma legal de conteúdo vago e indeterminado, em que a extensão do exercício profissional é 
regulada por este Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional; 
▪ ACORDAM em aprovar, por unanimidade, a normatização da utilização e/ou indicação de 
substâncias de livre prescrição pelo fisioterapeuta, observando-se ainda que: 
• I – O fisioterapeuta poderá adotar as referidas substâncias, de forma complementar à sua 
prática profissional, somente quando os produtos prescritos tiverem indicações de uso 
relacionadas com o seu campo de atuação e embasadas em trabalhos científicos ou em uso 
tradicional reconhecido, atendendo aos critérios de eficácia e segurança, considerando-se as 
contraindicações e oferecendo orientações técnicas necessárias para minimizar os efeitos 
colaterais e adversos das interações existentes, assim como os riscos da potencial toxicidade dos 
produtos prescritos. 
• II – A decisão do Plenário do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional visa 
aperfeiçoar a utilização e/ou indicação de substâncias de livre prescrição pelo fisioterapeuta, 
considerando o atual contexto científico e social, para correto emprego das plantas medicinais e 
medicamentos fitoterápicos/fitofármacos, medicamentos antroposóficos, medicamentos 
homeopáticos, medicamentos ortomoleculares, florais, medicamentos de livre venda para 
fonoforese e iontoforese, fotossensibilizadores para terapia fotodinâmica nos distúrbios cinético-
funcionais, e autorizar a prática de todos os atos complementares que estiverem relacionados à 
saúde do ser humano e que vierem a ser regulamentados pelo Ministério da Saúde, por meio de 
portaria específica. 
• III – Na presente decisão o Plenário do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia 
Ocupacional trata dos seguintes recursos: medicamentos fitoterápicos/fitofármacos, 
medicamentos homeopáticos, medicamentos antroposóficos, medicamentos ortomoleculares, 
fotossensibilizadores para terapia fotodinâmica, iontoforese e fonoforese com substâncias de livre 
prescrição e florais como próprios da Fisioterapia. 
o Fitoterápicos/Fitofármacos 
▪ IV – Fitoterápicos são considerados medicamentos obtidos com emprego exclusivo de 
matérias-primas ativas vegetais. Não se considera medicamento fitoterápico aquele que inclui na 
sua composição substâncias ativas isoladas, sintéticas ou naturais, nem as associações dessas 
com extratos vegetais. Fitofármaco, por definição, é uma “substância ativa, isolada de matérias-
primas vegetais ou mesmo mistura de substâncias ativas de origem vegetal”. 
o Homeopatia e Antroposofia 
▪ V – Medicamentos homeopáticos são medicamentos dinamizados, preparados com base nos 
fundamentos da homeopatia, cujos métodos de preparação e controle estejam descritos na 
Farmacopeia Homeopática Brasileira, edição em vigor, outras farmacopeias homeopáticas, ou 
compêndios oficiais, com comprovada ação terapêutica descrita nas matérias médicas 
 
 
homeopáticas ou nos compêndios homeopáticos oficiais, estudos clínicos, ou revistas científicas, 
respeitando-se sempre a respectiva Instrução Normativa da ANVISA. 
▪ VI – Não há restrição de prescrição para os medicamentos dinamizados que possuam um 
único insumo ativo isentos de prescrição, conforme disposto na “Tabela de potências para registro 
e notificação de medicamentos dinamizados industrializados” – Resolução RDC-ANVISA nº 26, 
de 30 de março de 2007. 
▪ VII – Medicamentos antroposóficos são medicamentos dinamizados preparados com base nos 
fundamentos da antroposofia, cujos métodos de preparação e controle constam nas 
Farmacopeias Homeopáticas e Código Farmacêutico Antroposófico ou compêndios oficiais 
reconhecidos pela ANVISA, com comprovada indicação terapêutica, estudos clínicos, ou 
presentes em revistas científicas. A prescrição, dessa maneira, deve seguir as formulações 
farmacêuticas descritas na Farmacopeia e normas da ANVISA. 
o Terapia Ortomolecular 
▪ VIII – O principal objetivo da Terapia Ortomolecular é restabelecer o equilíbrio do organismo. 
Isso é feito através do uso de substâncias naturais como vitaminas, minerais, enzimas, 
gliconutrientes, ácidos graxos e aminoácidos. Essas substâncias também são utilizadas no 
combate aos radicais livres. 
o Florais 
▪ IX – As essências florais são registradas como uma espécie de complemento alimentar, uma 
bebida tipo brandy, álcool natural, de cereal, vinagre de maçã (como conservante), bonificado 
com essências de flores, não sendo, pois, legalmente consideradas medicamentos. O foco de 
atuação das essências está no nível energético, facilitando o melhor controle sobre o próprio 
corpo e uma maior participação espontânea no processo de cura. Todas as flores empregadas na 
preparação das essências são colhidas no campo, em estado silvestre (Parecer nº 23/1993, 
030/COIU, do Ministério da Agricultura e Reforma Agrária/Secretaria Nacional de Defesa 
Agropecuária). 
▪ X – Acrescente-se que no Ofício MS/SVS/GABIN nº 479, datado de 23 de outubro de 1998, a 
ANVISA relata que as essências florais não constituem matéria submetida ao regime da 
vigilância sanitária, ao teor da Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, e seus regulamentos, não 
se tratando de medicamentos, drogas ou insumos farmacêuticos. 
o Terapia Fotodinâmica e Fotossensibilizadores 
▪ XI – A Terapia Fotodinâmica é uma técnica que associa radiação eletromagnética em um 
comprimento de onda apropriado, com uma substância medicamentosa fotossensibilizadora e o 
oxigênio molecular, a fim de promover um efeito tóxico pela formação de produtos altamente 
reativos em estruturas membranosas celulares e vasculares in situ. 
▪ XII – O presente Acórdão será preponderante no aspecto ético-deontológico e sua não 
observância poderá ser, a juízo dos Conselhos Regionais e Federal, considerado como 
circunstância agravante de eventual pena imposta em processo ético, que avalia o exercício do 
profissional fisioterapeuta na utilização e/ou indicação de substâncias de livre prescrição. 
 
• RESOLUÇÃO n°. 394/2011. Disciplina a Especialidade Profissional de Fisioterapia 
Dermatofuncional e dá outras providências. 
 
 
o Acesse a lei http://www.abrafidef.org.br/arqSite/COFFITO Resolucao_394_2011.pdf 
 
▪ O Plenário do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional – COFFITO, no 
exercício de suas atribuições legais e regimentais e cumprindo o deliberado em sua 213ª Reunião 
Plenária Ordinária, realizada no dia 03 de agosto de 2011, em sua sede, situada na SRTVS, 
Quadra 701, Conj. L, Ed. Assis Chateaubriand, Bloco II, Sala 602, Brasília – DF, na conformidade 
com a competência prevista nos incisos II, III e XII do Art. 5º, da Lei nº. 6.316, de 17.12.1975, 
• CONSIDERANDO o disposto no Decreto-Lei 938, de 13 de outubro de 1969; 
•CONSIDERANDO os termos da Resolução COFFITO n.º 80, de 09 de maio de 1987; 
• CONSIDERANDO os termos da Resolução COFFITO n.º 362, de 20 de maio de 2009; 
• CONSIDERANDO os termos da Resolução COFFITO n.º 370, de 06 de novembro de 2009; 
• CONSIDERANDO os termos da Resolução COFFITO n.º 377, de 11 de junho de 2010; 
• CONSIDERANDO os termos da Resolução COFFITO n.º 381, de 03 de novembro de 2010; 
• CONSIDERANDO os termos da Resolução COFFITO n.º 387, de 08 de junho de 2011; 
• CONSIDERANDO a Ética Profissional do Fisioterapeuta, que é disciplinada por meio do seu 
Código Deontológico Profissional; 
▪ RESOLVE: 
• Art. 1º – Disciplinar a atividade do Fisioterapeuta no exercício da Especialidade 
Profissional em Fisioterapia Dermatofuncional. 
• Art. 2º – Para efeito de registro, o título concedido ao profissional Fisioterapeuta será de 
Especialista Profissional em Fisioterapia Dermatofuncional; 
• Art. 3º – Para o exercício da Especialidade Profissional de Fisioterapia 
Dermatofuncional é necessário o domínio das seguintes Grandes Áreas de Competência: 
o I – Realizar consulta fisioterapêutica, anamnese, solicitar e realizar interconsulta e 
encaminhamento; 
o II – Realizar avaliação física e cinésiofuncional específica do cliente/paciente/usuário 
dermatofuncional; 
o III – Solicitar, aplicar e interpretar escalas, questionários e testes funcionais; 
o IV – Solicitar, realizar e interpretar exames complementares; 
o V – Determinar diagnóstico e prognóstico fisioterapêutico; 
o VI – Planejar e executar medidas de prevenção e redução de risco; 
o VII – Prescrever e executar recursos terapêuticos manuais; 
o VIII – Prescrever, confeccionar, gerenciar órteses, próteses e tecnologia assistiva; 
o XIX – Aplicar métodos, técnicas e recursos terapêuticos manuais; 
o X – Utilizar recursos de ação isolada ou concomitante de agente cinésio-mecano- terapêutico, 
massoterapêutico, termoterapêutico, crioterapêutico, fototerapêutico, eletroterapêutico, 
sonidoterapêutico, aeroterapêuticos entre outros; 
o XI – Aplicar medidas de controle de infecção hospitalar; 
 
http://www.abrafidef.org.br/arqSite/COFFITOResolucao_394_2011.pdf
 
 
o XII – Realizar posicionamento no leito, sedestação, ortostatismo, deambulação, orientar e 
facilitar a funcionalidade do cliente/paciente/usuário; 
o XIII – Prevenir, promover e realizar a recuperação do sistema tegumentar no que se refere aos 
distúrbios endócrino, metabólico, dermatológico, linfático, circulatório, osteomioarticular e 
neurológico como as disfunções de queimaduras, hanseníase, dermatoses, psoríase, vitiligo, 
piodermites, acne, cicatrizes aderentes, cicatrizes hipertróficas, cicatrizes queloideanas, cicatrizes 
deiscências, úlceras cutâneas, obesidade, adiposidade localizada, fibroedema gelóide, estrias 
atróficas, envelhecimento, fotoenvelhecimento, rugas, flacidez, hipertricose, linfoedemas, 
fleboedemas, entre outras, para fins de funcionalidade e/ou estética; 
o XIV – Prevenir, promover e realizar a atenção fisioterapêutica pré e pós-operatória de cirurgias 
bariátricas, plásticas reparadoras, estéticas, entre outras; 
o XV – Determinar as condições de alta fisioterapêutica; 
o XVI – Prescrever a alta fisioterapêutica; 
o XVII – Registrar em prontuário consulta, avaliação, diagnóstico, prognóstico, tratamento, 
evolução, interconsulta, intercorrências e alta fisioterapêutica; 
o XVIII – Emitir laudos, pareceres, relatórios e atestados fisioterapêuticos. 
o XIX – Realizar atividades de educação em todos os níveis de atenção à saúde, e na 
prevenção de riscos ambientais e ocupacionais. 
▪ Art. 4º – O exercício profissional do Fisioterapeuta Dermatofuncional é condicionado ao 
conhecimento e domínio das seguintes áreas e disciplinas, entre outras: 
• I – Anatomia geral dos órgãos e sistemas e em especial dos sistemas tegumentar, 
cardiorespiratório, circulatório, linfático, metabólico e endócrino; 
• II – Biomecânica; 
• III – Fisiologia humana geral; 
• IV – Fisiopatologia aplicada aos sistemas tegumentar, cardiorespiratório, digestório, 
circulatório, linfático, metabólico e endócrino; 
• V – Biologia e histologia dos sistemas tegumentar, cardiorespiratório, digestório, 
circulatório, linfático, metabólico e endócrino; 
• VI – Semiologia dos sistemas tegumentar, cardiorespiratório, digestório, circulatório, linfático, 
metabólico e endócrino; 
• VII – Endocrinologia e suas correlações com os sistemas tegumentar, 
cardiorespiratório, digestório, circulatório e linfático; 
• VIII – Instrumentos de medida e avaliação da Dermatofuncional; 
• IX – Farmacologia aplicada a Dermatofuncional; 
• X – Cosmetologia; 
• XI – Técnicas e recursos tecnológicos; 
• XII – Próteses, Órteses e Tecnologia Assistiva; 
• XIII – Humanização, 
 
 
• XIV – Ética e Bioética. 
• Art. 5º – Para efeito de registro das áreas de atuação desta especialidade, são reconhecidas 
as seguintes: 
• I – Fisioterapia Dermatofuncional no Pré e Pós-operatório de Cirurgia Plástica; 
• II – Fisioterapia Dermatofuncional no Pré e Pós-operatório de Cirurgia Bariátrica; 
• III – Fisioterapia Dermatofuncional em Angiologia e Linfologia; 
• IV – Fisioterapia Dermatofuncional em Dermatologia; 
• V – Fisioterapia Dermatofuncional em Estética e Cosmetologia; 
• VI – Fisioterapia Dermatofuncional em Endocrinologia; 
• VII – Fisioterapia Dermatofuncional em Queimados. 
o §1°: O COFFITO disporá acerca do Certificado das áreas de atuação do Especialista 
Profissional em Fisioterapia Dermatofuncional, nos termos do Título VII da Resolução COFFITO 
377/2010. 
o §2°: Transcorrido prazo mínimo de seis meses a contar do registro de especialidade, 
o profissional poderá requerer o certificado de área de atuação e seu respectivo registro, 
devendo atender os critérios definidos em Portaria editada pelo presidente do COFFITO. 
▪ Art. 6º – O Fisioterapeuta especialista profissional em Fisioterapia Dermatofuncional pode 
exercer as seguintes atribuições, entre outras: 
• I – Coordenação, supervisão e responsabilidade técnica; 
• II – Gestão; 
• III – Gerenciamento; 
• IV – Direção; 
• V – Chefia; 
• VI – Consultoria; 
• VII – Auditoria; 
• VIII – Perícia. 
▪ Art. 7º – A atuação do Fisioterapeuta Dermatofuncional se caracteriza pelo exercício 
profissional em todos os níveis de atenção à saúde, em todas as fases do desenvolvimento 
ontogênico, com ações de prevenção, promoção, proteção, educação, intervenção, recuperação e 
reabilitação do cliente/paciente/usuário, nos seguintes ambientes, entre outros: 
• I – Hospitalar; 
• II – Ambulatorial (clínicas, consultórios, centros de saúde); 
• III – Domiciliar e Home Care; 
• IV – Públicos; 
• V – Filantrópicos; 
 
 
• VI – Militares; 
• VII – Privados; 
• VIII – Terceiro Setor; 
▪ Art 8º – Os casos omissos serão deliberados pelo Plenário do COFFITO. 
▪ Art. 9º – Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. 
 
 
• ACÓRDÃO 293, DE 16 DE JUNHO DE 2012. TRATA DOS SEGUINTES PROCEDIMENTOS 
UTILIZADOS PELA FISIOTERAPIA DERMATOFUNCIONAL: LASER, LUZ INTENSA PULSADA, 
RADIOFREQUÊNCIA, CARBOXITERAPIA E PEELINGS. 
o O Plenário do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, no uso de suas 
atribuições e disposições regulamentares conferidas pela Lei nº 6.316, de 17 de dezembro de 
1975, e a Resolução nº 181, de 25 de novembro de 1997. 
▪ Acordam os Conselheiros do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, 
reunidos na sessão da 225ª Reunião Plenária Ordinária, em aprovar por unanimidade a 
Normatização das Técnicas e recursos próprios da Fisioterapia Dermatofuncional. 
▪ O tratamento fisioterapêutico Dermatofuncional, assim como todos os outros tratamentos 
podem oferecer diferentes graus de risco à saúde da população. Assim, mister se dá primeiro, 
definir risco. 
▪ Para a ANVISA risco é a probabilidade de um efeito adverso à saúde causado por um perigo 
ou perigos existentes, sendo o perigo o componenteque tem potencial de oferecer risco. 
Sendo assim, a segurança do paciente/cliente consiste em reduzir o risco de danos 
desnecessários/evitáveis relacionados aos cuidados de saúde a um mínimo aceitável. 
▪ O Bioethics Thesaurus caracteriza risco como sendo a probabilidade de ocorrência de um 
evento desfavorável. Define risco em saúde como o perigo potencial de ocorrer uma reação 
adversa à saúde. Engloba uma variedade de probabilidades incluindo aquelas baseadas em 
dados estatísticos ou em julgamentos subjetivos. 
▪ A Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde define risco como a possibilidade de 
danos à dimensão física, psíquica, moral, intelectual, social, cultural ou espiritual do ser humano, 
em qualquer fase de uma pesquisa e dela decorrente. 
▪ Para o COFFITO, risco, independente do seu nível, decorre do exercício profissional sem a 
observância das regulamentações técnicas estabelecidas por esta Autarquia, nos termos de sua 
competência legal. 
▪ Por segurança da população assistida os serviços de fisioterapia devem ser capazes de ofertar 
serviços dentro dos padrões de qualidade exigidos, atendendo aos requisitos da legislação e 
regulamentos vigentes. 
▪ De acordo com a Resolução COFFITO 8, artigo III, são recursos terapêuticos a ação isolada ou 
concomitante de agente termoterapêutico, crioterapêutico, hidroterapêutico, aeroterapêutico, 
fototerapêutico, eletroterapêutico, sonidoterapêutico, massoterapêutico, mecanoterapêutico, 
cinesioterapêutico motor e cardiorespiratório e utilização de órteses e próteses. 
 
 
 
▪ A fisioterapia Dermatofuncional utiliza ainda a cosmetologia (RDC/ANVISA 79/00) e acupuntura 
(Resolução COFFITO 219/00) como recursos terapêuticos, podendo também lançar mão das 
Práticas Integrativas e Complementares de Saúde (Resolução COFFITO 380/10), tecnologias 
assistivas, entre outros. 
▪ Este parecer trata dos seguintes procedimentos utilizados pela Fisioterapia Dermatofuncional: 
LASER, Luz Intensa Pulsada, Radiofrequência, Carboxiterapia e Peelings, tomando por base 
documento produzido pelo GT de Fisioterapia Dermatofuncional do COFFITO (2011). 
• LASER: 
o O termo laser é abreviação do termo inglês Light Amplification by Stimulated Emission of 
Radiation, sendo um tipo de energia luminosa que possui características próprias que o 
diferenciam de outras fontes similares. É uma radiação não ionizante, monocromática, colimada e 
polarizada (Baxter, 2003). 
o Baseada na evolução das tecnologias Laser e na teoria da fototermólise seletiva, novas 
indicações terapêuticas passaram a ser utilizadas como para lesões hiperpigmentadas e 
hipopigmentadas, fotoenvelhecimento, epilação e lesões vasculares periféricas. 
o O laser de baixa potência cada vez mais é utilizado em várias aplicações clínicas. Ao contrário 
dos lasers de alta potência, os soft lasers emitem luz em baixa densidade de energia e promove 
certas reações bioquímicas sem induzir a efeitos térmicos nos tecidos subjacentes (Kreisler et al., 
2003). 
o Conclui-se que a utilização dos Lasers classificados como cirúrgicos ou de alta potência 
(Power-Laser) não são recomendados para o uso do fisioterapeuta. Os demais tipos de lasers 
de baixa e média potência não ablativos utilizados para epilação, discromias, envelhecimento 
cutâneo, flacidez tegumentar, lesões vasculares estão entre os recursos fototerápicos 
mencionados na Resolução COFFITO 8, portanto, entende-se que a utilização dos Lasers não 
ablativos é considerado como de uso próprio do fisioterapeuta. 
• Luz intensa pulsada: 
o Luz intensa pulsada, erroneamente denominada de lasers, apresenta ações similares, nos 
quais o espectro de radiação produzida abrange vários comprimentos de onda simultaneamente 
(de 50 a 900 nm). 
o A diversidade de comprimentos de onda utilizados nos aparelhos de luz intensa pulsada 
possibilita o tratamento de indivíduos de diferentes fototipos de pele, bem como, várias 
aplicações: epilação, remoção de manchas e tatuagens, rejuvenescimento não- ablativo e lesões 
vasculares (Maio, 2004; Osório, Torrezan, 2002). 
o Conclui-se que a luz intensa pulsada é considerada uma fonte de luz não laser, gerada por 
lâmpadas, resultando na emissão de calor e radiação luminosa, sendo, portanto, classificada 
como um recurso fototermoterapeutico próprio do fisioterapeuta. 
• Para os procedimentos citados acima (Lasers e Luz Intensa Pulsada) é necessário que o 
fisioterapeuta observe os seguintes critérios: 
o I. Utilizar, exclusivamente, equipamentos com cadastro ou registro pela ANVISA e manter em 
seu poder tais documentos comprobatórios para fins de fiscalização do CREFITO de sua 
circunscrição; 
 
 
 
o II. Prestar assistência a no máximo um cliente/paciente/usuário por vez, nunca se ausentando, 
em qualquer de sua etapa, do local onde o procedimento é realizado. 
o III. Informar ao cliente/paciente/usuário sobre a técnica e seu grau de risco, colhendo dele a 
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; 
o IV. Manter registro em prontuário de todas as etapas do tratamento. 
o V. Aplicar os princípios da biossegurança; 
o VI. Aplicar a técnica em ambiente próprio que garanta o máximo de higiene e segurança 
estabelecidos em normas da ANVISA ou outras em vigor. 
 
• Radiofrequência: 
o A radiofrequencia é um tipo de radiação eletromagnética que em frequências mais elevadas 
gera calor nos tecidos biológicos. O principal efeito da sua utilização é o estímulo na produção de 
fibras colágenas, que resulta na melhora do aspecto da pele, sendo indicada em alterações 
cutâneas como flacidez cutânea e rugas, dentre outras. 
o A técnica é considerada não ablativa, induzindo a produção de colágeno sem ruptura da pele. 
o Conclui-se que o princípio de funcionamento da radiofrequência se enquadra dentro dos 
recursos físicos de tratamento, especificamente a termoterapia. Os efeitos adversos podem ser 
bem controlados e na sua maioria são passageiros. Os riscos de lesões por queimadura podem 
ser evitados e ou minimizados com a aquisição de habilidades e competências específicas de 
avaliação, indicação e de execução da técnica de aplicação bem como a eficiência de resultado. 
• Para o procedimento citado acima é necessário que o fisioterapeuta observe os seguintes 
critérios: 
o I. Utilizar, exclusivamente, equipamentos com cadastro ou registro pela ANVISA e manter em 
seu poder tais documentos comprobatórios para fins de fiscalização do CREFITO de sua 
circunscrição; 
o II. Prestar assistência a no máximo um cliente/paciente/usuário por vez, nunca se ausentando, 
em qualquer de sua etapa, do local onde o procedimento é realizado. 
o III. Informar ao cliente/paciente/usuário sobre a técnica e seu grau de risco, colhendo dele a 
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; 
o IV. Manter registro em prontuário de todas as etapas do tratamento; 
o V. Aplicar os princípios da biossegurança; 
o VI. Aplicar a técnica em ambiente próprio que garanta o máximo de higiene e segurança 
estabelecidos em normas da ANVISA ou outras em vigor; 
• PEELING 
o É considerado como agente indutor da descamação controlada, conduzindo diversas reações 
na pele como espessamento da epiderme, aumento de volume da derme, liberação de 
mediadores de inflamação e citocinas, além da reorganização de elementos estruturais. Podem 
ser classificados como químicos ou físicos. 
 
 
 
 
o Peeling físico: 
▪ Varia desde receitas caseiras como cristais de açúcar, lixas, cremes abrasivos com 
microesferas de material plástico, até os aparelhos de microdermoabrasão por fluxo de cristais ou 
as lixas de ponta de diamante (Quiroga e Guillot, 1986), além do ultrassônico. 
▪ Dermoabrasão trata-se de uma esfoliação até o limite dermoepidérmico com objetivo de 
aumentar a nutrição pelo estímulo dérmico (Sabatovich et al., 2004; Ruiz, 2004; Rusenhac, 2006) 
e estimular a proliferação de fibroblastos e, consequentemente, docolágeno pela injúria 
intraepidérmica repetida (Shepall et al., 2004). 
▪ As reações decorrentes da aplicação do peeling superficial (sensação de ardência, queimação, 
eritema e edema), podem ser controladas por meio dos recursos próprios da fisioterapia. 
o Peeling químico: 
▪ Uso de substâncias químicas isoladas ou combinadas no intuito de obter-se o agente mais 
adequado para cada caso para graus variados de esfoliação (Ghersetich et al., 1997; Monheit, 
2001). Divide-se os peelings químicos em: 
• - Muito superficial, que atinge as camadas córnea e granulosa; 
• - Superficial, atinge a epiderme; 
• - Médio atinge a derme papilar; 
• - Profundo que atinge a derme reticular (Camacho, 2004, Zakapoulou, Kontochristopoulos, 
2006). 
▪ Conclui-se que o fisioterapeuta não deve aplicar procedimentos de peeling cuja profundidade 
ultrapasse o limite da epiderme. 
o Para os procedimentos citados acima é necessário que o fisioterapeuta observe os seguintes 
critérios: 
▪ I. Quando for o caso, utilizar, exclusivamente, equipamentos com cadastro ou registro pela 
ANVISA e manter em seu poder tais documentos comprobatórios para fins de fiscalização do 
Crefito de sua circunscrição; 
▪ II. Quando o tratamento envolver peeling mecânico; 
▪ III. Aplicar os princípios da biossegurança para prevenir infecções cruzadas e descarte de 
respectivo material; 
▪ IV. Aplicar a técnica em ambiente próprio que garanta o máximo de higiene e segurança 
estabelecidos em normas da ANVISA ou outras em vigor; 
▪ V. Informar ao cliente/paciente/usuário sobre a técnica e seu grau de risco, colhendo dele a 
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; 
▪ VI. Manter registro em prontuário de todas as etapas da técnica. 
• Carboxiterapia: 
o A carboxiterapia é uma técnica onde se utiliza o gás carbônico (dióxido de carbono ou CO2 
ou anidro-carbônico) injetado no tecido transcutâneo, estimulando assim efeitos fisiológicos como 
melhora da circulação e oxigenação tecidual, angiogênese e incremento de fibras colágenas, 
podendo ser utilizado no tratamento do fibro edema gelóide, de lipodistrofias localizadas, além 
da melhora da qualidade da cicatriz, melhora da elasticidade e irregularidade da pele 
 
 
(Brandi et al., 2001, 2004; Hidekazul, et al., 2005, Goldman et al., 2006; Worthington, Lopez, 
2006, Lee, 2008, Nach, et al., 2010). 
o A carboxiterapia por sua complexidade é admitida pelo COFFITO como técnica de risco, 
factível de desenvolver efeitos adversos. 
o Como se trata de procedimento de risco é recomendável ao fisioterapeuta ser especialista 
profissional em fisioterapia Dermatofuncional e ainda observar os critérios abaixo especificados: 
▪ I. No caso de profissional capacitado, porém que ainda não é especialista profissional, 
apresentar junto ao Crefito documentos que comprovem devida habilitação para atuar com a 
técnica; 
▪ II. Comprovar junto ao CREFITO de sua circunscrição conhecimento teórico e prático de 
primeiros socorros por meio de certificado de conclusão de curso de suporte básico de vida (Basic 
Life Support, BLS); ou outro que garanta a formação necessária para os primeiros socorros; 
▪ III. Utilizar, exclusivamente, equipamentos com cadastro ou registro pela ANVISA e manter em 
seu poder tais documentos comprobatórios para fins de fiscalização do CREFITO de sua 
circunscrição; 
▪ IV. Garantir a adequada remoção do cliente/paciente/usuário para unidades hospitalares em 
caso de indubitável urgência e emergência; 
▪ V. Prestar assistência a no máximo um cliente/paciente/usuário por vez, nunca se ausentando, 
em qualquer de sua etapa, do local onde o procedimento é realizado; 
▪ VI. Informar ao cliente/paciente/usuário sobre a técnica e seu grau de risco, colhendo a 
assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido; 
▪ VII. Manter registro em prontuário de todas as etapas do tratamento; 
▪ VIII. Aplicar os princípios da biossegurança para prevenir infecções cruzadas e descarte de 
respectivo material; 
▪ IX. Aplicar a técnica em ambiente próprio que garanta o máximo de higiene e segurança 
estabelecidos em normas da ANVISA ou outras em vigor. 
 
• ACÓRDÃO Nº 65, DE 27 DE NOVEMBRO DE 2015. SOBRE A UTILIZAÇÃO PELO 
FISIOTERAPEUTA DA TERAPIA POR ONDAS DE CHOQUE COMO RECURSO 
TERAPÊUTICO. 
o Os Conselheiros do Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional, reunidos na 258ª 
Reunião Plenária Ordinária, no uso de suas atribuições e disposições regulamentares, conferidas 
pela Lei nº 6.316, de 17 de dezembro de 1975, e pela Resolução-COFFITO nº 413/2012, 
ACORDAM em aprovar, por unanimidade, a utilização pelo Fisioterapeuta da Terapia por Ondas 
de Choque como recurso terapêutico, nos termos do parecer técnico que passará a fazer parte 
integrante do presente Acórdão, a saber: 
▪ PARECER TÉCNICO 
▪ INTRODUÇÃO 
• A chamada Terapia por Ondas de Choque (TOC), do inglês Shock Wave Therapy (SWT), que 
pode ser extracorpórea radial, chamada de Radial Shock Wave Therapy (RSWT), ou 
Focal/Planar, do inglês Focused/Planar Shock Wave Therapy (ESWT/PSWT), faz parte do arsenal 
de recursos terapêuticos dentro da Fisioterapia, inserido na área maior chamada de “Agentes 
 
 
Eletrofísicos”, utilizados para terapia de variadas situações, na dependência das evidências 
científicas publicadas, assim como da experiência clínica e expertise dos envolvidos neste tipo de 
atividade. Dentre os agentes estudados nesta área, estão os eletroestimuladores, as fontes de 
fototerapia (como ultravioleta, infravermelho, LEDs ou lasers), os equipamentos de ondas curtas, 
o ultrassom, as vibrações e as Ondas de Choque. Estes três últimos métodos de tratamento têm 
semelhanças entre si pelas características de ação sobre os tecidos biológicos. 
• Ondas de Choque são um distúrbio de pressão que se propaga rapidamente por um meio. 
Pode ser definido como uma onda de compressão de grande amplitude como as produzidas por 
explosões ou jatos supersônicos sobre um meio. As Ondas de Choque utilizadas clinicamente 
são, na realidade, uma espécie de explosão controlada (OGDEN et al., 2001). 
▪ HISTÓRICO 
• As Ondas de Choque foram inicialmente empregadas como um tratamento não invasivo de 
pedras nos rins, nos anos 1970, e se tornaram tratamento para esse desarranjo no início dos 
anos 1980. Nas experimentações com modelos animais foi identificado que essas Ondas de 
Choque tinham efeitos sobre os ossos e isso levou a uma série de outras experimentações, 
observando-se os efeitos dessas ondas no osso e na cartilagem e associado a tecidos moles 
(tendões, ligamentos e fáscia), tornando-se uma intervenção que aumentou a sua utilização. Nos 
anos 1990 foram reportados os primeiros artigos utilizando Ondas de Choque como técnica 
terapêutica para alterações de tecidos moles, mais comumente a tendinite calcária e, 
posteriormente, uma variedade de tendões, ligamentos e outros tecidos similares. 
▪ CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS 
• As Ondas de Choque têm uma pressão tipicamente na ordem de 35-120MPa (SPEED, 2004). 
Produzem uma rápida elevação da pressão, usualmente, menos que 10 nanossegundos, e 
uma curta duração, em torno de 10 microssegundos. O feixe efetivo é fino, entre 2-8mm de 
diâmetro. 
• As intensidades são normalmente divididas em 3 faixas: baixa intensidade, acima de 0,08 até 
0,28mJ/mm2; média intensidade, entre 0,28 e 0,6mJ/mm2; e alta intensidade, acima de 
0,6mJ/mm2. 
▪ EFEITOS COLATERAIS E ADVERSOS 
• As Ondas de Choque de alta energia mostraram ter alguns efeitos prejudiciais em tecidos 
moles, mas algo que não acontece quando se utilizam as doses corretas para terapia. Para 
algumas situações pode haver produção de dor, principalmente, se utilizadas doses médias ou 
altas como consequência. Ondas de Choque no tendão, quando aplicadas em modelos animais, 
com dosagem de 0,6mJ/mm2, mostraram provocar efeitos deletérios sobre vasos sanguíneos 
locais (ROMPE et al., 1998). 
• Quando os níveisde energia aplicados estiverem na faixa entre baixa e média não há relatos 
de efeitos adversos significantes. Alguns relatos de dor ou desconforto durante e, algumas vezes, 
após o tratamento podem ser comuns por períodos relativamente curtos (de 1 a 2 dias). É 
interessante, neste sentido, advertir o paciente sobre esta possibilidade antes da aplicação do 
tratamento. Pode haver, também, algumas irritações de pele suaves, avermelhamento e 
parestesia, mas esses efeitos, em geral, são transitórios (WANG et al., 2012). 
 
 
 
▪ DOSAGEM TERAPÊUTICA 
• Em adição à energia aplicada em mJ/mm2, cujos níveis variam entre baixos e médios, outros 
fatores importantes são relacionados. 
• 1. Números de disparos: usualmente entre 1000 e 1500, como a maioria dos ensaios clínicos 
demonstraram, porém algumas autoridades no assunto sugerem superior a 2000. Por outro lado, 
outros autores sugerem o número tão pequeno quanto 100 disparos, mas é mais comum 
encontrar acima de 500. 
• 2. Número de aplicações: há evidências que uma única aplicação possa ser eficiente, mas a 
maioria dos resultados de pesquisas clínicas usam entre 3 e 5 sessões, sugerindo que possam 
ser necessárias até 7 sessões para lesões renitentes e, geralmente, com baixa energia. 
• 3. Frequência: o período ótimo entre sessões de tratamentos é de uma semana, mas, a 
critério do terapeuta, este período pode ser reduzido ou aumentado de acordo com as condições 
do paciente e com a resposta deste à terapêutica. 
 
▪ EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS 
• Entre as aplicações mais comuns com resultados já comprovados na literatura estão os casos 
de tendinites calcárias, fasceíte plantar, bursites, epicondilites, tendinopatias de diversas origens, 
entre outras, além de inativação de pontos gatilho da síndrome miofascial. 
• Numa revisão sistemática publicada numa revista típica dos profissionais de Fisioterapia 
(Manual Therapy), os autores acharam fortes ou moderadas evidências de seus efeitos em 
tendinose do manguito rotador com calcificação em curto prazo ou longo prazo com altas e baixas 
doses, respectivamente, num lote de 11 Ensaios Clínicos Controlados e Aleatorizados (do inglês, 
RCTs). No mesmo estudo, os autores observaram que para tendinose sem calcificação houve 
apenas 6 RTCs com um nível de evidência limitada para médias intensidades, normalmente 
associadas com cinesioterapia (terapia por exercícios), mas com ressalvas, pois não se achou 
estudos com Ondas de Choque de Alta Intensidade, o que faz os autores indicarem que se 
realizem estudos nestas condições para submissão e avaliação no futuro (HUISSTEDE et al., 
2011). Vale ressaltar que, nesta metanálise, os autores comparam com variados métodos de 
Fisioterapia, para viabilizar a escolha mais acertada para o profissional que vai realizar o 
tratamento para estes casos. 
• Confirmação neste sentido vem da revisão sistemática e metanálise com avaliação de seis 
meses após o tratamento, que demonstrou uma efetividade maior do tratamento pelas Ondas de 
Choque sobre a reabsorção da calcificação do ombro, em 4 de 6 estudos analisados. IOPPOLO 
et al. (2013) relatam ainda uma melhora da dor e função articular do ombro com persistência dos 
resultados após seis meses. 
• Num outro trabalho de revisão, no qual vários fisioterapeutas realizam as análises, houve um 
detalhamento da qualidade metodológica dos trabalhos, em que a maioria esteve em 7 na escala 
até 10. No entanto, houve evidências de vantagens clínicas na utilização das Ondas de Choque 
em tendinites calcárias do ombro, com alguns trabalhos mostrando alguma efetividade de longo 
prazo (mais de um ano), porém com poucos trabalhos realizados com este objetivo (médio prazo), 
para que se pudesse conseguir estabelecer um guia seguro de dosagens para aplicações (LEE et 
al., 2011). 
 
 
 
• Numa revisão sistemática e metanálise realizada por CHANG et al. (2012) há evidências que 
suportam a Terapia por Ondas de Choque como tratamento para fasceíte plantar. As taxas de 
sucesso do tratamento não foram relacionadas com os níveis de energia, enquanto a magnitude 
da redução da dor tem uma suave relação com a dose- resposta. Com a modalidade de Ondas de 
Choque focalizadas foi relacionada com as energias maiores e mais toleráveis na faixa de média 
intensidade. No entanto, foi preferível por parte dos pacientes o uso das Ondas de Choque radiais 
no tratamento da fasceíte plantar, pelo seu preço menor e por ser mais efetiva na prática clínica (o 
chamado custo- efetividade do tratamento). 
• Outra área em que estão sendo usada as Ondas de Choque para terapia é na enfermidade de 
Peyronie, que é a enduração dolorosa do pênis com alteração da sua forma, devido a uma fibrose 
intensa do corpo cavernoso. Na metanálise realizada por HAUCK et al. (2004) foi analisada a 
eficiência da terapia nestes casos para dor e função sexual, com vantagens em relação a 
evolução natural da doença. 
• Uma área que mais recentemente tem sido explorada em tratamentos com Ondas de Choque é 
a de reparação tecidual para feridas abertas. Seis publicações relatando resultados de outros 
estudos clínicos foram identificadas, incluindo um total de 523 pacientes. As Ondas de Choque 
foram mais comumente aplicadas uma ou duas vezes por semana, usando baixa ou média 
energia, com geradores focalizados ou desfocados (faixa de energia 0,03 a 0,25 mJ/mm2; 
usualmente de 0,1 mJ/mm2). Algumas preocupações com a segurança foram relatadas e, em 
estudos clínicos controlados, nos quais diferenças estatisticamente significativas nas taxas de 
fechamento de feridas foram relatadas em comparação com uma variedade de modalidades 
convencionais de tratamentos tópicos ou mesmo tratamento simulado ou oxigenoterapia 
hiperbárica. Com base nesta análise, as Ondas de Choque podem ser caracterizadas como não 
invasivas. Ensaios clínicos cegos, controlados, randomizados, multicêntricos ainda são 
necessários para avaliar a eficácia e custo-efetividade das Ondas de Choque em relação a outros 
tipos de tratamentos adjuvantes em feridas, com curativos fechados e úmidos, que são 
comumente usados nestes casos (DYMARECK et al., 2014). 
 
▪ INDICAÇÕES MAIS COMUNS 
• A lista de indicações a seguir está baseada na literatura consultada, as condições de dose, 
intensidade, protocolo de tratamento, a frequência de tratamento e outras, podem ser mais 
adequadas ou melhoradas a partir de novos dados que surgirem de pesquisa científica publicada 
na tentativa de consolidar as indicações com maior precisão. 
• As indicações a seguir são uma sugestão do que já existe na literatura, porém as 
fundamentações mais importantes já foram citadas alhures: Tendinite Calcificante; dores no 
ombro com ou sem calcificação; Tendinopatias; Tendinite Trocantérica; Síndrome Patelar (Joelho 
de Saltador); Síndrome do Tibial Anterior; Aquilodínea; Fasceíte Plantar; Esporão de Calcâneo; 
entesopatias; Cervicalgia; Dorsalgia e Lombalgia aguda e crônica; alterações musculares, como 
entorse, distensão, espasmo, e outros; Metatarsalgia; Pseudoartrose (não união óssea ou retardo 
de consolidação); Trigger Points superficiais e profundos; Reparo Tecidual (feridas abertas, fibrose 
e outras); Celulite; tratamento da dor. 
 
 
 
 
▪ CUIDADOS, PRECAUÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES 
• A lista a seguir foi compilada pelas melhores evidências e pelas opiniões dos experts mais 
envolvidos com a terapia e isto pode ser uma abordagem bastante conservadora, mas em muitas 
terapias emergentes podem, eventualmente, surgir novos efeitos colaterais ainda não aparecidos 
anteriormente e que devem ser comunicados ao Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia 
Ocupacional. 
o • Tecido pulmonar deve ser evitado, porque pode ser danificado; 
o • A epífise deve ser considerada uma área a ser evitada por não se saber os efeitos de longo 
prazo; 
o • Pacientes com hemofilia ou com terapia anticoagulante não devem ser tratados com 
Ondasde Choque (pode haver o aparecimento de petéquias e ruptura da rede microvascular); 
o • Tumores malignos se mantêm na lista de contraindicações tanto quanto para outras 
modalidades porque não se sabe o quanto pode produzir de crescimento e de espalhamento do 
tecido maligno; 
o • Implantes metálicos baseado em fixações mecânicas no osso parecem não ser um problema, 
porém stents cardíacos implantados e válvulas cardíacas não foram completamente avaliados; 
o • Marca-passo; 
o • Útero gravídico não se encontra na literatura, entretanto por uma questão ética deve-se evitar; 
o • Endopróteses deve ser evitado em próteses com cimentação cirúrgica, tendo em vista que há 
possibilidade do desprendimento da prótese por ação da onda de choque. 
 
▪ CRITÉRIOS DE SEGURANÇA 
• Para segurança dos pacientes que se utilizarão do recurso das Ondas de Choque radiais ou 
focais deve haver por parte do profissional fisioterapeuta cuidados com a utilização de gel 
condutor de preferência antialérgico em quantidade suficiente para um bom acoplamento, 
adequação da dose (intensidade, número de disparos, pressão e tempo de atuação) a ser 
utilizada em função da enfermidade ou lesão a ser tratada. Deve-se posicionar adequadamente o 
paciente de acordo com a região corporal a ser tratada e respeitar os limites sensoriais ou 
incômodo importante. 
 
▪ RECOMENDAÇÕES GERAIS 
• I. Os parâmetros de programação do equipamento devem seguir aqueles que já foram 
previamente testados e publicados na literatura específica; 
• II. Informar ao paciente que há chances de apresentar dor ao procedimento, que deverá ser 
reduzida em 24-48 horas após o tratamento; 
• III. Informar também ao paciente que há o envolvimento possível de risco de ineficácia do 
tratamento e deverá ser colhida assinatura no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
(TCLE); 
 
 
 
 
• IV. A TOC faz parte dos procedimentos fisioterapêuticos utilizados pelo fisioterapeuta os quais 
podem e devem ser aplicados em associação a outros recursos eletrotermofototerapêuticos 
complementares, a fim de evitar efeitos indesejados ao paciente como dor e/ou desconforto 
quando da sua aplicação; 
• V. Interromper o procedimento caso haja alguma reação inesperada ou adversa; 
• VI. Aplicar a técnica em ambiente próprio que garanta o máximo de higiene e segurança 
estabelecidos em normas da ANVISA ou outras em vigor; 
• VII. Tomar as providências com relação à Biossegurança. 
 
▪ CONCLUSÃO 
• Há plenas possibilidades de aquisição dos equipamentos de Ondas de Choque em qualquer 
parte do mundo por profissionais da área de saúde. Em grandes eventos da área de Fisioterapia 
tem sido apresentada uma variedade de modelos com diferentes controles de intensidade, 
diferentes sistemas de funcionamento e com amplitudes controláveis, frequências ajustáveis e 
com várias ponteiras (do inglês, probes) para tratamento. Servem para Ondas de Choque radiais 
ou focais, dependendo do formato e da estruturação da probe, como anteparos de água para 
espalhamento do feixe de ondas ou para focalização. 
• Toda fundamentação relacionada à Terapia por Ondas de Choque se baseia na física e nos 
efeitos fisiológicos causados por ela. Ou seja, segue um protocolo já bastante conhecido pelos 
profissionais fisioterapeutas que estudam os agentes eletrofísicos durante o curso de graduação e 
outros que até se especializam nestas terapias em cursos de pós- graduação. Portanto, o 
profissional fisioterapeuta é certamente um dos profissionais da saúde que conta em sua estrutura 
curricular com formação suficiente na área de “Agentes Eletrofísicos”, em que se inclui a Terapia 
por Ondas de Choque radiais e focais, estuda seu funcionamento, seus efeitos fisiológicos e 
terapêuticos, podendo aplicar e indicar sua aplicação, desde que respeitadas as contraindicações 
do método. 
 
FARMACÊUTICOS 
 
 
• RESOLUÇÃO Nº 573 DE 22 DE MAIO DE 2013. Dispõe sobre as atribuições do farmacêutico 
no exercício da saúde estética e da responsabilidade técnica por estabelecimentos que executam 
atividades afins. 
o Para ler a lei na íntegra acesse o link http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/573.pdf 
▪ O Conselho Federal de Farmácia (CFF), no uso de suas atribuições legais e regimentais, e 
considerando que o CFF, no âmbito de sua área específica de atuação e como Conselho de 
Profissão Regulamentada, exerce atividade típica de Estado, nos termos dos artigos 5º, inciso 
XIII; 21, inciso XXIV e 22, inciso XVI, todos da Constituição Federal; 
▪ Considerando que a saúde é direito de todos e dever do Estado e que as ações e serviços de 
saúde são de relevância pública, nos termos dos artigos 196 e 197 da Constituição da República 
Federativa do Brasil, cabendo ao Poder Público a sua fiscalização; 
 
http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/573.pdf
 
 
▪ Considerando que é atribuição do CFF expedir resoluções para eficiência da Lei Federal nº 
3.820/60 e, ainda, compete-lhe o múnus de definir ou modificar a competência dos farmacêuticos 
em seu âmbito, de acordo com o artigo 6º, alíneas “g” e “m”, da norma assinalada; 
▪ Considerando, ainda, a outorga legal ao CFF de zelar pela saúde pública, promovendo ações 
de assistência farmacêutica em todos os níveis de atenção à saúde, de acordo com a alínea “p”, 
do artigo 6º, da Lei Federal nº 3.820/60, com as alterações da Lei Federal nº 9.120/95; 
▪ Considerando a Lei Federal nº 8.078/90 (Código de Proteção e Defesa do Consumidor), que 
estabelece que a proteção da saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no 
fornecimento de serviços e um dos direitos básicos do consumidor; 
▪ Considerando que as empresas e estabelecimentos que explorem serviços para os quais é 
necessária a atividade de profissional farmacêutico, deverão provar perante os Conselhos Federal 
e Regionais de Farmácia, que essas atividades são exercidas por profissionais habilitados e 
registrados, conforme disposto no artigo 24 de Lei nº 3.820/60; 
▪ Considerando os termos do decreto nº. 20.931, de 11 de janeiro de 1932, que regula e fiscaliza 
o exercício da medicina, odontologia, da medicina veterinária e dasprofissões de farmacêutico, 
parteira e enfermeira, no Brasil, e estabelece penas; 
▪ Considerando que procedimentos invasivos não-cirúrgicos na área de estéticasão, também, de 
competência dos profissionais da área da saúde, inclusive o farmacêutico; 
▪ Considerando que os farmacêuticos atuam e desenvolvem de maneira interdisciplinar e 
participativa em ações e serviços de saúde, até mesmo as que tratam das disfunções 
metabólicas, dermatológicas e fisiológicas e que são soluções alternativas aos interesses da 
população; 
▪ Considerando que a Organização Mundial da Saúde (OMS) conceitua saúde como um estado 
de completo bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de doença ou 
enfermidade; 
▪ Considerando a infra-estrutura mínima dos serviços de saúde, bem como os recursos 
materiais e instrumentais exigidos para esta atividade que é correlata com o profissional 
farmacêutico e, visando a prestação de assistência com dignidade que estão disciplinadas em 
normativas próprias, quer na esfera federal, estadual ou municipal e da Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (ANVISA), 
 
▪ RESOLVE: 
• Art. 1º – Reconhecer a saúde estética como área de atuação do farmacêutico. 
o Parágrafo único – Na área de saúde estética, o farmacêutico poderá ser o responsável 
técnico por estabelecimentos nos quais se utilizam técnicas de natureza estética e recursos 
terapêuticos para fins estéticos, desde que não haja a prática de intervenções de cirurgia plástica, 
devendo estar regularmente inscrito no Conselho Regional de Farmácia desua jurisdição. 
• Art. 2º – Constituem técnicas de natureza estética e recursos terapêuticosutilizados pelo 
farmacêutico em estabelecimentos de saúde estética: 
o I – avaliação, definição dos procedimentos e estratégias,acompanhamento e evolução 
estética; 
o II – cosmetoterapia; 
 
 
o III – eletroterapia; 
o IV – iontoforese; 
o V – laserterapia; 
o VI – luz intensa pulsada; 
o VII – peelings químicos e mecânicos; 
o VIII – radiofrequência estética; 
o IX – sonoforese (ultrassom estético). 
▪ Parágrafo único – O farmacêutico deve certificar-se de que o estabelecimento pelo qual 
assumirá a responsabilidade técnica encontra-se legalmente constituído e autorizado para o 
desempenho de suas atividades, especialmente junto ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária 
(SNVS). 
• Art. 3º – Caberá ao farmacêutico, quando no exercício da responsabilidadetécnica em 
estabelecimentos de saúde estética: 
o I - atuar em consonância com o Código de Ética da Profissão Farmacêutica; 
o II – apresentar aos órgãos competentes a documentação necessária àregularização da 
empresa, quanto à licença e autorização de funcionamento; 
o III - ter conhecimento atualizado das normas sanitárias vigentes que regem o funcionamento 
dos estabelecimentos de saúde estética; 
o IV – estar capacitado técnica, científica e profissionalmente para utilizar-se das técnicas de 
natureza estética e dos recursos terapêuticos especificadas no âmbito desta resolução; 
o V – elaborar Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) relativos às técnicas de natureza 
estética e recursos terapêuticos desenvolvidos, visando garantir a qualidade dos serviços 
prestados, bem como proteger e preservar a segurança dos profissionais e dos usuários; 
o VI – responsabilizar-se pela elaboração do plano de gerenciamento de resíduosde serviços de 
saúde, de forma a atender aos requisitos ambientais e de saúde coletiva; 
o VII – manter atualizados os registros de calibração dos equipamentos utilizadosnas técnicas de 
natureza estética e recursos terapêuticos; 
o VIII – garantir que sejam usados equipamentos de proteção individual durante a utilização das 
técnicas de natureza estética e recursos terapêuticos, em conformidade com asnormas de 
biossegurança vigentes; 
o IX – cumprir com suas obrigações perante o estabelecimento em que atua, informando ou 
notificando o Conselho Regional de Farmácia e o SNVS sobre os fatosrelevantes e 
irregularidades que tomar conhecimento. 
• Art. 4º – Consideram-se para os fins desta resolução as definições de termos(glossário) 
contidas no Anexo. 
• Art. 5º - Esta resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogandose as 
disposições em contrário. 
 
 
 
 
 
• RESOLUÇÃO Nº 586 DE 29 DE AGOSTO DE 2013. Ementa: Regula a prescrição farmacêutica 
e dá outras providências. Para ler a lei na íntegra acesse o link 
http://www.cff.org.br/userfiles/file/noticias/Resolução586_13.pdf 
o No mundo contemporâneo, os modelos de assistência à saúde passam por profundas e 
sensíveis transformações resultantes da demanda por serviços, da incorporação de tecnologias e 
dos desafios de sustentabilidade do seu financiamento. Esses fatores provocam mudanças na 
forma de produzir o cuidado à saúde das pessoas, a um tempo em que contribuem para a 
redefinição da divisão social do trabalho entre asprofissões da saúde. 
o A ideia de expandir para outros profissionais, entre os quais o farmacêutico, maior 
responsabilidade no manejo clínico dos pacientes, intensificando o processo de cuidado, tem 
propiciado alterações nos marcos de regulação em vários países. Com base nessas mudanças, 
foi estabelecida, entre outras, a autorização para que distintos profissionais possam selecionar, 
iniciar, adicionar, substituir, ajustar, repetir ou interromper a terapia farmacológica. Essa tendência 
surgiu pela necessidade de ampliar a cobertura dos serviços de saúde e incrementar a 
capacidade de resolução desses serviços. 
o É fato que, em vários sistemas de saúde, profissionais não médicos estão autorizados a 
prescrever medicamentos. É assim que surge o novo modelo de prescrição como prática 
multiprofissional. Esta prática tem modos específicos para cada profissão e é efetivada de acordo 
com as necessidades de cuidado do paciente, e com as responsabilidades e limites de atuação 
de cada profissional. Isso favorece o acesso e aumenta o controle sobre os gastos, reduzindo, 
assim, os custos com a provisão de farmacoterapia racional,além de propiciar a obtenção de 
melhores resultados terapêuticos. 
o A literatura internacional demonstra benefícios da prescrição por farmacêuticos segundo 
diferentes modelos, realizada tanto de forma independente ou em colaboração com outros 
profissionais da equipe de saúde. O farmacêutico, neste último caso, prescreve medicamentos 
definidos em programas de saúde no âmbito dos sistemas públicos, em rotinas de instituições ou 
conforme protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas pré- estabelecidos. 
o Esta resolução encerra a concepção de prescrição como a ação de recomendar algo ao 
paciente. Tal recomendação pode incluir a seleção de opção terapêutica, a oferta de serviços 
farmacêuticos, ou o encaminhamento a outros profissionais ou serviços de saúde. 
o Vale ressaltar que concepções de prescrição farmacêutica encontram-se fragmentadas na 
legislação vigente, tanto sanitária como profissional. Esta resolução inova ao considerar a 
prescrição como uma atribuição clínica do farmacêutico, definir sua natureza, especificar e 
ampliar o seu escopo para além do produto e descrever seu processo na perspectiva das boas 
práticas, estabelecendo seus limites e a necessidade de documentar e avaliar as atividades de 
prescrição. 
o O Conselho Federal de Farmácia, ao regular a prescrição farmacêutica, o faz em consonância 
com as tendências de maior integração da profissão farmacêutica com as demais profissões da 
área da saúde, reforça a sua missão de zelar pelo bem-estar da população e de propiciar a 
valorização técnico-científica e ética do farmacêutico. 
 
 
 
http://www.cff.org.br/userfiles/file/noticias/Resolução586_13.pdf
 
 
o O Conselho Federal de Farmácia (CFF), no uso de suas atribuições previstas na Lei Federal nº 
3.820, de 11 de novembro 1960, e considerando o disposto no artigo 5º, inciso XIII, da 
Constituição Federal, que outorga liberdade de exercício, trabalho ou profissão, desde que 
atendidas as qualificações que a lei estabelecer; 
o Considerando que o CFF, no âmbito de sua área específica de atuação e, como entidade de 
profissão regulamentada, exerce atividade típica de Estado, nos termos do artigo 5º, inciso XIII; 
artigo 21, inciso XXIV e artigo 22, inciso XVI, todos da Constituição Federal; 
o Considerando a outorga legal ao CFF de zelar pela saúde pública, promovendo ações de 
assistência farmacêutica em todos os níveis de atenção à saúde, de acordo com a alínea "p", do 
artigo 6º da Lei Federal nº 3.820, de 11 de novembro de 1960, com as alterações da Lei Federal 
nº 9.120, de 26 de outubro de 1995; 
o Considerando que é atribuição do CFF expedir resoluções para eficácia da Lei Federal nº 
3.820, de 11 de novembro de 1960, e, que ainda, compete-lhe o múnus de definir ou modificar a 
competência dos profissionais de Farmácia em seu âmbito, conforme o artigo 6º, alíneas “g” e 
“m”; 
o Considerando a Lei Federal nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que dispõe sobre a 
proteção do consumidor e dá outras providências; 
o Considerando o Decreto Federal nº 85.878, de 7 de abril de 1981, que estabelece normas para 
execução da Lei Federal nº 3.820, de 11 de novembro de 1960, que dispõe sobre o exercício da 
profissão farmacêutica, e dá outras providências; 
o Considerando as deliberações da Conferência Internacional sobre Cuidados Primários em 
Saúde realizada em Alma-Ata, promovida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e Fundo 
das Nações Unidas para a Infância (Unicef), de 6/12 de setembro de 1978; 
o Considerando a Portaria MS/GM nº 687, de 30 de março de 2006, que aprova a Política de 
Promoção da Saúde; 
o Considerando a Portaria MS/GM nº 4.279, de 30 de dezembro de 2010, queestabelece 
diretrizes para a organização da rede de atenção à saúde no âmbito do sistema único de saúde 
(SUS); 
o Considerando a Portaria MS/GM nº 3.124, de 28 de dezembro de 2012, que redefine os 
parâmetros de vinculação dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF) Modalidades 1 e 2 
às Equipes Saúde da Família e/ou Equipes de Atenção Básica para populações específicas, cria 
a Modalidade NASF 3, e dá outras providências; 
o Considerando a Portaria MS/GM nº 529, de 1º de abril de 2013, que institui o Programa 
Nacional de Segurança do Paciente (PNSP); 
o Considerando a Resolução do Conselho Nacional de Saúde (CNS) nº 338, de 6 de maio de 
2004, que aprova a Política Nacional de Assistência Farmacêutica, em particular o inciso IV do 
artigo 1º, no que se refere à atenção farmacêutica; 
o Considerando a Resolução/CFF nº 386, de 12 de novembro de 2002, que dispõe sobre as 
atribuições do farmacêutico no âmbito da assistência domiciliar em equipes multidisciplinares; 
o Considerando a Resolução/CFF nº 357, de 27 de abril de 2001, que aprova o regulamento 
técnico das boas práticas de farmácia; 
 
 
 
o Considerando a Resolução/CFF nº 417, de 29 de setembro de 2004, que aprova o Código de 
Ética da Profissão Farmacêutica; 
o Considerando a Resolução/CFF nº 467, de 28 de novembro de 2007, que regulamenta e 
estabelece as atribuições e competências do farmacêutico na manipulação de medicamentos e 
de outros produtos farmacêuticos; 
o Considerando a Resolução/CFF nº 499, de 17 de dezembro de 2008, que dispõe sobre a 
prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias, e dá outras providências, alterada 
pela Resolução/CFF nº505, de 23 de junho de 2009; 
o Considerando a Resolução/CFF nº 546, de 21 de julho de 2011, que dispõe sobre a indicação 
farmacêutica de plantas medicinais e fitoterápicos isentos de prescrição e o seu registro; 
o Considerando a Resolução/CFF nº 555, de 30 de novembro de 2011, que regulamenta o 
registro, a guarda e o manuseio de informações resultantes da prática da assistência farmacêutica 
em serviços de saúde; 
o Considerando a Resolução/CFF no 585, de 29 de agosto de 2013, que regulamenta as 
atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras providências; 
o Considerando a Instrução Normativa (IN) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) 
nº 5, de 11 de abril de 2007, que dispõe sobre os limites sobre potência para o registro e 
notificação de medicamentos dinamizados; 
o Considerando a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) Anvisa nº 138, de 29 de maio de 
2003, que dispõe sobre o enquadramento na categoria de venda de medicamentos; 
o Considerando a RDC Anvisa nº 222, de 29 de julho de 2005, que aprova a 1ª Edição do 
Formulário Nacional, elaborado pela Subcomissão do Formulário Nacional, da Comissão 
Permanente de Revisão da Farmacopeia Brasileira (CPRVD); 
o Considerando a RDC Anvisa nº 26, de 30 de março de 2007, que dispõe sobre o registro de 
medicamentos dinamizados industrializados homeopáticos, antroposóficos e anti- homotóxicos; 
o Considerando a RDC Anvisa nº 67, de 8 de outubro de 2007, que dispõe sobre Boas Práticas 
de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em Farmácias, alterada 
pela RDC Anvisa nº 87, de 21 de novembro de 2008; e, 
o Considerando a RDC Anvisa nº 44, de 17 de agosto de 2009, que dispõe sobre boas práticas 
farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização 
de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras 
providências, 
• RESOLVE: 
o Art. 1º - Regulamentar a prescrição farmacêutica, nos termos desta resolução. 
o Art. 2º - O ato da prescrição farmacêutica constitui prerrogativa do farmacêutico legalmente 
habilitado e registrado no Conselho Regional de Farmácia de sua jurisdição. 
o Art. 3º - Para os propósitos desta resolução, define-se a prescrição farmacêutica como ato pelo 
qual o farmacêutico seleciona e documenta terapias farmacológicas e não farmacológicas, e 
outras intervenções relativas ao cuidado à saúde do paciente, visando à promoção, proteção e 
recuperação da saúde, e àprevenção de doenças e de outros problemas de saúde. 
 
 
 
 
▪ Parágrafo único - A prescrição farmacêutica de que trata o caput deste artigo constitui uma 
atribuição clínica do farmacêutico e deverá ser realizada com base nas necessidades de saúde do 
paciente, nas melhores evidências científicas, em princípios éticos e em conformidade com as 
políticas de saúde vigentes. 
o Art. 4º - O ato da prescrição farmacêutica poderá ocorrer em diferentes estabelecimentos 
farmacêuticos, consultórios, serviços e níveis de atenção à saúde, desde que respeitado o 
princípio da confidencialidade e a privacidade do paciente no atendimento. 
o Art. 5º - O farmacêutico poderá realizar a prescrição de medicamentos e outros produtos com 
finalidade terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição médica, incluindo medicamentos 
industrializados e preparações magistrais - alopáticos ou dinamizados -, plantas medicinais, 
drogas vegetais e outras categorias ou relações de medicamentos que venham a ser 
aprovadas pelo órgão sanitário federal para prescrição do farmacêutico. 
▪ § 1º - O exercício deste ato deverá estar fundamentado em conhecimentos e habilidades 
clínicas que abranjam boas práticas de prescrição, fisiopatologia, semiologia, comunicação 
interpessoal, farmacologia clínica e terapêutica. 
▪ § 2º - O ato da prescrição de medicamentos dinamizados e de terapias relacionadas às 
práticas integrativas e complementares, deverá estar fundamentado em conhecimentos e 
habilidades relacionados aestas práticas. 
o Art. 6º - O farmacêutico poderá prescrever medicamentos cuja dispensação exija prescrição 
médica, desde que condicionado à existência de diagnóstico prévio e apenas quando estiver 
previsto em programas, protocolos, diretrizes ou normas técnicas, aprovados para uso no âmbito 
de instituições de saúde ou quandoda formalização de acordos de colaboração com outros 
prescritores ou instituições de saúde. 
▪ § 1º - Para o exercício deste ato será exigido, pelo Conselho Regional de Farmácia de sua 
jurisdição, o reconhecimento de título de especialista ou de especialista profissional farmacêutico 
na área clínica, com comprovação de formação que inclua conhecimentos e habilidades em boas 
práticas de prescrição, fisiopatologia, semiologia, comunicação interpessoal, farmacologia clínica 
e terapêutica. 
▪ § 2º - Para a prescrição de medicamentos dinamizados será exigido, pelo Conselho Regional 
de Farmácia de sua jurisdição, o reconhecimento de título de especialista em Homeopatia ou 
Antroposofia. 
▪ § 3º - É vedado ao farmacêutico modificar a prescrição de medicamentos do paciente, emitida 
por outro prescritor, salvo quando previsto em acordo de colaboração, sendo que, neste caso, a 
modificação, acompanhada da justificativa correspondente, deverá ser comunicada ao outro 
prescritor. 
o Art. 7º - O processo de prescrição farmacêutica é constituído das seguintes etapas: 
▪ I - identificação das necessidades do paciente relacionadas à saúde; 
▪ II - definição do objetivo terapêutico; 
▪ III - seleção da terapia ou intervenções relativas ao cuidado à saúde, com base em sua 
segurança,eficácia, custo e conveniência, dentro do plano de cuidado; 
▪ IV - redação da prescrição; 
 
 
▪ V - orientação ao paciente; 
▪ VI - avaliação dos resultados; 
▪ VII - documentação do processo de prescrição. 
o Art. 8º - No ato da prescrição, o farmacêutico deverá adotar medidas que contribuam para a 
promoção da segurança do paciente, entre as quais se destacam: 
▪ I - basear suas ações nas melhores evidências científicas; 
▪ II - tomar decisões de forma compartilhada e centrada no paciente; 
▪ III - considerar a existência de outras condições clínicas, o uso de outros medicamentos, os 
hábitos de vida e o contexto de cuidadono entorno do paciente; 
▪ IV - estar atento aos aspectos legais e éticos relativos aos documentos que serão entregues ao 
paciente; 
▪ V - comunicar adequadamente ao paciente, seu responsável ou cuidador, as suas decisões e 
recomendações, de modo que estes as compreendam de forma completa; 
▪ VI - adotar medidas para que os resultados em saúde do paciente, decorrentes da prescrição 
farmacêutica, sejam acompanhados e avaliados. 
o Art. 9º - A prescrição farmacêutica deverá ser redigida em vernáculo, por extenso, de modo 
legível, observados a nomenclatura e o sistema de pesos e medidas oficiais, sem emendas ou 
rasuras, devendo conter os seguintes componentes mínimos: 
▪ I - identificação do estabelecimento farmacêutico ou do serviço de saúde ao qual o 
farmacêutico está vinculado; 
▪ II - nome completo e contato do paciente; 
▪ III - descrição da terapia farmacológica, quando houver, incluindo as seguintes informações: 
• a) nome do medicamento ou formulação, concentração/dinamização, forma farmacêutica e via 
de administração; 
• b) dose, frequência de administração do medicamento e duração do tratamento; 
• c)instruções adicionais, quando necessário. 
▪ IV - descrição da terapia não farmacológica ou de outra intervenção relativa ao cuidado do 
paciente,quando houver; 
▪ V - nome completo do farmacêutico, assinatura e número de registro no Conselho Regional de 
Farmácia; 
▪ VI - local e data da prescrição. 
o Art. 10 - A prescrição de medicamentos, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), estará 
necessariamente em conformidade com a Denominação Comum Brasileira (DCB) ou, em sua 
falta, com a Denominação Comum Internacional (DCI). 
o Art. 11 - A prescrição de medicamentos, no âmbito privado, estará preferentemente em 
conformidade com a DCB ou, em sua falta, com a DCI. 
o Art. 12 - É vedado ao farmacêutico prescrever sem a sua identificação ou a do paciente, de 
forma secreta, codificada, abreviada, ilegível ou assinar folhas de receituários em branco. 
 
 
 
o Art. 13 - Será garantido o sigilo dos dados e informações do paciente, obtidos em decorrência 
da prescrição farmacêutica, sendo vedada a sua utilização para qualquer finalidade que não seja 
de interesse sanitário ou de fiscalização do exercício profissional. 
 
o Art. 14 - No ato da prescrição, o farmacêutico deverá orientar suas ações de maneira ética, 
sempre observando o benefício e o interesse do paciente, mantendo autonomia profissional e 
científica em relação às empresas, instituições e pessoas físicas que tenham interesse comercial 
ou possam obter vantagens com a prescrição farmacêutica. 
 
o Art. 15 - É vedado o uso da prescrição farmacêutica como meio de propaganda e publicidade 
de qualquer natureza. 
 
o Art. 16 - O farmacêutico manterá registro de todo o processo de prescrição na forma da lei. 
o Art. 17 - Consideram-se, para os fins desta resolução, o preâmbulo, as definições de termos 
(glossário) e as referências contidas no Anexo. 
o Art. 18 - Esta resolução entrará em vigor nesta data, revogando-se as disposições em 
contrário. 
• RESOLUÇÃO Nº 616, DE 25 DE NOVEMBRO DE 2015. ENTIDADES DE FISCALIZAÇÃO DO 
EXERCÍCIO DAS PROFISSÕES LIBERAIS. CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA DOU de 
27/11/2015 (nº 227, Seção 1, pág. 228). Define os requisitos para o exercício do farmacêutico no 
âmbito da saúde estética. Para ler a lei na íntegra acesse o link 
http://www.lex.com.br/legis_27045719_RESOLUCAO_N_616_DE_25_DE_NOVEMBRO_DE 
_2015.aspx 
 
o Define os requisitos técnicos para o exercício do farmacêutico no âmbito da saúde estética, 
ampliando o rol das técnicas de natureza estética e recursos terapêuticos utilizados pelo 
farmacêutico em estabelecimentos de saúde estética. 
o O CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA (CFF), conforme as suas atribuições previstas na Lei 
Federal nº 3.820/60 e, considerando que o CFF, no âmbito de sua área específica de atuação e 
como entidade fiscalizadora de profissão regulamentada, exerce atividade típica de Estado, nos 
termos dos artigos 5º, inciso XIII; 21, inciso XXIV e 22, inciso XVI, todos da Constituição Federal; 
▪ Considerando que é atribuição do CFF expedir resoluções, competindo-lhe o múnus de definir 
ou modificar a competência dos farmacêuticos em seu âmbito, nos termos do artigo 6º, alíneas 
"g" e "m", da Lei Federal nº 3.820/60; 
▪ Considerando que, nos termos da Lei Federal nº 12.842/2013, apenas é ato privativo do 
profissional da medicina a indicação da execução e a execução de procedimentos invasivos, os 
quais são considerados tão somente a invasão dos orifícios naturais do corpo que atinjam órgãos 
internos; 
▪ Considerando que, no campo da estética, a identificação de tais procedimentos, ou seja, das 
intervenções para fins estéticos que atinjam órgãos internos, é que demarcará a área de atuação 
exclusiva dos médicos; 
 
http://www.lex.com.br/legis_27045719_RESOLUCAO_N_616_DE_25_DE_NOVEMBRO_DE
 
 
▪ Considerando que os procedimentos que excedem a esse âmbito podem ser operados por 
outros profissionais da saúde, conforme a sua formação e especialização; 
▪ Considerando que o Conselho Federal de Medicina não reconhece a "Medicina Estética" como 
especialidade médica (Superior Tribunal de Justiça, Recurso Especial nº 1.038.260, publicado no 
DJE de 10/02/2010); 
▪ Considerando que o Decreto Federal nº 77.052/76, abrangendo as atividades exercidas em 
institutos de esteticismo, determina que a verificação das condições de exercício de profissões e 
ocupações técnicas e auxiliares relacionadas diretamente com a saúde, pelas autoridades 
sanitárias no desempenho da ação fiscalizadora, observará a capacidade legal do agente, por 
meio do exame dos documentos de habilitação inerentes ao seu âmbito profissional ou 
ocupacional, compreendendo as formalidades intrínsecas e extrínsecas do diploma ou certificado 
respectivo, tais como o registro da expedição por estabelecimentos de ensino que funcionem 
oficialmente de acordo com as normas legais e regulamentares vigentes no País e inscrição dos 
seus titulares, quando for o caso, nos Conselhos Regionais pertinentes, ou em outros órgãos 
competentes previstos na legislação federal básica de ensino; 
▪ Considerando o artigo 25 do Decreto Federal nº 20.931/32, que dispõe que os procedimentos 
invasivos não cirúrgicos podem ser de competência dos profissionais da área da saúde, inclusive 
do farmacêutico; 
▪ Considerando a Lei Federal nº 13.021/2014, que dispõe que as farmácias de qualquer 
natureza poderão dispor, para atendimento imediato à população, de medicamentos, vacinas e 
soros que atendam o perfil epidemiológico de sua região demográfica; 
▪ Considerando a Resolução/CFF nº 239/92 e a Resolução/CFF nº 499/08, que atribuem ao 
farmacêutico a competência para aplicação de injetáveis; 
▪ Considerando a Resolução/CFF nº 573/2013, que dispõe sobre as atribuições do farmacêutico 
no exercício da saúde estética e da responsabilidade técnica por estabelecimentos que executam 
atividades afins; 
▪ Considerando os termos do OF. Circ. nº 07575-2013/Coord. Com./CFF, de 10/12/2013; 
▪ Considerando que a Resolução/CFF nº 574/2013 garante ao farmacêutico a dispensação e 
aplicação de vacinas; 
▪ Considerando que a RDC nº 315/2005, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), 
considera como medicamentos biológicos vacinas, soros hiperimunes, hemoderivados, 
biomedicamentos, medicamentos obtidos a partir de fluidos biológicos ou de tecido de origem 
animal, medicamentos obtidos por procedimentos biotecnológicos, anticorpos monoclonais, 
medicamento contendo microrganismos vivos, atenuados ou mortos, probióticos e alérgenos; 
▪ Considerando que a Resolução de Diretoria Colegiada (RDC) nº 44/2009, da Anvisa, prevê 
como prestação de serviço farmacêutico a aplicação de injetáveis; 
▪ Considerando que são exemplos de procedimentos invasivos não cirúrgicos o fio lifting de auto 
sustentação, a aplicação de toxina botulínica,o preenchimento dérmico, a carboxiterapia, a 
intradermoterapia/ mesoterapia, agulhamento e microagulhamento estético, conforme disposto 
nos Anexos I, II, III, IV e V, e os recursos para realização das referidas técnicas; 
▪ Considerando que as técnicas crioterápicas estéticas, como a criolipólise, são procedimentos 
não invasivos não cirúrgicos, conforme disposto no Anexo VI; 
 
 
 
▪ Considerando que o farmacêutico deve estar capacitado técnica, científica e profissionalmente 
para utilizar-se das técnicas de natureza estética e dos recursos terapêuticos especificados no 
âmbito desta Resolução, resolve: 
• Art. 1º - É atribuição do farmacêutico a atuação, nos estabelecimentos de saúde estética, nas 
técnicas de natureza estética e recursos terapêuticos, especificados nos anexos desta 
Resolução, desde que para fins estritamente estéticos, vedando-se qualquer outro ato, separado 
ou em conjunto, que seja considerado pela legislação ou literatura especializada como invasivo 
cirúrgico. 
• Art. 2º - O farmacêutico é capacitado para exercer a saúde estética desde que preencha um 
dos seguintes requisitos: 
o I - ser egresso de programa de pós-graduação Lato Sensu reconhecido pelo Ministério da 
Educação, na área de saúde estética; 
o II - ser egresso de curso livre na área de estética, reconhecido pelo Conselho Federal de 
Farmácia; 
o III - que comprove experiência por, pelo menos, 2 (dois) anos, contínuos ou intermitentes, 
sobre a qual deverá apresentar os documentos a seguir identificados, comprovando a experiência 
profissional na área de saúde estética: 
▪ a) no caso do farmacêutico com vínculo empregatício, constitui documento obrigatório a 
declaração do empregador (Pessoa jurídica), em que deverá constar a identificação do 
empregador, com número do CNPJ e endereço completo expedido pelo setor administrativo da 
empresa, bem como a função exercida, com a descrição das atividades e a indicação do período 
em que foram realizadas pelo requerente; 
▪ b) no caso do farmacêutico como proprietário do estabelecimento de saúde estética, constitui 
documento obrigatório o contrato social da empresa e o alvará de funcionamento, além da função 
exercida, com a descrição das atividades e a indicação do período em que foram realizadas pelo 
requerente. 
• Art. 3º - Em função de sua qualificação para o exercício da saúde estética, o farmacêutico, nos 
estabelecimentos de saúde estética sob sua responsabilidade, é o responsável pela aquisição 
das substâncias e dos equipamentos necessários ao desenvolvimento das técnicas de natureza 
estética e recursos terapêuticos. 
• Art. 4º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as 
disposições em contrário. 
 
• RESOLUÇÃO Nº 645, DE 27 DE JULHO DE 2017. Dá nova redação aos artigos 2º e 3º e 
inclui os anexos VII e VIII da Resolução/CFF nº 616/15. Traz tabela de substâncias utilizadas 
nos procedimentos estéticos por farmacêuticos habilitados na estética. Para ter acesso a lei 
completa acesse 
http://www.lex.com.br/legis_27482775_RESOLUCAO_N_645_DE_27_DE_JULHO_DE_201 
7.aspx 
 
 
 
 
http://www.lex.com.br/legis_27482775_RESOLUCAO_N_645_DE_27_DE_JULHO_DE_201%207.aspx
http://www.lex.com.br/legis_27482775_RESOLUCAO_N_645_DE_27_DE_JULHO_DE_201%207.aspx
 
 
o Dá nova redação aos artigos 2º e 3º e inclui os anexos VII e VIII da Resolução/CFF nº 616/15. 
CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA (CFF), conforme as suas atribuições previstas na Lei 
Federal nº 3.820/60 e, considerando que o CFF, no âmbito de sua área específica de atuação e 
como entidade fiscalizadora de profissão regulamentada, exerce atividade típica de Estado, nos 
termos dos artigos 5º, inciso XIII; 21, inciso XXIV e 22, inciso XVI, todos da Constituição Federal; 
▪ Considerando que é atribuição do CFF expedir resoluções, competindo-lhe o múnus de definir 
ou modificar a competência dos farmacêuticos em seu âmbito, nos termos do artigo 6º, alíneas 
"g" e "m", da Lei Federal nº 3.820/60; 
▪ Considerando a Resolução/CFF nº 573/13, que dispõe sobre as atribuições do farmacêutico no 
exercício da saúde estética e da responsabilidade técnica por estabelecimentos que executam 
atividades afins; 
▪ Considerando a Resolução/CFF nº 616/15, que define os requisitos técnicos para o exercício 
do farmacêutico no âmbito da saúde estética, ampliando o rol das técnicas de natureza estética e 
recursos terapêuticos utilizados pelo farmacêutico em estabelecimentos de saúde estética; 
▪ Considerando que o farmacêutico deve estar capacitado técnica, científica e profissionalmente 
para utilizar-se das técnicas de natureza estética e dos recursos terapêuticos especificados no 
âmbito desta resolução, resolve: 
• Art. 1º - O artigo 2º da Resolução/CFF nº 616/15 (DOU de 27/11/2015, Seção 1, página 228) 
passa a vigorar com a seguinte redação: 
• "Art. 2º - O farmacêutico é capacitado para exercer a saúde estética, desde que preencha um 
dos seguintes requisitos: 
o I - ser egresso de programa de pós-graduação lato sensu reconhecido pelo Ministério da 
Educação, na área de saúde estética; 
o II - ser egresso de curso livre de formação profissional em saúde estética reconhecido pelo 
Conselho Federal de Farmácia (CFF), de acordo com os referenciais mínimos definidos em nota 
técnica específica, disponível no sítio eletrônico do CFF (www.cff.org.br)." 
• Art. 2º - O artigo 3º da Resolução/CFF nº 616/15 (DOU de 27/11/2015, Seção 1, página 228), 
passa a vigorar com a seguinte redação: 
• "Art. 3º - Em função da habilitação o profissional farmacêutico, é o responsável técnico para 
compra e utilização das substâncias e equipamentos necessários para os procedimentos 
estéticos em consonância com a sua capacitação profissional. 
o I - O profissional farmacêutico, legalmente habilitado em estética poderá fazer a escolha 
autônoma para uso de substâncias em conformidade com a tabela abaixo: 
 
o TABELA DE SUBSTÂNCIAS UTILIZADAS NOS PROCEDIMENTOS ESTÉTICOS POR 
FARMACÊUTICOS HABILITADOS: 
▪ Agentes eutróficos 
▪ Agentes Venotônicos 
▪ Biológicos (Ex. Toxina botulínica tipo A, fatores de crescimento) 
▪ Vitaminas; 
▪ Aminoácidos; 
 
 
▪ Minerais; 
▪ Fitoterápicos; 
▪ Peelings químicos, enzimáticos e biológicos, incluindo a tretinoína (ácido retinóico de 0,01% a 
0,5% de uso domiciliar e até 10% para uso profissional). 
▪ Solução hipertônica de glicose 50% e 75% (uso exclusivo em procedimentos para 
telangiectasias); 
▪ Preenchedores dérmicos absorvíveis; 
▪ Agentes lipolíticos (Ex. Desoxicolato de sódio, lipossomas de girassol e outros); 
▪ Fios lifting absorvíveis;" 
• Art. 3º - Ficam incluídos os Anexos VII e VIII. 
• Art. 4º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as 
disposições em contrário. 
 
BIOMÉDICOS 
 
• O CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA – CFBM, através do plenário, no uso de suas 
atribuições que lhe confere o inciso II do artigo 10, da Lei nº 6.684, de 03/09/79, com a 
modificação contida na Lei nº 7.017 de 30/08/1982 e, o disposto no inciso III, do artigo 12, do 
Decreto nº 88.439/83, de 28/06/1983; regulamente o biomédico na área da estética. Para ler a 
lei na íntegra acesse o link http://crbm1.gov.br/RESOLUCOES/Res_200de01julho2011.pdf 
 
o Dispõe sobre critérios para habilitação em Biomedicina Estética. 
o O CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA - CFBM, através do plenário, no uso de suas 
atribuições que lhe confere o inciso II do artigo 10, da Lei nº 6.684, de 03/09/79, com a 
modificação contida na Lei nº 7.017 de 30/08/1982 e, o disposto no inciso III, do artigo 12, do 
Decreto nº 88.439/83, de 28/06/1983; CONSIDERANDO, que qualquer procedimento 
administrativo submetido ao Conselho Federal de Biomedicina, deverá observar as normas que 
Regulamenta a Profissão do Biomédico em consonância com os preceitos da Lei Federal nº 
9.784/99, que tratam do rito administrativo da administração pública, sem prejuízo das normas 
internas;CONSIDERANDO a falta de normatização de parâmetros relacionados ao Registro de 
Habilitação pelos Conselhos Regionais de Biomedicina em Estética, e com a finalidade de 
estabelecer as normas e orientar os profissionais, comissões de habilitações, gestores, 
coordenadores, supervisores inclusive de instituições de saúde no planejamento,programação e 
priorização das ações de saúde em geral; CONSIDERANDO a necessidade 
o imediata do estabelecimento de escala como instrumento de planejamento, controle, regulação 
e avaliação para Habilitação Definitiva e/ou Provisória em Biomedicina Estética; 
CONSIDERANDO que, no âmbito de sua área específica de atuação e como Conselho de 
Profissão Regulamentada, o Conselho Federal de Biomedicina exerce atividade típica do Estado, 
nos termos dos artigos 5º, inciso XIII; e 22, inciso XVI, todos da Constituição Federal do Brasil; 
 
http://crbm1.gov.br/RESOLUCOES/Res_200de01julho2011.pdf
 
 
CONSIDERANDO a infra-estrutura mínima dos serviços de saúde, bem como, os recursos 
materiais e instrumentais exigidos para esta atividade que é correlata com o profissional 
Biomédico e, visando prestação de assistência com dignidade que estão disciplinadas em 
normativas próprias quer na esfera federal, estadual ou municipal e da ANVISA; 
CONSIDERANDO a necessidade de melhor definir e dar celeridade a habilitação em Biomedicina 
Estética relativo a avaliação da qualificação profissional; CONSIDERANDO, o deliberado pelo 
Plenário do CFBM em sessão realizada no dia 01 de julho de 2011, na cidadedo Rio de Janeiro -
RJ, resolve: 
▪ Art. 1º -Normatizar a habilitação em Biomedicina Estética, quanto a sua 
coordenação,responsabilidade técnica e requisitos necessários. 
▪ Art. 2º - Por ser multiforme às áreas de atuação legalmente atribuída ao profissional Biomédico, 
fica estabelecido que para ser coordenador do curso nesta específica área e/ou ser responsável 
técnico, deverá o profissional Biomédico estar devidamente habilitado e inscritono respectivo 
Conselho Regional de Biomedicina; 
▪ Art. 3º - Os requisitos necessários para a habilitação provisória em Biomedicina Estética são: 
• a) Eletroterapia; sonoforese (Ultrasom Estético); Iontoforese; Radiofreqüência Estética; 
• b) Laserterapia; Luz Intensa Pulsada e LED; 
• c) Peelings químicos e Mecânicos; 
• d) Cosmetologia; 
• e) Carboxiterapia; 
• f) Intradermoterapia; 
• g) Certificados de participações em Congressos e/ou eventos na área de Saúde Estética; 
• h) Declaração de matricula com a devida carga curricular em curso de Pós- Graduação em 
Estética; 
• i) Comprovante de experiência na área de saúde estética, com o mínimo de um (01) ano de 
atuação como: Contrato Social da Empresa em exerce e/ou exerceu esta atividade; Carteira de 
Trabalho devidamente assinada; Contrato de Prestação de Serviços devidamente registradoem 
Cartório e/ou com firma reconhecida; 
▪ Art. 4º - Para o profissional habilitar provisoriamente junto aos Conselhos Regionais de 
Biomedicina em Biomedicina Estética, deverá fazer o requerimento por escrito devendo ser 
acompanhado no mínimo de dois (02) documentos que comprovem o conhecimento na 
áreaestabelecida nas letras do artigo 3º; 
▪ Art. 5º - Quanto aos requisitos necessários para a habilitação definitiva em Biomedicina 
Estética, o profissional Biomédico deverá atender um (01) ou dois (02) dos quesitos exigidos 
noart. 3º retro mencionado e, apresentar junto com o seu requerimento: 
• a) Certificado e/ou Diploma com título de especialista em Estética, obtido ou reconhecido pela 
Associação Brasileira de Biomedicina - ABBM e/ou Certifcado de pós- graduação (Lato ou Stricto 
Sensu), em conformidade com LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) e 
demaisdeterminações e normas estabelecido pelo CAPES - MEC. 
 
 
 
 
▪ Art. 6º - Considera-se no direito de requerer a habilitação definitiva o profissional Biomédico 
que esteja fazendo graduação na área, respeitando o estágio supervisionado mínimo de 
quinhentas (500) horas. 
▪ Art. 7º - Fica estabelecido a data limite de 31 de dezembro de 2012 para as 
habilitaçõesprovisórias. 
▪ Art. 8º - Face aos avanços existentes na área de saúde, especialmente quanto a Estética, a 
exigência dos requisitos para habilitação exigida no art. 3º retro mencionado, poderá seroutra, 
desde que respeitado o que foi estabelecido no art. 5º desta Resolução. 
▪ Art. 9º - Esta RESOLUÇÃO, aprovada por unanimidade, entrará em vigor na data de 
suapublicação. 
 
• O CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA – CFBM, no uso de suas atribuições que lhe 
confere o inciso II do artigo 10, Lei nº. 6.684/79, e o inciso III e XVIII do artigo 12, do Decreto nº. 
88.439/83. Para conhecer estas atribuições acesse o link 
http://crbm1.gov.br/RESOLUCOES/Res_214de10abril2012.pdf 
o Dispõe sobre atos do profissional biomédico e, insere-se no uso desubstâncias em 
procedimentos estéticos. 
o O CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA – CFBM, no uso desuas atribuições que lhe 
confere o inciso II do artigo 10, Lei nº. 6.684/79, e o inciso III e XVIII do artigo 12, do Decreto nº. 
88.439/83, CONSIDERANDO, a necessidade de normatizar a atividade do profissional biomédico 
quanto ao uso de substâncias em estética, visto o reconhecimento desta especialidade na área 
de saúde; CONSIDERANDO, a necessidade do uso de substância para a execução de 
procedimentos em estética, pelo qual o Biomédico possuí legitimidade; CONSIDERANDO, a 
efetiva necessidade de dar a devida interpretação jurídica à Lei nº. 6.684/79 e Decreto nº. 
88.439/83, mantendo-se atualizada sua regulamentação, bem como os termos inseridos na 
Resolução nº. 197, de 21 de fevereiro de 2011, resolve: 
▪ Art. 1º - As substâncias necessárias aos procedimentos realizados por profissionais biomédicos 
devidamente habilitados na área de estética, deverão seguir estritamente as normas descritas 
pelo fabricante em conformidade com a sua especialidade, e em obediência as 
normasestabelecidas pela sociedade científica. 
▪ Art. 2º - Em função da habilitação o profissional biomédico, é o responsável técnico para 
compra e utilização das substâncias em consonância com a sua capacitação profissional. 
▪ Art. 3º - O profissional biomédico, legalmente habilitado em estética poderá fazer uso de 
substancias em conformidade com a tabela inserida no texto abaixo.TABELA DE SUBSTÂNCIAS 
DOS PROCEDIMENTOS REALIZADOS POR BIOMÉDICOS: 
• Nutrientes (coenzima Q10, vitaminas, etc.), 
• Biológicos (Toxina Botulínica) 
• Fitoterápicos (lipossomas de girassóis, etc.). 
• AYSLIM (ext. de manga). 
• Acido glicólico 
• Acido alfa lipolico 
http://crbm1.gov.br/RESOLUCOES/Res_214de10abril2012.pdf
 
 
• Acido hialuronico 
• Aminofilina, Benzopirona 
• Bicabornato de sódio 8,4% 
• Biotina, Blufemedil, Cafeína. 
• Castanha da Índia 
• Centella asiática 
• Chá verde (Green Tea) 
• Cloreto de magnésio 
• Colágeno, Complexo B 
• Condoitina sulfato 
• Dente de leão 
• Desoxicolato de sódio, DMAE 
• DMSO (dimetillaminoetanol) 
• D pantenol, Elastina 
• GAG (glicosaminaglicanos) 
• Gincko Bliloba, L Glutamina 
• Inositol, Ioimbina, L-Carnitina 
• L-Fenilalanina 
• Finaterida (própria para intradermoterapia capilar) 
• Glicina glutation, Hialuronidase 
• L –Taurina, L -Triptofano 
• L-Ornitina, Mesocaina (lidocaína) 
• Minoxidil (vaso dilatador) 
• Procaina (anestésico) 
• Rutina (enzima fitoterápica) 
• Solução fisiológica, Sinetrol 
• Silício Orgânico, Tiratricol 
• Vitamina C 
▪ Art. 4º - Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicaçãono Diário Oficial da União. 
 
 
 
 
 
• O CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA – CFBM, no uso de suas atribuições legais que 
lhe confere o inciso II do artigo 10, da Lei nº. 6.684/79, e o inciso III e XVIII do artigo 12, do 
Decreto nº.88.439/83. Para saber mais sobre as prescrições de medicações acesse o link 
http://crbm1.gov.br/novosite/wp-content/uploads/2013/12/RESOLUCAOCFBM- n-241-2014.pdfo Dispõe sobre atos do profissional biomédico com habilitação em biomedicinaestética e 
regulamenta a prescrição por este profissional para fins estéticos. 
o TEX O CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA – CFBM, no uso de suasatribuições legais 
que lhe confere o inciso II do artigo 10, da Lei nº. 6.684/79, e o inciso III eXVIII do artigo 12, do 
Decreto nº.88.439/83. 
o CONSIDERANDO, que a prescrição de substâncias e medicamentos é um documento com 
valor legal pelo qual se responsabilizam, perante o paciente e sociedade, aqueles que 
prescrevem, dispensam e administram as substâncias, sendo regida por certos preceitos gerais, 
de forma a não deixar dúvida nem tão pouco dificuldades de interpretação; 
o CONSIDERANDO, que no Brasil, como em outros países, existem regulamentações sobre a 
prescrição de medicamentos e sobre aspectos éticos a serem seguidos pelos profissionais 
envolvidos no processo. As principais normas que versam sobre a prescrição de medicamentos 
são a Lei Federal n.º 5991, de 17 de dezembro de 1973 e o Decreto n.º 3181, de 23 de setembro 
de 1999 que regulamenta a Lei n.º 9787, de 10 de fevereiro de 1999, bem como a Resolução – 
CFF n.º 357, de 20 de abril de 2001, do Conselho Federal de Farmácia (CFF), que define as 
Boas Práticas em Farmácia; 
o CONSIDERANDO, que as normativas sobre prescrição versam que a prescrição deve ser 
clara, legível e em linguagem compreensível; a prescrição deve ser escrita sem rasura, em letra 
de fôrma, por extenso e legível, utilizando tinta e de acordo com nomenclatura e sistema de pesos 
e medidas oficiais; o documento não deve trazer abreviaturas, códigos ou símbolos. Não é 
permitido abreviar formas farmacêuticas, vias de administração, quantidades ou intervalos entre 
doses; 
o CONSIDERANDO, a necessidade de normatizar a atividade do profissional biomédico quanto 
ao uso de substâncias para fins estéticos, visto o reconhecimento desta especialidade na área de 
saúde; 
o CONSIDERANDO, que o uso de substâncias para fins estéticos deve se dar de forma 
segura e eficaz e por profissional com conhecimento técnico científico das mesmas; 
o CONSIDERANDO, a necessidade do uso de substâncias para a execução de procedimentos 
para fins estéticos, pelo qual o Biomédico possui legitimidade; 
o CONSIDERANDO, a efetiva necessidade de dar a devida interpretação jurídica à Lei nº. 
6.684/79 e Decreto nº. 88.439/83, mantendo-se atualizada sua regulamentação, bem como os 
termos inseridos na Resolução nº. 197, de 21 de fevereiro de 2011, Resolve: 
▪ Art. 1º - Que as substâncias necessárias aos realizados por profissionais biomédicos, 
devidamente habilitados na área de biomedicina estética, deverão seguir estritamente as 
recomendações em conformidade com a sua especialidade e em obediência às normas 
estabelecidas pela sociedade científica. 
▪ Art. 2º - Regulamentar a prescrição e utilização de substâncias (incluindo injetáveis), pelo 
profissional biomédico habilitado em biomedicina estética para fins estéticos, emconsonância com 
a sua capacitação profissional e legislação vigente. 
http://crbm1.gov.br/novosite/wp-content/uploads/2013/12/RESOLUCAOCFBM-
 
 
▪ Art. 3º - Na prescrição devem constar: nome da substância ou formulação, forma farmacêutica 
e potência do fármaco prescrito (a potência do fármaco deve ser solicitada de acordo com 
abreviações do Sistema Internacional, evitando abreviações e uso de decimais); a quantidade total 
da substância, de acordo com a dose e a duração do tratamento; a via de administração, o 
intervalo entre as doses, a dose máxima por dia e a duração do tratamento; nome completo do 
biomédico prescritor, assinatura e número do registro no Conselho Regional de Biomedicina, local, 
endereço e telefone do prescritor de forma a possibilitar contato em caso de dúvidas ou 
ocorrência de problemas relacionados ao uso das substâncias prescritas; data da prescrição. A 
prescrição deverá seguir as instruções contidas na RDC 67 de 08 de outubro de 2007 e demais 
normas regulamentadoras da ANVISA; 
▪ Art. 4º - O profissional biomédico para habilitar-se legalmente em biomedicina estética e poder 
realizar a administração e prescrição de substâncias para fins estéticos, que são adquiridas 
somente mediante prescrição, deverá comprovar a conclusão de curso de pósgraduação em 
biomedicina estética que contemple disciplinas ou conteúdos de semiologia e farmacologia e 
demais recursos terapêuticos e farmacológicos utilizados na biomedicina estética ou comprovar 
estágio supervisionado em biomedicina estética com no mínimo 500 horas/aula durante a 
graduação ou título de especialista em biomedicina estética de acordo com normas vigentes da 
Associação Brasileira de Biomedicina (ABBM) ou por meio de residência biomédica de acordo 
com normas e Resoluções nºs 169 e 174, do Conselho Federal de Biomedicina. 
▪ Art. 5º - O biomédico que possuir habilitação em Biomedicina Estética poderá realizar a 
prescrição de substâncias e outros produtos para fins estéticos incluindo substâncias biológicas 
(toxina botulínica tipo A), substâncias utilizadas na intradermoterapia (incluindo substâncias 
eutróficas, venotróficas e lipolíticas), substâncias classificadas como correlatos de uso injetável 
conforme ANVISA, preenchimentos dérmicos, subcutâneos e supraperiostal (excetuando-se o 
Polimetilmetacrilato/PMMA), fitoterápicos, nutrientes (vitaminas, minerais, aminoácidos, 
bioflavonóides, enzimas e lactobacilos), seguindo normatizações daANVISA. 
▪ Art. 6º – Caberá ao profissional biomédico a prescrição de formulações magistrais ou de 
referência de cosméticos, cosmecêuticos, dermocosméticos, óleos essenciais e fármacos 
deadministração tópica. Formulações magistrais e de referência de peelings químicos, 
enzimáticos e biológicos, incluindo a Tretinoína (Ácido retinoico de 0,01 à 0,5% de uso domiciliar 
e até 10% para uso exclusivo em clínica) seguindo instruções da ANVISA. 
▪ Art. 7º – O exercício deste ato deverá estar fundamentado em conhecimentos e habilidades 
científicas que abranjam boas práticas de prescrição, semiologia e farmacologia. 
▪ Art. 8º – Cabe ainda ao profissional biomédico esteta a prescrição e a realização dos 
procedimentos que envolvam a utilização de lasers (de baixa, média e alta potência) e 
outrosrecursos tecnológicos utilizados para fins estéticos. 
▪ Art. 9º - O processo de prescrição biomédica deverá seguir as seguintes etapas: 
• I - identificação das necessidades estéticas do paciente; 
• II – definição e prescrição do tratamento para fins estético, seja de natureza 
farmacológica,biotecnológica ou que envolvam procedimentos invasivos não cirúrgicos para fins 
estéticos. 
• III - seleção do tratamento ou intervenções relativas aos cuidados à saúde estética e 
qualidadede vida, com base em sua segurança, eficácia e bases científicas; 
 
 
• IV - redação da prescrição; 
• V - orientação ao paciente; 
• VI - avaliação dos resultados; 
• VII - documentação do processo de prescrição e do tratamento adotado. 
▪ Art. 10º - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as 
disposições em contrário. 
 
• CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA (CFBM) – Autarquia Federal, por seu 
Presidente, no uso de suas atribuições legais e regimentais, em consonância com a Lei n° 
6.684/79, modificada pela Lei n° 7.017/82, ambas regulamentadas pelo Decreto n°88.439, de 
28 de junho de 1983, portanto, dotada consoante redação de sua Lei originária, de 
personalidade jurídica de direito público, com sede na Capital Federal e jurisdição em todo o 
Território Nacional, estabelece a presente norma sobre procedimentos realizados por 
Biomédicos Estetas, utilizando-se de fios de sustentação tecidual para fins estéticos. Acesse o 
link http://crbm1.gov.br/novosite/wp-content/uploads/2014/01/NORMATIVA- 
CFBM-004.2015-ESTETICA.pdf para ler a lei na íntegra. 
o CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA (CFBM) – Autarquia Federal, por seu Presidente,no 
uso de suas atribuições legais e regimentais, em consonância com a Lei n° 6.684/79, modificada 
pela Lei n° 7.017/82, ambas regulamentadas pelo Decreto n°88.439, de 28 de junho de 1983, 
portanto, dotada consoante redação de sua Lei originária, de personalidade jurídica de direito 
público, com sede na Capital Federal e jurisdição em todo o Território Nacional, estabelece a 
presente norma sobre procedimentos realizados por Biomédicos Estetas, utilizando-se de fios de 
sustentação tecidual parafins estéticos. 
o CONSIDERANDO que cabe ao Conselho Federal de Biomedicina disciplinar o exercício 
profissionalBiomédico e zelar pela boa prática biomédica no país; 
o CONSIDERANDO que procedimentos invasivos não cirúrgicos na área de estética são também 
decompetência dos profissionais da área de saúde, dentre eles estando inserido o Biomédico; 
o CONSIDERANDO o disposto na Resolução nº 197, de 21 de fevereiro de 2011, do CFBM, que 
dispõe sobre as atribuições do profissional Biomédico no exercício da Biomedicina Estética e 
atuar comoresponsável técnico de empresa que executa atividades para fins estéticos; 
o CONSIDERANDO o disposto na Resolução nº atos do profissional B in - CONSIDERANDO o 
disposto na Resolução nº 241, de 29 de maio de 2014, do CFBM, que dispatos do profissional B 
Biomedicina E 
o CONSIDERANDO que a Anvisa editou a RDC 185, de 22 de outubro de 2001, visando 
atualizar os “ ” L º 6.360, de 23 de setembro de 1976, o Decreto nº 79.094, de 5 de janeiro de 
1977 e a Portaria Conjunta SVS/SAS nº 1, de 23 dejaneiro de 1996; 
o CONSIDERANDO a decisão do Plenário em sua 109ª Reunião Plenária de 05 novembro de 
2015,RESOLVE: 
▪ Art. 1º - Definir que os procedimentos de fios de sustentação tecidual para fins estéticos podem 
ser realizados por Biomédicos habilitados no exercício da Biomedicina Estética. 
▪ Art. 2º - Os fios de sutura para fins estéticos utilizados pelos Biomédicos habilitados no 
http://crbm1.gov.br/novosite/wp-content/uploads/2014/01/NORMATIVA-
 
 
exercício da Biomedicina devem ser absorvíveis, hipoalergênicos, biocompatíveis, estéreis, de 
uso único e individual, devidamente aprovados pela Anvisa, devem ser implantados 
supraperiostal, sendo vedada a implantação de fios de sutura para fins estéticos definidos como“ 
” “ v ”. 
▪ Art. 3º Os profissionais Biomédicos somente poderão realizar procedimentos para implantação 
de fios de suturas para fins estéticos que amoldam-se às definições e classificações 
estabelecidas pela Anvisa, sendo vedada a utilização de técnicas que exijam procedimento 
invasivo cirúrgico, mesmo que o produto seja absorvível. 
▪ Art. 4º - O procedimento descrito nesta normativa deve ser realizado por Biomédico esteta em 
estabelecimento que possua Alvará de Licença Sanitária. 
o Esta normativa entra em vigor nesta data 
 
ESTETICISTAS 
 
 
• LEI Nº 13.643, DE 3 DE ABRIL DE 2018. Regulamenta as profissões de Esteticista, que 
compreende o Esteticista e Cosmetologo, e de Técnico em Estética. Para ler as atribuições desta 
lei acesse o link http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2018/lei-13643-3- abril-2018-786398-
publicacaooriginal-155154-pl.html 
o O PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
o Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
▪ Art. 1º Esta Lei regulamenta o exercício das profissões de Esteticista, que compreende o 
Esteticista e Cosmetólogo, e de Técnico em Estética. 
• Parágrafo único. Esta Lei não compreende atividades em estética médica, nos termos 
definidos no art. 4º da Lei nº 12.842, de 10 de julho de 2013. 
▪ Art. 2º O exercício da profissão de Esteticista é livre em todo o território nacional, observadas 
as disposições desta Lei. 
▪ Art. 3º Considera-se Técnico em Estética o profissional habilitado em: 
• I - curso técnico com concentração em Estética oferecido por instituição regular de ensino no 
Brasil; 
• II - curso técnico com concentração em Estética oferecido por escola estrangeira, com 
revalidação de certificado ou diploma pelo Brasil, em instituição devidamente reconhecida pelo 
Ministério da Educação. 
o Parágrafo único. O profissional que possua prévia formação técnica em estética, ou que 
comprove o exercício da profissão há pelo menos três anos, contados da data de entrada em 
vigor desta Lei, terá assegurado o direito ao exercício da profissão, na forma estabelecida em 
regulamento. 
▪ Art. 4º Considera-se Esteticista e Cosmetólogo o profissional: 
• I - graduado em curso de nível superior com concentração em Estética e Cosmética, ou 
equivalente, oferecido por instituição regular de ensino no Brasil, devidamente reconhecida pelo 
Ministério da Educação; 
http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2018/lei-13643-3-
 
 
• II - graduado em curso de nível superior com concentração em Estética e Cosmética, ou 
equivalente, oferecido por escola estrangeira, com diploma revalidado no Brasil, por instituição de 
ensino devidamente reconhecida pelo Ministério da Educação. 
▪ Art. 5º Compete ao Técnico em Estética: 
• I - executar procedimentos estéticos faciais, corporais e capilares, utilizando como recursos de 
trabalho produtos cosméticos, técnicas e equipamentos com registro na Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (Anvisa); 
• II - solicitar, quando julgar necessário, parecer de outro profissional que complemente a 
avaliação estética; 
• III - observar a prescrição médica ou fisioterápica apresentada pelo cliente, ou solicitar, após 
exame da situação, avaliação médica ou fisioterápica. 
▪ Art. 6º Compete ao Esteticista e Cosmetólogo, além das atividades descritas no art. 5º desta 
Lei: 
• I - a responsabilidade técnica pelos centros de estética que executam e aplicam recursos 
estéticos, observado o disposto nesta Lei; 
• II - a direção, a coordenação, a supervisão e o ensino de disciplinas relativas a cursos que 
compreendam estudos com concentração em Estética ou Cosmetologia, desde que observadas 
as leis e as normas regulamentadoras da atividade docente; 
• III - a auditoria, a consultoria e a assessoria sobre cosméticos e equipamentos específicos de 
estética com registro na Anvisa; 
• IV - a elaboração de informes, pareceres técnico-científicos, estudos, trabalhos e pesquisas 
mercadológicas ou experimentais relativos à Estética e à Cosmetologia, em sua área de atuação; 
• V - a elaboração do programa de atendimento, com base no quadro do cliente, estabelecendo 
as técnicas a serem empregadas e a quantidade de aplicações necessárias; 
• VI - observar a prescrição médica apresentada pelo cliente, ou solicitar, após avaliação da 
situação, prévia prescrição médica ou fisioterápica. 
▪ Art. 7º O Esteticista, no exercício das suas atividades e atribuições, deve zelar: 
• I - pela observância a princípios éticos; 
• II - pela relação de transparência com o cliente, prestando-lhe o atendimento adequado e 
informando-o sobre técnicas, produtos utilizados e orçamento dos serviços; 
• III - pela segurança dos clientes e das demais pessoas envolvidas no atendimento, evitando 
exposição a riscos e potenciais danos. 
▪ Art. 8º O Esteticista deve cumprir e fazer cumprir as normas relativas à biossegurança e à 
legislação sanitária. 
▪ Art. 9º Regulamento disporá sobre a fiscalização do exercício da profissão de Esteticista e 
sobre as adequações necessárias à observância do disposto nesta Lei. 
▪ Art. 10. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO V - VIGILÂNCIA SANITÁRIA E LEGISLAÇÃO 
 
Para um bom atendimento e ter a estrutura correta para atender seu paciente é necessário 
seguirmos as leis e normas da vigilância sanitária, afinal iremos trabalhar no Brasil. 
 
A Vigilância Sanitária é um órgão, regulamentado pela lei federal nº 8.080 de 19 de setembro de 
1990, que visa promover e proteger a saúde da população e tem poder de polícia do Estado, essa 
entidade é capacitada para eliminar, diminuir ou prevenir os riscos à saúde. 
A VigilânciaSanitária está estruturada em: 
▪ União se limita a expedir normas gerais sobre o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, 
coordena e define as normas em todo território nacional. 
▪ Estados coordenam, em caráter complementar, as ações e serviços de Vigilância Sanitária e 
de saúde do trabalhador. Supervisionando, nesses setores, legislações sobre normas gerais 
expedidas pela União. 
▪ Municípios fiscalizam a aplicação e execução de ações e serviços de Vigilância Sanitária, 
sempre, assegurado nas leis Estaduais e Federais. 
 
Seis tipos de documentações são solicitados pela Vigilância Sanitária, para o funcionamento das 
estéticas. Os documentos são: 
▪ Alvará de Localização e Funcionamento; 
▪ Alvará de Autorização Sanitária; 
▪ Manual de boas práticas; 
▪ Registro de manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos; 
▪ Registro de monitoramento da esterilização; 
▪ Comprovante de recolhimento dos resíduos perfuro cortantes 
 
 
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) em 2009, criou o regulamento técnico 
voltado para estabelecimento que realiza atividades de cabeleireiro, barbearia, manicure e 
pedicure, podologia, depilação (exceto a laser), estética facial, estética corporal, massagem 
relaxante, banho de ofurô, drenagem linfática, massagem estética e outras atividades similares, 
nele descrevem o funcionamento dos serviços de estética e embelezamento sem 
responsabilidade médica, estabelece as regras e o padrão mínimo de funcionamento desses 
estabelecimentos. Assim abaixo seguirá esse manual na íntegra: 
• Considerando as disposições constitucionais e a Lei Federal nº. 8.080, de 19 de setembro de 
1990, que tratam das condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, como direito 
fundamental do ser humano; 
• Considerando a Lei Federal nº. 8.078, de 11/09/90 (Código de Proteção 
e Defesa do Consumidor), que estabelece que a proteção da saúde e segurança contra os riscos 
provocados por práticas no fornecimento de serviços é um dos direitos básicos do consumidor; 
 
 
• Considerando a necessidade de prevenção e redução dos riscos à saúde aos quais ficam 
expostas as pessoas que freqüentam os serviços de estética e embelezamento sem 
responsabilidade médica; 
• Considerando a necessidade de definir critérios mínimos para o funcionamento e qualidade e 
avaliação dos serviços de estética e embelezamento sem responsabilidade médica; 
• Considerando as disposições contidas no Código Penal, art.129 (das lesões corporais), e dos 
artigos 949, 950 e 951 do Código Civil, que tratam da indenização no caso de lesão ou outra 
ofensa à saúde de outrem; 
• Considerando que no exercício da atividade fiscalizadora, as Vigilâncias 
Sanitárias de estados e municípios, deverão observar entre outros requisitos e condições, a 
adoção de medidas de biossegurança pelos serviços de estética e embelezamento sem 
responsabilidade médica; 
• Considerando que as ações e serviços de saúde são de relevância publica, estando sujeitos à 
regulamentação, fiscalização e controle pelo Poder Público, nos termos do art. 197, da 
Constituição da República; 
• RESOLVE: 
o Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico que define normas de funcionamento para os serviços 
de estética e embelezamento sem responsabilidade médica, na forma do Anexo deste 
Regulamento Técnico. 
o Art. 2º As secretarias de saúde estaduais, municipais e do Distrito Federal devem implementar 
procedimentos para adoção do Regulamento Técnico estabelecido por esta RDC, podendo adotar 
normas de caráter suplementar, com a finalidade de adequá-lo às especificidades locais. 
o Art. 3º. O descumprimento das determinações deste Regulamento Técnico constitui infração de 
natureza sanitária sujeitando o infrator a processo e penalidades previstas na Lei nº 6437, de 20 
de agosto de 1977, ou instrumento legal que venha a substituir, sem prejuízo das 
responsabilidades penal e civil cabíveis. 
• ANEXO: REFERÊNCIA TÉCNICA PARA O FUNCIONAMENTO DOS SERVIÇOS DE 
ESTÉTICA E EMBELEZAMENTO SEM RESPONSABILIDADE MÉDICA. 
o 1. Objetivo 
▪ Estabelecer o padrão mínimo de funcionamento para os estabelecimentos que realizam 
serviços de estética e embelezamento sem responsabilidade médica. 
o 2. Abrangência 
▪ Este Regulamento é aplicável a todo estabelecimento que realiza atividades de cabeleireiro, 
barbearia, depilação (exceto depilação a laser), manicure e pedicure, podologia, estética facial, 
estética corporal, massagem relaxante, banho de ofurô,drenagem linfática, massagem estética e 
outras atividades similares. 
o 3. Definições 
▪ 3.1 Alvará sanitário/Licença sanitária: Documento expedido pelo órgão sanitário competente 
Estadual, Municipal ou do Distrito Federal, que libera o funcionamento dos estabelecimentos que 
exerçam atividades sob regime de vigilância sanitária. 
 
 
 
▪ 3.2 Ambiente: espaço fisicamente determinado e especializado para o desenvolvimento de 
determinada(s) atividade(s), caracterizado por dimensões e instalações diferenciadas. Um 
ambiente pode se constituir de uma sala ou de uma área. 
▪ 3.3 Sala: ambiente envolto por paredes em todo seu perímetro e uma porta. 
▪ 3.4 Área: ambiente aberto, sem paredes em uma ou mais de uma das faces. 
▪ 3.5 Área de processamento de artigos: local onde são realizadas lavagem, 
preparação,desinfecção ou esterilização de instrumentais utilizados nos procedimentos. 
▪ 3.6 Artigos: compreendem instrumentos de naturezas diversas, acessórios de equipamentos e 
outros. Exemplo: pinças, alicates, tesouras, espátulas, pincéis, pentes,escovas, etc. 
▪ 3.7 Artigo de uso único: é o produto que, após o uso, perde suas características originais ou 
que, em função de outros riscos reais ou potenciais à saúde do usuário,não deve ser reutilizado. 
▪ 3.8 Artigo Descartável: É o produto que, após o uso, perde suas características originais e não 
deve ser reutilizado e nem reprocessado. 
▪ 3.9 Limpeza: Consiste na remoção de sujidades visíveis e detritos dos artigos, realizada com 
água adicionada de sabão ou detergente, de forma manual ou automatizada, por ação mecânica, 
com conseqüente redução da carga microbiana. Deve preceder os processos de desinfecção ou 
esterilização. 
▪ 3.10 Desinfecção: processo físico ou químico que elimina a maioria dos microrganismos 
patogênicos de objetos inanimados e superfícies. 
▪ 3.11 Esterilização: Processo físico ou químico ou físico-químico que elimina todas as formas de 
vida microbiana, incluindo os esporos bacterianos. 
▪ 3.12 Evento Adverso: qualquer efeito não desejado, em humanos, decorrente do uso de 
produtos sujeitos à Vigilância. 
▪ 3.13 Local insalubre: local que permite a exposição a fatores de risco para a saúde,presente 
em ambientes e processos de trabalho. 
▪ 3.14 Responsável legal: pessoa física designada em estatuto, contrato social ou ata, incumbida 
de representar, ativa e passivamente, nos atos judiciais e extrajudiciais apessoa jurídica 
o 4. Licenciamento: 
▪ Os estabelecimentos objetos desse Regulamento Técnico devem possuir alvará/licença 
sanitária, expedido pelo órgão sanitário competente. 
o 5. Estrutura Físico Funcional: 
▪ 5.1 Os estabelecimentos de que trata este Regulamento estarão sujeitos às normas gerais e 
específicas de edificações, sejam federais, estaduais e municipais vigentes; às normas da 
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em sua especificidade; as normas técnicas 
específicas de engenharia e arquitetura, com a adoção de procedimentos que garantam a 
segurança do trabalhador e do usuário. 
▪ 5.2 Os serviços de estética e embelezamento não poderão utilizar suas dependências para 
outros fins, nem servir de passagem para outro local. 
▪ 5.3 As instalações prediais de água, esgoto, energia elétrica, proteção e combate a incêndio, 
telefonia e outras existentes, deverão atender às exigências dos códigos de obras e posturas 
locais, assim como às normas técnicas pertinentes a cada uma das instalações.▪ 5.4 As instalações elétricas deverão possuir fiação embutida, tomadas com indicação e 
 
 
voltagem e quadro de força devidamente identificado com acesso desobstruído. 
▪ 5.5 Estes estabelecimentos deverão ter identificação externa visível, entrada com acesso fácil; 
portas de acesso com mínimo de 0,80 m de vão livre; adequações aos portadores de 
necessidades especiais conforme legislação vigente. 
▪ 5.6 O ambiente destinado à recepção/sala de espera, deverá ser de fácil acesso, com 
ventilação e iluminação que garantam conforto térmico ao usuário. Neste ambiente, deverá ser 
disponibilizado ao usuário água potável e copos descartáveis, além de coletor para lixo com saco 
plástico. 
▪ 5.7 As instalações sanitárias destinadas ao público deverão ser separadas por gênero,com 
piso de material liso, resistente, antiderrapante e de fácil higienização, paredes também de 
material liso, resistente, impermeável e de fácil higienização. Estas instalações deverão ser 
providas de pia lavatório com suporte para toalha de papel e dispensador de sabão liquido, 
vaso sanitário com tampa, recipiente coletor de lixo com saco plástico, tampa e acionamento por 
pedal. Quando albergada em shopping/centros comerciais, as instalações sanitárias destinadas 
ao público, poderão ser as coletivas do local albergante. 
▪ 5.8 As paredes e teto do estabelecimento deverão ser revestidos ou pintados com material liso, 
resistente e impermeável, piso de material antiderrapante, resistente, impermeável e de fácil 
higienização. 
▪ 5.9 Todos os ralos instalados nos estabelecimentos deverão ser de fecho hídrico e tampa 
escamoteável. 
▪ 5.10 A iluminação e ventilação deverão ser natural e/ou artificial de forma aproporcionar 
adequadas condições de segurança e conforto. 
▪ 5.11 Para a realização de procedimentos de estética e embelezamento, os estabelecimentos 
deverão possuir área mínima de 10 m², com largura mínima de 2,50m, para o máximo de 02 
cadeiras (5m² por cadeira). 
▪ 5.12 Os sanitários/vestiário de funcionários, deverão ser separados por gênero,providos de 
vaso sanitário com tampa, pia lavatório com dispensador de sabão líquido e suporte para papel 
toalha, lixeira com tampa e acionamento por pedal e armário para guarda de pertences. 
▪ 5.13 As salas destinadas ao atendimento direto ao cliente (manuseio), deverão dispor de pia 
lavatório para higienização de mãos provida de dispensador de sabão líquido e suporte para papel 
toalha, coletor para lixo com tampa e acionamento por pedal e saco plástico, bancadas fixas ou 
móveis para apoio das atividades, com acabamento liso, impermeável, resistente, lavável, de fácil 
higienização. 
▪ 5.14 O ambiente destinado ao processamento de artigos deverá dispor de pia com bancada 
para limpeza de materiais e bancada para o preparo, desinfecção ou esterilização de materiais. 
▪ 5.15 Quando não houver sala para processamento de material, esta atividade poderá estar 
localizada em uma área dentro da sala de procedimentos, desde que estabelecida barreira 
técnica. 
▪ 5.16 Os estabelecimentos deverão disponibilizar área específica para guarda de materiais 
esterilizados dotada de armário exclusivo fechado, limpo e livre de umidade, bem como área 
específica para materiais limpos e instrumentais não esterilizados, que deverão ser 
acondicionados em recipiente fechado, limpo e livre de umidade. 
 
 
 
▪ 5.17 Nos estabelecimentos onde é exercida a atividade de podologia, o ambiente deverá ter 
área mínima total de 10 m², com largura mínima de 2,5 m² e área mínima de 5 m² para cada 
cadeira adicional. Os compartimentos de atendimento deverão ser separados por divisórias de no 
mínimo 2 m de altura. 
▪ 5.18 O estabelecimento deverá disponibilizar local adequado para refeições, e não poderá ter 
comunicação direta com postos de trabalho, instalações sanitárias ou locais insalubres, tendo no 
mínimo piso revestido com material resistente, liso e impermeável; pia com bancada, armário para 
guarda de alimentos e utensílios, geladeira exclusiva para guarda de alimentos e equipamento 
para aquecimento de alimentos. 
▪ 5.19 No caso de preparo de alimentos, o estabelecimento fica obrigado a instalar cozinha, de 
acordo com a legislação específica. 
▪ 5.20 Deverá ser garantida a privacidade do cliente durante os procedimentos, devendo haver 
sala/box individual. 
▪ 5.21 O DML (Depósito de Material de Limpeza) deverá ser dotado de tanque com profundidade 
superior a 35 cm para higienização de materiais usados no processo de limpeza das superfícies 
dos estabelecimentos e para o descarte das águas servidas. 
▪ 5.22 Quando o estabelecimento realizar processamento de roupas, deverá disponibilizar área 
exclusiva para lavanderia e dispor de máquina lavadora, sendo vetado a lavagem manual de 
roupas utilizadas por clientes. 
▪ 5.23 Os estabelecimentos de que trata este regulamento, deverão dispor de equipamentos e 
mobiliário adequados, mantidos higienizados e em condições ergonômicas aceitáveis. Os móveis 
e equipamentos como cadeiras, armários, macas e colchões deverão ser revestidos de material 
resistente, impermeável e de fácil higienização. 
▪ 5.24 Os serviços de cabeleireiro deverão ser dotados de no mínimo 01 (um) lavatório de 
cabelos, com água corrente e mecanismo ajustável de temperatura. 
▪ 5.25 A obrigatoriedade do ambiente dependerá da execução da atividade. 
o 6. Abastecimento e Uso de Água: 
▪ 6.1 Os estabelecimentos de que trata este Regulamento deverão ser providos de reservatório 
de água potável, com capacidade suficiente à sua demanda diária, devendo ser limpo e 
desinfectado a cada 06 (seis). A limpeza e desinfecção deverá ser registrada em formulário 
específico contendo data, método de lavagem, produto utilizado e assinatura do responsável pelo 
procedimento. 
▪ 6.2 O reservatório de água potável deve ser isento de rachaduras, com tampa, permitindo o 
fácil acesso para inspeção e limpeza, além de possibilitar o esgotamento total. 
▪ 6.3 A água de abastecimento deverá atender aos padrões de potabilidade previsto na 
legislação pertinente, confirmados através de análises bacteriológica e físico-química aserem 
realizadas anualmente. 
o 7. Esgotamento Sanitário: 
▪ 7.1 O esgoto sanitário a as águas residuárias deverão ter como destinação final a rede coletora 
de esgotos ou sistemas individuais de esgotamento sanitário, sendo vetado o lançamento no 
sistema de coleta de águas pluviais. 
 
 
 
▪ 7.2 O sistema de caixas de gordura e de passagem deverão ter manutenção periódica,evitando 
incrustações ou extravasamentos. 
▪ 7.3 Para escoamento da água de lavagem de pisos, o estabelecimento deverá dispor de 
sistema de ralos instalados em pontos estratégicos, com fecho hídrico e tampa escamoteável, 
devidamente interligado ao sistema de esgotamento sanitário. 
o 8. Esgotamento Sanitário: 
▪ 8.1 Todos os resíduos sólidos produzidos no estabelecimento deverão será condicionados em 
sacos plásticos com simbologia de substância infectante quando se tratar de lixo contaminado ou 
sacos sem simbologia, para lixo comum. Este acondicionamento se dará em recipientes coletores 
providos de tampa, de material liso e resistente, sem arestas, de forma a permitir a adequada 
lavagem diária. 
▪ 8.2 Sobras de ceras para depilação e outros produtos químicos deverão ser descartados de 
acordo com legislação específica. 
▪ 8.3 Os resíduos perfurantes ou cortantes deverão ser acondicionados previamente em 
recipiente rígido, estanque, vedado e identificado pela simbologia do produto infectante. 
▪ 8.4 Os resíduos sólidos deverão ser depositados, após embalados, em local 
apropriado,protegidos contra acesso de roedores e outros animais, fora da área de atendimento, 
enquanto aguardam o recolhimento. 
▪ 8.5 Não será permitido o acúmulo, em locais impróprios, de detritos que possibilitem 
aproliferação de vetores. 
▪ 8.6 Os estabelecimentos de que trata este Regulamento deverão instituirrotinas de 
desinsetização e desratização. 
o 9. Saúde Ocupacional: 
▪ 9.1 Os proprietários dos estabelecimentos deverão capacitar e manter registro atualizado de 
treinamento dos funcionários contendo data, carga horária, nome e formação do instrutor, 
conteúdo, nome e assinatura do funcionário. 
▪ 9.2 Os estabelecimentos de que trata este Regulamento Técnico deverão elaborar e tornar 
disponíveis aos funcionários Manual de Procedimentos Operacionais, contendo rotinas de 
procedimentos técnicos, biossegurança e medidas de controle de transmissão de doenças. Este 
Manual deverá ser atualizado anualmente. 
▪ 9.3 Os profissionais dos estabelecimentos de que trata este Regulamento devem comprovar 
conhecimento básico em controle de infecção, processamento de artigos e superfícies, 
biossegurança e gerenciamento de resíduos, com carga horária mínima de 20 horas, realizado 
por profissional habilitado. 
▪ 9.4 Os profissionais que realizam procedimentos onde são utilizados materiais perfurocortantes 
devem ser vacinados contra hepatite B e tétano sem prejuízo de outras que forem necessárias. 
▪ 9.5 O mobiliário deverá estar em condições ergonômicas adequadas e permitir a adaptação 
das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a 
proporcionar um máximo de conforto e segurança. 
▪ 9.6 Deverão ser disponibilizados equipamentos de proteção individual (EPI) aos funcionários 
(óculos, máscaras, luvas e jalecos), de acordo com as funções exercidas em número suficiente, 
de forma que seja garantido o imediato fornecimento ou reposição. 
 
 
▪ 9.7 Fica proibido aos funcionários, o ato de fumar, o uso de adornos durante os procedimentos, 
bem como a guarda e consumo de alimentos em locais não destinados para este fim. 
▪ 9.8 Os trabalhadores que utilizarem objetos perfurocortantes devem ser os responsáveis pelo 
seu descarte, sendo vetado o re-encape de agulhas. 
o 10. Produtos: 
▪ 10.1 Todos os produtos de interesse à saúde em uso ou armazenados no estabelecimento 
deverão obrigatoriamente estar dentro do prazo de validade e obedecer a legislação específica 
quanto ao registro no órgão competente. 
▪ 10.2 Os produtos químicos, saneantes e domissanitários que forem submetidos a 
fracionamento ou diluição deverão ser acondicionados em recipientes devidamente identificados, 
de forma legível, por etiqueta com o nome do produto, composição química, sua concentração, 
data de envase e de validade, e nome do responsável pela manipulação ou fracionamento. 
▪ 10.3 O fracionamento a que se refere o item anterior deverá ser de acordo com as 
especificações contidas no rótulo do fabricante. 
▪ 10.4 É vetado o procedimento de reutilização das embalagens de produtos químicos. 
▪ 10.5 As ceras para depilação devem ser fracionadas em porções suficientes para cada cliente, 
sendo vetado a reutilização de sobras de ceras ou de qualquer outro produto químico. 
▪ 10.6 Os estabelecimentos que oferecem serviços de cabeleireiros e congêneres ficam 
obrigados a afixarem em local visível ao público cartaz com os seguintes dizeres: “O FORMOL É 
CONSIDERADO CANCERÍGENO PELA OMS (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE). 
QUANDO ABSORVIDO PELO ORGANISMO POR INALAÇÃO E, PRINCIPALMENTE, PELA 
EXPOSIÇÃO PROLONGADA, APRESENTA COMO RISCO O APARECIMENTO DE CÂNCER 
NA BOCA, NAS NARINAS, NO PULMÃO, NO SANGUE E NA CABEÇA”. 
o 11. Equipamentos: 
▪ 11.1 Os estabelecimentos de que trata este Regulamento deverão dispor de todos os 
equipamentos necessários à realização das atividades propostas, mantendo-oshigienizados e em 
condições de funcionamento e ergonomia adequados. 
▪ 11.2 Os equipamentos e instrumentais deverão ser disponibilizados em quantidade suficiente 
para atender a demanda do estabelecimento respeitando os prazos paralimpeza, desinfecção ou 
esterilização dos mesmos. 
▪ 11.3 Todos os equipamentos deverão possuir registro no órgão competente, sendo observadas 
suas restrições de uso. Os proprietários deverão instituir manutenção preventiva e corretiva de 
equipamentos, mantendo os registros atualizados. 
▪ 11.4 Os equipamentos destinados à esterilização de materiais deverão ter registro para este 
procedimento no órgão competente. 
▪ 11.5 A higienização dos aparelhos de ventilação artificial deverá atender as orientações do 
fabricante quando se tratar de aparelho individual ou seguir normas técnicas específicas para 
centrais de ar condicionado. 
▪ 11.6 O estabelecimento deverá manter refrigerador exclusivo para guarda de produtos que 
necessitam ser mantidos sob refrigeração, com termômetro e registro diário de temperatura. É 
vetado o armazenamento em refrigerador de guarda de alimentos. 
▪ 11.7 Os estabelecimentos de que trata este Regulamento deverão possuir equipamentos de 
 
 
proteção contra incêndio, dentro do prazo de validade de acordo com legislação específica. 
o 12. Procedimentos: 
▪ 12.1 Os instrumentais deverão ser higienizados, desinfectados ou esterilizados de acordo com 
as finalidades propostas e a legislação pertinente. 
▪ 12.2 As cadeiras, armários, macas, colchões, travesseiros e almofadas deverão ser revestidos 
de material impermeável, resistente, de fácil limpeza e desinfecção, mantidos em bom estado de 
conservação e higiene. 
▪ 12.3 Os artigos utilizados em procedimentos estéticos e de embelezamento deverão ser 
submetidos aos processos de limpeza, desinfecção e esterilização, de acordo com o estabelecido 
em legislação específica e o Manual de Procedimentos Operacionais do estabelecimento. Estes 
artigos quando em contato com sangue ou secreções deverão ser esterilizados ou descartáveis. 
▪ 12.4 Após os processos de limpeza, desinfecção e esterilização os artigos deverão será 
condicionados em recipiente limpo e protegido. 
▪ 12.5 No processo de esterilização é obrigatório o acondicionamento dos artigos em invólucros 
adequados à técnica empregada, devendo constar na embalagem a data de esterilização. 
▪ 12.6 Os estabelecimentos deverão realizar controle de qualidade do processo de esterilização 
de acordo com legislação específica. 
▪ 12.7 As roupas limpas do estabelecimento deverão ser acondicionadas em sacos plásticos ou 
recipientes fechados, sendo trocadas a cada cliente. 
▪ 12.8 O acondicionamento de roupas sujas deverá ser feito em recipiente plástico com 
tampa e identificado com a inscrição ROUPA SUJA. 
▪ 12.9 Os materiais que entrarem em contato com o couro cabeludo (escovas,pentes,etc.) 
deverão ser limpos após cada cliente. 
▪ 12.10 As lâminas para barbear são de uso único ficando vetado o seu 
reprocessamento,devendo ser descartadas como material pérfurocortante. 
▪ 12.11 É obrigatório a utilização de material descartável para proteção de macas e bacias de 
manicure e pedicure. Também são consideradas de uso único lixas para unhas e pés, palitos e 
espátulas de madeira e esponjas para higienização ou esfoliação da pele. 
o 13. Disposições Gerais: 
▪ 13.1 O responsável legal responderá administrativamente por todos os atos praticados,por ele 
ou por seus funcionários, no interior de seu estabelecimento. 
▪ 13.2 É vetada aos profissionais que realizam os procedimentos de estética e embelezamento a 
prescrição e administração de quaisquer medicamentos por qualquer via de administração (tópica, 
oral, injetável e outras) aos seus clientes. 
▪ 13.3 Estes estabelecimentos deverão manter quadro de pessoal devidamente qualificado, em 
número suficiente para a perfeita execução das atividades. Deverão também instituir Programa de 
Capacitação de Recursos Humanos; 
▪ 13.4 Os estabelecimentos terão prazo de 180 dias para atendimento das determinações deste 
Regulamento. 
 
 
 
 
 
De todo o manual acima pode destacar: 
1- Os estabelecimentos de saúde, de qualquer natureza, necessitam de um responsável legal, 
pessoa física designada em estatuto, contrato social ou ata, incumbida de representar, ativa e 
passivamente, nos atos judiciais e extrajudiciaisa pessoa jurídica. 
2- Os estabelecimentos de estética ou embelezamento não podem utilizar suas dependências 
para outros fins, nem servir passagem para outro local; 
3- Todas as instalações, como de água, esgoto, energia elétrica, proteção e combate de 
incêndio e outras existentes, necessitam estar de acordo com as exigências dos códigos de obras 
e posturas locais; 
4- Esses locais devem ter entrada de fácil acesso, com identificação externa visível, bem 
como, acessibilidade à portadores de necessidades especiais, de acordo com a legislação 
vigente; 
5- A sala de espera ou recepção deve ser ventilada, iluminada e com coletor para lixo com saco 
plástico. 
6- Instalações sanitárias devem ter piso e paredes de material liso, resistente, antiderrapante e de 
fácil higienização. Esses locais também devem ter pia lavatório com suporte para toalha de papel 
e dispensador de sabão líquido, coletor para lixo com saco plástico dotado de tampa e 
acionamento por pedal; 
7- As dependências ou salas utilizadas para atender os clientes devem ter pia lavatório para a 
higienização das mãos, com dispensador de sabão líquido e suporte para papel toalha. O 
recipiente para lixo deve ter tampa, saco plástico e com acionamento por pedal. Os armários e 
bancadas devem ter acabamento liso impermeável, resiste, lavável de fácil higienização; 
8- A sala para processamento de artigos deve apresentar pia com bancada para limpeza dos 
materiais e balcão para o preparo, desinfecção ou esterilização de materiais. Caso o 
estabelecimento não tenha um ambiente para essa atividade, a mesma pode ser realizada dentro 
da sala de procedimentos, desde que estabelecida barreira técnica; 
9- Um local específico para armazenamento dos materiais esterilizados e não esterilizados deve 
ser disponibilizado. Ele deve ter armário exclusivo, fechado, limpo e livre de umidade; 
10- A privacidade do cliente deve ser mantida, devendo haver sala/box individual; 
11- Os equipamentos, mobiliários e estrutura física deve ser mantida higienizada e com 
condições ergonômicas aceitáveis; 
12- Balcão, armário ou recinto para armazenar os materiais de limpeza; 
13- Ralos com sistema de fechamento; 
14- Água potável encanada; 
15- Ligação de esgoto na rede pública; 
16- Manter periodicamente os filtros de ar condicionados limpos; 
17- Produtos que devem ser refrigerados devem ser armazenados em refrigeradores 
exclusivos, com termômetro de registro diário de temperatura; 
18- É proibido armazenar alimentos nesses refrigeradores; 
 
 
19- Estar em dia com equipamentos de proteção contra incêndio. monitorando o prazo de 
validade de acordo com a legislação específica. 
 
Quanto aos equipamentos: 
• Mantenha os equipamentos higienizados e em condições de funcionamento e ergonomia 
adequados; 
• Utilize equipamentos devidamente registrados no órgão competente (número de Anvisa); 
• Mantenha a manutenção periódica em dia de equipamentos estéticos; 
• Faça manutenção somente em autorizadas pelos representantes; 
• Em caso de locação dos equipamentos estéticos, peça as documentações do equipamento 
que for utilizar e confirme com o fabricante esses dados. 
Quanto aos cosméticos: 
Os produtos utilizados nos estabelecimentos de estética são oriundos da categoria cosméticos e 
são regulamentados pela ANVISA. Alguns cuidados são importantes e devem ser observados 
após adquirir esses produtos: 
• Nome do produto; 
• Marca; 
• Lote; 
• Prazo de validade; 
• Conteúdo; 
• País de origem; 
• Fabricante/importador; 
• Composição do produto; 
• Finalidade de uso do produto; 
• Instruções em língua portuguesa; 
• Autorização de Funcionamento da indústria, na ANVISA; 
• Número de registro ou notificação no Ministério da Saúde/ANVISA. 
Todo e qualquer cosmético necessita ser armazenado em local adequado, protegido da luz, calor, 
umidade e separados de alimentos e produtos de limpeza. Antes de utilizá-los sobre a pele, 
cabelos ou unhas é necessário perguntar ao cliente se ele (a) apresenta algum tipo de alergia à 
componentes químicos do produto a ser utilizado. Em alguns casos também é indicado teste 
sensorial em região pequena da pele. 
 
 
CAPÍTULO VI - PRIMEIROS SOCORROS NA ESTÉTICA 
 
Com o crescimento do mercado do minimamente invasivo na estética, temos que ter 
conhecimento dos primeiros socorros caso sejam necessários. Devemos ressaltar que isso é 
apenas para uma primeira verificação e socorro, nunca substitui a chamada do SAMU quando 
necessário. 
A definição de primeiros socorros são os cuidados imediatos que devem ser prestados 
rapidamente a uma pessoa, vítima de acidentes ou de mal súbito, cujo estado físico põe em 
perigo a sua vida,com o fim de manter as funções vitais e evitar o agravamento de suas 
condições, aplicando medidas e procedimentos até a chegada de assistência qualificada 
(BRASIL, 2003). 
Tendo o treinamento de primeiros socorros qualquer pessoa poderá prestar a assistência, sempre 
com serenidade, compreensão e confiança, sempre mantendo calmae o próprio controle, porém, o 
controle de outras pessoas é igualmente importante (BRASIL, 2003). 
Estudos mostram que pequenos atos fazem toda a diferença no momento do atendimento, como 
por exemplo, o tom de voz sempre tranqüilo e confortante dará à vítima sensação de confiança na 
pessoa que o estás ocorrendo de subsidiar o atendimento a um acidentado. 
Podemos dizer que a função de quem está fazendo o socorro é: 
1- Contatar o serviço de atendimento emergencial SAMU. 
2- Fazer o que deve ser feito no momento certo, afim de: 
a. Salvar uma vida 
b. Prevenir danos maiores 
3- Manter o acidentado vivo até a chegada deste atendimento. 
4- Manter a calma e a serenidade frente a situação inspirando confiança. 
5- Aplicar calmamente os procedimentos de primeiros socorros ao acidentado. 
6- Impedir que testemunhas removam ou manuseiem o acidentado, afastando-as do local do 
acidente, evitando assim causar o chamado "segundo trauma", isto é, não ocasionar outras 
lesões ou agravar as já existentes. 
7- Ser o elo das informações para o serviço de atendimento emergencial. 
8- Agir somente até o ponto de seu conhecimento e técnica de atendimento. Saber avaliar seus 
limites físicos e de conhecimento. Não tentar transportar um acidentado ou medicá-lo. 
9- O profissional não médico deverá ter como princípio fundamental de sua ação a importância da 
primeira e correta abordagem ao acidentado, lembrando que o objetivo é atendê-lo e mantê-lo 
com vida até a chegada de socorro especializado, ou até a sua remoção para atendimento 
(BRASIL, 2003). 
 
 
 
 
 
 
 
ETAPAS BÁSICAS DE PRIMEIROS SOCORROS 
 
1. Avaliação do Local do Acidente 
a. Assumir o controle da situação e proceder a uma rápida e segura avaliação da ocorrência. 
Deve-se tentar obter o máximo de informações possíveis sobre o ocorrido. Dependendo das 
circunstâncias de cada acidente, é importante também: 
• evitar o pânico e procurar a colaboração de outras pessoas, dando ordens breves, claras, 
objetivas e concisas; 
• manter afastados os curiosos, para evitar confusão e para ter espaço em que se possa 
trabalhar da melhor maneira possível. 
b. Observar rapidamente se existem perigos para o acidentado e para quem estiver prestando o 
socorro nas proximidades da ocorrência. Por exemplo: fios elétricos soltos e desencapados; 
tráfego de veículos; andaimes; vazamento de gás; máquinas funcionando. Devem-se identificar 
pessoas que possam ajudar. Deve-se desligar a corrente elétrica; evitar chamas, faíscas e 
fagulhas; afastar pessoas desprotegidas da presença de gás; retirar vítima de afogamento da 
água, desde que o faça com segurança para quem está socorrendo; evacuar área em risco 
iminente de explosão ou desmoronamento. 
c. Avaliar o acidentado na posição em que ele se encontra, só mobilizá-lo com segurança (sem 
aumentar o trauma e os riscos), sempre que possível deve-se manter o acidentado deitadode 
costas até que seja examinada, e até que se saiba quais os danos sofridos. Não se deve alterar a 
posição em que se acha o acidentado, sem antes refletir cuidadosamente sobre o que aconteceu 
e qual a conduta mais adequada a ser tomada. 
d. Se o acidentado estiver inconsciente, por sua cabeça em posiçãolateral antes de proceder à 
avaliação do seu estado geral. 
e. A calma do acidentado desempenha um papel muito importante na prestação dos primeiros 
socorros. O estado geral do acidentado pode se agravar se ela estiver com medo, ansiosa e sem 
confiança em quem está cuidando 
2. Avaliação e Exame do Estado Geral do acidentado 
a. Ela deve ser realizada simultaneamente ou imediatamente à "avaliação do acidente e proteção 
do acidentado". O exame deve ser rápido e sistemático, observando as seguintes prioridades: 
• ·Estado de consciência: avaliação de respostas lógicas (nome, idade, etc). 
• Respiração: movimentos torácicos e abdominais com entrada e saída de ar normalmente pelas 
narinas ou boca. 
• Hemorragia: avaliar a quantidade, o volume e a qualidade do sangue que se perde. Se é 
arterial ou venoso. 
• Pupilas: verificar o estado de dilatação e simetria (igualdade entre as pupilas). 
• Temperatura do corpo: observação e sensação de tato na face e extremidades. 
b. Em seguida proceder a um exame rápido das diversas partes do corpo. 
• Cabeça e Pescoço 
o Verificar o estado de consciência e a respiração do acidentado, apalpar, com cuidado, o 
crânio a procura de fratura,hemorragia ou depressão óssea. 
 
 
o Proceder da mesma forma para o pescoço, procurando verificar o pulso na artéria carótida, 
observando frequência, ritmo e amplitude, correr os dedos pela coluna cervical, desde a base do 
crânio até os ombros, procurando alguma irregularidade. Solicitar que o acidentado movimente 
lentamente o pescoço, verificar se há dor nessa região. Movimentar lenta e suavemente o 
pescoço, movendo-o de um lado para o outro. Em caso de dor pare qualquer mobilização 
desnecessária. 
o Perguntar a natureza do acidente, sobre a sensibilidade e a capacidade de movimentação dos 
membros visando confirmar suspeita de fratura nacoluna cervical. 
• Coluna Dorsal 
o Perguntar ao acidentado se sente dor. Na coluna dorsal correr a mão pela espinha do 
acidentado desde a nuca até o sacro. 
o A presença dedor pode indicar lesão da coluna dorsal. 
• Tórax e Membros 
o Verificar se há lesão no tórax, se há dor quando respira ou se há dorquando o tórax é 
levemente comprimido. 
o Solicitar ao acidentado que movimente de leve os braços e verificar a existência de dor ou 
incapacidade funcional. 
o Localizar o local da dor e procurar deformação, edema e marcas de injeções. Verificar se há 
dor no abdome e procurar todo tipo de ferimento, mesmo pequeno. Muitas vezes um ferimento 
de bala é pequeno, não sangra e é profundo, comconsequências graves. 
o Apertar cuidadosamente ambos os lados da bacia para verificar se há lesões. Solicitar à vítima 
que tente mover as pernas e verificar se há dorou incapacidade funcional. 
o Não permitir que o acidentado de choque elétrico ou traumatismo violento tente levantar-se 
prontamente, achando que nada sofreu. Ele deve ser mantido imóvel, pelo menos para um rápido 
exame nas áreas que sofreram alguma lesão. O acidentado deve ficar deitado de costas ou na 
posição que mais conforto lhe ofereça. 
 
3. Exame do acidentado Inconsciente 
a. O primeiro cuidado é manter as vias respiratórias superiores desimpedidas fazendo a extensão 
da cabeça, ou mantê-la em posição lateral para evitar aspiração de vômito. Limpar a cavidade 
bucal. 
b. O exame do acidentado inconsciente deve ser igual ao do acidentado consciente, só que com 
cuidados redobrados, pois os parâmetros de força e capacidade funcional não poderão ser 
verificados. O mesmo ocorrendo com respostas a estímulos dolorosos. 
c. A observação das seguintes alterações deve ter prioridade acima de qualquer outra iniciativa. 
Ela pode salvar uma vida: 
o Falta de respiração; 
o Falta de circulação (pulso ausente); 
o Hemorragia abundante; 
o Perda dos sentidos (ausência de consciência); 
 
 
o Envenenamento. 
 
Podemos resumir então que para um bom atendimento de acidente é imprescindível: 
1. Manter a calma. Evitar pânico e assumir a situação. 
2. Antes de qualquer procedimento, avaliar a cena do acidente e observar se ela pode oferecer 
riscos, para o acidentado e para você. EMHIPÓTESE NENHUMA PONHA SUA PRÓPRIA VIDA 
EM RISCO. 
3. Os circunstantes devem ser afastados do acidentado, com calma e educação. O acidentado 
deve ser mantido afastado dos olhares decuriosos, preservando a sua integridade física e moral. 
4. Saiba que qualquer ferimento ou doença súbita dará origem a uma grande mudança no ritmo 
da vida do acidentado, pois o coloca repentinamente em uma situação para a qual não está 
preparado e que foge a seu controle. Suas reações e comportamentos são diferentes do normal, 
não permitindo que ele possa avaliar as próprias condições de saúde e as consequências do 
acidente. Necessita de alguém que o ajude.Atue de maneira tranquila e hábil, o acidentado 
sentirá que está sendo bem cuidado e não entrará em pânico. Isto é muito importante, pois a 
intranquilidade pode piorar muito o seu estado. 
5. Em caso de óbito serão necessárias testemunhas do ocorrido. Obter a colaboração de outras 
pessoas dando ordens claras e concisas. Identificar pessoas que se encarreguem de desviar o 
trânsito ou construir uma proteção provisória. Uma ótima dica é dar tarefas como, por exemplo: 
contatar o atendimento de emergência, buscar material para auxiliar no atendimento, como talas e 
gaze, avisar a polícia se necessário, etc. 
6. JAMAIS SE EXPONHA A RISCOS. Utilizar luvas descartáveis e evitar o contato direto com 
sangue, secreções, excreções ou outros líquidos.Existem várias doenças que são transmitidas 
através deste contato 
7. Tranquilizar o acidentado. Em todo atendimento ao acidentado consciente, comunicar o que 
será feito antes de executar para transmitir-lhe confiança, evitando o medo e a ansiedade. 
8. Quando a causa de lesão for um choque violento, deve-se pressupor a existência de lesão 
interna. As vítimas de trauma requerem técnicas específicas de manipulação, pois qualquer 
movimento errado pode piorar o seu estado. Recomendamos que as vítimas de traumas não 
sejam manuseadas até a chegada do atendimento emergencial. Acidentados presos em ferragens 
só devem ser retirados pela equipe de atendimentoemergencial. 
9. No caso de o acidentado ter sede, não ofereça líquidos para beber,apenas molhe sua boca 
com gaze ou algodão umedecido. 
10. Cobrir o acidentado para conservar o corpo quente e protegê-lo do frio, chuva, etc. 
11. Em locais onde não haja ambulância, o acidentado só poderá ser transportado após ser 
avaliado, estabilizado e imobilizado adequadamente.Evite movimentos desnecessários. 
12. Só retire o acidentado do local do acidente se esse local causar risco de vida para ele ou 
para o socorrista. Ex: risco de explosão, estrada perigosa onde não haja como sinalizar, etc. 
 
 
 
 
 
O PRIMEIRO SOCORRO E A ESTÉTICA 
 
 
Diversos procedimentos podem ocasionar acidentes dentro de um centro estético, mas as mais 
comuns são falta de atenção e/ou conhecimento do procedimento por parte do profissional. 
Podemos citar como ocorrências mais comuns: 
o Quedas, 
o Queimaduras, 
o Alergias, 
o Desmaios, 
o Envenenamentos, 
o Cortes e 
o Choques. 
Todas elas exigem um socorro imediato. Como vimos anteriormente O socorro à vítima 
consiste em: 
o Reconhecer que se trata de urgência; 
o Chamar o serviço médico; 
o Atuar conforme o seu conhecimento; 
o Assistir a vítima até que chegue o socorro médico; 
o É muito importante identificar se a situação é caso de urgência ou emergência; 
o Urgência: Situação que não oferece risco à vida; 
o Emergência: Oferece risco à vida. 
 
Todas essas ocorrênciascitadas podem ser prevenidas, organizando o ambiente de trabalho 
principalmente, por exemplo, , não deixar fios de equipamentos, extensões, tapetes que possam 
ser escorregadios, ou qualquer outro objeto ou acessório que possa atrapalhar 
o deslocamento do seu cliente na sala ou na recepção. Lembrando que nosso cliente pode ser 
gestante, idosos ou ter dificuldades de locomoção. Nosso ambiente deve ser o mais seguro 
possível. 
Como atuamos com peelings químicos, recursos eletroterápicos podem oferecer risco de 
queimadura, assim é muito importante trabalhar com substâncias químicas seguras e manter em 
dia a calibragem do seu equipamento e também o seu aperfeiçoamento. Se tiver dúvidas, procure 
estudar e se aperfeiçoar para manusear o equipamento em questão. 
Finalmente é essencial na estética realizarmos uma boa ficha de anamnese, não podemos deixar 
escapar nada, principalmente alergias, e, muitas vezes, não realizam testes para saber se o 
cliente é alérgico a determinado produto ou substância. Por isso, a avaliação e o termo de 
consentimento são importantíssimos, além da ficha de evolução. 
 
 
 
Caso uma dessas ocorrências ocorram podemos agir: 
o Quedas. 
• Esse tipo de emergência está muito ligado a ferimentos e fraturas, principalmente de pernas e 
braços. Dependendo da altura e da intensidade da queda, pode haver perda de consciência e 
traumatismos graves, como o craniano. 
▪ Se a queda for leve, lave bem a área afetada com água e sabão para evitar que a ferida 
infeccione. 
▪ Se após a queda a vítima sentir dor em alguma parte do corpo, faça a imobilização da área e 
procure o atendimento médico imediatamente. 
▪ Se a vítima estiver inconsciente, verifique a respiração e o pulso dela e chame SAMU 
imediatamente. 
o Queimaduras. 
• Primeiramente tentar identificar o grau da queimadura: 
▪ Queimadura de primeiro grau: é aquela que atinge a camada superficial da pele, causando 
uma vermelhidão e uma ardência no local. Normalmente, são causadas por exposição prolongada 
ao sol, ou contato rápido com alguma chama, ou objeto aquecido. 
▪ Queimadura de segundo grau: caracteriza-se por afetar uma região secundária da pele, entre a 
derme (superfície exterior da pele) e a epiderme (camada interior da pele), e nota-se o 
aparecimento de uma ou mais bolhas na área afetada. As bolhas são o resultado de uma espécie 
de deslocamento da camada entre a derme e a epiderme causada pela mudança drástica de 
temperatura na região. 
▪ Queimadura de terceiro grau: As queimaduras de terceiro grau caracterizam-se por atingir uma 
área profunda da pele, podendo incluir até o tecido ósseo, e costuma apresentar uma necrose no 
local afetado. É o tipo de queimadura mais profundo e mais grave. 
• O que fazer 
▪ Primeiro grau: Deve-se procurar resfriar bem a localidade da queimadura com soro fisiológico 
ou água fria em abundância, até que a dor amenize e administrar o uso de pomadas contra 
queimadura. 
▪ Segundo grau: Resfrie a área afetada com soro fisiológico ou água fria corrente em 
abundância, deve-se lavar a área cuidadosamente, sem esfregar, com sabão neutro, ou um 
antiséptico, que não seja álcool. Não se deve “estourar” as bolhas que se formam, e nem retirar a 
pele das que já estiverem rebentadas, deve-se colocar uma gaze úmida após ter resfriado o local 
e a dor haver diminuído. O curativo sobre a lesão deve permanecer durante 48 horas e, somente 
depois desse tempo, recomenda-se expor a pele ao ar livre, para evitar infecções. 
▪ Terceiro grau: Resfriar a região com soro fisiológico ou água fria corrente até que a dor 
amenize, lavar cuidadosamente sem esfregar, com sabão neutro ou antiséptico que não seja 
álcool. Se a área afetada for extensa, deve-se envolver a vítima num lençol limpo e molhado com 
soro fisiológico, ou com água fria, nesses casos, por se tratar de queimaduras mais graves, a 
vítima deve ter um atendimento médico o quanto antes leva-a a um hospital próximo. 
o Alergia: remova completamente o produto, faça compressas com soro fisiológico (gelado de 
preferência), pode usar esferas cromoterápicas (devem estar previamente geladas). 
 
 
Faça de tudo para acalmar a pele, a máscara calmante em gel também pode ser usada nesse 
processo, ledterapia vermelha ajuda muito também. Se mesmo assim o caso for grave e a pele 
estiver com muito edema, encaminhe imediatamente ao médico, para que seja medicado de 
maneira adequada. 
o Desmaios: 
• Quedas causadas por um estado de semiconsciência ou inconsciência repentina, quando o 
cérebro deixa de receber a quantidade necessária de oxigênio ou açúcar para manter suas 
funções plenamente ativas. O desmaio pode ser ocasionado por diversas razões como calor, 
longos períodos sem ingerir alimentos, cansaço, emoções muito fortes, etc. 
• O que fazer: 
▪ Se a pessoa estiver prestes a desmaiar; sentá-la com a cabeça entre os joelhos e as penas 
formando um ângulo, ou deitá-la com as pernas levantadas; 
▪ Molhar a testa da pessoa com água fria; 
▪ Afrouxar as roupas da vítima; 
▪ Se a pessoa já se encontrar desmaiada, deve-se deitá-la na PLS (Posição Lateral de 
Segurança), de preferência com a cabeça ligeiramente mais baixa que as pernas; 
▪ Afrouxar as roupas da vítima e mantê-la de forma confortável e aquecida; 
▪ Assim que a vítima recobrar seus sentidos, recomenda-se que se dê algo açucarado para 
tomar, para recuperar os níveis de açúcares perdidos os quais podem ter sido a causa do 
desmaio (vale lembrar que o consumo excessivo de açúcar em situações extraordinárias como a 
de um desmaio, não acarreta em prejuízo para o organismo); 
▪ Caso a pessoa não recupere os sentidos, deve-se administrar uma espécie de pasta feita com 
água e açúcar, com pouca água e mais açúcar. Esta “pasta” deve ser colocada debaixo da língua 
da pessoa mesmo inconsciente, e aguardar o socorro médico; 
o Envenenamentos: 
• Ligue imediatamente para o Centro de Informações Antiveneno, através do número 0800 284 
4343, ou chame uma ambulância, ligando o 192; 
• Diminua a exposição ao agente tóxico: 
▪ Ingestão: a melhor forma consiste em fazer lavagem gástrica no hospital, no entanto, enquanto 
se espera pela ajuda médica pode-se beber 100 g de carvão vegetal ativado em pó diluído num 
copo de água, para adultos, ou 25 g desse carvão, para crianças. O carvão vegetal gruda na 
substância tóxica e evita que seja absorvida no estômago. Pode ser comprado em farmácias e 
algumas lojas de produtos naturais; 
▪ Inalação: tente remover a vítima do ambiente contaminado; 
▪ Contato com a pele: lave a pele da vítima com água e sabão e remova roupas manchadas pela 
substância; 
▪ Contato com os olhos: lavar os olhos com água fria durante 20 minutos. 
▪ Coloque a pessoa em posição lateral de segurança, especialmente se estiver inconsciente para 
evitar que sufoque caso precise vomitar. Veja como colocar alguém nesta posição; 
 
 
 
▪ Procure informações sobre a substância que provocou o envenenamento, lendo o rótulo da 
embalagem da substância tóxica e aguardar socorro. 
o Cortes: 
• Ter certeza de que a ferida não é grave. Em seguida deve-se lavar as mãos com água e sabão; 
• Lave a ferida com muito cuidado com água e sabão. Certifique-se de que o local ficou bem 
limpo e livre de partículas que poderiam causar infecção; 
• Aplique um antiséptico e seque o local em volta da ferida; 
• De acordo com a lesão, coloque uma gaze ou pano limpo para cobrir o ferimento. Não use 
algodão, pois as fibras do material podem colar na ferida, provocando novamente sangramento ao 
retirar o curativo; 
• Mantenha o corte limpo e seco para facilitar a cicatrização. 
o Choques: 
• Corte ou desligue a fonte de energia, mas não toque na vítima; 
• Afaste a pessoa da fonte elétrica que estava provocando o choque, usando materiais não 
condutores e secos como a madeira, o plástico, panos grossos ou borracha; 
• Chame uma ambulância, ligando para o 192; 
• Observe se a pessoaestá consciente e respirando; 
▪ Se estiver consciente: acalme a vítima até a chegada da equipe médica; 
▪ Se estiver inconsciente, mas respirando: deite-a de lado, colocando-a em posição lateral de 
segurança. Saiba como pode fazer isso de forma correta; 
(BRASIL, 2003) 
Tenha sempre um kit básico de primeiro socorro, ele deve contar: 
• Instrumentos 
o pinça; 
o tesoura; 
o termômetro; 
o colar cervical; 
o luvas cirúrgicas; 
o óculos de proteção; 
o tala de imobilização; 
o máscara para proteção facial; 
o Material para curativo. 
 
 
 
 
 
Caso haja a necessidade de fazer curativo, os seguintes materiais não podem faltar: 
• band-aid; 
• antisséptico; 
• esparadrapo; 
• álcool 70%; 
• água boricada; 
• solução de iodo; 
• algodão hidrófilo; 
• gaze esterilizada; 
• ataduras de crepe; 
• água oxigenada de 10 volumes. 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
• ANVISA, Referência técnica para o funcionamento dos serviços de estética e embelezamento 
sem responsabilidade médica, 2009. 
• BRASIL, Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. FIOCRUZ. Manual de Primeiros 
Socorros. Rio de Janeiro.Fundação Oswaldo Cruz, 2003 
• CLOTET J, FEIJÓ A. Bioética: uma visão panorâmica. M. Bioética: uma visão panorâmica, 1a 
ed. Porto Alegre: EDIPUCRS; 2011, 9 - 20. 
• e esclarecido na prática médica. Revista Bioética 2010; 18(3): 705 – 24 
• JUNQUEIRA, S. R. Bioética e saúde pública. In: RAMOS, D. L. P. Bioética: pessoa e vida. São 
Caetano do Sul: Difusão, 2009, p. 97-115 
• LEONE, S.; PRIVITERA, S.; CUNHA, J.T. (Coords.). Dicionário de bioética. Aparecida: 
Editorial Perpétuo Socorro/Santuário, 2001. 
• LOCH JA. Modelos de análise de casos em Bioética Clínica. M. Bioética: uma visão 
panorâmica, 1a ed. Porto Alegre: EDIPUCRS; 2011, 9 - 20. 
• OLIVEIRA VL, Pimentel D e Vieira MJ. O uso do termo de consentimento livre 
• VIANA LM. Aula Responsabilidade Civil da Esteticista – 2014. 
• vida. São Paulo: Companhia das Letras, 2005. 
• VIDAL, Marciano. Bioética: estudios de bioética racional. 3.ed. Madrid: Tecnos 2008. 
• WATSON, James D. Tradução: Carlos Afonso Malferrari. DNA: o segredo da 
• WEBER J. Estética e bioética. Revista da AMRIGS, Porto Alegre, 55 (3): 302-305, jul.-set. 
2011

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