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Recursos Terapeuticos Manuais

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Aborda o uso das mãos para o conhecimento 
do toque e desenvolvimento da manualidade 
como recurso terapêutico usado na 
prevenção e tratamento de doenças. 
MASSAGEM 
A massagem é uma atividade repetitiva e que, 
se não realizada adequadamente, resultará 
em uma tensão significativa em todo o corpo. 
Porém a mecânica corporal pode abrandar 
tais sintomas, ou seja, aprender a usar nosso 
corpo de maneira mais eficiente possível 
garante vida laboral longa assim como 
prevenção de lesões osteomioarticulares. 
O ato de tocar, massagear uma área que 
sofreu uma pressão mais forte, um contato 
mais intenso como o de uma pancada, por 
exemplo, é uma ação instintiva, ou seja, 
natural do ser humano. Esta ação transmite 
diversas sensações como conforto, alívio e 
calor para o local que foi acometido. A 
experiência do toque impulsiona seu 
reconhecimento a partir da massagem e seu 
desenvolvimento pela história da humanidade 
(MUNFORD, 2010). 
Definição geral: Compressão metódica e 
rítmica do corpo, ou parte dele, para que se 
obtenha efeitos terapêuticos. 
 Não causar dor excessiva e nem 
equimoses sobre estruturas massageadas; 
Evitar massagear plexos vasculares e 
nervosos (axilas, pescoço, baixo ventre, 
região genital e região poplítea); 
 
 
 
Indicações: 
 Reduzir dor, edema, sintomas mus-
culoesqueléticos, tônus muscular, es-
tresse, ansiedade, constipação; 
 Prevenir úlceras por pressão; 
 Dessensibilizar a pele; 
 Melhorar a imagem corporal; 
 Promover relaxamento e bem-estar; 
 Facilitar a comunicação e a 
intimidade; 
 Melhorar hematomas (superficiais e 
profundos); 
 Facilitar movimentos; 
 Prevenir deformidades; 
Contraindicações: 
 Condição infecciosa aguda; 
 Condição inflamatória aguda; 
 Trombose e embolia arterial; 
 Enfermidades vasculares: flebites, 
inflamações linfáticas; 
 Doenças mentais; 
 Presença de tumores; 
 Febre; 
 Massagem abdominal em gestação; 
 Cardiopatias descompensadas; 
 Hipertensão arterial (PA - ação 
reflexa mm cardíaco); 
 
 
 
 
 
 
 
Efeitos fisiológicos gerais 
1. Condiciona VASODILATAÇÃO 
2. Condiciona HIPEREMIA REATIVA 
3. Favorece a mobilização de fluidos 
tissulares 
4. Favorece a reabsorção de acúmulos 
metabólicos (hemáticos, serosos, etc.) 
5. Analgesia (aumento do limiar de 
percepção consciente da dor) 
6. Aprofundamento transitório da 
respiração 
7. Tonifica órgãos internos 
8. Aumenta a sensação geral de energia 
9. Melhora estados de estresse 
10. Favorece condições de calmaria 
psíquica. 
Técnica Clássica: 
 Deslizamento superficial 
 Deslizamento profundo 
 Amassamento 
 Fricção 
 Percussão 
 Vibração* 
 Deslizamento superficial 
DESLIZAMENTO SUPERFICIAL 
Tomada de contato com paciente; Efeito 
sedante pelo ritmo lento; Dessensibilizante 
das terminações nervosas livres da pele; 
Iniciado relaxamento; Início da diminuição de 
espasmos musculares (respostas reflexa de 
proteção); Melhora da circulação superficial; 
Aumenta temperatura da pele. 
DESLIZAMENTO PROFUNDO 
Aprofundamento da manobra de 
deslizamento superficial; Estimula a 
circulação venosa e linfática (ação mecânica 
e a direção centrípeta); Favorece o 
relaxamento de músculos contraturados; Tem 
efeito sedante, com aumento da 
dessensibilização; Preparação para 
manobras mais profundas. 
AMASSAMENTO 
Manobra de alcance mais profundo; 
Compressão de dos tecidos moles contra 
uma superfície óssea correspondente ou 
contra os mesmos; Manobra analítica das 
condições dos tecidos mais profundos; Auxilia 
a circulação de retorno; Dissocia tecidos em 
formação patológica (contraturas e 
aderências) porque estimula o deslizar entre 
as camadas mais superficiais sobre as mais 
profundas; Extensibilidade do colágeno; 
Aumenta a possibilidade de contratilidade da 
fibra muscular; Aumenta a nutrição e a 
circulação locais; Aumenta a remoção de 
catabólitos (inclusive os da fadiga 
muscular);“Alonga” tecidos encurtados 
(distensão das fibras musculares); Provoca 
vasodilatação mais profunda e duradoura. 
FRICÇÃO 
Manobra de movimentos mais precisos sobre 
estruturas mais profundas; Auxilia a evitar 
aderências em estruturas e tecidos mais 
profundos; Auxilia no rejuvenescimento da 
pele; Libera aderências em pele, tecido 
cicatricial e estruturas mais profundas; 
Melhora a rigidez e a retração fibrótica; 
Dissocia tecidos em formação patológica, 
facilitando a reabsorção de produtos do 
metabolismo; Auxilia a absorção de derrames 
periarticulares, quando realizado sobre 
tendões e junções mioaponevróticas; Melhora 
a reabsorção de equimoses, hematomas e de 
infiltrações serosas; Provoca vasodilatação 
profunda e hiperemia reativa. 
PERCUSSÃO 
Estimula a contração muscular reflexa 
(resposta reflexa de proteção); Aumenta a 
circulação capilar e drena acúmulos linfáticos 
nas regiões massageadas; Provoca 
vasodilatação; Globalmente estimulante 
porque estimula a excitabilidade nervosa 
periférica e aumenta o tônus da musculatura 
lisa localmente. 
VIBRAÇÃO* 
Manobra sedante, atua na hipersensibilidade 
dos nervos periféricos e terminações 
nervosas mecanorreceptivas; Auxilia em 
quadros de rigidez articula, ligamentar e 
tendínea; Sedante dos receptores articulares, 
ligamentares e tendíneos; É vasoconstritora 
periférica. 
DESLIZAMENTO SUPERFICIAL 
(TÉRMINO DA MASSAGEM) 
Continuidade da massagem 
Sensação agradável da sedação 
Perda seletiva de calor (piloereção) 
 
 
DESLIZAMENTO SUPERFICIAL 
RITMO: constante 
DIREÇÃO: qualquer uma; preferencialmente 
a centrípeta 
PRESSÃO: suave 
POSIÇÃO DAS MÃOS: espalmadas e 
acopladas ao contorno da superfície corporal, 
sem hiperextensão dos dedos. 
DESLIZAMENTO PROFUNDO 
RITMO: constante, lento e uniforme 
DIREÇÃO: centrípeta, de acordo com retorno 
venoso 
PRESSÃO: mais intensa que a do 
deslizamento superficial. 
POSIÇÃO DAS MÃOS: espalmadas e 
acopladas ao contorno da superfície corporal, 
sem hiperextensão dos dedos. A pressão 
deve ser feita com toda a superfície palmar. 
AMASSAMENTO 
RITMO: constante 
DIREÇÃO: centrípeta, de acordo com retorno 
venoso e direção das fibras musculares 
PRESSÃO: intensa e intermitente 
POSIÇÃO DAS MÃOS: são usadas as 2 
mãos, num movimento de preensão, 
elevação e compressão-descompressão 
(distensão das fibras musculares) 
FRICÇÃO 
RITMO: varia segundo o efeito a ser 
conseguido e depois mantém-se constante 
DIREÇÃO: horária ou anti-horária, caudo-
cefalica 
PRESSÃO: o mais intensa possível, 
respeitando-se a dor do paciente 
POSIÇÃO DAS MÃOS: são usados os 1º 
dedo, 2º, 3º ou 4º dedos, ou ainda porção 
tenar ou hipotenar da mão, punho, cotovelo. 
O movimento é de pequena amplitude, em 
pequenas regiões da superfície corporal, 
circulares ou elípticos ou transversais. 
PERCUSSÃO 
RITMO: constante, porém rápido na 
execução na manobra 
DIREÇÃO: centrípeta 
PRESSÃO: variável, porém mantida 
constante após o início 
POSIÇÃO DAS MÃOS: admite-se 5 posições 
possíveis para que se realize golpes rápidos 
e de forma alternada 
VIBRAÇÃO 
PRESSÃO: variável de leve, moderada ou 
intensa, porém mantida constante após o 
início 
MOVIMENTO: é o vibrar do antebraço do 
terapeuta transmitido a vibração para a 
estrutura óssea ou muscular do paciente 
POSIÇÃO DAS MÃOS: em concha ou 
utilizando-se as falanges distais dos 1º, 2º e 
3º dedos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EFEITOS FISIOLÓGICOS LOCAIS - PELE 
Aumenta a nutrição e trofismo do local 
massageado; Aumenta a circulação sg e 
linfática periféricas; Aumenta a temperatura; 
Aumenta a atividade da camada basal da 
epiderme; O atrito sobre a pele promove a 
remoção de células superficiais mortas 
(descamação), estimulando as glândulas 
sudoríparas e sebáceas, os folículos pilosos, 
aumentando as secreções sebácea e 
sudorípara, aumentando o metabolismo 
glandular, por ação do SN Simpático; Melhora 
da textura, da lubrificação e da sensibilidade,acaba por melhorar a aparência da pele. 
Facilita a penetração de medicamentos 
(permeabilidade seletiva e abertura dos 
poros); Diminui a resistência cutânea à 
corrente elétrica; 
 
EFEITOS FISIOLÓGICOS LOCAIS - TECIDO 
CONJUNTIVO 
Aumento do fluxo linfático (pela direção 
centrípeta e ação mecânica); Aumento de 
reabsorção de edemas, por meio do retorno 
venoso que facilita a mobilidade da pele sobre 
as camadas subjacentes; Aumenta a 
extensibilidade do colágeno; Estimula o 
processo de reparos, tornando os tecidos o 
mais próximo daqueles histologicamente 
normais, diminuindo proliferação exagerada 
de fibroses; Melhora o trofismo; Reduz 
fibroses; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EFEITOS FISIOLÓGICOS LOCAIS -
SISTEMA CIRCULATÓRIO 
Aumenta o fluxo e a velocidade da circulação 
sg (arterial e venosa) por 3 mecanismos: ação 
mecânica, ação reflexa e ação humoral 
(química); Aumento do número de capilares 
ativos; pressões leves = dilatação 
momentânea/pressões profundas = efeito + 
prolongado; 
 
EFEITOS FISIOLÓGICOS - ANALGESIA 
“A estimulação das grandes fibras sensoriais 
táteis deprime a transmissão dos sinais 
dolorosos, por inibição lateral local, que 
podem ser provenientes tanto da mesma área 
corporal como de áreas distantes com 
correspondência segmentar.” (GUYTON, 
1991) 
 
EFEITOS FISIOLÓGICOS - DOR 
Input sensorial na percepção da dor; 
Movimentos oscilatórios nas articulações 
afetadas levam a saturação dos 
neurotransmissores, diminuindo a dor e 
aumentando a função; O relaxamento de 
músculos contraturados ou em espasmo 
levam também a diminuição da dor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FÁSCIAS E POMPAGE 
Fáscias: Membranas de tecido conjuntivo 
fibroso de proteção de um órgão ou de um 
conjunto orgânico ou tecido conjuntivo de 
nutrição. 
O tecido conjuntivo fibroso, apresenta grande 
quantidade de fibras colágenas, formando 
feixes com alta resistência à tração e pouca 
elasticidade. É tipicamente encontrado em 
duas situações: formando os tendões, 
mediando a ligação entre os músculos e os 
ossos; e nos ligamentos, unindo os ossos 
entre si. 
FUNÇÕES: 
Sustentação * 
Nutrição 
Transporte 
Preenchimento e armazenamento (adiposo) 
Defesa 
Proteção 
Reparação 
*(Tecido mecânico - responde com síntese de 
fibras colágenas ou fibrose, cicatriz, conforme o 
estímulo recebido) 
 
Fibras colágenas: O comportamento mecâ-
nico DEPENDE: 
- Das propriedades físicas das fibras de colá-
geno, elastina e fibras reticulares 
- Da disposição arquitetural dessas fibras 
- Do tamanho e do tipo das fibras de colágeno 
- Da proporção entre as fibras de colágeno e 
outras fibras 
- Da maturidade das fibras de colágeno 
- Da composição e da hidratação da substân-
cia intercelular (substância fundamental) 
 
Colágeno | Propriedades viscoelásticas: 
- São influenciadas pela temperatura. 
- Aquecimento gera “afrouxamento” com 
retorno ao comprimento inicial. 
- Tempo prolongado e estresse em tensão 
gera aumento do metabolismo tecidual e 
ganho de comprimento. 
- Em tecidos não traumatizados, modificações 
do estresse ou do movimento resultam em 
alterações da complacência, força e 
comprimento do tecido (conjuntivo denso) 
Tendões: Garantem força de tração entre o 
componente elástico e o fibroso da contração 
muscular; Braços de alavanca para os 
movimentos; Junção conjuntiva dos 
envoltórios musculares terminadas na 
inserção óssea. 
Aponeurose: Presente como “tendão” em 
músculos potentes e muito largos, conferindo 
grande resistência mecânica. Também 
podem apoiar órgãos ou servirem de base 
para a fixação muscular. 
Ligamentos: Formados por colágeno, contém 
quantidades apreciáveis de fibras elásticas. 
Garantem estabilidade articular. Ancorados 
firmemente aos tecidos fibrosos e ósseos 
peri-regionais. 
PATOLOGIAS FASCIAIS: Estão todas 
associadas às tensões fasciais. Alterações na 
circulação de fluidos corporais: edemas, 
dificuldades para eliminação de toxinas, 
problemas de pele decorrentes desta estase 
de líquidos. Quadros álgicos por tensões 
mecânicas anormais, principalmente nos 
sistemas músculo-aponeurótico e cápsulo-
ligamentar (terminações em botão e 
nociceptores geram as dores miofasciais); 
- Artroses ou alterações dos sítios articulares 
onde pode aparecer “espessamento 
conjuntivo e calcificações” (esporões, 
osteofitoses) ou, degeneração articular. 
- Diminuição da tensão (dissolução da tensão 
da contração muscular) faz com que haja 
aumento do tecido conjuntivo (secção 
transversa), porém com diminuição de força, 
da quantidade de líquido reforçando o 
espessamento (aparecimento de 
calcificações). 
- Encurtamentos musculares e fasciais 
decorrentes dos processos degenerativos do 
tecido conjuntivo levam à: desequilíbrios 
estáticos, lesões osteopáticas, lesões 
articulares, estase de líquidos corporais, 
osteoartrose 
Objetivos de trabalhar as fáscias: 
 Restabelecer suas funções 
 Restabelecer seu comprimento ideal 
(tensão fascial) 
 Estimular a circulação de líquidos 
lacunares 
 Abrir interlinhas articulares 
 Facilitar a nutrição da cartilagem 
articular, melhorando o metabolismo 
como um todo 
 Melhorar e aliviar as condições 
álgicas. 
POMPAGE 
 
“são tensionamentos e relaxamentos 
sucessivos, suaves e progressivos dos 
segmentos corporais. É o procedimento de 
tratamento das fáscias por excelência.” 
(ÂNGELA SANTOS) 
“É um procedimento que agirá em todo o 
tecido conjuntivo de revestimento.” 
(BIENFAIT 1999) 
É um “tensionar-manter-retornar” suaves, 
sucessivos e constantes. 
Objetivos: 
- Devolver a elasticidade fisiológica dos teci-
dos conjuntivos 
- Liberar bloqueios e estases circulatórias 
- Reduzir contraturas, encurtamentos e retra-
ções 
- Promover descompressão articular 
1. Tensionamento do segmento, o que deve 
ser feito até o limite da elasticidade fisiológica 
da estrutura musculoaponeurótica. Se esse 
tensionamento ultrapassá-la, haverá reação 
reflexa de contração. O terapeuta deve 
alongar lenta, regular e progressivamente as 
fibras até o limite de sua elasticidade, para 
não provocar um estímulo nos receptores 
musculares, que são os fusos. Tudo deve ser 
realizado “em silêncio”. 
2. Manutenção do tensionamento, que será 
maior ou menor de acordo com o objetivo que 
se procura. 
3. Retorno à posição inicial, que ocorrerá 
lentamente e cuja velocidade também será 
determinada de acordo com o objetivo 
perseguido. 
4. A manobra deve ser repetida de 5 a 10 
vezes 
Pompage Global: Manobra que relaxa todas 
as tensões à distância. É agradável e 
relaxante ao paciente. 
O paciente em decúbito dorsal, com os 
membros inferiores alongados e não 
cruzados, MMSS ao longo do corpo e 
relaxados, palmas das mãos voltadas para o 
teto. O fisioterapeuta senta-se à cabeceira do 
cliente, com os antebraços apoiados sobre a 
mesa. Escorrega as duas mãos sob o 
occipital repousando em suas palmas. Os 
polegares devem apoiar-se contra as 
têmporas, os indicadores sobre as apófises 
mastoideas, a extremidade dos outros dedos 
levemente fletidas ao longo da linha curva 
occipital superior. A pompage deve ser 
realizada de maneira suave e simétrica 
tensionando com as duas mãos 
simultaneamente. 
Pompage Respiratória: Esta manobra é uma 
excelente pompage linfática torácica. O 
paciente encontra-se em decúbito dorsal. 
O terapeuta encontra-se em pé à cabeceira, 
suas duas mãos colocadas uma sobre a outra 
sobre o esterno do cliente. O punho da mão 
inferior apoia-se sobre o manúbrio, o dedo 
médio da mão superior prende levemente o 
processo xifoide. Ao final da expiração do 
paciente, o fisioterapeuta amplifica a descida 
do tórax por um leve empurrar sobre o 
manúbrio. No final da inspiração ele amplifica 
da mesma forma a elevação do tórax por uma 
pequena tração sobre o processo xifoide. 
Estas duas manobras devem ser realizadas 
sem quebrar o ritmorespiratório do paciente. 
Pompage de Trapézio: O terapeuta prende a 
base do crânio com a mão do lado do músculo 
a ser tratado. Com a outra mão, apoia o 
ombro. O tensionamento é obtido afastando-
se as duas mãos lenta, regular e 
progressivamente até o limite permitido pelo 
músculo. 
Pompage de Psoas: O psoas é um grande 
músculo situado entre a cavidade abdominal 
e o membro inferior. Sua grande aponeurose 
é com frequência veículo de drenagem em 
estados inflamatórios gerais ou localizados na 
região abdominal, o que torna o músculo 
dolorido, estado denominado psoíte. Neste 
caso, uma pompage circulatória favoreceria a 
aceleração do processo de drenagem. 
Paciente em decúbito dorsal, membro 
superior oposto ao músculo a ser tratado, 
acima da cabeça, no prolongamento do 
corpo. Membro inferior do músculo a ser 
tratado fletido, em rotação externa e a planta 
do pé apoiada sobre a panturrilha oposta. O 
terapeuta passa o braço sob a coxa, 
apoiando-a contra seu quadril. O 
tensionamento é obtido com uma leve 
inclinação do corpo do terapeuta para trás. 
Pompage de Quadril: A articulação 
coxofemoral é com frequência sede de 
processos de artrose. Em seus estágios 
iniciais, uma pompage articular beneficia a 
nutrição da cartilagem e pode retardar a 
evolução do processo patológico. 
Paciente em decúbito lateral sobre o lado 
oposto do quadril a ser tratado. Uma almofada 
firme é colocada entre as coxas. O terapeuta 
apoia uma das mãos sobre o ilíaco e a outra 
sobre a região externa do joelho. A 
descompressão é obtida empurrando-se o 
joelho para baixo. A manutenção do segundo 
tempo, o da descompressão, é a fase mais 
importante e a que deve ser mais longamente 
mantida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SHANTALA 
Essa massagem para bebê ficou conhecida no 
Ocidente durante a década de 1970, quando o 
obstetra francês Frédérick Leboyer passeava 
pelas ruas de Calcutá, na Índia, e viu uma moça 
paraplégica, que se chamava Shantala, 
massageando seu filho. Ele ficou encantado com 
o ritual de harmonia e ternura entre os dois e 
voltou ao local onde ela estava por vários dias 
para fotografar a sequência de movimentos. 
Passo a passo da Técnica de Shantala: 
 
1° passo: Sente-se no chão, mantenha as costas 
apoiadas na parede e as pernas esticadas. 
Aqueça suas mãos em água morna ou 
friccionando-as com o óleo vegetal puro. Cada 
movimento deve ser repetido de três a dez vezes. 
Deslize as mãos espalmadas do centro do peito 
do bebê para as axilas e do centro do peito para 
os ombros. 
 
 
 
2 ° passo : Com as mãos em X, deslize uma 
mão do peito para o ombro esquerdo e a outra 
do peito para o ombro direito. 
 
 
 3° passo: Envolva o braço do bebê com a mão, 
formando uma espécie de bracelete, e vá do 
ombro em direção ao punho. 
 
 
 4° passo : Abra a mãozinha do bebê com seus 
polegares, indo desde a palma até os dedinhos. 
 
 5 ° passo : Deslize toda a mão pela mão do 
bebê. 
 
 
 6° passo: Segure cada dedinho, do polegar ao 
mindinho, fazendo uma massagem na ponta de 
cada um. Repita os movimentos no braço e na 
mão direita. 
 
 
 7° passo: Com as mãos em concha, escorregue 
a lateral externa das mãos desde a base das 
costelas até o quadril. 
 
 8° passo: Segure as perninhas para o alto e use 
o antebraço para deslizar da costela ao quadril 
do bebê. 
 
 
9 ° passo: Envolva a perna do bebê com a mão, 
formando um bracelete, e vá desde a virilha até o 
tornozelo, alternando as mãos. 
 
 
 10° passo: Com as duas mãos, faça um 
movimento giratório, de vai-e-vem, desde a 
virilha até o tornozelo, ficando um pouco mais no 
tornozelo para estimular a circulação. 
 
 
 11 ° passo: Movimente seus polegares do 
centro do pezinho do bebê aos dedinhos. 
 
 
 12° passo: Deslize toda a mão pelo pé do bebê. 
 
 
13°passo: Segure cada dedo, começando 
sempre pelo polegar, e massageie a pontinha de 
cada um deles. Repita os movimentos com a 
perna e o pé direitos. 
 
 
14° passo: Depois de virar o bebê de costas, 
deixando-o perpendicular às suas pernas e com 
a cabeça voltada para o seu lado esquerdo, 
mantenha as duas mãos espalmadas e faça 
movimentos de vai-e-vem, descendo da nuca ao 
bumbum e depois subindo. 
 
 
15° passo: Mantenha sua mão direita no 
bumbum do bebê e deslize a mão esquerda com 
o polegar aberto, da nuca ao bumbum. 
 
 
 
 16° passo: Com os polegares, suba desde a 
base do nariz até o centro da testa e volte, 
fazendo um movimento de vai-e-vem. 
 
 
 17° passo: Segure as mãos do bebê, abra seus 
bracinhos e depois feche, cruzando-os e 
alternando o braço que fica por cima. O exercício 
ajuda a aliviar tensões nas costas e melhora a 
respiração. 
 
 
 18° passo: Cruze as perninhas do bebê em 
posição de lótus, com o pé sobre o joelho oposto 
e o outro joelho sobre o outro pé, e leve-as em 
direção à barriga. Alterne as perninhas. 
 
 
19 ° passo: O banho de imersão, em água 
morna, com apenas o rostinho e os ouvidos do 
bebê de fora, elimina as tensões que ainda 
possam existir no corpo dele e retira o excesso 
de óleo. Segure-o por baixo e deixe-o flutuar por 
entre cinco e dez minutos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL – DLM 
Técnica de ativação manual da drenagem de 
líquido intersticial através de fissuras 
microscópicas nos tecidos (canais pré-
linfáticos) e de linfa através dos vasos 
linfáticos. Para tanto, se ordena o organismo 
(sua superfície corporal) em zonas ou 
quadrantes linfáticos. 
Anatomia 
 
 Capilares linfáticos: 
- Células endoteliais em escamas 
- Não tem válvulas 
- Linfa sem direção 
- Alta permeabilidade 
 Vasos Pré-coletores: 
- Semelhante capilar linfático 
- Tecido conjuntivo internamente: 
válvulas; direção centrípeta; 
 Vasos coletores: > calibre; estrutura 
semelhante as grandes veias: 
- Túnica íntima: endotélio, fibras 
elásticas, válvulas 
- Túnica média: fibras musculares 
lisas; propulsão da linfa 
- Túnica adventícia: f. colágenas, f. 
elásticas 
 Nódulos linfáticos: 
- Células Linfoides: memória 
imunológica 
- Células Reticulares: defesa no 
organismo (fagocitose, pinocitose) 
- Ocorre filtração, depuração 
 Sistema linfático drena 2,5 a 3 litros 
linfa/dia; quando alterado 20 a 30l/dia 
 Inervação: SNA – n. esplênico e n. 
vago; automatismo próprio 
 Vasoconstrição 
 Não faz vasodilatação. 
 
Linfangion: segmentos intervalvulares dota-
dos de musculatura lisa com automatismo 
próprio. 
 
Coletores Linfáticos Principais: 
 Ducto linfático direito: formado pela 
união do tronco linfático 
broncomediastinal D, tronco 
subclávio, tronco jugular D, Veia 
jugular e subclávia D 
 Ducto torácico: origem na cisterna do 
quilo (é uma dilatação), que é 
formada pela junção dos troncos 
lombar D e E, intestinais e 
intercostais, veia jugular e subclávia 
E. 
 
 
 
 
 
 
 
Órgãos linfoides: 
 
o Tonsilas, baço e timo. 
o Captar o líquido intersticial. 
o Reconduzir ao sistema vascular 
sanguíneo. 
 
FUNÇÕES DO SISTEMA LINFÁTICO 
Defesa 
Mecanismo imunológico 
Retorno de proteínas e excesso líquido à 
corrente sanguínea 
Prevenção de edemas 
 
Linfa: Incolor, viscoso; nutrientes, gordura, 
proteínas, catabólitos; Semelhante ao plasma 
sanguíneo, c/ < linfócitos, hemácias, fatores 
de Coagulação. 
FISIOLOGIA do SISTEMA LINFÁTICO 
❖ EDEMA 
Observação clínica: acúmulo líq. 
Intersticial em 30 % > que o normal 
❖ Localização: 
Hidropericárdio 
Hidrocefalia 
Hidrotórax 
❖ Classificação: 
Com cacifo 
Sem cacifo 
Patologias do SISTEMA LINFÁTICO 
Etiologias 
↑ P. capilar: obstrução venosa/dilatação 
arteriolar 
• Insuficiência cardíaca, Alergi-
as/traumatismos; TVP; Tumores 
↓[Proteínas]: pressão coloidosmótica plasmá-
tica 
• Queimaduras extensas; nefrose; 
desnutrição 
Obstrução linfática: 
• Filariose; CA mama-axilectomia/mastectomias; Radioterapia 
 
DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL (DLM) 
Princípios: 
Sentido próximo-distal 
Pressão suave 
Indicações 
Edemas 
Contraindicações 
Inflamações 
Infecções agudas 
Edemas sistêmicos de origem cardíaca ou 
renal 
Câncer 
 
 
REEDUCAÇÃO POSTURAL GLOBAL (RPG) 
Objetivo: Tratar o paciente de forma 
integrada, global, buscando-se a origem de 
sua dor, de seu problema e não somente o 
alívio do sintoma; Realizado por meio de 
posturas estáticas, que envolvem as cadeias 
musculares; 
As posturas são realizadas juntamente com 
exercícios respiratórios, onde o paciente 
realiza 80% do trabalho, seguido de 
orientação do fisioterapeuta. 
Material utilizado: Mesa para RPG, no solo 
(superfície dura e firme/placa de EVA), 
prancheta, bancos, placas de compensação e 
espelho. 
Duração e Frequência 
Sessões semanais 
50 a 60 minutos 
Tratamento individual e personalizado 
Não se tem período pré-estabelecido para o 
término do tratamento 
Principais Indicações 
 Musculoesqueléticos: Pés planos e 
cavos, joelhos valgo e varo, 
escoliose, hiperlordose lombar, 
cervicalgias, dorsalgias, lombalgias, 
etc. 
 Neurológicos: Hérnia de disco. 
Espondilolistese com compressão 
medular; 
 Reumatológicos: Artrites, Artroses, 
bursites, tendinites, etc. 
 Respiratório: Asma, Bronquite 
(DPOC); 
 Somáticos: Stress, distúrbios 
circulatórios e digestórios entre 
outros. 
 
CADEIAS MUSCULARES 
➢ Cadeia Respiratória 
➢ Cadeia Posterior 
➢ Cadeia anterointerna da bacia (do 
quadril) 
➢ Cadeia anterior do braço 
➢ Cadeia anterointerna do ombro 
 
I. Cadeia Respiratória 
Peitoral menor 
Escalenos 
Intercostais 
Diafragma 
 
 
II. Cadeia Posterior 
M.M. plantares do pé: Abdutor e adutor do 
hálux, flexores do hálux e flexores dos dedos. 
M.M. da perna e coxa: gastrocnêmio, sóleo, 
poplíteo, semitendíneo, semimembranoso, 
bíceps da coxa, glúteo máximo. 
M.M. da coluna vertebral: Grupo superficial e 
profundo. 
 
III. Cadeia Anterointerna da Bacia 
Ilíaco 
Psoas: maior e menor 
Pectíneo 
Grácil 
Adutor: magno, curto e longo. 
 
 
IV. Cadeia Anterior do Braço 
Trapézio (fibras superiores) 
Deltóide (porção média) 
Coracobraquial 
Bíceps do braço 
Braquiorradial 
Braquial 
Pronador redondo 
Flexores (radial e ulnar) do carpo 
Flexores (superficial e profundo) dos dedos 
M.M da região tenar 
 
V. Cadeia Anterointerna do Ombro 
Peitoral Maior 
Coracobraquial 
Subescapular 
 
 
 
AVALIAÇÃO POSTURAL 
 Exame estático x dinâmico 
 Cadeias musculares – globalidade 
 Normal x patológico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Sínfise mentoniana no 
mesmo plano da pubi-
ana 
 Ápice posterior occipi-
tal, ângulos inferiores 
das escápulas e sacro 
estão alinhados 
 Linha sagital: orelha, 
cabeça úmero, coxofe-
moral, joelho e anterior-
mente ao maléolo late-
ral, no tálus. 
 
RETRAÇÃO DA CADEIA ANTERIOR 
Abdome protuso (anteversão) 
Tronco é jogado para trás compensando o 
centro de gravidade à frente 
Região cervical é trazida à frente 
Hipercifose torácica 
Joelhos em semi-flexão 
RETRAÇÃO DA CADEIA INSPIRATÓRIA 
Tórax em inspiração – retração dos escalenos 
Desequilíbrio anterior – lordose lombar 
compensatória 
RETRAÇÃO DA CADEIA POSTERIOR 
Hiperlordose cervical e lombar 
Joelho hiperextendido ou semifletido 
MMSS à frente 
Principais Posturas RPG 
 Rã no chão (braços abertos e 
fechados) 
 Rã no ar (braços abertos e fechados) 
 Bailarina 
 Sentado 
 Em pé no centro 
 Em pé contra a parede

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