Buscar

UNIDADE I - Apostila - Anatomia e fisiologia da pele saudável e distúrbios estéticos corporais e faciais e bioética, biossegurança e primeiros socorros aplicados à Estética

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 152 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 152 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 152 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SUMÁRIO 
ANATOMIA 
Capítulo I – História da anatomia ..................................................................................................... 4 
Capítulo II – Definições e divisão ..................................................................................................... 8 
Capítulo III – Sistemas ................................................................................................................... 12 
Capítulo IV – Sistema vascular ...................................................................................................... 18 
Capítulo V – Sistema Linfático ....................................................................................................... 20 
Capítulo VI – Sistema muscular ..................................................................................................... 23 
Capítulo VII – Sistema tegumentar ................................................................................................. 31 
Capítulo VIII – Classificação da pele .............................................................................................. 39 
 
DERMATOLOGIA PATOLÓGICA E DISTÚRBIOS ESTÉTICOS 
Capítulo I – O diagnóstico dermatológico ........................................................................................ 44 
Capítulo II – Lesões elementares .................................................................................................... 45 
Capítulo III – Afecções do folículo piloso – Tricoses ....................................................................... 53 
Capítulo IV – Afecções ulcerosas .................................................................................................... 56 
Capítulo V – Tumores benignos da pele ......................................................................................... 57 
Capítulo VI – Neoplasias da pele ................................................................................................... 59 
Capítulo VII – Doenças infecciosas ................................................................................................ 64 
Capítulo VIII – Identificando problemas estéticos ........................................................................... 65 
Capítulo IX – Envelhecimento facial ............................................................................................... 72 
REFERÊNCIA ................................................................................................................................. 81 
 
BIOÉTICA NA ESTÉTICA 
Capítulo I – Introdução e história ..................................................................................................... 83 
Capítulo II – A bioética e seus fundamentos .................................................................................. 86 
Capítulo III – Termo de consentimento livre e esclarecido .............................................................. 88 
Capítulo IV – Leis dos profissionais da estética .............................................................................. 92 
Capítulo V – Vigilância Sanitária e Legislação .............................................................................. 132 
Capítulo VI – Primeiros socorros na estética ................................................................................ 142 
REFERÊNCIAS............................................................................................................................. 151 
 
 
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA 
No decorrer desta Unidade serão abordadas a anatomia e a fisiologia do corpo humano com 
ênfase no sistema tegumentar e seus anexos. Esta unidade é fundamental para iniciarmos 
qualquer tipo de estudo, tratamento ou entendimento de qualquer distúrbio estético, saber como 
ocorre à fisiologia do sistema tegumentar torna-se fundamental na escolha do melhor tratamento, 
ou melhor, cosmético a ser aplicado. 
 
 
 
CAPÍTULO I - HISTÓRIA DA ANATOMIA 
 
Antes de iniciarmos o estudo da anatomia reflitam sempre sofre o que Rokitansky em 1876 dizia: 
 
“Ao te curvares com a rígida lâmina de teu bisturi sobre o cadáver desconhecido, lembra-te que 
este corpo nasceu do amor de duas almas, cresceu embalado pela fé e pela esperança daquela 
que em seu seio o agasalhou. Sorriu e sonhou os mesmos sonhos das crianças e dos jovens. Por 
certo amou e foi amado, esperou e acalentou um amanhã feliz e sentiu saudades dos outros que 
partiram. Agora jaz na fria lousa, sem que por ele se tivesse derramado uma lágrima sequer, sem 
que tivesse uma só prece. Seu nome, só Deus sabe. Mas o destino inexorável deu-lhe o poder e 
a grandeza de servir à humanidade. A humanidade que por ele passou indiferente”. 
 
Os primeiros estudos sobre anatomia iniciaram em 500 A.C., no sul da Itália pelo estudioso 
Alcméon de Crotona, a primeira dissecção que ele fez foi em animais. Os avanços desses estudos 
acontecerem no século III A.C. em Alexandrita por Herófilo e Erasístrato, eles foram os primeiros 
a realizar uma dissecção em corpo humano, mas em 150 A.C. a dissecção em corpo humano foi 
proibida pela igreja, mas a dissecção em animais seguia normal. Galeno no século II D.C. já havia 
dissecado quase todos os animais, desenvolvendo assim uma doutrina de “causa final”, esse 
sistema teológico requeria que os achados fisiológicos fossem confirmados e compreendidos. 
Com a chegada da guerra os estudos da anatomia recomeçaram por razões práticas. A palavra 
dissecar, também era usada para operação cesariana que cada vez eram mais frequentes 
(PETRUCELLI, 1997). 
Foi em 1460 que Ulrich Boner Der Edelstein pintou a primeira obra literária de anatomia, o livro foi 
publicado por Albrecht Plister. Em 1475 Konrad Megenberg publicou outro livro com imagens de 
gravuras em madeira de animais, o que também representava a anatomia (PETRUCELLI, 1997). 
O primeiro livro com ilustrações anatômicas reais foi a coleção de textos de autores 
contemporâneos “Fasciculus Mecidina”, datado de 1941, as ilustrações representação partes do 
corpo humano mostrando os pontos de sangria, mas os desenhos só se tornaram mais realistas 
em sua segunda edição em 1943(Figura 1) (PETRUCELLI, 1997). 
 
Figura 1 – Fasciculus Mecidina. 
Fonte: https://images.app.goo.gl/KTN1TkWZXUzUwRdY 
https://images.app.goo.gl/KTN1TkWZXUzUwRdY
 
 
No século XV D.C. os artistas renascentistas começaram a se interessar mais pelo formato do 
corpo humano, Leonardo da Vinci, ele foi o primeiro artista a descrever a anatomia em suas 
obras. As ilustrações de Da Vinci eram tão precisas que muitas vezes suas anotações tinham tipo 
fisiológico. Outro artista que foi de grande importância no quesito ilustração da anatomia humana 
foi Michelangelo Buonarotti, ele passou vinte anos praticando a dissecção no convento de Santo 
Espírito em Florença, posteriormente expôs a evolução de seus estudos. Jacob Berengario foi o 
autor da obra “Commentaria super anatômica mundini”, obra essa que contém as primeiras 
ilustrações anatômicas ao natural(Figura 2) (FIGUEIRA, 2013). 
 
Figura 2 – Commentaria super anatômica mundini. 
 
Fonte:https://www.christies.com/lotfinder/Lot/berengario-da-carpi-giacomo-c1460-1530-carpi- 
commentaria-6011015-details.aspx 
 
 
Foi no século XVIII/XIX, que os estudos da anatomia tiveram uma subdivisão, isso devido as 
técnicas operatórias que davam uma maior importância a anatomia topográfica. Assim o chamado 
estudo anatômico clínico de cadáver foi introduzido por Giovan Battista Morgani ficou mais segura 
para o estudo de alterações provocadas por patologias, surgindo assim a anatomia patológica 
permitindo grandes descobertas no campo celular por Rudolf Virchow e as doenças infecciosas 
por Pasteur e Koch (FIGUEIRA, 2013). 
Atualmente o estudo da anatomia é submicroscópica, a fisiologia, bioquímica, microscopia 
eletrônica, tudo aplicado as células são as estruturas mais descritas em nívelmolecular. Também 
temos que lembrar que devido a tomografia computadorizada, raio X, tomografia por emissão de 
positrões, ressonância magnética, é possível estudar a anatomia em vivos. 
 
Episódio curioso no estudo da anatomia 
 
 
Na Grã Bretanha no século XVIII teve um grande centro de estudo de anatomia, ela ocupava a 
catedral de anatomia, como era chamada, e foi comandada pela dinastia dos Monro por três 
gerações, o primeiro foi Alexandre Monro de 1720 a 1758, foi substituído pelo seu filho 
Alexandre Monro segundo que teve um destaque nas obras de anatomia em 1797, seu sucessor 
http://www.christies.com/lotfinder/Lot/berengario-da-carpi-giacomo-c1460-1530-carpi-
 
 
foi seu filho Alexandre Monro terceiro, que por não ter a mesma sabedoria dos seus antecessores 
levou a universidade da anatomia ao declínio. 
Naquela época o ensino paralelo em escolas e cursos privados eram permitidos, por isso o estudo 
da anatomia se destacava entre os cursos extracurriculares, um dos maiores professores da 
época foi Robert Knox médico do exército como cirurgião auxiliar, ele foi assistente do Dr. John 
Barclay que entre 1821 e 1823 publicaram vários trabalhos científicos anatômicos, personagens 
deste episodio que irei destacar. Dr. Knox firmou-se como professor de anatomia na escola do Dr. 
Barclay e suas aulas eram muito concorridas devido a demonstração prática de dissecção de 
cadáveres. Em 1826 Dr. Knox assumiu a direção da escola após o falecimento do Dr. Barclay, 
naquele ano a escola estava com 300 alunos matriculados. 
Os cadáveres para realização da dissecção eram conseguidos legalmente, os criminosos 
condenados a pena de morte não podia ter um sepultamento digno em terreno santificado da 
igreja, assim esses corpos eram usados na dissecação do estudo de anatomia, mas esse número 
era insuficiente para prover as necessidades do ensino da anatomia. Surgia assim o mercado 
negro de cadáveres, os quais eram exumados por ladrões de cemitério e vendidos as escolas, 
mas como não tinham método de conservação esses corpos precisavam ser frescos. 
William Hare e William Burke (Figura 3), eram ladrões de cemitério e residiam em uma pensão na 
Inglaterra, o proprietário veio a falecer e William Hare casou-se com a viúva Margaret. Em 1827 
um dos pensionistas, um idoso faleceu e deixou uma dívida alta na pensão, neste momento Hare 
teve a ideia de vender seu corpo para quitar a dívida da pensão, assim junto de Burke simularam 
o sepultamento e venderam seu corpo para Dr. Know por um valor alto para época de 7,1 
libras.Com o sucesso da operação lucrativa, idealizarão um plano para substituir a venda de 
cemitério, se tratava em atrair para pensão pessoas desamparadas, pedinte de rua, pessoas que 
se morressem não seriam notados pela sociedade. Essa vítima era embriagada e morta por 
asfixia, pois não deixava vestígio da causa da morte, Burke era o responsável pela morte e Hare 
negociava a venda dos corpos. 
 
Figura 3 – Hare e Burke. 
Fonte: https://images.app.goo.gl/QCMVwy4m1EiquYbj6 
 
 
 
 
Em 1828 a escola do Dr. Knox teria recebido ao menos 16 corpos, assim sempre tinha peças 
bem conservadas em ótimo estado, os alunos começaram a desconfiar, devido a escassez 
habitual. 
A última vítima foi uma irlandesa, Mary Docherty, simplesmente desapareceu da pensão de um 
dia para o outro, o que levantou suspeita dos outros hospedes, o casal Gray encontrou o corpo da 
vítima escondida embaixo da cama, assim avisaram a polícia, porém quando chegaram o corpo já 
não estava lá mais. 
Alguns vizinhos contaram para polícia que viram dois homens carregando uma caixa de madeira, 
como já tinham suspeitas da escola do Dr. Knox os policiais se dirigiram para o local, onde 
encontraram a vítima. Hare e Burke foram presos, mas com não tinha provas concretas do 
assassinato, pressionaram Hare que acabou contando toda a verdade e foi colocado em liberdade 
e Burke foi julgado e condenado a forca, antes de ser enforcado ele assumiu as mortes, sua 
execução ocorreu no dia 28 de janeiro de 1829 e foi assistida por um multidão de milhares de 
pessoas, fazia parte da sentença que seu corpo fosse publicamente dissecado pelo Prof. 
Alexandre Monro terceiro, o que foi feito. Devido o tumulto que se formou parte de sua pele foi 
roubada, tempos depois foi encontrado livros encadernados com sua pele, um desses livros está 
exposto no museu de anatomia de Edimburgo junto de seu esqueleto (Figura 4). 
 
Figura 4 – Livro com pele de Burke. 
Fonte:http://oaprendizverde.com.br/2017/06/21/serial-killers-william-burke-william-hare-
assassinatos- em-west-port/ 
 
Já Dr. Knox não conseguiram comprovar sua culpa, mas seu curso teve uma evasão grande dos 
alunos, em 1831 sentindo-se constrangido deixou a universidade assim como o cargo de 
conservador do museu e mudou para Londres onde viveu até seus últimos dias. 
Este episódio repercutiu no parlamento britânico em 1832, onde o Anatomy Act passou a ser 
permitido o uso de cadáveres não reclamado por seus familiares para o ensino de anatomia, 
extinguindo assim o mercado negro de venda de corpos. Foi tão significante este episódio que 
teve um marco na língua inglesa com a criação do neologismo burkism e do verbo to burk, no 
sentido de sufocar, matar alguém para vender o cadáver, assassinar sem deixar vestígio. 
 
 
http://oaprendizverde.com.br/2017/06/21/serial-killers-william-burke-william-hare-assassinatos-
http://oaprendizverde.com.br/2017/06/21/serial-killers-william-burke-william-hare-assassinatos-
 
 
CAPÍTULO II - DEFINIÇÕES E DIVISÃO 
 
Anatomia refere-se ao estudo da estrutura e das relações e das relações entre as estruturas. 
• ANATOME = CORTE EM PARTES / CORTAR SEPARANDO 
Fisiologia refere-se à função das partes do corpo e como elas trabalham (PHYSIS+LÓGOS+IA) 
(NETTER, 2015). 
A função nunca é separada completamente da estrutura, por isso sempre estudamos a anatomia 
em conjunto da fisiologia humana. Cada estrutura designa uma função, exemplo os ossos do 
crânio estão unidos firmemente para proteger o encéfalo (NETTER, 2015). 
Somos formações a partir (Figura 5): 
• Átomo Menor unidade de matéria 
• Molécula União de 2 ou mais moléculas 
• Célula União de moléculas (unidade básica, estrutural e funcional) 
• Tecido União de células (conjuntivo, epitelial, muscular e nervoso) 
• Órgão União de 2 ou mais tipos de tecidos diferentes 
• Sistema União de alguns órgãos que tem mesma função 
• Corpo humano União de todos os sistemas orgânicos (NETTER, 2015) 
 
Figura 5 – Formação do organismo humano. 
Fonte: https://images.app.goo.gl/xrEH5V8dvGaVwKw7A
 
 
Podemos ainda dividir a anatomia macroscópica em: 
 
 
• Anatomia sistemática ou descritiva: estuda de modo analítico, ou seja, separadamente em 
várias estruturas dos sistemas, como por exemplo: esqueleto, musculo etc. 
• Anatomia topográfica ou regional: estuda de modo sintético, reúne elementos diferentes e 
une todos em uma relação só 
• Anatomia de superfície ou do vivo: estuda a compreensão da semiologia clínica 
• Anatomia funcional:estuda segmentos funcionais do corpo humano 
• Anatomia aplicada: conhecimento anatômico para as atividades clínica, cirúrgica e artísticas 
• Anatomia radiológica: estuda o corpo usando as propriedades do raio X 
• Anatomia comparada: estuda a anatomia de diferentes espécies animais com particular 
enfoque aodesenvolvimento ontogenético e filogenético dos diferentes órgãos. 
(NETTER, 2015) 
 
 
 
Divisão do corpo humano 
 
 
1) Cabeça (pescoço). 
2) Tronco. 
a) Tórax. 
b) Abdome. 
3) Membros. 
a) Superiores. 
i. Ombros (raiz). 
ii. Braços. 
iii. Antebraços. 
iv. Mãos. 
b) Inferiores. 
i. Quadril (raiz). 
ii. Coxas. 
iii. Pernas. 
iv. Pés. (NETTER, 2015) 
 
 
Posição anatômica 
 
 
A posição anatômica consiste em uma convenção internacional de descrições do corpo 
humano, onde o corpo esteja posicionado em uma posição 
específica,chamada de posição anatômica. 
É considerado posição anatômica quando o indivíduo está: 
 
 
• Posição ereta 
• Posição ortostática 
• Face voltada para frente 
• Membros superiores estendidos paralelos ao tronco com as palmas 
das mãos voltada para frente 
• Membros inferiores unidos, com dedos dos pés voltado 
para frente. (NETTER, 2015) 
 
Planos de Inscrição 
 
 
Planos de inscrição ou planos de delimitação, são planos tangentes a superfície do corpo. 
Temos os seguintes planos: 
• Ventral ou anterior => plano vertical tangente ao ventre 
• Dorsal ou posterior => plano vertical tangente ao dorso 
• Lateral direito => plano vertical tangente ao lado do corpo 
• Lateral esquerdo => plano vertical tangente ao lado do corpo 
• Cranial ou superior => plano horizontal tangente à cabeça 
• Podal ou inferior => plano horizontal tangente à planta dos pés (NETTER, 2015) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Planos de secção 
 
 
A partir do plano de inscrição temos determinado os planos de secção; 
unindo o centro de dois planos de inscrição obtemos: 
 
• Plano sagital => corta o corpo no sentido antero posterior, 
possui esse nome porque passa exatamente na sutura sagital 
do crânio. Determina lad direito e esquerdo 
• Plano coronal => corta o corpo lateralmente, de uma orelha 
a outra. Determina se uma estrutura é anterior ou posterior. 
• Plano transversal => corta o corpo transversalmente, também 
é chamado de plano axial. Através desse plano podemos 
dizer se uma estrutura é superior ou inferior (NETTER, 2015) 
 
Termos e situações 
 
 
Existem alguns termos que devemos conhecer: 
• Estruturas superficiais são aquelas contidas no tegumento 
• Estruturas profundas estão abaixo do tegumento. 
• Mediano: situada exatamente ao longo do plano de secção mediano. 
• Médio: quando as estruturas estão alinhadas na direção 
 craniocaudal ou ântero-dorsal. 
• Intermédio: quando as estruturas estão em alinhamento látero- lateral. 
• Proximal e Distal. esses termos são usados para comparar 
a distância de pelo menos duas estruturas. 
• Proximal: estrutura que se encontra mais próxima do tronco. 
• Distal: estrutura que se encontra mais distante do tronco. 
 
 
CAPÍTULO III - SISTEMAS 
 
Os principais sistemas são: 
• Esquelético (Figura 6). 
o Principais funções: sustentação, movimento e proteção. 
o Principais componentes: ossos e articulações 
 
Figura 6 – Sistema Esquelético 
Fonte: https://images.app.goo.gl/dr26TZAN2cLz5nC5A 
 
 
• Muscular (Figura 7) 
o Principais funções: sustentação e movimento. 
o Principais componentes: músculos e tendões. 
 
Figura 7 – Sistema muscular. 
Fonte: https://images.app.goo.gl/S24kbza3qR2ps6sR7 
 
 
• Tegumentar (Figura 8) 
o Principais funções: proteção, controle da temperatura. 
o Principais componentes: pele (epiderme e derme) e tecido subcutâneo (hipoderme). 
 
Figura 8 – Sistema tegumentar 
Fonte: https://images.app.goo.gl/iLAdEf5gW3XtvGL68 
 
 
• Nervoso (Figura 9) 
o Principais funções: perceber e identificar as condições ambientais externas, bem como as 
condições reinantes dentro do próprio corpo e elaborar respostas que adaptem a essas 
condições. 
o Função Sensorial, Integrativa e Motora. 
o Principais componentes: Sistema Nervoso Central (encéfalo e medula) e Sistema Nervoso 
Periférico. 
 
Figura 9 – Sistema nervoso 
Fonte: https://images.app.goo.gl/SMj1SH2Cn6FiaLbZ8 
 
 
• Endócrino (Figura 10) 
o Principais funções: junto com o sistema nervoso, promove a manutenção do equilíbrio do 
organismo (homeostase), por meio do controle das funções biológicas. 
o Principais componentes: Pineal ou Epífise, Hipófise (Pituitária), Tireóide e Paratireóide (abaixo 
da laringe) , Supra-renais (superior aos rins), Pâncreas, Ovários e Testículos. 
 
Figura 10 – Sistema endócrino. 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/Xc7WAc6guFuiJZnz8 
 
 
• Circulatório (Figura 11) 
o Principais funções: transporte de O2, nutrientes, hormônios para as células e remoção de 
produtos indesejáveis; defesa do organismo 
o Principais componentes: coração, vasos (artérias, veias e capilares). 
 
Figura 11 – Sistema circulatório 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/8gxHeHCUAJUKeAYJA 
 
 
• Respiratório (Figura 12) 
o Principais funções: trocas gasosas (captação de O2 – remoção de CO2). 
o Principais componentes: cavidades (ou fossas) nasais, faringe, laringe, traqueia (que se 
ramifica nos brônquios), alvéolos e pulmões. 
 
Figura 12 – Sistema respiratório. 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/wZBwvknzDqtPDj3C8 
 
 
• Digestivo (Figura 13) 
o Principais funções: realiza a digestão: quebra de alimentos, absorção dos componentes 
nutritivos e eliminação de substâncias indesejáveis). 
o Principais componentes: boca (língua, dentes etc.), faringe, esôfago, estômago, intestino 
delgado, intestino grosso, reto e ânus. Possui glândulas anexas: glândulas salivares, fígado e 
pâncreas 
 
Figura 13 – Sistema digestivo. 
Fonte: https://images.app.goo.gl/Ddqw9kg28PsaNadSA 
 
 
• Urinário (Figura 14) 
o Principais funções: excreção de substâncias tóxicas, o equilíbrio hídrico e o controle de íons. 
o Principais componentes: dois rins, dois ureteres, bexiga e uretra. 
 
Figura 14 – Sistema urinário. 
Fonte: https://images.app.goo.gl/3AMWf78FwB8um81b6 
 
 
• Genial masculino (Figura 14) 
o Principais funções: reprodução. 
o Principais componentes: bolsa escrotal, testículos, epidídimos, canais deferentes, uretra, 
vesículas seminais, próstata e pênis. 
 
Figura 14 – Sistema genital masculino. 
Fonte: https://images.app.goo.gl/y1Tq2igF8QoWibNw9 26/01/21 
 
 
• Genital feminino. (Figura 15) 
o Principais funções: reprodução. 
o Principais componentes: ovários, trompas, útero e vagina. 
Figura 15 – Sistema genital feminino 
Fonte: https://images.app.goo.gl/6MPzfhHhzw8J1jQ48 (NETTER, 2015) 
 
 
Nesta apostila será abordada o enfoque do sistema vascular, muscular e sistema tegumentar, 
visto que o foco é estético. 
 
 
CAPÍTULO IV- SISTEMA VASCULAR 
 
 
A função básica deste sistema é ofertar nutrição e oxigenação para todas as células. 
Ele transporta material nutritivo que foi absorvido pela digestão e o oxigênio da respiração para 
todas as células, ao mesmo tempo que recolhe os resíduos metabólicos levando até seu local de 
excreção. 
 
Formado pelo coração, vasos, sangue e linfa é um sistema do tipo fechado, ou seja, que não tem 
comunicação com meio externo. 
 
• Coração: órgão responsável pelo bombeamento e oxigenação do 
sangue, trata-se de um músculo, oco, situado na porção mediastinal da 
cavidade torácica, entre o osso esterno e a coluna vertebral, abraçado 
pelos pulmões e acima dodiafragma. Está disposto obliquamente e seu 
ápice mais inclinado para o lado esquerdo do plano mediano, conforme 
visualizamos. O 
ápice do coração,situado na região inferior, é mais lateral, enquanto a 
base é medial. Na base do coração estão os grandes vasos que chegam e 
saem deste órgão (SOBOTTA, 2008). 
• Vasos Sanguíneos: compostos por artérias, veias e capilares. As artérias são tubos cilindróides 
e elásticos que conduzem o sangue oxigenado do coração para as demais estruturas corpóreas, 
artérias têm uma elasticidade que se adapta à demanda de fluxo sanguíneo e permite o controle 
dos níveis pressóricos. Quanto mais distantes do coração menos calibrosas estas estruturas se 
apresentam. As veias são estruturas cilíndricas responsáveis por recolher o sangue que sofreu 
trocas gasosas com os tecidos do corpo de volta ao coração. As válvulas ao receberem um 
impulso que direciona o sangue no sentido do coração, abrem-se permitindo que o sangue circule 
livremente. Quando o impulso termina a tendência natural seria que o sangue retornasse no 
sentido oposto à trajetória do coração. Porém, as válvulas impedem que isto ocorra, fechando-se, 
formando uma estrutura similara uma bolsa que impede o retorno do sangue. Ao ocorrer um novo 
impulso este sangue continua seu percurso e isto ocorre até que este líquido atinja o coração 
(SOBOTTA, 2008). 
• Grandes Vasos do Coração: a distribuição do sangue para o corpo ocorre através dos grandes 
vasos situados na base do coração. No átrio direito chegam às veias cavas, inferior e superior 
trazendo sangue do corpo para o coração. No átrio esquerdo chegam às veias pulmonares, que 
carregam sangue rico em oxigênio dos pulmões até o coração. O tronco pulmonar, formado pelas 
artérias pulmonares direita e esquerda, sai do ventrículo direito em direção aos pulmões, do 
ventrículo esquerdo, sai a artéria aorta, que leva sangue rico em oxigênio para o corpo 
(SOBOTTA, 2008). 
 
 
 
 
• Linfa: a composição é praticamente a mesma do sangue, com exceção da existência de 
glóbulos vermelhos, o que faz a linfa ser de coloração transparente. Por ela circulam além das 
impurezas retidas do meio intersticial, proteínas, hormônios, glóbulos brancos e, ocasionalmente, 
dos intestinos ao fígado, nutrientes (moléculas de gordura) (SOBOTTA, 2008). 
 
Circulação do sangue 
Existem basicamente dois tipos de circulação sanguínea (Figura 16): 
• Pulmonar: o sangue rico em gás carbônico passa do átrio direito para o ventrículo direito e é 
em seguida impulsionado para o tronco pulmonar e 
artérias pulmonares até a rede de capilares dos pulmões (HOHEN, YOCOCHI, LUTJEN- 
DRECOL, 2007) 
• Sistêmica: o sangue rico em oxigênio sai dos pulmões pelas veias pulmonares e chega ao átrio 
esquerdo dirigindo-se ao ventrículo direito que o encaminha para a artéria aorta e desta para o 
restante do corpo. Um esquema com os dois tipos de circulação (HOHEN, YOCOCHI, LUTJEN-
DRECOL, 2007). 
 
Figura 16 – Circulação 
Fonte: https://images.app.goo.gl/Rjkfa7UE1swMVQUx9 
 
 
CAPÍTULO V- SISTEMA LINFÁTICO 
 
Sistema de drenagem auxiliar do sistema circulatório. Responsável por 
transportar o líquido tecidual do corpo, chamado de linfa. Este sistema é 
composto 
pelos vasos linfáticos, órgãos linfoides (timo, baço e linfonodos), estruturas que 
funcionam comofiltros do líquido transportado pelos vasos. 
A principal relação entre o sistema linfático e o sistema circulatório é que 
grandes moléculas de líquido tecidual têm dificuldade para penetrar nos 
capilares sanguíneos, assim é necessário que os capilares linfáticos, mais 
calibrosos, conseguem realizar esse transporte. É importante ressaltar que o 
sistema linfático tem o chamado fundo cego, ou seja, um sistema de uma única 
direção, somente conduz a linfa para a corrente circulatória, não existe via de 
retorno. 
Os troncos linfáticos são: 
• Ducto torácico: se origina na cisterna de quilo, uma dilatação que ocorre na região abdominal. 
Ele recebe a linfa de todo o resto do corpo, e desemboca na junção entre veia subclávia esquerda 
com a veia jugular interna esquerda (Figura 17). 
• Ducto linfático direito: recebe a linfa do membro superior, direito, do lado direito da cabeça, do 
pescoço e do tórax; e acaba na anastomose da veia subclávia direita com a veia jugular interna 
direita (Figura 17). 
 
Figura 17 – Ductos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/YKSxWJVMHshR2dcx5 
 
 
Antes de passar para o sistema circulatório, a linfa é coletada pelos capilareslinfáticos, passando 
para os vasos linfáticos, chegando à linfa chega aos troncos linfáticos, estes, porsua vez, 
desembocam nas veias mais calibrosas, onde depositam a linfa (Figura 18). 
 
Figura 18 – Circulação linfática. 
Fonte: https://images.app.goo.gl/Gykvq28jrWb5awow8 
 
 
 
Estruturas do Sistema Linfático 
 
 
Iremos explicar aqui os órgãos linfóides os linfonodos, o baço e o timo. 
• Linfonodos: são estruturas de defesa do organismo, evitando que 
substâncias e microrganismos estranhos penetrem na corrente 
sanguínea.Possuem formas e tamanhos variados, podem estar 
isolados, mas apresentam-se geralmente em grupos, principalmente 
na região inguinal, na axila e no pescoço. 
• Baço: é o maior órgão do sistema linfóide. Apresenta duas faces: a 
diafragmática (em contato com a região inferior do diafragma) e 
visceral. Na face visceral, encontra-se o hilo do baço, uma fenda 
onde penetram nervos e vasos, incluindo a veia esplênica, que tem a 
função de drenar o sangue do baço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Timo: órgão linfoide que apresenta dois lobos, sua função é 
produzir linfócitos. Está situado parcialmente no pescoço e no tórax, 
se estendendo desde a parte inferior da tireoide até a quarta 
cartilagem costal. O timo cresce até o período da puberdade, depois 
passa a se contrair até ser substituído por tecido adiposo 
 
• Tonsilas: são massas pequenas de tecido linfóide incluídas 
na mucosa de revestimento das cavidades bucal e faríngea. As 
tonsilas palatinas (amígdalas) estão localizadas na parede 
póstero-lateral da garganta, uma de cada lado. Ambas as 
tonsilas atuam como uma defesa adicional contra invasão 
bacteriana. 
 
 
CAPÍTULO VI - SISTEMA MUSCULAR 
 
Sistema muscular trata-se do conjunto de músculos, estima-se que nosso corpo tenha 650 
músculos e representam 40% a 50% do peso corporal total, a formação de um musculo se dá por 
tecido originado pelo mesoderma.Os músculos possuem forma e comprimento variável, são 
formados por miócitos e que se inserem ao osso através do tendão, sua principal característica é 
a capacidade de contração e relaxamento (GUYTON & HALL, 2017). 
Possuímos três tipos de músculos: liso, estriado esquelético e estriado cardíaco. Se formos levar 
em consideração o exercício podemos classificar em voluntário e involuntário também. 
 
• Músculo liso: músculo involuntário, o estímulo para a contração é 
Mediado pelo sistema nervoso vegetativo. Encontrado na parede das 
vísceras tubulares, como por exemplo vasos sanguíneos e intestino. 
 
• Músculo estriado cardíaco: tipo especializado de músculo que forma a 
parede do coração, também chamado de miocárdio. Controla os batimentos 
cardíacos, músculo é involuntário, como o músculo liso, e é estriado, como o 
músculo esquelético. 
 
• Músculo estriado esquelético: está fixado aos ossos, através dos tendões. 
As contrações exercem força nos ossos e então eles se movimentam e 
consequentemente é o responsável por diversas atividades, como levantar 
objetos e andar ou correr. São os únicos músculos voluntários do corpo. 
Para que haja movimento, os músculos estriados normalmente firmam-se em 
duas extremidades: 
• Origem: imóvel presa à peça óssea que não se desloca. 
• Inserção: móvel, presa à peça óssea que se desloca. (GUYTON & HALL, 2017). 
 
 
Quanto à Situação dos músculos temos: 
• Músculos Superficiais ou Cutâneos: são os músculos que se encontram logo abaixo da pele, 
onde devem apresentar no mínimo uma de suas inserções na camada profunda da pele. 
Podemos encontrá-los no crânio e na face, no pescoço e na região hipotênar da mão. 
• Músculos Profundos ou Subaponeuróticos: este grupo de músculos não apresenta inserções 
na camada profunda da pele, insere-se na maioria das vezes nos ossos. Sua localização se dá 
logo abaixo da fáscia superficial. (GUYTON 
& HALL, 2017). 
 
 
 
 
 
 
Quanto à Forma do Ventre classificam-se: 
• Músculo Longo: O comprimento predomina sobre a largura e permanece constante 
em todo o músculo. Está localizado mais superficialmente e seu comprimento pode 
passar duas ou mais articulações. Podemos citar como exemplo o músculo bíceps braquial. 
• Músculo Largo: o comprimento e a largura se equivalem. Este tipo de 
músculo é encontrado nas paredes das grandes cavidades, como tórax e 
abdome, podemos citar o músculo diafragma, o subescapular. 
• Músculo Curto: encontrado nas articulações, seu movimento tem pouca 
amplitude, fato que não exclui sua força e nem especialização, podemos citar os 
músculos da mão. (TOMITA,2012) 
 
Quanto à Disposição da Fibra Muscular: 
 
 
• Transverso: perpendicular à linha média e podemos citar como exemplo o músculo transverso 
abdominal. 
• Reto: paralelo à linha média e podemos citar como exemplo o músculo reto abdominal. 
• Obliquo: diagonalmente à linha média, exemplo desse músculo temos o oblíquo externo. 
 
Quanto à Função: 
A realização de algum movimento, são envolvidos vários músculos além daquele diretamente 
responsável por ele. São os seguintes: 
 
• Músculo Agonista: agente principal de um movimento, esse músculo se contrai ativamente para 
produzir um movimento desejado. Ex.: músculos flexores dos dedos, quando apertamos a mão de 
uma pessoa. 
• Músculo Antagonista: quando um músculo se opõe ao trabalho de um agonista, regulando 
força e velocidade do movimento. Ex.: músculos extensores dos dedos, não deixando apertar com 
força nem rapidez a mão da pessoa. 
• Músculo Sinergista: músculo que tem função de estabilizar as articulações para que não 
ocorram movimentos indesejáveis durante uma ação normal. Ex.: um dos músculos sinergista do 
movimento de abdução da coxa é o reto femoral. 
• Músculos Fixadores ou Posturais: sua atuação não está diretamente relacionada ao 
movimento, mas sim na fixação de um segmento do corpo para permitir um apoio básico nos 
movimentos executados por outros músculos. (TOMITA, 2012) 
 
Quanto ao tônus muscular: 
 
 
Quando os músculos se mantêm em um estado de contração parcial, chamamos de tônus 
muscular, que é causado pela estimulação nervosa, e é um processo inconsciente que 
mantém os músculos preparados para entrar em ação. 
 
 
Principais músculos para estética facial 
 
 
Os músculos da face são referidos como músculos da expressão facial, têm suas origens nos 
ossos do crânio, alguns se iniciam na fáscia superficial da face. A maioria desses músculos se 
insere na pele da região e a movimentam como se fosse uma articulação. Já os músculos do 
pescoço são localizados em um de dois triângulos (trígonos), anterior que são separados do 
posterior pelo músculo esternocleidomastóide, músculo este que se apresenta diagonalmente 
através damargem lateral do pescoço desde o processo mastoide do osso temporal até o 
ossoesterno e a clavícula. 
Observe a figura 19, correlacionada com os músculos abaixo: 
1- Músculo Occipitofrontal (Ventre frontal) 
a. Origem: pele das sobrancelhas. 
b. Inserção: aponeurose epicrânica. 
c. Inervação: nervo facial (VII). 
d. Função: responsável por franzir a fronte e elevar as sobrancelhas. 
2- Músculo prócero 
a. Origem: osso nasal e parte superior da cartilagem lateral do nariz. 
b. Inserção: pele parte inferior a fronte, entre as sobrancelha. 
c. Inervação: nervo facial (VII). 
d. Função: responsável por tracionar para baixo o ângulo medial das sobrancelhas, produzindo 
rugas transversais sobre o nariz. 
3- Músculo Corrugador 
a. Origem: extremidade medial do arco supercilia. 
b. Inserção: superfície profunda da pele. 
c. Inervação: ramo temporal e zigomático do nervo facial. 
d. Função: traciona a sobrancelha para baixo e medialmente, produzindo rugas verticais na 
fronte, músculo de expressão de sofrimento. 
4- Músculo orbicular dos olhos 
a. Origem: parte nasal do osso frontal (porção orbital), processo frontal do maxilar, crista lacrimal 
posterior (porção lacrimal) e da superfície anterior e bordas do ligamento palpebral medial (porção 
palpebral). 
b. Inserção: Circunda a órbita, como um esfíncter. 
c. Inervação: ramos temporais e zigomáticas do nervo facial. 
d. Função: Fechamento ativo das pálpebras. 
 
 
 
5- Músculo nasal 
a. Origem: Porção Transversal – Maxila, acima e lateralmente à fossa incisiva. Porção Alar – Asa 
do nariz. Porção Transversal – Dorso do nariz. Porção Alar – Imediações do ápice do nariz. 
b. Inervação: Ramos bucais do nervo facial. 
c. Função: Dilatação do nariz. 
6- Músculo levantador do lábio superior e asa do nariz 
a. Origem: processo frontal do maxilar. 
b. Inserção: se divide em dois, um inserido na cartilagem malar maior e outro se prolonga no 
lábio superior. 
c. Inervação: ramos bucais do nervo superior. 
d. Função: dilatar a narina e levantar o lábio superior. 
7- Músculo zigomático menor 
a. Origem: superfície malar do osso zigomático. 
b. Inserção: lábio superior. 
c. Inervação: ramos bucais do nervo facial. 
d. Função: auxilia na elevação dos lábios e acentua sulca nasolabial. 
 
8- Músculo zigomático maior 
a. Origem: superfície malar do osso zigomático. 
b. Inserção: ângulo da boca. 
c. Inervação: ramos bucais do nervo facial. 
d. Função: traciona o ângulo da boca para trás e para cima (risada). 
9- Músculo risório 
a. Origem: fáscia do masseter. 
b. Inserção: pele no ângulo da boca. 
c. Inervação: ramos mandibular e bucal do nervo facial. 
d. Função: retrai o ângulo da boca lateralmente (riso forçado). 
10- Músculo depressor do lábio inferior 
a. Origem: Linha oblíqua da mandíbula. 
b. Inserção: Tegumento do lábio inferior. 
c. Inervação: Ramos mandibular e bucal do nervo facial. 
d. Função: Repuxa o lábio inferior diretamente para baixo e lateralmente (expressão de ironia). 
 
 
 
 
11- Músculo orbicular dos lábios 
a. Origem: Parte marginal e parte labial. 
b. Inserção: em cima da boca. 
c. Inervação: Ramos bucais do nervo facial. 
d. Função: Fechamento direto dos lábios. 
12- Músculo bucinador 
a. Origem: Superfície externa dos processos alveolares da maxila, acima da mandíbula. 
b. Inserção: Ângulo da boca. 
c. Inervação: Ramos bucais do nervo facial. 
d. Função: Deprime e comprime as bochechas contra a mandíbula e maxila. Importante para 
assobiar e soprar. Importante músculo acessório na mastigação. 
13- Músculo platisma 
a. Origem: Fáscia sobre as porções superiores dos músculos peitoral maior e deltóide 
b. Inserção: Limite inferior da mandíbula (fibras mediais); pele, tecidos subcutâneos e músculos 
ao redor da boca. 
c. Inervação: Ramo cervical do nervo facial. 
d. Função: Depressão da mandíbula, movendo os cantos da boca inferiormente, tensiona a pele 
do pescoço anterior. 
 
Figura 19 – Músculos da face 
 
 
Fonte: Profa. Taís A. Menegat 2019 (Adaptado de NETTER, 2015). 
 
 
 
 
 
Principais músculos para estética corporal 
 
 
Os músculos do dorso são classificados como intrínsecos ou extrínsecos, com base na sua 
origem embrionária e inervação. Os músculos intrínsecos são profundos e são inervados pelos 
ramos posteriores dos nervos espinais, quanto aos extrínsecos estão envolvidos com os 
movimentos dos membros superiores e da parede torácica, são inervados por ramos anteriores e 
nervos espinais. 
 
Observe a figura 20, correlacionando os números abaixo: 
1- Músculo peitoral maior 
a. Origem: origina-se na metade medial da clavícula e superfície anterior do esterno, primeiras 
sete cartilagens costais e na aponeurose do músculo oblíquo externo do abdome. 
b. Inserção: insere-se na parte proximal do úmero mais precisamente na crista do tubérculo 
maior do úmero. 
c. Inervação: inervado pelos nervos peitorais, medial e lateral. 
d. Função: adução, rotação medial e flexão do úmero no ombro. 
 
2- Músculo diafragma 
a. Origem: origina-se no processo xifoide, face interna das seis últimas costelas e vértebras 
lombares. 
b. Inserção: insere-se no centro tendíneo do diafragma. 
c. Inervação: inervado pelo nervo frênico e seis últimos nervos intercostais (propriocepção). 
d. Função: a sua função principal é a inspiratória, diminuindo dessa forma a pressão interna da 
caixa torácica permitindo a entrada do ar nos pulmões, estabilização da coluna vertebral e 
expulsões como o vômito, o parto, a micção e a defecação. 
 
3- Músculo Oblíquo Externo do Abdome 
a. Origem: origina-se na face externa das oito costelas inferiores. 
b. Inserção: insere-se na linha branca e metade anterior da crista ilíaca. 
c. Inervação: inervado pelos ramos anteriores dos seis últimosnervos torácicos espinais. 
d. Função: tem como função comprimir a cavidade abdominal pélvica, auxilia na flexão e rotação 
da coluna vertebral. 
 
4- Músculo reto abdominal 
a. Origem: origina-se na púbica. 
b. Inserção: insere-se no processo xifóide e cartilagens costais da quinta a sétima costelas. 
c. Inervação: inervado pelos ramos anteriores dos sete últimos nervos torácicos. 
 
 
d. Função: tem como função comprimir o conteúdo abdominal, flexionar a coluna vertebral e 
tensionar a parede abdominal. 
 
5- Músculo piramidal 
a. Origem: origina-se na fáscia anterior do púbis e sínfise púbica. 
b. Inserção: insere-se no interior da linha Alba. 
c. Inervação: inervado pelo ramo anterior de T12. 
d. Função: tem como função tracionar a linha Alba 
 
6- Músculo Bíceps braquial 
a. Origem: Porção Longa: Tubérculo supra-glenoidal. Porção Curta: Processo Coracóide. 
b. Inserção: Tuberosidade radial. 
c. Inervação: Nervo Musculocutâneo (C5 e C6). 
d. Função: Flexão de Cotovelo / Ombro e Supinação do Antebraço. 
7- Músculo Tríceps braquial 
a. Origem: Porção Longa: Tubérculo infra-glenoidal. Porção Medial: ½ distal da face posterior do 
úmero (abaixo do sulco radial). Porção Lateral: ½ proximal da face posterior do úmero (acima do 
sulco radial). 
b. Inserção: Olécrano. 
c. Inervação: Nervo Radial (C7 – C8). 
d. Função: Extensão do Cotovelo. 
 
8- Músculo Quadríceps femoral 
a. Origem: Reto femoral: espinha ilíaca anterior da pelve, margem superior do acetábulo da 
pelve. Vasto medial: linha intertrocantérica do fêmur. Vasto lateral: linha áspera, trocânter maior 
do fêmur. Vastos intermédio: lado anterior do fêmur. 
b. Inserção: Tuberosidade da tíbia (todas as cabeças) - forma ligamento patelar. 
c. Inervação: Nervo femoral. 
d. Função: Extensão do joelho, flexão da anca (apenas o reto femoral) 
 
9- Músculo glúteo máximo 
a. Origem: Sacro (porção dorsal), ílio (atrás da linha glútea posterior), fáscia toracolombar e 
ligamento sacrotuberal. 
b. Inserção: Tuberosidade glútea do fémur (fibras caudais) e côndilo lateral da tíbia (fibras 
craniais). 
c. Inervação: Nervo glúteo inferior. 
 
 
d. Função: Extensão e rotação externa do fémur, estabilização da articulação do quadril, 
abdução (fibras craniais) e adução (fibras caudais) da coxa. 
 
 
Figura 20 – músculos corporais. 
Fonte: Profa. Taís A. Menegat 2019 (Adaptado de NETTER, 2015) 
 
 
CAPÍTULO VII- SISTEMA TEGUMENTAR 
 
Algumas pessoas usam a terminologia “tecido” como sinônimo de pele ou tegumento, mas isso é 
errado, pois tecido é o agrupamento de células semelhantes, que executam funções específicas e 
em comum, e podem ser divididos em tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido muscular e tecido 
nervoso. O correto de se dizer é que a pele ou tegumento, é um órgão, composto por um 
agregado de tecidos, que funcionam em conjunto (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
 
O sistema tegumentar recobre o corpo, tendo a principal função de proteção: contra o atrito, a 
perda de água, a invasão de micro-organismos e a radiação ultravioleta, além de ter papel na 
percepção sensorial (tato, calor, pressão e dor), na síntese de vitamina D, na termorregulação, na 
excreção de íons e na secreção de lipídios protetores. O sistema tegumentar é constituído pela 
pele e seus anexos: pelos, unhas, glândulas sebáceas, sudoríparas e mamárias. A pele com uma 
espessura que varia de 0,5 a 4,0mm e é composta de duas camadas distintas: a epiderme e a 
derme. A pele está sobre o tecido subcutâneo ou tecido adiposo (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
 
Epiderme 
 
Tecido avascular, formada por epitélio estratificado, disposto em quatro ou cinco camadas, que se 
ligam firmemente umas nas outras. Sua espessura varia de 0,007 a 0,12mm, porém resistente 
(GUIRRO & GUIRRO, 2006).É dividida em cinco camadas (Figura 21): 
 
• Camada Basal: único estrato de células tronco, pela sua atividade mitótica, também é chamado 
de germinativo, em contato direto com a derme, Por causa do grande número de células e, 
portanto, da pressão maior nas faces laterais, as células são colunares. Elas começam a 
sintetizar filamentos intermediários de citoqueratina (tonofilamentos). As células estão aderidas à 
membrana basal por hemidesmossomos e às células vizinhas por desmossomos. As células-
filhas, os queratinócitos, vão para as camadas superiores (GUIRRO & GUIRRO, 2006). É neste 
local onde encontramos os melanócitos e as células de Merkel (mais a frente iremos abordar 
esse tema). 
• Camada espinhoso: localizada acima da camada basal, as pressõessão mais uniformes, os 
queratinócitos são poliédricos. Eles contêm muitos filamentos de citoqueratina, os quais se 
agrupam em tonofibrilas, que conferem eosinofilia ao citoplasma. Exibem projeções curtas, que 
estão ligadas por desmossomos às projeções das células adjacentes, o que contribui para a 
resistência da epiderme ao atrito. No espaço entre as células, há o glicocálix, substância que 
serve de meio condutor de substâncias hidrossolúveis do meio externo para o interno. Nesse 
estrato, são mais facilmente vistas as células de Langerhans (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
• Camada Granulosa: composta por poucas camadas de células achatadas, os precursores da 
proteína filagrina formam os grânulos de querato-hialina, que são basófilos e não envoltos por 
membrana, função de impermeabilizam as células, como prevenção à perda de água (GUIRRO & 
GUIRRO, 2006). 
 
 
• Camada Córnea: composta por células com núcleo bem reduzido ou anucleada, queratinizada. 
Possui em torno de 30 estratos de células achatadas e mortas, semelhantes a escamas. Em 
média, o processo d renovação celular dura de 26 a 28 dias, após, as células mortas se 
desprendem e esfoliam, para que células novas das camadas mais profundas as substituam. 
Assim, a pele encontra-se em constante renovação. Esse estrato confere proteção contra o atrito, 
a invasão de micro-organismos e a perda de água (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
• Camada Lúcida: camada extra presente nas regiões palmoplanteres em que a pele é mais 
espessa e nos lábios, se situa entre a camada córnea e a granulosa. Esta camada possui células 
transparentes e achatadas (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
 
Figura 21 – Camadas da epiderme. 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/K989cGkth5R4VqiR6 
 
 
COMPOSTOS CELULARES EPIDERME 
 
• Melanócito 
o Células arredondadas com longos prolongamentos, citoplasma 
claro e núcleo ovoide. Em vesículas membranosas, denominadas 
melanossomas, oxidam a tirosina em 3,4-di-hidroxifenilalanina 
(DOPA) através da enzima tirosinase e transformam a DOPA em 
melanina (do grego melas, negro), um pigmento pardo-
amarelado a marrom-escuro. Pela fagocitose da extremidade dos 
prolongamentos, os grãos de melanina são introduzidos nas 
células do estrato basal e do estrato espinhoso. A melanina 
concentra-se sobre o núcleo, protegendo o material genético da 
radiação ultravioleta (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
o Quanto ao número de melanócitos encontrado em diferentes 
fototipos é praticamente o mesmo. Entretanto, nos indivíduos de pele clara, a atividade da 
tirosinase é menor; os melanossomas são menos desenvolvidos, e a melanina é rapidamente 
degradada pela atividade lisossômica dos queratinócitos, sendo decomposta antes da célula 
deixar a parte superior do estrato espinhoso. Nos afrodescentes, como os melanossomas são 
maiores e mais estáveis, a camada basal é mais pigmentada e as demais camadas da epiderme, 
inclusive o estrato córneo, contêm melanina (GUIRRO & GUIRRO, 2006). 
 
• Merkel 
o As células de Merkel são semelhantes aos melanócitos 
ao microscópio de luz, mas são mais escassas e, portanto, 
difíceis de serem 
observadas. Possuem processos curtos, os quais podem se 
ligar aos queratinócitos por desmossomos. Contêm um 
núcleo volumoso, filamentos de queratina e vesículas 
neuroendócrinas. Na base da célula, formam junções 
sinápticas com terminações nervosassensitivas. Essas 
células são receptores táteis (mecanorreceptores) e são abundantes nas pontas dos dedos e na 
base dos folículos pilosos. Ainda não se descreveu uma função exata para essa célula (GUIRRO 
& GUIRRO, 2006). 
 
• Langerhans 
o São células apresentadoras de antígenos e originam- se de 
precursores da medula óssea. Com HE, elas exibem citoplasma claro e 
núcleo ovoide ou indentado. A visualização dos prolongamentos 
dendríticos é possível com a imunocitoquímica ou a impregnação pelo 
cloreto de ouro. Fagocitam e processam os antígenos estranhos na pele. 
 
 
 
 
Elas apresentam os antígenos capturados aos linfócitos T na própria epiderme ou nos linfonodos 
regionais, e os linfócitos iniciam a resposta imunológica. As células de Langerhans participam 
das dermatites alérgicas por contato e da rejeição de transplantes cutâneos (GUIRRO & GUIRRO, 
2006). 
 
DERME 
 
Principal camada da nossa pele, vista que é nela que 
encontramos as principais células e anexos. O limite entre a 
epiderme e a derme, é bastante irregular, devido a projeções da 
derme para a epiderme (papilas dérmicas) e de projeções da 
epiderme para a derme (cristas epidérmicas). 
A derme também uma subdivisão: 
• Derme papilar: corresponde às papilas dérmicas e é 
constituída por tecido conjuntivo frouxo. Essa camada se 
estende até pouco abaixo das papilas, onde continua a camada 
reticular. O suprimento capilar sanguíneo da camada papilar é 
muito grande. Um grupo de capilares em alça se estendem para 
o interior das cristas, fornecendo nutrição para a epiderme e 
atuando na regulação térmica (Junqueira & Carneiro, 2004). 
• Derme reticular: a maior parte da derme, de tecido conjuntivo denso não modelado. As fibras 
colágenas dispostas em diferentes sentidos conferem resistência ao estiramento. Os capilares 
são raros nessa camada, sendo numerosos somente nos anexos que se dirigem para a epiderme. 
É a camada mais espessa, formada por tecido conjuntivo denso (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 
2004). 
 
Compostos celulares da derme 
 
Fibroblastos 
Originam-se das células mesenquimais indiferenciadas etem como 
principal função a manutenção da integridade do tecido conjuntivo e 
sintetização dos componentes da matriz extracelular, secreção de 
fatores de crescimentos e citocinas que controlam a proliferação 
ediferenciação das células da epiderme (Junqueira & Carneiro, 2004). 
Os fibrócitos são células menores do que os fibroblastos e 
possuemum citoplasma acidófilo com 
pouca quantidade de retículo rugoso, durante a cicatrização, podem 
ser recrutados do tecidoadjacente não LESADO, SE 
REVERTENDO PARA O ESTADO DE FIBROBLASTO E 
 
 
REATIVANDO SUACAPACIDADE DE SÍNTESE (JUNQUEIRA; 
CARNEIRO, 2004). 
 
Mastócitos 
São células globulosas e com citoplasma repleto de grânulos 
contendo histamina e heparina. Atuam nas reações imunes e 
medeiam os processos inflamatórios e as reações de 
hipersensibilidade imediata (Junqueira & Carneiro, 2004). 
 
Macrófagos 
São células que possuem características morfológicas muito 
variáveis dependem do seu estado de atividade funcional e tecido 
que habitam. Participam no mecanismo de defesa, fagocitando e 
destruindo os restos celulares, microrganismos e elementos inertes 
que penetrem no organismo. Os macrófagos também desempenham 
um papel fundamental na apresentação de antígenos para os 
linfócitos (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004). 
 
Plasmócitos 
São células grandes e ovóides, localizam-se dispersos por todo 
tecido conjuntivo, porém estão presentes em maior número em 
áreas sujeitas a entrada de microrganismos e proteínas estranhas e 
nas inflamações crônicas. Os plasmócitos são células originárias 
dos linfócitos B e são responsáveis pela imunidade humoral 
(Gartner & Hiatt, 2007). 
 
Leucócitos 
Os leucócitos são glóbulos brancos que circulam na 
corrente sangüínea, e participam das defesas celulares 
e imunocelulares do organismo. São divididos em dois 
grupos: 
Granulócitos: núcleo de forma irregular e apresentam no 
citoplasma grânulos específicos três tipos de 
granulócitos são: neutrófilos, eosinófilos e basófilos 
Agranulócitos: núcleo mais regular e o citoplasma não 
possuem granulações específicas, dois tipos de agranulócitos: os linfócitos e os monócitos 
o Quando os tecidos são invadidos por microrganismos, substâncias quimiotaxias provocam a 
migração dos leucócitos ao local da invasão, logo estas células atravessam as paredes dos 
vasos sanguíneos e entram no tecido participando do processo inflamatório (JUNQUEIRA; 
CARNEIRO, 2004). 
 
 
 
Componentes fibrosos (MEC) (Figura 22) 
 
 
Fibras de colágeno 
São fibras sintetizadas por fibroblastos e miofibroblastos, células musculares e várias células 
epiteliais. Principal componente da pele, cartilagem e do osso, os colágenos são as proteínas 
mais abundantes doorganismo, representando 25% da massa protéica. Até o momento foram 
descritos mais de 12 tipos diferentes de colágenos, entretanto, os participantes da pele são os 
tipos: I, III, IV, V, VI e VII (HARRIS, 2009). 
 
 
Fibras elásticas 
Responsáveis por fornecer propriedades elásticas à pele, são sintetizadas pelos fibroblastos, 
constituídas por um núcleo central amorfo de elastina. A elastina é a uma importante proteína 
constituinte do chamado sistema elástico da matriz celular. Ela contém os aminoácidos 
desmosina e isodesmosina, que conferem as propriedades de distensão e recolhimento elástico 
das fibras de elastina (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004). 
 
Glicosaminoglicana 
Também chamada de glucosaminaglicanos, glicosaminoglicanas ou mucopolissacarídeos, 
elemento incolor, transparente e homogêneo, componente fundamental na Matriz extracelular 
(MEC), nos tecidos conjuntivos, função de hidratação, viscosidade, textura da pele (JUNQUEIRA; 
CARNEIRO, 2004). 
 
Figura 22 – MEC – Matriz extra celular. 
 
 
Fonte: https://images.app.goo.gl/EHXHwTfYGJVBzAs49 
 
 
 
ANEXOS DA PELE 
 
Glândulas sebáceas 
Localizada no folículo piloso, excretam um produto gorduroso, denominado sebo, cuja função é 
lubrificar o pelo e a superfície da pele. O sebo parece possuir propriedades bactericidas 
(Junqueira & Carneiro, 2004). 
 
Glândulas sudoríparas 
Desembocam diretamente na pele. A porção secretora está geralmente localizada logo abaixo da 
derme, no tecido subcutâneo. Produzem o suor que tem a função de regular a temperatura 
corpórea (Junqueira & Carneiro, 2004). 
Podem ser classificadas em dois tipos: 
Glândulas sudoríparas écrinas: são aquelas que liberam sua secreção sem que haja perda do 
citoplasma da célula secretora. Elas produzem suor que é composto em sua maior parte de água 
com vários sais, servem para a regulação da temperatura do corpo (Junqueira & Carneiro, 2004). 
Glândula sudoríparas apócrinas: eliminam secreção com porções do citoplasma, que produzem o 
suor que contém materiais gordurosos. Estão presentes nas axilas e em volta da área genital e 
sua atividade é a principal causa do odor do suor, devido às bactérias que quebram os compostos 
orgânicos no suor dessas glândulas (Junqueira & Carneiro, 2004). 
 
Folículo piloso 
É uma estrutura dérmica tegumentar que é constituída por três invólucros (ou bainhas) epiteliais e 
é capaz de produzir um pelo. No folículo o pelo em fase de crescimento, a porção terminal 
expandida corresponde ao bulbo piloso. Ele é constituído pela papila dérmica, de tecido 
conjuntivo frouxo e, recobrindo-a, pela matriz, de células epidérmicas (Junqueira & Carneiro, 
2004). 
 
Pelo 
Composto por três partes básicas: a cutícula, o córtex e a medula. A parte mais externa é 
cutícula, que é formada por várias camadas de células sobrepostas sem pigmentos parecidas 
com escamas. Chamamos de haste a parte do pelo que pode ser observada externamente, já a 
raiz é a parte que está situada no interior da pele (Junqueira & Carneiro, 2004). 
O ciclo capilar pode ser dividido emtrês fases distintas, crescimento, regressão e repouso. A 
fase de crescimento, também chamada de anágena, é responsável pelo aumento do crescimento 
do pelo e varia de acordo com fatores genéticos. Nessa fase, que é a mais longa do ciclo, a matriz 
está trabalhando continuamente. A fase de regressão, também chamada de catágena, 
caracteriza-se pela involução do folículo piloso (início da atrofia). Terminada essa fase, o folículo 
encontra-se completamente atrofiado (fase de repouso ou telógena) e ocorre a queda do pelo. 
Todo esse processo tem duração de cerca de cinco anos (Junqueira & Carneiro, 2004). 
 
 
Unha 
São placas córneas formadas por queratina dura que estão fortemente aderidas umas às outras. 
As unhas estão localizadas na superfície dorsal das falanges distais dos dedos do pé e da mão. 
Origina-se de células epiteliais que formam a raiz da unha (Junqueira & Carneiro, 2004). 
 
Tela subcutânea - Hipoderme 
 
 
Tecido conjuntivo frouxo ou adiposo, subjacente a pele, de 
espessura variável, que é ricamente servido de vasos sanguíneos 
e nervos. As principais funções são regulação de temperatura, 
isolamento térmico, depósito nutricional, proteção mecânica do 
organismo às pressões e traumatismo externo e na motilidade da 
pele sobre as estruturas subjacentes (SAMPAIO; RIVITTI, 2007). 
A localização e a distribuição da gordura corporal caracterizam 
dois tipos de biocorpo: 
Ginóide: predominantemente no sexo feminino, acúmulo de gordura na 
parte inferior do corpo, glúteos, coxa e quadril (GUIRRO, 2004). 
Andróide: observa-se maior quantidade de células adiposas na região 
abdominal. Esta variação é considerada de alto risco, pois possui um 
acúmulo predominante de células gordurosas na região abdominal, o que 
leva a um aumento de risco de doenças cardiovasculares e morte 
prematura. (GUIRRO, 2004). 
 
O tecido adiposo possui duas camadas de gordura com diferenças entre 
seus lóbulos: 
Tecido adiposo superficial ou areolar: mais superficial, ricamente 
irrigada possui adipócitos globulares e volumosos, local onde todos os 
tratamentos estéticos tem usa ação (GUIRRO, 2004). 
Tecido adiposo profundo ou lamelar: mais profunda e é onde ocorre 
aumento de espessura no ganho de peso, única forma de diminuir 
é fazendo atividade física (GUIRRO, 2004). 
 
 
CAPÍTULO VIII- CLASSIFICAÇÃO DA PELE 
 
COLORAÇÃO DA PELE 
 
 
Depende de alguns fatores como espessura do estrato córneo, pigmento existente, vasos 
sanguíneos, além da melanina. Esta substância se constitui como um polímero proteico 
(GONCHOROSKI; CÔRREA, 2005). 
 
A formação do granulo de melanina envolve a hidroxilação do substrato L-tirosina em 3,4-
diidroxifenilalanina (DOPA), liberando a molécula de água, catalisada pela tirosinase (sintetizada 
nos ribossomas e transportada via retículo endoplasmático para o complexo de Golgi, de onde se 
originam vesículas que contêm a enzima). Estas vesículas são chamadas pré-melanossomas, no 
interior deles, a tirosinase produz a melanina a partir da tirosina.Quando a vesícula está cheia de 
melanina, passa a ser chamada melanossoma. A melanogênese é a produção de melanossoma 
dentro dos melanócitos, a partir da tirosinase, uma enzima cobre -dependente, o melanócito 
promove hidroxilação na tirosina, formando o DOPA (Figura 23) (SAMPAIO e RIVITTI, 2001). 
Após a produção, a melanina, que ainda está dentro dos melanossomas, é transferida aos 
queratinócitos adjacentes através dos dendritos presentes nos melanócitos. (GONCHOROSKI; 
CÔRREA, 2005). 
 
Figura 23 – Formação da melanina. 
 
 
Fonte: SAMPAIO e RIVITTI, 2001. 
 
 
A partir disso são formados dois tipos de grânulos de melanina: 
• Eumelanina: constituem num grupo homogêneo de pigmentos pardos, insolúveis, resultantes 
dapolimerização oxidativa de compostos indólicos derivados da DOPA (VIGLIOGLIA, 1991). 
• Feomelaninas: correspondentes a um grupo heterogêneo de pigmentos pardosavermelhados, 
solúveis em meio alcalino, constituídas por benzotiazidas ebenzotiozóis, os quais são derivados 
da cisteinildopa (VIGLIOGLIA, 1991). 
 
 
 
A quantidade de melanina formada nos melanócitos é geneticamente determinada, mas estes 
podem ser influenciados por fatores hormonais e ambientais, incluindo inflamação, idade e 
exposição a radiação solar.Os hormônios sexuais, estrógenos e progesterona 
promovemhiperpigmentação do rosto, genitais e aréola mamária pelo aumento do número 
demelanócitos ativos, pois estimulam a melanogênese (ICOLETTI et al, 2002). 
 
FOTOTIPO 
 
 
Em 1976, Fitzpatrick classificou a pele humana em seis tipos de acordo com ofototipo e etnia, 
variando do tipo I (pele mais branca) ao tipo VI (pele negra)(GUIRRO; GUIRRO, 2004), conforme 
apresentado na Tabela 1. 
A cor da pele varia segundo a raça e, no indivíduo, conforme a região do corpo, sendo também 
influenciável pelas condições do meio. A classificação da pele proposta por Fritzpatrick tem sido o 
método utilizado para categorizar a sensibilidade cutânea à radiação ultravioleta, mas devemos 
nos atentar que hoje em dia temos uma missegenação, ou seja, não conseguimos ter um fototipo 
único (YOUN et al, 1997). 
 
Tabela 1 – Fitzpatrick. 
 
Fonte: Guirro e Guirro 2004 
 
 
TIPOS DE PELE 
 
 
Em 2006 Baumann, propôs uma nova classificação da pele, catalogando a pele 
em 16 categorias, de acordo com quatro características da pele: hidratação,sensibilidade, 
pigmentação e rugas (BAUMANN, 2006). 
• Hidratação: pele seca ou oleosa. 
• Sensibilidade: pele resistente ou sensível. 
• Pigmentação: determina se a pessoa produz ou não grande quantidade de melanina. 
• Firmeza: menos propensa a rugasou se tende a rugas com a idade. 
 
Os dezesseis tipos de pele, segundo Baumann, são: 
1- Oleosa, sensível, não pigmentada e propensa a rugas. 
a. Possui muitos danos causados pela exposição frequente ao sol. 
b. Sinais de danos solares, como envelhecimento precoce (rugas), 
c. Manchas escuras na face e colo, telangiectasias, crises de acne, vermelhidão e queimação 
frequentes na pele. 
2- Oleosa, sensível, não pigmentada e firme. 
a. As características dessa pele formam um ciclo vicioso de erupções, manchas marrons e 
cicatrizes. 
b. Todos com este tipo de pele tendem a apresentar: acne, alergias de pele, manchas escuras na 
face, e pele brilhante. 
3- Oleosa, sensível, pigmentada e propensa a rugas. 
a. Pele clara com pouca pigmentação para se proteger da radiação solar. 
b. Apresentam rubor e rosácea, rugas. 
c. Apresenta com frequência: manchas vermelhas, acne, poros dilatados, telangiectasias, 
dificuldade para se bronzear e queimaduras frequentes e rugas precoce. 
4- Oleosa, sensível, pigmentada e firme. 
a. O maior problema é o rubor facial. 
b. Pele é fina e pode sofrer de rosácea. 
c. Pode apresentar: acne, oleosidade, vermelhidão, manchas vermelhas, descamação, 
irritação a produtos para os cuidados com a pele e queimaduras solares frequentes. 
5- Oleosa, resistente, pigmentada e propensa a rugas. 
a. Oleosidade, poros abertos e manchas escuras sempre estarão presentes. 
b. As rugas vão aparecendo com o processo do envelhecimento. 
 
 
 
Além disso, sua pele terá: crises de acne eventuais, risco aumentado de câncer de pele se sua 
pele for clara e dificuldade para encontrar um protetor solar que não deixe sua pele mais oleosa. 
c. Este tipo de pele suporta produtos mais fortes para o rosto. 
 
 6- Oleosa, resistente, pigmentada e firme. 
a. Pele mais fáceis de lidar. 
b. É bastante comum fototipo alto. 
c. Apresentar: pele com boa viscosidade, manchas escuras, rugas mínimas, crises ocasionais de 
acne e pele que bronzeia com facilidade. 
 
7- Oleosa, resistente, não pigmentada e propensa a rugas. 
a. Pele complacente, ou seja, fácil de tratar. 
b. Apresentar: eventual oleosidade, acne discreta, dificuldade para se bronzear, pouca 
necessidade de hidratante e sinais precoces de rugas. 
 
8- Oleosa, resistente,não pigmentada e firme. 
a. Pele radiante, harmônica e que não envelhece. 
b. Apresenta: pele lisa, oleosa, pouca necessidade de hidratante, poucas rugas, poros grandes, 
crises raras de acne, cravos pretos. Previna o câncer de pele cuidando da pele e evite exposição 
solar. 
 
9- Seca, sensível, pigmentada e propensa a rugas. 
a. Pele sempre está descamativa. 
b. A maioria dos produtos ocasiona coceira, ardência e irritação na pele. 
c. Apresenta: placas descamativas e rosadas na pele, vermelhidão e rubor facial, acne 
ocasionada por uso de produtos, Telangiectasia, hiperpigmentação pós inflamatório, 
suscetibilidade a alergias da pele. 
 
10- Seca, sensível, pigmentada e firme. 
a. Pele propensa a eczema, ressecamento, acne ocasionada pelo uso de produtos, descamação, 
vermelhidão, coceira e rosácea. 
b. Apresenta: placas de pele espessa e áspera, sensibilidade a fragrâncias, secura por 
detergentes, placas escuras em áreas de exposição solar. 
 
11- Seca, sensível, não pigmentada e propensa a rugas 
a. Não é um tipo fácil de pele e as condições da pele são imprevisíveis. Um dia a pele está 
bem e no outro, sem explicação, está péssima. 
 
 
b. Apresenta: ressecamento, descamação, queimação, rugas, vermelhidão, falta de brilho na 
pele, pele áspera e irritada. 
 
12- Seca, sensível, não pigmentada e firme. 
a. É o tipo de pele ressecada. 
b. Pele descamativa, áspera, vermelha e sem brilho, pode ter alergias frequentes a produtos 
cosméticos, sensibilidade a sabonetes e alergias a metais. 
 
13- Seca, resistente, pigmentada e propensa a rugas. 
a. Neste tipo de pele as rugas são a principal reclamação. 
b. Apresenta: pele seca e descamativa, coceira, pele fina, manchas escuras no rosto, rugas 
precoce, rugas em mãos e alto risco para desenvolver melanoma. 
 
14- Seca, resistente, pigmentada e firme. 
a. Esta pele tem raríssimos problemas com oleosidade e erupções. A pele vai se tornando 
vagarosamente mais seca com a idade. 
b. Apresenta: sardas ou machas do sol, melasma, prunido e descamação na pele. 
 
15- Seca, resistente, não pigmentada e propensa a rugas. 
a. Na juventude a pele tem poucas irritações, acnes e erupções, mas na meia idade a pele fica 
delicada, frágil e com sardas ou algumas descolorações. 
b. Apresenta: rugas precoces, problemas de bronzeamento e aumento de ressecamento com a 
idade. 
 
16- Seca, resistente, não pigmentada e firme. 
a. Na adolescência era o melhor tipo de pele, quase nada de acne, nenhuma oleosidade e sem 
sardas. Ao envelhecer a pele continua com a aparência muito boa, mas um pouco ressecada. 
 
 
Dermatologia Patológica e Distúrbios Estéticos 
 
 
PONTO DE PARTIDA 
 
 
No decorrer desta Unidade serão abordados o que você precisa saber sobre dermatologia 
patológica e os principais distúrbios estéticos. Esta unidade é fundamental para traçarmos o 
melhor tratamento para o distúrbio a ser tratado, assim como o conhecimento da dermatologia 
patológica para saber se o paciente poderá ser nosso ou se isso será para os médicos. 
 
 
CAPÍTULO I- O DIAGNÓSTICO DERMATOLÓGICO 
 
 
Sempre iniciamos colhendo a história do paciente, seguido do examinar a pele, para se ter uma 
ideia do problema e depois propor perguntas relevantes (VIVIER, 2000). 
Precisamos sempre avaliar o paciente por inteiro, e não somente no local indicado por ele. 
Existem alguns questionamentos que podemos e devemos fazer, como: 
• Está presente há quanto tempo? 
• Ele muda dependendo do local? 
• Como e quando começou? 
• Ele mudou ou contínua como quando começou? 
• Está em outro local do corpo? 
• O que o afeta? 
• Esteve fora de sua cidade de origem atualmente? Se, positivo, onde? 
 
Também é necessário avaliar fatores como: 
• História pregressa de doenças de pele e correlatas. 
• História familiar. 
• Sintomas associados. 
• Medicamento atual. 
• Ocupação. 
• História social. 
 
 
• Efeito da doença sobre o paciente. 
 
 
E finalmente questionar sobre os sintomas: 
• Sente prunido (coceira)? 
• Sente dor? 
• O local está mais sensível? 
• Sente sensação de queimação? (VIVIER, 2000) 
 
 
CAPÍTULO II- LESÕES ELEMENTARES 
 
É de extrema importância o conhecimento das lesões elementares, pois elas são os sinais que 
nortearão nossas condutas. Saber descrever, reconhecer e classificar uma lesão de pele é vital 
para os profissionais da área da estética. Todas as alterações dermatológicas podem ser 
classificadas como lesão primária ou lesões secundárias (RAPINI, 2013). 
Podem ser classificados quanto a distribuição: 
• Anulares– dispõem-se em forma de anel. 
• Arciformes – em forma de arcos. 
• Agrupadas – uma ao lado da outra. 
• Lineares – em linha. Classificação quanto ao número: 
• Localizadas – lesões que aparecem em uma ou algumas regiões isoladamente. 
• Disseminadas – lesões individualizadas atingindo várias regiões cutâneas. 
• Generalizadas – distribuição difusa e uniforme, atingindo vários segmentos da pele. 
• Universais– comprometimento total da pele, incluindo o couro cabeludo. (RAPINI, 2013). 
 
 
 
LESÕES PRIMÁRIAS 
 
 
Toda lesão que inclua alterações de cor (máculas), formações sólidas e formações líquidas são 
chamadas de lesões primárias. 
• Mácula: alteração circunscrita na cor da pele com menos de 1 cm de diâmetro e plana. Pode 
ser na cor marrom, azul, vermelha ou, hipopigmentada. Exemplos: 
o Manchas vásculo-sanguíneas: decorrentes da congestão ou pressão vascular ou do 
extravasamento de hemácias. 
 
 
o Eritema: caracteriza-se pela cor vermelha, devida à vasodilatação. A mancha desaparece 
quando pressionada, pois, há interrupção da circulação. No eritema, o sangue está dentro dos 
vasos. 
o Eritrodermia: eritema generalizado, crônico, com discreta escamação. 
o Cianose: eritema arroxeado, causado por congestão venosa. 
o Rubor: eritema vivo por congestão arterial. 
o Exantema: eritema generalizado agudo que perdura alguns dias, podendo ser morbiliforme, 
quando há áreas comprometidas entremeadas por áreas não-comprometidas, ou escarlatiforme, 
quando é difuso e uniforme. 
o Telangiectasia (coperose): lesão filamentar, sinuosa, devida à presença de capilares dilatados 
na derme. Considera-se dilatação dos capilares. 
o Púrpura, petéquia: manchas eritemato-violáceas, de tamanho e forma variados, que, quando 
pressionadas, não desaparecem. Neste caso o sangue está localizado fora dos vasos. 
(RAPINI, 2013). 
 
 
• Formações sólidas: há relevo na pele, o que pode ocorrer por processos inflamatórios, 
infecciosos ou neoplásicos. 
o Pápula: elevação da pele circunscrita da pele com menos de 1cm de diâmetro, podendo ser de 
origem dérmica ou epidérmica. 
o Placa: lesão elevada, inferior a 1 cm, em plataforma achatada. Pode apresentar-se como lesão 
individual ou constituir um aglomerado de pápulas (placa papulosa). 
o Nódulo: massa palpável circunscrita de 1 a 3 cm de diâmetro. A lesão pode evoluir a partir de 
uma pápula, as causas são múltiplas, mas a lesão pode ser devida a um infiltrado de células 
benignas, neoplásicas, ceratoacantoma, granuloma ou linfoma. 
o Tumor: circunscrita, elevada ou não, com mais de 3 cm. O termo tumor é mais empregado para 
processos neoplásicos. 
o Vegetação: pápula pedunculada, com superfície irregular e aspecto de couve-flor, que 
sangra com facilidade. 
o Verrucosidade: infecção da pele e membranas mucosas muito comum, por papiloma vírus. A 
incidência é de 10% em jovens. São contagiosas e se disseminam facilmente se houver trauma 
cutâneo sobre elas 
o Urtica: elevação eritematosa, irregular, edematosa, pruriginosa, que dura pouco. Pode 
apresentar-se como placa urticada ou pápula urticariforme. (RAPINI, 2013). 
 
• Formações líquidas: são lesões que contêm líquido no seu interior, o qual pode ser 
serosidade, sangue ou pus. Exemplos: 
o Vesícula:elevação circunscrita, contendo líquido, claro ou não, de até 1 cm de diâmetro, lesão 
elevada. 
o Bolha:elevação circunscrita, contendo líquido claro no interior, de 1 a 3 cm de diâmetro. 
 
 
o Pústula: coleção circunscrita de conteúdo líquido e leucócitos que variam de tamanho. 
o Abscesso: lesão com menos de 0,5cm de diâmetro contendo líquido amarelo que se encontra 
infectado. Acima de 0,5 descreve-se como abscesso. 
o Herpes (vesícula): infecção comum mucocutânea contagiosa, causada pelo herpesvirus 
hominis, acomete frequentemente, lábios, narinas, genitais. As lesões começam com um 
formigamento, seguido de lesões que progridem rapidamente de mácula /pápula/ vesículas. 
o Herpes zoster: é um doloroso comprometimento do nervo cutâneo resultante da reativação do 
vírus varicela zoster latente. O vírus permanece latente na raiz dorsal ou gânglio do nervo 
craniano após o paciente se recuperar de varicela e existir anticorpos no soro. A reativação do 
vírus é puramente pessoal. 
 
▪ Neuralgia pós herpética: ocorre principalmente na velhice e persiste após desaparecimento da 
lesão ativa. 
 
▪ Paralisia pós herpética: paralisia de um membro superior ou inferior, geralmente temporária. 
o Molusco contagioso: pápula translúcida, com umbilicação central, localizada em qualquer 
região da pele, principalmente na área genital. É bastante comum nas crianças, que normalmente 
apresentam dezenas de lesões. As crianças atópicas, com pele mais seca, são mais susceptíveis. 
O tratamento consiste em curetar a lesão ou eliminá-la por eletrocoagulação ou congelamento 
(crioterapia). (RAPINI, 2013). 
 
• Lesões pigmentares: Provocadas por excesso ou falta de pigmentos, como: 
o Excesso ou falta de hemoglobina: petéquia, víbice, equimose, hematoma. 
 
▪ Hematoma: coleção de sangue, que ocorre em geral em decorrência de um sangramento ativo, 
e causa na maioria das vezes um abaulamento no local. Em função do tamanho, deve ser 
removido ou não. Quando houver a necessidade de ser removido, isto em geral é realizado no 
centro cirúrgico, como uma nova cirurgia, em geral simples. 
 
▪ Equimose é o sangramento que ocorre e penetra nos tecidos, ficando uma mancha roxa no 
local, pode ser em decorrência de uma pancada ou de uma cirurgia ou de um procedimento 
minimamente invasivo. Ele desaparece sozinho ao longo dos dias. 
o Excesso ou falta de melanina: podemos três tipos: 
▪ Acromia: ausência total de melanina, dá origem a manchas completamente brancas. 
▪ Hipocromia: a diminuição da melanina dá origem a manchas mais claras. 
▪ Hipercromia: aumento da melanina, produz manchas acastanhadas. 
o Manchas relacionadas a pigmentos anormais à pele (bilirrubina, carotenos etc.) 
o Manchas relacionadas a pigmentos estranhos ao organismo (ouro, prata, arsênico, corantes 
etc.). (BORGES e SCORAZA, 2016) 
 
 
 
• Discromias: podem ser locais ou generalizadas, qualquer alteração na cor da pele. Os 
principais são: 
o Hipocromia: diminuição da produção da melanina, melanócito está presente, mas apresenta 
mau funcionamento. Exemplo: 
▪ Pitiríase alba: tamanhos variados, com limites mal definidos, assintomáticas, localizadas 
principalmente nos braços e no rosto. É considerada grau mínimo de dermatite atópica, estando 
associada à desidratação da pele. 
▪ Pitiríase versicolor: micose superficial da pele que provoca máculas hipocrômicas 
arredondadas (0,5 a 1 cm), isoladas ou confluentes, sem prurido, com descamação fina, situadas 
no pescoço, no tronco, nos braços e raramente, no rosto e nas pernas. 
o Acromia: ausência de melanina e de melanócito. Exemplos: 
▪ Vitiligo: Geralmente bilateral e simétrica, etiologia desconhecida, ocorre em qualquer idade, 
sexo e raça. Frequência de 1% na população mundial, atinge qualquer parte do corpo, em 
qualquer idade. As manchas são totalmente brancas, de tamanhos variados, e não apresentam 
sintomatologia. Os pelos da região também sofrem despigmentação. As lesões se instalam 
geralmente ao redor de orifícios, em proeminências ósseas e nas áreas intertriginosas. Alguns 
fatores precipitantes para essa doença são: estresse físico e emocional, traumas mecânicos e 
substâncias. 
▪ Albinismo: distúrbio autossômico recessivo do metabolismo da tirosinase que resulta na 
falência da produção de melanina. O albinismo é hereditário e pode ser de dois tipos: 
• tirosinase-negativo: a síntese de melanina está bloqueada devido à ausência de tirosinase; a 
produção de melanina é nula; 
• tirosinase-positivo, há pequena produção de melanina nas áreas expostas, formando sardas. 
▪ Acromia Residual: alguns despigmentantes são citotóxicos e destroem o melanócito, gerando 
várias manchas brancas e pequenas em forma de “confete” na face. Não existe tratamento. Sem 
melanócito, sem melanina, sem cor. A acromia, causada por traumatismos mecânicos ou pós-
inflamatórios, praticamente não tem solução até o momento, já que o local ficou branco após a 
cicatrização, e os melanócitos daquela região foram destruídos. 
▪ Leucodermia solar: também chamada hipomelanose gutata idiopática, compõe-se de pequenas 
manchas acrômicas múltiplas (3 a 5 mm), arredondadas, localizadas preferencialmente nos 
braços e nas pernas. Embora a causa não esteja totalmente definida, é considerada sinal de 
envelhecimento cutâneo. 
▪ Hanseníase: popularmente chamada de lepra, doença infecta contagiosa e de evolução lenta, 
que se manifesta principalmente através de sinais e sintomas dermatoneurológicos, ou seja, 
lesões na pele e nos nervos periféricos principalmente nos olhos, mãos e pés. Os nervos faciais, 
radial, ulnar, mediano, fibular comum e tibial posterior são os mais acometidos pela doença. 
Causada pelo Mycobacterium leprae, ou bacilo de Hansen. Formas Clínicas: 
• Formas Paucibacilares (PB - não contagiantes): Hanseníase Tuberculóide e Hanseníase 
Indeterminada. Casos com até cinco lesões de pele e ou apenas um tronco nervoso 
comprometido 
• Formas Multibacilares (MB - contagiantes): Hanseníase Dimorfa e Hanseníase Virchowiana. 
Casos com mais de cinco lesões de pele e ou mais de um tronco nervoso acometido. 
 
 
 
A baciloscopia positiva classifica o caso como Multibacilares, independentemente do número de 
lesões. (ARAÚJO, 1994). (BORGES e SCORAZA, 2016) 
 
o Hipercromia: aumento na produção de melanina, melanócito produz além do que deveria. 
Podem ser hereditárias, congênitas, adquiridas e associadas a outras doenças. Exemplo: 
▪ Efélides: pequenas máculas vermelhas ou marrom-claras, puntiformes, isto é de limites 
precisos que são promovidas pela exposição ao sol e podem desaparecer durante o inverno. 
Elasnormalmente acometem a face, aos braços, e ao dorso. 
▪ Melanodermia difusa: Escurecimento difuso da pele ou das mucosas. Deve ser sempre 
investigado pelo especialista, pois pode significar distúrbios endócrinos ou metabólicos. 
▪ HIPI - Hiperpigmentaçãopós inflamatório: Constitui-se em manchas ligeiramente cinzentas ou 
castanhas que surgem após um processo inflamatório. Pode aparecer após qualquer processo 
inflamatório, como: acne, picada de inseto, depilação a laser ou cera. 
▪ Cloasma/ melasma: hipermelanose comum caracterizada por máculas acastanhadas em áreas 
foto expostas, cuja fisiopatogênica não é totalmente esclarecida. Quadro caracterizado por 
manchas acastanhadas, mais ou menos intensas de limites irregulares localizadas em locais 
expostos ao sol.Os fatores genéticos e a radiação UV são as causas mais importantes. As 
principais causas incluem gestação, contraceptivos orais, as terapias com estrógenos e 
progesterona, a disfunção tireoidiana, os cosméticos e as drogas fototóxicas e anti-
convulsionantes. O melasma pode não se curar após o parto ou suspensão dos contraceptivos 
orais. Uma disfunção ovariana subclínica leve pode estar presente em alguns pacientes. 
▪ Substância fotossensibilizante: Existem substâncias químicas que produzem reações 
fotossensibilizantes, que podem ser classificadas como foto alérgicas ou fototóxicas.As 
fotoalérgicas (FA) são reações imunológicas

Continue navegando