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Aborda o uso das mãos para o conhecimento do toque e desenvolvimento da manualidade como recurso terapêutico usado na prevenção e tratamento de doenças. MASSAGEM A massagem é uma atividade repetitiva e que, se não realizada adequadamente, resultará em uma tensão significativa em todo o corpo. Porém a mecânica corporal pode abrandar tais sintomas, ou seja, aprender a usar nosso corpo de maneira mais eficiente possível garante vida laboral longa assim como prevenção de lesões osteomioarticulares. O ato de tocar, massagear uma área que sofreu uma pressão mais forte, um contato mais intenso como o de uma pancada, por exemplo, é uma ação instintiva, ou seja, natural do ser humano. Esta ação transmite diversas sensações como conforto, alívio e calor para o local que foi acometido. A experiência do toque impulsiona seu reconhecimento a partir da massagem e seu desenvolvimento pela história da humanidade (MUNFORD, 2010). Definição geral: Compressão metódica e rítmica do corpo, ou parte dele, para que se obtenha efeitos terapêuticos. Não causar dor excessiva e nem equimoses sobre estruturas massageadas; Evitar massagear plexos vasculares e nervosos (axilas, pescoço, baixo ventre, região genital e região poplítea); Indicações: Reduzir dor, edema, sintomas mus- culoesqueléticos, tônus muscular, es- tresse, ansiedade, constipação; Prevenir úlceras por pressão; Dessensibilizar a pele; Melhorar a imagem corporal; Promover relaxamento e bem-estar; Facilitar a comunicação e a intimidade; Melhorar hematomas (superficiais e profundos); Facilitar movimentos; Prevenir deformidades; Contraindicações: Condição infecciosa aguda; Condição inflamatória aguda; Trombose e embolia arterial; Enfermidades vasculares: flebites, inflamações linfáticas; Doenças mentais; Presença de tumores; Febre; Massagem abdominal em gestação; Cardiopatias descompensadas; Hipertensão arterial (PA - ação reflexa mm cardíaco); Efeitos fisiológicos gerais 1. Condiciona VASODILATAÇÃO 2. Condiciona HIPEREMIA REATIVA 3. Favorece a mobilização de fluidos tissulares 4. Favorece a reabsorção de acúmulos metabólicos (hemáticos, serosos, etc.) 5. Analgesia (aumento do limiar de percepção consciente da dor) 6. Aprofundamento transitório da respiração 7. Tonifica órgãos internos 8. Aumenta a sensação geral de energia 9. Melhora estados de estresse 10. Favorece condições de calmaria psíquica. Técnica Clássica: Deslizamento superficial Deslizamento profundo Amassamento Fricção Percussão Vibração* Deslizamento superficial DESLIZAMENTO SUPERFICIAL Tomada de contato com paciente; Efeito sedante pelo ritmo lento; Dessensibilizante das terminações nervosas livres da pele; Iniciado relaxamento; Início da diminuição de espasmos musculares (respostas reflexa de proteção); Melhora da circulação superficial; Aumenta temperatura da pele. DESLIZAMENTO PROFUNDO Aprofundamento da manobra de deslizamento superficial; Estimula a circulação venosa e linfática (ação mecânica e a direção centrípeta); Favorece o relaxamento de músculos contraturados; Tem efeito sedante, com aumento da dessensibilização; Preparação para manobras mais profundas. AMASSAMENTO Manobra de alcance mais profundo; Compressão de dos tecidos moles contra uma superfície óssea correspondente ou contra os mesmos; Manobra analítica das condições dos tecidos mais profundos; Auxilia a circulação de retorno; Dissocia tecidos em formação patológica (contraturas e aderências) porque estimula o deslizar entre as camadas mais superficiais sobre as mais profundas; Extensibilidade do colágeno; Aumenta a possibilidade de contratilidade da fibra muscular; Aumenta a nutrição e a circulação locais; Aumenta a remoção de catabólitos (inclusive os da fadiga muscular);“Alonga” tecidos encurtados (distensão das fibras musculares); Provoca vasodilatação mais profunda e duradoura. FRICÇÃO Manobra de movimentos mais precisos sobre estruturas mais profundas; Auxilia a evitar aderências em estruturas e tecidos mais profundos; Auxilia no rejuvenescimento da pele; Libera aderências em pele, tecido cicatricial e estruturas mais profundas; Melhora a rigidez e a retração fibrótica; Dissocia tecidos em formação patológica, facilitando a reabsorção de produtos do metabolismo; Auxilia a absorção de derrames periarticulares, quando realizado sobre tendões e junções mioaponevróticas; Melhora a reabsorção de equimoses, hematomas e de infiltrações serosas; Provoca vasodilatação profunda e hiperemia reativa. PERCUSSÃO Estimula a contração muscular reflexa (resposta reflexa de proteção); Aumenta a circulação capilar e drena acúmulos linfáticos nas regiões massageadas; Provoca vasodilatação; Globalmente estimulante porque estimula a excitabilidade nervosa periférica e aumenta o tônus da musculatura lisa localmente. VIBRAÇÃO* Manobra sedante, atua na hipersensibilidade dos nervos periféricos e terminações nervosas mecanorreceptivas; Auxilia em quadros de rigidez articula, ligamentar e tendínea; Sedante dos receptores articulares, ligamentares e tendíneos; É vasoconstritora periférica. DESLIZAMENTO SUPERFICIAL (TÉRMINO DA MASSAGEM) Continuidade da massagem Sensação agradável da sedação Perda seletiva de calor (piloereção) DESLIZAMENTO SUPERFICIAL RITMO: constante DIREÇÃO: qualquer uma; preferencialmente a centrípeta PRESSÃO: suave POSIÇÃO DAS MÃOS: espalmadas e acopladas ao contorno da superfície corporal, sem hiperextensão dos dedos. DESLIZAMENTO PROFUNDO RITMO: constante, lento e uniforme DIREÇÃO: centrípeta, de acordo com retorno venoso PRESSÃO: mais intensa que a do deslizamento superficial. POSIÇÃO DAS MÃOS: espalmadas e acopladas ao contorno da superfície corporal, sem hiperextensão dos dedos. A pressão deve ser feita com toda a superfície palmar. AMASSAMENTO RITMO: constante DIREÇÃO: centrípeta, de acordo com retorno venoso e direção das fibras musculares PRESSÃO: intensa e intermitente POSIÇÃO DAS MÃOS: são usadas as 2 mãos, num movimento de preensão, elevação e compressão-descompressão (distensão das fibras musculares) FRICÇÃO RITMO: varia segundo o efeito a ser conseguido e depois mantém-se constante DIREÇÃO: horária ou anti-horária, caudo- cefalica PRESSÃO: o mais intensa possível, respeitando-se a dor do paciente POSIÇÃO DAS MÃOS: são usados os 1º dedo, 2º, 3º ou 4º dedos, ou ainda porção tenar ou hipotenar da mão, punho, cotovelo. O movimento é de pequena amplitude, em pequenas regiões da superfície corporal, circulares ou elípticos ou transversais. PERCUSSÃO RITMO: constante, porém rápido na execução na manobra DIREÇÃO: centrípeta PRESSÃO: variável, porém mantida constante após o início POSIÇÃO DAS MÃOS: admite-se 5 posições possíveis para que se realize golpes rápidos e de forma alternada VIBRAÇÃO PRESSÃO: variável de leve, moderada ou intensa, porém mantida constante após o início MOVIMENTO: é o vibrar do antebraço do terapeuta transmitido a vibração para a estrutura óssea ou muscular do paciente POSIÇÃO DAS MÃOS: em concha ou utilizando-se as falanges distais dos 1º, 2º e 3º dedos. EFEITOS FISIOLÓGICOS LOCAIS - PELE Aumenta a nutrição e trofismo do local massageado; Aumenta a circulação sg e linfática periféricas; Aumenta a temperatura; Aumenta a atividade da camada basal da epiderme; O atrito sobre a pele promove a remoção de células superficiais mortas (descamação), estimulando as glândulas sudoríparas e sebáceas, os folículos pilosos, aumentando as secreções sebácea e sudorípara, aumentando o metabolismo glandular, por ação do SN Simpático; Melhora da textura, da lubrificação e da sensibilidade,acaba por melhorar a aparência da pele. Facilita a penetração de medicamentos (permeabilidade seletiva e abertura dos poros); Diminui a resistência cutânea à corrente elétrica; EFEITOS FISIOLÓGICOS LOCAIS - TECIDO CONJUNTIVO Aumento do fluxo linfático (pela direção centrípeta e ação mecânica); Aumento de reabsorção de edemas, por meio do retorno venoso que facilita a mobilidade da pele sobre as camadas subjacentes; Aumenta a extensibilidade do colágeno; Estimula o processo de reparos, tornando os tecidos o mais próximo daqueles histologicamente normais, diminuindo proliferação exagerada de fibroses; Melhora o trofismo; Reduz fibroses; EFEITOS FISIOLÓGICOS LOCAIS - SISTEMA CIRCULATÓRIO Aumenta o fluxo e a velocidade da circulação sg (arterial e venosa) por 3 mecanismos: ação mecânica, ação reflexa e ação humoral (química); Aumento do número de capilares ativos; pressões leves = dilatação momentânea/pressões profundas = efeito + prolongado; EFEITOS FISIOLÓGICOS - ANALGESIA “A estimulação das grandes fibras sensoriais táteis deprime a transmissão dos sinais dolorosos, por inibição lateral local, que podem ser provenientes tanto da mesma área corporal como de áreas distantes com correspondência segmentar.” (GUYTON, 1991) EFEITOS FISIOLÓGICOS - DOR Input sensorial na percepção da dor; Movimentos oscilatórios nas articulações afetadas levam a saturação dos neurotransmissores, diminuindo a dor e aumentando a função; O relaxamento de músculos contraturados ou em espasmo levam também a diminuição da dor. FÁSCIAS E POMPAGE Fáscias: Membranas de tecido conjuntivo fibroso de proteção de um órgão ou de um conjunto orgânico ou tecido conjuntivo de nutrição. O tecido conjuntivo fibroso, apresenta grande quantidade de fibras colágenas, formando feixes com alta resistência à tração e pouca elasticidade. É tipicamente encontrado em duas situações: formando os tendões, mediando a ligação entre os músculos e os ossos; e nos ligamentos, unindo os ossos entre si. FUNÇÕES: Sustentação * Nutrição Transporte Preenchimento e armazenamento (adiposo) Defesa Proteção Reparação *(Tecido mecânico - responde com síntese de fibras colágenas ou fibrose, cicatriz, conforme o estímulo recebido) Fibras colágenas: O comportamento mecâ- nico DEPENDE: - Das propriedades físicas das fibras de colá- geno, elastina e fibras reticulares - Da disposição arquitetural dessas fibras - Do tamanho e do tipo das fibras de colágeno - Da proporção entre as fibras de colágeno e outras fibras - Da maturidade das fibras de colágeno - Da composição e da hidratação da substân- cia intercelular (substância fundamental) Colágeno | Propriedades viscoelásticas: - São influenciadas pela temperatura. - Aquecimento gera “afrouxamento” com retorno ao comprimento inicial. - Tempo prolongado e estresse em tensão gera aumento do metabolismo tecidual e ganho de comprimento. - Em tecidos não traumatizados, modificações do estresse ou do movimento resultam em alterações da complacência, força e comprimento do tecido (conjuntivo denso) Tendões: Garantem força de tração entre o componente elástico e o fibroso da contração muscular; Braços de alavanca para os movimentos; Junção conjuntiva dos envoltórios musculares terminadas na inserção óssea. Aponeurose: Presente como “tendão” em músculos potentes e muito largos, conferindo grande resistência mecânica. Também podem apoiar órgãos ou servirem de base para a fixação muscular. Ligamentos: Formados por colágeno, contém quantidades apreciáveis de fibras elásticas. Garantem estabilidade articular. Ancorados firmemente aos tecidos fibrosos e ósseos peri-regionais. PATOLOGIAS FASCIAIS: Estão todas associadas às tensões fasciais. Alterações na circulação de fluidos corporais: edemas, dificuldades para eliminação de toxinas, problemas de pele decorrentes desta estase de líquidos. Quadros álgicos por tensões mecânicas anormais, principalmente nos sistemas músculo-aponeurótico e cápsulo- ligamentar (terminações em botão e nociceptores geram as dores miofasciais); - Artroses ou alterações dos sítios articulares onde pode aparecer “espessamento conjuntivo e calcificações” (esporões, osteofitoses) ou, degeneração articular. - Diminuição da tensão (dissolução da tensão da contração muscular) faz com que haja aumento do tecido conjuntivo (secção transversa), porém com diminuição de força, da quantidade de líquido reforçando o espessamento (aparecimento de calcificações). - Encurtamentos musculares e fasciais decorrentes dos processos degenerativos do tecido conjuntivo levam à: desequilíbrios estáticos, lesões osteopáticas, lesões articulares, estase de líquidos corporais, osteoartrose Objetivos de trabalhar as fáscias: Restabelecer suas funções Restabelecer seu comprimento ideal (tensão fascial) Estimular a circulação de líquidos lacunares Abrir interlinhas articulares Facilitar a nutrição da cartilagem articular, melhorando o metabolismo como um todo Melhorar e aliviar as condições álgicas. POMPAGE “são tensionamentos e relaxamentos sucessivos, suaves e progressivos dos segmentos corporais. É o procedimento de tratamento das fáscias por excelência.” (ÂNGELA SANTOS) “É um procedimento que agirá em todo o tecido conjuntivo de revestimento.” (BIENFAIT 1999) É um “tensionar-manter-retornar” suaves, sucessivos e constantes. Objetivos: - Devolver a elasticidade fisiológica dos teci- dos conjuntivos - Liberar bloqueios e estases circulatórias - Reduzir contraturas, encurtamentos e retra- ções - Promover descompressão articular 1. Tensionamento do segmento, o que deve ser feito até o limite da elasticidade fisiológica da estrutura musculoaponeurótica. Se esse tensionamento ultrapassá-la, haverá reação reflexa de contração. O terapeuta deve alongar lenta, regular e progressivamente as fibras até o limite de sua elasticidade, para não provocar um estímulo nos receptores musculares, que são os fusos. Tudo deve ser realizado “em silêncio”. 2. Manutenção do tensionamento, que será maior ou menor de acordo com o objetivo que se procura. 3. Retorno à posição inicial, que ocorrerá lentamente e cuja velocidade também será determinada de acordo com o objetivo perseguido. 4. A manobra deve ser repetida de 5 a 10 vezes Pompage Global: Manobra que relaxa todas as tensões à distância. É agradável e relaxante ao paciente. O paciente em decúbito dorsal, com os membros inferiores alongados e não cruzados, MMSS ao longo do corpo e relaxados, palmas das mãos voltadas para o teto. O fisioterapeuta senta-se à cabeceira do cliente, com os antebraços apoiados sobre a mesa. Escorrega as duas mãos sob o occipital repousando em suas palmas. Os polegares devem apoiar-se contra as têmporas, os indicadores sobre as apófises mastoideas, a extremidade dos outros dedos levemente fletidas ao longo da linha curva occipital superior. A pompage deve ser realizada de maneira suave e simétrica tensionando com as duas mãos simultaneamente. Pompage Respiratória: Esta manobra é uma excelente pompage linfática torácica. O paciente encontra-se em decúbito dorsal. O terapeuta encontra-se em pé à cabeceira, suas duas mãos colocadas uma sobre a outra sobre o esterno do cliente. O punho da mão inferior apoia-se sobre o manúbrio, o dedo médio da mão superior prende levemente o processo xifoide. Ao final da expiração do paciente, o fisioterapeuta amplifica a descida do tórax por um leve empurrar sobre o manúbrio. No final da inspiração ele amplifica da mesma forma a elevação do tórax por uma pequena tração sobre o processo xifoide. Estas duas manobras devem ser realizadas sem quebrar o ritmorespiratório do paciente. Pompage de Trapézio: O terapeuta prende a base do crânio com a mão do lado do músculo a ser tratado. Com a outra mão, apoia o ombro. O tensionamento é obtido afastando- se as duas mãos lenta, regular e progressivamente até o limite permitido pelo músculo. Pompage de Psoas: O psoas é um grande músculo situado entre a cavidade abdominal e o membro inferior. Sua grande aponeurose é com frequência veículo de drenagem em estados inflamatórios gerais ou localizados na região abdominal, o que torna o músculo dolorido, estado denominado psoíte. Neste caso, uma pompage circulatória favoreceria a aceleração do processo de drenagem. Paciente em decúbito dorsal, membro superior oposto ao músculo a ser tratado, acima da cabeça, no prolongamento do corpo. Membro inferior do músculo a ser tratado fletido, em rotação externa e a planta do pé apoiada sobre a panturrilha oposta. O terapeuta passa o braço sob a coxa, apoiando-a contra seu quadril. O tensionamento é obtido com uma leve inclinação do corpo do terapeuta para trás. Pompage de Quadril: A articulação coxofemoral é com frequência sede de processos de artrose. Em seus estágios iniciais, uma pompage articular beneficia a nutrição da cartilagem e pode retardar a evolução do processo patológico. Paciente em decúbito lateral sobre o lado oposto do quadril a ser tratado. Uma almofada firme é colocada entre as coxas. O terapeuta apoia uma das mãos sobre o ilíaco e a outra sobre a região externa do joelho. A descompressão é obtida empurrando-se o joelho para baixo. A manutenção do segundo tempo, o da descompressão, é a fase mais importante e a que deve ser mais longamente mantida. SHANTALA Essa massagem para bebê ficou conhecida no Ocidente durante a década de 1970, quando o obstetra francês Frédérick Leboyer passeava pelas ruas de Calcutá, na Índia, e viu uma moça paraplégica, que se chamava Shantala, massageando seu filho. Ele ficou encantado com o ritual de harmonia e ternura entre os dois e voltou ao local onde ela estava por vários dias para fotografar a sequência de movimentos. Passo a passo da Técnica de Shantala: 1° passo: Sente-se no chão, mantenha as costas apoiadas na parede e as pernas esticadas. Aqueça suas mãos em água morna ou friccionando-as com o óleo vegetal puro. Cada movimento deve ser repetido de três a dez vezes. Deslize as mãos espalmadas do centro do peito do bebê para as axilas e do centro do peito para os ombros. 2 ° passo : Com as mãos em X, deslize uma mão do peito para o ombro esquerdo e a outra do peito para o ombro direito. 3° passo: Envolva o braço do bebê com a mão, formando uma espécie de bracelete, e vá do ombro em direção ao punho. 4° passo : Abra a mãozinha do bebê com seus polegares, indo desde a palma até os dedinhos. 5 ° passo : Deslize toda a mão pela mão do bebê. 6° passo: Segure cada dedinho, do polegar ao mindinho, fazendo uma massagem na ponta de cada um. Repita os movimentos no braço e na mão direita. 7° passo: Com as mãos em concha, escorregue a lateral externa das mãos desde a base das costelas até o quadril. 8° passo: Segure as perninhas para o alto e use o antebraço para deslizar da costela ao quadril do bebê. 9 ° passo: Envolva a perna do bebê com a mão, formando um bracelete, e vá desde a virilha até o tornozelo, alternando as mãos. 10° passo: Com as duas mãos, faça um movimento giratório, de vai-e-vem, desde a virilha até o tornozelo, ficando um pouco mais no tornozelo para estimular a circulação. 11 ° passo: Movimente seus polegares do centro do pezinho do bebê aos dedinhos. 12° passo: Deslize toda a mão pelo pé do bebê. 13°passo: Segure cada dedo, começando sempre pelo polegar, e massageie a pontinha de cada um deles. Repita os movimentos com a perna e o pé direitos. 14° passo: Depois de virar o bebê de costas, deixando-o perpendicular às suas pernas e com a cabeça voltada para o seu lado esquerdo, mantenha as duas mãos espalmadas e faça movimentos de vai-e-vem, descendo da nuca ao bumbum e depois subindo. 15° passo: Mantenha sua mão direita no bumbum do bebê e deslize a mão esquerda com o polegar aberto, da nuca ao bumbum. 16° passo: Com os polegares, suba desde a base do nariz até o centro da testa e volte, fazendo um movimento de vai-e-vem. 17° passo: Segure as mãos do bebê, abra seus bracinhos e depois feche, cruzando-os e alternando o braço que fica por cima. O exercício ajuda a aliviar tensões nas costas e melhora a respiração. 18° passo: Cruze as perninhas do bebê em posição de lótus, com o pé sobre o joelho oposto e o outro joelho sobre o outro pé, e leve-as em direção à barriga. Alterne as perninhas. 19 ° passo: O banho de imersão, em água morna, com apenas o rostinho e os ouvidos do bebê de fora, elimina as tensões que ainda possam existir no corpo dele e retira o excesso de óleo. Segure-o por baixo e deixe-o flutuar por entre cinco e dez minutos. DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL – DLM Técnica de ativação manual da drenagem de líquido intersticial através de fissuras microscópicas nos tecidos (canais pré- linfáticos) e de linfa através dos vasos linfáticos. Para tanto, se ordena o organismo (sua superfície corporal) em zonas ou quadrantes linfáticos. Anatomia Capilares linfáticos: - Células endoteliais em escamas - Não tem válvulas - Linfa sem direção - Alta permeabilidade Vasos Pré-coletores: - Semelhante capilar linfático - Tecido conjuntivo internamente: válvulas; direção centrípeta; Vasos coletores: > calibre; estrutura semelhante as grandes veias: - Túnica íntima: endotélio, fibras elásticas, válvulas - Túnica média: fibras musculares lisas; propulsão da linfa - Túnica adventícia: f. colágenas, f. elásticas Nódulos linfáticos: - Células Linfoides: memória imunológica - Células Reticulares: defesa no organismo (fagocitose, pinocitose) - Ocorre filtração, depuração Sistema linfático drena 2,5 a 3 litros linfa/dia; quando alterado 20 a 30l/dia Inervação: SNA – n. esplênico e n. vago; automatismo próprio Vasoconstrição Não faz vasodilatação. Linfangion: segmentos intervalvulares dota- dos de musculatura lisa com automatismo próprio. Coletores Linfáticos Principais: Ducto linfático direito: formado pela união do tronco linfático broncomediastinal D, tronco subclávio, tronco jugular D, Veia jugular e subclávia D Ducto torácico: origem na cisterna do quilo (é uma dilatação), que é formada pela junção dos troncos lombar D e E, intestinais e intercostais, veia jugular e subclávia E. Órgãos linfoides: o Tonsilas, baço e timo. o Captar o líquido intersticial. o Reconduzir ao sistema vascular sanguíneo. FUNÇÕES DO SISTEMA LINFÁTICO Defesa Mecanismo imunológico Retorno de proteínas e excesso líquido à corrente sanguínea Prevenção de edemas Linfa: Incolor, viscoso; nutrientes, gordura, proteínas, catabólitos; Semelhante ao plasma sanguíneo, c/ < linfócitos, hemácias, fatores de Coagulação. FISIOLOGIA do SISTEMA LINFÁTICO ❖ EDEMA Observação clínica: acúmulo líq. Intersticial em 30 % > que o normal ❖ Localização: Hidropericárdio Hidrocefalia Hidrotórax ❖ Classificação: Com cacifo Sem cacifo Patologias do SISTEMA LINFÁTICO Etiologias ↑ P. capilar: obstrução venosa/dilatação arteriolar • Insuficiência cardíaca, Alergi- as/traumatismos; TVP; Tumores ↓[Proteínas]: pressão coloidosmótica plasmá- tica • Queimaduras extensas; nefrose; desnutrição Obstrução linfática: • Filariose; CA mama-axilectomia/mastectomias; Radioterapia DRENAGEM LINFÁTICA MANUAL (DLM) Princípios: Sentido próximo-distal Pressão suave Indicações Edemas Contraindicações Inflamações Infecções agudas Edemas sistêmicos de origem cardíaca ou renal Câncer REEDUCAÇÃO POSTURAL GLOBAL (RPG) Objetivo: Tratar o paciente de forma integrada, global, buscando-se a origem de sua dor, de seu problema e não somente o alívio do sintoma; Realizado por meio de posturas estáticas, que envolvem as cadeias musculares; As posturas são realizadas juntamente com exercícios respiratórios, onde o paciente realiza 80% do trabalho, seguido de orientação do fisioterapeuta. Material utilizado: Mesa para RPG, no solo (superfície dura e firme/placa de EVA), prancheta, bancos, placas de compensação e espelho. Duração e Frequência Sessões semanais 50 a 60 minutos Tratamento individual e personalizado Não se tem período pré-estabelecido para o término do tratamento Principais Indicações Musculoesqueléticos: Pés planos e cavos, joelhos valgo e varo, escoliose, hiperlordose lombar, cervicalgias, dorsalgias, lombalgias, etc. Neurológicos: Hérnia de disco. Espondilolistese com compressão medular; Reumatológicos: Artrites, Artroses, bursites, tendinites, etc. Respiratório: Asma, Bronquite (DPOC); Somáticos: Stress, distúrbios circulatórios e digestórios entre outros. CADEIAS MUSCULARES ➢ Cadeia Respiratória ➢ Cadeia Posterior ➢ Cadeia anterointerna da bacia (do quadril) ➢ Cadeia anterior do braço ➢ Cadeia anterointerna do ombro I. Cadeia Respiratória Peitoral menor Escalenos Intercostais Diafragma II. Cadeia Posterior M.M. plantares do pé: Abdutor e adutor do hálux, flexores do hálux e flexores dos dedos. M.M. da perna e coxa: gastrocnêmio, sóleo, poplíteo, semitendíneo, semimembranoso, bíceps da coxa, glúteo máximo. M.M. da coluna vertebral: Grupo superficial e profundo. III. Cadeia Anterointerna da Bacia Ilíaco Psoas: maior e menor Pectíneo Grácil Adutor: magno, curto e longo. IV. Cadeia Anterior do Braço Trapézio (fibras superiores) Deltóide (porção média) Coracobraquial Bíceps do braço Braquiorradial Braquial Pronador redondo Flexores (radial e ulnar) do carpo Flexores (superficial e profundo) dos dedos M.M da região tenar V. Cadeia Anterointerna do Ombro Peitoral Maior Coracobraquial Subescapular AVALIAÇÃO POSTURAL Exame estático x dinâmico Cadeias musculares – globalidade Normal x patológico Sínfise mentoniana no mesmo plano da pubi- ana Ápice posterior occipi- tal, ângulos inferiores das escápulas e sacro estão alinhados Linha sagital: orelha, cabeça úmero, coxofe- moral, joelho e anterior- mente ao maléolo late- ral, no tálus. RETRAÇÃO DA CADEIA ANTERIOR Abdome protuso (anteversão) Tronco é jogado para trás compensando o centro de gravidade à frente Região cervical é trazida à frente Hipercifose torácica Joelhos em semi-flexão RETRAÇÃO DA CADEIA INSPIRATÓRIA Tórax em inspiração – retração dos escalenos Desequilíbrio anterior – lordose lombar compensatória RETRAÇÃO DA CADEIA POSTERIOR Hiperlordose cervical e lombar Joelho hiperextendido ou semifletido MMSS à frente Principais Posturas RPG Rã no chão (braços abertos e fechados) Rã no ar (braços abertos e fechados) Bailarina Sentado Em pé no centro Em pé contra a parede
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