Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Barbara Ribeiro TRONCO ENCEFÁLICO O tronco encefálico interpõe-se entre a medula e o diencéfalo, situando-se ventralmente ao cerebelo. Conecta as estruturas subcorticais e a medula espinhal. Constituído por corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e fibras nervosas que se agrupam em feixes denominados tratos, fascículos ou lemniscos. Dos 12 pares de nervos cranianos, 10 fazem conexão no tronco encefálico. Responsável por controlar as funções vitais. Está associado com vários sinais vitais, como o ciclo sono-vigília, consciência e controle respiratório e cardiovascular. O tronco encefálico se divide em: bulbo, situado caudalmente; mesencéfalo, situado cranialmente; e ponte, situada entre ambos. Bulbo Tem a forma de tronco de cone, cuja extremidade menor continua com a medula espinhal ao nível do forame magno, não existindo uma demarcação nítida entre bulbo e medula espinhal. O limite superior é no sulco bulbo-pontino, que corresponde a margem inferior da ponte. Existem sulcos longitudinais que delimitam as áreas anterior, lateral e posterior. Na área ventral observa-se a fissura mediana anterior, entre as duas pirâmides. As pirâmides são feixes de fibras nervosas descendentes que ligam áreas motoras do cérebro aos neurônios motores da medula. Na parte caudal do bulbo as fibras nervosas da pirâmide (trato corticoespinhal) cruzam a fissura mediana anterior na decussação das pirâmides. Entre os sulcos lateral anterior e lateral posterior, na área lateral, encontra-se a oliva, onde está situado o núcleo olivar inferior. Emerge do sulco lateral anterior o XII par de nervo craniano (nervo hipoglosso). Emerge do sulco lateral posterior o IX par (glossofaríngeo), o X par (vago) e XI par (acessório). A metade caudal do bulbo é percorrida por um canal que é continuo com o canal central da medula e que se abre para o forame do IV ventrículo. O sulco mediano posterior termina a meia altura do bulbo, devido ao afastamento de seus lábios que contribuem na formação dos limites laterais do IV ventrículo. Na área posterior do bulbo encontra-se o fascículo grácil e o fascículo cuneiforme que são divididos pelo sulco intermédio posterior. O fascículo grácil encontra-se mais medialmente e termina no tubérculo do núcleo grácil. O fascículo cuneiforme encontra-se mais lateralmente ao sulco intermédio posterior e termina no tubérculo do núcleo cuneiforme. Lateralmente ao tubérculo cuneiforme encontra-se o tubérculo trigeminal. Ponte Funções: envolvem sono, respiração, deglutição, audição, controle da bexiga, equilíbrio e gustação, entre tantas outras funções motoras. Situa-se entre o bulbo e o mesencéfalo, ventralmente ao cerebelo. Na face anterior apresenta estriação transversal em virtude feixes nervosos que a percorrem e convergem para formar o pedúnculo cerebelar médio, que penetra o cerebelo. No limite entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio, emerge o V par de nervo (trigêmeo). O sulco basilar percorre longitudinalmente a superfície ventral e aloja a artéria basilar. No sulco bulbo-pontino emergem o VI par (abducente), entre a ponte e a pirâmide do bulbo; o VIII par (vestíbulo-coclear), emerge lateralmente próximo ao flóculo do cerebelo; e o VII par (facial) que emerge medialmente ao VIII par. A parte dorsal da ponte juntamente com a porção dorsal aberta do bulbo constitui o assoalho do IV ventrículo – fossa romboide. Estruturas posteriores: metade superior da fossa rombóide, sulco mediano posterior, eminência mediana, sulco limitante, colículo facial (nervo facial), estrias medulares (fibras do núcleo arqueado), locus coeruleus (parte da formação reticular) e áreas vestibulares (núcleos vestibulares). Barbara Ribeiro Mesencéfalo Papel no movimento dos olhos, no processamento visual e auditivo, no estado de alerta e na regulação da temperatura. Interpõe-se entre a ponte e o diencéfalo. Na face anterior encontra uma depressão que separa o mesencéfalo da ponte chamada de sulco pontino superior. É atravessado por um canal estreito, o aqueduto cerebral, que une o III e o IV ventrículo. O teto do mesencéfalo é situado dorsalmente ao aqueduto. Ventralmente ao teto estão os pedúnculos cerebrais que se dividem em uma parte dorsal, predominantemente celular, o tegmento, e outra ventral, formada de fibras longitudinais, a base do pedúnculo. Em secção transversal vê-se que o tegmento é separado da base pela substância negra, formada por neurônios que contêm melanina. Existem sulcos longitudinais delimitando a base e o tegmento do pedúnculo, o sulco lateral do mesencéfalo e o sulco medial do pedúnculo cerebral. Do sulco medial emerge o III par de nervo (oculomotor). Em vista dorsal o teto do mesencéfalo apresenta os colículos superiores e os coliculos inferiores. Caudalmente a cada coliculo inferioremerge o IV par craniano (troclear). O colículo inferior se liga ao corpo geniculado medial pelo braço do colículo inferior e faz parte da via auditiva. O colículo superior se liga ao corpo geniculado lateral pelo braço do colículo superior e faz parte da via óptica. Núcleo rubro também se localiza no mesencéfalo. Fossa interpeduncular. Imagens para identificação Barbara Ribeiro Barbara Ribeiro Barbara Ribeiro ROTEIRO PRÁTICO Bulbo Face anterior Fissura mediana anterior Sulco lateral anterior Pirâmide Decussação das pirâmides Sulco bulbo-pontino Face posterior Sulco mediano posterior Sulco lateral posterior Sulco intermédio posterior Fascículo grácil Fascículo cuneiforme Tubérculo do núcleo grácil Tubérculo do núcleo cuneiforme Pedúnculo cerebelar inferior Face lateral Olivas Ponte Base (porção ventral) Sulco basilar Tegmento (porção posterior) Braço (porção lateral) Pedúnculo cerebelar médio Mesencéfalo Teto Colículo superior Coliculo inferior Braço do coliculo superior Braço do coliculo inferior Lâmina quadrigêmea Substância perfurada superior Aqueduto cerebral Pedúnculo cerebral Substância negra Núcleo rubro Tegmento Base Fossa interpeduncular Trigono do lemnisco Sulco lateral do mesencéfalo
Compartilhar